O Andar Do Bêbado - Leonard Mlodinow
O Andar Do Bêbado - Leonard Mlodinow
O Andar Do Bêbado - Leonard Mlodinow
• Temos a tendência de subestimar os efeitos da aleatoriedade, o que não impede que eles aconteçam;
• Nem sempre alcançamos o sucesso na primeira tentativa. Aqueles que alcançam seus objetivos são os que
não desistiram logo na primeira vez;
• Ter consciência sobre a presença do acaso pode fazer com que nos beneficiemos dele;
• Muitas vezes o sucesso ou o fracasso não são determinados apenas pelo nível de dedicação que
depositamos em um projeto.
Esta obra é indicada para pessoas com maior interesse sobre a aplicação de estatística e probabilidade nas
atividades humanas e sociais, como esportes, medicina, investimentos, artes, natureza, e muitas outras áreas.
Segundo o autor, Leonard Mlodinow, é impossível ler este livro sem compreender e observar melhor a
influência de acontecimentos aleatórios em nossas vidas, em todos os âmbitos.
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Visão geral do livro
As leis da probabilidade
Para Leonard, a probabilidade pode ser baseada, de uma maneira geral, em três leis simples, que, quando
aplicadas de maneira correta, podem auxiliar na compreensão do mundo cotidiano e da natureza.
Mesmo que inconscientemente, as leis da probabilidade são frequentemente aplicadas às situações de
tomada de decisão:
1. Primeira Lei da Probabilidade: a probabilidade de que dois eventos ocorram nunca pode ser maior que
a probabilidade de que cada evento ocorra individualmente;
2. Segunda Lei da Probabilidade: se dois eventos possíveis, A e B, forem independentes, a probabilidade de
que A e B ocorram é igual ao produto de suas probabilidades individuais;
3. Terceira Lei da Probabilidade: se um evento pode ter diferentes resultados possíveis, A, B, C e assim por
diante, a possibilidade de que A ou B ocorram é igual à soma das probabilidades individuais de A e B, e a
soma das probabilidades de todos os resultados possíveis é igual a 1 (ou seja, 100%).
É comum a dúvida sobre a diferença entre probabilidade e estatística e, com exemplos mais palpáveis, o autor
declara que a distinção entre elas é que, são ciências inversas e, ainda assim, complementares.
Enquanto a probabilidade busca entender e prever os fenômenos com base em possibilidades pré
determinadas, o objetivo da estatística é compreender tais probabilidades a partir das informações verificadas.
O ser humano possui a predisposição de não acreditar naquilo que não compreende. A aleatoriedade, por
meio da probabilidade e estatística, pode ser, muitas vezes, uma das ações subestimadas devido à sua
aparente complexidade.
Outro fator que faz os acasos serem subestimados é que, muitas vezes, eventos aleatórios podem se parecer
com eventos não aleatórios. Mas como isso seria possível? Na verdade, a explicação está relacionada à
quantidade de vezes que observamos certas coisas acontecerem.
Viés da Disponibilidade
Você já sentiu como se sempre escolhesse a fila do mercado mais lenta? Ou que, durante um engarrafamento,
mesmo quando você muda de pista, a oposta está sempre andando mais rápido? Vou lhe contar uma coisa:
isso não é azar, é o viés da disponibilidade.
Este termo é fonte de muitas pesquisas psicológicas e, nada mais é do que a importância injusta que damos
às memórias mais vívidas (ou disponíveis). Sendo assim, este viés é capaz de distorcer gradativamente a
percepção que possuímos sobre o funcionamento de algumas coisas.
Ele faz com que demos importância para coisas que nos impactam mais do que para coisas que acontecem
com frequência.
Sendo assim, a probabilidade de você escolher a fila mais lenta é a mesma para todas elas, porém, damos
mais importância para a fila quando ela não se comporta como gostaríamos, o que faz parecer que sempre
escolhemos “errada”. Na verdade, você apenas não prestou atenção nas vezes em que esteve em uma fila
rápida.
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O que é autoengano?
O que significa autoengano para você? Para o autor, autoengano está longe de ser mentir para si mesmo, é,
na verdade, o ato de acreditar no que não é real, mesmo quando não sabemos disso.
Autoengano está relacionado com a forma como reagimos a processos que acarretam em julgamentos e
decisões falhos, ou, pelo menos, a situações que nos geram dúvidas.
Está também diretamente ligado ao realismo ingênuo, que o autor define como o preceito que as pessoas
buscam acreditar, em que as coisas são exatamente aquilo que parecem ser. E, nós sabemos que
geralmente não é exatamente assim, não é mesmo?
A mente humana é determinada a encontrar uma razão específica para todos os acontecimentos, dessa
forma, tem dificuldade de compreender e aceitar a influência de condições aleatórias.
Sendo assim, é interessante nos questionar qual a real contribuição que o acaso tem em relação às
circunstâncias da vida que nos encontramos atualmente. Se você parar para pensar, com certeza existe
algum acontecimento inesperado que mudou o rumo dos seus planos de maneira grandiosa.
Leonard Mlodinow afirma que, a princípio, a capacidade de realizar avaliações e tomar decisões inteligentes
diante de uma incerteza é uma habilidade rara. Apesar disso, o autor afirma que é possível aperfeiçoá-la
com a experiência.
Fatores evolutivos, experiências pessoais, conhecimento e sentimentos, são alguns dos aspectos complexos
que influenciam a análise das situações humanas.
Cientificamente, é possível que estruturas cerebrais diferentes cheguem a conclusões diferentes, onde
disputam entre si até que uma delas seja predominante, demonstrando, assim, a complexidade da incerteza
humana.
Erros de Julgamento
Atribuir o triunfo das pessoas proporcionalmente a sua riqueza ou fama, por exemplo, é um erro de
julgamento. Isso porque é impossível que possamos observar o potencial individual das pessoas, vemos
apenas os seus resultados.
Você já deve ter ouvido histórias sobre cientistas, escritores e poetas, por exemplo, que tiveram seu trabalho
reconhecido somente após a morte. Isso quer dizer que não eram brilhantes em vida? Não! Apenas não
tiveram seus resultados expostos e afirmados antes.
Muitas pessoas tão talentosas quanto aquelas que hoje reconhecemos como sinônimo de talento ainda não
tiveram a oportunidade de serem reconhecidas, mas, baseada na probabilidade, é importante lembrar:
quanto mais tentamos, mais chances temos de conseguir!
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Esperança Matemática
O viés da confirmação
Assim como o viés da disponibilidade, o viés da confirmação pode ser considerado, mais uma vez, a nossa
mente querendo nos pregar uma peça.
Este viés, nada mais é do que, inconscientemente, reafirmarmos aquilo que já está na nossa mente, mesmo
que tenhamos evidências opostas na mesma proporção. Sabe quando você pede opinião das pessoas e, no
fim das contas, decide o que você mesmo já tinha vontade de fazer? O viés da confirmação está aí!
Isso pode ser prejudicial, pois modifica nossa percepção sobre os fatos. Por exemplo: alguém pessimista,
observa somente os pontos ruins ou possíveis falhas, não apreciando a parte boa. Por outro lado, alguém
otimista pode apenas desfrutar da situação, sem considerar situações prejudiciais, nem estar preparada para
elas.
Sempre ouvimos histórias de superação de pessoas renomadas sobre como, na grande maioria das vezes,
receberam muitos “nãos” até conquistarem o que era desejado.
Em termos matemáticos, a probabilidade de você acertar uma cesta de basquete vai variar conforme a
quantidade de tentativas que existirem. Você pode ser horrível em basquete, mas se tentar marcar o ponto
vezes o suficiente, em algum momento, mesmo por acaso, você vai conseguir!
Quanto mais tentamos, mais chances temos de conseguir, e, ainda por cima, no caminho vamos ficando
cada vez melhores. Isso significa que, na próxima vez, vamos precisar de menos tentativas, e na próxima,
menos ainda!
Assim é na nossa vida e com os nossos objetivos. O que pessoas de sucesso têm em comum? Elas não
desistem na primeira tentativa.
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O que outros autores dizem a respeito?
Em “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, se discute sobre como o desenvolvimento intelectual
possibilitou a evolução organizacional e tecnológica. O autor, Yuval Noah Harari, acredita, assim como
Leonard, que as capacidades de análise e raciocínio humanas podem modificar a forma como tudo funciona.
Duncan J. Watts, autor de “Tudo é Óbvio: Desde que você saiba a resposta” afirma que somos
influenciados predominantemente pelo senso comum, muitas vezes, acima da própria ciência e matemática
comprovadas. Destaca, então, a importância de cultivarmos um senso incomum, para vermos as coisas como
realmente são.
“Rápido e Devagar”, de Daniel Kahneman, trata do funcionamento da mente humana perante a necessidade
de tomada de decisão. Nesta obra é possível compreender e lidar com essas situações de maneira mais
inteligente.
• Tente estar imune a erros de intuição. É importante considerar as informações racionais além dos
sentimentos;
• Lembre de como os erros de julgamento funcionam, dê mais importância para os indicadores diretos do
que para conquistas passadas;
• Não torne a presença do acaso algo ruim em sua vida, esteja consciente sobre ele e faça o melhor possível
com as opções que lhe forem disponibilizadas;
• Preste atenção ao viés da disponibilidade: isso fará você ver que as coisas não são exatamente como a sua
mente pensa que é;
• Não desista na primeira tentativa! A probabilidade de sucesso está ao seu lado.
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