Anexos Embrionários

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ÍNDICE

Introdução ......................................................................................................................... 2
Objetivos........................................................................................................................... 3
Metodologia ...................................................................................................................... 4
Desenvolvimento .............................................................................................................. 5
Anexos Embrionários ....................................................................................................... 6
Gametogênese................................................................................................................... 9
Ovogênese ...................................................................................................................... 10
Mapa Mental: Gametogênese ......................................................................................... 12
Diferenças Entre Espermatogênese E Ovogênese .......................................................... 12
Espermatogênese ............................................................................................................ 13
Fases Da Espermatogênese ............................................................................................. 13
A Ovogênese .................................................................................................................. 14
Divisão Celular ............................................................................................................... 17
Mitose ............................................................................................................................. 18
Fases Da Mitose ............................................................................................................. 18
Prófase ............................................................................................................................ 19
Metáfase.......................................................................................................................... 19
Anáfase ........................................................................................................................... 19
Telófase .......................................................................................................................... 19
Mitose Em Vegetais ....................................................................................................... 20
Mutação .......................................................................................................................... 20
O Que É Mutação? ......................................................................................................... 20
Como Ocorrem As Mutações? ....................................................................................... 21
Tipos De Mutações ......................................................................................................... 22
Importância Das Mutações ............................................................................................. 23
Fases Do Desenvolvimento Embrionário E Do Ovo ...................................................... 23
Conclusão ....................................................................................................................... 26
Referência Bibliográfica ................................................................................................. 27
INTRODUÇÃO
Os anexos embrionários ou membranas extraembrionárias consistem de um conjunto
de estruturas acessórias ao corpo do embrião. Esses anexos estão diretamente
relacionados à logística do organismo em desenvolvimento. Eles representam seu
ambiente primordial, do qual dependem inicialmente para funções vitais como proteção,
nutrição e respiração, excreção, entre outras.

A espermatogênese envolve uma série de eventos celulares que levam a formação de


gametas masculinos maduros, denominados de espermatozoides.
Já no sexo feminino, os eventos que constituem a ovogênese levam à formação de um
gameta que pode corresponder a diferentes tipos celulares, como por exemplo, um óvulo
em equinodermos, um ovócito primário (ou ovócito I) na maior parte dos invertebrados,
ou um ovócito secundário (ou ovócito II) na maioria dos grupos de vertebrados.

Gametogênese refere-se ao processo de formação de células especializadas para a


reprodução denominadas de gametas, a partir de células diploides indiferenciadas,
conhecidas como células germinativas primordiais. Os gametas diferem das demais
células do corpo por serem células haploides (que contêm somente um único grupo
cromossômico), sendo resultantes da meiose. A fusão de dois gametas haploides durante
a fecundação restabelece a diploidia da espécie.

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OBJETIVOS

Objetivos geral
 Conceituar desenvolvimento embrionário
 Conhecer os tipos de ovos e segmentação
 Reconhecer as etapas do desenvolvimento embrionário

Objetivos Específicos
Permitir ao estudante:
1. Compreender os fenômenos da ovogênese e da espermatogênese, a ovulação, a
capacitação dos espermatozóides e a fertilização.
2. Discutir questões referentes à infertilidade.
3. Compreender os processos envolvidos na formação do blastocisto, na invasão do
endométrio e na formação e desenvolvimento do disco trilaminar, que marca o
processo da gastrulação.
4. Discutir questões da reprodução assistida, células-tronco e clonagem.
5. Compreender o fenômeno da neurulação (com a formação do sistema nervoso
central e da crista neural) e a diferenciação do mesoderma, principalmente a
somitogênese e a formação do sistema cardiovascular.
6. Entender o desenvolvimento no período fetal, o desenvolvimento e função da
placenta
7. Discutir aspectos da teratogênese.

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METODOLOGIA
O conteúdo será ministrado em aulas teóricas e práticas. As aulas teóricas serão
expositivas dialogadas com recursos audiovisuais (data-show e esquemas na lousa). Nas
aulas práticas, com atividades complementares, serão utilizados materiais biológicos
fixados (como posturas, ovos e embriões e lâminas permanentes), imagens impressas em
folhas A3 sobre os eventos da embriogênese dos vários modelos de estudo, animações
em multimídia, metodologias interativas, estudos dirigidos e leitura/discussão de artigos
científicos.

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DESENVOLVIMENTO
A primeira semana do Desenvolvimento Embrionário Humano se inicia no momento da
fecundação. Ela ocorre nas tubas uterinas, e, caso o ovócito não seja fecundado, ele desce
para o útero onde será degenerado.

Durante a fecundação, o zigoto passa por diversas preparações para que seja formado o
embrião. Este é formado e após três ou quatro dias, fixa-se no útero materno. As primeiras
semanas, principalmente a terceira, servirão para a acomodação do embrião. Assim que
for acomodado, sob a influência de vários fatores de crescimento embrionário (Slack,
1987; Tabin 1991) ele estará devidamente protegido. Através da gastrulação, processo de
formação de dois dos três folhetos embrionários, as células do epiblasto vão dar origem
a todas as camadas germinativas do embrião, que vão formar mais tarde todos os tecidos
e órgãos.

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ANEXOS EMBRIONÁRIOS
Anexos embrionários são estruturas formadas pelos folhetos germinativos e
presentes durante o desenvolvimento embrionário, auxiliando no desenvolvimento do
embrião. Esses anexos são:
 Saco vitelínico;
 Bolsa amniótica ou âmnio;
 Alantoide;
 Córion;
 Placenta.

O que são os anexos embrionários?


Anexos embrionários são estruturas presentes durante o desenvolvimento
embrionário, sendo formadas pelos folhetos germinativos. Essas estruturas atuam em
processos como:
 Nutrição;
 Respiração;
 Excreção;
 Proteção do embrião, auxiliando, assim, em seu desenvolvimento.
No entanto, é importante ressaltar que essas estruturas não fazem parte do corpo do
embrião.
Além da espécie humana, outros mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e aves também
apresentam anexos embrionários.

Os anexos embrionários auxiliam do desenvolvimento do embrião, mas não fazem parte de seu corpo.

 Saco vitelínico ou vesícula vitelínica

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Essa estrutura assemelha-se a um saco rico em vitelo, que ajuda na nutrição do
embrião, especialmente em peixes, répteis e aves. Em mamíferos, como no ser humano,
ela é reduzida, mas bastante vascularizada, permitindo, assim, a nutrição do embrião.

Nessa estrutura também se inicia a formação dos vasos sanguíneos, os quais migrarão
posteriormente para o embrião propriamente dito. No entanto, a principal forma de
nutrição em mamíferos ocorre pela placenta.

 Bolsa amniótica ou âmnio


Essa estrutura, responsável pela proteção do embrião contra choques mecânicos e
contra o ressecamento, está presente em répteis, aves e mamíferos. Ela tem uma grande
importância evolutiva, pois permitiu a independência da água para a reprodução. A bolsa
amniótica ou âmnio é constituída por uma fina membrana que delimita essa estrutura
cheia de um líquido denominado amniótico.

 Alantoide
O alantoide deriva da parte posterior do intestino do embrião, sendo uma estrutura que
está presente de forma mais desenvolvida em répteis e aves e tem como função
armazenar as excretas produzidas e participar de trocas gasosas, além disso, absorve
minerais presentes na casca dos ovos e incorpora-os ao esqueleto do embrião.
Em mamíferos essa estrutura é reduzida, fazendo parte da estrutura do cordão
umbilical, no qual formará vasos que farão o transporte de nutrientes e oxigênio da
placenta para o embrião, e a remoção do dióxido de carbono e dos compostos
nitrogenados do embrião.

 Córion
O córion é uma membrana bastante vascularizada e que envolve tanto o embrião como
todos os demais anexos embrionários, fornecendo proteção e nutrição. O embrião
humano liga-se ao córion por uma estrutura precursora do cordão umbilical.

Em alguns mamíferos essa estrutura forma projeções (vilosidades coriônicas) que


penetram na parede uterina, dando origem posteriormente à placenta. Em répteis e aves,
essa estrutura localiza-se sob a casca e, junto ao alantoide, participa de trocas gasosas.

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 Placenta

A placenta está presente na maioria dos mamíferos.

A placenta é uma estrutura presente em mamíferos eutherios ou placentários, como no


ser humano, sendo pouco desenvolvida em mamíferos marsupiais, como os cangurus, e
ausentes em monotremados, como o ornitorrinco. A placenta forma-se a partir do contato
íntimo entre tecidos fetais (córion viloso) e maternos (endométrio uterino). A placenta é
uma estrutura bastante vascularizada, o que permite as trocas gasosas, passagem de
nutrientes para o embrião e retirada de excretas, e apresenta também uma membrana,
denominada decídua, que ajuda a proteger o embrião.

A interação entre a mãe o embrião ocorre através do cordão umbilical, formado por duas
artérias e uma veia. O oxigênio e os nutrientes que chegam à placenta pelo sangue
materno difundem-se, através das paredes das vilosidades coriônicas, para a veia
umbilical, pela qual serão transportados para o embrião. O dióxido de carbono e as
excretas do embrião chegam à placenta, trazidos pelo sangue fetal através das artérias
umbilicais, e difundemse, pelas paredes das vilosidades coriônicas, no corpo da mãe, a
fim de serem eliminados.

É importante destacar que o sangue materno não se mistura ao fetal, já que seus vasos
sanguíneos não se encontram. A placenta também atua como uma barreira de proteção,
impedindo a passagem de algumas substâncias e alguns agentes infecciosos.

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GAMETOGÊNESE
A gametogênese é o processo de produção dos gametas. A produção de gametas
masculinos é denominada espermatogênese, e a produção de gametas femininos é
denominada ovogênese.

Gametogênese é o processo de produção de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos


(ovócitos).

Gametogênese é o processo de produção de gametas masculinos (espermatozoides) e


femininos (ovócitos). Os gametas são formados com base em células diploides (2n = 46
cromossomos), por meio dos processos de mitose e meiose, e, assim, constituem a fase
haploide (n = 23 cromossomos) do ciclo de vida do ser humano.

Onde ocorre a gametogênese


A gametogênese masculina (espermatogênese) ocorre nos testículos, com a divisão e a
maturação celular ocorrendo especificamente dentro dos túbulos seminíferos. Já a
gametogênese feminina (ovogênese) ocorre nos ovários.

Espermatogênese (gametogênese masculina)


A espermatogênese é o nome dado ao processo de gametogênese no homem. Ainda na
vida uterina, os testículos embrionários já apresentam células germinativas que darão
origem aos espermatozoides. Pouco antes do início da puberdade, o organismo produz
hormônios sexuais masculinos, denominados andrógenos, e as células germinativas
formarão as espermatogônias, por meio do processo de divisão celular chamado mitose.

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As espermatogônias podem ser classificadas em tipo A e B. As espermatogônias do
tipo A, também por meio do processo de mitose, produzem, durante toda a vida do
indivíduo, novas espermatogônias. As espermatogônias do tipo B, originadas das
espermatogônias do tipo A, por meio do processo de meiose, produzem os
espermatócitos.

Os espermatófitos primários (espermatófitos I) são originados na interfase, por meio do


aumento do tamanho da espermatogônia do tipo B e duplicação de seu DNA. Os
espermatófitos I passam pelo primeiro processo de divisão meiótica, dando origem aos
espermatócitos secundários (espermatófitos II). Os espermatócitos II passam pelo
segundo processo de divisão meiótica e dão origem às espermátides.

Cada espermatófito origina quatro espermátides haploides, e essas possuem a metade dos
cromossomos presentes nas células diploides anteriores. As espermátides passarão por
um processo de amadurecimento e diversas transformações, até se tornarem
espermatozoides.

O processo de gametogênese em homens é denominado espermatogênese; em mulheres, é chamado de


ovogênese.

OVOGÊNESE
O processo de produção de gametas femininos — a ovogênese — inicia-se ainda na vida
embrionária, a partir da sétima semana de gestação do embrião feminino, com a produção

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da ovogônia, com base nas células germinativas e por meio do processo de divisão celular
chamado mitose.

Em seguida, as ovogônias passam a entrar no processo de meiose, entretanto, esse


processo cessa antes do nascimento, na fase de prófase I. Essas células passam a ser
denominadas de ovócitos primários (ovócitos I) e mantêm-se em repouso dentro de uma
estrutura constituída por células protetoras, denominadas folículos, já com seu material
genético duplicado até a ovulação, fase em que ela completará a primeira divisão
meiótica.

A ovulação ocorre em cada ciclo menstrual da mulher. Esses ciclos iniciam-se na


puberdade e ocorrem durante toda a vida reprodutiva da mulher, que segue até a
menopausa. Em cada ciclo, ocorre a ação do hormônio folículo-estimulante (FSH),
estimulando alguns folículos a continuarem seu desenvolvimento. No entanto, apenas um
folículo e seu ovócito I completarão seu desenvolvimento em cada ciclo.

O ovócito I terminará a meiose I, dando origem ao ovócito secundário (ovócito II), um


corpúsculo polar, e iniciará a meiose II. No entanto, a meiose II ficará em repouso na
metáfase II e completará seu desenvolvimento apenas se, após a sua liberação na
ovulação, o ovócito II for fecundado por um espermatozoide. Se ocorrer a fecundação,
haverá a formação do óvulo e de um segundo corpúsculo polar. Os dois corpúsculos
degeneram-se ao final.

O folículo que se rompeu dará origem ao corpo lúteo, que secretará hormônios, como
a progesterona, essencial na manutenção de uma possível gestação. Caso o ovócito não
seja fertilizado, esse corpo lúteo irá degenerar-se e, como a produção hormonal (que iria
auxiliar a manutenção da gravidez), será alterado. Assim, um novo folículo será
estimulado, dando origem a um novo ciclo.

No nascimento, os dois ovários, juntos, contêm cerca de dois milhões de ovócitos


primários, entretanto apenas cerca de 400 mil a 500 mil completarão o seu
desenvolvimento. Acredita-se que as mulheres nasçam com todos os ovócitos primários
que terão durante a vida. Entretanto, alguns estudos sugerem que os gametas femininos

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podem formar-se também durante a vida adulta, com base em células-tronco do próprio
organismo.

MAPA MENTAL: GAMETOGÊNESE

DIFERENÇAS ENTRE ESPERMATOGÊNESE E OVOGÊNESE


Existem três diferenças básicas entre os processos de espermatogênese e ovogênese. Veja
na tabela abaixo:
Espermatogênese Ovogênese
Os quatro produtos da meiose formam O processo de citocinese é desigual e ao
gametas maduros. final formará apenas uma grande célula.
As outras, menores e denominadas
corpúsculos polares, degeneram-se.
A produção dos gametas maduros ocorre A produção de gametas maduros encerra-
a partir da puberdade e segue durante se na menopausa, ou seja, por volta dos
toda a vida adulta. 50 anos.
A produção dos gametas maduros A produção do gameta maduro apresenta
acontece em sequência contínua. uma sequência com grandes períodos de
interrupções.

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ESPERMATOGÊNESE
No processo de espermatogênese, que ocorre nos testículos, são formados os gametas
masculinos denominados de espermatozoides.

Os espermatozoides são os gametas masculinos do homem

A formação dos gametas, células responsáveis pela reprodução, é um processo


denominado genericamente de gametogênese. Quando o processo ocorre para a formação
do gameta masculino, podemos denominá-lo de espermatogênese.

FASES DA ESPERMATOGÊNESE
A espermatogênese, processo de formação dos espermatozoides, ocorre em três etapas
principais: o período de multiplicação, o período de crescimento e o período de
maturação.

Espermatogênese é o processo responsável pela formação dos espermatozoides


Período de multiplicação: As células precursoras denominadas de espermatogônias
(2n) multiplicam-se por mitose. A multiplicação, que acontece na parede dos túbulos

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seminíferos, é relativamente lenta até a puberdade e, após esse período, torna-se intensa.
Essa fase da espermatogênese pode ocorrer por toda a vida do homem.

Período de crescimento: As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a ser


chamadas de espermatócitos primários ou espermatócitos I (2n).

Período de maturação: No período de maturação, ocorre o processo de meiose.


Primeiramente os espermatócitos primários passam pela primeira divisão meiótica e dão
origem a dois espermatócitos secundários ou espermatócitos II (n). Inicia-se, então, a
segunda divisão meiótica, que origina duas espermátides (n).

Após o fim do processo de divisão celular, as espermátides iniciam um processo


denominado de espermiogênese, em que ocorre a transformação dessas células em
espermatozoides. Nessa importante etapa, a espermátide alonga-se, seu núcleo migra para
a região mais extrema da célula e formam-se o acrossomo e a cauda. O acrossomo tem
papel primordial na fecundação, uma vez que libera substâncias necessárias à penetração
no ovócito secundário. A cauda, por sua vez, é fundamental para a locomoção desse
gameta.

A OVOGÊNESE
Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de
Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células
foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos
hormônios sexuais femininos.

Nas mulheres, apenas um folículo ovariano entra em maturação a cada ciclo menstrual,
período compreendido entre duas menstruações consecutivas e que dura, em média, 28
dias. Isso significa que, a cada ciclo, apenas um gameta torna-se maduro e é liberado no
sistema reprodutor da mulher.

Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo


menstrual, a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.

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A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando
as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos
femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre
da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400
000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que
produzem espermatogônias durante quase toda a vida.

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão
da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com
aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito
citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião
durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários


(ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a
puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão
sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação
inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de
idade.

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Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na
prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir,
na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo
(ou glóbulo) polar.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem
ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo
polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa
e cheia de vitelo.

Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente


o citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico
em substâncias nutritivas.

Na maioria das fêmeas de mamíferos, a segunda divisão da meiose só acontece caso o


gameta seja fecundado. Curiosamente, o verdadeiro gameta dessas fêmeas é o ovócito
II, pois é ele que se funde com o espermatozoide.

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DIVISÃO CELULAR
Processo de divisão celular é responsável pela reprodução das células e apresenta diversas
funções nos organismos, como originar um novo indivíduo e renovar células mortas.

Na mitose, uma célula-mãe origina duas células-filhas com o mesmo número de cromossomos.

O processo de divisão celular é responsável pela reprodução das células e faz parte do
ciclo celular, ou seja, do ciclo de vida de uma célula, que se inicia na sua formação por
meio da divisão da célula-mãe e vai até a sua própria divisão, com a formação das células-
filhas. O processo de divisão celular apresenta diversas funções importantes nos
organismos, como originar um novo indivíduo e renovar as células mortas.

Esse processo ocorre de forma diferente nas células dos organismos procariontes e nos
organismos eucariontes. Nos organismos procariontes, como as bactérias, o DNA
duplica-se e o citoplasma divide-se em duas partes, ficando cada célula com uma cópia
do DNA. Nos organismos eucariontes, como os animais, o processo de divisão é um
pouco mais complexo e pode ocorrer de duas formas:

 Mitose: uma célula-mãe origina duas células-filhas com o mesmo número de


cromossomos e as mesmas informações genéticas da célula-mãe. Esse processo
é observado, por exemplo, no crescimento de organismos, na regeneração de
partes do corpo e na substituição de células mortas;

 Meiose: ocorre nas células sexuais em que uma célula-mãe diploide (2n) sofre
duas divisões e forma, ao final, quatro células-filhas haploides (n), ou seja, com a
metade dos cromossomos da célula-mãe. Esse é o mecanismo mais comum de
reprodução dos organismos unicelulares eucariontes e é o processo que forma os

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seres pluricelulares. A meiose sempre origina células haploides e é responsável
pela produção dos gametas em animais e dos esporos nas plantas.

MITOSE
A mitose é um tipo de divisão celular que origina duas células-filhas com o mesmo
número de cromossomos e as mesmas características.

Observe a mitose ocorrendo nos tecidos

A mitose é um processo de divisão celular que resulta na formação de duas células-filhas


com as mesmas características genéticas e o mesmo número de cromossomos. Esse
processo, considerado uma divisão equitativa, promove o desenvolvimento do
organismo, manutenção da homeostase, renovação dos tecidos e reprodução assexuada.

Antes do início da mitose, a célula é encontrada em um período chamado de interfase.


Durante essa etapa, a célula tem seu DNA duplicado e ocorre a produção de proteínas.
Após a interfase, inicia-se a divisão celular. Didaticamente, costuma-se dividir a mitose
em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Fases da Mitose

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No final da mitose, obtêm-se duas células-filhas iguais em números de cromossomos

Prófase
 Primeira etapa da mitose;
 Durante essa fase, os cromossomos ficam visíveis em virtude de sua condensação;
 A membrana nuclear desorganiza-se;
 Os centríolos, que se duplicaram na interfase, migram para o polo da célula.
Inicialmente aparecem fibras em torno dessas organelas que constituem o áster;
depois, entre um centríolo e outro formam-se as fibras do fuso;
 O nucléolo desaparece e o seu material é distribuído pela célula.

Metáfase
 Nessa etapa, os cromossomos condensam-se em seu grau máximo. Em virtude
dessa característica, essa fase é a melhor para a análise dos cromossomos;
 Cromossomos ligam-se às fibras do fuso e são alinhados na região mediana da
célula, formando a placa metafásica ou placa equatorial.

Anáfase
 Ocorre o rompimento dos centrômeros e as cromátides migram para os polos da
célula em virtude do encurtamento das fibras do fuso. Quando as cromátides
migram juntas para o mesmo polo, ocorre um processo chamado de não
disjunção cromossômica, fazendo com que uma célula fique com mais
cromossomos que outra;
 Essa fase finaliza-se quando os cromossomos filhos atingem os polos.

Telófase
 Fase final da mitose;
 Ocorre o desaparecimento das fibras do fuso;
 Os cromossomos descondensam-se;
 Ocorre o reaparecimento do nucléolo e do envoltório nuclear (cariocinese);
 No final dessa fase, observa-se a divisão do citoplasma (citocinese) e a
distribuição das organelas entre as células-filhas. Nas células animais, a citocinese

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acontece por estrangulamento em razão do aparecimento de um anel de actina e
miosina na região equatorial da célula. Por se iniciar na periferia da célula, essa
citocinese é chamada de centrípeta.

Mitose em vegetais
A mitose em vegetais apresenta algumas diferenças quando comparada à mitose dos
animais. A primeira diferença está no fato de que não existem centríolos nas células da
planta e nem surgem os ásteres. As fibras do fuso, no entanto, também surgem nessas
células.

Outra diferença importante está na citocinese. Esse processo, na célula vegetal, ocorre
com a formação inicial do fragmoplasto, um conjunto de microtúbulos que orienta a
deposição de bolsas liberadas pelo complexo golgiense. Essas bolsas são ricas em
pectinas e fundem-se, formando a lamela média. Essa citocinese é centrífuga, pois se
inicia no centro da célula.

MUTAÇÃO
Mutação é uma alteração, natural ou induzida por algum agente mutagênico, que
ocorre no genoma (material genético do organismo ou vírus). Ela pode ocorrer tanto em
células somáticas como em células germinativas, podendo, assim, ser herdada.

As mutações são as principais fontes de variabilidade genética, influenciando


diretamente o processo de evolução dos seres vivos. Podem ser classificadas de acordo
com o lugar onde ocorrem e efeitos causados.

O que é mutação?
Mutação é uma alteração que ocorre no material genético dos indivíduos. Podem
originar-se de forma natural, durante os processos de mitose, meiose ou síntese proteica,
ou ser decorrente da ação de algum agente mutagênico. Também podem ocorrer em três
níveis:

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Alterações que surgem de forma natural ou induzida no material genético dos organismos são
denominadas mutações.
1. Molecular: pode também ser chamada de mutação genética ou pontual, afeta um
nucleotídeo ou um grupo de nucleotídeos do DNA;

2. Cromossômica: ocorre em mais de um gene, afetando, assim, a estrutura do


cromossomo;

3. Genômica: altera o conjunto do genoma, podendo afetar o número total de


cromossomos ou os cromossomos presentes nos pares de forma individual. Esse
tipo de mutação é responsável por causar algumas síndromes, como a síndrome
de Down.

Como ocorrem as mutações?


Como dito, as mutações surgem de forma natural ou podem ser induzidas por agentes
mutagênicos, isto é, substâncias químicas ou de natureza física que podem induzir as
mutações, como os raios ultravioleta e raios X, bebidas alcoólicas, substâncias derivadas
do tabaco, bem como alguns medicamentos.

As mutações ocorrem em virtude de alterações que surgem nos nucleotídeos do DNA,


podendo ocorrer por meio de alterações químicas nas bases nitrogenadas, erros na
incorporação de nucleotídeos (inserção de uma base nitrogenada no lugar de outra),
adição ou deleção de bases nitrogenadas, alterações na estrutura e no número de
cromossomos, entre outros fatores.

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Muitas vezes, algumas dessas alterações que surgem são corrigidas antes da replicação
do DNA. Quando isso não ocorre, surge uma nova molécula com a alteração, e ela pode
reproduzir-se, perpetuando a mutação.
As mutações podem ocorrer em células somáticas ou germinativas. Quando surgem nas
células somáticas (células do corpo, exceto as reprodutivas), elas geralmente não são
herdáveis, podendo causar problemas como o desenvolvimento de tumores,
envelhecimento precoce, malformações (quando ocorre no período embrionário), entre
outros.

Quando ocorrem em células germinativas (células que originam os gametas), essas


mutações são passadas aos descendentes, podendo causar diversas desordens genéticas,
o surgimento de síndromes, malformações e aborto.

Tipos de mutações
As mutações podem ser classificadas de diferentes maneiras. Anteriormente, destacamos
a sua classificação conforme o local onde ocorrem. Agora apresentamos alguns tipos
de mutações conforme o efeito que elas causam:

Mutação silenciosa: é um tipo de mutação molecular cuja mudança no nucleotídeo do


DNA não altera o aminoácido sintetizado.

Mutação com alteração ou perda de sentido: é também um tipo de mutação molecular,


no entanto, a mudança no nucleotídeo causa uma alteração que leva à síntese de um
aminoácido diferente do esperado.

Mutação sem sentido (nonsense): mutação molecular cuja alteração no nucleotídeo


causa o surgimento de um códon (sequência de três bases nitrogenadas) de término,
indicando o fim da cadeia de aminoácidos.

Assim, a proteína que está sendo sintetizada é cortada prematuramente.


Mutação frameshift: a inserção ou deleção de bases nitrogenadas altera a sequência de
códons, o que gera uma sequência diferente de aminoácidos ou, até mesmo, um códon de
término.

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Duplicação: mutação cromossômica na qual surgem cópias de determinado trecho do
cromossomo, podendo alterar a sequência de códons. Geralmente está relacionada com a
perda desse trecho (deleção) no cromossomo homólogo.

Deleção: perda de um segmento de cromossomos, seja na extremidade, seja em seu


interior. Esse tipo de mutação cromossômica também pode ocasionar mudança na
sequência de códons.

Importância das mutações


As mutações, muitas vezes, são relacionadas a algo ruim, principalmente por estarem
ligadas ao surgimento de alguns tipos de tumores e síndromes. Entretanto, as mutações
podem criar novos alelos e novos genes, contribuindo para uma maior variabilidade
genética.

A variabilidade genética amplia a capacidade das populações de lidarem com


mudanças ambientais e está sujeita à seleção natural, que eliminará ou preservará um
determinado fenótipo (conjunto de características observáveis em um organismos) gerado
por um determinado genótipo, sendo um fator essencial no processo evolutivo.

Geralmente, quando a mutação faz surgir uma característica que confere uma determinada
vantagem ao indivíduo, ela é preservada. O genótipo das espécies é fruto de mutações
vantajosas, que foram preservadas ao longo do tempo pela seleção natural.

FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E DO OVO


A embriologia estuda o processo de formação e desenvolvimento do indivíduo desde o
zigoto até o nascimento.

Ao longo do crescimento embrionário alguns genes são ativados e outros desativados.


Dessa maneira surge a diferenciação celular, ou seja, tipos celulares com formatos e
funções distintos, que organizam os diversos tecidos e posteriormente formarão os
órgãos.

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Na espécie humana as principais fases do desenvolvimento do embrião são a clivagem
ou segmentação, gastrulação e organogênese.
Durante a clivagem as divisões mitóticas são rápidas e dão origem as células chamadas
blastômeros. Diante da velocidade com que as células se dividem, o embrião apresenta
aumento do número delas, mas não de tamanho.

O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro


e quarto dia após a fecundação. Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as
células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido
produzido pelas próprias células.

Até a fase de blástula as células embrionárias são chamadas de célulastronco, que podem
originar todos os diferentes tipos de célula do corpo.

A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de


tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos
germinativos ou embrionários.

Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme,


endoderme e mesoderme.

Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos


conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso,
encéfalo e neurônios, entre outros.

Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e


epitélio da bexiga urinária, entre outros.

Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea,
rim, útero, coração, sangue, entre outros.

Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula.

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A última fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a
diferenciação dos tecidos e órgãos. O primeiro estágio dela é a neurulação, quando há
formação do tubo neural, que se diferenciará no sistema nervoso central. Durante a
neurulação, o embrião recebe o nome de nêurula.

A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia.
Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento.

Depois da nona semana até o nascimento, o indivíduo em formação passa a ser chamado
de feto. O nascimento ocorre em média durante a 38ª semana de gestação.

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CONCLUSÃO
É através da embriologia que podemos gerar o conhecimento sobre o começo da vida dos
animais e as mudanças que ocorrem durante o seu desenvolvimento, assim como é de
fundamental importância para ajudar a entender as causas das variações na estrutura dos
seres. Com esta Webquest podemos aprender sobre os aspectos gerais do
desenvolvimento embrionário dos animais, bem como a formação dos folhetos
germinativos e dos anexos embrionários.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://conteudosdebiologiadeieda.blogspot.com/2012/09/nocoes-de-embriologia-
parte1.html.
Moore, K. Embriologia Básica. 8ª Edição. Elsevier, 2013.
Amabis & Martho. 2006. Biologia das Células. Volume 1. São Paulo, Editora Moderna.

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