Apostila Da PM-PB - ConcureirMossoroense
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Hunter
Benny
Grenne
Oliveira
Júnior
84 99862.1117
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CONCURSO PM-PB
SÚMARIO
LINGUA PORTUGUESA 1 a 72
RACIOCÍNIO LÓGICO 73 a 88
HISTÓRIA DA PARAIBA 89 a 100
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL 101 a 116
NOÇÕES DE DIREITO PENAL 117 a 128
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 128 a 152
LEGISLAÇÃO POLICIAL MILITAR DA PARAÍBA 152 a 160
DIREITO PENAL MILITAR 160 a 164
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 165 a 170
SOCIOLOGIA 171 a 188
GEOGRAFIA DA PARAÍBA 189 a 210
INFORMÁTICA 211 a 275
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AULA 01 opinativa – ensaio – discurso
político etc.
TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS EXPOSITIVA Notícia – declaração –
exposição de motivo etc.
A produção de textos orais e, posteriormente, de DESCRITIVA Objetivo, subjetivo (pessoa,
textos escritos sempre foi uma marca da socialização objeto, paisagem, ambiente e
humana e de sua sedentarização após milênios de cena)
nomadismo pelos povos primitivos. Assim, o ser DIALOGAL* Telefonema – conversa informal
humano conseguiu desenvolver efetivamente marcas – conversa com um vendedor –
culturais que influenciaram o surgimento de entrevista etc.
processos identitários, os quais, por sua vez, INJUNTIVA Receita – guia de cidade –
influenciaram os objetivos de comunicação advindos manual de montagem –
dessa interligação social. Considerando esse horóscopo – verbete – texto
contexto, os tipos e gêneros textuais existem para o publicitário – aviso etc.
provimento de necessidades sociais de comunicação
entre os indivíduos em suas funções diárias dentro 1. A NARRAÇÃO
da comunidade. Características:
Sendo assim, os gêneros discursivos Situa seres e objetos no tempo (história).
correspondem a certos padrões de composição de
texto determinados pelo contexto em que são Recursos:
produzidos, pelo público a que eles se destinam, por Verbos de ação, discursos direto, indireto e
sua finalidade e por seu contexto de circulação, entre indireto livre.
outros aspectos. Dependendo do padrão de A narrativa deve tentar elucidar os
composição, este gênero será classificado dentro de acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas
uma tipologia textual. essenciais:
Paralelamente, o termo “tipologia textual” é O QUÊ? – o(s) fato(s) que determina(n) a história;
usado para, de certo modo, organizar os textos, QUEM? – a personagem ou personagens;
considerando suas características estruturais e COMO? – o enredo, o modo como se tecem os fatos;
linguísticas. Embora seja difícil isolar a forma de um ONDE? – o lugar ou lugares da ocorrência
texto de sua função social, a observação da tipologia QUANDO? – o momento ou momentos em que se
predominante em cada gênero facilita tanto a passam os fatos;
produção do autor quanto a compreensão do leitor. POR QUÊ? – a causa do acontecimento.
Modernamente, as tipologias também são chamadas Observe como se aplicam no texto de Manuel
de sequências discursivas. Quando se faz a indicação Bandeira esses elementos:
de que um gênero pertence a uma tipologia, o que
se está destacando é a predominância de um tipo Tragédia brasileira
sobre outros dentro de um mesmo texto, pois há Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de
gêneros mistos, ou seja, podem, ao mesmo tempo, idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa: prostituída
apresentar características de mais de uma tipologia. com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança
Com a evolução da história, da ciência e da empenhada e os dentes em petição de miséria.
tecnologia, os gêneros textuais têm se diversificado Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num
cada vez mais e não param de se multiplicar, sobrado no Estácio, pagou médico, dentista,
portanto, mesmo que fosse possível, seria exaustivo manicure... Dava tudo quanto ela queria.
enumerar todos, por isso daremos destaque, em Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita,
nosso estudo, aos gêneros e tipologias mais arranjou logo um namorado.
cobrados nos vestibulares. Misael não queria escândalo. Podia dar em Maria
Veja exemplos da organização estabelecida Elvira uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada
entre tipologia e gênero textual. disso: mudou de casa. Viveram três anos assim.
TIPOLOGIAS (OU Gêneros textuais Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado,
SEQUÊNCIAS correspondentes Misael mudava de casa. Os amantes moraram no
DISCURSIVAS) Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria,
Crônica – fábula – conto – Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de
notícia – relato – história em Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no
quadrinho – roteiro de teatro e Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do
NARRATIVA
cinema – novela – romance – Mato, Inválidos...
carta afetiva – memorial – Por fim, na Rua da Constituição, Misael, privado
resumo – anedota etc. de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros. A
Artigo – editorial – manifesto – polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal,
ARGUMENTATIVA
crônica argumentativa – carta vestida de organdi azul.
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Manuel Bandeira geração, funciona como base forte dessa forma de
O quê? Romance conturbado, que resulta em preconceito, perpetuando o problema no Brasil.
crime passional. Infere-se, portanto, que a intolerância religiosa é um
Quem? Misael e Maria Elvira. mal para a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao
Como? O envolvimento inconsequente de um Governo Federal construir delegacias especializadas em
homem de 63 anos com uma prostituta. crimes de ódio contra religião, a fim de atenuar a prática
Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e vários do preconceito na sociedade, além de aumentar a pena
outros lugares. para quem o praticar. Ainda cabe à escola criar palestras
Quando? Duração do relacionamento: três anos. sobre as religiões e suas histórias, visando a informar
Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira. crianças e jovens sobre as diferenças religiosas no país,
diminuindo, assim, o preconceito religioso. Ademais, a
2. A ARGUMENTAÇÃO sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com o intuito
Nossa vida é uma constante argumentação. de conscientizar a população sobre os males da
Talvez por isso, estejamos a todo momento tentando intolerância religiosa. Assim, poder-se-á transformar o
provar nossos pontos, nossos pensamentos, nossas Brasil em um país desenvolvido socialmente, e criar um
vontades. Nosso, nós. A argumentação é justamente legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.
a tentativa de provar e de estabelecer a defesa de Percebe-se que o texto argumentativo se ancora
uma ideia pessoal, através de fatos, de observações em um ponto central e se desenvolve em torno dele:
do mundo, de condições de razoabilidade lógica, a tese. Uma tese/opinião é o coração do texto pois
milimetricamente concatenados para que se conduza todos os argumentos que visam defendê-lo têm duas
o leitor/ouvinte a aceitar tal posição. Em suma, relações diretas com ele, a primeira uma lógica
argumentar é convencer e persuadir, fazer que o interna de tentativa de demonstração que essa tese
outro mude seu pensamento e ações. Para se fazer não apenas é real como é coerente, faz sentido.
isso, precisa haver uma tese, acreditar nela e A segunda, externa, condiciona a criação de
convencer o leitor a partir da transformação de argumentos à realidade do receptor, jogando uma
informação em conhecimento. Leiam: partida entre aquilo que necessita-se dizer para
Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz convencer alguém e aquilo que esse alguém trataria
em suas "Memórias Póstumas" que não teve filhos e não como real dentro daquilo que gostaria de ouvir ou
transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. entenderia como verdade, de acordo com critérios
Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura sociais, culturais, identitários, etários, etc.
de muitos brasileiros frente a intolerância religiosa é uma ARGUMENTOS
TESE
das faces mais perversas de uma sociedade em CORRESPONDENTES
desenvolvimento. Com isso, surge a problemática do – Embora esteja previsto na
preconceito religioso que persiste intrinsecamente ligado à Constituição o princípio da
realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela isonomia, no qual todos devem
lenta mudança de mentalidade social. ser tratados igualmente, muitos
É indubitável que a questão constitucional e sua cidadãos se utilizam da
aplicação estejam entre as causas do problema. Conforme inferioridade religiosa para
Aristóteles, a poética deve ser utilizada de modo que, por externar ofensas e excluir
meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. socialmente pessoas de
De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a religiões diferentes.
perseguição religiosa rompe essa harmonia; haja vista que, O preconceito religioso
embora esteja previsto na Constituição o princípio da persiste intrinsecamente – A preparação do preconceito
isonomia, no qual todos devem ser tratados igualmente, ligado à realidade do religioso se encaixa na teoria do
muitos cidadãos se utilizam da inferioridade religiosa para país, seja pela sociólogo, uma vez que se uma
externar ofensas e excluir socialmente pessoas de religiões insuficiência de leis, seja criança vive em uma família
diferentes. pela lenta mudança de com esse comportamento,
Segundo pesquisas, a religião afro-brasileira é a mentalidade social tende a adotá-lo também por
principal vítima de discriminação, destacando-se o conta da vivência em grupo.
preconceito religioso como o principal impulsionador do
problema. De acordo com Durkheim, o fato social é a – A continuação do
maneira coletiva de agir e de pensar. Ao seguir essa linha pensamento da inferioridade
de pensamento, observa-se que a preparação do religiosa, transmitido de
preconceito religioso se encaixa na teoria do sociólogo, geração a geração, funciona
uma vez que se uma criança vive em uma família com esse como base forte dessa forma
comportamento, tende a adotá-lo também por conta da de preconceito, perpetuando o
vivência em grupo. Assim, a continuação do pensamento problema no Brasil.
da inferioridade religiosa, transmitido de geração a
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3. A EXPOSIÇÃO/DISSERTAÇÃO Quando esse gene sofre mutações, ele perturba
É a tipologia textual que tem por finalidade o a “rodovia” de transporte como um todo, impedindo
desenvolvimento de mais informações, o envio e o recebimento de proteínas essenciais para
conhecimentos ou conteúdos ao leitor, por assim o funcionamento correto do cérebro e da medula
dizer. É o conjunto de gêneros textuais marcado espinhal. E no meio desse caos logístico, o cérebro
especialmente pelo ajuntamento de fatos e dados vai perdendo o controle dos músculos, levando aos
sobre um determinado assunto para que o leitor, sintomas característicos da ELA.
após a conclusão dessa leitura, tenha mais Mas é importante destacar que os próprios
conhecimentos sobre aquele tema do que quando autores do estudo admitem que essa
iniciou sua leitura. mutação provavelmente atinge uma minoria das
A bem da verdade, é muito difícil, num contexto pessoas com ELA.
de produção textual, que um discurso seja “Como assim?”, você deve estar pensando. Para
integralmente imparcial e sem marcação de quê, então, fazer um estudo desse tamanho e
argumentos, por isso, precisa-se ter em mente que o descobrir um gene que só afeta um tantinho de
texto dissertativo jamais será 100% dissertativo. gente em uma doença que já é rara?
Mesmo assim, o autor busca sempre utilizar A resposta dessa pergunta tem duas partes.
marcas que o distanciem do texto, efetivando a Primeiro, tudo indica que várias mutações genéticas
impessoalidade característica da dissertação, como podem estar implicadas quando se fala de esclerose
verbos na terceira (3ª) pessoa — do singular ou do lateral amiotrófica. Uma porção de outros genes
plural —, geralmente acompanhados do pronome como o KIF5A já foram descobertos, alguns deles
“se”. Há quem use também a primeira (1ª) pessoa inclusive graças ao famoso Ice Bucket Challenge.
do plural. Semanticamente, a primeira pessoa do Ou seja: várias alterações genéticas diferentes
plural é mais impessoal do que a primeira pessoa do podem culminar numa mesma doença. E é por isso,
singular. Quando há um esforço da parte do autor em primeiro lugar, que o KIF5A é importante.
em se distanciar do assunto abordado, tratando Quando olhamos para o efeito que versões mutantes
objetivamente dos fatos, dizemos que o texto é dele trazem para o sistema nervoso, entendemos
impessoal. Em textos científicos e dissertativos, como melhor o mecanismo da ELA.
a dissertação, procura-se sempre escrever com E quando comparamos as consequências dessa
impessoalidade, pois essa característica confere mutação com as outras já conhecidas, conseguimos
maior credibilidade ao texto, como se ele contivesse entender o que elas têm em comum – e descobrir
verdades universais e indiscutíveis. Vejamos um um alvo que possa ser atingido com medicação, o
exemplo: que leva a tratar todas essas variáveis genéticas de
“O maior estudo da história sobre a esclerose uma vez só.
lateral amiotrófica conseguiu descobrir como Essa é, então, a segunda parte da resposta. A
mutações no gene KIF5A estão conectadas a mutação KIF5A dá força a uma suspeita antiga dos
sintomas da doença. A pesquisa, que contou com a cientistas: que são anormalidades no citoesqueleto
colaboração de dezenas de países, foi publicada dos axônios que estão por trás da ELA, seja qual for
poucos dias depois da morte do cosmólogo Stephen a variação genética responsável por esses defeitos.
Hawking, o portador mais famoso da doença, que Isso torna o citoesqueleto um possível alvo para
viveu com ELA por 56 anos. novas terapias que possam intervir e, no mínimo,
O gene KIF5A (a sigla complicada quer dizer reduzir o impacto da doença, que costuma matar de
“membro 5A da família das cinesinas”) já tinha sido 2 a 5 anos depois do diagnóstico. “Tratamentos que
associado a outras duas doenças degenerativas com possam potencialmente estabilizar ou consertar o
sintomas similares, como enfraquecimento, citoesqueleto nos dão um alvo para o
enrijecimento e perda do controle dos músculos. desenvolvimento de novas drogas capazes de tratar
A nova análise sequenciou o DNA de mais de ELA [nas suas diferentes formas]”, concluem os
125 mil pessoas para comprovar a importância do autores da pesquisa, publicada no periódico Neuron”.
KIF5A no desenvolvimento da doença.
Tudo tem a ver com o funcionamento do 4. A DESCRIÇÃO
sistema nervoso e uma parte das células nervosas A descrição tem como função produzir uma
chamada axônio. Os axônios são uma espécie de imagem mental que o leitor não vê, permitindo-lhe
cauda do neurônio, conectando-o ao tecido muscular imaginar espaços, paisagens, objetos, seres reais ou
ou a outros neurônios, e transmitindo mensagens na imaginários, estáticos ou evolutivos e mediante a
forma de impulsos elétricos. apresentação de aspectos característicos, de
Outra forma de comunicação entre neurônios e pormenores. Descrever não é enumerar, mas captar
o resto do corpo é a transmissão de proteínas entre traços que sejam capazes de transmitir uma
células. E aí entra o KIF5A: em sua forma normal, ele impressão autêntica.
produz uma proteína que é transportada via axônio I – Descrição subjetiva: é a descrição pessoal com
de uma célula para outra. os pormenores, mas com o objetivo de criar uma
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realidade nova, de transmitir emoções, captando a formavam-se grandes poços, que venciam a
essência das coisas e pessoas. estiagem. Nestes pequenos açudes se pescava,
II – Descrição de lugares: a descrição é feita de lavavam-se os cavalos, tomava-se banho. Nas
forma que quem o descreve vê o lugar como se fosse vazantes plantavam batata-doce e cavavam
uma “máquina fotográfica”, capta as partes pequenas cacimbas para o abastecimento de gente
interessantes, descobre expressões faciais. que vinha das caatingas, andando léguas, de pote na
Exemplo de texto - “Cidades Mortas” - Monteiro cabeça. O seu leito de areia branca cobria-se de
Lobato salsas e junco verde-escuro, enquanto pelas margens
“Quem dobra o morro da Samambaia, com a os marizeiros davam uma sombra camarada nos
vista saturada pela verdura monótona, espairece meios-dias. Nas grandes secas o povo pobre vivia da
na Grota Funda ao dar de chapa com uma sitioca água salobra e da vazante do Paraíba. O gado
pitoresca. E passa levando nos olhos a impressão vinha entreter a sua fome no capim ralo que crescia
daquela sépia afogada em campo verde: casebre de por ali. Com a notícia dos relâmpagos nas cabeceiras,
palha, terreirinho de chão limpo, mastro de Santo entraram a arrancar as batatas e os jerimuns das
Antonio com os desenhos já escorridos pela chuva e vazantes.”
a bandeira rota trapejante ao vento. Dois Veja as palavras que José Lins do rego utiliza
mamoeiros no quintal apinhados de frutos; para descrever a cena. Você pode, além de ampliar
canteiros de esporinhas com periquito em redor e seu vocabulário, descobrir também onde fica o rio
manjericões entreverados. Um pé de girassol, Paraíba. A geografia também faz parte da produção
magro e desenxabido, a sopesar no alto a rodela de um texto.
cor de canário; laranjeiras semimortas sob o IV – Descrição física e psicológica das pessoas:
toucado da erva-de-passarinho. é a descrição do caráter, dos hábitos, os gostos, o
Nos fundos da casa vê-se o lavadouro, temperamento e seus aspectos físicos: altura, peso,
descoivarado apenas, num poço onde o corgo cor de cabelo, olhos etc.
rebrilha três palmos d´água. Sobre um tabuão Exemplo de textos:
emborcado a meio, lá está batendo roupa a a) descrição física: “Dom Casmurro” - Machado de
Marianinha Pichorra, mulher de Pedro Pichorra, mãe Assis:
de nove Pichorrinhas. É ali o sítio dos Pichorras e até “José Dias amava os superlativos. Era um modo de
a Grota Funda já é conhecida por Fundão da dar feição monumental às idéias; não as havendo,
Pichorrada.” servir a prolongar as frases. Levantou-se para ir
Lendo o texto de Monteiro Lobato é possível buscar o gamão, que estava no interior da casa.
perceber que sua linguagem é bem típica do tempo Cosi-me muito à parede, e vi-o passar com as suas
em que viveu e que ele utiliza palavras que não são calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e
comumente usadas por nós. Aprenda com elas. Você gravata de mola. Foi dos últimos que usaram
sabia que o sobrenome “Pichorra” dado pelo autor à presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo.
família de Grota Funda tem vários significados? Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem
Não!!!! Veja: esticadas. A gravata de cetim preto, com um arco de
Pichorra pode ser: pequeno cântaro de barro aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então
branco com bico e também estado de lassidão, moda. O rodaque de chita, veste caseira e leve,
preguiça. Bom, aí vêm novas palavras: cântaro e parecia nele uma casaca de cerimônia. Era magro,
lassidão. Vamos lá, deixe de pichorra e procure o chupado, com um princípio de calva; teria seus 55
significado. anos. Levantou-se com o passo vagaroso do
III – Descrição de cena: É a descrição de uma costume, não aquele vagar arrastado dos
pequena parte de um todo, podendo usar a emoção preguiçosos, mas de um vagar calculado e deduzido,
e as idéias. Exemplo de texto - “Menino de Engenho” um silogismo completo, a premissa antes da
- José Lins do Rego: conseqüência, a conseqüência antes da conclusão.
“Há oito dias que relampeja nas cabeceiras. Um dever amaríssimo!”
Meu avô ficava de noite por muito tempo a b) descrição psicológica: “Angústia” - Graciliano
espreitar o abrir rápido do relâmpago para os lados Ramos:
de cima. E quando se cansava de tanto esperar, “A minha criada Vitória anda em cinquenta anos, é
botava os moleques para isto. meio surda e possui um papagaio inteiramente
Lá um dia, para as cordas das nascentes do mudo, que pretende educar assim:
Paraíba, via-se, quase rente do horizonte, um abrir Currupaco, papaco/ A mulher do macaco/ Ela fia, ela
longínquo e espaçado de relâmpago: era inverno na cose,/ Ela toma tabaco/ Torrado no caco
certa no alto sertão. As experiências confirmavam O papagaio prega na velha o olho redondo. Em
que com duas semanas de inverno o Paraíba seguida cerra as pálpebras e baixa a cabeça. Às
apontaria na várzea com a sua primeira cabeça vezes se aborrece da gaiola e bate as asas. A dona
d´água. O rio no verão ficava seco de se atravessar corre para o quintal e espia a folhagem da
a pé enxuto. Apenas, aqui e ali, pelo seu leito, mangueira:
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- Meu louro, meu louro! Currupaco, papaco. Meu, que aqui à direita ficava o teu nome e louro, ó minha
Meu louro! Onde andará o sem-vergonha desse namorada de oito anos.”
papagaio. VI – Descrição objetiva: é a descrição exata, sem
Só se acomoda depois de percorrer a vizinhança emoção, sem rodeios, tendo como foco a
e encontrar o fugitivo. Pega então a parolar com ele, informação, o esclarecimento, a comunicação. Esse
que não diz nada. Quando se cansa, agarra o jornal e tipo de descrição é muito usado em relatórios.
lê com atenção os nomes dos navios que chegam e VII – Descrição de funcionamento: é a descrição
dos que saem. Nunca embarcou, sempre viveu em utilizada em folhetos informativos. Usado em
Maceió, mas tem o espírito cheio de barcos. Dá-me instruções para uso de aparelhos eletro-eletrônicos,
freqüentemente notícias deste gênero: bulas etc.
- O Pedro II chega amanhã. O Aratimbó vem com
atraso. Terá havido desastre? 5. INJUNÇÃO
.............................................................................. No contexto das novas tecnologias e das
diversas técnicas necessárias para bem usá-las, os
No princípio do mês, quando se aproxima o textos injuntivos têm-se tornado cada vez mais
recebimento do ordenado, excita-se e não larga o criados, consumidos e trabalhados, especialmente se
Diário Oficial. considerarmos a internet e a infinidade de
- Faltam dois dias, falta um dia, é hoje. possibilidades geradas a partir do seu uso. Mas isso
E faz cálculos que não acabam, cálculos inúteis, não significa que anteriormente não existiam ou
porque não gasta nada: usa os meus sapatos velhos tinham menor valor os textos injuntivos.
e traz um xale preto amarelento que deve ter dez O texto injuntivo é marcado pela explanação,
anos. Recolhe a mensalidade e mete-se no fundo do detalhamento e processamento de métodos e
quintal, põe-se a esgravatar a terra como se técnicas, sequenciais, para efetuar determinada
plantasse qualquer coisa. Esquece os navios e as ação. Nesse caso, dá-se ao leitor um passo a passo
lições ao papagaio. para que ele produza sem erros uma técnica que só
.............................................................................. seria feita adequadamente daquela forma. Exemplos
claros disso são, nos dias atuais, os tutoriais.
Nem à noite a pobre descansa: levanta-se pela Vejamos exemplo:
madrugada e abre a porta do fundo, cautelosamente.
Cautela inútil. Como é meio surda pensa que não faz Como recuperar fotos apagadas do Google
barulho, mas arrasta os sapatões com força, e as Fotos
pernas reumáticas atiram-na contra os móveis, às Quando você apaga uma foto, ela fica salva no
escuras, tropeçam nos degraus e cimento quebrado. app por 60 dias e depois é excluída definitivamente.
Ausenta-se uma hora. Depois a porta range de novo Ou seja, se você excluiu alguma imagem dentro
e as pisadas reaparecem. Daí a pouco está a criatura desse período, ainda tem chances de recuperar. Veja
resmungando, fazendo contas intermináveis”. como!
Neste texto o vocabulário já é mais acessível, 1. Entre no aplicativo do Google Fotos (também
mas mesmo assim podemos encontrar sempre algo funciona no iPhone!);
que escapa à nossa compreensão. 2. Toque no ícone de menu (representado por três
V – Descrição de objetos: é descrever a listras horizontais) no canto superior esquerdo;
característica única daquele objeto percebido por 3. Entre na Lixeira;
quem o descreve. Exemplo de texto: “Poesia 4. Procure por fotos apagadas. Quando encontrar a
Completa e prosa” - Vinicius de Moraes: que você deseja, segure o dedo sobre ela para
selecionar. Se você quiser recuperar mais de uma,
VELHA MESA basta selecionar as outras fotos desejadas;
“É uma velha mesa esta sobre a qual bato hoje 5. Toque no botão de Restaurar, representado por
a minha crônica. Pouco mais de um metro por uns uma seta que fica no canto superior direito;
quarenta centímetros de largura. Móvel digno, com 6. No canto superior esquerdo, toque no botão
duas gavetas laterais, um verniz escuro cobria em de Voltar (representado por uma seta);
outros tempos seu jacarandá. Às vezes me dá 7. Pronto! Agora é só procurar pela foto restaurada
vontade de parar de escrever, descansar minha na biblioteca de fotos.
cabeça no seu duro regaço e ficar lembrando a
infância longínqua. Caso você não encontre, também existe a opção
É uma velha querida mesa. Foi lixada para do prazo de 60 dias ter passado ou a foto não estar
parecer mais nova, mas mostra ainda por toda parte presente no Google Fotos. Se isso acontecer, não
as rugas que lhe causaram a minha inquietação tem mais como recuperar a foto, a não ser que você
juvenil. O canivete entalhou fundo em sua carne tenha feito um backup do seu Android.
fibrosa e ainda é possível distinguir nomes de
antigas amadas, quase esvanecidos. Lembro-me de
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EXERCÍCIOS Como não existe sangue sintético produzido em
laboratórios, quem precisa de transfusão tem de
01 – Ano: 2017|Banca: COSEAC|Órgão: UFF|Prova: contar com a boa vontade de doadores, uma vez que
Contador nada substitui o sangue verdadeiro retirado das veias
de outro ser humano.
A IMAGEM NO ESPELHO Todos sabemos que é importante doar sangue.
Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por Mas, quando chega a nossa vez, sempre
diante é que começou a viver. Justificava-se: encontramos uma desculpa - Hoje está frio ou não
– Se eu deixar para escrever minhas memórias estou disposto; nesses últimos dias, tenho trabalhado
quando tiver 70 anos, vou esquecer muita coisa e muito e ando cansado; será que esse sangue não me
mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão vai fazer falta... - e vamos adiando a doação que
mais fiéis e terão a graça das coisas verdes. poderia salvar a vida de uma pessoa.
O que viveu depois disto não foi propriamente o Sempre é bom repetir que o sangue doado não
que constava do livro, embora ele se esforçasse por faz a menor falta para o doador. Consequentemente,
viver o contado, não recuando nem diante de coisas nada justifica que as pessoas deixem de doá-lo. O
desabonadoras. Mas os fatos nem sempre processo é simples, rápido e seguro.
correspondiam ao texto e, para ser franco, direi que Disponível em: <https://drauziovarella.com.br/drauzio/doacao-de-
sangue/>.Acesso em: 23 dez. 2016, com adaptações
muitas vezes o contradiziam.
Querendo ser honesto, pensou em retificar as
memórias à proporção que a vida as contrariava. Mas a) narração, pois apresenta uma sucessão de ações
isto seria falsificação do que honestamente que expressam a reação das pessoas diante da
pretendera (ou imaginara) devesse ser a sua vida. necessidade de doar sangue.
Ele não tinha fantasiado coisa alguma. Pusera no b) dissertação, pois manifesta a opinião do autor a
papel o que lhe parecia próprio de acontecer. Se não respeito da pouca ou nenhuma importância que as
tinha acontecido, era certamente traição da vida, não pessoas dão ao ato de doar sangue, o que justifica o
dele. fato de elas se recusarem a ser doadoras.
Em paz com a consciência, ignorou a versão do c) narração, pois tem como foco central relatar o
real, oposta ao real prefigurado. Seu livro foi adotado modo como as pessoas reagem para não doarem
nos colégios, e todos reconheceram que aquele era o sangue, isto é, a forma como elas se esquivam da
único livro de memórias totalmente verdadeiro. Os responsabilidade de serem doadoras.
espelhos não mentem. d) descrição, pois o autor faz apenas um registro
(ANDRADE, C. D. de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J. Olympio, objetivo e imparcial de um fato para demonstrar ao
1981, p. 23.) leitor a realidade em que se encontra a doação de
sangue.
“Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por e) dissertação, pois o autor defende uma opinião a
diante é que começou a viver. Justificava-se: partir da qual se pode concluir que reconhecer a
– Se eu deixar para escrever minhas memórias importância de doar sangue não necessariamente
quando tiver 70 anos, vou esquecer muita coisa e garante que tal doação se concretize.
mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão
mais fiéis e terão a graça das coisas verdes”. 03 – Ano: 2017 | Banca: CESPE | Órgão: PC-GO |
Prova: Delegado de Polícia
A construção dos parágrafos acima configura uma
estrutura predominantemente: Texto CB1A1AAA
a) descritiva, com predomínio de fatos. A diferença básica entre as polícias civil e militar
b) enumerativa, com apenas um narrador. é a essência de suas atividades, pois assim desenhou
c) narrativa, com a presença de dois narradores. o constituinte original: a Constituição da República
d) comparativa, com predomínio do passado. Federativa do Brasil de 1988 (CF), em seu art. 144,
e) dissertativa, com explicitação de acontecimentos. atribui à polícia federal e às polícias civis dos estados
as funções de polícia judiciária — de natureza
02 – Ano: 2017 | Banca: IADES | Órgão: Fundação essencialmente investigatória, com vistas à colheita
Hemocentro de Brasília – DF | Prova: Administrador de provas e, assim, à viabilização do transcorrer da
ação penal — e a apuração de infrações penais.
Doação de sangue Enquanto a polícia civil descobre, apura, colhe provas
de crimes, propiciando a existência do processo
Ninguém está livre de precisar de uma criminal e a eventual condenação do delinquente, a
transfusão de sangue. Ninguém está livre de sofrer polícia militar, fardada, faz o patrulhamento
um acidente, de passar por uma cirurgia ou por um ostensivo, isto é, visível, claro e perceptível pelas
procedimento médico em que a transfusão seja ruas. Atua de modo preventivo-repressivo, mas não é
absolutamente indispensável. seu mister a investigação de crimes. Da mesma
forma, não cabe ao delegado de polícia de carreira e
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a seus agentes sair pelas ruas ostensivamente em
patrulhamento. A própria comunidade identifica na 05 – Ano: 2016 | Banca: FCC | Órgão: AL-MS |
farda a polícia repressiva; quando ocorre um crime, Prova: Nível Médio
em regra, esta é a primeira a ser chamada. Depois, Um filme de viagem e de amor
havendo prisão em flagrante, por exemplo, atinge-se
a fase de persecução penal, e ocorre o ingresso da O filme Viajo porque preciso, volto porque
polícia civil, cuja identificação não se dá te amo, dirigido por Karim Aïnouz e Marcelo Gomes,
necessariamente pelos trajes usados. Guilherme de foi rodado no interior de cinco estados do Nordeste.
Souza Nucci. Direitos humanos versus segurança A ideia inicial dos dois cineastas era fazer um
pública. documentário sobre as feiras do sertão. Entre a
Rio de Janeiro: Forense, 2016, p. 43 (com adaptações). primeira e a última filmagem houve uma interrupção
de nove anos, e a montagem final é, de fato, uma
O texto CB1A1AAA é predominantemente ficção sobre a viagem e o amor, sem perder uma
a) injuntivo. dimensão crítica sobre a sociedade brasileira. O filme
b) narrativo. transcende o registro do mero documento, transmite
c) dissertativo. emoções ao espectador e convida-o a refletir sobre a
d) exortativo. região e as pessoas que nela vivem e trabalham.
e) descritivo. Um dos achados do filme, cuja narração é
conduzida pela voz de um geólogo, foi relacionar o
04 – Ano: 2016 | Banca: SEGPLAN-GO | Órgão: estudo do solo com a desilusão amorosa. Uma
SEGPLAN-GO | Prova: Técnico Agrimensor sondagem no interior da terra árida tem como
contraponto uma sondagem da alma das
Leia o texto abaixo. Depois assinale a alternativa que personagens. Como acontece com os bons romances,
apresenta o tipo textual predominante no texto. que se revelam com mais intensidade ao serem
relidos, esse filme convida o espectador a assisti-lo
O uso do PET na reciclagem é diverso. Pode-se duas vezes.
fazer muita coisa com essa matéria-prima, mas um (Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita. São
dos destinos mais comuns é se transformar em fibra Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 134)
de poliéster.
PET é o melhor e mais resistente plástico para Quanto ao seu gênero, esse texto é
fabricação de garrafas e embalagens. Devido às suas a) uma crônica imaginosa, na qual o autor expõe um
características, o PET mostrou ser o recipiente ideal roteiro de filme cuja finalidade é promover uma
para a indústria de bebidas em todo o mundo (as viagem simbólica pelas várias faces da cultura
famosas garrafas de refrigerantes). nordestina.
Porém, com o aumento do consumo, surgiu um b) uma reportagem rotineira, de vez que o autor se
grande desafio a ser resolvido: o que fazer com as limita a dar uma notícia objetiva sobre a produção de
embalagens já utilizadas e descartadas, que poluem um filme, ressaltando as condições materiais em que
de forma indiscriminada o nosso planeta? Desde que foi produzido.
o conceito de reciclagem surgiu, décadas atrás, a c) uma crônica crítica, pela qual o autor comenta a
preservação do meio ambiente tornou-se o seu produção de um filme, cujo intento inicial foi
principal objetivo. alterado, e avalia suas qualidades artísticas e
Nesse sentido, a coleta e a reciclagem da culturais.
embalagem PET têm sido incentivadas cada vez d) uma reportagem promocional, por meio da qual o
mais, permitindo o uso da matéria original para a autor divulga o lançamento de um filme cujo maior
fabricação de diversos produtos. Um dos mais valor é retratar com fidedignidade aspectos da vida
interessantes é produção de fibras de poliéster. Essas sertaneja.
fibras estão sendo largamente utilizadas na indústria e) uma crônica informativa, escrita em tom pessoal,
têxtil e nas confecções. em que o autor fala da surpresa que lhe
Disponível em: http://www.setorreciclagem.com.br proporcionou um documentário sobre a diversidade
das práticas culturais do Nordeste.
a) Dissertativo
b) Narrativo 06 – Ano: 2016 | Banca: CONSULPLAN | Órgão:
c) Descritivo Prefeitura de Venda Nova do Imigrante – ES | Prova:
d) Injuntivo Assistente social
e) Expositivo
O coronel, que então morava já na cidade, tinha
um compadre sitiante que ele estimava muito.
Quando um filho do compadre Zeferino ficava
doente, ia para a casa do coronel, ficava morando ali
até ficar bom, o coronel é que arranjava médico,
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remédio, tudo. enunciatário da mensagem o conjunto das ideias que
Quase todos os meses o compadre pobre queremos que ele compreenda e processe.
mandava um caixote de ovos para o coronel. Seu
sítio era retirado umas duas léguas de uma Contudo, as palavras, em seu sentido
estaçãozinha da Leopoldina, e compadre Zeferino dicionarizado, nem sempre conseguem passar a
despachava o caixote de ovos de lá, frete a pagar. completude de sentidos e entendimentos que
Sempre escrevia no caixote: CUIDADO É OVOS – e desejamos repassar. Nesse contexto, os falantes
cada ovo era enrolado em sua palha de milho com criam e recriam os usos que fazem da linguagem e
todo cuidado para não se quebrar na viagem. Mas, de sua expressão.
que o quê: a maior parte quebrava com os Nesse entremeio se configuram as figuras de
solavancos do trem. linguagem, elas são um upgrade nos significados e
Os meninos filhos do coronel morriam de rir sentidos, fazendo com que certas expressões, muitas
abrindo o caixote de presente do compadre Zeferino; vezes combinadas a contextos, repassem novos
a mulher dele abanava a cabeça como quem diz: sentidos, concatenando ideias e deixando o texto
qual...Os meninos, com as mãos lambuzadas de clara bem mais fácil de entender detalhes que fugiriam ao
e gema, iam separando os ovos bons. O coronel, na uso ortodoxo da linguagem sob seu prisma
cadeira de balanço, ficava sério; mas, reparando dicionarizado.
bem, a gente via que ele às vezes sorria das risadas As figuras de linguagem, então, são um recurso
dos meninos e das bobagens que eles diziam: por de expressividade, que buscam, de certa forma,
exemplo, um gritava para o outro – “cuidado, é renovar o entendimento dos textos e de seu uso
ovos”! social cotidiano. Pensando nisso, essas figuras
Quando os meninos acabavam o serviço, o podem ser divididas em três grandes grupos:
coronel perguntava:
– Quantos salvaram? I – Figuras de palavras
Os meninos diziam. Então ele se voltava para a Esta subdivisão consiste em, pontualmente,
mulher: “Mulher, a quanto está a dúzia de ovos aqui desviar uma palavra de seu sentido original
no Cachoeiro?” A mulher dizia. Então ele fazia um dicionarizado, buscando renovar ou aprofundar sua
cálculo do frete que pagara, mais do carreto da expressão, assim, as figuras de linguagem
estação até a casa e coçava a cabeça com um ar pertencentes a esta divisão têm modificação
engraçado: puramente vocabular.
– Até que os ovos do compadre Zeferino não
estão me saindo muito caros desta vez. [...] II – Figuras de construção (ou de sintaxe)
(BRAGA, R. O Compadre Pobre. In. BRAGA, R. 200 crônicas Neste caso, a inter-relação gramatical entre as
escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2013. Fragmento.)
palavras, ou seja, o conjunto de mecanismos
gramaticais que formam frases é modificado de
Considerando o modo de organização como o texto forma a modificar a ideia, o estilo ou o foco da
se apresenta e/ou características linguísticas expressão de um conjunto de palavras que forme
utilizadas, pode-se afirmar que sentido.
a) predominam os verbos de situação e as
expressões qualificativas em geral. III – Figuras de pensamento
b) o predomínio da descrição revela a caracterização Neste caso, uma expressão (conjunto vocabular)
da composição do ambiente. ou até mesmo a relação semântica (agora não mais
c) através da sequência da enunciação dos fatos gramatical) de frases e períodos são encaixadas e
pode-se reconhecer determinadas ações encadeadas reencaixadas de forma intencional e lógica para
temporalmente. repassar outros sentidos e realçar ideias que queiram
d) a narrativa apresentada é um recurso ser repassadas ao leitor.
argumentativo utilizado pelo autor para expor de
forma explícita seu ponto de vista. I – Figuras de Palavras
GABARITO Comparação: é feita de forma “explícita”, ou seja,
01 – A 02 – E 03 – C 04 – A 05 – C 06 – C com uso de conectivo comparativo (como, tal qual,
igual)
AULA 02 Minha irmã é bondosa como um anjo.
FIGURAS DE LINGUAGEM Metáfora: é uma comparação abreviada,
associação de idéias ou de característica comum
Criar textos é a arte de repassar ideias. É o que entre dois seres. Nasce por meio da analogia e da
temos visto em nossas aulas desde o começo do ano. similaridade e dispensa os conectivos que aparecem
Para isso, precisa-se, na maioria dos casos, buscar na comparação.
palavras e sentidos que exprimam e passem ao
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Minha irmã é um anjo. E resmunga, e chora, e grita, e pula, e berra.
Metonímia: é a utilização de uma palavra por outra,
porque mantêm elas uma relação constante ou Repetição: é a repetição de palavras com o intuito
contigüidade de sentido. Eis os principais casos: de exprimir a idéia de progressão e intensificação.
o autor pela obra: Você já leu Camões? Aquela noite era linda, linda, linda.
o efeito pela causa: Respeite minhas rugas. Enquanto tudo isso acontecia, a garota crescia,
o instrumento pela pessoa: Júlio é um bom crescia.
garfo.
Anáfora: é também a repetição de palavras, porém
o continente pelo conteúdo: Ele comeu dois
no início de frase ou versos.
pratos.
Eu quase não saio
o lugar pelo produto: Ele gosta de um bom
Eu quase não tenho amigo
havana.
Eu quase não consigo
a parte pelo todo: Não tinha teto aquela
Ficar na cidade sem viver contrariado (Gilberto Gil)
família.
o singular pelo plural: O paulista adora
Anadiplose: consiste em repetir, no início de uma
trabalhar.
oração ou de um verso, a última palavra da oração
o indivíduo pela espécie ou classe: Ele é um
ou verso anterior.
judas.
Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,
a matéria pelo objeto: A porcelana chinesa
verdade é, meu senhor, que hei delinqüido,
é belíssima.
delinqüido vos tenho, e ofendido;
a marca pelo produto: pacote de bombril,
ofendido vos tem minha maldade (Gregório de
fazer a barba com gilete, mascar um chiclete.
Matos)
Catacrese: metáfora tão usada que perdeu seu
Pleonasmo: repetição da mesma idéia com objetivo
valor de figura e tornou-se cotidiana, não representando
de realce.
mais um desvio: céu da boca; cabeça do prego; asa da
Ó mar salgado, quanto do teu sal
xícara; dente de alho; pé da cadeira.
São lágrimas de Portugal (Fernando Pessoa)
Também se encontra no emprego impróprio por
esquecimento ou ignorância de origem. Isso ocorre
Hipérbato: é a alteração da ordem direta dos
pela inexistência de palavras mais apropriadas e dá-
termos ou das próprias orações.
se devido à semelhança da forma ou da função:
Aquela pessoa nunca mais quero ver.
ferradura de prata; embarcar no avião; fazer
Da casa saíram as crianças.
sabatina na sexta-feira; péssima caligrafia; ficou
Da igreja estava ele na frente.
de quarentena dois meses; fazer uma novena
durante esta semana.
Por desvinculação de termo
Anacoluto: é a quebra da estrutura normal da frase
Antonomásia: é uma espécie de apelido que
a fim de introduzir nova palavra sem ligação sintática
se confere aos seres, valorizando algum de seus
com as demais.
feitos ou atributos.
Minha vida, tudo sem importância.
Leu a obra do Poeta dos Escravos (Castro Alves).
Eu, eles diziam que a culpa era minha.
O Rei do Futebol fez mais de mil gols (Pelé).
Você gosta da Terra da Garoa (São Paulo)?
Por omissão de termo
Assíndeto: ausência da conjunção entre palavras ou
Sinestesia: é a figura que proporciona a
entre orações de um período.
mistura de percepções, mistura de sentidos.
Nunca tivemos glória, amores, dinheiro, perdão.
Tinha um olhar gelado.
Vim, vi, venci.
II – Figuras de Construção
Elipse: É a omissão de palavra ou expressão que
pode ser facilmente subentendida.
Por repetição/reuso de termo:
Requer-se seja intimado.
Aliteração: repetição de fonemas idênticos ou
Toda a cidade parada por causa do calor.
semelhantes.
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando.
Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma
(Guimarães Rosa)
quando duas orações compartilham o termo omitido,
isto é, quando o termo omitido é o mesmo que
Polissíndeto: repetição de conjunções (síndetos).
aparece na oração anterior. Exemplos:
Não sorriu, nem feliz ficou, nem quis me ver, nem se
Na terra dele só havia mato; na minha, só prédios.
importou com a partida.
Meus primos conheciam todos. Eu, poucos.
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III – Figuras de Pensamento induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar
que lhe fora destinado no corpo social. Não me
Antítese: aproximação de idéias de sentidos deixam mentir os exemplos de Don Quixote e
opostos. Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler
Tinha na alma um herói e um covarde. aventuras de cavalheiros que jamais existiram,
Eufemismo: emprego de palavra ou expressão com meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de
objetivo de amenizar alguma verdade triste, reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha
chocante ou desagradável. a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma
Ele foi desta para melhor. Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e
bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e
Paradoxo ou oxímoro: é o emprego de duas idéias amores cortesãos.
antagônicas, que se excluem mutuamente, mas que Ler realmente não faz bem. A criança que lê
aparecem em uma mesma frase. pode se tornar um adulto perigoso, inconformado
“Amor é fogo que arde sem se ver; com os problemas do mundo, induzido a crer que
é ferida que dói e não se sente” (Camões) tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a
"Estou cego e vejo " (Carlos Drummond de Andrade) leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o
homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria
Hipérbole: exagero proposital. feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a
Estou morrendo de alegria. Chorou um rio de leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade
lágrimas. quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem
procurar enriquecê-lo com cabriolas da imaginação.
Ironia: forma intencional de dizer o contrário do que Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do
pensamos. prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de
Ele era fino e educado (comeu como um porco), Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se,
além de ser gentil (nem disse obrigado). na maior parte dos casos, o que necessita é apenas
executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que
Personificação ou prosopopéia: É dar a vida ao dele esperam e nada mais?
seres inanimados ou dar características humanas aos Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com
animais e objetos. que o homem crie atalhos para caminhos que devem
A formiga disse que tinha de trabalhar necessariamente ser longos. Ler pode gerar a
A vida ensinou-me a ser humilde. invenção. Pode estimular a imaginação de forma a
levar o ser humano além do que lhe é devido. Além
Silepse: é a concordância que se faz com a idéia, e disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a
não com a palavra expressa. Há três tipos: fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos
de gênero: Vossa Santidade será fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal.
homenageado. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um
de pessoa: Os brasileiros somos massacrados. punhado de pó em movimento. Que há algo a
de número: Havia muita gente na rua, corriam descobrir. Há horizontes para além das montanhas,
desesperadamente. há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais
percebidas.
Apóstrofe: invocação ou interpelação de ouvinte ou É preciso desconfiar desse pendor para o
leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades
ausentes. Também é conhecido como vocativo. cruas.
Ó Deus! Mereço tanto sofrimento? Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não
Tenha piedade, Senhor, de seus filhos. leiam para os seus filhos, podem levá-los a
desenvolver esse gosto pela aventura e pela
Gradação: aumento ou diminuição gradual. descoberta que fez do homem um animal diferente.
A paixão crescia, amadurecia, vingava... Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem
noção de progresso e civilização, mas tampouco sem
01 – Ano: 2017 | Banca: COPESE – UFJF | Órgão: conhecer guerras, destruição, violência. Professores,
UFJF | Prova: Técnico de Tecnologia da Informação não contem histórias, podem estimular uma
curiosidade indesejável em seres que a vida destinou
Ler devia ser proibido para a repetição e para o trabalho duro.
(Guiomar de Gramont*) Ler pode ser um problema, pode gerar seres
A pensar a fundo na questão, eu diria que ler humanos conscientes demais dos seus direitos
devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal políticos, em um mundo administrado, onde ser livre
às pessoas: acorda os homens para realidades não passa de uma ficção sem nenhuma
impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o verossimilhança. Seria impossível controlar e
mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura organizar a sociedade se todos os seres humanos
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soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a Texto para responder à questão.
articular bem suas demandas, a fincar sua posição no
mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de * Final do romance “Vidas Secas” que narra a
conquista de sua liberdade. família de Fabiano, mais uma vez, se retirando
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez para algum outro lugar, em virtude da seca:
mais as pessoas leem por razões utilitárias: para
compreender formulários, contratos, bulas de Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se
remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, foi esboçando. Acomodar-se-iam num sítio pequeno,
um dos pequenos cancros da civilização o que parecia difícil a Fabiano, criado solto no mato.
contemporânea. Bastaria um livro para que todos se Cultivariam um pedaço de terra. Mudar-se-iam
vissem magicamente transportados para outras depois para uma cidade, e os meninos frequentariam
dimensões, menos incômodas. É esse o tapete escolas, seriam diferentes deles. Sinhá Vitória
mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. esquentava-se. Fabiano ria, tinha desejo de esfregar
Para o homem que lê, não há fronteiras, não há as mãos agarradas à boca do saco e à coronha da
cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo espingarda de pederneira.
do que a leitura? Não sentia a espingarda, o saco, as pedras
É preciso compreender que ler para se miúdas que lhe entravam nas alpercatas, o cheiro de
enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser carniças que empestavam o caminho. As palavras de
um privilégio concedido apenas a alguns, jamais Sinhá Vitória encantavam-no.
àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou Iriam para diante, alcançariam uma terra
manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da desconhecida. Fabiano estava contente e acreditava
alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer nessa terra, porque não sabia como ela era nem
um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder onde era. Repetia docilmente as palavras de Sinhá
é para poucos. Para obedecer, não é preciso Vitória, as palavras que Sinhá Vitória murmurava
enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. porque tinha confiança nele. E andavam para o sul,
Para executar ordens, a palavra é inútil. metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de
Além disso, a leitura promove a comunicação de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo
dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é coisas difíceis e necessárias. Eles dois velhinhos,
obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e acabando-se como uns cachorros, inúteis, acabando-
público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os se como Baleia. Que iriam fazer?
indivíduos, porque os faz identificar sua história a Retardaram-se, temerosos. Chegariam a uma
outras histórias. Torna-os capazes de compreender e terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela.
aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O
proibida. sertão mandaria para a cidade homens fortes,
Ler pode tornar o homem perigosamente brutos, como Fabiano, Sinhá Vitoria e os dois
humano. meninos.
Publicado originalmente em: A formação do leitor: pontos de vista. (Vidas Secas, Graciliano Ramos.)
Org. Juan Prado e Paulo Condini, Leia Brasil, 1999.
*Escritora e professora de Filosofia no Instituto de Filosofia e Artes
da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto)
Em “Eles dois velhinhos, acabando-se como
uns cachorros, inúteis, acabando-se como
Atente para as frases a seguir: Baleia.” (3°§) a construção apresentada é feita
“Sem leitura, ele morreria feliz, ignorante dos empregando-se, como recurso linguístico,
grilhões que o encerram.” a) a evidência de oposição estabelecida através de
“Além disso, o livro estimula os sonhos, a uma relação comparativa entre elementos distintos.
imaginação, a fantasia.” b) uma palavra em sentido figurado, baseando-se em
uma comparação subentendida entre dois termos.
Os enunciados apresentam, respectivamente, os c) o exagero do sentido com o objetivo de conferir
seguintes recursos estilísticos: ênfase à informação apresentada, constituindo uma
a) Eufemismo e metáfora. variação de metáfora.
b) Ironia e metonímia. d) uma relação de semelhança entre dois termos
c) Metonímia e ironia. atribuindo características de um a outro por meio de
d) Personificação e metáfora. um elemento comparativo explícito.
e) Hipérbole e ironia.
03 – Ano: 2017 | Banca: IBFC | Órgão: AGERBA |
02 – Ano: 2017 | Banca: CONSULPLAN | Órgão: TRF Prova: Técnico em Regulação
- 2ª REGIÃO | Prova: Analista Judiciário - Área
Administrativa Primeira classe
(Moacyr Scliar)
Durante anos, o homem teve um sonho: queria
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viajar de avião na primeira classe. Na classe Texto para responder à questão.
econômica, ele, executivo de uma empresa
multinacional, era um passageiro habitual; e, quando Uma estranha descoberta
via a aeromoça fechar a cortina da primeira classe, Lá dentro viu dependurados compridos casacos
quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato
lá serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os
disso trabalhava incansavelmente; subiu na vida, casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto.
chegou a um cargo de chefa que, entre outras Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem
coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos. que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda-
E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que
acabara de concluir um importante negócio, para havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás
Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia
sonho estava se realizando. Tudo era exatamente os braços, para não bater com a cara no fundo do
como ele imaginava: coquetéis de excelente móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre
quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o encontrava.
lugar a seu lado estava vazio. “Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou
Ou pelo menos estava no começo do voo. No Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que
meio da noite acordou e, para sua surpresa, viu que estava pisando qualquer coisa que se desfazia
o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de
intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos.
anormal ocorria: várias pessoas estavam ali, no Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-
corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se
passageira a seu lado estava morta. A tripulação esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e
optara por colocá-la na primeira classe exatamente deu mais um ou dois passos.
porque, naquela parte do avião, havia menos gente. O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não
Sua primeira reação foi exigir que removessem o eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e
cadáver. Mas não podia fazer uma coisa dessas, seria que espetava.
muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo morto – Ora essa! Parecem ramos de árvores!
a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares Só então viu que havia uma luz em frente, não a
vagos na primeira classe, só lhe restava uma dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do
alternativa: levantou-se e foi para a classe guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma
econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que
ocupara. Ou seja, ao invés de um upgrade, ele tinha estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os
recebido, ainda que por acaso, um downgrade. seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar.
Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo
que se experimenta a primeira classe, nada mais tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando
serve. Finalmente, o avião pousou, e ele, arrasado, para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios
dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-
parentes da falecida para agradecer-lhe. Disse um roupa e também distinguiu a sala vazia de onde
deles, que se identificou como filho da senhora: havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta,
“Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa
conseguiu morta graças à sua compreensão. Deus fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia
lhe recompensará”. divisar a luz do dia.
Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele – Se alguma coisa não correr bem, posso
sabe. Só espera chegar lá viajando de primeira perfeitamente voltar.
classe. E sem óbitos durante o voo. E ela começou a avançar devagar sobre a neve,
na direção da luz distante.
No último parágrafo, o trecho “Que tem seu Dez minutos depois, chegou lá e viu que se
lugar garantido no céu” ilustra uma figura de tratava de um lampião. O que estaria fazendo um
linguagem conhecida como: lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no
a) hipérbole. que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros
b) personificação. e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz
c) metonímia. do lampião, surgiu um tipo muito estranho.
d) eufemismo. Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e
e) comparação. levava uma sombrinha branca. Da cintura para
cima parecia um homem, mas as pernas eram de
04 – Ano: 2017 | Banca: IBADE | Órgão: Prefeitura bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de
de Rio Branco – AC | Prova: Nutricionista pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda,
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mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava esquerda). O entendimento do fenômeno é muito
elegantemente sobre o braço que segurava a simples, contudo precisamos ter atenção com suas
sombrinha, para não se arrastar pela neve. regras de ocorrência e principalmente às exceções.
Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no Vejamos:
pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A
cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha Regra 1: ocorrerá crase quando o termo
pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois regente pedir preposição “a” e o termo regido aceitar
chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão o artigo definido feminino “a”. Vejamos:
carregava vários embrulhos de papel pardo. Com
todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia Comprei flores à namorada
que acabava de fazer suas compras de Natal. Quem compra, compra a (artigo definido
Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão algo a (preposição) feminino) namorada. =
espantado que deixou cair os embrulhos. alguém crase!!!
– Ora bolas! - exclamou o fauno.
[...] Vamos à praia.
LEWIS, C.S. Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de Nárnia
a (artigo definido
.Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes, Quem vai, vai a
2005. p.105-6. Volume único. feminino) praia. =
(preposição) algum lugar
crase!!!
Em “Pulou para dentro e se meteu entre os casacos,
deixando que eles lhe afagassem o rosto.” há uma Bizu!!! – Nos casos acima, perceba que um macete
figura de linguagem, denominada: muito simples de detectar a obrigatoriedade do
a) eufemismo. fenômeno da crase é o de promover a troca do
b) hipérbole. termo regido feminino por um masculino correlato.
c) catacrese. Veja:
d) prosopopeia. – Comprei flores ao namorado
e) metonímia. – Vamos ao mercado
Aparecendo “ao” (preposição + artigo masculino
05 – Ano: 2017 | Banca: MS CONCURSOS | Órgão: definido), deve ocorrer a crase na situação
Prefeitura de Piraúba – MG | Prova: Agente Fiscal envolvendo o gênero feminino.
A língua portuguesa é, frente a diversas outras, É interessante pontuar que no uso dos
uma língua majoritariamente vocálica. Por isso, é demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo é
normal que duas vogais se encontrem na construção possível tanto usar a preposição separada (a aquilo
de uma palavra ou de um texto. Mas e quando elas de que falei ontem) como a preposição craseada com
são iguais. É isso o que acontece com o a o pronome (vide exemplo).
preposição com o a artigo ou de início de alguns
pronomes, entre outras situações. A esse fenômeno Regra 3: ocorrerá crase em locuções
damos o nome de crase. Crase vem do grego adverbiais, adjetivas, conjuntivas e prepositivas em
(crasis) e significa junção, fusão. Esse fenômeno que o núcleo dessa locução for uma palavra
gramatical é indicado pelo acento grave (`, virado à feminina. As principais locuções são:
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Às pressas senhorita.
À medida que Chegou a quarenta
À tarde o número de
Às claras – Diante de numerais resgatados.
Às ocultas cardinais
À noite Daqui a dois dias
À vontade acontecerá a festa.
À beça Tiveram uma
Às avessas – Entre palavras
conversa tete a tete.
À revelia repetidas no adjunto
À direita adverbial formando
Competiram palmo
À esquerda expressão
a palmo
À procura Não vou a missas.
À luz – Em situações de
À toa singular + plural Não cedo a
À deriva pressões.
À frente de
À proporção que Casos interessantes:
À beira de Palavra “distância”: Quando a palavra
À semelhança de “distância” vier especificada, usa-se a crase. Se não
Às vezes houver especificação, a crase é invalidada. Vejamos
Entre vários outros Ex. 1: A casa fica à distância de 5km daqui.
Ex. 2: Foi reconhecido a distância.
Crase facultativa: a indicação do fenômeno da
crase será opcional, portanto estilístico, quando Nomes geográficos: Não há crase, a menos
anteceder os pronomes possessivos minha, tua, que haja modificação por elemento restritivo ou
sua, nossa e vossa (e suas respectivas flexões qualitativo em relação às cidades.
plurais) e quando suceder a preposição até. Ex. 1: Bem-vindos a Paris
Ex. 2: Bem-vindos à Paris-Luz
A aluna não assistia a/à sua aula atentamente Ex. 3: Fui a Roma
a sua (artigo + pron. Ex. 4: Fui à Roma Antiga
Quem se assiste
possessivo) / sua (pron.
(observar), assiste a
possessivo) Já no caso dos estados brasileiros, apenas Bahia e
(preposição) algo
= crase facultativa!!! Paraíba recebem crase:
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EXERCÍCIOS 50 que, segundo ele acredita, foi furtado dos
51 carros estacionados.
01 – Ano: 2017 | Banca: Fundação La Salle | Órgão: 52 "Já recolhi jaleco de funcionário e de estagiário
SUSEPE-RS | Prova: Agente Penitenciário (Superior) 53 do hospital geral. Muitas vezes, alguma capa de
54 câmera fotográfica, porque acho que a câmera
55 acabaram furtando. E como isso se repete há
56 alguns meses, desde dezembro eu venho
Moradores fixam placas em ruas no RS para 57 acompanhando, eu e um funcionário que
avisar sobre furtos e assaltos 58 trabalha comigo tomamos a atitude de produzir
59 essa placa e colocarmos aí para tentar evitar
01 Moradores de duas das principais cidades do 60 que o pessoal estacione nesse ponto", conta.
02 Rio Grande do Sul fixaram placas para 61 A Brigada Militar pede que as vítimas registrem
03 denunciar o perigo em regiões onde acontecem 62 as ocorrências. "Não temos nenhum registro do
04 crimes. A iniciativa, registrada em Porto Alegre 63 ano passado e até agora, em janeiro de 2017,
05 e em Caxias do Sul, na Serra, tem como 64 também não temos registro, então é importante
06 objetivo alertar quem passa por locais onde já 65 que as pessoas registrem os furtos e roubos de
07 ocorreram furtos e assaltos. 66 veículos porque ________ disso que a Brigada
08 Uma placa amarela fixada na parede de um 67 Militar faz seu planejamento", diz o
09 prédio na Travessa Cauduro no Bairro Bom Fim, 68 subcomandante do 12° Batalhão da cidade
10 Região Central de Porto Alegre, alerta que os 69 gaúcha, major Emerson Ubirajara.
11 carros estacionados na região costumam ser 70
12 arrombados. A professora Mariú Jardim Disponível em <http://g1.globo.eom/rs/rio-grande-do-
13 concorda com o aviso. sul/noticia/2017/02/moradores-fixam-placas-em-ruas-no-rs-para-
avisar-sobre-furtose-assaltos.html>.
14 "Quase todos os dias, sempre há assalto. E o
15 pior,____mão armada", diz a moradora.
Considerando o emprego do sinal indicativo de
16 O DJ Jonathan Trevisan conta que um colega
crase, assinale a alternativa que preenche,
17 teve o carro roubado em frente ao prédio onde
correta e respectivamente, as lacunas das
18 mora. "O cara estava com a arma no peito dele.
linhas 15, 45 e 49.
19 O outro percebeu que eu estava na janela,
a) à - à - a
20 apontou a arma para mim e me mandou entrar
b) à - a - a
21 e ficar quieto", conta.
c) a - à - à
22 No Centro da capital, a Rua Chaves Barcellos
d) à - à - à
23 também virou alvo dos bandidos, de acordo
e) a - a - a
24 com o relato de quem vive ou trabalha na
25 região. "Não____para deixar dinheiro na bolsa,
02 – Ano: 2017 | Banca: FUNDEP (Gestão de
26 celular também, _______ eles sempre estão
Concursos) | Órgão: UFVJM-MG | Prova:
27 pegando", conta a atendente Natália Cristiane
Administrador
28 dos Santos.
29 Escrito à mão em um pedaço de papelão fixado
Releia o trecho a seguir.
30 em um poste, um pedido deixado por um
“Somos bons reconhecedores de fisionomias, porque
31 comerciante mostra que a situação chegou ao
essa habilidade foi essencial à sobrevivência.”
32 limite: "Prezados ladrões, peço a gentileza de
33 respeitar esta rua".
Em relação ao uso do acento indicativo de crase
34 A Brigada Militar diz que planeja aperfeiçoar o
nesse trecho, assinale a alternativa INCORRETA.
35 uso de um aplicativo de cellular para receber
a) Sinaliza a contração de um artigo e uma
36 informações da comunidade, segundo o
preposição.
37 comandante interino do 9º Batalhão, major
b) O acento é obrigatório
38 Macarthur Vilanova. "A comunidade que está no
c) É regido pelo adjetivo “essencial”.
39 terreno, que está vivenciando o dia a dia da sua
d) Indica que o substantivo “sobrevivência” está
40 área, do seu bairro, nos informa coisas que a
sendo usado em sentido genérico.
41 polícia às vezes não enxerga, pontos em que os
42 delinquentes estão se concentrando, locais mais
03 – Ano: 2017 | Banca: IADES | Órgão: CRF – DF |
43 vulneráveis e horários", explica.
Prova: Assistente Administrativo
44 Em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, uma placa
45 próxima ____ uma das principais universidades
46 da cidade diz que lá há um alto índice de
47 arrombamento de veículos. O empresário
48 Mateus Pasquali conta ter idealizado ____
49 iniciativa após encontrar pelo chão material
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gráfica.
TEXTO 2 b) A crase na expressão “Fui à São Paulo” é optativa,
assim o autor optou por não usar.
c) As palavras “lá” e “além” possuem a mesma
justificativa para receberem acento gráfico.
d) As nuvens estavam pouco espessas e permitiam
ao narrador visualizar o céu acima delas.
e) As palavras “Copacabana, paisagem e enluaradas”
são proparoxítonas.
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Inexistente: o predicado não se refere a elemento volte.
Ex.: Conta-se que havia antigamente um rei.
algum. Ex.: Choverá amanhã.
Ex.: Haverá Ex.: Convém que lutemos.
reclamações.
Ex.: Faz quinze dias que vem
chovendo. b) Objetiva direta: exerce a função de objeto direto
da oração principal. Ex.: Eu desejava que você
3. Termos ligados ao verbo voltasse.
Ex.: O professor deseja que seus alunos
Objeto direto: completa o sentido do verbo sem sejam bem sucedidos nos exames.
preposição obrigatória. Ex.: Os pássaros fazem seus
ninhos. c) Objetiva indireta: exerce a função de objeto
indireto do verbo principal. Ex.: Não gostaram de
Objeto indireto: completa o sentido do verbo por que você viesse.
Ex.: Ansiávamos por que ele
meio de preposição obrigatória. Ex.: A decisão cabe terminasse a perigosa aventura.
ao diretor. d) Predicativa: exerce a função de predicativo. Ex.: A
verdade é que ninguém se omitiu.
Ex.: Os meus
Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para votos são que triunfes.
completá-lo, mas para indicar circunstância em que e) Completiva nominal: desempenha a função de
ocorre a ação. Ex.: O cortejo seguia pelas ruas. complemento nominal. Ex.: Não tínhamos dúvida de
que o resultado seria bom.
Ex.: Carlos fez
Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo
por meio de preposição para indicar quem executou referência a que eu o acompanhasse.
a ação. O fogo foi apagado pela água. f) Apositiva: desempenha a função de aposto em
relação a um nome, geralmente vem depois de dois
pontos ou, em casos mais raros, de vírgula (ou entre
4. Termos ligados ao nome
vírgulas).
Ex.: Só nos disseram uma coisa: que nos
Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se
refere sem a mediação de verbo. Ex.: As fortes afastássemos. Ex.: Aquele grande sonho, que o filho
chuvas de verão estão caindo. volte, continua a acalentar as esperanças da mãe.
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04) Ano: 2017 | Banca: UFPA | Órgão: UFPA | Prova: Psicólogo Organizacional
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porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa
As orações destacadas no trecho “Acontece, fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia
entretanto, que esse computador que é o corpo divisar a luz do dia.
humano tem uma peculiaridade que o diferencia - Se alguma coisa não correr bem, posso
dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às perfeitamente voltar.
coisas que o seu software produz. Pois não é isso E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na
que acontece conosco? Ouvimos uma música e direção da luz distante.
choramos. Lemos os poemas eróticos do Drummond Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava
e o corpo fica excitado.” (linhas 41 a 44) são de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no
a) orações subordinadas substantivas subjetivas. meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria
b) orações subordinadas adjetivas restritivas. fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que
c) orações subordinadas substantivas completivas vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião,
nominais. surgiu um tipo muito estranho.
d) orações subordinadas adjetivas explicativas. Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava
e) orações subordinadas substantivas apositivas. uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia
um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos
05) Ano: 2017 | Banca: IBADE | Órgão: Prefeitura de pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos
Rio Branco – AC | Prova: Nutricionista de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia
não notou, pois ela descansava elegantemente sobre
Texto para responder à questão. o braço que segurava a sombrinha, para não se
Uma estranha descoberta arrastar pela neve.
Lá dentro viu dependurados compridos casacos de Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no
peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A
das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha
casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois
Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão
que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda- carregava vários embrulhos de papel pardo. Com
roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia
havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás que acabava de fazer suas compras de Natal.
da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão
os braços, para não bater com a cara no fundo do espantado que deixou cair os embrulhos.
móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre – Ora bolas! - exclamou o fauno.
tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada [...]
encontrava. LEWIS, C.S. Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de Nárnia
.Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes,
“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou
2005. p.105-6. Volume único.
Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que
estava pisando qualquer coisa que se desfazia Sobre o segmento “Dez minutos depois, chegou lá e
debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de viu que se tratava de um lampião.” é correto afirmar
naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. que:
Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda- a) há três orações sintaticamente coordenadas entre
roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se si e independentes do conteúdo expresso no texto
esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e b) o período é composto por orações subordinadas
deu mais um ou dois passos. substantivas.
O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram c) é formado por um período simples com oração
mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que absoluta e outro composto.
espetava. d) a primeira e segunda orações, considerando-se o
– Ora essa! Parecem ramos de árvores! contexto, possuem o mesmo sujeito.
Só então viu que havia uma luz em frente, não a e) os verbos estão na voz passiva sintética.
dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do
guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma 06) Ano: 2017 | Banca: IBADE | Órgão: Prefeitura de
coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que Rio Branco – AC | Prova: Nutricionista
estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os
seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar. Pode-se afirmar que a oração destacada em “Quando
Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo viu Lúcia, ficou tão espantado QUE DEIXOU CAIR OS
tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando EMBRULHOS.” é subordinada:
para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios a) adverbial causal.
das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda- b) adverbial consecutiva.
roupa e também distinguiu a sala vazia de onde c) adjetiva restritiva.
havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, d) adjetiva explicativa.
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e) substantiva objetiva indireta. A gente se queixa que a mídia estaria difundindo
07) Ano: 2017 |Banca: INSTITUTO AOCP | Órgão: uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a
EBSERH |Prova: Analista de Tecnologia da realidade é pior: não são os conglomerados, somos
Informação - Processos e Desenvolvimento nós que, ao confeccionar um jornal de nossas
notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento
SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA e vivemos nele. Como sempre acontece, somos
POSSIBILIDADE DE PENSAR nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa
possibilidade de pensar.
Contardo Calligaris De um lado, o leitor do “feed” não se informa
Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de para saber o que aconteceu e decidir o que pensar,
meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de
no nome da cachorra pointer que foi minha grande um consenso. Do outro, o comentarista escreve,
companheira nos anos 1970 e funciona assim: sobretudo para ser integrado nesses consensos e
ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma
não posto nada e não converso com ninguém. Uso o escrita extrema, em que os escritores competem por
Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram
que são minha primeira leitura rápida de cada dia. excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as
Meu plano era acordar e verificar imediatamente quais eles poderiam não concordar: leitores à
os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs procura de quem pensa como eles.
que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus Claro, que não é um caso de ignorância
colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns completa, mas a internet potencializa a vontade de
links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o se perder na opinião do grupo e de não pensar por
tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece conta própria. Essa vontade é a mesma que
depois, enquanto tomo meu café. tínhamos no meu tempo de juventude – se não
Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão
em que me dei conta do seguinte: sem que esta pelo consenso.
fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a Entre consensos opostos, obviamente, não há
mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia diálogo nem argumentos, só ódio.
começava excessivamente feliz, com a sensação de Em suma, provavelmente, o resultado último da
que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso informação à la carte (que a internet e o “feed”
universal. facilitam) será a polarização e o tribalismo.
Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho
conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão
Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa
identificava-me com o editorial. Não havia que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade
propriamente colunistas: a linguagem usada no me deixa, digamos, pensativo.
jornal inteiro já continha e propunha uma visão do Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalli-
garis/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibili-dade-
mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais de-pensar.shtml
um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse
em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o Em relação ao excerto “Alguns links eu abriria,
“Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu mas sem usurpar excessivamente o tempo
verificava os fatos (não dava para acreditar nem dedicado à leitura do jornal, que acontece
mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos depois, enquanto tomo meu café.”, assinale a
colunistas – em geral laicos e independentes, sem alternativa correta.
posições partidárias ou religiosas definidas. a) O verbo “abriria” é intransitivo e possui sujeito
Em sua grande maioria, eles não escreviam para simples cujo núcleo se encontra no pronome “eu”.
convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, b) O vocábulo “excessivamente” caracteriza-se por
inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava. modificar a intensidade do substantivo “o tempo”.
Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, c) A palavra “enquanto” introduz uma oração
embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa subordinada adverbial proporcional.
tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, d) A conjunção adversativa “mas” funciona, nesse
porque é preciso criar e alimentar os consensos do caso, como conjunção aditiva e poderia, sem
“feed” do Face. prejuízos sintáticos e semânticos, ser substituída pela
O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser conjunção “e”
uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, e) O “que” tem função anafórica e retoma “leitura do
para cada um, numa voz única, um jornal que jornal”, funcionando como sujeito.
apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa
sensação de pluralidade (produzida pelo número de 08) Ano: 2017 | Banca: INSTITUTO AOCP | Órgão:
links). EBSERH | Prova: Enfermeiro
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em um café, por exemplo, se estivessem lendo um
Em relação ao excerto “Alguns links eu abriria, livro – o que dá a ilusão de um propósito a elas.
mas sem usurpar excessivamente o tempo Isso soa bobo, convenhamos, até para quem
dedicado à leitura do jornal, que acontece tem medo de ser visto sozinho. Afinal, por que outra
depois, enquanto tomo meu café.”, assinale a pessoa se importaria com alguém sem companhia
alternativa correta. em um café/jantar/cinema? E por que o livro ou o
a) O verbo “abriria” é intransitivo e possui sujeito jornal ou a revista [...] magicamente protegeria
simples cujo núcleo se encontra no pronome “eu”. desse julgamento? [...] Então na última parte da
b) O vocábulo “excessivamente” caracteriza-se por pesquisa, os cientistas tentaram entender melhor
modificar a intensidade do substantivo “o tempo”. esse mecanismo. Estudantes foram separados em
c) A palavra “enquanto” introduz uma oração pequenos grupos, ou sozinhos, e foram encarregados
subordinada adverbial proporcional. de visitar uma galeria de arte por 10 minutos.
d) A conjunção adversativa “mas” funciona, nesse Os participantes deveriam dizer, antes, o quanto
caso, como conjunção aditiva e poderia, sem achavam que se divertiriam e, depois da visita, dar
prejuízos sintáticos e semânticos, ser substituída pela uma nota para a experiência. Como esperado,
conjunção “e”. pessoas que estavam sozinhas disseram ter
e) O “que” tem função anafórica e retoma “leitura do expectativas menores para a visita, mas o resultado
jornal”, funcionando como sujeito. final foi bem diferente das previsões. Tanto as
pessoas em grupo quanto as desacompanhadas
09) Ano: 2017 | Banca: INSTITUTO AOCP | Órgão: tiveram experiências similares na galeria, mostrando
EBSERH | Prova: Técnico de enfermagem que, apesar das expectativas baixas, é possível, sim,
se divertir sozinho.
POR QUE VOCÊ TAMBÉM DEVE IR AO CINEMA (E A Agora os cientistas querem analisar a recepção
OUTROS PROGRAMAS) SOZINHO de pessoas que veem outras sozinhas. Será que o
julgamento realmente acontece?
Não tenha medo da solidão De qualquer forma, os pesquisadores acham
Você costuma ir ao cinema sozinho? E a shows? importante ressaltar que esse medo de “parecer sem
Que tal um jantar em um restaurante – mas amigos” deve ser superado mesmo por quem
#foreveralone? Existem aqueles que responderiam realmente tem poucos amigos. Afinal, sair é uma
sim, sem hesitar. Agora há outras pessoas que forma de conhecer pessoas – e de não entrar em um
entram em pânico só de pensar em se sentar em ciclo vicioso de não sair por não ter amigos e não
meio a gente que, ao contrário delas, estão fazer amigos por não sair de casa.
acompanhadas. Adaptado de:<http://revistagalileu.globo.com/Life-
Hacks/noticia/2015/07/por-que-voce-tambem-deve-ir-ao-cinema-
Mas uma pesquisa publicada no Journal of
e-outros-programas
Consumer Research sugere que todas essas pessoas sozinho.htmlutm_source=facebook&utm_medium=social&utm_ca
que acham que se sentiriam constrangidas jantando mpaign=post>. Acesso em: 17 out. 2016.
ou indo ao cinema sozinhas podem estar erradas.
Estaríamos simplesmente perdendo a oportunidade
de fazer uma atividade legal por medo. Orações coordenadas sindéticas adversativas e
A pesquisa, feita por cientistas das universidades orações subordinadas adverbiais concessivas
de Maryland e Georgetown, reuniu dados em cinco têm uma estrutura diferente, mas apresentam
experimentos. Quatro deles foram questionários em sentido semelhante. Considerando o exposto,
que voluntários deveriam responder se preferiam assinale a alternativa em que a reescrita do
fazer determinadas atividades sozinhos ou em grupos período “Como esperado, pessoas que estavam
e o quinto foi uma tentativa real de tirar as pessoas sozinhas disseram ter expectativas menores
de sua zona de conforto. para a visita, mas o resultado final foi bem
Os resultados mostraram que pessoas preferem diferente das previsões” está correta
fazer atividades práticas sozinhas e atividades gramaticalmente.
hedônicas (as voltadas ao prazer e à diversão) a) “Como esperado, embora pessoas que estiveras
acompanhadas. O motivo, quase unanimidade, é o sozinhas disseram ter expectativas menores para a
medo de que outras pessoas achem, ao ver alguém visita, o resultado final foi bem diferente das
sozinho no cinema, por exemplo, que essa pessoa previsões”.
não tem amigos para acompanhá-la. b) “Como esperado, ainda que pessoas que estavam
Mas a boa notícia (além do fato de que essa sozinhas dizerem ter expectativas menores para a
preocupação não tem nada a ver) é que existem visita, o resultado final foi bem diferente das
formas de fazer as pessoas se sentirem mais previsões”.
confortáveis ao realizar uma atividade hedônica c) “Como esperado, mesmo que pessoas que
sozinhas. A pesquisa apontou que pessoas se estivessem sozinhas diriam ter expectativas menores
sentiam menos desconfortáveis em estar sozinhas para a visita, o resultado final foi bem diferente das
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previsões”. atrás. E também registrou os índios vendo seu
d) “Como esperado, embora pessoas que estivessem passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e
sozinhas dissessem ter expectativas menores para a o resultado é das coisas mais lindas e assustadoras
visita, o resultado final foi bem diferente das que já vi. Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles
previsões”. se viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e
e) “Como esperado, apesar das pessoas que estavam dançando. Seus rostos viam um milagre. A partir
sozinhas disseram ter expectativas menores para a desse momento, eles passaram a ter passado e
visita, o resultado final foi bem diferente das futuro. Foram incluídos num decorrer, num “devir”
previsões”. que não havia. Hoje, esses índios estão em trânsito
entre algo que foram e algo que nunca serão. O
10) Ano: 2017 | Banca: IBGP | Órgão: CISSUL – MG tempo foi uma doença que passamos para eles,
| Prova: Psicólogo como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é que
pareciam mostrar o “presente” verdadeiro deles.
A questão diz respeito ao conteúdo do TEXTO 1. Eram mais naturais, mais selvagens, mais puros
Leia-o atentamente ante de respondê-la. naquela época. Agora, de calção e sandália, pareciam
estar numa espécie de “passado” daquele presente.
TEXTO I Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles.
Nossos dias melhores nunca virão? Fui atrás de velhos filmes de 8mm que meu pai
Ando em crise, mas não é muito grave: ando em rodou há 50 anos também. Queria ver o meu
crise com o tempo. Que estranho “presente” é este passado, ver se havia ali alguma chave que
que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como explicasse meu presente hoje, que prenunciasse
se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida minha identidade ou denunciasse algo que perdi, ou
(da maneira que seria se o tempo...). que o Brasil perdeu. Em meio às imagens trêmulas,
As utopias liberais do século 20 diziam que teríamos riscadas, fora de foco, vi a precariedade de minha
mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que pobre família de classe média, tentando exibir uma
a tecnologia não está aí para distribuir sossego, mas felicidade familiar que até existia, mas precária,
para incrementar competição e produtividade, não só constrangida; e eu ali, menino comprido feito um
das empresas, mas a produtividade dos humanos. bambu no vento, já denotando a insegurança que
Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está até hoje me alarma. Minha crise de identidade já
sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos estava traçada. E não eram imagens de um passado
enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas bom que decaiu, como entre os índios. Era um
vivas, chips, pílulas para tudo. Temos de funcionar, presente atrasado, aquém de si mesmo.
não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos
aonde? Antes, tínhamos passado e futuro; agora, falta de nada. Com suas geladeiras brancas e
tudo é um “enorme presente”. E este “enorme telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O
presente” é reproduzido com perfeição técnica cada “hoje” deles é apenas uma decorrência contínua
vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das
mas incessante, num futuro que “não para de não roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de
chegar”. sua época. A Depressão econômica tinha passado,
Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, como um trauma, e não aparecia como o nosso
fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos,
sensação de que o passado era precário e o futuro o passado estava de acordo com sua época. Em 42,
seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no futuro. E, éramos carentes de alguma coisa que não
sem o sentido da passagem dos dias, da percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos
sucessibilidade de momentos, de começo e fim, como somos atrasados no presente. Nos filmes
ficamos também sem presente, vamos perdendo a brasileiros antigos, parece que todos morreram sem
noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem conhecer seus melhores dias.
noite e sem dia. Estamos cada vez mais em trânsito, E nós, hoje, continuamos nesta transição entre o
como carros, somos celulares, somos circuitos sem atraso e uma modernização que não chega nunca?
pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os
programada. O tempo é uma invenção da produção. “juros” da vida? [...] Nosso atraso cria a utopia de
Não há tempo para os bichos. que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser
Há alguns anos, eu vi um documentário do cineasta subdesenvolvido não é “não ter futuro”; é nunca
Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme estar no presente.
que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele JABOR, Arnaldo. Disponível em:
<http://www.paralerepensar.com.br/a_jabor_nossodias.htm>.
veio, na época, e filmou uma aldeia de índios no
Acesso em: 6 set. 2016. (Fragmento adaptado)
interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em
92, Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e Leia este trecho.
exibiu para os índios o material colorido de 50 anos [1] Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-
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branco, fora de foco, as fotos amareladas, [2] que b) Adjetivo anteposto:
nos davam a sensação [3] de que o passado era – o adjunto adnominal concorda apenas com o mais
precário [4] e o futuro seria luminoso. próximo. Ex.: O cavalheiro oferecera-lhe perfumadas
rosas e lírios.
Considere a classificação sintática das orações a
seguir. – o predicativo vai para o plural no gênero
I. [1] é oração principal de [2]. predominante. Ex.: O vencedor considerou
II. [2] é oração subordinada adjetiva explicativa de satisfatórios a nota e o prêmio.
[1].
III. [3] é oração subordinada substantiva completiva 2. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA
nominal de [2]. a) Mesmo: Concorda com o nome a que se refere.
IV. [4] é oração coordenada sindética aditiva em
Ex.: As mulheres mesmas exigiram igualdade.
Ex.:
relação a [3].
Estão CORRETAS as afirmativas Elas querem os mesmos direitos e quase as
a) I e II, apenas. mesmas obrigações.
b) III e IV, apenas. OBS.:
Invariável, quando se referir a verbos ou
c) I, III e IV, apenas. denotar inclusão.
Ex.: As mulheres exigiram
d) I, II, III e IV.
mesmo igualdade de direitos.
Ex.: Mesmo as
GABARITO mulheres querem tirar vantagem de sua condição.
01 – D 02 – D 03 – C 04 – B 05 – D
06 – B 07 – E 08 - E 09 – D 10 – D b) Bastante:
Concorda com o nome a que se
refere.
Ex.: O estudo gera bastantes ansiedades e
AULA 05
poucas certezas.
CONCORDÂNCIA NOMINAL OBS.:
Invariável quando se referir a verbos,
adjetivos ou advérbios. Ex.: Não a procuramos
1. FLEXÃO NOMINAL: PALAVRAS VARIÁVEIS E bastante para encontrá-la.
Ex.: Todos parecem
INVARIÁVEIS bastante ansiosos .
Ex.: O ancião, na noite
Os adjuntos adnominais, isto é, artigos, pronomes,
anterior, passara bastante mal.
numerais e adjetivos, concordam em gênero e
número com o nome a que se referem.
Ex.:As nossas duas principais cidades já estão c) Meio:
Concorda com o substantivo a que
superpovoadas se refere (indicando fração). Ex.: Não serei homem
art | pron | num | adj | subst de meias palavras .
OBS.:
Invariável, quando advérbio (referindo-se a
O predicativo também concorda com o nome a que
adjetivos).
Ex.: A funcionária sentiu-se meio
se refere.
Ex.: A ciência sem consciência é desastrosa. envergonhada com a situação.
sujeito predic.
d) Quite: Concorda com o nome a que se
Ex.: O advogado considerou indiscutíveis os direitos refere.
Ex.: Os eleitores ficaram quites com suas
da herdeira. obrigações cívicas. Ex.: Só fará prova o aluno quite
predic. Obj. Dir. com a tesouraria do colégio.
– vai para o plural no gênero predominante (em caso f) Anexo, incluso, separado:
Concordam com o
de gêneros diferentes, predomina o masculino). Ex.: nome a que se referem.
Os concursandos passam por problemas e provas Ex.: Anexas à carta seguirão as duplicatas
complicados. correspondentes.
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Ex.: Remeteremos inclusos os autos pertinentes ao c) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
inquérito. criança viciadas.
Ex.: Seguem, separadas, as cópias das notas fiscais. d) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
OBS.:
As locuções em anexo e em separado são parentes.
invariáveis. Ex.: Em anexo, seguirão as duplicatas
correspondentes. Ex.: Seguem, em separado, as 03) Ano: 2011 | Banca: CESGRANRIO | Órgão:
cópias das notas fiscais. Petrobras | Prova: Inspetor de Segurança
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A concordância nominal está INCORRETA em: Indique a opção na qual a concordância nominal está
a) A mídia julgou desnecessária a campanha e o adequada.
envolvimento da empresa. a) Alguns pseudos-ecologistas se opõem ao Bolsa-
b) A mídia julgou a campanha e a atuação da Floresta.
empresa desnecessária. b) Há partes da floresta que estão menas devastadas
c) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da que outras.
empresa e a campanha. c) Visto a grande devastação, alguma atitude deve
d) A mídia julgou a campanha e a atuação da ser tomada.
empresa desnecessárias. d) Seguem anexo os documentos para a certificação.
e) Todos devemos ficar alerta para salvar a
05) Ano: 2008 | Banca: CESGRANRIO | Órgão: TJ-RO Amazônia.
| Prova: Agente Judiciário
GABARITO
01 – E 02 – C 03 – B 04 – B 05 – E
AULA 06
CONCORDÂNCIA VERBAL
1. SUJEITO SIMPLES
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do
sujeito.
Ex.: Os povos constroem sua História.
Ex.:A virtude aromatiza e purifica o ar, os vícios o
corrompem.
Ex.: Aos maus e aos poderosos só interessa a
vantagem pessoal.
2. SUJEITO COMPOSTO
Regra geral: verbo no plural e (caso seus núcleos
sejam de pessoas gramaticais diferentes) na pessoa
de número mais baixo.
Ex.: O candidato e seus eleitores acreditavam nas
reformas. (3ª p. + 3ª p = 3ª p. pl. = eles).
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d) Núcleos sinônimos: o verbo concorda com o que fez/fizeram escola na Literatura. Ex.: Não serei
núcleo mais próximo, podendo também ir para o eu um dos que lutará/lutarão por muitas reformas.
plural. Ex.: A dor e o sofrimento sempre nos
acompanha/acompanham . d) Sujeito coletivo, partitivo ou percentual: o verbo
concorda com o núcleo do sujeito ou com seu
e) Núcleos ligados pela preposição "com": o verbo determinante, se houver. Ex.: O bando pousou no
fica de preferência no plural, podendo concordar com varal.
Ex.: O bando de pássaros pousou/pousaram
o 1° núcleo para realçá-lo. Ex.: O professor com seus
no varal.
Ex.: A maioria estuda seriamente para o
alunos realizaram/realizou a pesquisa.
OBS.: Se o núcleo preposicionado vier separado por concurso. Ex.: Dez por cento vivem na miséria.
Ex.:
vírgulas, o verbo deverá concordar com o 1° núcleo Dez por cento da população vivem/vive na miséria.
(suj. simples). Ex.: O professor, com seus alunos, OBS.:
Se o percentual vier determinado por artigo
realizará a pesquisa.
ou pronome, o verbo concordará apenas com o
núcleo do sujeito (o percentual).
Ex.: Meus dez por
f) Núcleos ligados pela conjunção "ou":
cento do lucro sumiram.
– havendo exclusão: concorda com o núcleo mais
próximo.
Ex.: O Flamengo ou o Fluminense será e) Locução pronominal com pronome pessoal
campeão carioca em 2019. preposicionado: podem ocorrer duas estruturas:
– pronome inicial no singular: verbo na 3ª pessoa do
– não havendo exclusão: vai para o plural na pessoa singular.
Ex.: Nenhum de nós faria tamanha
gramatical predominante. Ex.: O calor ou o frio
excessivos prejudicam os atletas. tolice.
Ex.: Qual de vós comunicou o resultado da
– havendo função retificativa: concorda com o mais pesquisa?
próximo. Ex.: O professor ou os professores – pronome inicial no plural: verbo na 3ª pessoa do
elaboraram as questões. plural ou concordando com o pronome pessoal. Ex.:
Poucos de nós fariam/faríamos tamanha tolice.
Ex.:
g) Núcleos infinitivos: o verbo fica no singular. Ex.: Quais de vós comunicaram/comunicastes o
Fazer e escrever é para mim a mesma coisa. resultado?
OBS.:
Verbo ficará no plural se os infinitivos
estiverem determinados por artigo ou se forem f) Nomes pluralícios: podem ocorrer duas
antônimos. Ex.: Em sua vida, à porfia, rir e chorar se construções:
alternam.
Ex.: O amar e o sofrer tornam os homens – nomes determinados por artigo no plural: verbo no
mais humanos. plural. ‡ Os Estados Unidos apoiaram o México.
– não havendo artigo: verbo no singular. Ex.: Minas
3. CASOS PARTICULARES
Gerais produz muitos trens.
a) Um e outro, nem um nem outro, nem... nem...:
verbo no singular ou plural, facultativamente. Ex.: h) Haja vista: a expressão é invariável.
Ex.: Não
Uma e outra possibilidade viajaremos, haja vista o/ao problema surgido.
Ex.:
aconteceu/aconteceram.
Ex.: Nem um nem outro Não viajaremos, haja vista os/aos problemas
policial fez/fizeram a ronda costumeira. surgidos.
OBS.: Essa regra será quebrada se houver: 1) OBS.:
O verbo pode flexionar-se (hajam vista),
reciprocidade - verbo somente no plural. Ex.: Um e havendo nome no plural sem preposição:
outro carro chocaram-se na pista. 2) exclusão - verbo Ex.:Não viajaremos, hajam vista os problemas
somente no singular. Ex.: Nem Fernando nem Paulo surgidos.
se elegerá presidente.
i) Verbo "parecer" seguido de infinitivo: flexiona-se o
b) Mais de um: verbo no singular. Ex.: Mais de um verbo parecer ou o outro verbo, nunca os dois. Ex.:
jornal publicou a sensacional notícia.
As crianças parecem estar felizes.
Ex.: As crianças
OBS.: Essa regra será alterada se ocorrer: 1)
parece estarem felizes.
reciprocidade - verbo no plural. Ex.: Mais de um
deputado se agrediram verbalmente. 2) repetição -
j) A partícula "se": a concordância verbal depende de
verbo no plural. Ex.: Mais de um professor, mais de
um aluno ficaram surpresos. dois fatores.
Partícula apassivadora se + VTD o
verbo concorda com o sujeito: trata-se da voz
c) Um dos que: verbo no singular ou no plural, passiva sintética. Ex.: Nem sempre se avaliam os
facultativamente.
Ex.: Camões foi um dos poetas resultados. Ex.: Elogiou-se o trabalho, mas o
rendimento continuou igual.
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OBS.: Quando se empregar o objeto direto – O predicativo indica horas, distâncias e datas. Ex.:
preposicionado, o verbo ficará, também, na 3ª Quando forem dez horas, sairemos.
Ex.: Daqui à
pessoa do singular, sujeito indeterminado.
Ex.: cidade serão 20 quilômetros a pé.
Ex.: Hoje são dez
Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio. de maio.
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tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a
“morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou
impulso quando se iniciou a era dos transplantes de
órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu
diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral
poderiam então ser considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a defnição de
morte cerebral em diferentes países, mas muitos
aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo
deve ter algumas características clínicas, que são
facilmente reconhecidas por um neurologista: falta
de reação à dor, falta de movimentação, ausência de
respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à luz
etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido
nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que
possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a
reação à dor, as pupilas etc, de modo que a
avaliação pudesse ser replicada, independente do
ambiente em que o indivíduo esteja. [...]
Uma vez defnida adequadamente a morte
encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados
(caso tenha havido consentimento para tal), um ato
que possivelmente poderá ajudar a salvar várias
vidas. A partir deste momento, as medidas de
suporte de vida são, em tese, desnecessárias.
(Disponível:
http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-
morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)
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03) Ano: 2017 | Banca: IBEG | Órgão: IPREV |
Prova: Contador 04) Ano: 2017 | Banca: FGV | Órgão: ALERJ | Prova:
Leia o texto abaixo para responder a questão Analista Legislativo
Dia Mundial da Aids é comemorado Para que se respeite a concordância verbal, será
com palestra e caminhada preciso corrigir a seguinte frase:
Roseli Servilha a) Têm havido dúvidas sobre a possibilidade de
O Dia mundial de luta contra a AIDS é recuperação econômica do país em curto prazo;
celebrado nesta quinta-feira, 1º, e desde esta quarta, b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade
palestras alusivas ao dia foram realizadas no Centro do sistema do INSS continuar funcionando a
Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e contento;
Pesquisa (Cedap). c) Não se impute aos governos recentes a exclusiva
Tema como ‘Um novo olhar na prevenção do responsabilidade pelas dificuldades econômicas do
HIV’, foi proferido pela médica Leila Regina Amorim, país;
que falou sobre novas alternativas para prevenção da d) Que dúvidas têm divulgado os jornalistas sobre a
doença. Leila aproveitou para falar sobre formas de atuação da polícia nas passeatas?
prevenção. e) Caso deixasse de haver as grandes bibliotecas
“Hoje trabalhamos a prevenção combinada, que públicas, os estudantes mais pobres sofreriam
é um conjunto de ações que visam analisar o ser grande prejuízo.
como um todo e, não só a orientação de usar
preservativo. Mas, também, outras situações de onde 05) Ano: 2017 | Banca: IBFC | Órgão: MGS | Prova:
o paciente foi exposto”. Cargos de Nível Fundamental Completo
Ela fala sobre a profilaxia pós-exposição ao
vírus HIV (PEP), para aqueles indivíduos que Texto
estiveram em uma situação sexual de risco, “é Estranhas Gentilezas
possível fazer uso das medicações, numa forma de (Ivan Angelo)
evitar complicações”. Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as
A profilaxia pré-exposição (PREP), vem pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da
mostrando eficácia em sua atuação, mas ainda não gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo.
está disponível no Brasil, “a perspectiva é de que no Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas,
início do ano que vem, ela seja implantada no nosso nos mercados, nas salas de espera, nos embates
país”, revela. O novo medicamento, segundo Leila, familiares, e depois economizam com a gente.
não será para todas as pessoas, mas aquelas que Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de
têm risco maior de adquirir a doença. uns dias para cá. Tratam-me com inquietante
O Cedap é uma unidade da Secretaria de Saúde delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos,
do Estado (Sesab), referência na Bahia para imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase
diagnóstico e tratamento de HIV/AIDS e doenças nada. A impressão de que há algo estranho tomou
sexualmente transmissíveis. A unidade funciona de meu corpo mesmo foi na semana passada. Um
segunda a sexta-feira, nos horários das 7h às 17h, e vizinho que já fora meu amigo telefonou-me
está localizado à Rua Comendador José Alves desfazendo o engano que nos afastava, intriga de
Ferreira, 240, Garcia - Salvador. pessoa que nem conheço e que afinal resolvera
(retirado de esclarecer tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a
http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1820495 em
inimizade morria ali.
30\11\2016)
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de
Do ponto de vista das regras de concordância verbal, algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez
no período “Hoje trabalhamos a prevenção surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que
combinada, que é um conjunto de ações que visam já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas?
analisar o ser como um todo”..., o verbo grifado: Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis,
a) deveria aparecer somente no singular, portanto há sem motivo. Durante o telefonema fico aguardando o
uma incorreção no texto original. assunto que estaria embrulhado nos enfeites da
b) pode aparecer no plural, pois concorda com o conversa, e ele não sai. Um número inesperado de
verbo anterior “trabalhamos”, que está no plural. pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de
cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem
c) apresenta sujeito no singular, portanto deveria transitáveis nas ruas dos Jardins1 . Num restaurante
estar na forma “visa”. caro, o maître2 , com uma piscadela, fura a
d) concorda com o pronome indefinido “todo” que demorada fila de executivos à espera e me arruma
tem sentido plural. rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta
e) encontra-se devidamente no plural em razão de que parecia impaciente à minha frente me cede o
concordar com o sujeito “ações”, representada pelo último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua
pronome relativo “que”. banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me
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que o jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam b) No segmento final da palavra (sílaba ou
depois das dez da noite. sufixo), pode ser representado pelas letras z e
[...] s:
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô – Letra z - se o fonema /z/ não vier entre
é este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza? vogais:
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz. az, oz (adj. oxítonos): audaz, loquaz, veloz, atroz...
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz,
banco, desço pelas escadas porque alguém segura o mastruz...
elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me
esvaziar os bolsos antes de entrar na porta giratória,
Exceções: anis, abatis, obus.
ez, eza - (subst.
enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques
para pagar contas em nome de minha mulher, saio abstratos) maciez, embriaguez, avareza ...
mal-humorado do banco, atravesso a avenida
arriscando a vida entre bólidos3 , um caminhão joga- – Letra s - se o fonema /z/ vier entre vogais:
me água suja de uma poça, o elevador continua asa - casa, brasa...
preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, ase - frase, crase...
sento-me ao computador e ponho-me de novo a
sonhar com gentilezas. aso - vaso, caso... Exceções: gaze, prazo.
Vocabulário: ês(a) - camponês, marquesa...
1
ese - tese, catequese...
bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de
São Paulo esia - maresia, burguesia...
2
funcionário que coordena agendamentos entre eso - ileso, obeso, indefeso...
outras coisas nos restaurantes
3 isa - poetisa, pesquisa...
Exceções: baliza, coriza,
carros muito velozes
ojeriza.
Na oração “Estão acontecendo coisas ise - valise, análise, hemoptise... Exceção: deslize.
estranhas.” (1º§), em função da concordância
iso – aviso, liso, riso, siso... Exceções: guizo,
verbal, pode-se concluir que “coisas
estranhas” exerce a função sintática de: granizo.
a) objeto direto. oso(a) - gostoso, jeitoso, meloso... Exceção: gozo.
b) sujeito. ose – hipnose, sacarose, apoteose...
c) objeto indireto. uso(a) - fuso, musa, medusa... Exceção: cafuzo(a).
d) complemento nominal.
c) Verbos:
GABARITO
– Terminação izar - derivados de nomes sem "s" na
01 – B 02 – B 03 – E 04 – A 05 – B
última sílaba: utilizar, avalizar, dinamizar,
EXTRA 01 centralizar...
cognatos (derivados com mesmo
radical) com sufixo "ismo": (batismo) batizar -
REGRAS PRÁTICAS DE ORTOGRAFIA (catecismo) catequizar ...
– Terminação isar - derivados de nomes com "s" na
1. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/
última sílaba: avisar, analisar, pesquisar, alisar,
bisar...
a) Dependendo da sílaba inicial da palavra,
– Verbos pôr e querer - com "s" em todas as flexões:
pode ser representado pelas letras z, x, s:
pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera...
– Sílaba inicial a > usa-se z - azar, azia, azedo,
d) Nas derivações sufixais:
azorrague, azêmola...
Exceções: Ásia, asa, asilo,
– letra z - se não houver "s” na última sílaba da
asinino.
palavra primitiva: marzinho, canzarrão, balázio,
– Sílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo,
bambuzal, pobrezinho...
exímio, êxodo, exumar... Exceções: esôfago,
– letra s - se houver "s" na última sílaba da palavra
esotérico, (há também exotérico)
primitiva: japonesinho, braseiro, parafusinho,
– Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, Isabel,
camiseiro, extasiado...
Isaura, Isidoro...
– Silaba inicial o > usa-se s - hosana, Osório, Osíris,
e) Depois de ditongos:
Oséias... Exceção: ozônio
letra s - lousa, coisa, aplauso, clausura, maisena,
– Sílaba inicial u > usa-se s - usar, usina, usura,
Creusa...
usufruto...
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2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/ b) as intercalações, por cortarem o que está
Emprego da letra X
sintaticamente ligado, devem ser colocadas entre
vírgulas:
a) depois das sílabas iniciais:
O processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento.
A
me – mexerico, mexicano, mexer... Exceção: mecha democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, ainda é
o melhor sistema de governo.
Ia – laxante...
li – lixa...
c) expressões corretivas, explicativas, escusativas,
lu – lixo...
tais como isto é, ou melhor, quer dizer, data
venia, ou seja, por exemplo, etc., devem ser
gra – graxa...
colocadas entre vírgulas:
bru – bruxa...
O político, a meu ver, deve sempre usar uma
en ≠ enxame, enxoval, enxurrada... Exceção: linguagem clara, ou seja, de fácil compreensão.
enchova.
As Nações Unidas decidiram intervir no conflito, ou
Observação: Quando en for prefixo, prevalece a por outra, iniciaram as tratativas de paz.
grafia da palavra primitiva: encharcar, enchapelar,
encher, enxadrista... d) Conjunções coordenativas intercaladas ou
pospostas devem ser colocadas entre vírgulas:
Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obtinha,
b) depois de ditongos:
caixa, ameixa, frouxo,
contudo, resultados. O ano foi difícil; não me queixo,
queixo... Exceção: recauchutar.
porém.
Era mister, pois, levar o projeto às últimas
3. OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA conseqüências.
a) Letra g
Palavras terminadas em:
e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-
ágio – presságio
restritivas (explicativas) devem ser separados por
égio – privilégio
vírgula:
ígio – vestígio
Brasileiros, é chegada a hora de buscar o
ógio – relógio
entendimento. Aristóteles, o grande filósofo, foi o
úgio – refúgio
criador da Lógica.
EXTRA 02
O homem, que é um ser mortal, deve sempre pensar
no amanhã.
PONTUAÇÃO
f) a vírgula também é empregada para indicar a
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática,
elipse (ocultação) de verbo ou outro
têm as seguintes finalidades:
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a termo anterior:
entoação) na leitura; O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os
b) separar palavras, expressões e orações que, particulares. (A vírgula indica a elipse do verbo
segundo o autor, devem merecer destaque; regulamenta.)
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando
ambigüidades. Às vezes procura assistência; outras, toma a
iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra vezes.)
Vírgula
A vírgula serve para marcar as separações breves de g) nas datas, separam-se os topônimos: São Paulo,
sentido entre termos vizinhos, as inversões e as 22 de março de 1991. Brasília, 15 de agosto de 1991.
intercalações, quer na oração, quer no período. A É importante registrar que constitui erro crasso usar
seguir, indicam-se alguns casos principais de a vírgula entre termos que mantêm entre si estreita
emprego da vírgula: ligação sintática – p. ex., entre sujeito e verbo, entre
a) para separar palavras ou orações paralelas verbos ou nomes e seus complementos.
justapostas, isto é, não ligadas por conjunção:
Chegou a Brasília, visitou o Ministério das Relações Errado: O Presidente da República, indicou, sua
Exteriores, levou seus documentos ao Palácio do posição no assunto. Certo: O Presidente da República
Buriti, voltou ao Ministério e marcou a entrevista. indicou sua posição no assunto.
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são Nos casos de o sujeito ser muito extenso, admite-se,
qualidades a serem observadas na redação oficial. no entanto, que a vírgula o separe do predicado para
conferir maior clareza ao período.
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Ex.: Os Ministros de Estado escolhidos para Não cabe ponto-de-interrogação em estruturas
comporem a Comissão e os Secretários de Governo interrogativas indiretas (em geral em títulos): O que
encarregados de supervisionar o andamento das é linguagem oficial – Por que a inflação não baixa –
obras, devem comparecer à reunião do próximo dia Como vencer a crise – Etc.
15. O problema que nesses casos o político enfrenta,
sugere que os procedimentos devem ser revistos. Ponto-de-Exclamação
O ponto-de-exclamação é utilizado para indicar
Ponto-e-Vírgula surpresa, espanto, admiração, súplica, etc. Seu uso
O ponto-e-vírgula, em princípio, separa estruturas na redação oficial fica geralmente restrito aos
coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É discursos e às peças de retórica:
também usado em lugar da vírgula para dar ênfase Povo deste grande País!
Com nosso trabalho
ao que se quer dizer. chegaremos lá!
Ex.:
Sem virtude, perece a democracia; o que mantém o EXTRA 05
governo despótico é o medo.
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas;
mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser Há, basicamente, dois processos para a formação de
respeitadas. palavras: a derivação e a composição.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, DERIVAÇÃO
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
É o processo de estruturação de urna palavra, tendo
I – cancelamento da naturalização por sentença como base uma outra já existente.
transitada em julgado;
A formação de palavras por derivação pode ocorrer
II – incapacidade civil absoluta; de várias formas:
III – condenação criminal transitada em julgado, – por prefixação: quando se antepõe um prefixo ao
radical: rever, compor, infeliz, subnutrido.
enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de
– por sufixação: quando se acrescenta um sufixo ao
cumprir obrigação a todos imposta ou prestação radical: felizmente, unhada, gritaria, vendedor.
alternativa, nos termos do art. 5o, VIII;
– por derivação parassintética: quando são
V – improbidade administrativa, nos termos do art. acrescidos ao radical um prefixo e um sufixo:
37, § 4º. infelizmente, anoitecer, desnorteado.
– por derivação imprópria: quando uma palavra é
Dois-Pontos empregada em classe gramatical diferente da
Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir habitual.
citações, marcar enunciados de diálogo e indicar um Só aceito um sim como resposta. (advérbio
esclarecimento, um resumo ou uma conseqüência do convertido em substantivo)
que se afirmou. Fale baixo, por favor! (adjetivo convertido em
Ex.: advérbio)
Como afirmou o Marquês de Maricá em suas – por derivação regressiva: quando a terminação de
Máximas: “Todos reclamam reformas, mas ninguém um verbo é substituída pelas desinências -a, -e ou -o,
se quer reformar.” dando origem a um substantivo: buscar –
busca;
ajudar – ajuda;
combater – combate, etc.
Encerrado o discurso, o Ministro perguntou:
– Foi bom o pronunciamento?
– Sem dúvida: todos COMPOSIÇÃO
parecem ter gostado. É o processo de estruturação de uma palavra pela
reunião de outras já existentes. A formação de
Mais que mudanças econômicas, a busca da palavras por composição pode ocorrer de duas
modernidade impõe sobretudo profundas alterações formas:
dos costumes e das tradições da sociedade; em – por justaposição: quando se unem duas ou mais
suma: uma transformação cultural. palavras sem modificar suas estruturas: segunda-
feira, passatempo, amor-perfeito, etc.
Ponto-de-Interrogação
– por aglutinação: quando se unem duas ou mais
palavras, modificando suas estruturas: aguardente
O ponto-de-interrogação, como se depreende de seu
(água+ardente); vinagre (vinho+acre); pernalta
nome, é utilizado para
(perna+alta); planalto (plano+alto), etc.
marcar o final de uma frase interrogativa direta:
Até quando aguardaremos uma solução para o caso?
Qual será o sucessor do Secretário?
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OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE
PALAVRAS c) PRIMITIVO E DERIVADO
Além dos dois principais processos de formação de Primitivo é aquele que dá origem a outras palavras
palavras (derivação e composição), temos outros que da mesma família. Derivado é aquele que foi gerado
produziram muitas outras palavras. Entre esses
por outra palavra. Exemplos:
Ferro, Terra, Novo –
processos, destacamos:
1. Abreviação – consiste na redução de uma palavra: primitivos |
ferreiro, subterrâneo, novidade –
cine (forma reduzida de cinema) derivados
moto (motocicleta) foto (fotografia)
d) SIMPLES E COMPOSTO
2. Sigla - é um caso especial de abreviatura a qual se Simples é aquele que possui apenas uma forma
forma a partir das iniciais das palavras: OAB (Ordem gráfica. Composto é aquele que possui mais de uma
dos Advogados do Brasil);
PT (Partido dos forma gráfica. Exemplos:
couve, alto, perna –
Trabalhadores);
SP (São Paulo), etc. simples |
couve-flor, alto-falante, pernalonga –
compostos.
3. Onomatopéia – É a reprodução de som por meio
de uma palavra: tique-taque, pingue-pongue, miau, e) COLETIVO
pocotó, etc. Refere-se ao conjunto dos seres. Exemplos: bois –
manada | ilhas – arquipélago | abelhas – colméia,
EXTRA 06 etc.
FLEXÃO NOMINAL
DO SUBSTANTIVO
EMPREGO E CLASSES DE PALAVRAS
O substantivo pode flexionar-se em gênero,
número e grau. A flexão em gênero é a mudança
MORFOLOGIA
de feminino para masculino nas palavras. Essa
O estudo das palavras, quanto a sua espécie, quer
mudança ocorre pela desinência de gênero a; por
dizer, a morfologia, leva em conta a natureza de
exemplo: gato /gata.
cada palavra: como se comporta, como se flexiona
Contudo, há ainda outras formas de flexionarmos em
em gênero, número e grau. Em português, há dez
gênero:
categorias, espécies de palavras, que chamamos de
classe gramatical. Cada classe gramatical possui sua a) Terminações em: esa/isa/ina/essa/iz:
maestro –
peculiaridade. As classes são divididas em variáveis e maestrina | ator – atriz
| visconde – viscondessa |
invariáveis. São variáveis: substantivo, adjetivo, embaixador – embaixatriz | profeta – profetisa
artigo, numeral, pronome, verbo. As invariáveis são:
*EMBAIXADORA é a mulher que exerce a função.
advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
b) Os substantivos terminados em ão podem fazer o
SUBSTANTIVO
feminino em oa/ã/ona:
É a palavra que usamos para nomear os seres, os
leão – leoa | cidadão – cidadã
inanimados, os sentimentos, enfim, nomeia todos os
seres em geral. Os substantivos são classificados em:
Quando os substantivos flexionam-se em gênero,
dizemos que são biformes; contudo, há substantivos
a) COMUM E PRÓPRIO
que não possuem flexão de gênero, são os
Comuns são os substantivos que indicam todos os substantivos uniformes. Os substantivos uniformes se
seres da mesma espécie. Próprios são os classificam em:
substantivos que indicam exclusivamente um a) Epicenos – Referem-se a nomes de animais,
elemento da espécie. Exemplos:
mãe, terra, água, acrescidos dos termos macho/fêmea ou outros
respostas – comuns | João, França, Marta, Rex – adjetivos que façam o mesmo efeito. Exemplos:
próprios cobra macho / fêmea tatu macho / fêmea
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ADJETIVO c) de superioridade (mais...que, mais...do que):
Adjetivo é a palavra que qualifica o substantivo, Português era mais fácil que/do que Matemática.
indicando-lhe qualidade, característica ou origem. O Português era mais fácil que/do que complicado.
aluno moreno é brasileiro e muito inteligente. Podem
ser classificados como: 2. SUPERLATIVO
1. Restritivo a) relativo de inferioridade (o menos ... de): Seu
Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma chute era o menos confiável do time.
espécie.
Exemplos: Aluno inteligente. Mulher b) relativo de superioridade (o mais...de): O
sincera. Homem fiel. Cidade limpa. brasileiro tem sido o mais confiante dos sul-
2. Explicativo (sem restrição) americanos.
Pode ser aplicado a todos os seres da mesma c) absoluto analítico (com auxilio de outra palavra):
espécie.
Exemplos: Homem mortal. Água mole. Os concursos têm sido exageradamente difíceis .
Pedra dura. Animal irracional. d) absoluto sintético (com sufixos)
3. Uniforme (sem flexão de gênero) – vernáculo (português + sufixo): Modelos
Aluno(a) gentil, inteligente e fiel. magríssimos .
4. Biforme (com flexão de gênero) – erudito (latim + sufixo):
Modelos
Aluno(a) bonito(a), dedicado(a) e sincero(a). macérrimos.
Exemplos de adjetivos e seus
respectivos superlativos eruditos:
Estruturalmente, os adjetivos são classificados da amargo (amaríssimo), áspero (aspérrimo), célebre
seguinte maneira: (celebérrimo), cristão (cristianíssimo), cruel
1. Simples (um só radical): lindo, elegante, bom, (crudelíssimo), doce (dulcíssimo), fiel (fidelíssimo),
verde, claro. frio (frigidíssimo, humilde (humílimo), íntegro
2. Composto (mais de um radical): azul-claro, (integérrimo), livre (libérrimo), magnífico
político-social. (magnificentíssimo), miserável (miserabilíssimo),
3. Primitivo (original): fácil, nobre, afável, ruim, manso (mansuetíssimo), magro (macérrimo), miúdo
sério, ágil. (minutíssimo), negro (nigérrimo), pobre
4. Derivado (de outro vocábulo): hospitalar, (paupérrimo), sagrado (sacratíssimo), senil
antiácido, feioso. (senílimo), tenro (teneríssimo), velho (vetérrimo).
Os adjetivos compostos flexionam-se pela ARTIGO
seguinte
regra geral: só o último termo pode Artigo é uma palavra que antepomos aos
flexionar-se em gênero e número. Exemplos: substantivos para determiná-los, indicando, ao
Instrumentos médico-cirúrgicos
| Salas médico- mesmo tempo, gênero e número. Dividem-se os
artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um,
cirúrgicas
| Traumas afetivo-emocionais.
uma, uns, umas.
Exceções:
Os definidos determinam os substantivos de modo
1. Cores, indicadas com auxílio de substantivo, ficam preciso, particular:
Viajei com o médico.
invariáveis: Vestido rosa – Vestidos rosa | Blusa gelo Os indefinidos determinam os substantivos de modo
– Blusas gelo |
Bandeira azul-turquesa – Bandeiras vago, impreciso, geral:
Viajei com um médico.
azul-turquesa |
Terno cinza-chumbo – Ternos cinza-
chumbo. OBSERVAÇÕES SOBRE O EMPREGO DO ARTIGO
2. Também ficam invariáveis: azul-marinho, azul- – Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o
celeste. substantivo.
3. Flexionam-se ambos os termos: surdo-mudo > Ambas as mãos são perfeitas.
surda-muda > surdos-mudos > surdas-mudas. – Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a
menos que venham determinados por adjetivos ou
GRAU DO ADJETIVO
locuções adjetivas.
1. COMPARATIVO Vim de Paris. | Vim da luminosa Paris.
a) de igualdade (tão/tanto...como/quanto): Os – Mas com alguns nomes de cidades conservamos o
alunos eram tão dedicados como/quanto os mestres. artigo.
O Rio de Janeiro, O Cairo, O Porto.
Obs.:
Os alunos eram tão dedicados como/quanto Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de
inteligentes. cidade, conforme venham ou não precedidos de
b) de inferioridade (menos...que, menos...do que): O
artigo. Vou a Paris.
Vou à Paris dos museus.
salário era menos interessante que/do que o
trabalho. O salário era menos interessante que/do – Toda cidade/toda a cidade.
Todo e toda designam
que necessário. qualquer, cada.
Exemplo: Toda cidade pode
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concorrer (qualquer cidade).
Todo o e toda a 80º – octogésimo
designam totalidade, inteireza. Conheci toda a cidade 11º – undécimo
600º – seiscentésimo
(a cidade inteira).
No plural, usa-se todos os, todas
70º - septuagésimo
as, exceto antes de numeral não seguido de
substantivo. Exemplos: Todas as cidades OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
vieram.
Todos os cinco clubes disputarão o 1) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos,
título.
Todos cinco são concorrentes. tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais para
a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os
– De maneira geral, é facultativo o uso do artigo
cardinais, desde que o numeral venha depois do
antes dos possessivos. Aplaudimos tua decisão. |
substantivo. Exemplos: D. Pedro II (segundo), Luís
Aplaudimos a tua decisão.
XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e
– Se o possessivo não vier seguido de substantivo três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).
explícito, é obrigatória a ocorrência do artigo. 2) Quando o substantivo vier depois do numeral,
Aplaudiram a tua decisão e não a minha. usam-se sempre os ordinais. Exemplos: primeira
– No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.
depois do substantivo. Tomou decisões as mais 3) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias
oportunas. | Tomou as decisões mais oportunas.
é e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí
errado: Tomou as decisões as mais oportunas. em diante o cardinal. Exemplos: artigo 1° (primeiro),
– O artigo indefinido, posto antes de um numeral, artigo 12 (doze).
designa quantidade aproximada: Faz uns dez anos 4) Aos numerais que designam um conjunto
que saí de lá. determinado de seres dá-se o nome de numerais
– Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com coletivos. Exemplos: dúzia, centena.
preposições:
de + o= do, de + a= da, etc.
As 5) A leitura e escrita por extenso dos cardinais com
formas de + um e em + um podem-se usar postos deve ser feita da seguinte forma:
contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a
um). Estava em uma cidade grande. Estava numa conjunção e entre eles. Exemplos: 94 = noventa e
cidade grande. quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três.
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a
NUMERAL conjunção e entre o primeiro algarismo e os demais
Numeral é uma palavra que exprime número de (isto é, entre o milhar e a centena). Exemplo: 2438 =
ordem, múltiplo ou fração. Os numerais classificam- dois mil quatrocentos e trinta e oito. Obs.: Se a
se em: centena começar por zero, o emprego do e é
1) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, obrigatório. 5062 = cinco mil e sessenta e dois. Será
sete, oito, nove, dez, treze, catorze, vinte, trinta, também obrigatório o emprego do e se a centena
quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão. terminar por zeros. 2300 = dois mil e trezentos.
2) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc. c) Se Houver vários grupos de três algarismos,
3) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um omite-se o e entre cada um dos grupos. 5 450 126
quinto, um sexto, um sétimo, um oitavo, um nono, 230 = cinco bilhões, quatrocentos e cinqüenta
um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, milhões, cento e vinte e seis mil, duzentos e trinta.
trinta avos, quarenta avos, cinqüenta avos,
centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo. EXTRA 07
4) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo,
quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, ESTRUTURA, FORMAÇÃO E REPRESENTAÇÃO
décuplo, cêntuplo. DAS PALAVRAS A ESTRUTURA DAS PALAVRAS
Atenção para a grafia dos numerais cardinais:
16 – dezesseis Quando estudamos a estrutura das palavras,
600 – seiscentos conhecemos intimamente as várias partes que
50 – cinqüenta formam um todo acabado e repleto de significado.
60 – sessenta Conhecer a estrutura de uma palavra não é só saber
17 – dezessete decompô-la. É saber, também, como compor uma
13 – treze nova palavra; realizar um trabalho criativo e
14 – catorze ou quatorze dinâmico com a língua.
Veja, por exemplo, a palavra menininhas. Podemos
Atenção para a grafia dos seguintes numerais separá-la em quatro unidades significativas:
ordinais: menin / inh / a / s
6º – sexto a) menin - é a unidade que fornece o significado da
400º – quadringentésimo palavra; é a base da palavra chamada de radical.
900º – nongentésimo Com o radical podemos formar uma família de
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palavras. Por exemplo: meninão, meninada, - á - (vogal temática)
menino, etc.; - sse - (desinência de modo subjuntivo e de tempo
b) -inh - é a unidade que indica o grau diminutivo; perfeito)
c) -a - é a unidade que indica o gênero (feminino); - mos (desinência de primeira pessoa e de número
d) -s - é a unidade que indica o número (plural). plural)
Essas unidades significativas que constituem as 5) Vogais e consoantes de ligação - são vogais
palavras os morfemas. ou consoantes colocadas entre dois morfemas
Podemos perceber duas espécies de morfemas: apenas para facilitar a pronúncia. Exemplos:
a) aqueles que têm significação objetiva e que pe / z / inho, paris / i / ense.
indicam a significação da palavra. Referem-se ao
conjunto de palavras de uma língua. PRONOMES
b) aqueles que têm significação apenas em relação Palavras que representam ou acompanham um
ao sistema gramatical da língua. Indicam, no caso da substantivo.
língua portuguesa, o gênero, o número, a pessoa, o a) Pronomes adjetivos - quando acompanham um
modo, o tempo. São os chamados morfemas substantivo:
gramaticais. ‡ Meus amigos adoram esta casa.
b) Pronomes substantivos - quando representam
OS ELEMENTOS MÓRFICOS um substantivo:
1) Radical - É a forma mínima que indica o sentido ‡ Alguns se julgam melhores que outros.
básico da palavra, ou seja, seu significado. É a parte
invariável da palavra. Exemplos: 1. PRONOMES PESSOAIS
gat - o, gat - a, gat - inho etc. EMPREGO E FORMAS DE TRATAMENTO
Designam as pessoas gramaticais:
2) Afixos - São elementos colocados antes
(prefixos) ou depois (sufixos) dos radicais. Exemplos:
GABARITO
Regência
1. F 4. F 7. V 10. V 13. C
Os pronomes relativos vêm precedidos das
2. F 5. V 8. V 11. D 14. A
preposições exigidas pelos verbos das respectivas
3. F 6. V 9. V 12. D 15. B
orações.
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‡ Este é o filme / a que assistimos ontem.
‡ Repudio o ideal / pelo qual lutas.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Demonstram a posição dos seres no tempo e no
espaço.
Emprego dos pronomes demonstrativos
6. PRONOMES INTERROGATIVOS
Que, quem, qual e quanto, usados em frases
interrogativas.
‡ Quem inventou a pinga?
‡ Que loucura é essa?
‡ Qual é o plano?
‡ Quantos candidatos foram aprovados?
Os interrogativos são usados em perguntas
diretas e indiretas.
a. Pergunta direta: pronome no início da frase com
ponto de interrogação.
‡ Quem foi o maior jogador de futebol do Brasil?
b. Pergunta indireta: pronome após verbos
"dicendi", como, saber, responder, informar, indagar,
ver, ignorar,
etc...
‡ Não sei quem fez tal acusação.
‡ Gostaria de saber qual é seu nome.
Observação:
Outras palavras usadas em frase interrogativa, serão,
com certeza, advérbios interrogativos.
‡ Quando começaram as provas? (adv. de tempo)
‡ Como tens vindo para o trabalho? (adv. de modo)
‡ Poderias dizer aonde queres ir? (adv. de lugar)
São também pronomes demonstrativos
‡ Todos diziam o que queriam. (isso, aquilo) EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS
‡ Conheço o idioma latino e o grego. (idioma)
b) tal Falso / Verdadeiro
‡ Jamais fiz tal assertiva. (essa, aquela) 1. ( ) Qualquer problema o deixa abalado. Pronome
c) mesmo, próprio (com caráter reforçativo) indefinido adjetivo.
‡ As carpideiras mesmas choraram de verdade. 2. ( ) Todos foram responsáveis pelo sucesso.
‡ Esta é a mesma questão que foi impugnada. Pronome relativo substantivo.
3. ( ) Explique-me o que deve ser feito. Pronome
PRONOMES INDEFINIDOS demonstrativo.
Referem-se a verbos e a substantivos, dando-lhes 4. ( ) Ela irá conosco ao desfile. Pronome pessoal
sentido vago ou quantidade indeterminada. reto.
‡ Alguém virá procurá-lo mais tarde. (quem?) 5.( ) Todo concursando deve ser muito
‡ Muitos candidatos serão chamados. (quantos?) entusiasmado. Pronomes indefinidos.
Relação dos principais pronomes e locuções: 6. ( ) Na cidade do México, os veículos com placas de
a) Pronomes indefinidos: algo, alguém, algum, final par circulam às segundas, quartas e sextas-
bastante, cada, certo, mais, menos, muito, nada, feiras; os automóveis que as placas têm final ímpar
ninguém, nenhum, outro, outrem, pouco, quem, rodam às terças, quintas e sábados.
qualquer, quanto, tanto, tudo, todo, um, vários. 7. ( ) Contadas todas as horas onde ficam enredados
b) Locuções pronominais: cada um, cada qual, no tráfego, os brasileiros perdem quatro dias a cada
seja quem for, todo aquele que, qualquer um, quem ano; os americanos passam, no mínimo, dois meses
quer que... por ano esperando o sinal abrir.
Observação 8. ( ) A proposta do secretário, com a qual,
Alguns podem pertencer a mais de uma classe lamentavelmente, o prefeito não concorda, poderia
gramatical: solucionar os graves problemas de congestionamento
no tráfego da cidade.
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9. ( ) Na reunião do conselho diretor, durante a qual 16. Aponte, nas séries abaixo, a construção errada
foram discutidas questões fundamentais para a que envolve pronome relativo.
reestruturação do anel viário da cidade, fechou-se a) Aquele livro ali já está vendido.
um acordo com os políticos. b) O filme a que assistimos é interessante.
10. ( ) Tendo em vista a falta de soluções de longo c) Não foram poucas as pessoas que visitaste.
prazo, os técnicos em engenharia de trânsito, cujos d) Esta foi a questão de que te esqueceste.
trabalham para a prefeitura de São Paulo, estão e) Ligando o rádio, ouvirás as canções que mais
apelando para operações de emergência. gostas.
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VERBO PRETÉRITO IMPERFEITO
Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato A própria denominação deste tempo - Pretérito
ou fenômeno. Dentre as classes de palavras, o verbo Imperfeito - ensina-nos o seu valor fundamental: o
é a mais rica em flexões. Com efeito, o verbo possui de designar um fato passado, mas não concluído
diferentes flexões para indicar a pessoa do discurso, (imperfeito = não perfeito, inacabado). Podemos
o número, o tempo, o modo e a voz. empregá-lo assim:
O verbo flexiona-se em número e pessoa: 1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a
uma época passada e descrevemos o que então era
Singular Plural presente:
1a pessoa: eu penso nós pensamos ‡ O calor ia aumentando e o vento despenteava
2a pessoa: tu pensas vós pensais meu cabelo.
3a pessoa: ele pensa eles pensam 2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que
seria conseqüência certa e imediata de outro, que
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS não ocorreu, ou não poderia ocorrer:
Tempo é a variação que indica o momento em que ‡ Se eu não fosse mulher, ia também!
se dá o fato expresso pelo verbo.
Os três tempos naturais são o Presente, o PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
Pretérito (ou Passado) e o Futuro. 1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que
ocorreu antes de outra já passada:
O Presente designa um fato ocorrido no momento ‡ A conversa ficara tão tediosa, que o homem se
em que se fala; o Pretérito, antes do momento desinteressou.
em que se fala; e o Futuro, após o momento em 2) Na linguagem literária emprega-se, às vezes, o
que se fala. mais-que-perfeito em lugar:
‡ Leio uma revista instrutiva. (Presente) a) do futuro do pretérito (simples ou composto):
‡ Li uma revista instrutiva. (Pretérito) "Um pouco mais de sol - e fora (= teria sido) brasa,
‡ Lerei uma revista instrutiva. (Futuro) Um pouco mais de azul - e fora (= teria sido) além,
Para atingir ...
TEMPOS DO MODO INDICATIVO (Sá Carneiro)
1) Presente: estudo b) do pretérito imperfeito do subjuntivo:
2) Pretérito: Imperfeito: estudava ‡ Quem me dera! (= quem me desse)
Perfeito: estudei ‡ Prouvera a Deus! (= prouvesse a Deus)
Mais-que-perfeito: estudara
3) Futuro: do Presente: estudarei do Pretérito: FUTURO DO PRESENTE
estudaria 1) O futuro do presente emprega-se para indicar
Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em fatos certos ou prováveis, posteriores ao momento
seguida, o emprego dos mesmos e sua correlação. em que se fala:
‡ As aulas começarão depois de amanhã.
PRESENTE 2) Como forma polida de presente:
O presente do indicativo emprega-se: ‡ Não, não posso ser acusado. Dirá o senhor: mas o
1) Para enunciar um fato atual: que aconteceu? E eu lhe direi. sei lá! (= digo)
‡ Cai a chuva. 3) Como expressão de uma súplica, desejo ou
‡ O céu está limpo. ordem; neste caso, o tom de voz pode atenuar ou
2) Para indicar ações e estados permanentes: reforçar o caráter imperativo:
‡ A terra gira em torno do próprio eixo. Honrarás pai e mãe!
‡ Deus é Pai! "Lerás porém algum dia
3) Para expressar uma ação habitual do sujeito: Meus versos, d 'alma arrancados, ... "
‡ Sou tímido. (G. Dias)
‡ Como muito pouco.
4) Para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado FUTURO DO PRETÉRITO
(presente histórico): 1) O futuro do pretérito emprega-se para designar
"A Avenida é o mar dos foliões. Serpentinas cortam ações posteriores à época em que se fala:
o ar..., rolam das escadas, pendem das árvores e ‡ Depois de casado, ele se transformaria em um
dos fios..." (M. Rebelo) homem de bem.
5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste 2) Como forma polida de presente, em geral
caso, para impedir qualquer ambigüidade, se faz denotadora de desejo.
acompanhar geralmente de um adjunto adverbial: ‡ Desejaríamos cumprimentar os noivos.
"Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...”`(A. 3) Em certas frases interrogativas e exclamativas,
Bessa Luís) para denotar surpresa ou indignação:
‡ O nosso amor morreu... Quem o diria?
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TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO ‡ Esperei-a um pouco, até que tivesse terminado
1) Presente: estude seu jantar.
2) Pretérito: 2) Uma ação irreal no passado:
- Imperfeito: estudasse ‡ Se a sorte os houvesse coroado com os seus
- Perfeito: tenha (ou haja) estudado favores, não lhes faltariam amigos.
- Mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado
3) Futuro: FUTURO DO SUBJUNTIVO SIMPLES
- Simples: estudar Este tempo verbal marca a eventualidade no futuro e
- Composto: tiver (ou houver) estudado emprega-se em orações subordinadas:
‡ Se quiser, irei vê-lo.
Quando nos servimos do modo indicativo, ‡ Quando puder, venha ver-me.
consideramos o fato expresso pelo verbo como real,
certo, seja no presente, seja no passado, seja no FUTURO DO SUBJUNTIVO COMPOSTO
futuro. Indica um fato futuro como terminado em relação a
Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a outro fato futuro (dentro do sentido geral do modo
existência ou não existência do fato como uma coisa subjuntivo):
incerta, duvidosa, eventual ou, mesmo, irreal. ‡ D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido
Observemos estas frases: até aqui, abandone o resto.
‡ Afirmo que ela estuda. (modo indicativo)
‡ Duvido que ela estude. (modo subjuntivo) MODOS DO VERBO
‡ Afirmei que ela estudava. (modo indicativo) Os modos indicam as diferentes maneiras de um
Duvidei que ela estudasse. (modo subjuntivo) fato se realizar. São três:
1o) o Indicativo:
PRESENTE DO SUBJUNTIVO Exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás
Pode indicar um fato: cedo.
1) Presente: 2°) o Imperativo:
‡ Não quer dizer que se conheçam os homens Exprime ordem, proibição, conselho, pedido:
quando se duvida deles. ‡ Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes.
2) Futuro: 3°) o Subjuntivo:
‡ "No dia em que não faça mais uma criança sorrir, Enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético:
vou vender abacaxi na feira." (A. Bessa Luís) ‡ É possível que chova. Se você trabalhasse...
Além desses três modos, existem as formas
IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio),
Pode ter o valor de: que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa,
1) Passado: impessoal.
‡ Todos os domingos, chovesse ou fizesse sol, 1o) Infinitivo: plantar, vender, ferir.
estava eu lá. 2°) Gerúndio: plantando, vendendo, ferindo.
3°) Particípio: plantado, vendido, ferido.
2) Futuro: Chamam-se formas nominais porque, sem embargo
‡ Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho de sua significação verbal, podem desempenhar as
que chegasse primeiro. funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos:
3) Presente: o andar, água fervendo, tempo perdido.
‡ Tivesses coração, terias tudo. O Infinitivo pode ser Pessoal ou Impessoal.
‡ Como imaginar alguém que não precisasse de 1o) Pessoal, quando tem sujeito:
nada? (= precise) ‡ Para sermos vencedores é preciso lutar. (sujeito
oculto nós)
PERFEITO DO SUBJUNTIVO 2°) Impessoal, quando não tem sujeito:
Pode exprimir um fato: ‡ Ser ou não ser, eis a questão.
1) Passado (supostamente concluído): O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora
‡ Espero que você tenha encontrado aquele não flexionado:
endereço. Flexionado: andares, andarmos, andardes,
2) Futuro (terminado em relação a outro futuro): andarem.
‡ Espero que ela tenha feito a lição quando eu Não flexionado: andar eu, andar ele.
voltar. Quanto à voz, os verbos se classificam em:
1) Ativos: O sujeito faz a ação:
MAIS-QUE-PERFEITO DO SUBJUNTIVO ‡ O patrão chamou o empregado.
Pode indicar: 2) Passivos: O sujeito sofre a ação.
1) Uma ação anterior a outra passada. ‡ O empregado foi chamado pelo patrão.
3) Reflexivos: O sujeito faz e recebe a ação.
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‡ A criança feriu-se na gangorra. 3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3 a pessoa do
plural).
Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
forma nominal de outro verbo para constituir os O imperativo afirmativo deriva do presente do
tempos compostos e as locuções verbais: ter, haver, indicativo, da segunda pessoa do singular (tu) e da
ser, estar. segunda do plural (vós), mediante a supressão do s
‡ Tenho estudado muito esta semana. final; as demais pessoas (você, nós, vocês) são
‡ Jacinto havia chegado naquele momento. tomadas do
‡ Somos castigados pelos nossos erros. presente do subjuntivo.
‡ O mecânico estava consertando o carro. O imperativo negativo não possui, em Português,
‡ O secretário vai anunciar os resultados. formas especiais; suas pessoas são iguais às
correspondentes do presente do subjuntivo.
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três Atente para o seguinte quadro da formação do
conjugações, de conformidade com a terminação do imperativo:
infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em - ar:
cantar
2) Os da segunda conjugação terminam em - er:
bater
3) Os da terceira conjugação terminam em - ir:
partir. FORMAÇAO DOS TEMPOS COMPOSTOS
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal Eis como se formam os tempos compostos:
temática: A (1a conjugação), E (2a conjugação), I 1) Os tempos compostos da voz ativa são formados
(3ª conjugação). pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do
particípio do
Observações: verbo principal:
- O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática ‡ Tenho falado.
do infinitivo. É um verbo anômalo da segunda ‡ Haviam saído.
conjugação. 2) Os tempos compostos da voz passiva se formam
- A nossa língua possui mais de 11 mil verbos, dos com o concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou
quais mais de 10 mil são da primeira conjugação. haver) e ser,
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a seguidos do particípio do verbo principal:
parte geralmente invariável e as desinências, que ‡ Tenho sido maltratado.
variam para denotar os diversos acidentes ‡ Tinham (ou haviam) sido vistos no cinema.
gramaticais. Outro tipo de conjugação composta - também
chamada conjugação perifrástica - são as
locuções
verbais, constituídas de verbo auxiliar mais gerúndio
ou infinitivo:
‡ Tenho de ir hoje.
Há a desinência modo-temporal, indicando a que ‡ Hei de ir amanhã.
modo e tempo a flexão verbal pertence e há a ‡ Estava lendo o jornal.
desinência número-pessoal indicando a que Quanto à conjugação, dividem-se os verbos em:
pessoa e número a flexão verbal pertence. 1) Regulares: os que seguem um paradigma ou
modelo comum de conjugação. Cantar, bater, partir,
etc.
2) Irregulares: os que sofrem alterações no radical
e nas terminações afastando-se do paradigma. Dar,
ouvir, etc.
A DNP (desinência número-pessoal) indica que o Entre os irregulares, destacam-se os anômalos,
verbo está na 1a pessoa do plural. A DMT como o verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo),
(desinência modo-temporal) indica que o verbo está ser
no futuro do presente do indicativo. e ir (que apresentam radicais diferentes). São verbos
Dividem-se os tempos em primitivos e derivados. que possuem profundas modificações em seus
São tempos primitivos: radicais.
1) o Infinitivo Impessoal. 3) Defectivos: os que não possuem a conjugação
2) o Presente do Indicativo (1a e 2 a pessoa do completa, não sendo usados em certos modos,
singular e 2 a pessoa do plural). tempos ou pessoas: abolir, reaver, precaver, etc.
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CONJUGAÇÃO DOS PRINCIPAIS VERBOS IRREGULARES
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DAR
Indicativo Presente: dou, dás, dá, damos, dais, dão. Pretérito Imperfeito: dava, davas, dava, dávamos,
dáveis, davam. Pretérito Perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram. Pretérito Mais-Que-Perfeito: dera,
deras, dera, déramos, déreis, deram. Futuro do Presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão. Futuro do
Pretérito: daria, darias, daria, daríamos, daríeis, dariam. Imperativo Afirmativo: dá, dê, demos, dai, dêem.
Subjuntivo Presente: dê, dês, dê, demos, deis, dêem. Pretérito Imperfeito: desse, desses, desse, déssemos,
désseis, dessem. Futuro: der, deres, der, dermos, derdes, derem. Infinitivo Presente Impessoal: dar.
Infinitivo Presente Pessoal: dar, dares, dar, darmos, dardes, darem. Gerúndio: dando. Particípio: dado.
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AGUAR FORMAÇAO DA VOZ PASSIVA
Indicativo Presente: águo, águas, água, aguamos, A voz passiva, mais freqüentemente, é formada:
aguais, águam. Pretérito Perfeito: agüei, aguaste, 1) Pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do
aguou, etc. Subjuntivo Presente: ágüe, ágües, verbo principal (passiva analítica).
ágüe, agüemos, agüeis, ágüem, etc. Verbo regular Ex.: O homem é afligido pelas doenças.
nos demais tempos. Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado
Assim se conjugam desaguar, enxaguar e minguar. pelo agente da passiva. Menos freqüentemente,
pode-se exprimir a passiva analítica com outros
MAGOAR verbos auxiliares.
Indicativo Presente: magôo, magoas, magoa, Ex.: A aldeia estava isolada pelas águas. (agente da
magoamos, magoais, magoam. Subjuntivo passiva)
Presente: magoe, magoes, magoe, magoemos, 2) Com o pronome apassivador se associado a um
magoeis, magoem. etc. Verbo regular nos demais verbo ativo da terceira pessoa (passiva pronominal).
tempos. Assim se conjugam os verbos em oar: Ex.: Regam-se as plantas.
abençoar, doar, abotoar, soar, voar, etc.
RESFOLEGAR
Indicativo Presente: resfólego, resfolegas,
resfolega, resfolegamos, resfolegais, resfolegam.
Imperfeito: resfolegava, resfolegavas, etc.
Pretérito Perfeito: resfoleguei, etc. Subjuntivo
Presente: resfólegue, resfolegues, resfólegue, VOZ REFLEXIVA
resfoleguemos, resfolegueis, resfóleguem, etc. Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo,
agente e paciente: faz uma ação cujos efeitos ele
NOMEAR mesmo
Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, sofre.
nomeamos, nomeais, nomeiam. Pretérito Ex.: O caçador feriu-se.
Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, A menina penteou-se.
nomeávamos, nomeáveis, nomeavam. Pretérito O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes
Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes
nomeastes, nomearam. Subjuntivo Presente: são reflexivos quando se lhes podem acrescentar: a
nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós
nomeiem. Imperativo Afirmativo: nomeia, mesmos, etc., respectivamente.
nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem, etc. Assim se
conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear,
gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear,
arrear, recrear, estrear, etc.
precaver, precaveres, precaver, precavermos,
precaverdes, precaverem. Gerúndio: precavendo.
Particípio: voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se
precavido. Infinitivo Impessoal: precaver. geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas
Infinitivo Pessoal: precaver, precaveres, precaver, expressões um ao outro, reciprocamente,
precavermos, mutuamente.
precaverdes, precaverem. Ex.: Amam-se como irmãos.
VOZES DO VERBO Os pretendentes insultaram-se. (Pronome reflexivo
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar recíproco)
que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
reflexiva. substancialmente o sentido da frase:
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é Ex.: Gutenberg inventou a imprensa. ‡ A imprensa
agente, isto é, faz a ação expressa pelo verbo. Ex.: O foi inventada por Gutenberg.
caçador abateu a ave. Observe que o objeto direto será o sujeito da
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta, a ação passiva e o verbo ativo revestirá a forma passiva,
expressa pelo verbo. Ex.: A ave foi abatida pelo conservando o mesmo tempo.
caçador. Ex.: Os calores intensos provocam as chuvas. ‡ As
Obs.: Só verbos transitivos podem ser usados na voz chuvas são provocadas pelos calores intensos.
passiva. Eu o acompanharei. ‡ Ele será acompanhado por
mim.
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Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for Gerúndio Pretérito: tendo sido guiado. Particípio:
indeterminado, não haverá complemento agente da guiado.
passiva.
Ex.: Prejudicaram-me. ‡ Fui prejudicado. CONJUGAÇÃO DOS VERBOS PRONOMINAIS:
VERBO LEMBRAR-SE
CONJUGAÇÃO DE UM VERBO NA VOZ PASSIVA Indicativo Presente: lembro-me, lembras-te,
ANALÍTICA: VERBO GUIAR lembra-se, lembramo-nos, lembrai-vos, lembram-se.
Indicativo Presente: sou guiado, és guiado, é Pretérito Imperfeito: lembrava-me, lembravas-te,
guiado, somos guiados, sois guiados, são guiados. lembrava-se, lembrávamo-nos, lembráveis-vos,
Pretérito Imperfeito: era guiado, eras guiado, era lembravam-se. Pretérito Perfeito Simples:
guiado, éramos guiados, éreis guiados, eram lembrei-me, lembraste-te, lembrou-se, etc.
guiados. Pretérito Perfeito Simples: fui guiado, Pretérito Perfeito Composto: tenho-me lembrado,
foste guiado, foi guiado, fomos guiados, fostes tens-te lembrado, tem-se lembrado, temo-nos
guiados, foram guiados. Pretérito Perfeito lembrado, tendes-vos lembrado, têm-se lembrado.
Composto: tenho sido guiado, tens sido guiado, tem Pretérito Mais-Que-Perfeito Simples: lembrara-
sido guiado, temos sido guiados, tendes sido me, lembraras-te, lembrara-se, lembráramo-nos,
guiados, têm sido guiados. Pretérito Mais-Que- lembráreis -vos, lembraram-se. Pretérito Mais-
Perfeito: fora guiado, foras guiado, fora guiado, Que-Perfeito Composto: tinha-me lembrado,
fôramos guiados, fôreis guiados, foram guiados. tinhas-te lembrado, tinha-se lembrado, tínhamo-nos
Pretérito Mais-QuePerfeito Composto: tinha lembrado, tínheis-vos lembrado, tinham-se lembrado.
sido guiado, tinhas sido guiado, tinha sido guiado, Futuro do Presente Simples: lembrar-me-ei,
tínhamos sido guiados, tínheis sido guiados, tinham lembrar-te-ás, lembrar-se-á, lembrar-nos emos,
sido guiados. Futuro do Presente Simples: serei lembrar-vos-eis, lembrar-se-ão. Futuro do
guiado, serás guiado, será guiado, seremos guiados, Presente Composto: ter-me-ei lembrado, ter-te-ás
sereis guiados, serão guiados. Futuro do Presente lembrado, ter-se-á lembrado, ter-nos-emos
Composto: terei sido guiado, terás sido guiado, terá lembrado, ter-vos-eis lembrado, ter-se-ão lembrado.
sido guiado, teremos sido guiados, tereis sido Futuro do Pretérito Simples: lembrar-me-ia,
guiados, terão sido guiados. Futuro do Pretérito lembrar-te-ias, lembrar-se-ia, lembrar-nos-íamos,
Simples: seria guiado, serias guiado, seria guiado, lembrar-vos-íeis, lembrar-se-iam. Futuro do
seríamos guiados, seríeis guiados, seriam guiados. Pretérito Composto: ter-meia lembrado, ter-te-ias
Futuro do Pretérito Composto: teria sido guiado, lembrado, ter-seia lembrado, ternos-íamos lembrado,
terias sido guiado, teria sido guiado, teríamos sido ter-vos-íeis lembrado, ter-se-iam lembrado.
guiados, teríeis sido guiados, teriam sido guiados. Subjuntivo Presente: lembre-me, lembres-te,
Imperativo Afirmativo: sê guiado, seja guiado, lembre-se, lembremo-nos, lembreis-vos, lembrem-se.
sejamos guiados, sede guiados, sejam guiados. Pretérito Imperfeito: lembrasse-me, lembrasses-
Imperativo Negativo: não sejas guiado, não seja te, lembrasse-se, lembrássemo-nos, lembrásseis-vos,
guiado, não sejamos guiados, não sejais guiadas, lembrassem-se. Pretérito Perfeito: nesse tempo
não sejam guiados. Pretérito Imperfeito: fosse não se usam pronomes oblíquos pospostos, mas
guiado, fosses guiado, fosse guiado, fôssemos antepostos ao verbo: que me tenha lembrado,
guiados, fôsseis guiados, fôssem guiados. Pretérito que te tenhas lembrado, que se tenha lembrado,
Perfeito: tenha sido guiado, tenhas sido guiado, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse-me
tenha sido guiado, tenhamos sido guiados, tenhais lembrado, tivesses-te lembrado, tivessese lembrado,
sido guiados, tenham sido guiados. Pretérito Mais- tivéssemo-nos lembrado, tivésseis-vos lembrado,
Que-Perfeito: tivesse sido guiado, tivesses sido tivessem-se lembrado. Futuro Simples: neste
guiado, tivesse sido guiado, tivéssemos sido guiados, tempo, os pronomes oblíquos são antepostos ao
tivésseis sido guiados, tivessem sido guiados. Futuro verbo: se me lembrar, se te lembrares, se se
Simples: for guiado, fores guiado, for guiado, lembrar, etc. Futuro Composto: neste tempo os
formos guiados, fordes guiados, forem guiados. pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me
Futuro Composto: tiver sido guiado, tiveres sido tiver lembrado, se te tiveres lembrado, se se tiver
guiado, tiver sido guiado, tivermos sido guiados, lembrado, etc. Imperativo Afirmativo: lembra-te,
tiverdes sido guiados, tiverem sido guiados. lembra-se, lembremo-nos, lembrai-vos, lembrem-se.
Infinitivo Impessoal Presente: ser guiado. Imperativo Negativo: não te lembres, não se
Infinitivo Impessoal Pretérito: ter sido guiado. lembre, não nos lembremos, etc. Infinitivo
Infinitivo Pessoal Presente: ser guiado, seres Presente Impessoal: ter-me lembrado. Infinitivo
guiado, ser guiado, sermos guiados, serdes guiados, Presente Pessoal: lembrar-me, lembrares-te,
serem guiados. Infinitivo Pessoal Pretérito: ter lembrar-se, lembrarmo-nos, lembrardes-vos,
sido guiado, teres sido guiado, ter sido guiado, lembrarem se. Infinitivo Pretérito Pessoal: ter-
termos sido guiados, terdes sido guiados, terem sido me lembrado, teres te lembrado, ter-se lembrado,
guiados. Gerúndio Presente: sendo guiado. termo-nos lembrado, terdes-vos lembrado, terem-se
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lembrado. Infinitivo Pretérito Impessoal: ter-se Obs.: Rizotônicos são os vocábulos cujo acento
lembrado. Gerúndio Presente: lembrando-se. tônico incide no radical. Aqueles, pelo contrário, que
Gerúndio Pretérito: tendo-se lembrado. têm o acento tônico depois do radical, se dizem
Particípio: não admite a forma pronominal. arrizotônicos.
3°) Verbos, que pela sua significação, não podem ter
VERBOS ANÔMALOS Imperativo (acontecer, poder e caber) ou que, por
São chamados de anômalos os verbos que exprimir ação recíproca (entrechocar-se, entreolhar-
apresentam mais de um radical em sua conjugação. se) se usam exclusivamente nas três pessoas do
Em português, são anômalos os verbos ser, ir, pôr e plural.
vir, cujas conjugações já vimos. 4°) Os três seguintes, já estudados, que apresentam
particularidades especiais: reaver, prazer e soer.
VERBOS DEFECTIVOS Verbos que exprimem fenômenos meteorológicos,
Verbos defectivos são os que não possuem a como chover, ventar, trovejar, etc. a rigor não são
conjugação completa por não serem usados em defectivos, uma vez que, em sentido figurado,
certos modos, tempos ou pessoas. A defectividade podem ser usados em todas as pessoas.
verbal verifica-se principalmente em formas que, por As formas inexistentes dos verbos defectivos são
serem antieufônicas (exemplos: abolir, primeira compensadas:
pessoa do singular do Indicativo Presente) ou a) com as de um verbo sinônimo: eu recupero, tu
homofônicas (exemplo: soer, primeira pessoa do recuperas, etc. (para reaver); eu redimo, tu redimes,
singular do Presente do Indicativo), não foram ele redime, eles redimem (para remir); eu me
vivificadas pelo uso. Há, porém, casos de verbos previno ou me acautelo, etc. (para precaver);
defectivos que não se explicam por nenhuma razão b) com construções perifrásticas: estou demolindo,
de ordem fonética, mas pelo simples desuso. estou colorindo, vou à falência; embora o cachorro
Registra-se maior incidência de defectividade verbal comece a latir, etc.
na terceira conjugação e em formas rizotõnicas.
Os verbos defectivos podem ser distribuídos em VERBOS ABUNDANTES
quatro grupos: Verbos abundantes são os que apresentam duas ou
1o) Os que não têm as formas em que ao radical mais formas em certos tempos, modos ou pessoas:
seguem "A" ou "O", o que ocorre apenas no comprazi-me e comprouve-me, apiedo-me e apiado-
Presente do Indicativo e do Subjuntivo e no me, elegido e eleito.
Imperativo. O verbo abolir serve de exemplo: Estas variantes verbais são mais comuns no
particípio, havendo numerosos verbos, geralmente
transitivos, que, ao lado do particípio regular em
"ado" ou "ido", possuem outro, irregular, às vezes,
proveniente do particípio latino. Eis alguns desses
verbos:
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Decorrer, Fazer: a) requeresse / interviesse / reouvesse
"Há meses que não o vejo. " b) requisesse / intervisse / reavesse
"Haverá nove dias que ele nos visitou." c) requeresse / intervisse / reavesse
"Havia já duas semanas que não trabalhava." d) requeresse / interviesse / reavesse
e) requisesse / intervisse / reouvesse
Realizar-se:
"Houve festas e jogos." 5) Assinale a opção que completa corretamente as
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade lacunas da seguinte frase: "Quando ............... mais
aos verbos que com ele formam locução, os quais, aperfeiçoado, o computador certa mente ...............
por isso, permanecem invariáveis na 3a pessoa do um eficiente meio de controle de toda a vida social."
singular: a) estivesse / será d) estivesse / era
Vai haver eleições e não "Vão haver." b) estiver / seria e) estiver / será
Locução verbal c) esteja / era
Deve haver homens na sala e não “Devem haver."
Locução verbal 6) Quando ........................ todos os documentos,
............... um requerimento e ............... a chamada
2°) FAZER, SER E ESTAR (com referência a tempo) de seu nome.
Faz dois anos que me formei. a) obtiver / redija / aguarda
Hoje fez muito calor. b) obteres / rediges / aguardes
Era no mês de maio. c) obtiveres / redige / aguarda
Abria a janela, se estava calor. d) obter / redija / aguarde
Obs.: Estes verbos também passam a sua impes e) obtiver / redija / aguarde
soalidade para os seus auxiliares na locução verbal.
"Vai fazer cinco anos que ele morreu. " 7) Ele ............... numa questão difícil de ser
locução verbal e não "vão fazer... " resolvida e ............... seus bens graças ao bom
pois o verbo fazer é nesse sentido, impessoal ("Faz senso.
cinco anos"). a) interviu / reouve d) interveio / reouve
b) interveio / rehaveu e) interviu / rehouve
EXERCÍCIOS c) interviu / reaveu
1) Se você ........................... no próximo domingo e
.................... de tempo .................. assistir a final 8) Em que frase a forma verbal não está flexionada
do campeonato. corretamente?
a) vir / dispor / vá a) Eu águo as flores que a sua mãe planta.
b) vir / dispuser / vai b) Ninguém creu no que ela declarou.
c) vier / dispor / vá c) Se pores tudo em ordem, ficarei satisfeito.
d) vier / dispuser / vá d) Foi aos gritos que ela interveio na discussão.
e) vier / dispor / vai e) Eu môo o grão, você depois faz o pão.
2) Ele ............... que lhe ............... muitas 9) Indique a frase onde houver uma forma verbal
dificuldades, mas enfim ............... a verba para a incorreta.
pesquisa. a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio
a) receara / opusessem / obtera alimento.
b) receara / opusessem / obtivera b) Se ela vir de carro, chame-me.
c) receiara / opossem / obtivera c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente
d) receiara / oposessem / obtera planta para o reflorestamento.
e) receara / opossem / obtera d) Há rumores de que pode haver novo
racionamento de gasolina.
3) A segunda pessoa do singular do pretérito perfeito e) n.d.a.
do indicativo do verbo precaver é:
a) precavias RESPOSTAS
b) precavieste 1) d 4) a 7) d
c) precaveste 2) b 5) e 8) c
d) precaviste 3) c 6) e 9) b
e) n. d. a.
ADVÉRBIO
4) Assinale a alternativa que se encaixe no período É uma palavra que modifica (que se refere) a um
seguinte: "Se você ....................... e o seu irmão verbo, a um adjetivo, a um outro advérbio.
...................., quem sabe você ............... o A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual
dinheiro.” acrescenta uma circunstância. Só os de intensidade é
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que podem também modificar adjetivos e advérbios. 1º) Preposições Essenciais: a, ante, após, até,
‡ Mora muito longe. (muito = modifica o advérbio com, de, dês, desde, para, per, perante, por, sem,
longe). sob, sobre, trás. Exemplos:
‡ Sairei cedo para alcançar os excursionistas (cedo ‡ Fumava cigarro após cigarro.
= modifica o verbo sairei). ‡ Está vestida de branco.
‡ Eram exercícios bem difíceis (bem = modifica o 2º) Preposições Acidentais: conforme, consoante,
adjetivo difíceis ). segundo, durante, mediante, visto, como, etc.
Exemplos:
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS ‡ Os heróis tiveram como prêmio uma coroa de
1º) De Afirmação: sim, certamente, deveras, louros.
realmente, incontestavelmente, efetivamente. ‡ Vovô dormiu durante a viagem.
2º) De Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura,
provavelmente, decerto, certo. LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
3º) De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, São expressões com a função das preposições. Em
bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, geral são formadas de advérbio (ou locução
completamente, profundamente, demasiadamente, adverbial) + preposição: abaixo de, acima de, por
excessivamente, demais, nada, ligeiramente, trás de, em frente de, junto a, perto de, longe de,
levemente, quão, quanto, bem, mas, quase, apenas, depois de, antes de, através de, embaixo de, em
como. cima de, em face de, etc.
4º) De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, Exemplo: Passamos através de mata cerrada.
aí, além, algures, aquém, alhures, nenhures, atrás,
fora, afora, dentro, longe, adiante, diante, onde, COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES
avante, através, defronte, aonde, donde, detrás. As preposições a, de, em, per e para, unem-se com
5º) De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, outras palavras, formando um só vocábulo. Há
como, adrede, debalde, melhor, pior, aliás, combinação quando a preposição se une sem perda
calmamente, livremente, propositadamente, de fonema; se a preposição sofre queda de fonema,
selvagemente, e quase todos os advérbios haverá contração.
terminados em "mente". A preposição combina-se com os artigos, pronomes
6º) De Negação: não, absolutamente. demonstrativos e com advérbios.
7º ) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, As preposições a, de, em, per contraem-se com os
ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca, artigos, e, algumas delas, com certos pronomes e
jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, advérbios.
outrora, então, breve, aqui, nisto, aí, entrementes, a+a=à
brevemente, imediatamente, raramente, finalmente, a + as = às
comumente, presentemente, etc. a + aquele = àquele
Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? a + aquela = àquela
quando? como? por quê?: Onde estão eles? a + aquilo = àquilo
Quando sairão? Como viajaram? Por que não de + o = do
telefonaram? de + ele = dele
de + este = deste
LOCUÇÕES ADVERBIAIS de + isto = disto
São duas ou mais palavras com função de advérbio: de + aqui = daqui
às tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à toa, de em + esse = nesse
vez em quando, de quando em quando, de em + o = no
propósito, às vezes, ao acaso, ao léu, de repente, de em + um = num
chofre, a olhos vistos, de cor, de improviso, em em + aquele = naquele
breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de per + o = pelo
perto, sem dúvida, passo a passo, etc.
INTERJEIÇÃO
PREPOSIÇÃO Interjeição é a palavra que exprime um estado
Preposição é a palavra que liga um termo a outro: emotivo. As interjeições são um recurso da
‡ Casa de pedra; linguagem afetiva e emocional. Podem exprimir e
‡ livro de Paulo; registrar os mais variados sentimentos.
‡ falou com ele. Classificam-se em:
Dividem-se as preposições em essenciais (as que 1) de dor: ai! ui! ai de mim!
sempre foram preposições) e acidentais (palavras 2) de desejo: oxalá! tomara!
de outras classes gramaticais que, às vezes, 3) de alegria: ah! oh! eh! viva!
funcionam como preposição). 4) de animação: eia! coragem! avante! upa! força!
vamos!
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5) de aplauso: bem! bravo! apoiado! 5) O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário
6) de aversão: ih! chi! irra! ora bolas! apenas um disparo; o assaltante recebeu a bala na
7) de apelo: ó!. alô! psit! psiu! cabeça e morreu na hora.
8) de silêncio: psiu! silêncio! No texto, os vocábulos grifados são respectivamente:
9) de repetição: bis! a) preposição e artigo
10 de saudação: alô! olá! salve! bom dia! b) preposição e preposição
11) de advertência: cuidado! devagar! atenção! c) artigo e artigo
12) de indignação: fora! morra! d) artigo e preposição
e) artigo e pronome indefinido
LOCUÇÃO INTERJETIVA
É uma expressão formada de mais de uma palavra, 6) "Na verdade falava pouco. Admirava as palavras
com valor de interjeição: Meu Deus! Muito bem! Ai compridas e difíceis da gente da cidade, tentava
de mim! Ora bolas! Valha-me Deus! Quem me dera! reproduzir algumas..."
As interjeições são proferidas em tom de voz especial Assinale a opção incorreta.
e, dependendo desta circunstância, a mesma a) pouco = pronome indefinido.
interjeição pode expressar sentimentos diversos. b) compridas = adjetivo biforme.
c) e = conjunção coordenativa.
EXERCÍCIOS d) da = combinação de preposição mais artigo.
1) Assinale a alternativa em que ocorre combinação e) algumas = pronome indefinido.
de uma preposição com um pronome demonstrativo.
a) Estou na mesma situação. RESPOSTAS:
b) Neste momento, encerramos nossas trans 1) b 3) d 5) a
missões. 2) a 4) b 6) a
c) Daqui não saio.
d) Ando só pela vida. EXTRA 08
e) Acordei num lugar estranho.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
2) Assinale a alternativa em que a análise
morfológica das palavras grifadas está incorreta. Os pronomes oblíquos átonos podem ser colocados
a) Os candidatos começaram a escrever. = advérbio em três posições:
b) Eu a vi ontem. = pronome pessoal do caso Próclise - (antes do verbo)
Jamais me esquecerei
oblíquo.
de você.
c) Veja o que você fez! = pronome demonstrativo.
d) O inspetor acaba de chegar. = artigo definido Ênclise - (depois do verbo) O gerente lembrou-lhe o
e) Não sei se cursarei Biblioteconomia ou Economia dia do contrato.
Doméstica. = conjunção alternativa. Mesóclise - (no meio do verbo) Avisar-lhe-ei a hora
da partida.
3) Assinale a resposta correspondente à alternativa
que complete corretamente os espaços em branco. PRINCÍPIOS BÁSICOS
"Detesto os ............... que não sabem conter o seu 1. Desde que não inicie oração, a colocação do
............... “ pronome antes do verbo estará, quase sempre,
a) mau-humorados / mau-humor correta.
b) maus-humorados / mau-humor As competições se iniciaram na hora marcada.
c) mal-humorados / mal-humor
d) mal-humorados / mau-humor OBSERVAÇÃO:
e) mau-humorados / mal-humor O pronome átono pode iniciar orações
interferentes.
4) Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las As férias de julho, me diziam a crianças, foram as
na bolsa. melhores.
Os vocábulos grifados são, respectivamente:
a) pronome pessoal oblíquo, preposição, artigo. 2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação será
b) artigo, preposição, pronome pessoal oblíquo. correta, mas não obrigatória.
c) artigo, pronome demonstrativo, pronome pessoal Não dizer-lhe a verdade, será pior.
oblíquo.
Não lhe dizer a verdade, será pior.
d) artigo, preposição, pronome demonstrativo.
e) preposição, pronome demonstrativo, pronome
3. É proibida a colocação do pronome depois de
pessoal oblíquo.
verbos no particípio, no futuro do presente ou no
futuro do pretérito.
Tenho dedicado-me ao trabalho. (incorreto)
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Tenho-me dedicado ao trabalho. (correto) a madrasta a maltratá -las.
Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)
Avisar-te-ei assim que chegarem. (correto) 3. Orações imperativas afirmativas
Procure suas amigas e convide-as.
PRÓCLISE –
CASOS OBRIGATÓRIOS
1. Orações negativas, exclamativas, interrogativas e MESÓCLISE
optativas. 1. A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro
Ninguém o chamou aqui. do indicativo, desde que não haja caso de próclise
Como te iludes! meu amigo. obrigatória.
Onde nos informarão a hora certa? Por este processo, ter-se-ão obtido os melhores
Bons ventos o levem.(!) resultados.
Sua atitude é serena, poder-se-ia dizer hierática,
2. Orações subordinadas com a conjunção elara ou quase ritual.
subentendida.
O resultado será divulgado hoje, segundo me COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS
informaram. COMPOSTOS
Solicitamos nos informem o resultado . (que nos 1. Os pronomes juntam-se ao verbo auxiliar e não
informem.) aos particípios.
Os presos tinham-se revoltado.
3. Com pronomes substantivos. Haviam-no declarado vencedor.
a) indefinidos – Todos nos elogiavam, mas ninguém
nos defendia. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES
b) relativos – O "artista" a quem te referes é o VERBAIS
Tiririca. 1. Não havendo caso de próclise.
Será livre a
c) interrogativos – Quando me convencerás desta colocação.
necessidade? O diretor nos deve oferecer o prêmio.
O diretor deve-nos oferecer o prêmio.
4. Com advérbios de qualquer tipo. O diretor deve oferecer-nos o prêmio.
Talvez lhe interesse este produto.
Lá nos acusam de fraqueza. 2) Havendo caso de próclise.
Depois o informaremos do objetivo da reunião. O pronome será colocado antes ou depois do verbo
5. Com o gerúndio preposicionado (preposição "em"). auxiliar, isto é, não poderá ficar entre os verbos.
O zagueiro adversário, em se defendendo, cortou-lhe O rapaz não se deve casar hoje.
a frente. O rapaz não deve casar-se hoje.
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tanto desnorteante, pois não podemos aplicar ao compreensão. É claro que nem todos os que leem
texto as noções usadas para a análise da frase. Se, este texto vão entender da mesma maneira e talvez
por um lado, podemos realizar enunciados completos alguns menos informados possam até entender
e explicá-Ios com gramáticas de frase, tomando-os muito pouco.
independentemente, por outro lado, sabemos que É interessante notar que nesse texto não há
vários enunciados corretamente construídos, quando praticamente enunciados explicitados nem verbos ou
postos em sequência imediata, podem não formar qualquer outro elemento que faça uma ligação entre
uma sequência aceitável. Isso quer dizer que um os itens. Há sempre um sintagma que opera como
texto não é uma simples sequência de frases bem um enquadre de “espaços mentais", na terminologia
formadas. Essa sequência deve preencher certos de Fauconnier (1994), permitindo assim uma
requisitos. A coesão é justamente a parte da LT que “mesclagem conceitual” na linha do pretendido.
determina um subconjunto importante desses Vejam-se os inícios de cada parágrafo:
requisitos de sequencialidade textual. – Brasil bacharel
Há, pois, certos fenômenos sintáticos que se formam – Brasil Biafra
ou se dão na relação entre as sentenças (relações – Brasil Bélgica
intersentenciais) que independem da correção – Brasil bordel
individual de cada uma das sentenças em si. Esse – Brasil benemerente
tipo de dependência que se cria nas séries de – Brasil Baixada
sequências a que chamamos textos vai permitir e – Brasil benfazejo
exigir novos padrões frasais, de modo que as noções
de corretude, incorretude e aceitabilidade, entre
outras, têm que ser revistas. Folha de S. Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000.
Retornando agora ao problema das categorias
textuais, podemos dizer que, assim como aqui são JOSIAS DE SOUZA
propostas, elas são intuitivamente fundamentadas na
competência textual e na suposição da hipótese Brasil do B
sociointerativa. A competência é pressuposta como
presente em todo aquele que domina uma língua BRASÍLIA – Brasil bacharel. Biografia bordada,
qualquer, uma vez que ele se comunica por textos e brilhante. Bom berço. Bambambã. Bico bacana,
não por unidades isoladas. Dessa competência fazem boquirroto. Bastante blablablá. Baita barulho. Bobagem,
parte, obviamente, elementos que ultrapassam o besteira, blefe. Batente banho-maria. Bússola biruta.
domínio estritamente linguístico e entram nos Baqueta bêbada.
aspectos da realidade sociointerativa, tais como:
– conhecimentos pessoais e enciclopédicos; Brasil Biafra. Breu. Barbárie boçal. Barraco barrento.
– capacidade de memorização; Barata. Bacilo. Bactéria. Bebê buchudo, borocoxô. Bolso
– domínio intuitivo de um aparato inferencial; banido. Boca banguela. Barriga baldia. Barbeiragem.
– partilhamento de conhecimentos circunstanciais; Bastaria boia, baião de dois.
– partilhamento de normas sociais;
– domínio de tecnologias de vários tipos, Brasil Bélgica. Brancura. Black-tie. Badalação brega. Boa
e assim por diante. brisa. Bens. Banquetes. Brindes. Brilho besta. Bonança
A maior ou menor presença de cada um desses e bifocal. BMW: blindagem. Bolsa balofa: babau, baby.
outros fatores faz com que haja graus de dificuldades
diversos na compreensão e mesmo produção de Brasil bordeI. Bancadas bandoleiras, buscando
textos, de modo que “difícil” ou “fácil” são gradações boquinhas, brechas, benesses. Bruma, biombo, bastidor
variáveis para um mesmo texto e elas se devem não barato. Balcão. Barganha. Bazar. Banda bandida. Bando
apenas a fatores estritamente linguísticos. bandalho. Baiano. Barbalho. Briga besta. Bagunça.
Nessa perspectiva, as categorias textuais devem
abranger tanto os aspectos sintáticos como os Brasil benemerente. Bonança Brasília bondosa.
semânticos e pragmáticos, já que o texto deve ser Banqueiro bajulado, beneficiado, bafejado. Bancarrota
visto como uma sequência de atos enunciativos brecada. Balancete burlado. Bem-bom. Boca-livre.
(escritos ou falados) e não uma sequência de frases Brioche, bom-bocado. Bilheteria, borderô.
de algum modo coesas. Nesse sentido, a coesão
explícita não é uma condição necessária para a Brasil Baixada. Borrasca. Barro. Buraqueira. Boteco.
textualidade. Veja-se abaixo o caso de um Artigo de Bagulho. Birita. Bílis. Bochincho. Bebedeira. Bofete.
Fundo de Josias de Souza para a Folha de S. Paulo. Bordoada. Berro. Bololô. Bafafá. Bazuca. Baioneta. Bala.
Como se observa, não há verbos no texto e, no Bangue-bangue. Blitz. Bloqueio. Boletim. Bíblia Bispo.
máximo, temos ali nomes, adjetivos e advérbios. A Beato. Benzedeira.
coesão superficial ligando um elemento ao outro
linearmente inexiste. Mas isto não é um entrave à Brasil benfazejo. Boleiro. Bate-bola. Bossa. Balangandã.
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Balacobaco. Boêmia. Barzinho. Bumbo. Batucada É óbvio que neste caso não temos a ver com o
Balancê. Bole-bole. Beleza beiçola. Beldade. Biquíni. exemplar mais comum de texto, mas ele deve ser
Bumbum buliçoso. Boazuda. Beijo. Beliscão. explicado e abrangido, assim como qualquer outro.
Representa um caso quase extremo, bem diverso,
Balada boba, burlesca. Basta*. por exemplo, do que ocorre no texto de Rubem
Machado, “Porque é domingo”, que aparece em
Com isto, entram na análise do texto tanto as seguida. Este tem sua coerência fornecida por
condições gerais dos interlocutores como os fatores diferentes que o de Ricardo Ramos. No caso
contextos institucionais de produção e recepção, uma do texto de Ricardo Ramos, o título não permite que
vez que eles são responsáveis pelos processos de façamos uma relação de fatos e estabeleçamos um
formação de sentidos comprometidos com processos continuum de sentido. Os enquadres são aqui feitos
sociais e configurações ideológicas. Em suma, o que e nós compreendemos este texto porque ele
se pode fornecer são condições de acesso, e não descreve cenas que nos são familiares em nosso dia
condições de boa formação textual. a dia.
O texto de Ricardo Ramos, superficialmente visto, O texto exige domínio de situações como, por
não apresenta retomadas explícitas entre a exemplo, na sequência seguinte que seguramente
sequência das sentenças. Se a estrutura do não encadeia situações uma na outra, mas situações
mapeamento devesse obedecer aos princípios de que bem diversas:
as sentenças denotam fatos e sequências de
sentenças denotam sequências de fatos, o texto de Muito prazer. Por favor, quer ver meu saldo? Acho
Ricardo Ramos só reuniria fatos isolados e não que sim (...) “Muito prazer”.
formaria uma sequência contínua nem exibiria
textura (textualidade) para ser chamado de texto. Ele A atividade a que “muito prazer” se refere não
é todo segmentado e sem uma continuidade antecede a atividade representada pelo pedido “Por
superficial. Mas isto não impede que funcione como favor, quer ver meu saldo?” e o enunciado que lhe
um texto perfeitamente inteligível. segue, ou seja, “Acho que sim”, não é uma resposta
àquela solicitação. As três unidades dessa sequência
fazem parte de três momentos temporais e de três
CIRCUITO FECHADO domínios experienciais diversos, mas nós operamos a
Ricardo Ramos sequência como um continuum textual a partir de
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, uma competência mais ampla que a competência
creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, puramente linguística. É particularmente notável,
espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água neste caso, que hoje já não exista mais a situação
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, lembrada, pois consulta a saldo em banco é total-
camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, mente automatizada em caixas eletrônicos que
paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, podem ser acessados na rua, em supermercados ou
lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. nos próprios bancos.
Jornal. (...) O texto de Ricardo Ramos é uma prova de que a
Dentes, cabelos, um pouco do ouvido esquerdo e da coesão superficial do texto não é necessária para a
visão. A memória intermediária, não a de muito longe textualidade. Contudo, isto não significa que ela seja
nem a de ontem. Parentes, amigos, por morte, distância, irrelevante. Note-se que, no caso de um texto assim,
desvio. Livros, de empréstimo, esquecimento e há um imenso investimento de conhecimentos
mudança. Mulheres também, com os seus temas. (...) partilhados que supre a ausência de outros critérios.
Muito prazer. Por favor, quer ver o meu saldo? Acho que Aqui a coesão é inferida a partir da coerência. Este
sim. Que bom telefonar, foi ótimo, agora mesmo estava não é um texto de configuração prototípica e
pensando em você. Puro, com gelo. Passe mais tarde, certamente, em sala de aula, ele seria severamente
ainda não fiz, não está pronto. Amanhã eu ligo, e digo corrigido e receberia nota baixa.
alguma coisa. Guarde o troco. Penso que sim. Este mês
não, fica para o outro. (...) Vejamos o caso deste outro texto que, ao contrário
Ter, haver. Uma sombra no chão, um seguro que se do de Ricardo Ramos, não tem pontuação alguma:
desvalorizou, uma gaiola de passarinhos. Uma cicatriz de
operação na barriga e mais cinco invisíveis, que doem
quando chove. Uma lâmpada de cabeceira, um cachorro
vermelho, uma colcha e os seus retalhos. Um envelope PORQUE É DOMINGO
com fotografias, não aquele álbum. (...) Rubem Machado
Fonte: Os melhores contos brasileiros de 1973. Porto Levantou tarde com vagar e simulacro de sorriso
Alegre: Editora Globo. 1974. pp. 169-175. examinou os dentes no espelho do banheiro e tirando o
carro para a frente da casa lavou-o tendo para isso
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vestido o short e tomou um chuveiro e fez barba e pôs
sapato sem meia camisa esporte fora das calças e bebeu Uma bomba destrói o altar onde o Papa ia rezar uma
caipirinha discutindo futebol no bar da esquina e missa. A Argentina teme um novo golpe. O PTB recebe
comprou uma garrafa de vinho três guaranás e comeu convite para integrar o Governo a nível de Ministério.
demais no almoço e folheou o grosso jornal pensando é O BNH dá toda atenção aos mutuários oferecendo-lhes
só desgraça no mundo e bocejou diversas vezes e alternativas. Santos e Flamengo resolvem a primeira
cochilou e acabou indo deitar no quarto e acordou às etapa. Brizola tem a preferência do povo em eleições
quatro horas com preguiça pensando vou visitar o Ali ele diretas. Essas foram algumas das notícias que li no jornal
não vai estar mas vou assim mesmo e pegou as chaves de hoje.
do carro e disse à mulher vou dar uma volta e rodou no Fonte: Diário de Pernambuco, 22/10/1983.
volks por ruas discretas cheias de sol o rádio ligado no
futebol e batucada na casa do Ari não tinha ninguém Aqui, a textualidade não se dá no nível da coesão e
pensou então vou até o Paulinho e foi mesmo e por sim no nível da coerência metafrástica, tratando-se
sorte o Paulinho estava em casa de chinelo casaco de de uma metatematização efetivada retroativamente
pijama veio até o portão e ele não quis entrar e gozou com a sentença final que recupera a unidade. Esse
com a cara do Paulinho o teu time não é de nada está texto foi montado com uma série de manchetes de
empatando logo com o lanterninha e girava as chaves notícias do Diário de Pernambuco.
do carro no dedo e o Paulinho disse o jogo ainda não De modo geral, podemos dizer que o conceito de
acabou e ele contou pro Paulinho que estava comendo a coesão textual diz respeito a todos os processos de
secretária e o Paulinho despeitado só deu um sorriso sequencialização que asseguram (ou tornam
amarelo e depois o Paulinho disse que descobriu que o recuperável) uma ligação linguística significativa entre
Carlinhos rouba no jogo de buraco e que não joga mais os elementos que ocorrem na superfície textual. É
com aquele cara e insistiu para que entrasse e ele desejável que ela apareça como facilitador da
agradeceu já ia andando e abanou de dentro do carro e compreensão e da produção de sentido. Assim,
voltou pra casa antes botou gasolina no posto e disse podemos distinguir cinco grandes mecanismos de
pra mulher que tinha ido nas casas do Ari e do Paulinho coesão:
e ela perguntou se ele queria café e ele disse que não e
perguntou a ela se já tinha começado o programa de 1. Referência (pessoal, demonstrativa, comparativa)
televisão e enquanto sentava na poltrona e via comeu 2. Substituição (nominal, verbal, frasal)
um pedaço de pudim e a mulher quebrou um copo na 3. Elipse (nominal, verbal, frasal)
cozinha e ele gritou o que quebrou aí dentro e deu um 4. Conjunção (aditiva, adversativa etc.)
arroto e quando o programa já estava quase no fim a 5. Coesão lexical (repetição, sinonímia, colocação etc.)
mulher disse que queria sair ele levantou e foi trocar de
roupa e foi ao cinema com a mulher e o filme era com a Entretanto, a questão da coesão não para por aí, já
Sophia Loren e era colorido e eles gostaram e quando que ela se aprofunda na referenciação, que pode ser
voltaram para casa viram ainda um pouco mais de exofórica e endofórica:
televisão e começaram os dois a bocejar e ele escovou
os dentes e fechou a casa e deu corda no despertador e (a) A exófora, da qual pouco nos ocuparemos aqui, diz
foram dormir já um pouco tarde, porque é domingo. respeito a elementos que, na falta de uma expressão
melhor, chamamos de ‘externos ao texto’ e
Fonte: Rubem MACHADO. Jacarés ao sol. São Paulo: Ática, 1976.
Citado a partir de J. W. Geraldi. Portos de passagem. São Paulo:
recuperáveis na situação diretamente (particularmente
Martins Fontes, 1991, pp. 186-187. na oralidade) ou por aspectos cognitivos,
conhecimentos partilhados etc., mas não pela via de
O texto de Rubem Machado tem uma realização expressões correferentes ‘dentro do texto’. Em geral, o
superficial oposta à do texto de Ricardo Ramos e não uso de pronomes na 1a e 2a pessoas no início do texto
apresenta pontuação nem divisão em parágrafos. é de natureza inerentemente exofórica. A exófora
Nós temos que dividi-Io e proceder a um tipo de comprova a reciprocidade da interação entre o uso da
pontuação que se expressa sobretudo numa linguagem e a situação desse uso, que atualiza as
prosódia. Mas pode haver divergências entre os estratégias de recepção. A referência exofórica de
diversos leitores quando leem este texto. Nem todos pró-formas aplica-se à recuperação de entidades
vão segmentá-Io da mesma maneira. Isto comprova situadas fora do texto e não diretamente nele. A
também a tese de Véronique Dahlet (2004) de que a exófora depende do contexto. Geralmente é
pontuação é principalmente um fenômeno discursivo determinada pelos pronomes de
e textual e não um fenômeno gramatical. 1a e 2a pessoas. E por possessivos que correspondem
Muito diferente e, de início, sem uma proposta de a essas pessoas. Assim, o emprego de pronomes de 1a
sentido clara com um princípio comunicativo e
unificador é o texto seguinte: 2a pessoas no início do texto é inerentemente
exofórico, sendo que os pronomes de 3a pessoa
podem ser catafóricos, ou seja, correferir alguma
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entidade que aparece em momentos posteriores do de armas na mão, contudo não era assim por conflito
texto. Halliday/Hasan (1976: 53) apresentam como pessoal e ideológico, irredutível como agora. Era mais
casos institucionalizados de uso exofórico os uma pequena questão de princípios, de interpretação
seguintes: dentro de uma mesma ideologia – todos se diziam
(I) eu, você, a gente, se: usados no discurso para igualmente democráticos, nenhum dos combatentes
referir “um indivíduo humano qualquer”: disputava sobre a questão social (e o que mais tarde
– como tu sabes... optou pelo marxismo – L. C. Prestes, saiu da briga e foi
– como você sabe... para a Rússia). Ademais, o povo em geral, embora não
– como a gente sabe... se pronunciasse abertamente, por medo de represálias
– como se sabe... do Governo ou descrença nas possibilidades da luta, o
povo de coração estava os chamados “revoltosos”,
(II) nós em usos em que o falante subsume, além de seduzido pela legenda e bravura dos jovens tenentes –
si, todos os outros: os feitos dos dois 5 de Julho, a imolação dos 18 de
– Nós não podemos esquecer que... Copacabana.
(III) eles para indicar pessoas “não especificadas”: Acima de tudo, aquela marcha épica da Coluna Prestes
– Eles devem saber quem foi fazer compras hoje. pelos fundões ignorados do Brasil falava às imaginações
e suscitava os mais ardentes entusiasmos. Creio mesmo
(b) A endófora é um tipo de pronominalização textual que feito nenhum, na história nacional, tocara tanto o
e faz referência a entidades recobráveis no ‘interior coração do povo. Os moços “generais e coronéis” (...).
do texto’. Neste conjunto temos dois subtipos:
(I) a anáfora que refere entidades já introduzidas e
vem depois das expressões correferidas (ou não); A questão fica muito mais complexa quando
(II) a catáfora, que refere entidades projetivamente, observamos textos como o da publicidade da
de modo que sua ocorrência se dá antes da motocicleta YAMAHA, a seguir.
expressão correferida (ou não).
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a superfície textual. No entanto, sequências como (a) e x num ponto (que pode ser um item lexical ou um
(b) abaixo são frequentes: sintagma e até uma oração), a anáfora a noutro
(a) André é órfão. Ele os amava muito. ponto teria aquele x como seu antecedente. Isto
(b) João é um excelente filatelista. Ele os coleciona significa que para uma anáfora com antecedente
com o maior carinho. explícito sempre é possível identificar, na superfície
textual, algum elemento que lhe corresponde. No
A forma pronominal “os” refere, em ambos os casos, geral, a anáfora não apresenta problemas para sua
elementos não recobráveis na estrutura de superfície e interpretação ou compreensão, pois ela apresenta
por isso é tida como gramaticalmente incorreta. congruências com marcas de vários tipos. A
Podemos, no entanto, imaginar a forma “os” como resolução da anáfora, por obedecer a fatores
referindo entidades aí subentendidas. Existem casos diversos, pode apresentar certas saliências que
em que a correferencialidade se dá por um processo levam à ambiguidade.
eIíptico que realiza uma espécie de argumentação Segundo Pause (1984: 43), entre os critérios que
entimêmica, que se resolve por subentendidos auxiliam na resolução da congruência anafórica de
proposicionais. Mas o certo é que as gramáticas um antecedente com um consequente explicitado no
contemplam esse caso como uma “concordância texto estariam os seguintes:
ideológica”, tecnicamente chamada de silepse. Este é (a) princípio da congruência morfológica: trata-se de
o caso do exemplo seguinte: uma relação de superfície muito marcada, na medida
– O povo descia a ladeira em procissão para a Igreja. em que o elemento pronominal combina
Eles suavam no calor intenso. morfologicamente com seu antecedente, seja em
gênero, número etc., ou congruência sintática pela
O item “povo” contém em si um plural, ou seja, configuração estrutural;
muitas pessoas que são referidas pelo eles. Algo (b) princípio da proximidade: se houver vários
semelhante pode-se ver neste exemplo: candidatos para uma anáfora, em geral o mais
próximo assume o papel;
– Ontem Pedro esperava pescar um peixe. Hoje ele (c) princípio da preferência pelo papel sintático: no
quer comê-lo. caso de um sujeito, ou um objeto etc., a anáfora que
Aí a forma pronominal “-lo” refere um peixe pescado ocupa o mesmo papel terá como antecedente o
de fato, mas não proposto na estrutura superficial. referente de papel similar;
Sintaticamente apenas, isto não deveria ser possível, (d) princípio da preferência pela função temática: a
mas, cognitivamente, há uma estrutura inferencial anáfora teria como antecedente o elemento que
eIipticamente processada que permite tal construção. ocupa o papel temático da frase anterior. Este
Se tomarmos a eIipse como substituição pela forma princípio faz com que o princípio da proximidade nem
zero, então a anáfora, no caso acima, substitui um sempre funcione;
lugar vazio que por sua vez é o substituto de algo (e) princípio da preferência pelo antecedente de
anterior. Trata-se do mesmo caso como em: maior consistência textual: os tópicos discursivos
– Max não comprou um ovo, mas Maria sim e ele era estabelecem o elemento que num certo espaço
podre. textual mantém a linha coesiva de antecedentes e
consequentes;
A eIipse remete a uma entidade que havia sido (f) princípio da congruência cognitiva: que leva a se
negada e com isto afirma-a, possibilitando o processo referir elementos cognitivamente relacionados, por
anafórico, mas não se trata de uma correferência, exemplo, seres animados com seres animados, ações
pois o ovo que Max não comprou não é o ovo que de certo tipo com ações do mesmo tipo etc. Aqui
Maria comprou. entram as questões relativas aos aspectos mais
A catáfora, por sua vez, é uma forma pronominal diretamente ligados a múltiplas possibilidades
com a característica essencial de evocar uma referenciais.
entidade antes de introduzi-Ia. É um elemento
pronominal que depois, no decorrer do discurso, será Pause (1984) observa que esses critérios não são
recuperado com um referente. Tem um uso absolutos e que vários deles podem aplicar-se ao
relativamente baixo na fala, sendo mais característico mesmo tempo. Quanto mais critérios concorrerem
da escrita. Uma das hipóteses para tanto é que na para a determinação do antecedente, tanto mais fácil
fala teríamos uma dificuldade maior de usar sua determinação. Também o peso de cada um
(entender) um pronome antes de pronunciar o nome desses critérios é diferenciado. Alguns, por exemplo,
por ele referido. o da preferência da função temática, são
A anáfora com antecedente explícito na superfície particularmente fortes. Nesse caso, toma-se a noção
textual é fundamentalmente gerada por algum tipo de tema como uma noção sintática, ou seja, na
de relação entre dois constituintes oracionais e é relação temarema, da perspectiva funcionalista da
resolvida por uma relação de um antecedente com frase. O seguinte exemplo de Pause (1984: 44) pode
um consequente. Assim, dado certo elemento textual mostrar isso:
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(1) Pelas 23.59 h apareceu no horizonte um objeto mais rico do que isso. Não vamos nos dedicar em
luminoso e grande voando em direção sul que detalhe a esse respeito. Vejamos apenas alguns
deixava uma pista em ziguezague. Então, de repente, desmembramentos para a sequenciação conectiva
esse objeto mudou para o leste sendo que o traço que pode ser vista neste outro gráfico:
por ele deixado assumiu a forma de uma foice. ...
Para a solução da anáfora ele ter-se-ia dois
candidatos neste caso: ESQUEMA DOS PROCESSOS DE COESÃO CONECTlVA
(a) objeto luminoso
(b) leste.
Operadores Operadores
No entanto, o seu antecedente é tido como sendo argumentativos organizacionais
“objeto”, embora “leste" esteja mais próximo. O | |
papel temático do antecedente lhe confere um status
especial. Os fatores ou princípios acima enunciados A – de espaço e tempo
levam a postular que a reconstrução do antecedente textual
para um elemento anafórico com antecedente – em primeiro lugar, em
explícito considera uma série de informações do tipo: 2o lugar
(1) informações morfológicas (congruência entre o – como veremos, como
antecedente e o elemento pronominal) vimos
(2) informações sintáticas (função e posição sintática – neste ponto, aqui na 1a
das expressões) parte
(3) informações semânticas (o papel do referente) – no próximo capítulo
(4) informações temáticas (o tema de uma frase ou
de um texto) B– metalinguísticos
(5) informações de conteúdo textual (o que já se – por exemplo, isto é,
informou sobre um referente pronominalizado) ou seja.
(6) informações lexicais (informações de sentido que – quer dizer, por
o próprio lexema traz consigo) outro lado.
(7) informações enciclopédicas (conhecimentos do – repetindo, em
indivíduo, expectativas que uma informação traz outras palavras
consigo, inferências possíveis etc.) – com base nisso,
segundo fulano
Vejamos agora o quadro da coesão sequencial neste etc.
gráfico:
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processos de referenciação, que passaram a Ex.: O colégio é um dos melhores da cidade. Seus
representar a fusão dos processos de textualização. dirigentes se preocupam muito com a educação
integral.
Vejamos, agora, alguns exemplos de coesão: Ex.: Aquele político deve ter um discurso muito
1. Epítetos convincente. Ele já foi eleito seis vezes.
Epíteto é a palavra ou frase que qualifica pessoa ou
coisa. 7. Numerais
Ex.: Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena que Ex.: Não se pode dizer que toda a turma esteja mal
o cineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha preparada. Um terço pelo menos parece estar
morrido tão cedo. (Glauber Rocha foi substituído pelo dominando o assunto.
qualificativo o cineasta mais famoso do cinema Ex.: Recebemos dois telegramas. O primeiro
brasileiro) confirmava a sua chegada; o segundo dizia
justamente o contrário.
2. Nominalizações
Ocorre nominalização quando se emprega um 8. Advérbios pronominais (aqui, ali, lá, aí)
substantivo que remete a um verbo enunciado Ex.: Não podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a
anteriormente. Ex.: Eles foram testemunhar sobre o obra-prima de Leonardo da Vinci: a "Mona Lisa".
caso. O juiz disse, porém, que tal testemunho não
era válido por serem parentes do assassino. 9. Elipse/Zeugma
Pode também ocorrer o contrário: um verbo retomar Ex.: O ministro foi o primeiro a chegar. (O
um substantivo já enunciado. Ex.: Ele não suportou a ministro/ele) Abriu a sessão às oito em ponto e (O
desfeita diante de seu próprio filho. Desfeitear um ministro/ele) fez então seu discurso emocionado.
homem de bem não era coisa para se deixar passar
em branco. 10. Repetição do nome próprio (ou parte dele)
Ex.: Manuel da Silva Peixoto foi um dos ganhadores
3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase do maior prêmio da loto. Peixoto disse que ia gastar
sinônimas todo o dinheiro na compra de uma fazenda e em
Ex.: Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum viagens ao exterior.
valor em sua época. Houve telas que serviram até de Ex.: Lygia Fagundes Telles é uma das principais
porta de galinheiro. escritoras brasileiras da atualidade. Lygia é autora de
"Antes do baile verde", um dos melhores livros de
4. Repetição de uma palavra contos de nossa literatura.
Podemos repetir uma palavra (com ou sem
determinante) quando não for possível substituí-Ia 11. Metonímia
por outra. Ex.: A propaganda, seja ela comercial ou Metonímia é o processo de substituição de uma
ideológica, está sempre ligada aos objetivos e aos palavra por outra, fundamentada numa relação de
interesses da classe dominante. Essa ligação, no contigüidade semântica.
entanto, é ocultada por uma inversão: a propaganda Ex.: O governo tem-se preocupado com os índices de
sempre mostra que quem sai ganhando com o inflação. O Planalto diz que não aceita qualquer
consumo de tal ou qual produto ou idéia não é o remarcação de preço.
dono da empresa, nem os representantes do Ex.: Santos Dumont chamou a atenção de toda Paris.
sistema, mas, sim, o consumidor. Assim, a O Sena curvou-se diante de sua invenção.
propaganda é mais um veículo da ideologia
dominante. 12. Associação
(Aranha, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Ex.: Na associação, uma palavra retoma outra
Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São porque mantém com ela, em determinado contexto,
Paulo, Moderna, 1993, p. 50) vínculos precisos de significação.
Ex.: São Paulo é sempre vítima das enchentes de
5. Um termo-síntese verão. Os alagamentos prejudicam o trânsito,
Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É provocando engarrafamentos de até 200
preciso preencher um sem-número de papéis. quilômetros. (A palavra alagamentos surgiu por estar
Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas associada a enchentes. Mas poderia ter sido usada
limitações acabam prejudicando o importador (A uma outra como transtornos, acidentes,
palavra limitações sintetiza o que foi dito antes). trasbordamento do Tietê, etc.)
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gostaria de dizer - não sei se devo - que ele nunca mau
| bem x mal |
condenar x absolver |
agiu bem como amigo.
simplificar x complicar
• anacolutos (ruptura da coesão sintática)
Ex.: não
sei, creio que ele não chegará. HOMÔNIMOS: São palavras iguais na forma e
As rupturas de coesão, quando involuntárias, diferentes na significação. Há três tipos de
homônimos:
constituem erro:
• frases inacabadas, ambigüidades
– HOMÔNIMOS PERFEITOS: Têm a mesma grafia e o
em relação ao antecedente do pronome, erros de mesmo som, mas classes de palavra diferentes.
concordância, etc. Ex.: Entre a cadeira e a mesa, Exemplos: cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder);
creio que ela gostaria mais dela. | Muitos de nós e o meio (numeral), meio (adjetivo) e meio
João teve vontade. | A campanha do famoso (substantivo).
jornalista em favor do presidente levou-o ao
desentendimento com o jornal. – HOMÔNIMOS HOMÓFONOS: Têm o mesmo som e
grafias diferentes. Exemplos: sessão (reunião), seção
COERÊNCIA (repartição) e cessão (ato de ceder); concerto
Coerência é a relação que se estabelece entre as (harmonia) e conserto (remendo).
partes do texto, criando uma unidade de sentido. A
coesão auxilia no estabelecimento da coerência, – HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS: Têm a mesma grafia
entretanto, não é algo necessário para que ela se dê. e sons diferentes. Exemplos: almoço (refeição) e
Temos conjuntos lingüísticos que são textos porque almoço (verbo almoçar); sede (vontade de beber) e
são coerentes, embora não tenham coesão. Então, sede (residência).
quando se fala em coerência, pensa-se na
nãocontradição de sentidos entre as passagens do PARÔNIMOS: São palavras de significação
texto, na existência da continuidade semântica. Ela diferente, mas de forma parecida, semelhante.
possibilita a atribuição de sentido ao texto, Exemplos: retificar e ratificar; emergir e imergir.
assegurando um princípio, um meio, um fim e uma
adequação da linguagem de acordo com o tipo do Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos:
texto. Acender | ascender
Assim, os textos informativos (guias, receitas, acerca de | cerca de| há cerca de
convocações) devem ser predominantemente afim | a fim de
referenciais, objetivos e denotativos - com poucas amoral| imoral
frases, empregando formas verbais simples e apreçar | apressar
vocabulário adequado (elementos que asseguram a arrear| arriar
sua coesão). bucho| buxo
Já um texto legislativo deve obedecer a critérios de caçar| cassar
exposição específicos, assim como um texto técnico cela| sela
ou científico tem a sua coerência fundamentada na censo| senso
experimentação, nas provas científicas, etc. Os textos cessão| seção ou secção | sessão
de defesa de idéias ou opiniões têm a sua coerência chá | xá | chalé
assegurada pelo uso dos recursos da retórica
(discurso). E os textos narrativos têm em comum EXTRA 11
uma coerência fundamentada na organização das
relações entre os episódios da narração, os REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
momentos, os lugares, as personagens, etc. Assim
como os textos poéticos jogam com os sons, com as Regula a complementação verbal ou nominal e suas
associações de idéias, as metáforas, etc. preposições.
SINÔNIMOS: São palavras que apresentam, entre VERBOS COM MAIS DE UM SIGNIFICADO
si, o mesmo significado. Exemplos: triste = Agradar (v.t.d. - fazer agrados, carinhos).
melancólico | resgatar = recuperar
| maciço = ! Não agrade os meninos com doces.
compacto
| ratificar = confirmar
| digno = ! Não os agrade com doces.
Agradar a (v.t.i. - ser agradável, satisfazer)
decente, honesto | reminiscências = lembranças.
Desagradar a
ANTÔNIMOS: São palavras que apresentam, entre
! O resultado não agradou aos cocursandos.
si, sentidos opostos, contrários. Exemplos: bom x
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! O resultado não lhes agradou. ! Chamei-os e pedi discrição.
! Aquele fato chamou a atenção da polícia.
Aspirar (v.t.d. - sorver, respirar).
! Como é gostoso aspirar seu perfume. Chamar por (v.t.i. - invocar, chamamento
! Como é gostoso aspirá-lo. veemente).
! Há máquinas que aspiram o pó. ! O Negrinho chamou por sua madrinha, a Virgem.
! Há máquinas que o aspiram. ! Chamou por ela.
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! A polícia procederá ao inquérito.
Deparar (com) (v.t.d. ou v.t.i. - dar com, ! A polícia procederá a ele.
encontrar).
! Quando deparou (com) o erro, procurou corrigi-lo Querer (v.t.d. - desejar).
imediatamente. ! Quero sucesso imediato.
! Quero-o.
Deparar a (v.t.d.i. - fazer aparecer, apresentar).
! Nem a ciência deparava solução ao mistério. Querer a (v.t.i. - amar, estimar, bem-querer).
! Quero muito a meus pais.
Deparar-se a (v.t.i. pronominal - apresentarse, ! Quero-lhes muito.
oferecer-se, surgir).
! Uma nova situação deparou-se aos alunos. Responder (v.t.d. - exprimindo a resposta).
! O homem respondeu qualquer coisa
Implicar (v.t.d. - acarretar). ininteligível.
! Contratação de pessoal implica despesas. Responder a (v.t.i. e v.t.d.i. - dizer em resposta).
! Todos deveriam responder ao questionário.
Implicar com (v.t.i. - ter implicância). ! Os alunos responderam ao professor que não
! Não sei por que implicas com as crianças. tinham estudado.
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! Raimunda só foi feliz namorando com Ricardo. o.d. o. i.
(incorreto) Informei os alunos do fato.
Obedecer - desobedecer (v.t.i. - exigem a o.d. o. i.
preposição a).
! Seria bom obedeceres aos teus estímulos. Observação:
! Não desobedeças ao teu pai. O erro comum, com esses verbos, é a construção em
Observação: que aparecem dois objetos diretos ou dois indiretos,
O erro comum tem sido usá-los como transitivos isto é, por excesso ou omissão de preposição.
diretos. Avisei-os que a prova fora transferida. (incorreto)
! Pedrinho, não desobedeças teu pai! (incorreto) o.d. o.d. > dois objetos diretos
Pagar - perdoar (v.t.d.i. - o.d. "coisa", o.i. Avisei-os de que a prova fora transferida. (correto)
"pessoa"). o.d. o. i.
! Já paguei a prestação ao cobrador. Avisei-lhe de que a prova fora transferida.
(incorreto)
Observação: o.i. o.i. > dois objetos indiretos
O erro comum é a construção com objeto direto Avisei-lhe que a prova fora transferida. (correto)
"pessoa". o.i. o.d.
! Amanhã pagaremos os funcionários. (incorreto)
Preferir (v.t.d.i. ) REGÊNCIA NOMINAL
! Há indivíduos que preferem o sucesso fácil ao É a relação de subordinação entre o nome e seus
triunfo meritório. complementos, devidamente estabelecida por
Observação: intermédio das preposições correspondentes.
O erro comum é o uso redundante de "reforços"
(antes, mais, muito mais, mil vezes, etc) e de Acostumado (a, com)
"comparativos" (que ou do que). Estava acostumado a / com qualquer coisa.
! Prefiro mil vezes um inimigo do que um falso
amigo. (incorreto) Afável (a, com, para com)
Residir (v. i. - exige a preposição em). Parecia afável a / com / para com todos.
! Ela reside na Avenida das Nações.
Afeiçoado (a, por)
Observações: Afeiçoado aos estudos. Afeiçoado pela vizinha.
Têm a mesma regência os verbos morar, situar-se,
estabelecer-se e os adjetivos derivados sito, Aflito (com, por)
residente, morador, estabelecido. Aflito com a notícia. Aflito por não ter notícia.
! Ela reside na SQN 315, estabeleceu-se na QNG,
sito na casa 10. Amizade (a, por, com)
O erro comum é usar-se a preposição a. Amizade à / pela / com a irmã mais velha.
! Todos estarão tio local determinado, sito a SCLN Analogia (com, entre)
314. (incorreto) Não há analogia com / entre os fatos históricos.
Apaixonado (de, por)
Simpatizar - antipatizar (v.t.i. - exigem a Era um apaixonado das / pelas flores.
preposição com). Apto (a, para)
! Alguns não simpatizavam com o treinador . Estava apto ao / para o desempenho das funções.
Ávido (de, por)
Observação: Um homem ávido de / por novidades.
O erro comum é usá-lo como verbo pronominal, Constituído (de, por)
reflexivo. Um grupo constituído de / por várias turmas.
! Nunca me simpatizei com modas. (incorreto) Contemporâneo (a, de)
Um estilo contemporâneo ao / do Modernismo.
TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS Devoto (a, de)
Aconselhar, autorizar, avisar, comunicar, Um aluno devoto às / das artes.
certificar, cientificar, dissuadir, ensinar, Falho (de, em)
incumbir, informar, lembrar, notificar, Um político falho de / em caráter.
participar, etc. Imbuído (de, em)
Imbuído de / em vaidades.
Alguns desses verbos admitem alternância, isto é, Incompatível (com)
objeto direto e indireto de "coisa" ou "pessoa", A verdade é incompatível com a realidade.
indiferentemente. Passível (de)
Informei o fato aos alunos. ou O projeto é passível de modificações.
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Propenso (a, para) d) É lamentável sentir desprezo por alguém.
Sejam propensos ao / para o bem. e) Em referência ao assunto, prefiro nada dizer.
Residente (em)
Os residentes na Capital. 14. Quanto à regência verbal, escreva (1) nas
Vizinho (a, de) corretas e (2) nas incorretas.
Um prédio vizinho ao / do meu. ( ) Logo que chegou, eu o ajudei como pude.
( ) Preferia remar do que voar de asa delta.
EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS ( ) Naquela época, eu não visava o cargo de diretor.
Falso / verdadeiro ( ) Sem esperar, deparei com ela bem perto de mim.
1. ( ) Só para agradar meu filho, fui assistir um jogo ( ) Nós tentamos convencê-lo que tudo era
do Flamengo. imaginação.
2. ( ) O árbitro, aspirando à simpatia da torcida, A seqüência correta dos números nos parênteses é
preferiu marcar pênalti do que simples falta. a) 1, 1, 1, 2, 2 d) 1, 2, 2, 1, 2
3. ( ) A emoção ansiava ao goleiro, que esperava b) 2, 2, 2, 1, 1 e) 1, 2, 1, 2, 1
proceder uma bela defesa. c) 2, 1, 1, 2, 1
4. ( ) Os torcedores visavam o árbitro e chamavam-
lhe ladrão: não se simpatizavam com ele. 15. Indique o trecho em que há erro de regência.
5. ( ) Meu filho também custava a perdoar o árbitro. a) "Os rebeldes sem causa já haviam tomado de
6. ( ) Todos que compareceram no jogo deparam um assalto as telas do cinema muito antes que a
espetáculo degradante. primeira guitarra roqueira fosse plugada na tomada."
7. ( ) Está na hora da falta ser cobrada e isso implica (VEJA/95)
em grande concentração. b) "A exemplo das grandes sagas empresariais, ‘Um
8. ( ) Não lembro mais do nome de quem chutou: Sonho de Liberdade' prega a supremacia da
esqueceu-me o nome dele. perseverança sobre a adversidade, da paciência
9. ( ) Sei que namorou com a bola, beijou-lhe, pois a sobre a brutalidade, da frieza sobre o instinto."
queria como a uma noiva. (VEJA, 15/3/95)
10. ( ) O goleiro avisou ao árbitro de que estava c) "Para lembrar o assassinato de Zumbi, muitos
pronto, mostrando-lhe aonde ficaria. estarão somente dançando e tocando tambor - o que
somente acontecerá em reforço aos estereótipos
Múltipla escolha atiçados sobre seus descendentes." (Folha de S.
11. Assinale a opção correta quanto à regência Paulo, 26/3/95)
verbal. d) "Art. 3. São direitos de cada condômino: reclamar
a) Eu não lhe vi avançar o sinal, mas assisti o seu à Administração, exclusivamente por escrito, todas e
desrespeito ao pedestre, conduzindo o veículo, em quaisquer irregularidades que observe, ou que esteja
alta velocidade, pelo acostamento. sendo vítima."
b) Não lhe conheço bem para afirmar que ele tem o e) "4.1 - Este contrato é irrevogável e irretratável.
hábito de namorar com a vítima dentro do Desejando o assinante cancelá-lo, deverá remeter à
automóvel. editora cópia xerográfica da face preenchida deste
c) Informou-lhe que as medidas de prevenção de documento, acompanhada de carta explicativa dos
acidentes no trânsito não implicavam custo adicional motivos do cancelamento."
para a administração.
d) O agente de trânsito tentava explicar ao motorista 16. Aponte o trecho correto quanto à regência.
de que não visava o agravamento da punição e, sim, a) Quando se desativa uma linha de trem, estão-se
que queria ajudar-lhe. isolando muitas localidades que perderão o único
meio de transporte que dispõem.
12. Com relação à regência verbal, assinale a opção b) Em muitas cidades pequenas, no interior do País,
correta. prevalece a idéia, a qual se desconfia que o próprio
a) O datilógrafo deve conhecer a todas as Prefeito seja adepto, de que o trem é meio de
possibilidades da máquina de escrever. transporte obsoleto.
b) Aconselho-o uma leitura atenta ao manual. c) Como é interesse do País de que o preço do frete
c) Alguns itens podem parecê-lo mais importante. diminua, são urgentes e imprescindíveis os
d) As margens do papel protegem à margem escrita. investimentos em nosso sistema ferroviário.
e) Cabe ao datilógrafo o estabelecimento das d) A partir dos anos 50, o baixo custo do petróleo
medidas da margem. justificou a opção do transporte de carga por
13. Assinale a frase que apresenta regência nominal rodovias, às quais foram ganhando cada vez mais
incorreta. preferência.
a) O tabagismo é prejudicial à saúde. e) No Brasil, dadas suas dimensões continentais,
b) Estava inclinado em aceitar o convite. deve-se dar preferência às ferrovias para a
c) Sempre foi muito tolerante com o irmão. movimentação de cargas.
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c) Os alunos custarão muito para entender as
17. Marque o item incorreto quanto à regência exceções da ortografia.
verbal. d) No sertão as pessoas são mais saudáveis porque
a) Os cavalos criados no turfe moram onde um podem aspirar o ar puro, sem qualquer tipo de
pangaré não mete o focinho. poluição.
b) O clima dos centros de treinamento desses e) Sempre hei de querer-lhe como se fosse minha
animais equivale ao da Suíça. própria irmãzinha.
c) O ar puro é um trunfo, porque há cavalos
hemorrágicos que tendem a sangrar no pulmão 22. Aponte, entre as alternativas abaixo, aquela que
depois de um esforço. relaciona os elementos que preenchem corretamente
d) O criador desse animal prefere dedicar seu tempo as lacunas do texto abaixo.
a ele que entregá-lo a um treinador qualquer. "A ida dos meninos _____ casa da fazenda fez _____
e) Nos hotéis cinco estrelas eqüinos, o trato que o velho, sempre intolerante _____ crianças e fiel
responde aos anseios desses animais. ______ seu costume de assustá-las, persistisse
______ busca _____ um plano para pô-las ____
18. Marque a alternativa com sentença incorreta. fuga."
a) Os cheques que ele visava eram de outra agência. a) à – com – com – a – na – de – em;
b) Os prêmios a que todos aspiravam não mais serão b) para – a – às – em – na – a – na;
concedidos. c) na – em – das – do – com – por – de;
c) O contrato apresentava várias cláusulas de que d) a – em – de – de – com a – para – com;
desconfiávamos. e) à – com – nas – à – com – por – em.
d) Os programas a cuja elaboração assistira foram
muito comentados. 23. Assinale a alternativa que completa
e) As propostas que o advogado se refere não corretamente.
explicam as condições. O jogo _______ me referi foi ganho pelo Brasil.
O escritor ______ livro acabei de ler encontra-se em
19. Assinale a opção que contém erro, segundo os Curitiba.
padrões formais da língua portuguesa. O certificado ______ o diretor visou será entregue
a) Algumas idéias vinham ao encontro das aos alunos hoje.
reivindicações dos funcionários, contentando-os, O documento ______ precisava ainda não foi visado
outras não. pelo diretor.
b) Todos aspiravam a uma promoção funcional, O professor informou os alunos ______ a prova fora
entretanto poucos se dedicavam àquele trabalho, por adiada.
ser desgastante. a) a que – cujo o – a que – de que – de que;
c) Continuaram em silêncio, enquanto o relator b) que – cujo – que – que – que;
procedia à leitura do texto final. c) a que – cujo o – que – de que – de que;
d) No momento este Departamento não pode d) que – cujo – que – de que – que;
prescindir de seus serviços devido ao grande volume e) a que – cujo – que – de que – de que.
de trabalho.
e) Informamos a V. Sa. sobre os prazos de entrega 24. Assinale a alternativa que contém as respostas
das novas propostas, às quais devem ser corretas.
respondidas com urgência. I - Visando apenas suas próprias conveniências,
prejudicou toda a coletividade.
20. De acordo com a norma culta, há erro de II - Por orgulho, preferiu abandonar a empresa a ter
regência do termo destacado em: que se valer de empréstimos do Governo.
a) Meu apartamento é contíguo ao do meu irmão. III - Embora fosse humilde, sempre aspirou a
b) O candidato julgou estar apto a fazer um bom posições de destaque na empresa.
exame. IV - Adormeceu tranqüilamente, aspirando o aroma
c) A sociedade não pode ficar imune a essas doce das flores da campina.
solicitações. a) II-III-IV
d) A tolerância, mesmo exagerada, é preferível do b) I-II-III
que o ódio. c) I-III-IV
e) A Justiça do Trabalho é que julga os dissídios d) Todos os períodos estão corretos.
entre trabalhadores e patrões. e) Todos os períodos contêm erros.
21. Assinale a alternativa incorreta. 25. Assinale a frase com erro de regência verbal.
a) Chamei-lhe incompetente, pois jamais soube a) Na oportunidade, encaminho a V. Sa. a
compreender-me. documentação exigida.
b) O Presidente assiste cm Brasília desde que foi h) Consultaram o diretor sobre as próximas reuniões
eleito. do conselho.
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c) Portanto, cientifico-lhe de que houve engano de 30. Aponte a alternativa que apresenta incorreção de
data e horário. regência.
d) Solicitamos-lhe reformulação da grade horária a) Apenas lhe informaram que os bens de Domingos
referente à próxima semana. haviam sido confiscados.
e) Os policiais, à paisana, procederam à renovação b) O ministro informou ao povo sobre a situação
do cadastro dos ocupantes da favela. financeira do país.
c) Tive uma suspeita e preferi dizê-la a guardá-la.
26. Escolha a opção que completa corretamente as d) Depois, convidou-os a procederem à nomeação do
lacunas do período. secretário.
Ele anseia _______ visitá-la porque _______ estima e) Quem sabe se aquele homem não havia
______ muito e deseja que ela ______ perdoe particularmente visado à sua fortuna, aos bens que
______ erros. lhe constituíam quantioso dote?
a) em – lhe – o – os d) por – a – lhe – os
b) de – lhe – o – aos e) por - lhe - lhe – aos GABARITO
c) para – a – lhe – aos 1. F 7. F 13. B 19. E 25. C
2. F 8. F 14. D 20. D 26. D
27. Assinale a opção cuja lacuna não pode ser 3. F 9. F 15. D 21. C 27. E
preenchida pela preposição entre parênteses. 4. F 10. F 16. E 22. A 28. E
a) Uma grande mulher, __________ cuja figura os 5. F 11. C 17. D 23. E 29. E
velhos se comoviam. (com) 6. F 12. E 18. E 24. A 30. B
b) Uma grande mulher, _______ cuja figura já nos
referimos antes. (a)
c) Uma grande mulher, _________ cuja figura havia ANOTAÇÕES
um ar de decadência. (em)
_______________________________________
d) Uma grande mulher, _______ cuja figura todos
estiveram apaixonados. (por) _______________________________________
e) Uma grande mulher, _______ cuja figura as
crianças se assustavam. (de) _______________________________________
_______________________________________
28. Aponte a opção em que a substituição da
preposição (entre parênteses) contraria os preceitos _______________________________________
gramaticais da norma culta.
a) Contribuição decisiva à (para) solução do _______________________________________
problema. _______________________________________
b) Verdades incômodas relacionadas com (a) a
situação da leitura. _______________________________________
c) Fugir a (de) novas oportunidades.
d) Embora não tenha para (a) apoiar-me estatísticas _______________________________________
oficiais. _______________________________________
e) Verificam-se problemas oriundos de (em) causas
gerais. _______________________________________
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ANOTAÇÕES _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
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Questão 01 c) O bicondicional entre as proposições tem valor
Dentre as alternativas abaixo e considerando o valor lógico falso.
lógico das proposições compostas, a única falsa é: d) A disjunção entre as proposições tem valor lógico
a) (3 + 4 = 7) ou (25% de 60 = 18) verdade.
b) (4 + 4 = 8) e (3 + 5=7) e) A negação da conjunção entre as proposições
c) Se (2 + 3 = 4), então (1 + 4 = 3) tem valor lógico falso.
d) ( 1 + 4 = 4) se, e somente se, (2 + 3 = 6)
Questão 07
Questão 02 O raciocínio lógico trabalha com proposições, que é
Se o valor lógico de uma proposição é falso e o valor um conceito fundamental no estudo da lógica.
lógico de outra proposição é verdade, então o valor Dadas as proposições abaixo:
lógico do condicional entre eles, nessa ordem, é: p: 12,5% de 400 = 50 ; q: a terça parte de 300 é
a) verdadeiro igual a 90
b) falso É correto afirmar que:
c) falso ou verdadeiro a) a conjunção de p e q ( p ^ q) é verdadeira.
d) impossível de determinar b) a conjunção de p e q ( p ^ q) é falsa.
c) Não existe a conjunção das proposições dadas.
Questão 03 d) Ambas têm os mesmos valores lógicos.
Se o valor lógico de uma proposição é verdade e o
valor lógico de outra proposição é falso, então é Questão 08
correto afirmar que o valor lógico: 2 1
p : " " e q :" 81 8" são duas proposições.
a) do bicondicional entre elas é falso. 3 2
b) do condicional entre elas é verdade. O valor lógico da proposição composta p ou q é:
c) da disjunção entre elas é falso. a) Falso.
d) da conjunção entre elas é verdade. b) Falso e verdadeiro ao mesmo tempo.
c) Não é possível tirar conclusões.
Questão 04 d) Verdadeiro.
Dentre as alternativas a seguir e considerando os
conectivos lógicos, a única incorreta é: Questão 9 - Dentre as afirmações:
a) O valor lógico da conjunção entre duas I. Se duas proposições são falsas, então a
proposições é falso se pelo menos um dos conjunção entre elas é verdadeira.
valores lógicos das proposições for falso. II. Se duas proposições são verdadeiras, então a
b) O valor lógico da disjunção entre duas disjunção entre elas é verdadeira.
proposições é verdade se pelo menos um dos III. Se duas proposições são falsas, então o
valores lógicos das proposições for verdade. bicondicional entre elas é verdadeiro
c) O valor lógico do condicional entre duas IV. Se duas proposições são falsas, então o
proposições é falso se os valores lógicos das condicional entre elas é verdadeiro.
proposições forem falsos.
d) O valor lógico do bicondicional entre duas Podese afirmar que são corretas:
proposições é verdade se os valores lógicos das a) Somente uma delas.
proposições forem falsos. b) Somente duas delas.
c) Somente três delas.
Questão 05 d) Todas.
Se o valor lógico de uma proposição p é verdade e o e) Nenhuma.
valor lógico de uma proposição q é falso, então:
a) O valor lógico da disjunção entre p e q é falso. Questão 10
b) O valor lógico da conjunção entre p e q é Considerando o valor lógico da proposição p: 3 + 2
verdade. = 7 e o valor lógico de q: 2/3 de 15 = 10 é correto
c) O valor lógico do bicondicional entre p e q é falso afirmar que:
d) O valor lógico do condicional entre p e q, nessa a) o valor lógico de p ou q é falso.
ordem, é verdade. b) o valor lógico de p e q é verdade.
c) o valor lógico de p então q é falso.
Questão 06 d) o valor lógico de p bicondicional q é falso.
Duas proposições têm o mesmo valor lógico que é
falso. Nessas condições, é correto afirmar que: Questão 11
a) O condicional entre as proposições tem valor Os valores lógicos das proposições, p:”3 + 2 = 5 e o
lógico verdade. dobro de 4 é 12”; q:”Se a metade de 10 é 6, então 3
b) A conjunção entre as proposições tem valor + 5 = 7” são, respectivamente:
lógico verdade. a) F, F c) V, F
b) F, V d) V, V
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Questão 12 então o bicondicional entre elas é falso.
Se o valor lógico de uma proposição “P” é verdade e III. Para que uma disjunção entre duas proposições
o valor lógico de uma proposição “Q” é falso, então seja verdadeira é necessário que ambas
o valor lógico do bicondicional entre as duas proposições sejam verdadeiras.
proposições é: IV. Para que uma conjunção entre duas
a) Falso proposições seja falsa é necessário que ambas
b) Verdade proposições sejam falsas.
c) Inconclusivo Podese dizer que são verdadeiras:
d) Falso ou verdade a) Todas
b) Somente duas delas
Questão 13 c) Somente uma delas
Dentre as alternativas, a única correta é: d) Nenhuma
a) O valor lógico da conjunção entre duas
proposições é verdade se os valores lógicos das Questão 18
duas proposições forem falsos. Considerando o valor lógico da proposição p: o
b) O valor lógico do bicondicional entre duas sucessor do número 32 é 31 é proposição q: a soma
proposições é verdade se os valores lógicos das entre o número 4 e o numero 7 é igual a 11, é
duas proposições forem falsos. correto afirmar:
c) O valor lógico da disjunção entre duas a) o valor lógico da proposição p conjunção q é
proposições é verdade se os valores lógicos das verdade.
duas proposições forem falsos. b) o valor lógico da proposição p disjunção q é
d) O valor lógico do condicional entre duas falso.
proposições é falso se os valores lógicos das duas c) o valor lógico da proposição p então q é verdade.
proposições forem falsos. d) o valor lógico da proposição p se e somente se q
é verdade.
Questão 14
O valor lógico da proposição composta (2/5 de 40 = Questão 19
16) ou (30% de 150 = 60) é: Dizse que uma proposição composta A implica numa
a) Verdade proposição composta B, se:
b) Falso a) a conjunção entre elas for tautologia
c) Inconclusivo b) o condicional entre elas, nessa ordem, for
d) Falso ou verdade tautologia.
c) o bicondicional entre elas for tautologia
Questão 15 d) A disjunção entre elas for tautologia.
O raciocínio lógico trabalha com proposições, que é
um conceito fundamental no estudo da lógica. Questão 20
Dadas as proposições abaixo: p: 16,5% de 200 = De acordo com raciocínio lógico matemático a frase
32; q: a quarta parte de 300 é igual a 80 “O Brasil não foi campeão ou o presidente foi ao
É correto afirmar que: comício” é equivalente a frase:
a) a disjunção de p e q ( p v q ) é verdadeira. a) O Brasil foi campeão ou o presidente não foi ao
b) a disjunção de p e q ( p v q ) é falsa. comício.
c) Não existe a disjunção das proposições dadas. b) O Brasil não foi campeão e o presidente foi ao
d) O valor lógico de p é diferente do valor lógico de comício.
q. c) Se o Brasil foi campeão, então o presidente foi ao
comício.
Questão 16 d) O Brasil foi campeão se, e somente se o
30 25 79 presidente não foi ao comício.
Sejam as proposições p : 3% e q : ,
1000 32 100
Questão 21
então a conjunção entre p e q é: De acordo com o raciocínio lógicomatemático, a
a) Inconclusiva negação da frase “O juiz negou a sentença e o réu
b) Verdadeira. entrou com recurso” é equivalente a frase.
c) Falsa. a) O juiz negou a sentença ou o réu entrou com
d) Falsa e verdadeira ao mesmo tempo. recurso.
b) O juiz não negou a sentença ou o réu não entrou
Questão 17 com recurso.
Dentre as afirmações: c) O juiz não negou a sentença e o réu não entrou
I. Se duas proposições compostas forem falsas com recurso.
então o condicional entre elas é verdade. d) O juiz não negou a sentença ou o réu entrou com
II. Se duas proposições compostas forem falsas recurso.
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Questão 22 Questão 27
A frase “Se Carlos trabalha, então ganha dinheiro” De acordo com a equivalência lógica, a negação da
equivale logicamente à frase: frase “Se Paulo compra um carro, então não paga à
a) “Carlos trabalha e ganha dinheiro” vista” é:
b) “Carlos trabalha ou ganha dinheiro” a) Paulo não compra um carro ou não paga à vista.
c) “Carlos trabalha ou não ganha dinheiro” b) Paulo não compra um carro ou paga à vista.
d) “Carlos não trabalha ou ganha dinheiro” c) Paulo compra um carro e não paga à vista.
d) Paulo não compra um carro e paga à vista.
Questão 23 e) Paulo compra um carro e paga à vista.
A frase “A vítima fez boletim de ocorrência ou o
acidente foi grave” é logicamente equivalente a: Questão 28
a) A vítima não fez boletim de ocorrência ou o Frase “A Lua é um satélite ou Saturno não é o maior
acidente não foi grave. planeta” é equivalente a frase:
b) A vítima não fez boletim de ocorrência e o a) “A Lua é um satélite e Saturno não é o maior
acidente não foi grave. planeta”
c) A vítima fez boletim de ocorrência se, e somente b) “A Lua não é um satélite e Saturno é o maior
se, o acidente foi grave. planeta”
d) Se a vítima não fez boletim de ocorrência, então c) “Se a Lua não é um satélite, então Saturno não é
o acidente foi grave. o maior planeta”
d) “A Lua é um satélite se, e somente se, Saturno
Questão 24 não é o maior planeta”
Marcos é juiz de direito ou André ganhou o processo e) “Se a Lua é um satélite, então Saturno não é o
equivale logicamente a dizer que: maior planeta”
a) Se Marcos não é juiz de direito , então André
ganhou o processo. Questão 29
b) Marcos é juiz de direito e André não ganhou o A negação lógica da frase “Maurício comprou um
processo. notebook ou Paula não foi à escola” é dada por:
c) Marcos é juiz de direito se , e somente se, André a) Maurício não comprou um notebook ou Paula foi
ganhou o processo. à escola.
d) Se Marcos não é juiz de direito, então André não b) Se Maurício não comprou um notebook, então
ganhou o processo. Paula foi à escola.
e) Marcos não é juiz de direito ou André não c) Maurício não comprou um notebook e Paula não
ganhou o processo. foi à escola.
d) Maurício não comprou um notebook e Paula foi à
Questão 25 escola.
A frase “Se o time jogou bem, então foi campeão” é
equivalente a: Questão 30
a) O time jogou bem e foi campeão. Uma afirmação equivalente a “Se o imposto foi
b) O time não jogou bem ou não foi campeão. pago, então o empresário está sem dívida” é:
c) O time não jogou bem ou foi campeão. a) O imposto foi pago ou o empresário está sem
d) Se o time não jogou bem, então não foi dívida.
campeão. b) O imposto não foi pago e o empresário está sem
e) O time jogou bem se, e somente se, foi dívida.
campeão. c) O imposto não foi pago ou o empresário está
sem dívida.
Questão 26 d) O imposto foi pago ou o empresário não está
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa sem dívida.
correta:
I. Uma proposição p equivale a uma proposição q Questão 31
se, e somente se, o bicondicional p ⇔ q for uma Afirmar que não é verdade que João é rico e que
tautologia. Paulo é baixo é logicamente equivalente a dizer que
II. Uma proposição P implica a proposição Q se, e é verdade que:
somente se, o condicional P → Q for uma a) João não é pobre ou Paulo não é alto
tautologia. b) João é rico ou Paulo é baixo
a) Ambas são corretas. c) João não é rico e Paulo não é baixo
b) Ambas são incorretas. d) Se João é rico, então Paulo é baixo
c) Apenas I é correta.
d) Apenas II é correta.
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Questão 32 d) Negação do valor lógico da proposição r.
A negação da frase “O cachorro late ou a vaca não e) Verdade.
grunhe" é:
a) O cachorro não late e a vaca grunhe. Questão 38
b) O cachorro não late ou a vaca não grunhe. João ir trabalhar é condição necessária para que
c) O cachorro late se, e somente se, a vaca não Pedro saia para estudar, e é condição suficiente para
grunhe. que Maria vá ao mercado. Por outro lado, José
d) Se o cachorro não late, então a vaca grunhe. encontrar Selma é condição necessária e suficiente
para Sérgio reclamar e é condição necessária para
Questão 33 Maria ir ao mercado. Sergio não reclamou, logo:
De acordo com o raciocínio lógico proposicional, a a) Maria foi ao mercado ou José encontrou a Selma
negação da frase “O carro é novo e a moto é b) João não foi trabalhar e José não encontrou a
seminova”, é: Selma
a) O carro não é novo e a moto não é seminova. c) João foi trabalhar e Maria não foi ao mercado
b) O carro não é novo e a moto é seminova. d) Pedro foi estudar e João não foi trabalhar
c) O carro não é novo ou a moto é seminova.
d) O carro não é novo ou a moto não é seminova. Questão 39
Todo mafagáfo é um guilherdo e todo guilherdo é
Questão 34 um rosmedo. Desse modo, é correto afirmar que:
Dizse que uma proposição composta é equivalente a a) Há mafagáfo que não é rosmedo.
outra: b) Todo guilherdo é mafagáfo.
a) Se o condicional entre as duas proposições for c) Nenhum rosmedo é mafagáfo.
contingência. d) Alguns guilherdos podem ser mafagáfos.
b) Se o bicondicional entre as duas proposições for
tautologia. Questão 40
c) Se o bicondicional entre as duas proposições for Se todo elemento de A é de B, todo elemento de B é
contradição. de C, há elementos de B que não são de A e há
d) Se o condicional entre as duas proposições for elementos de C que não são de B, não é correto
contradição. afirmar que:
a) Há elementos de A que não são de C.
Questão 35 b) Todo elemento de A é de C
Uma proposição p implica uma proposição q se, e c) Há elementos de C que não são de A
somente se, o bicondicional p ↔ q for uma d) Existe elemento de B que é de A.
tautologia.
Uma proposição P equivale a uma proposição Q se, Questão 41
e somente se, o condicional P → Q for uma Analisando as afirmações abaixo, a alternativa
tautologia. correta é:
a) Ambas são incorretas. I. Todos os cantores deste programa são bons.
b) Ambas são corretas. Marcelo é um cantor deste programa. Logo,
c) Apenas I é correta. Marcelo é bom.
d) Apenas II é correta. II. Todo w é z. Logo, todo z é w.
a) I e II são argumentos válidos.
Questão 36 b) Apenas I é um argumento válido.
A negação da frase "José é professor e não trabalha c) Apenas II é um argumento válido.
de manhã" é equivalente a: d) Nenhum dos dois argumentos é válido.
a) José não é professor e trabalhar de manhã.
b) Se José é professor, então trabalha de manhã. Questão 42
c) Se José não é professor, então trabalha de Sabendo que todo A é B e nenhum C é A, segue
manhã. necessariamente que:
d) José não é professor ou não trabalha de manhã. a) Todo B é A.
b) Nenhum C é B.
Questão 37 c) Algum C não é B.
Se o valor de lógico de uma proposição “p” é d) Algum B não é C.
verdade e o valor lógico de uma proposição “q” é
falso, então o valor lógico da proposição composta Questão 43
[(q → r) + p] Sabendo que todo A é B, todo C é B e que nenhum
a) Falso. C é A, segue necessariamente que:
b) Inconclusivo. a) Algum A é C
c) Valor lógico da proposição r. b) Nenhum B é A
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c) Algum B não é C não foi o segundo colocado. Nessas circunstâncias,
d) Algum C não é B pode-se afirmar certamente que:
a) Bernardo foi o primeiro colocado.
Questão 44 b) Celso foi o primeiro colocado.
Analisando as afirmações abaixo, a alternativa c) Celso foi o terceiro colocado.
correta é: d) André foi o segundo colocado.
I. Todo aluno desta escola é inteligente. Marcos é
um aluno desta escola. Logo, Marcos é Questão 48
inteligente. Carlos gastou 1/3 do seu salário com aluguel, 2/5
II. Todo x é y. Logo, todo y é x. com alimentação e com a metade do que sobrou
a) I e II são argumentos válidos. comprou uma camisa e pagou R$ 70,00. O valor do
b) Apenas II é um argumento válido. salário que ainda restou a Carlos foi de:
c) Apenas I é um argumento válido. a) R$ 70,00
d) Nenhum dos dois argumentos é válido. b) R$ 525,00
c) R$ 210,00
Questão 45 d) R$ 175,00
De acordo com o diagrama abaixo não é correto e) R$ 100,00
afirmar que:
Questão 49
sequencia de letras A, B, D, G, G, D, B, A, A, B,
D, G,..., apresenta um raciocínio lógico.
Nessas circunstâncias, o 93º termo da
sequencia é igual a:
a) A
b) B
c) D
a) Nem todo C é A. d) G
b) Todo C é B.
c) Há B que não é C. Questão 50
d) Pode haver A que não é B. Considerando a sequencia formada pelas letras da
palavra DIFÍCIL, a 348ª letra da sequencia é:
Questão 46 DIFICILDIFICILDIFICILDIFICILDIFICIL
Dados os argumentos: a) D
I. Sejam a, b, c números naturais, onde a = b; b = b) I
c, logo a = c c) C
II. Num escritório; 5/6 dos funcionários têm nível d) L
superior; José é funcionário do escritório, logo
José tem nível superior.. Questão 51
Considerando a sequencia de letras: A, B, D, E, G,
Assinale a alternativa correta: H, J, M, A, B, D, E, G, H, J, M, A, B, D, E, G, H, J, M;
a) Ambos são argumentos dedutivos e assim por diante, a sílaba formada pela 134a
b) O argumento I é um exemplo canônico de um letra e pela 345a letra, nessa ordem, é:
argumento indutivo e o argumento II é um típico a) MA
argumento dedutivo. b) HA
c) O argumento II apenas estaria correto se fosse: c) GE
"No escritório 5/6 dos funcionários tem nível d) HE
superior; José é funcionário do escritório; logo
José não é de nível superior. Questão 52
d) O argumento I é exemplo canônico de um e acordo com a sequência lógica 1, A, 3, E, 6, I, 10,
argumento classificado como válido pela lógica M, 15, Q,..., o 12° termo e o 13° termo da
dedutiva. O argumento II é um argumento que sequencia, considerando o alfabeto de 26 letras,
não é classificado como válido pela lógica são, respectivamente:
dedutiva, denominado indutivo. a) T, 21
b) U,21
Questão 47 c) V,28
Dentre os três primeiros colocados numa corrida d) U,28
sabe-se que: André não foi o primeiro colocado, e) T, 26
Bernardo foi o primeiro ou terceiro colocado e Celso
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Questão 53 Questão 59
Considerando que as figuras abaixo (separadas por Observando as figuras
vírgulas) seguem uma sequência lógica, então a 76a
figura da sequencia é:
[, { , ^, ~,],/, [,{,^,~,],/, ...
a) [
b) { O total de quadradinhos brancos na 1ª figura é igual
c) A
a 2.
d) ~ Na 2ª figura é igual a 6 e na 3ª figura é igual a 12.
e) / Seguindo uma sequencia lógica podese dizer que o
total de quadradinhos brancos da 10ª figura seria
Questão 54 de:
Os números da sequencia 1, 2, 3, 4, 4, 3, 2, 1, 1, 2,
a) 91 c) 132
3, 4,..., estão escritos numa sequencia lógica. Desse b) 110 d) 72
modo, o 86º termo dessa sequencia é:
a) 4
Questão 60
b) 3 A sequencia foi formada utilizando a palavra
c) 2
CONCURSO:
d) 1
CONCURSOCONCURSOCONCURSOCONCURSO
Questão 55 CONCURSO
Sendo a relação de recorrência dos termos de uma
3n2 5n A 262ª letra dessa sequencia é igual a:
sequência dada por an , a metade da
3 a) C
soma entre o quarto e quinto termos da sequência é b) O
igual a: c) N
a) 26 d) R
b) 13
c) 32 Questão 61
d) 26/3 Considerando a sequencia lógica 11,12, 15, 14, 19,
e) 13/3 16, 23, 18,..., a diferença entre o 17º termo e 16º
termo da sequencia, nessa ordem, é:
Questão 56 Questão 62 – Numa pista circular de 300 metros,
Na sequência (533; 253; 525; 233; 523; 252; 533; 253; foram marcados, no sentido horário, cinco pontos
525; 233; 523; 252; ...) dizer que na posição 93ª está A,B,C,D,E), nesta ordem e igualmente espaçados.
o número: Três corredores disputam uma corrida. Enquanto o
a) 525 primeiro corredor percorre 50 metros, o segundo
b) 253 percorre 40 metros e o terceiro percorre 30 metros.
c) 533 Se os três iniciam a corrida no ponto A e correm no
d) 523 sentido antihorário da pista, o próximo encontro dos
três será no ponto:
Questão 57 a) C
De acordo com a sequencia infinita: M, A, T, E, M, b) D
A, M, A, T, E, M, A,..., a letra representada pelo c) E
elemento da 145ª posição da sequencia é: d) A
a) T e) B
b) A
c) M Questão 63
d) E Carlos e Adão possuem relógio de pulso
(analógicos). O relógio de Carlos atrasa 2min 30s
Questão 58 por dia e o relógio de Adão atrasa 4min por dia. Se
Sabendo que a sequencia 2, 3, 5, 6, 8, 12, 11, 24,... no dia 10 de junho de 2010 seus relógios
apresenta um raciocínio lógico então, a soma entre marcavam o mesmo horário, então marcarão
o nono e o décimo termo é igual a: novamente o mesmo horário no dia:
a) 52 a) 3 de outubro de 2011
b) 50 b) 3 de outubro de 2010
c) 48 c) 20 de julho de 2010
d) 62 d) 20 de junho de 2010
79
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Questão 65 Questão 71
Carlos foi à feira e comprou, na mesma barraca, 3 José possui 2 tamanhos de barbante para medir
kg de tomate, 2 kg de batata e meia dúzia de ovos. uma janela de 2m de largura. Se os tamanhos
Se o quilo do tomate é R$ 2,50, o quilo de batata é disponíveis são 6cm e 7cm, então o número mínimo
R$ 2,00 e a dúzia de ovos é R$ 3,00 e Carlos dos dois tipos de barbante para cobrir os 2m da
pagou com uma nota de R$ 20,00, então ele janela é de:
recebeu de troco o valor de: a) 28 c) 30
a) R$ 6,00 c) R$ 7,00 b) 29 d) 31
b) R$ 7,50 d) R$ 13,00
Questão 72
Questão 66 Dois aquários possuem peixes, de mesma espécie.
Carlos e seus amigos juntos possuíam R$480,00 Num deles 57 peixes e, no outro, 31 peixes. Para
para fazer um bolão na megasena. Antes de fazer o deixar os dois aquários com o mesmo número de
jogo, mais seis amigos também entraram no bolão e peixes, foi preciso transferir de um aquário para o
o total passou a ser R$600,00.O total de amigos outro:
que participaram do bolão, incluindo Carlos, foi de: a) 44 peixes c) 13 peixes
a) 20 c) 36 b) 28 peixes d) 8 peixes
b) 30 d) 48
Questão 73
Questão 67 Uma pessoa ganha R$330,00 em 3 dias, ou seja,
Assinale a expressão que fornece o maior resultado: seu salário mensal é de:
a) 1000 + 0,01 a) R$3.000,00
b) 1000 . 0,01 b) R$3.030,00
c) 0,01/1000 c) R$3.300,00
d) 1000/0,01 d) R$3.600,00
Questão 68 Questão 74
Maria utiliza 7 prendedores de roupa para colocar 6 Um caminhão-pipa contém 30.000 L de água e
calças no varal. Nesta situação, na semana em que descarrega 1.000 L a cada 6 minutos. O tempo
tiver 13 calças para pendurar no mesmo varal, necessário para descarregar 10.000 L é de:
precisará de: a) 2 horas c) 12 minutos
a) 12 prendedores de roupa b) 1 hora d) 0,6 horas
b) 13 prendedores de roupa
c) 14 prendedores de roupa Questão 75
d) 26 prendedores de roupa Um estudante efetuou a multiplicação de 428 por
um certo número encontrando o resultado 130968.
Questão 69 Como este não era o valor esperado verificou que,
Uma professora propôs um desafio aos alunos, por engano, trocou o algarismo das unidades do
utilizando os conceitos básicos de matemática. O multiplicador: usou o algarismo 6 quando o correto
desafio é: sabendo-se que operando com os seria o 8.
números 2 e 4 obtemos resultado igual a 9; Ao refazer seus cálculos obteve o valor esperado,
operando com os números 5 e 3 obtemos o igual a:
resultado final igual a 16, operando com números 0 a) 118328 c) 131824
e 0 obtemos o resultado final igual a 1, podemos b) 127724 d) 126964
dizer que, operando com os números 1 e 8, obtemos
o resultado igual a: Questão 76 – Dentre as alternativas
a) 6 I. O valor absoluto do algarismo 3 no número
b) 7 13.125 é igual a 3000.
c) 8 II. A subtração de dois números naturais a e b,
d) 9 sendo a maior que b não é possível no conjunto
dos números naturais.
Questão 70 13
III. O valor da expressão 1,375 é igual a 3.
A maior diferença entre 2 números naturais de 3 8
algarismos (todos distintos) é o triplo de: Podese afirmar que são incorretas:
a) 298 a) Somente uma delas
b) 295 b) Somente duas delas
c) 288 c) Todas
d) 256 d) Nenhuma
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Questão 77 GABARITO
O número um milhão, duzentos e trinta e um 1) B 2) A 3) A 4) C 5) C
somado ao número duzentos mil e sete é igual a: 6) A 7) B 8) D 9) C 10) D
a) 1438000 11) B 12) A 13) B 14) A 15) B
b) 1200238 16) C 17) C 18) C 19) B 20) C
c) 1207231 21) B 22) D 23) D 24) A 25) C
d) 1431007 26) A 27) E 28) C 29) D 30) C
31) C 32) A 33) D 34) B 35) A
Questão 78 36) B 37) E 38) B 39) D 40) A
O resultado de sete inteiros e três décimos 41) B 42) D 43) C 44) C 45) A
milésimos menos quatro inteiros e duzentos e sete 46) D 47) D 48) A 49) D 50) C
milésimos é igual a: 51) B 52) D 53) D 54) B 55) B
a) 2,7933 56) A 57) C 58) D 59) B 60) D
b) 2,796 61) A 62) D 63) A 64) B 65) C
c) 2,823 66) B 67) D 68) C 69) D 70) B
d) 3,093 71) B 72) C 73) C 74) B 75) C
76) B 77) B 78) A 79) C 80) A
Questão 79
O valor a pagar na conta de luz é calculado da
seguinte forma: R$ 0,45 o kWh (quilowatt/hora) até PORCENTAGEM
30 kWh, R$ 0,57 o kWh para os próximos 40Kwh e O que é porcentagem? A parte de um todo que
R$ 0,68 para os demais kWh, além dos impostos. O lhe é retirado ou lhe é acrescentado; Para a sua
valor a pagar pela conta de luz para um consumo de representação usa-se o sinal “%”. Assim, ao se ler
82 kWh, desprezando os impostos é, em reais: 20%, lê-se “vinte por centro”;
a) um valor entre 40 e 43. Quando usamos a porcentagem para representar
b) um valor menor que 44. a parte de um todo podemos ter da seguinte forma:
c) um valor entre 44 e 45. 2% de 100 = Significa 2 unidades em 100 ou
d) um valor maior que 45. 2/100;
40% de 20 = significa 8 unidades em 20, mas de
Questão 80 onde vem o 40?
Uma empresa de autopeças utiliza duas peças para Logo, pode-se concluir que a porcentagem é toda
montar 3 modelos de carros, conforme a Tabela 1, e razão em função de 100(%);
Vendeu em dois meses a quantidade de carros Como se calcula 20% de 40 ?
conforme Tabela 2. Método da regra de 3;
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Método da fração;
Peça 1 5 4 8 Método do número decimal e fator de multiplicação.
Peça 2 6 3 4
Tabela 1. Total de peças para cada modelo de carro Como se encontra a porcentagem
correspondente? Fazer quantos % é 60 de 300.
Agosto Setembro Curiosidade: (10%) ²
Modelo 1 12 15
Modelo 2 20 13 QUESTÕES
Modelo 3 15 25
Tabela 2. Total de carros vendidos Questão 01
(AOCP) - Uma mulher comprou uma blusa que
Com relação às peças utilizadas em todos os carros custava R$ 200,00. Como ela pagou à vista, recebeu
vendidos em Agosto e Setembro, é correto afirmar um desconto de 15% no valor total da blusa. Então,
que: qual foi o valor pago por essa mulher?
a) se fossem utilizadas mais 166 peças 2, então o a) R$ 150,00. d) R$ 170,00.
total de peças 1 e 2 seria o mesmo. b) R$ 160,00. e) R$ 185,00.
b) o total de peças 2 foi maior que o de peças 1. c) R$ 165,00.
c) o total de peças 1 foi o mesmo de peças 2.
d) faltou utilizar 166 peças 1 para que a quantidade Questão 02
de peças 1 e 2 fossem iguais. (AOCP) - Joana comprou uma mercadoria por R$
30,00 e depois vendeu essa mesma mercadoria por
R$ 39,00. Qual foi a porcentagem do acréscimo?
a) 35%. d) 22%.
b) 30%. e) 20%.
c) 25%.
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Questão 03 Sabe-se que o pintor gastou 140 litros para efetuar o
(Banca D) – Um homem comprou um objeto por 100 trabalho. A quantidade de tinta marrom usada foi de
reais, decidiu vender com 30% de lucro, ao chegar a) 140 litros d) 80 litros
um cliente bem exigente, esse homem deu 30% de b) 90 litros e) 60 litros
desconto sobre o valor de venda. Por quanto saiu o c) 120 litros
valor final do produto? Houve lucro, prejuízo ou
nenhum dos dois? Questão 04
(OBJETIVA) - Três funcionários (Fernando, Gabriel e
RAZÃO E PROPORÇÃO Henrique) de determinada empresa deverão dividir o
valor de R$ 950,00 entre eles, de forma diretamente
RAZÃO proporcional aos dias trabalhos em certo mês.
• Seja x e y dois números racionais, y ≠ 0, Sabendo-se que Fernando trabalhou 10 dias, Gabriel,
podemos afirmar como sendo a razão de x para y, 12, e Henrique, 16, analisar os itens abaixo:
ou entre x e y, o quociente do primeiro número I. Fernando deverá receber R$ 260,00.
pelo segundo: o x ou x: y; II. Gabriel deverá receber R$ 300,00.
• É importante destacar que o numerador é III. Henrique deverá receber R$ 410,00.
chamado de antecedente e o denominador de Está(ão) CORRETO(S):
consequente; a) Somente o item II.
• Toda razão pode ser escrita na forma percentual; b) Somente os itens I e II.
basta após fazer a divisão multiplicar o quociente c) Somente os itens I e III.
por 100; d) Somente os itens II e III.
• Duas razões são inversas entre si quando o e) Todos os itens
produto delas é igual a 1.
REGRA DE 3 SIMPLES
PROPORÇÃO
• É a igualdade entre duas razões; • Regra de três é o procedimento para resolver um
• 2/3 = 4/6; problema que envolva grandezas relacionadas onde
• a/b = c/d, temos que “a” e “d” são extremos e determinamos por proporção o valor de uma
“b” e “c” são meios; destas, conhecendo a relação desta proporção com
• O produto dos meios = produto dos extremos; a proporção das demais grandezas. Este
• Propriedade I: Seja a/b = c/d, podemos dizer que procedimento chama-se regra de três simples
(a+b)/a = (c+d)/c E que (a-b)/b = (c-d)/d; quando temos apenas 2 grandezas e do contrário
• Propriedade II: Seja a/b = c/d, podemos dizer chama-se regra de três composta, ou seja, quando
que (a+c)/(b+d) = a/b E que (a-c)/(b-d) = a/b temos mais de 2 grandezas;
• Podem ser diretamente ou inversamente
QUESTÕES proporcionais;
• 3 etapas de resolução:
Questão 01 Identificar as grandezas e analisar se são
(AOCP) - Qual é a porcentagem de um todo à qual a diretamente ou inversamente proporcionais;
fração 7/20 corresponde? Construir a tabela de proporções;
a) 7%. c) 25%. e) 37%. Resolver a proporção para encontrar o valor
b) 15%. d) 35%. solicitado.
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Questão 02 O conjunto unitário possui somente 1 elemento;
IESES - Um ônibus com velocidade de 90 km/h O conjunto vazio, que pode ser simbolizado por Ø
percorre certa distância em 4 horas. Quanto tempo ou { } não possui elemento;
será necessário para esse ônibus percorrer a mesma
Subconjuntos são partes de um conjunto.
distância com a velocidade de 110 km/h?
o Ex.: A = { 1, 2, 3, 4, 5} e B = { 1, 2, 3};
a) 2,85 horas.
b) 2,43 horas.
o Assim, podemos dizer que B é subconjunto de A;
c) 3,27 horas.
o Pode ser representados pelo símbolos (está
contido), (não está contido) e (contém), e
d) 4,25 horas.
assim podemos representar a relação dos conjuntos
acima das duas formas:
Questão 03
NC-UFPR - Uma indústria metalúrgica consegue AB
produzir 24.000 peças de determinado tipo em 4 BA
dias, trabalhando com seis máquinas idênticas, que Observações importantes:
funcionam 8 horas por dia em ritmo idêntico de o Todo conjunto é subconjunto de si mesmo;
produção. Quantos dias serão necessários para que o O conjunto vazio é subconjunto de qualquer
essa indústria consiga produzir 18.000 peças, conjunto;
trabalhando apenas com 4 dessas máquinas, no o Se um conjunto A possui “n” elementos, então ele
mesmo ritmo de produção, todas elas funcionando possui 2n subconjuntos.
12 horas por dia?
a) 3 c) 5 e) 8 A união de conjuntos é representada pelo
b) 4 d) 6 símbolo “U” e será composta pelos elementos que
pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B, de
Questão 04 modo que seja A =
Para encher a piscina de sua casa, dona Joana liga {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e B = {2, 3, 8, 9}, A U B = {1,
três torneiras idênticas e com a mesma vazão. Após 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
15 horas está completamente cheia. Devido à
demora em encher a piscina, ela resolve instalar nas
bordas da piscina mais duas torneiras idênticas às
torneiras iniciais, inclusive de mesma vazão. Sendo
assim, se ela ligar todas as torneiras juntas, a
redução do tempo para encher a piscina é de
a) 25 horas. d) 7 horas.
b) 9 horas. e) 15 horas.
c) 6 horas.
Conjunto A = {1, 2, 3}
Relação de Pertinência:
o Todos os elementos de um conjunto pertencem
a esse mesmo conjunto, assim podemos expressar
IMPORTANTE: O número de elementos da união
através do seu símbolo que é “”, e caso não
de 2 conjuntos é expresso por:
pertença expressaremos através do símbolo “”
n(AUB) = n(A) + n(B) - n(A∩B)
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A diferença de 2 conjuntos é representada pelo Questão 05
símbolo “-”, por exemplo A – B, que é composto (BANCA D) – Considere os dados abaixo sobre uma
pelos elementos que estão em A e não estão em pesquisa em relação a preferência com 3 grupos
B; musicais.
-- 60 pessoas preferem o grupo 1;
-- 80 pessoas preferem o grupo 2;
-- 100 pessoas preferem o grupo 3;
-- 15 pessoas preferem os grupos 1 e 2
-- 20 pessoas preferem os grupos 1 e 3
-- 25 pessoas preferem os grupos 2 e 3
-- 5 pessoas preferem os grupos 1, 2 e 3
-- 10 pessoas não gostam de nenhum dos 3 grupos
QUESTÕES No total, quantas pessoas foram entrevistadas?
a) 185 c) 195
Questão 01 b) 190 d) 200
(AOCP) - Foi realizada uma entrevista com 45
candidatos que pretendem ocupar uma vaga no PROGRESSÃO ARITMÉTICA
escritório de uma empresa. Sabe-se que do total de
candidatos, 33 são do sexo masculino, 28 usam É uma sucessão de termos em que a diferença de
óculos e 10 são do sexo feminino e não usam óculos. cada termo e seu precedente, a partir do segundo, é
Assim, o número de candidatos entrevistados que sempre constante. Essa diferença é chamada razão
são do sexo masculino e usam óculos é igual a da progressão aritmética;
a) 33. c) 26. e) 10. • Seja uma PA = (2, 4, 6, 8, 10) quem é A1 e r?
b) 7. d) 2. • Pode ser finita ou infinita;
• Pode ser crescente, decrescente ou estacionária;
Questão 02 • Fórmula do termo geral:
(AOCP) - Para saber sobre a preferência entre dois • O dobro do termo do meio é igual a soma de seus
determinados produtos, 300 pessoas foram vizinhos;
entrevistadas. Sabendo que 2/3 do total de pessoas • Em toda PA de n ímpar o termo central é a média
optou pelo produto A, 3/5 do total de pessoas optou aritmética dos extremos;
pelo produto B e 90 pessoas optaram pelos 2 • Soma dos termos de uma PA finita:
produtos (A e B), quantas pessoas NÃO optaram por • Existe soma dos termos de uma PA infinita?
nenhum desses dois produtos?
a) 80 c) 10 e) 0 QUESTÕES
b) 50 d) 9
Questão 01
Questão 03 Banca D – Numa PA de razão 5, onde o 6 termo é
(COMPERVE – UFRN - 2013) - Ao se entrevistar um 26, qual é o valor do 10º termo?
grupo de 60 turistas sobre o que apreciavam na
culinária do Seridó Potiguar, 18 afirmaram terem Questão 02
gostado de carne de sol, mas não gostaram de arroz AOCP - Considere uma sequência de números pares
de leite; 5 turistas não gostaram de carne de sol e consecutivos iniciada pelo número 12. Qual é a
nem de arroz de leite e 1/4 dos entrevistados diferença entre o oitavo e o quinto termos?
disseram gostar de carne de sol e de arroz de leite. a) 8
Considerando esses dados, o número de turistas b) 6
entrevistados que gostam de arroz de leite, mas não c) 4
gostam de carne de sol, é d) 3
a) 24. c) 26. e) 2
b) 22. d) 28.
Questão 3
Questão 04 AOCP - Considere a sequência de onze números:
(COMPERVE – UFRN – 2012) - Uma universidade que {11, 3, ..., 61, 69}. Qual é o termo central da
funciona em dois turnos, manhã e tarde, tem 68 sequência?
funcionários, dos quais 36 trabalham pela manhã, 40 a) 20
trabalham à tarde e 10 não dão e expediente, pois b) 29
estão afastados para fazer pós – graduação. O c) 30
número de servidores que trabalha somente a tarde d) 39
é: e) 41
a) 12. c) 22.
b) 18. d) 28
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Questão 04 d) E - C - E.
Banca D – Seja uma PA de 8 termos, razão 2 e
Termo inicial 4, qual é a soma dos 8 termos dessa Questão 4 – CEPERJ - Observe a seguinte tabela.
PA? Ela mostra o número de pessoas que se hospedaram
em uma pousada de Saquarema nos meses de
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA janeiro e fevereiro de 2015.
Janeiro Fevereiro Março
É uma sucessão de termos não-nulos em que o 360 300 x
quociente de cada termo e seu precedente, a partir
do segundo, é sempre constante. Esse quociente é Se (360, 300, x) formam uma progressão
chamado razão da progressão geométrica; geométrica, o valor de x corresponde a:
• Seja uma PG = (2, 4, 8, 16, 32) quem é A1 e q a) 280
? b) 270
• Pode ser finita ou infinita; c) 260
• Pode ser crescente, decrescente, oscilante ou d) 250
estacionária; e) 240
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• Ex.: Qual é a quantidade de números de 3 máxima para três pessoas e a outra para cinco
algarismos que podemos formas com os elementos pessoas. De quantas formas distintas eles podem se
3, 4, 4? agrupar para passar a noite, ficando cinco em uma
Anagrama barraca e três na outra?
• Conjunto de diferentes palavras que podem ser a) A8,3 . A8,5
formadas a partir de uma palavra inicial; b) C8,3 . C5,5
• Segue o mesmo raciocínio matemático da c) C8,3 . C8,5
permutação; d) A8,3
• A palavra não precisa existir na língua portuguesa.
Questão 03
QUESTÕES (UVA) - De uma fábrica de refrigerantes partem 12
caminhões. Cada caminhão abastece 3 armazéns.
Questão 01 Cada armazém distribui os refrigerantes para 5
(AOCP) - Quantos anagramas da palavra JUROS supermercados. Supondo que cada supermercado é
começam pela letra J? abastecido por um único armazém, quantos
a) 12 d) 80 supermercados recebem refrigerante desta fábrica?
b) 24 e) 120 a) 15.
c) 60 b) 20.
c) 120.
Questão 02 d) 180.
(AOCP) - Na sequência crescente de todos os
números obtidos, permutando-se os algarismos 1, 2, Questão 04
3, 7, 8, a posição do número 78.312 é a (FEPESE) - Em um colégio os alunos irão eleger o
a) 94ª. diretor, vice-diretor e tesoureiro entre os 20
b) 95ª. professores do colégio.
c) 96ª. De quantas maneiras esta escolha pode ser feita?
d) 97ª. a) 6980
e) 98ª. b) 6840
c) 6720
Questão 03 d) 6660
(Banca D) – Seja a palavra BANANA, quantos e) 6220
anagramas podemos formar? ARRANJO E
COMBINAÇÃO Questão 05
• No arranjo, a mudança da ordem dos elementos (Quadrix) - Em um campeonato de futebol, uma
geram um novo grupo ou grupo distinto. Ex.: vitória corresponde a 3 pontos ganhos, um empate
Senhas, placas, podium, cpf etc corresponde a 1 ponto ganho e, em caso de derrota,
• O arranjo é definido pela fórmula: An,p = n!(n-p)! não há pontuação. Após cinco jogos disputados
• Na combinação, a mudança da ordem dos nesse campeonato, de quantas maneiras diferentes
elementos não gera um novo grupo ou novo um time pode obter exatamente cinco pontos?
elemento. Ex.: Equipes, grupos etc a) 3
• A combinação é definida pela fórmula: Cn,p = n!/p! b) 25
x (n-p)! c) 30
d) 5
QUESTÕES e) 31
Questão 01
IBFC - Um fazendeiro possui oito tipos de sementes PROBABILIDADE
para plantar, porém, apenas quatro podem ser
plantadas ao mesmo tempo. As possibilidades que Conceitos importantes:
ele tem de escolher quatro tipos de sementes, sem • Experimento Aleatório: são aqueles que, mesmo
ocorrer repetição está descrita na alternativa: repetidos várias vezes sob condições semelhantes,
a) Cento e trinta apresentam resultados imprevisíveis.
b) Cento e dez • Espaço Amostral: Conjunto formado por todos os
c) Setenta diferentes e possíveis resultados de um experimento
d) Quarenta e oito aleatório. É representado pela letra S.
e) Cinquenta e seis
Ex.: Em relação ao lançamento de um dado, qual
Questão 02 seria o espaço amostral?
(IFES) - Um grupo de oito amigos foi acampar e • Evento: Qualquer subconjunto do espaço amostral;
levou duas barracas distintas, uma com capacidade • P(A) = n(A)/n(S)
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ANOTAÇÕES _______________________________________
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Capítulo I 1.2 A Conquista e Fundação da Paraíba
Demorou um certo tempo para que Portugal Quando o Governador Geral (D. Luís de Brito)
começasse a explorar economicamente o Brasil, uma recebeu a ordem para separar Itamaracá, recebeu
vez que os interesses lusitanos estavam voltados também do rei de Portugal a ordem de punir os
para o comércio de especiarias nas Índias, e além índios responsáveis pelo massacre, expulsar o s
disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira franceses e fundar uma cidade. Assim começaram as
que chamasse tanta atenção quanto o ouro, cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para
encontrado nas colônias espanholas, minério este isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o
que tornara uma nação muito poderosa na época. Ouvidor Geral D. Fernão da Silva.
Devido ao desinteresse lusitano, piratas e I. Expedição (1574): O comandante desta expedição
corsários começaram a extrair o pau-brasil, madeira foi o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no
muito encontrada no Brasil-colônia, e especial devido Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do
a extração de um pigmento, usado para tingir tecidos rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso
na Europa. Esses invasores eram em sua maioria foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi
franceses, e logo que chegaram no Brasil fizeram surpreendida por indígenas e teve que recuar para
amizades com os índios, possibilitando entre eles Pernambuco.
uma relação comercial conhecida como "escambo", II. Expedição (1575): Quem comandou a segunda
na qual o trabalho indígena era trocado por alguma expedição foi o Governador Geral, D. Luís de Brito.
manufatura sem valor. Sua expedição foi prejudicada por ventos
Os portugueses, preocupados com o aumento desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras
do comércio dos invasores da colônia, passaram a paraibanas. Três anos depois outro Governador Geral
enviar expedições para evitar o contrabando do pau- (Lourenço Veiga), tenta conquistar a o Rio Paraíba,
brasil, porém, ao chegar no Brasil essas expedições não obtendo êxito.
eram sempre repelidas pelos franceses apoiados III. Expedição (1579): Frutuoso Barbosa impôs a
pelos índios. Com o fracasso das expedições o rei de condição de que se ele conquistasse a Paraíba, a
Portugal decidiu criar o sistema de capitanias governaria por dez anos. Essa idéia só lhe trouxe
hereditárias. prejuízos, uma vez que quando estava vindo à
Com o objetivo de povoá-la, a colônia Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e
portuguesa foi dividida em 15 capitanias, para doze além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua
donatários. Entre elas destacamos a Capitania de esposa.
Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a IV. Expedição (1582): Com a mesma proposta
Baía da Traição. Inicialmente essa capitania foi doada imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso
à Pedro Lopes de Souza, que não pôde assumir, Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas
vindo em seu lugar o administrador Francisco Braga, cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa
que devido a uma rivalidade com Duarte Coelho, desiste após perder um filho em combate.
deixou a capitania em falência, dando lugar a João V. Expedição (1584): Este teve a presença de Flores
Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na Valdez, Felipe de Moura e o insistente Frutuoso
capitania como a fundação da Vila da Conceição e a Barbosa, que conseguiram finalmente expulsar os
construção de engenhos. franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista,
Após a morte de João Gonçalves, a capitania eles construíram os fortes de São Tiago e São Felipe.
entrou em declínio, ficando a mercê de malfeitores e
propiciando a continuidade do contrabando de Conquista da Paraíba
madeira.
Com a tragédia de Tacunhaém*, em 1534 o rei Para as jornadas o Ouvidor Geral Martim
de Portugal desmembrou Itamaracá, dando formação Leitão formou uma tropa constituída por brancos,
à Capitania do Rio Paraíba. índios, escravos e até religiosos. Quando aqui
Existia uma grande preocupação por parte dos chegaram se depararam com índios que sem defesa,
lusitanos em conquistar a capitania que atualmente é fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios
a Paraíba, pois havia a garantia do progresso da Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando
capitania pernambucana, a quebrada aliança entre que sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos
Potiguaras e franceses, e ainda, estender sua Tabajaras).
colonização ao norte. Após o incidente, Leitão procurou formar uma
* Tragédia de Tacunhaém: Foi uma tragédia aliança com os Tabajaras, que por temerem outra
na qual índios mataram todos os moradores de um traição, a rejeitaram.
engenho. Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa
finalmente chegaram aos fortes (São Felipe e São
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Tiago), ambos em decadência e miséria devido as uma feira nas ruas por onde passavam camponeses.
intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso Percebe-se então que as características comerciais de
Martim Leitão nomeou outro português, conhecido Campina Grande nasceram desde sua origem.
como Castrejon, para o cargo de Frutuoso Barbosa. A Campina foi elevada à freguesia em 1769, sob
troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castrejon a invocação de Nossa Senhora da Conceição. Sua
havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a elevação à vila com o nome de Vila Nova da Rainha
sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de se deu em 20 de abril de 1790. Hoje, Campina
volta à Espanha. Grande é a maior cidade do interior do Nordeste.
Quando ninguém esperava, os portugueses se São João do Cariri Tendo sida povoada
unem aos Tabajaras, fazendo com que os Potiguaras em meados do século XVII pela enorme família Cariri
recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. que povoava o sítio São João, entre outros, esta
A conquista da Paraíba se deu no final de tudo cidade que atualmente não se destaca muito à nível
através da união de um português e um chefe estadual foi elevada à vila em 22 de março de 1800.
indígena chamado Piragibe, palavra que significa Sua emancipação política é datada de 15 de
Braço de Peixe. novembro de 1831.
Pombal No final do século XVII, Teodósio
Fundação da Paraíba de Oliveira Ledo realizou uma entrada através do rio
Piranhas. Nesta venceu o confronto com os índios
Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, Pegas e fundou ali uma aldeia que inicialmente
engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa recebeu o nome do rio (Piranhas). Devido ao sucesso
Senhora das Neves. Com o início das obras, Leitão foi da entrada não demorou muito até que passaram a
a Baía da Traição expulsar o resto dos franceses que chamar o local de Nossa Senhora do Bom Sucesso,
permaneciam na Paraíba. em homenagem a uma santa.
Leitão nomeou João Tavares para ser o Em 1721 foi construída no local a Igreja do
capitão do Forte. Paraíba foi a terceira cidade a ser Rosário, em homenagem à padroeira da cidade
fundada no Brasil e a última do século XVI. considerada uma relíquia história nos dias atuais.
Sob força de uma Carta Régia datada de 22 de
1.3 Primeiras Vilas da Paraíba na Época junho de 1766, o município passou a se chamar
Colonial Pombal, em homenagem ao famoso Marquês de
Pombal. Foi elevada à vila em 3/4 de maio de 1772,
Com a colonização foram surgindo vilas na data hoje considerada como sendo também a da
Paraíba. A seguir temos algumas informações sobre criação do município.
as primeiras vilas da Paraíba. Areia Conhecida antigamente pelo nome
Pilar O início de seu povoamento de Bruxaxá, Areia foi elevada à freguesia com o
aconteceu no final do século XVI, quando fazendas nome de Nossa Senhora da Conceição pelo Alvará
de gado foram encontradas pelos holandeses. Hoje Régio de 18 de maio de 1815. Esta data é
uma cidade sem muito destaque na Paraíba, foi considerada também como a de sua elevação à vila.
elevada à vila em 5 de janeiro de 1765. Pilar Sua emancipação política se deu em 18 de
originou-se a partir da Missão do Padre Martim maio de 1846, pela lei de criação número 2. Hoje,
Nantes naquela região. Areia se destaca como uma das principais cidades do
Pilar foi elevada à município em 1985, quando interior da Paraíba, principalmente por possuir um
o cultivo da cana-de-açúcar se tornou na principal passado histórico muito atraente
atividade da região.
Sousa Hoje a sexta cidade mais populosa Capítulo II
do Estado e dona de um dos mais importantes sítios
arqueológicos do país (Vale dos Dinossauros), Sousa 2.1 Primeiros Capitães- Mores
era um povoado conhecido por "Jardim do Rio do
Peixe". A terra da região era bastante fértil, o que João Tavares
acelerou rapidamente o processo de povoamento e João Tavares foi o primeiro capitão-mor, ao
progresso do local. Em 1730, já viviam qual governou de 1585 a 1588 a Capitania da
aproximadamente no vale 1468 pessoas. Sousa foi Paraíba.
elevada à vila com o nome atual em homenagem ao João Tavares foi encarregado pelo Ouvidor-
seu benfeitor, Bento Freire de Sousa, em 22 de julho Geral, Martim Leitão, de construir uma nova cidade.
de 1766. Sua emancipação política se deu em 10 de Para edificação dessa cidade, vieram 25 cavaleiros,
julho de 1854. além de pedreiros e carpinteiros, entre outros
Campina Grande Sua colonização teve trabalhadores do gênero. Chegaram também jesuítas
início em 1697. O capitão-mor Teodósio de Oliveira e outras pessoas para residir na cidade.
Ledo instalou na região um povoado. Os indígenas Foi fundado por João Tavares o primeiro
formaram uma aldeia. Em volta dessa aldeia surgiu engenho, o d’El-Rei, em Tibiri, e o forte de São
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Sebastião, construído por Martim Leitão para a Forte de Inhobin para defender alguns engenhos
proteção do engenho. próximos a este rio.
Os jesuítas ficaram responsáveis pela Ainda nesse governo os Potiguaras
catequização dos índios. Eles ainda fundaram um incendiaram o Forte de Cabedelo. O governo de
Centro de Catequese e em Passeio Geral edificaram a Albuquerque se finalizou em 1592.
capela de São Gonçalo.
O governo de João Tavares foi Feliciano Coelho de Carvalho
demasiadamente auxiliado por Duarte Gomes da
Silveira, natural de Olinda. Em seu governo realizou combates na
Silveira foi um senhor de engenho e uma Capaoba, houve paz com os índios, expandiu
grande figura da Capitania da Paraíba durante mais estradas e expulsou os fransciscanos. Terminou seu
de 50 anos. Rico, ajudou financeiramente na governo em 1600.
ascensão da cidade. Em sua residência atualmente se
encontra o Colégio Nossa Senhora das Neves. 2.2 As Ordens Religiosas da Capitania da PB e
Apesar de ter se esforçado muito para o Seus Mosteiros
progresso da capitania, João Tavares foi posto para
fora em 1588, devido à política do Rei. Os Jesuítas
Os jesuítas foram os primeiros missionários
Frutuoso Barbosa que chegaram à Capitania da Paraíba,
acompanhando todas as suas lutas de colonização.
Devido à grande insistência perante a corte e Ao mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se
por defender alguns direitos, Frutuoso Barbosa foi, puseram a construir um colégio na Felipéia. Porém,
em 1588, nomeado o novo capitão-mor da Capitania devido a desavenças com os fransciscanos, que não
da Paraíba, auxiliado por D. Pedro Cueva, ao qual foi usavam métodos de educação tão rígidos como os
encarregado de controlar a parte militar da capitania. jesuítas, a idéia foi interrompida. Aproveitando esses
Neste mesmo período, chegaram alguns Frades desentendimentos, o rei que andava descontente
Fransciscanos, que fundaram várias aldeias e por não com os jesuítas pelo fato de estes não permitirem a
serem tão rigorosos no ensino religioso como os escravização dos índios, culpou os jesuítas pela
Jesuítas, entraram em desentendimento com estes rivalidade com os fransciscanos e expulsou-os da
últimos. Esse desentendimento prejudicou o governo capitania.
de Barbosa, pois aproveitando-se de alguns Cento e quinze anos depois, os jesuítas
descuidos, os índios Potiguaras invadiram voltaram à Paraíba fundando um colégio onde
propriedades. Vieram em auxílio de Barbosa o ensinavam latim, filosofia e letras. Passado algum
capitão-mor de Itamaracá, com João Tavares, tempo, fundaram um Seminário junto à igreja de
Piragibe e seus índios. No caminho, João Tavares Nossa Senhora da Conceição. Atualmente essa área
faleceu de um mal súbito. Quando o restante do corresponde ao jardim Palácio do Governo.
grupo chegou à Paraíba, desalojou e prendeu os Em 1728, os jesuítas foram novamente
Potiguaras. expulsos. Em 1773, o Ouvidor-Geral passou a residir
Com o objetivo de evitar a entrada dos no seminário onde moravam os jesuítas, com a
franceses, Barbosa ordenou a construção de uma permissão do Papa Clementino XIV.
fortaleza em Cabedelo.
Piragibe iniciou a construção do forte com os Os Fransciscanos
Tabajaras, porém, devido a interferência dos
Jesuítas, as obras foram concluídas pelos Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os
fransciscanos e seus homens. padres fransciscanos, com o objetivo de catequizar
Em homenagem a Felipe II, da Espanha, os índios.
Barbosa mudou o nome da cidade de Nossa Senhora O Frei Antônio do Campo Maior chegou com o
das Neves para Felipéia de Nossa Senhora das objetivo de fundar o primeiro convento da capitania.
Neves. Seu trabalho se concentrou em várias aldeias, o que
Devido às infinitas lutas entre o capitão Pedro o tornou importante.
Cueva e os Potiguaras e os desentendimentos com No governo de Feliciano Coelho, começaram
os Jesuítas, houve a saída da Cueva e a decisão de alguns desentendimentos, pois os fransciscanos,
Barbosa de encerrar o seu governo, em 1591. assim como os jesuítas, não escravizavam os índios.
Ocorreu que depois de certo desentendimentos entre
André de Albuquerque Maranhão os fransciscanos, Feliciano e o governador geral,
Feliciano acabou se acomodando junto aos frades.
André de Albuquerque governou apenas por A igreja e o convento dos fransciscanos
um ano. Nele, expulsou os Potiguaras e realizou foram construídos em um sítio muito grande, onde
algumas fortificações. Entre elas, a construção do atualmente se encontra a praça São Francisco.
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Os Beneditinos Os Cariris eram índios que se diziam ter vindo
de um grande lago. Estudiosos acreditam que eles
O superior geral dos beneditinos tinha tenham vindo do Amazonas ou da Lagoa Maracaibo,
interesse em fundar um convento na Capitania da na Venezuela.
Paraíba. O governador da capitania recebeu o abade Os Cariris velhos, que teriam sido civilizados
e conversou com o mesmo sobre a tal fundação. antes dos cariris novos, se dividiam em muitas tribos;
Resolveu doar um sítio, que seria a ordem do sucuru, icós, ariu e pegas, e paiacú. Destas, os
superior geral dos beneditinos. tapuias pegas ficaram conhecidos nas lutas contra os
A condição imposta pelo governador era que o bandeirantes.
convento fosse construído em até 2 anos. O mosteiro O nível de civilização do índio paraibano era
não foi construído em dois anos, mesmo assim, considerável. Muitos sabiam ler e conheciam ofícios
Feliciano manteve a doação do sítio. como a carpintaria. Esses índios tratavam bem os
A igreja de São Bento se encontra atualmente jesuítas e os missionários que lhes davam atenção.
na rua nove, onde ainda há um cata-vento em A maioria dos índios estavam de passagem do
lâmina, construído em 1753. período paleolítico para o neolítico. A língua falada
por eles era o tupi-guarani, utilizada também pelos
Os Missionários Carmelitas colonos na comunicação com os índios. O tupi-
guarani mereceu até a criação de uma gramática,
Os carmelitas vieram à Paraíba a pedido do elaborada por Padre José de Anchieta.
cardeal D. Henrique, em 1580. Mas devido a um Piragibe, que nos deu a paz na conquista da
incidente na chegada que colheu os missionários Paraíba; Tabira, que lutou contra os franceses e Poti,
para diferentes direções, a vinda dos carmelitas que lutou contra os holandeses e foi herói na batalha
demorou oito anos. dos Guararapes, são exemplos de índios que se
Os carmelitas chegaram à Paraíba quando o sobressaíram na Paraíba.
Brasil estava sob domínio espanhol. Os carmelitas Ainda hoje, encontram-se tribos indígenas
chegaram, fundaram um convento e iniciaram Potiguaras localizadas na Baía da Traição, mas em
trabalhos missionários. A história dos carmelitas aqui apenas uma aldeia, a São Francisco, onde não há
é incompleta, uma vez que vários documentos miscigenados, pois a tribo não aceita a presença de
históricos foram perdidos nas invasões holandesas. caboclos, termo que eles utilizavam para com as
Frei Manuel de Santa Teresa restaurou o pessoas que não pertencem a tribo.
convento depois da revolução francesa, mas logo O Cacique dessa aldeia chama-se Djalma
depois este foi demolido para servir de residência ao Domingos, que também é o prefeito do município de
primeiro bispo da Paraíba, D. Adauto de Miranda Baía da Traição. Aos poucos, a aldeia vai se
Henriques. Pelos carmelitas foi fundada a Igreja do civilizando; um exemplo disso é um posto telefônico
Carmo. implantado na mesma há um mês.
Nessas aldeias existem cerca de 7.000 índios
2.3 A População Indígena Potiguaras, que mantém as culturas antigas. Eles
possuem cerca de 1.800 alunos de 7 a 14 anos em
Na Paraíba haviam duas raças de índios, os primeiro grau menor.
Tupis e os Cariris (também chamados de Tapuias). No Brasil, só existem três tribos Potiguaras,
Os Tupis se dividiam em Tabajaras e sendo que no Nordeste a única é a da Baía da
Potiguaras, que eram inimigos. Traição. Em 19 de Abril eles comemoraram seu dia
Na época da fundação da Paraíba, os fazendo pinturas no corpo e reunindo as aldeias
Tabajaras formavam um grupo de aproximadamente locais na aldeia S. Chico e realizaram danças, como o
5 mil pessoas. Eles eram pacíficos e ocupavam o Toré.
litoral, onde fundaram as aldeias de Alhanda e A principal atividade econômica desses índios é
Taquara. a pesca e em menor escala, a agricultura.
Já os Potiguaras eram mais numerosos que os
Tabajaras e ocupavam uma pequena região entre o Capítulo III
rio Grande do Norte e a Paraíba.
Esses índios locomoviam-se constantemente, 3.1 Invasões Holandesas
deixando aldeias para trás e formando outras. Com
esta constante locomoção os índios ocuparam áreas Em 1578 o jovem rei de Portugal, D.
antes desabitadas. Sebastião, foi morto na batalha de Alcácer-Quibir, na
Os índios Cariris se encontravam em maior África, deixando o trono português para seu tio, o
número que os Tupis e ocupavam uma área que se cardeal D. Henrique, o qual devido à sua avançada
estendia desde o Planalto da Borborema até os idade acabou morrendo em 1579, sem deixar
limites do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. herdeiros. O Rei da Espanha, Felipe II, que se dizia
primo dos reis portugueses, com a colaboração da
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nobreza portuguesa e do seu exército, conseguiu em Incapazes de vencer, os batavos se retiram para
1580 o trono português. Pernambuco.
A passagem do trono português à coroa Os holandeses decidem atacar o Rio Grande do
espanhola prejudicou os interesses holandeses, pois Norte, mas Matias de Albuquerque, 200 índios e 3
eles estavam travando uma luta contra a Espanha companhias paraibanas os impediram de
pela sua independência e a Holanda era responsável desembarcar.
pelo comércio do açúcar nas colônias portuguesas, o Os holandeses voltam à Paraíba para atacar o
que lhes garantiam altos lucros. Dessa forma, rivais Forte de Santo Antônio, mas ao desembarcarem
dos espanhóis, os holandeses foram proibidos de percebam a trincheira levantada pelos paraibanos,
aportarem em terras portuguesas, o que lhes trouxe fazendo com que eles desistissem da invasão e
grande prejuízo. voltassem ao Cabo de Santo Agostinho.
Interessados em recuperar seus lucrativos Após um tempo os holandeses resolvem tentar
negócios com as colônias portuguesas, o governo e invadir a Paraíba novamente, pois ela representava
companhias privadas holandesas formaram a uma porta para a invasão batava em Pernambuco.
Companhia das Índias Ocidentais, para invadir as Dessa forma, em 25 de novembro de 1634 partiu
colônias. uma esquadra de 29 navios para a Paraíba.
A primeira tentativa de invasão holandesa Aos quatro dias de dezembro de 1634, bem
ocorreu em 1624, em Salvador. O governador da preparados os soldados holandeses chegam ao Norte
Bahia, Diogo de Mendonça Furtado, havia se do Jaguaribe, onde desembarcaram e aprisionaram
preparado para o combate, porém com o atraso da três brasileiros, entre eles o governador, que
esquadrilha holandesa, os brasileiros não mais conseguiu fugir.
acreditavam na invasão quando foram pegos de No dia seguinte o resto da tropa holandesa
surpresa. desembarcou aprisionando mais pessoas. No
Durante o ataque o governador foi preso. Mas caminho por terra para Cabedelo os batavos
orientadas por Marcos Teixeira, as forças brasileiras receberam mais reforços.
mataram vários chefes batavos, enfraquecendo as Antônio de Albuquerque Maranhão enviou à
tropas holandesas. Em maio de 1625, eles foram Paraíba tudo o que foi preciso para combater com os
expulsos da Bahia pela esquadra de D. Fradique de chefes holandeses na região do forte. Enquanto isso,
Toledo Osório. Callabar roubava as propriedades. Vieram reforços do
Ao se retirarem de Salvador, os holandeses, Rio Grande do Norte e de Pernambuco. O capitão
comandados por Hendrikordoon, seguiram para Baía Francisco Peres Souto assumiu o comando da
da Traição, onde desembarcaram e se fortificaram. fortaleza de Cabedelo.
Tropas paraibanas, pernambucanas e índios se Apenas em 15 de novembro chegou à Paraíba
uniram a mando do governador Antônio de o Conde Bagnuolo, para auxiliar os paraibanos. Como
Albuquerque e Francisco Carvalho para expulsar os os paraibanos já encontravam-se em situação
holandeses. A derrota batava veio em agosto de irremediável, resolveram entregar o Forte de
1625. Cabedelo e logo em seguida o Forte de Santo
Após esse conflito ao holandeses seguiram Antônio.
para Pernambuco, onde o governador Matias de O Conde de Bagnuolo foi para Pernambuco;
Albuquerque, objetivando deixá-los sem suprimentos, Antônio de Albuquerque e o resto da tropa,
incendiou os armazéns do porto e entrincheirou-se. juntamente com o resto do povo, tentou fundar o
Na Paraíba, por terem ajudado os holandeses, Arraial do Engenho Velho.
os Potiguaras foram expulsos por Francisco Coelho. Os holandeses chegaram com seus exércitos
Percebe-se nesse período a grande defesa da terra. na Felipéia de Nossa Senhora das Neves em 1634, e
Temendo novos ataques, a Fortaleza de a encontraram vazia. Foram então à procura de
Santa Catarina, em Cabedelo, foi reconstruída e Antônio de Albuquerque no Engenho Velho, mas não
guarnecida e a sua frente, na margem oposta do Rio o encontraram.
Paraíba, foi construído o Forte de Santo Antônio. O comandante das tropas holandesas
Aos cinco dias de dezembro de 1632, entendeu-se com Duarte Gomes, que procurou a
comandados por Callenfels, 1600 batavos Antônio de Albuquerque, que prendeu-o e mandou-o
desembarcaram na Paraíba. Ocorreu um tiroteio, os para o Arraial do Bom Jesus. Depois, os holandeses
holandeses construíram uma trincheira em frente a mandaram libertar Duarte Gomes.
fortaleza de Santa Catarina, mas foram derrotados No Engenho Espírito Santo, os nossos
com a chegada de 600 homens vindos de Felipéia de guerreiros venceram os invasores, que eram
Nossa Senhora das Neves a mando do governador. chefiados por André Vidal de Negreiros.
Após esse acontecimento os brasileiros tentam Os paraibanos continuavam com a idéia de
construir uma trincheira em frente a fortaleza. Os querer expulsar os holandeses. Buscaram forças para
holandeses tentam impedir, mas o forte resiste. isso: arranjaram homens no Engenho São João e
contaram com o apoio de André V. de Negreiros.
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Quando os holandeses descobriram, também se Gisberk de With Foi o melhor governador
prepararam para o combate. Os paraibanos holandês, pois era honesto, trabalhador e
reuniram-se em Timbiri, e depois seguiram para o humano.
Engenho Santo André, onde foram atacados por Paulo de Lince Foi derrotado pelos
Paulo Linge e sua tropa. "Libertadores da Insurreição", e retirou-se para
Após várias lutas, morreram oitenta Cabedelo.
holandeses e a Paraíba perdeu o capitão Francisco
Leitão. 3.2 Conquista para o Interior da Paraíba
Os combatentes, que estavam recolhidos no
engenho Santo André, continuaram com as Através de entradas, Missões de Catequese e
provocações aos holandeses, tornando assim bandeiras, o interior da Paraíba foi conquistado,
complicada a situação de Pernambuco. principalmente após as invasões holandesas.
A fortaleza de Pernambuco estavam entregue Os missionários pregavam o cristianismo nas
aos prisioneiros soltos por Hautyn. Francisco suas Missões, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos
Figueroa chegou para governar a capitania por um índios e construíam colégios para os colonos.
determinado tempo. Em 1655, chegou João Os missionários encontraram um planalto com
Fernandes Vieira para assumir a Capitania da uma campina verde e um clima agradável. Um
Paraíba. aldeamento de índios cariris que se organizaram na
Jerônimo de Albuquerque conquistou o região deram-lhe o nome de Campina Grande.
Maranhão com a ajuda de seu filho Antônio de Entre os missionários, destacou-se o Padre
Albuquerque Maranhão. Em 1618, então este teve Martim Nantes, cuja missão deu origem à vila de
por herança o governo do Maranhão, que teria a Pilar.
assessoria de duas pessoas escolhidas pelo povo. As Missões de Catequese foram as primeiras
Antônio não gostou muito de seus auxiliares e os formas de conquista do interior da Paraíba. Após elas
dispensou. Seguindo os assessores seu próprio foram executadas bandeiras com a finalidade de
caminho, Antônio de Albuquerque abandonou o capturar índios.
governo do Maranhão e casou-se em Lisboa, tendo O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo foi o
desse casamento dois filhos. homem que comandou a primeira bandeira na
Antônio voltou ao Brasil em 1627, com a Paraíba. Esta bandeira se deu através do Rio Paraíba
nomeação de Capitão-Mor da Paraíba. e teve como destaque a fundação de um povoado
chamado Boqueirão. Esta primeira bandeira, apesar
A Capitania da Paraíba na época da invasão de ter sido tumultuada, foi bem sucedida, uma vez
holandesa que Teodósio aprisionou vários índios. Teodósio é
tido como o grande responsável pela colonização do
Na época da invasão holandesa, a população interior da Paraíba. Ele estabeleceu-se no interior e
era dividida em dois grupos: os homens livres trouxe famílias e índios para povoá-lo.
(holandeses, portugueses e brasileiros) e os escravos Os passos de Teodósio foram seguidos pelo
(de procedência brasileira ou africana). Durante capitão-mor Luís Soares, que também se destacou
muito tempo de domínio holandês no Brasil, não por suas penetrações para o interior.
houve mistura de raças. Um homem chamado Elias Herckman procurou minas
e chegou à Serra da Borborama. Sua atitude (a de
Política administrativa holandesa na Paraíba procurar minas) foi seguida por Manuel Rodrigues.
O fundador da Casa da Torre, Francisco Dias
Por uma década, a capitania da Paraíba teve D’ávila, foi outro bandeirante que se destacou na
como administradores alguns governadores colonização da Paraíba.
holandeses: Entre as várias tribos (caicós, icós, janduis,
Servais Carpentier Também governou o Rio etc.) que se destacaram no conflito contra conquista
Grande do Norte, e sua residência oficial foi no do interior paraibano, os mais conhecidos são os
Convento São Francisco. sucurus, que habitavam Alagoas de Monteiro.
Ippo Elyssens Foi um administrador violento
e desonesto. Apoderou-se dos melhores engenhos 3.3 Análise política, econômica e social da
da capitania. capitânia nos séculos XVII e XVIII
Elias Herckmans Governador holandês
importante, que governou por cinco anos. Análise Política
Sebastian Von Hogoveen Governaria no
lugar de Elias H., mas morreu antes de assumir o Na administração colonial do Brasil, foram
cargo. configurados três modalidades de estatutos políticos:
Daniel Aberti Substituto do anterior. o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o
do Vice-reino.
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Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Desde 1532 que entrava na capitania este
Real em 1574. produto armazenado nos celeiros, na feitorias de
Em 1694, depois de mais de noventa anos de Iguarassú. Os franceses já traficavam com o
fundação, esta capitania se tornou independente. algodão. Entretanto a economia do "ouro branco" só
Entretanto, passados mais de sessenta anos, a se desenvolveu no século XVIII. Aqui na capitania o
capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco algodão teve uma suma importância na balança da
em 1º de janeiro de 1756. economia.
Houve prejuízo nesta fusão para a capitania Na Paraíba o rebanho de gado vacum também
paraibana, além de prejudicar o Real Serviço, em teve importância econômica. Não foi ele somente
virtude das complicações de ordem General de utilizado como fonte de subsistência entre nós.
Pernambuco, do governador da Paraíba e do Rio Entrou nos engenhos como impulsionador das
Grande do Norte. moendas.
Por isto, em 1797, o governador da capitania, Teve o gado a sua fase áurea durante a "idade
Fernando Castilho dá um depoimento, descrevendo a do couro", quando tudo se fazia com o couro com
situação da Capitania Real da Paraíba à Rainha de fins comerciais; móveis, portas, baús, etc.
Portugal. Em 11 de janeiro de 1799, pela Carta
Régia, a Capitania da Paraíba separou-se da de O Tráfico de Escravos
Pernambuco.
O interior da capitania foi devastado por No início da colonização, começaram a ser
bandeirantes, que penetravam até o Piauí. Entretanto introduzidos no Brasil os escravos. A data é omissa,
a conquista do Sertão foi realizada pela família mas presume-se que tenham vindo primeiro com
Oliveira Ledo. Martim Afonso de Souza para a Capitania da São
Outro fato político foram as constantes Vicente.
invasões de franceses a mando da própria coroa Na Paraíba, o empreendimento do comércio de
francesa. negros iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559,
A invasão holandesa e a Guerra dos Mascates, da Regente Catarina permitindo aos engenhos
em que a Paraíba esteve sempre presente com comprar cada um doze (12) escravos.
heroísmo de seus filhos, tiveram a sua conseqüência O escravo era mercadoria cara. Seu valor
política, uma vez que estimulou o sentimento médio oscilava entre 20 e 30 libras esterlinas.
nacionalista dos paraibanos.
Análise Social; Igrejas
Análise Econômica
Duarte Coelho Pereira fundou uma nova
Na época colonial, a Paraíba ofereceu no Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns
aspecto econômico um traço digno de registro. Entre nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba,
os principais produtos e fontes de riqueza, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao
destacavam-se o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com
algodão e o comércio de negros. muito luxo, desfrutando de tudo.
O pau-brasil, proveniente da Ásia, era Ocorre que nem toda a população vivia tão
conhecido como ibira-pitanga pelos índios. O seu bem como a nobreza, uma vez que haviam mulheres
valor como matéria prima de tinturaria foi atestado e moças analfabetas, que só faziam os afazeres
na Europa e na Ásia. Daí a sua importância domésticos.
econômica. Pernambuco e Paraíba figuravam entre Havia também outras classes sociais,
os pontos do Brasil onde a ibira-pitanga era mais compostas por comerciantes e aventureiros, que
encontrada. enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia,
A cana-de-açúcar, que foi a principal riqueza querendo chegar a fazer parte da nobreza.
da Paraíba com os seus engenhos, veio do Cabo Os integrantes da máquina administrativa
Verde. Foi plantada inicialmente na Capitania de constituíam outra classe. Eles eram considerados os
Ilhéus. homens bons, viviam uniformizados.
A cana não se aclimatou na Europa. Na idade O fator mais importante para a sociedade foi a
média o açúcar era um produto raro de preço Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.
exorbitante. Figurava em testamento no meio das As principais igrejas que acompanharam a
jóias. Paraíba no tempo colonial foram:
Isto provou bem a importância do açúcar, de A matriz de Nossa Senhora das Neves
que resultou o desenvolvimento e progresso das Igreja da Misericórdia
colônias brasileiras. Na primeira década da fundação Igreja das Mercês
da Paraíba, já se encontravam dez engenhos Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos
montados. Pretos
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Capela de Nossa Senhora da Mãe dos provisório republicano. Porém o Governo Geral não
Homens perdeu tempo. Quatro meses depois os líderes da
Igreja do Bom Jesus dos Martírios revolta foram condenados à morte e a revolução
contida.
Capítulo IV Como líderes da revolução podemos citar
Domingos José da Silva (comerciante) e os
4.1 Revoltas em que a PB Participou paraibanos militares Peregrino de Carvalho e Amaro
Gomes.
Guerra dos Mascates A Guerra dos Revolução Praieira Esta revolta durou
Mascates foi uma guerra civil, ocorrida em apenas cinco meses e ocorreu na província de
Pernambuco, no século XVIII, mais propriamente em Pernambuco entre 1848/49. Ela foi influenciada pelo
Olinda, sede do governo pernambucano na época. espírito de 1848 que dominava a Europa. Esta revolta
Ocorreu que houve indignação contra a consiste não apenas em um movimento de protesto
elevação de Recife à categoria de vila, a pedido da contra a política Imperial, mas num movimento social
população de Recife, composta por comerciantes que pretendia estabelecer reformas. Dentre outras
portugueses chamados Mascates que aspiravam por exigências feitas pelos revoltosos, podemos citar:
uma maior autonomia. Nesta época a economia a divisão dos latifúndios;
nordestina entrava em declínio, pois os preços do a liberdade de imprensa;
açúcar estavam baixando no mercado mundial e democracia;
haviam descoberto as Minas Gerais. fim da importação de indústrias têxteis;
Muitos senhores de engenho deviam dinheiro fim do domínio português sobre o comércio de
aos mascates. Em 1707 o povoado de Recife foi Recife;
elevado a vila, o que provocou revolta em Olinda. fim da oligarquia política, entre outros.
Alguns olindenses ocuparam Recife e elegeram um
novo governador a seu favor; Olinda ocupou Recife Os revoltosos eram os liberais adversativos dos
por três meses. conservadores (grandes latifundiários e comerciantes
João da Mata, um mascate, adquiriu o apoio portugueses). O principal jornal liberal em Recife
do governador da Paraíba, João da Maia Gama, para tinha sua localização na Rua da Praia. Por causa
desforrar-se dos senhores de engenho. Desta forma disto, os liberais ficaram conhecidos como praieiros.
os mascates aprisionaram o governador A revolução iniciou-se com choques entre os
pernambucano. Após este fato entrou um novo liberais e conservadores de Olinda, ao sétimo dia do
governador no poder (Félix José Machado de mês de novembro de 1848. Em 1849 os revoltosos
Mendonça), que a princípio foi imparcial, mas que em atacaram Recife, mas fracassaram. Depois de ter
seguida ficou ao lado dos mascates, os quais saíram sido derrotado pelas tropas do Brigadeiro Coelho, em
vencedores desse conflito. Pernambuco, Borges da Fonseca continuou a lutar na
Revoluções Liberais A passagem do Paraíba. Outros líderes foram torturados ou
século XVIII para o XIX foi marcada pelo surgimento assassinados. Este foi o último movimento
de idéias revolucionárias. No mundo surgia o estilo revolucionário do Império.
literário conhecido como Realismo/Naturalismo, que Confederação do Equador Esta revolta
procurava descrever as classes inferiores e mostrar surgiu com a atitude autoritária de D. Pedro I, o qual
os aspectos mais degradantes e cruéis da sociedade. dissolveu a Assembléia Constituinte. Esta situação
Na Paraíba as idéias revolucionárias foram agravou-se quando D. Pedro I quis substituir Manoel
estimuladas pela marçonaria. Pais de Andrade, governador da província, ex-
O mundo todo se baseava no ponto de vista revolucionário, que gozava de grande popularidade
científico. Temos como exemplo o padre Manoel entre os pernambucanos, por uma apadrinhado seu
Arruda, que começou a pesquisar a fauna e a flora (Francisco Reis Barreto). Desta forma, as câmaras
nordestina. municipais de Olinda e Recife se declararam
Todas estas idéias liberais provocaram um contrárias ao governo de Barreto.
surto revolucionário, no qual podemos citar as Em 2 de julho de 1824, Pais de Andrade se
revoluções de 1817, 1824 e 1848, todas com empenhou na revolta, pedindo apoio às outras
tendências republicanas, federalistas e democráticas. províncias nordestinas. Seu objetivo era reunir as
Revolução de 1817 Este movimento de províncias do Nordeste em uma república,
caráter republicano e separatista, surgiu na Província denominada de Confederação do Equador.
de Pernambuco e logo se espalhou pelas províncias Foram mandados emissários às províncias da
de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Porém a
Influenciados pela Revolução Francesa e pelo repressão sobre esta revolta foi intensa. D. Pedro I
exemplo de República norte-americano, os revoltosos enviou navios de guerra para derrotá-la. Após a
queriam emancipar o Brasil. Quando a revolta derrota das tropas republicanas de Pernambuco, as
estourou os revoltosos instalaram um governo
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outras províncias se enfraqueceram e foram detalhes da tomada do quartel e ocupação de
derrotadas. lugares estratégicos da cidade de João Pessoa.
Seus líderes foram todos executados, entre A direção do partido, em Recife, envia um
eles Frei Caneca, que morreu fuzilado, pois ninguém documento com os detalhes pelo capitão Otacílio
tinha coragem de enforcá-lo. Alves para João Santa Cruz de Oliveira, ex-presidente
Revolta dos Quebra-Quilos Ocorrida em da ANL da Paraíba. Em João Pessoa, tendo sido
1874, ficou assim conhecida pela modificação que portador o tenente José Cassiano de Melo (da bateria
provocou no sistema de pesos e medidas, fato este de artilharia do Quartel A Insurreição Comunista de
que provocou uma grande revolução na Paraíba. Esta 1935 140 de Dorso).
revolta causou muitas prisões, inclusive a do padre O Dr. Santa Cruz não foi localizado e o
de Campina Grande (Calisto Correia Nóbrega). documento foi entregue a Antônio Pereira Araújo,
Ronco da Abelha A revolta do ronco da militante do partido comunista, que, por sua vez,
abelha se deu nos sertões de Pernambuco, Alagoas, entregou a Elias Gomes Araújo, o secretário-geral do
Ceará e Paraíba, em 1851, com o intuito de fazer o partido na Paraíba. O plano consistia na tomada do
controle sobre os trabalhadores, visto que, com a 22º Batalhão de Caçadores e do vizinho município de
queda do tráfego negreiro, os homens livres foram Conde, onde o partido desenvolvia um trabalho de
trabalhar. arregimentação entre os camponeses.
Princesa Isabel Frente de oposição ao O partido se reúne para discutir o documento.
presidente João Pessoa, na cidade de Princesa Manoel Miranda é destacado para Cabedelo,
Isabel, Paraíba. Teve como líder José Pereira, que município a poucos quilômetros de João Pessoa,
possuía amizades influentes no Estado. onde o partido já tinha organizado algumas células.
Coluna Prestes Foi um movimento Severino Diogo foi destacado para organizar uma
iniciado por alguns políticos que estavam greve em Santa Rita, Miguel Barbeiro para armar e
descontentes com o governo do presidente do Rio organizar os camponeses no município de Conde,
Grande do Sul, e velhos participantes da Revolta contando com as células já formadas. Gabriel Alves e
Federalista de 1893. Seus principais líderes foram: José Pedro deveriam mobilizar os militantes do
Luís Carlos Prestes, Miguel Costa e Juarez Távola. partido nos bairros de Jaguaribe e Cruz das Armas,
Os integrantes da Coluna, apesar de todas as em João Pessoa.
dificuldades, conseguiram romper as barreiras do sul. O objetivo era deslocar-se para 22º Batalhão
Ao final, a Coluna se retirou para a Bolívia, o de Caçadores e ocupar o cais do porto de Cabedelo.
Paraguai e a Argentina. Para isso, o partido contava com a liderança do
Revolução de 30 Representou o estivador Manoel Fagundes e o objetivo era o de
acontecimento mais importante em toda a história da impedir a saída ou entrada de navios na cidade. No
Paraíba. A liderança da Paraíba foi para frente a dia 24 de novembro, com as notícias dos
partir do memento em que João Pessoa recusou acontecimentos de Natal, que os pegam de surpresa,
aceitar a candidatura de Júlio Prestes à presidência o partido se reúne em caráter de urgência. A reunião
da república. é realizada na casa de Elias Araújo e participam João
Tudo piorou com o levante de Princesa, que Domingos, Marcos Evangelista, João Santa Cruz
contou com o apoio de todos os coronéis do açúcar e Oliveira, Manoel Dias Parente, Antônio Pereira e Luiz
do algodão, entre outros fatores que contribuíram Gomes da Silva (secretário da comissão camponesa
para o agravamento da situação. do PCB na Paraíba).
Logo após esse acontecimento, veio a morte A avaliação, consensual, era de que, se não se
do presidente da Paraíba, João Pessoa. A revolução rebelassem de imediato, o Exército entraria de
se espalhou por diversos lugares (Nordeste do prontidão, a Polícia Militar e civil seriam mobilizadas e
Maranhão à Bahia). isso inviabilizaria qualquer possibilidade de Levante.
O que deveriam fazer de imediato era mobilizar seus
A Intentona comunista na Paraíba - 1935 militantes e estabelecer contatos com os militares do
22º BC comprometidos com o Levante (não havia
Paraíba Os autos dos processos do Tribunal de militares presentes à reunião). José Pedro, que havia
Segurança Nacional referentes à Paraíba demonstram ficado com a incumbência de mobilizar militantes do
que havia um plano para um Levante que começaria partido no bairro de Cruz das Armas, A Insurreição
no 22º Batalhão de Caçadores, aquartelado na de novembro de 1935 141 conseguiu mobilizar e
cidade de João Pessoa. A articulação com alguns armar cerca de 200 homens que se concentraram
militares desse quartel se deu através do capitão por trás do 22º Batalhão de Caçadores.
Otacílio Alves, do 29º BC de Recife, que se deslocava O estivador Manoel Fagundes, em vez de
com frequência para Paraíba, em especial para a ocupar o cais do porto em Cabedelo, prioriza a
capital, João Pessoa. O plano para o Levante na invasão do quartel do 22º BC e consegue reunir
Paraíba foi elaborado em Recife e continha os cerca de 90 homens. Aguardavam apenas as ordens.
No entanto, elas não vieram. Ao ser informado dos
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acontecimentos em Natal, o comandante do 22º BC 4.2 Governadores da PB após a revolução de
põe o quartel em prontidão ainda na madrugada do 1930
dia 24 de novembro, o que impossibilitou contatos
com os que estavam comprometidos com o Levante Após a Revolução de 30, explicada
dentro do quartel. Embora os esforços fossem anteriormente, o Estado da Paraíba teve os seguintes
concentrados na capital, não impediu que governadores:
ocorressem tentativas em cidades do interior do Álvaro Pereira de Carvalho (ficou no poder até 4
estado, como foi o caso de Conde. Conforme o de outubro de 1930);
relatório da polícia, nesta cidade, “verificou-se um José Américo de Almeida (04/10/1931-
começo de levante armado feito por operários que, 09/10/1930);
de muito, vinham sendo trabalhado por agitações Antenor de França Navarro (10/11/1930-1931);
comunistas”. Gratuliano da Costa Brito (1932);
O Partido Comunista, através do camponês José Marquês da Silva Mariz (1934);
João José, consegue mobilizar cerca de 200 homens Argemiro de Figueiredo (1935);
que invadem a delegacia local, recolhendo as armas Ruy Carneiro (1940-1945);
dos policiais e prendendo-os. Entretanto, tem Samuel Duarte (1945);
informações de que o 22º BC estava de prontidão e o Severino Montenegro (1945-1946);
plano de sua invasão se tornara inviável. Os que Odon Bezerra Cavalcanti (1946);
haviam sido mobilizados e se colocados para as José Gomes da Silva (1946-1947);
imediações do quartel são orientados a se Oswaldo Trigueiro (1947-1950);
dispensarem, a fim de não levantarem suspeitas. José Targino (1950-1951);
Não resta alternativa a não ser a José Américo de Almeida (1951-1953, 1954-
desmobilização e a fuga. Com a repressão policial e a 1956);
descoberta do plano, 101 pessoas são indiciadas, João Fernandes de Lima (1953-1954);
processadas e julgadas pelo Tribunal de Segurança Flávio Ribeiro Coutinho (1956-1958);
Nacional. Fica evidente que a articulação de José Fernandes de Lima (1960-1961);
Levantes, tanto na capital quanto no interior, foi feita Pedro Moreno Godim (1958-1960 e depois 1961-
pelo Partido Comunista e não por membros da 1966);
Aliança Nacional Libertadora. João Agripino Filho (1966-1971);
O partido tinha uma inegável inserção entre Ernani Sátyro (1971-1975);
algumas categorias de trabalhadores, expressa na Ivan Bichara Sobreira (1975-1979);
rápida mobilização. No relatório policial, consta que Dorgival Terceiro Neto (1979);
“das investigações procedentes ficou apurado não Tarcísio Burity (1979-1982);
ser por demais estreito o quadro de adeptos do Clóvis Bezerra (1982-1983);
credo moscovita na capital da Paraíba [...] quase Wilson Braga (1983-1986);
todos antigos partidários da ANL, com a extinção Riveldo Bezerra Cavalcante (1986);
desta, serviam nas fileiras do exército de Moscou”. A Milton Cabral (1986-1987);
Insurreição Comunista de 1935 142 ANL, desde sua Tarcísio Burity (1987-1991);
formação em abril de 1935, não teve um grande Ronaldo Cunha Lima (1991-1994);
número de adeptos, tanto na capital quanto no Cícero Lucena (1994-1995);
interior. Antônio Mariz (1995);
Em João Pessoa, consegue montar um José Maranhão (1995 -....).
pequeno diretório tendo como presidente João Santa
Cruz de Oliveira, que era militante do Partido
Comunista. Durante a legalidade, realizou algumas
reuniões públicas, que não contaram com uma
presença muito significativa de pessoas. Com a
ilegalidade, a ANL se restringe aos militantes do
Partido Comunista. Este, bem mais organizado, tinha
várias células tanto na capital quanto em vários
municípios “disseminando-se por todos os bairros e
irradiando-se até Santa Rita e Campina Grande”.41
Dentre as células mais atuantes, destacam-se aos
dos bairros de Barra de Gramame, Jaguaribe, Róger
e Cruz das Armas.
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ANOTAÇÕES _______________________________________
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EDITAL
Penal Inquérito Policial.
Da ação penal: Espécies.
Da prisão, das medidas cautelares e da liberdade provisória
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INQUÉRTIO POLICIAL
“Inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração
penal e sua autoria, afim de que o titular da ação penal (MP) possa ingressar em juízo”.
C) Oficiosidade - Salvo na hipótese de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada,
a autoridade policial deve instaurar o Inquérito Policial sempre que tiver notícia da prática de um crime.
D) Procedimento escrito;
E) Indisponibilidade - Uma vez instaurado o IP, não pode a autoridade policial arquivá-lo, pois esta
atribuição é exclusiva do titular da ação penal;
F) Dispensabilidade - O Inquérito Policial é dispensável, ou seja, não é obrigatório. Dado seu caráter
informativo (busca reunir informações), caso o titular da ação penal já possua todos os elementos necessários ao
oferecimento da ação penal, o Inquérito será dispensável.
G) Discricionariedade na sua condução - A autoridade policial pode conduzir a investigação da maneira que
entender mais frutífera, sem necessidade de seguir um padrão pré-estabelecido.
INSTAURAÇÃO
Ação Penal:
I) Pública incondicionada: Não depende da vontade da vítima
II) Pública Condicionada à representação: Depende da manifestação da vítima
III) Privada: É de responsabilidade da vítima
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OBS: no caso de se tratar de uma denúncia anônima.? Nesse caso, estamos diante da delatio criminis
inqualificada, que abrange, inclusive, a chamada disque-denúncia, muito utilizada nos dias de hoje. O Delegado,
quando tomar ciência de fato definido como crime, através de denúncia anônima, não deverá instaurar o IP de
imediato, mas determinar que seja verificada a procedência da denúncia e, caso realmente se tenha notícia do
crime, instaurar o IP.
TRAMITAÇÃO DO IP
A) Diligências Investigatórias
Após a instauração do IP algumas diligências devem ser adotadas pela autoridade policial. Estas diligências estão
previstas no art. 6° do CPP.
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública.
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CONCLUSÃO DO IP
RELATÓRIO (INDICIAMENTO) - somente Delegado de Polícia - A conclusão do inquérito policial é precedida
de relatório final, no qual é descrito todo o procedimento adotado no curso da investigação para esclarecer a
autoria e a materialidade.
A ausência desse relatório e de indiciamento formal do investigado não resulta em prejuízos para
persecução penal, não podendo o juiz ou órgão do Ministério Público determinar o retorno da investigação à
autoridade para concretizá-los, já que constitui mera irregularidade funcional a ser apurada na esfera disciplinar.
CORRETO
Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), o membro do MP ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do
poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos
adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
em curso.
RESUMO ESQUEMATIZADO
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sem esse procedimento investigatório prévio.
e) O IP é peça indispensável à propositura da ação penal pública incondicionada, sob pena de nulidade, e deve
assegurar as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
04 – A respeito do inquérito policial, assinale a opção correta, tendo como referência a doutrina
majoritária e o entendimento dos tribunais superiores.
a) Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o indiciamento, pela
autoridade policial, após o oferecimento da denúncia, mesmo que esta já tenha sido admitida pelo juízo a
quo.
b) O acesso aos autos do inquérito policial por advogado do indiciado se estende, sem restrição, a todos os
documentos da investigação.
c) Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a instauração
de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o
corpo de delito.
d) O arquivamento de inquérito policial mediante promoção do MP por ausência de provas impede a reabertura
das investigações: a decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada material.
e) De acordo com a Lei de Drogas, estando o indiciado preso por crime de tráfico de drogas, o prazo de
conclusão do inquérito policial é de noventa dias, prorrogável por igual período desde que imprescindível
para as investigações
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AÇÃO PENAL
É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. Sua titularidade pertence ao Ministério Público.
PRINICPIOS
Obrigatoriedade – Havendo indícios de autoria e prova da materialidade do delito, o membro do MP
deve oferecer a denúncia, não podendo deixar de fazê-lo, pois não pode dispor da ação penal
Indisponibilidade – Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela desistir ou transigir.
Oficialidade – A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial, no caso, o MP. Entretanto, pode
ocorrer de, transcorrido o prazo legal para que o MP ofereça a denúncia, este não o faça nem promova o
arquivamento do IP, ou seja, fique inerte.
Divisibilidade – A regra é a indivisibilidade, porém havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP
ajuizar a demanda somente em face um ou alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento
em momento posterior, de forma a conseguir mais tempo para reunir elementos de prova.
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O prazo decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art.
São exemplos de crimes dos quais se requer Ação Penal Pública Condicionada por representação: Perigo de
contágio venéreo (art. 130, CP), ameaça (art. 147, CP), violação de correspondência comercial (art. 152, CP),
divulgação de segredo (art. 153, CP), furto de coisa comum (art. 156, CP).
O prazo para ajuizamento da ação penal privada (queixa) é decadencial de seis meses, e começa a fluir
da data em que o ofendido tomou ciência de quem foi o autor do delito.
O ofendido pode ainda, renunciar ao direito de ajuizar a ação (queixa), e se o fizer somente a um dos
infratores, a todos se estenderá,
A renúncia só pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda e pode ser expressa ou tácita.
Após o ajuizamento da demanda o que poderá ocorrer é o perdão do ofendido.
O perdão, à semelhança do que ocorre com a renúncia ao direito de queixa, também pode ser expresso ou
tácito. No primeiro caso, é simples, decorre de manifestação expressa do querelante no sentido de que perdoa o
infrator. No segundo caso, decorre da prática de algum ato incompatível com a intenção de processar o infrator
(ex.: Casar-se com o infrator).
Na ação penal privada pode ocorrer, ainda, a perempção da ação penal, que é a perda do direito de
prosseguir na ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no processo. As hipóteses estão
previstas no art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerarse- á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Trata-se de hipótese na qual a ação penal é, na verdade, pública, ou seja, o seu titular é o MP. No entanto, em
razão da inércia do MP em oferecer a denúncia no prazo legal (em regra, 15 dias se réu solto, ou 05 dias se réu
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preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar uma ação penal privada (queixa) que substitui a ação penal
pública. Esta previsão está contida no art. 29 do CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal.
Por fim, não é admissível o perdão do ofendido na ação penal privada subsidiária da pública, pois se
trata de ação originariamente pública, na qual só se admitiu o manejo da ação privada em razão de uma
circunstância temporal. Tanto é assim que o art. 105 do CP estabelece que:
Trata-se de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença é que, nesta hipótese, somente o
ofendido (mais ninguém, em hipótese nenhuma!) poderá ajuizar ação. Assim, se o ofendido falecer, nada mais
haverá a ser feito, estando extinta a punibilidade, pois a legitimidade não se estende aos sucessores, como
acontece nos demais crimes de ação privada. A única hipótese ainda existente no nosso ordenamento é o
crime previsto Art. 236: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que não seja casamento anterior
O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que
o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver
solto ou afiançado.
O oferecimento da denúncia fora do prazo legal constitui mera irregularidade sem consequências
para o processo.
02 – Considerando o que dispõe o CPP relativamente à ação penal, assinale a opção correta.
a) Nos crimes que se processem mediante ação penal que exija representação, esta será retratável mesmo
após o recebimento da denúncia.
b) Cônjuge, ascendente, descendente ou irmã(o) tem o direito de oferecer a queixa e prosseguir na ação penal
privada em caso de morte do ofendido.
c) Tanto a renúncia quanto o perdão, institutos que se estendem aos corréus e extinguem a punibilidade,
independentemente de aceite, são atos unilaterais de desistência do ofendido em relação à ação penal
privada.
d) Admite-se ação penal privada subsidiária da pública no caso de o Ministério Público manifestar-se pelo
arquivamento do IP ou deixar de oferecer denúncia no prazo legal.
e) Em se tratando de ação penal pública condicionada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público para a propositura da ação penal, fornecendo-lhe informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
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c) Tratando-se de crime de ação privada, a titularidade da acusação é da própria vítima ofendida; sendo vários
os ofensores, caberá à vítima escolher contra quem proporá a queixa.
d) A própria vítima poderá assumir a titularidade da ação pública incondicionada, se o Ministério Público ficar
inerte dentro dos prazos prescritos na lei processual.
e) Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério Público e a vítima, tendo
assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar prosseguimento ao
processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo.
04 – No que se refere aos princípios da ação penal pública incondicionada, assinale a opção correta.
a) O princípio da obrigatoriedade impõe ao MP o dever de promover a ação penal pública incondicionada
quando este considerá-la conveniente para a sociedade.
b) O princípio da indivisibilidade determina que a ação penal pública incondicionada abranja todos os crimes
praticados em concurso formal.
c) O princípio da intranscendência determina que a ação penal incondicionada seja sempre promovida apenas
contra as pessoas a quem se impute a prática de uma infração.
d) O princípio da oficialidade determina que a ação penal pública incondicionada seja intentada
preferencialmente pelo MP, órgão oficial do Estado.
e) O princípio da indisponibilidade determina que o MP pode desistir da ação penal pública incondicionada até a
edição da sentença.
PRISÃO
Prisão pena – É uma punição que decorre da aplicação da lei penal através de uma sentença penal
condenatória irrecorrível (imodificável);
Prisão não-pena – Trata-se não de uma punição (pois ainda não há condenação irrecorrível), mas de uma
medida de NATUREZA CAUTELAR
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é uma modalidade de prisão cautelar que tem como fundamento a prática de um
fato com aparência de fato típico. Assim, quando a autoridade realiza a prisão em flagrante do suspeito, não
deve verificar se ele praticou o fato em legítima defesa, estado de necessidade, etc.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.
1) Flagrante próprio (art. 302, I e II do CPP) – Será considerado flagrante próprio, ou propriamente dito, a
situação do indivíduo que está cometendo o fato criminoso ou que acaba de cometer este fato. Nesse último caso,
é necessário que entendamos a expressão “acaba de cometer”, como a situação daquele que está “com a boca na
botija”, ou seja, acabou de cometer o crime e é surpreendido no cenário do fato;
2) Flagrante impróprio (art. 302, III do CPP) – Aqui, embora o agente não tenha sido encontrado pelas
autoridades no local do fato, é necessário que haja uma perseguição, uma busca pelo indivíduo, ao final da qual,
ele acaba preso. Imaginem que a polícia recebe a notícia de um homicídio. Desloca-se até o local e
imediatamente começa a vascular o bairro e acaba por encontrar aquele que seria o infrator. Nesse caso, temos
o flagrante impróprio;
3) Flagrante presumido (art. 302, IV do CPP) – No flagrante presumido temos as mesmas características do
flagrante impróprio, com a diferença que a Doutrina não exige que tenha havida qualquer perseguição ao suposto
infrator, desde que ele seja surpreendido, logo depois do crime, com objetos (armas, papéis, etc....) que façam
presumir que ele foi o autor do delito. As expressões “acaba de cometê-la”, “logo após”, “logo depois” são
expressões cujo significado é dado pela Doutrina, mas há alguma divergência entre os Doutrinadores. Entretanto,
a maioria entende que sequência temporal é:
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Acaba de cometer o crime, Logo após e Logo depois
MENORES DE 18 ANOS Menores de 12 anos (crianças) não podem sofrer privação da
liberdade, devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar.
Maiores de 12 e menores de 18 anos (adolescentes) podem ser
apreendidos, mas não presos.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO ESTÁ SUJEITO À PRISÃO EM
FLAGRANTE, pois só pode ser preso pela prática de crime
comum após sentença condenatória.
JUÍZES E MEMBROS DO MP Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime
INAFIANÇÁVEL.
PARLAMENTARES DO CONGRESSO Só podem ser presos em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL.
NACIONAL Aplica-se o mesmo aos Deputados Estaduais e Distritais.
DIPLOMATAS ESTRANGEIROS E Não podem ser presos em flagrante
CHEFES DE ESTADOS ESTRANGEIROS
INFRATOR QUE ESPONTANEAMENTE SE Não pode ser preso em flagrante, pois a sua
APRESENTA apresentação espontânea à autoridade impede a
caracterização do flagrante (nos termos do art.
304 do CPP).
AUTOR DE INFRAÇÃO DE MENOR Em regra, não está sujeito à determinação de prisão em
POTENCIAL OFENSIVO (JECRIM) flagrante. No entanto, o art. 69, § único da Lei 9.099/95
estabelece que se aquele que pratica infração de menor potencial
ofensivo (IMPO) se recusar à comparecer ao Juizado ou se negar
a assumir compromisso de comparecer ao Juizado após a
lavratura do Termo Circunstanciado (TC), poderá ser decretada
sua prisão em flagrante.
PESSOA FLAGRADA NA POSSE DE Não cabe a decretação de sua prisão em flagrante (art. 48, § 2°
ENTORPECENTE PARA USO PRÓPRIO da Lei 11.343/06), comprometendo-se o infrator, OU NÃO, à
comparecer ao Juizado.
Isso não impede, entretanto, que qualquer destas pessoas, sendo surpreendida em situação de
flagrante, seja conduzida à Delegacia para o registro do ocorrido e, posteriormente, seja liberada.
Esta condução de quem se encontra em situação de flagrante é chamada de PRISÃO-CONDUÇÃO pela maioria
da Doutrina.
Flagrante provocado ou preparado – Aqui a autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a
situação para que ele cometa o delito e seja preso em flagrante. É o famoso “a ocasião faz o ladrão”. NÃO É
VÁLIDA, pois quem efetuou a prisão criou uma situação que torna impossível a consumação do delito, tratando-
se, portanto, de crime impossível. O STF possui a súmula n° 145 a respeito do tema: NÃO HÁ CRIME, QUANDO
A PREPARAÇÃO DO FLAGRANTE PELA POLÍCIA TORNA IMPOSSÍVEL A SUA CONSUMAÇÃO. A Doutrina e
a Jurisprudência, no entanto, vêm admitindo a validade de flagrante preparado quando o agente provocador
instiga o infrator a praticar um crime apenas para prendê-lo por crime diverso. Exemplo: Imagine o policial que
sobe o morro para prender um vendedor de drogas. Ele pede a droga e o traficante o fornece. Nesse o momento o
policial efetua a prisão, mas não pela venda de droga, que seria crime impossível, mas pelo crime anterior a este,
que é o crime de “ter consigo para venda” substância entorpecente. Nesse caso, o flagrante preparado vem sendo
admitido, pois não há hipótese de crime impossível, eis que o crime já havia ocorrido, sendo a preparação e
instigação meros meios para que o crime consumado fosse descoberto;
Flagrante forjado – Aqui o fato típico não ocorreu, sendo simulado pela autoridade policial para incriminar
falsamente alguém. É ABSOLUTAMENTE ILEGAL. Se quem realiza esse flagrante é autoridade, trata-se de crime
de abuso de autoridade. Se quem pratica é pessoa comum, poderemos estar diante do crime de denunciação
caluniosa. Sabemos que coisas como estas não existem no Brasil, mas já ouvi dizer que na Finlândia isto é muito
comum...
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AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
O Auto de Prisão em Flagrante – APF geralmente é lavrado pela autoridade policial do local em que ocorreu a
PRISÃO, ou, se não houver neste local, a autoridade do local mais próximo, pois é a ela que o preso deve ser
apresentado (art. 308 do CPP). No entanto, nada impede que um Juiz possa lavrar o Auto de Prisão em Flagrante
nos crimes cometidos em sua presença.
E se não houver testemunhas do fato? Nesse caso, não está impossibilitada a prisão em flagrante, mas
deverão assinar com o condutor, duas pessoas que tenham presenciado a apresentação do preso (e não sua
prisão!).
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria
Pública.
E quando o Juiz receber o Auto de Prisão em Flagrante, o que deve fazer? Ao Juiz são facultadas
três opções:
Relaxar a prisão ilegal;
Converter a prisão em prisão preventiva, desde que presentes os requisitos para tal, bem como se mostrarem
inadequadas ou insuficientes as outras medidas cautelares;
Conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança, a depender do caso
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PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva será decretada em que situações? As situações que autorizam a decretação da
prisão preventiva estão elencadas no art. 312 do CPP, e revelam circunstâncias nas quais há fundados indícios de
autoria e prova da materialidade do delito (fumus comissi delicti ou fumus boni iuris), bem como há receio
concreto de que a liberdade do indivíduo possa prejudicar o processo.
Garantia da ordem pública – Muito criticada por boa parte da Doutrina, em razão de seu alto grau de
abstração (qualquer coisa pode ser considerada como garantia da ordem pública), o que violaria inúmeros
direitos fundamentais do réu. No entanto, continua em vigor e é válida, para a maior parte da Doutrina e para
os Tribunais Superiores. A perturbação da ordem pública pode ser conceituada como o abalo provocado na
sociedade em razão da prática de um delito de consequências graves. Assim, a prisão preventiva se justificaria
para restabelecer a tranquilidade social, a sensação de paz em um determinado local (um bairro, uma cidade,
um estado, ou até mesmo no país inteiro);
Garantia da Ordem Econômica – Esta hipótese é direcionada aos crimes do colarinho branco, àquelas
hipóteses em que o agente pratica delitos contra instituições financeiras e entidades públicas, causando sérios
prejuízos financeiros. Atualmente, com a possibilidade de decretação de medida cautelar de suspensão do
exercício de função pública, este fundamento (que já era pouco utilizado), perdeu ainda mais sua razão, eis que
se o fundamento for a proximidade do indivíduo com a função pública, na maioria dos casos o afastamento da
função irá bastar para que a ordem econômica não sofra prejuízos;
Conveniência da Instrução Criminal – Tem a finalidade de evitar que o indivíduo ameace testemunhas,
tente destruir provas, etc. Em resumo, busca evitar que a instrução do processo seja prejudicada em razão da
liberdade do réu. O STJ entende que, se a prisão foi decretada por este motivo, terminando a fase instrutória,
deve o réu ser posto em liberdade, pois não permanece mais o perigo;
Segurança na aplicação da Lei penal – Busca evitar que o indivíduo fuja, de forma a se furtar à aplicação
da pena que possivelmente lhe será imposta. Assim, quando houver indícios de que o indivíduo pretende fugir,
estará presente esta hipótese autorizadora
Entretanto, a este art. 312 foi acrescentado um § único, que estabelece outra hipótese de decretação da
prisão preventiva, que é o descumprimento de alguma das obrigações impostas pelo Juiz como medida
cautelar diversa da prisão:
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de
qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
O art. 314 do CPP traz uma vedação expressa à possibilidade de decretação da preventiva: Quando
o agente praticar o fato acobertado por alguma excludente de ilicitude. Vejamos:
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos
autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
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PRISÃO TEMPORÁRIA
A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar que não se encontra no CPP, estando
regulamentada na Lei 7.960/89. Esta Lei não sofreu alteração pela Lei 12.403/11.
A prisão temporária é uma espécie bem peculiar de prisão cautelar, pois possui prazo certo e só pode ser
determinada DURANTE A INVESTIGAÇÃO POLICIAL. Assim, após o recebimento da denúncia ou queixa,
não poderá ser decretada NEM MANTIDA a prisão temporária.
Além disso, a prisão temporária só pode ser decretada nas hipóteses de crimes previstos no art. 1°, III da Lei
7.960/89, a saber:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
participação do indiciado nos seguintes crimes:
Só é cabível quando estivermos diante de um dos crimes do art. 1°, III da Lei 7.960/89 e que esteja
presente uma das duas situações previstas nos incisos I e II do art. 1° da Lei 7.960/89 – É a posição
que predomina na Doutrina e Jurisprudência. Exige, apenas, dois requisitos: a) Trate-se de crime previsto
na lista do inciso III; b) Esteja presente um dos outros dois requisitos previstos nos incisos I e II.
Assim, não bastaria, por exemplo, que o crime fosse de homicídio doloso. Deveria, ainda, haver a necessidade de
se proceder à prisão temporária por ser indispensável às investigações (indiciado está atrapalhando as
investigações) ou o indiciado não ter residência fixa ou não colaborar para sua identificação
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A prisão temporária NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO pelo Juiz (alguns poucos doutrinadores
entendem que pode), devendo ser requerida pelo MP ou ser objeto de representação da autoridade policial. Neste
último caso, o Juiz deve ouvir o MP antes de decidir.
Quem decreta? O Juiz, desde que haja requerimento do MP ou representação da autoridade policial.
Nunca ex officio (sem requerimento).
Por quanto tempo? 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias (em caso de extrema e comprovada
necessidade).
01) Considerando-se que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter
cometido dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito policial,
por, supostamente, ter cometido homicídio qualificado, é correto afirmar que, no curso dos
inquéritos,
a) se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois de
expedido o mandado judicial.
b) João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a decretação da prisão
temporária de ambos.
c) o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados ou de ambos, independentemente
de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial.
d) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João.
e) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro.
03) A prisão preventiva pode ser decretada se houver indícios suficientes da autoria e prova da
existência do crime e se for necessária, por exemplo, para assegurar a aplicação da lei penal.
Presentes esses requisitos, a prisão preventiva será admitida
a) ainda que configurada alguma excludente de ilicitude.
b) de ofício, pelo juiz, durante a fase de investigação policial.
c) se o agente for acusado da prática de crime doloso e tiver sido condenado pela prática de outro crime doloso
em sentença transitada em julgado menos de cinco anos antes.
d) em caso de acusação pela prática de crimes culposos e preterdolosos punidos com pena privativa de liberdade
máxima superior a quatro anos.
e) em qualquer circunstância se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher.
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05) A respeito de prisão em flagrante, assinale a opção correta.
a) Não pode ser preso em flagrante aquele que é perseguido logo após cometer a infração, mesmo que se
presuma ser ele o autor da infração.
b) A ausência de testemunhas da infração impede a lavratura do auto de prisão em flagrante.
c) O cidadão que presenciar pessoa cometendo uma infração penal tem a obrigação de prendê-la em flagrante.
d) O auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz competente em até vinte e quatro horas após a
realização da prisão.
e) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre devem ser comunicados à família do preso em até 24
horas após a realização da prisão. _______
ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL– PMPB
EDITAL
RINCÍPIOS PENAIS
a) Princípio da Legalidade ou da reserva legal: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal (CF/88, art. 5º, XXXIX e Código Penal (CP) art. 1º).
b) Princípio da proibição da analogia “in malam partem”: Proibição da adequação típica “por semelhança”
entre os fatos.
c) Princípio da anterioridade da lei: Só há crime e pena se o ato foi praticado depois de lei que os define e
esteja em vigor.
d) Princípio da irretroatividade da lei mais severa: A lei só pode retroagir para beneficiar o réu.
e) Princípio da fragmentariedade: O estado só protege os bens jurídicos mais importantes, assim intervém só
nos casos de maior gravidade.
f) Princípio da intervenção mínima: O estado só deve intervir pelo DP “quando os outros ramos do Direito não
conseguirem prevenir a conduta ilícita.”
g) Princípio da ofensividade: Não basta que a conduta seja imoral ou pecaminosa, ela deve ofender um bem
jurídico provocando uma lesão efetiva ou um perigo concreto ao bem.
h) Insignificância ou Bagatela: Baseia no pressuposto de que a tipicidade penal exige um mínimo de lesividade
ao bem jurídico, reconhecendo a “atipicidade do fato nas perturbações jurídicas mais leves.”
i) Princípio da culpabilidade: Só será penalizado quem agiu com dolo ou culpa cometeu um fato atípico e
antijurídico.
j) Princípio da humanidade: O réu deve ser tratado como pessoa humana.
l) Princípio da Proporcionalidade da pena: “A pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela
prática do fato.”
m) Princípio do estado de inocência: “Ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.”
n) Princípio da igualdade: Todos são iguais perante a lei.
o) Princípio do “ne bis in idem”: É dizer que ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
QUESTÃO - O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental da pessoa,
impedindo que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu cometimento, não constituía
delito é
a)atipicidade. d)analogia.
b)reserva legal. e)territorialidade.
c)punibilidade.
QUESTÃO 02 - direito penal não admite analogias incriminadoras Essa afirmativa é uma decorrência
do princípio da:
a) adequação social. d) legalidade.
b) responsabilidade penal pessoal. e) responsabilidade penal subjetiva.
c) individualização das penas.
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LEI PENAL NO TEMPO
Em regra, aplica-se a lei penal vigente ao tempo da prática do fato criminoso, de acordo com o princípio
do tempus regit actum. Quer-se dizer que a lei penal produzirá efeitos, em regra, no período da sua vigência, de
acordo com a lei vigente na época do fato. Assim, praticado um crime, por exemplo, na data de 22 de julho de
2013, reger-se-á a pretensão punitiva estatal, a princípio, de acordo com as regras vigentes nesta data. Exceção à
regra supracitada ocorre nos casos de extra-atividade da lei penal, em que abrange a retroatividade da lei mais
benéfica e sua ultra-atividade.
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
INFRAÇÃO PENAL
Espécies
No Direito penal brasileiro, as infrações penais são subdivididas em crimes e contravenções, sendo
consideradas crimes as infrações às quais a Lei preveja sanção com pena de reclusão ou de detenção, não
importando se cominada com pena de multa, seja de forma alternativa, seja cumulativa. Já são classificadas
como contravenção, ou "crime-anão", as infrações cuja pena cominada previamente em lei, seja pena de prisão
simples ou multa, não importando se tais penas forem previstas como de aplicação isolada, alternativa ou
cumulativa. A definição de infração penal no Direito Brasileiro está prevista na Lei de Introdução ao Código Penal,
em seu artigo 1º
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Crime plurissubjetivo é aquele que, por sua conceituação típica, exige dois ou mais agentes para a prática
da conduta criminosa. As condutas podem ter o mesmo objetivo, como no crime de quadrilha, ou divergentes, em
que as ação são dirigidas de uns contra outros, como na rixa. Crime plurissubjetivo passivo é aquele que demanda
mais de um sujeito passivo na infração, como ocorre na violação de correspondência.
Crime habitual
Crime habitual é constituído de uma reiteração de atos (penalmente indiferentes de per si), que constituem
um todo, um delito apenas, traduzindo geralmente um modo ou estilo de vida. Nestes casos, a prática de um ato
apenas não seria típica: o conjunto de vários, praticados com habitualidade, é que configura o crime (ex.:
curandeirismo).
Crime profissional
O crime profissional é qualquer delito praticado por aquele que exerce uma profissão e utiliza-a para
atividade ilícita (ex.: aborto praticado por médicos).
Crime exaurido
O crime é exaurido quando, após a consumação, que ocorre quando estiverem preenchidos no fato concreto
o tipo objetivo, o agente o leva a consequências mais lesivas.
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ameaça, a consumação dá-se com a prática do fato, não se exigindo que a vítima realmente fique intimidada; no
de injúria é suficiente que ela exista, independentemente da reação psicológica do indivíduo).
No crime de mera conduta a lei não exige qualquer resultado naturalístico, contentando-se com a ação ou omissão
do agente. Em outras palavras, o crime é classificado como sendo de mera conduta quando não é relevante o
resultado material (ex.: violação de domicílio, ato obsceno, omissão de notificação de doença e a maioria das
contravenções).
Crimes complexos
O crime é complexo quando encerra dois ou mais tipos em uma única descrição legal (ex.: roubo = furto +
ameaça), ou quando, em uma figura típica, abrange um tipo simples acrescido de fatos ou circunstâncias que, em
si, não são típicos (ex.: constrangimento ilegal = crime de ameaça + outro fato, que é a vítima fazer o que não
quer ou não fazer o que deseja).
Crimes vagos
Crimes vagos são aqueles em que o sujeito passivo é uma coletividade sem personalidade jurídica, como a família,
por exemplo.
Crimes militares
Os crimes militares estão divididos, segundo o Código Penal Militar, em crimes militares em tempo de paz e crimes
militares em tempo de guerra. São ainda divididos em puramente militares e impróprios.
Crimes hediondos
A Constituição Federal de 1988 dispôs que são considerados inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia os
crimes definidos como hediondos (art. 5º, inc. XLIII). São crimes que, por sua natureza ou forma de execução, se
mostram repugnantes causando clamor público e intensa repulsa, e estão relacionados no art. 1º da Lei 8072/90.
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CONCEITO DE CRIME
Conceito formal - Sob o enfoque formal, crime é aquilo que está estabelecido em uma norma penal
incriminadora, sob ameaça de pena.
Conceito material - Para o conceito material, crime é comportamento humano causador de lesão ou perigo de
lesão ao bem jurídico tutelado, passível de sanção penal.
Conceito formal-material - A doutrina moderna traz um terceiro conceito, resultado da fusão dos dois
conceitos anteriores.
Assim, temos: crime é aquilo que está estabelecido em lei, consistente num comportamento humano causador
de lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado, passível de sanção penal.
Conceito analítico - O conceito analítico leva em consideração os elementos que compõem a infração penal.
Analisa-se o crime sob o aspecto da sua estrutura.
Com efeito, prevalece que crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade (teoria tripartite)
QUESTÃO - Majoritariamente entende-se que, de acordo com o conceito analítico, crime é um:
a) Fato típico e antijurídico.
b) Fato antijurídico e culpável.
c) Fato típico, antijurídico e culpável.
d) Fato típico, antijurídico, culpável e punível.
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SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO DA INFRAÇÃO PENAL.
Sujeito passivo
Trata-se da pessoa ou ente que sofre as consequências da infração penal. Podem ser sujeito passivo:
pessoa física, pessoa jurídica e entes sem personalidade jurídica (ex.: família, coletividade – nestes casos, tem-
se o chamado crime vago).
Através da aplicação dos “princípios que solucionam o conflito aparente de normas”, é possível obter a solução ao
caso concreto, uma vez que, tais princípios afastam as normas incidentes e indica as normas penais que
verdadeiramente é aplicável à situação, afastando as demais, e, com isso evitando o chamando bis in idem.
1. Princípio da Subsidiariedade - A norma subsidiária descreve um grau menor de violação de um mesmo bem
jurídico, ou seja, um fato menos amplo e menos grave, que definido como delito autônomo é também
compreendido como parte da fase normal de execução de crimes mais grave.
2. Princípio da Consunção - Princípio segundo o qual o fato mais amplo e mais grave absorve outros menos
amplos e graves, que funcionam como fase normal de preparação ou execução ou mero exaurimento.
3. Princípio da Especialidade - O Princípio da Especialidade, majoritariamente, para os doutrinadores é o mais
importante dos princípios utilizados para sanar o conflito aparente de normas penais. Os demais princípios
“somente devem ser lembrados quando o primeiro não resolver satisfatoriamente os conflitos”.
QUESTÃO 06 - Em relação aos sujeitos ativo e passivo da infração penal no ordenamento jurídico
brasileiro, assinale a opção incorreta.
a) A pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de infração penal.
b) Sujeito ativo do crime é aquele que pratica a conduta descrita na lei.
c) Sujeito passivo do crime é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa.
d) O conceito de sujeito ativo da infração penal abrange não só aquele que pratica a ação principal, mas também
quem colabora de alguma forma para a prática do fato criminoso.
e) Parte da doutrina entende que, sob o aspecto formal, o Estado é sempre sujeito passivo do crime.
CONCURSO DE PESSOAS.
Conceito e teorias
O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de um pessoa. Tal cooperação da prática da
conduta delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de delinquentes ou de agentes, entre
outras formas. Existem ainda três teorias sobre o concurso de pessoas, vejamos:
a) teoria unitária: quando mais de um agente concorre para a prática da infração penal, mas cada um praticando
conduta diversa do outro, obtendo, porém, um só resultado. Neste caso, haverá somente um delito. Assim, todos
os agentes incorrem no mesmo tipo penal. Tal teoria é adotada pelo Código Penal.
b) teoria pluralista: quando houver mais de um agente, praticando cada um conduta diversa dos demais, ainda
que obtendo apenas um resultado, cada qual responderá por um delito. Esta teoria foi adotada pelo Código Penal
ao tratar do aborto, pois quando praticado pela gestante, esta incorrerá na pena do art. 124, se praticado por
outrem, aplicar-se-á a pena do art. 126. O mesmo procedimento ocorre na corrupção ativa e passiva.
c) teoria dualista: segundo tal teoria, quando houver mais de um agente, com diversidades de conduta,
provocando-se um resultado, deve-se separar os coautores e partícipes, sendo que cada "grupo" responderá por
um delito.
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Coautoria e participação
Sobre o assunto, preceitua o art. 29 do CP que, "quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade", dessa forma deve-se analisar cada caso concreto de
modo a verificar a proporção da colaboração. Além disso, se a participação for de menor importância, a pena pode
ser diminuída de um sexto a um terço, segundo disposição do § 1º do artigo supramencionado, e se algum dos
concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até
metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave (art. 29, § 2º, do CP).
QUESTÃO - Considere as regras básicas aplicáveis ao Direito Penal e ao Direito Processual Penal
para assinalar a alternativa correta sobre a figura legal ligada à noção de que quem, de qualquer
modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
a) Concurso de crimes
b) Concurso de pessoas
c) Crime continuado
d) Crime formal
e) Crime consumado
1) Homicídio
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a
defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
2) Lesões corporais
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
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Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de
produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um
terço.
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil
réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
Aumento de pena
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4 o e 6o do art. 121 deste
Código
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
Violência Doméstica
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9 o deste artigo,
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa
portadora de deficiência.
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição, a pena é aumentada de um a dois terços.
3) Rixa
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa,
a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
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Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave
ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se
resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um
terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a
obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta
lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida:
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Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem:
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de
lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo:
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda
ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
QUESTÕES
01) Entre janeiro e agosto de 2012, três amigos, unidos de modo estável e permanente, com o
propósito comum de praticar crimes, assaltaram cinco residências em ocasiões diversas. Os três
agiram sempre na mesma região e de igual forma: a vítima era abordada na garagem, ao chegar a
casa, depois das 18 horas, e ameaçada com revólveres; em seguida, eles entravam na casa,
amarravam, amordaçavam e trancavam as pessoas presentes em um cômodo; feito isso, recolhiam
as coisas de valor e fugiam no carro da família.
Nessa situação hipotética, os agentes devem ser punidos por
a) roubo e constrangimento ilegal. d) roubo circunstanciado.
b) roubo e ameaça. e) roubo e violação de domicílio.
c) roubo e sequestro.
02) Maria, que trabalhava havia anos em serviço terceirizado de limpeza, aproveitando-se de que o
delegado-chefe da delegacia de polícia de Recife, onde trabalhava à época, estava ausente, entrou
em sua sala e subtraiu para si um telefone celular que estava sobre a mesa. O delegado tinha total
confiança em Maria, tanto que muitas vezes deixava bens públicos e privados sob seus cuidados. O
bem subtraído foi avaliado em R$ 3.000.
Nessa situação hipotética, Maria responderá por
a) furto qualificado por abuso de confiança.
b) furto privilegiado.
c) peculato.
d) apropriação indébita.
e) extravio.
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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMEEBBRO DE 1965.
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c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz § 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as
competente a prisão ou detenção de qualquer regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e
pessoa; consistirá em:
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;
b) detenção por dez dias a seis meses;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de
proponha a prestar fiança, permitida em lei;
qualquer outra função pública por prazo até três
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade anos.
policial carceragem, custas, emolumentos ou
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior
qualquer outra despesa, desde que a cobrança não
poderão ser aplicadas autônoma ou
tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer
cumulativamente.
quanto ao seu valor;
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade
autoridade policial, civil ou militar, de qualquer
policial recibo de importância recebida a título de
categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou
carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer
acessória, de não poder o acusado exercer funções
outra despesa;
de natureza policial ou militar no município da culpa,
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa por prazo de um a cinco anos.
natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou
Art. 7º recebida a representação em que for
desvio de poder ou sem competência legal;
solicitada a aplicação de sanção administrativa, a
i) prolongar a execução de prisão temporária, de autoridade civil ou militar competente determinará a
pena ou de medida de segurança, deixando de instauração de inquérito para apurar o fato.
expedir em tempo oportuno ou de cumprir
§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas
imediatamente ordem de liberdade. (Incluído
estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou
pela Medida Provisória nº 111, de 1989)
federais, civis ou militares, que estabeleçam o
i) prolongar a execução de prisão temporária, de respectivo processo.
pena ou de medida de segurança, deixando de
§ 2º não existindo no município no Estado ou na
expedir em tempo oportuno ou de cumprir
legislação militar normas reguladoras do inquérito
imediatamente ordem de
administrativo serão aplicadas supletivamente, as
liberdade. (Incluído pela Lei nº 7.960, de
disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, de
21/12/89)
28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos Públicos Civis da União).
desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função
§ 3º O processo administrativo não poderá ser
pública, de natureza civil, ou militar, ainda que
sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação
transitoriamente e sem remuneração.
penal ou civil.
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à
Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha
sanção administrativa civil e penal.
funcional da autoridade civil ou militar.
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo
Art. 9º Simultaneamente com a representação
com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:
dirigida à autoridade administrativa ou
a) advertência; independentemente dela, poderá ser promovida pela
vítima do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou
b) repreensão;
ambas, da autoridade culpada.
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de
Art. 10. Vetado
cinco a cento e oitenta dias, com perda de
vencimentos e vantagens; Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do
Código de Processo Civil.
d) destituição de função;
Art. 12. A ação penal será iniciada,
e) demissão;
independentemente de inquérito policial ou
f) demissão, a bem do serviço público. justificação por denúncia do Ministério Público,
instruída com a representação da vítima do abuso.
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o
valor do dano, consistirá no pagamento de uma Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a
indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros. representação da vítima, aquele, no prazo de
quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que o
fato narrado constitua abuso de autoridade, e
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requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de
designação de audiência de instrução e julgamento. precatória para a audiência ou a intimação de
testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14,
§ 1º A denúncia do Ministério Público será
letra "b", requerimentos para a realização de
apresentada em duas vias.
diligências, perícias ou exames, a não ser que o Juiz,
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de em despacho motivado, considere indispensáveis tais
autoridade houver deixado vestígios o ofendido ou o providências.
acusado poderá:
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o
a) promover a comprovação da existência de tais porteiro dos auditórios ou o oficial de justiça declare
vestígios, por meio de duas testemunhas aberta a audiência, apregoando em seguida o réu, as
qualificadas; testemunhas, o perito, o representante do Ministério
Público ou o advogado que tenha subscrito a queixa
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes
e o advogado ou defensor do réu.
da audiência de instrução e julgamento, a
designação de um perito para fazer as verificações Parágrafo único. A audiência somente deixará de
necessárias. realizar-se se ausente o Juiz.
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o
e prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o Juiz não houver comparecido, os presentes poderão
apresentarão por escrito, querendo, na audiência de retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de
instrução e julgamento. termos de audiência.
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será
representação poderá conter a indicação de mais pública, se contrariamente não dispuser o Juiz, e
duas testemunhas. realizar-se-á em dia útil, entre dez (10) e dezoito
(18) horas, na sede do Juízo ou, excepcionalmente,
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
no local que o Juiz designar.
apresentar a denúncia requerer o arquivamento da
representação, o Juiz, no caso de considerar Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação
improcedentes as razões invocadas, fará remessa da e o interrogatório do réu, se estiver presente.
representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu
denúncia, ou designará outro órgão do Ministério
advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor
Público para oferecê-la ou insistirá no arquivamento,
para funcionar na audiência e nos ulteriores termos
ao qual só então deverá o Juiz atender.
do processo.
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer
Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o
a denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida
perito, o Juiz dará a palavra sucessivamente, ao
ação privada. O órgão do Ministério Público poderá,
Ministério Público ou ao advogado que houver
porém, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
subscrito a queixa e ao advogado ou defensor do
denúncia substitutiva e intervir em todos os termos
réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um,
do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no
prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz.
caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal. Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá
imediatamente a sentença.
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo
de quarenta e oito horas, proferirá despacho, Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará
recebendo ou rejeitando a denúncia. no livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá,
em resumo, os depoimentos e as alegações da
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz
acusação e da defesa, os requerimentos e, por
designará, desde logo, dia e hora para a audiência de
extenso, os despachos e a sentença.
instrução e julgamento, que deverá ser realizada,
improrrogavelmente. dentro de cinco dias. Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante
do Ministério Público ou o advogado que houver
§ 2º A citação do réu para se ver processar, até
subscrito a queixa, o advogado ou defensor do réu e
julgamento final e para comparecer à audiência de
o escrivão.
instrução e julgamento, será feita por mandado
sucinto que, será acompanhado da segunda via da Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte
representação e da denúncia. forem difíceis e não permitirem a observância dos
prazos fixados nesta lei, o juiz poderá aumentá-las,
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa
sempre motivadamente, até o dobro.
poderão ser apresentada em juízo,
independentemente de intimação. Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as
normas do Código de Processo Penal, sempre que
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compatíveis com o sistema de instrução e julgamento contra seu cônjuge, companheiro ou parente
regulado por esta lei. consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Parágrafo único. Das decisões, despachos e
sentenças, caberão os recursos e apelações previstas II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso
no Código de Processo Penal. incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, §
2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma
CRIMES HEDIONDOS
qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e
3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
TEXTO CONSTITUCIONAL
Art. 5º, inc. XLIII - a lei considerará crimes V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 12.015, de 2009)
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, §
O que é um crime hediondo?
1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
O delito hediondo é aquele considerado bárbaro,
repugnante, asqueroso. VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou
alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou
SISTEMAS medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B,
Sistema Judicial: cabe ao juiz, no caso concreto, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho
afirmar se o crime é ou não hediondo. de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de
Sistema Misto: o legislador apresenta rol 1998)
exemplificativo de crimes hediondos, permitindo ao VIII - favorecimento da prostituição ou de outra
juiz encontrar outros casos. forma de exploração sexual de criança ou
Sistema Legal: a lei define os crimes hediondos. adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§
O Brasil adotou o Sistema LEGAL 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)
O ROL de crimes previsto neste artigo é TAXATIVO.
A tortura, o tráfico de drogas e o terrorismo, não são
crimes hediondos, pois não estão elencados no art. Parágrafo único. Consideram-se também
1º, entretanto são equiparados, por força do art. 2º hediondos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o,
desta Lei. 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e
o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.- restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22
de dezembro de 2003, todos tentados ou
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes consumados. (Redação dada pela Lei nº
crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 13.497, de 2017)
7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados
ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da
1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.-
Súmula Vinculante)
I - anistia, graça e indulto;
I – homicídio
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de
o (art. 121), quando praticado em atividade típica de
2007)
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2 o, § 1o A pena por crime previsto neste artigo será
incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela cumprida inicialmente em regime
Lei nº 13.142, de 2015) fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de
2007)
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima
(art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte § 2o A progressão de regime, no caso dos
(art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-
ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três
e da Força Nacional de Segurança Pública, no quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº
exercício da função ou em decorrência dela, ou 11.464, de 2007)
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§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz Parágrafo único.
decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar ........................................................
em liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.
de 2007)
........................................................................
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei
no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes Art. 267. ...............................................................
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
dias, prorrogável por igual período em caso de ........................................................................
extrema e comprovada necessidade. (Incluído
pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 270. ...............................................................
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
segurança máxima, destinados ao cumprimento de ......................................................................."
penas impostas a condenados de alta periculosidade, Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o
cuja permanência em presídios estaduais ponha em seguinte parágrafo:
risco a ordem ou incolumidade pública.
"Art. 159. ..............................................................
Art. 4º (Vetado).
........................................................................
Art. 5º Ao art. 83 do ódigo Penal é acrescido o
seguinte inciso: § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando,
o co-autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a
"Art. 83. .............................................................. libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de
........................................................................ um a dois terços."
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena
de condenação por crime hediondo, prática da prevista no art. 288 do Código Penal, quando se
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico
afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
específico em crimes dessa natureza." Parágrafo único. O participante e o associado que
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, denunciar à autoridade o bando ou quadrilha,
2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; possibilitando seu desmantelamento, terá a pena
267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, reduzida de um a dois terços.
passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes
"Art. 157. ............................................................. capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159,
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua
pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da combinação com o art. 223, caput e parágrafo
multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta único, 214e sua combinação com o art. 223,
anos, sem prejuízo da multa. caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são
acrescidas de metade, respeitado o limite superior de
........................................................................ trinta anos de reclusão, estando a vítima em
Art. 159. ............................................................... qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. do Código Penal.
Art. 213. ............................................................... Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Pena - reclusão, de seis a dez anos.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 214. ...............................................................
Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência
Pena - reclusão, de seis a dez anos. e 102º da República.
........................................................................
Art. 223. ...............................................................
Pena - reclusão, de oito a doze anos.
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TORTURA § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo
a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena
em regime fechado.
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o
Define os crimes de tortura e dá outras crime não tenha sido cometido em território nacional,
providências sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente
em local sob jurisdição brasileira.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o publicação.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei: Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13
de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do
Art. 1º Constitui crime de tortura: Adolescente.
I - constranger alguém com emprego de violência ou Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e
grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou 109º da República.
mental:
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
a) com o fim de obter informação, declaração ou Nelson A. Jobim
confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou
autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como Dispõe sobre registro, posse e comercialização de
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional
caráter preventivo. de Armas – Sinarm.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento CAPÍTULO IV
físico ou mental, por intermédio da prática de ato DOS CRIMES E DAS PENAS
não previsto em lei ou não resultante de medida Posse irregular de arma de fogo de uso
legal. permitido
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda
quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, arma de fogo, acessório ou munição, de uso
incorre na pena de detenção de um a quatro anos. permitido, em desacordo com determinação legal ou
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou regulamentar, no interior de sua residência ou
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez dependência desta, ou, ainda no seu local de
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
dezesseis anos. legal do estabelecimento ou empresa:
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e
multa.
I - se o crime é cometido por agente público;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, Omissão de cautela
deficiente e adolescente;
Art. 13. Deixar de observar as cautelas
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se
(sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse
de 2003) ou que seja de sua propriedade:
III - se o crime é cometido mediante seqüestro. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, multa.
função ou emprego público e a interdição para seu Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. proprietário ou diretor responsável de empresa de
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível segurança e transporte de valores que deixarem de
de graça ou anistia. registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de
extravio de arma de fogo, acessório ou munição que
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estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte qualquer outro sinal de identificação raspado,
quatro) horas depois de ocorrido o fato. suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, explosivo a criança ou adolescente; e
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,
manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, munição ou explosivo.
acessório ou munição, de uso permitido, sem Comércio ilegal de arma de fogo
autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar: Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar,
conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda,
e multa. ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é alheio, no exercício de atividade comercial ou
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem
registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1) autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:
Disparo de arma de fogo Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar e multa.
munição em lugar habitado ou em suas adjacências, Parágrafo único. Equipara-se à atividade
em via pública ou em direção a ela, desde que essa comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
conduta não tenha como finalidade a prática de outro qualquer forma de prestação de serviços, fabricação
crime: ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, exercido em residência.
e multa. Tráfico internacional de arma de fogo
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada
inafiançável. (Vide Adin 3.112-1) ou saída do território nacional, a qualquer título, de
arma de fogo, acessório ou munição, sem
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso autorização da autoridade competente:
restrito Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, multa.
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo,
empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma acessório ou munição forem de uso proibido ou
de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito.
restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15,
16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e forem praticados por integrante dos órgãos e
multa. empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e
quem: 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou Adin 3.112-1)
qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou
artefato; ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
II – modificar as características de arma de
fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar
ou de qualquer modo induzir a erro autoridade Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
policial, perito ou juiz; Adolescente e dá outras providências.
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar
artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou Título I
em desacordo com determinação legal ou Das Disposições Preliminares
regulamentar; Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou criança e ao adolescente.
fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
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Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Título III
Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e Da Prevenção
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade. Capítulo I
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provocar qualquer dano físico em caso de utilização II - políticas e programas de assistência social, em
indevida; caráter supletivo, para aqueles que deles necessitem
V - revistas e publicações a que alude o art. 78; II - serviços, programas, projetos e benefícios de
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. assistência social de garantia de proteção social e de
prevenção e redução de violações de direitos, seus
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou agravamentos ou reincidências; (Redação dada
adolescente em hotel, motel, pensão ou pela Lei nº 13.257, de 2016)
estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou
acompanhado pelos pais ou responsável. III - serviços especiais de prevenção e atendimento
médico e psicossocial às vítimas de negligência,
Seção III maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e
Da Autorização para Viajar opressão;
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da IV - serviço de identificação e localização de pais,
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
responsável, sem expressa autorização judicial. V - proteção jurídico-social por entidades de defesa
§ 1º A autorização não será exigida quando: dos direitos da criança e do adolescente.
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da VI - políticas e programas destinados a prevenir
criança, se na mesma unidade da Federação, ou ou abreviar o período de afastamento do convívio
incluída na mesma região metropolitana; familiar e a garantir o efetivo exercício do direito à
b) a criança estiver acompanhada: convivência familiar de crianças e adolescentes;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro Vigência
grau, comprovado documentalmente o parentesco;
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo sob forma de guarda de crianças e adolescentes
pai, mãe ou responsável. afastados do convívio familiar e à adoção,
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos especificamente inter-racial, de crianças maiores ou
pais ou responsável, conceder autorização válida por de adolescentes, com necessidades específicas de
dois anos. saúde ou com deficiências e de grupos de
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
autorização é dispensável, se a criança ou 2009) Vigência
adolescente: Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou I - municipalização do atendimento;
responsável; II - criação de conselhos municipais, estaduais e
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado nacional dos direitos da criança e do adolescente,
expressamente pelo outro através de documento órgãos deliberativos e controladores das ações em
com firma reconhecida. todos os níveis, assegurada a participação popular
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, paritária por meio de organizações representativas,
nenhuma criança ou adolescente nascido em segundo leis federal, estaduais e municipais;
território nacional poderá sair do País em companhia III - criação e manutenção de programas específicos,
de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. observada a descentralização político-administrativa;
Parte Especial IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e
Título I municipais vinculados aos respectivos conselhos dos
direitos da criança e do adolescente;
Da Política de Atendimento
V - integração operacional de órgãos do Judiciário,
Capítulo I Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e
Disposições Gerais Assistência Social, preferencialmente em um mesmo
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da local, para efeito de agilização do atendimento inicial
criança e do adolescente far-se-á através de um a adolescente a quem se atribua autoria de ato
conjunto articulado de ações governamentais e não- infracional;
governamentais, da União, dos estados, do Distrito VI - mobilização da opinião pública no sentido da
Federal e dos municípios. indispensável participação dos diversos segmentos da
Art. 87. São linhas de ação da política de sociedade.
atendimento: VI - integração operacional de órgãos do
I - políticas sociais básicas; Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho
Tutelar e encarregados da execução das políticas
sociais básicas e de assistência social, para efeito de
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agilização do atendimento de crianças e de VI - liberdade assistida; (Redação dada pela
adolescentes inseridos em programas de acolhimento Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
familiar ou institucional, com vista na sua rápida VII - internação.
reintegração à família de origem ou, se tal solução se
mostrar comprovadamente inviável, sua colocação VII - semiliberdade; e (Redação dada pela
em família substituta, em quaisquer das modalidades Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
previstas no art. 28 desta Lei; (Redação VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594,
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência de 2012) (Vide)
VII - mobilização da opinião pública para a Parágrafo único. As entidades governamentais e não-
indispensável participação dos diversos segmentos da governamentais deverão proceder à inscrição de seus
sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de programas, especificando os regimes de
2009) Vigência atendimento, na forma definida neste artigo, junto
VIII - especialização e formação continuada dos ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
profissionais que trabalham nas diferentes áreas da Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e
atenção à primeira infância, incluindo os de suas alterações, do que fará comunicação ao
conhecimentos sobre direitos da criança e sobre Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.
desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº § 1o As entidades governamentais e não
13.257, de 2016) governamentais deverão proceder à inscrição de seus
IX - formação profissional com abrangência dos programas, especificando os regimes de
diversos direitos da criança e do adolescente que atendimento, na forma definida neste artigo, no
favoreça a intersetorialidade no atendimento da Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
criança e do adolescente e seu desenvolvimento Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e
integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de de suas alterações, do que fará comunicação ao
2016) Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
X - realização e divulgação de pesquisas sobre Vigência
desenvolvimento infantil e sobre prevenção da
violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Os recursos destinados à implementação
e manutenção dos programas relacionados neste
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e artigo serão previstos nas dotações orçamentárias
dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da dos órgãos públicos encarregados das áreas de
criança e do adolescente é considerada de interesse Educação, Saúde e Assistência Social, dentre outros,
público relevante e não será remunerada. observando-se o princípio da prioridade absoluta à
Capítulo II criança e ao adolescente preconizado pelo caput
Das Entidades de Atendimento do art. 227 da Constituição Federal e pelo caput e
parágrafo único do art. 4o desta
Seção I Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Disposições Gerais 2009) Vigência
Art. 90. As entidades de atendimento são § 3o Os programas em execução serão
responsáveis pela manutenção das próprias reavaliados pelo Conselho Municipal dos Direitos da
unidades, assim como pelo planejamento e execução Criança e do Adolescente, no máximo, a cada 2
de programas de proteção e sócio-educativos (dois) anos, constituindo-se critérios para renovação
destinados a crianças e adolescentes, em regime da autorização de funcionamento: (Incluído
de: (Vide) pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - orientação e apoio sócio-familiar; I - o efetivo respeito às regras e princípios
II - apoio sócio-educativo em meio aberto; desta Lei, bem como às resoluções relativas à
modalidade de atendimento prestado expedidas
III - colocação familiar; pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
IV - abrigo; Adolescente, em todos os níveis; (Incluído pela Lei
IV - acolhimento institucional; (Redação nº 12.010, de 2009) Vigência
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - a qualidade e eficiência do trabalho
V - liberdade assistida; desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo
Ministério Público e pela Justiça da Infância e da
V - prestação de serviços à comunidade; Juventude; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
(Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2009) Vigência
2012) (Vide)
III - em se tratando de programas de
VI - semi-liberdade; acolhimento institucional ou familiar, serão
considerados os índices de sucesso na reintegração
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familiar ou de adaptação à família substituta, V - não desmembramento de grupos de irmãos;
conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 12.010, VI - evitar, sempre que possível, a transferência para
de 2009) Vigência outras entidades de crianças e adolescentes
Art. 91. As entidades não-governamentais somente abrigados;
poderão funcionar depois de registradas no Conselho VII - participação na vida da comunidade local;
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o
qual comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à VIII - preparação gradativa para o desligamento;
autoridade judiciária da respectiva localidade. IX - participação de pessoas da comunidade no
Parágrafo único. Será negado o registro à entidade processo educativo.
que: Parágrafo único. O dirigente de entidade de abrigo e
§ 1 Será negado o registro à entidade que:
o equiparado ao guardião, para todos os efeitos de
(Incluído pela Lei nº 12.010, de direito.
2009) Vigência § 1o O dirigente de entidade que desenvolve
a) não ofereça instalações físicas em condições programa de acolhimento institucional é equiparado
adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e ao guardião, para todos os efeitos de
segurança; direito. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
b) não apresente plano de trabalho compatível com
os princípios desta Lei; § 2o Os dirigentes de entidades que
desenvolvem programas de acolhimento familiar ou
c) esteja irregularmente constituída; institucional remeterão à autoridade judiciária, no
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. máximo a cada 6 (seis) meses, relatório
e) não se adequar ou deixar de cumprir as circunstanciado acerca da situação de cada criança
resoluções e deliberações relativas à modalidade de ou adolescente acolhido e sua família, para fins da
atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de reavaliação prevista no § 1o do art. 19 desta
Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
níveis. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência § 3o Os entes federados, por intermédio dos
§ 2o O registro terá validade máxima de 4 (quatro) Poderes Executivo e Judiciário, promoverão
anos, cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da conjuntamente a permanente qualificação dos
Criança e do Adolescente, periodicamente, reavaliar profissionais que atuam direta ou indiretamente em
o cabimento de sua renovação, observado o disposto programas de acolhimento institucional e destinados
no § 1odeste artigo. (Incluído pela Lei nº à colocação familiar de crianças e adolescentes,
12.010, de 2009) Vigência incluindo membros do Poder Judiciário, Ministério
Público e Conselho Tutelar. (Incluído pela Lei nº
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de 12.010, de 2009) Vigência
abrigo deverão adotar os seguintes princípios:
§ 4o Salvo determinação em contrário da
Art. 92. As entidades que desenvolvam autoridade judiciária competente, as entidades que
programas de acolhimento familiar ou institucional desenvolvem programas de acolhimento familiar ou
deverão adotar os seguintes princípios: institucional, se necessário com o auxílio do Conselho
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de Tutelar e dos órgãos de assistência social,
2009) Vigência estimularão o contato da criança ou adolescente com
I - preservação dos vínculos familiares; seus pais e parentes, em cumprimento ao disposto
I - preservação dos vínculos familiares e nos incisos I e VIII do caput deste artigo.
promoção da reintegração familiar; (Redação (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5o As entidades que desenvolvem programas
II - integração em família substituta, quando de acolhimento familiar ou institucional somente
esgotados os recursos de manutenção na família poderão receber recursos públicos se comprovado o
natural ou extensa; (Redação dada pela Lei nº atendimento dos princípios, exigências e finalidades
12.010, de 2009) Vigência desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
II - integração em família substituta, quando
esgotados os recursos de manutenção na família de § 6o O descumprimento das disposições desta
origem; Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva
programas de acolhimento familiar ou institucional é
III - atendimento personalizado e em pequenos causa de sua destituição, sem prejuízo da apuração
grupos; de sua responsabilidade administrativa, civil e
IV - desenvolvimento de atividades em regime de co- criminal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
educação; 2009) Vigência
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§ 7o Quando se tratar de criança de 0 (zero) a IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos,
3 (três) anos em acolhimento institucional, dar-se-á odontológicos e farmacêuticos;
especial atenção à atuação de educadores de X - propiciar escolarização e profissionalização;
referência estáveis e qualitativamente significativos,
às rotinas específicas e ao atendimento das XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de
necessidades básicas, incluindo as de afeto como lazer;
prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, de XII - propiciar assistência religiosa àqueles que
2016) desejarem, de acordo com suas crenças;
Art. 93. As entidades que mantenham programas de XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada
abrigo poderão, em caráter excepcional e de caso;
urgência, abrigar crianças e adolescentes sem prévia XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com
determinação da autoridade competente, fazendo intervalo máximo de seis meses, dando ciência dos
comunicação do fato até o 2º dia útil imediato. resultados à autoridade competente;
Art. 93. As entidades que mantenham XV - informar, periodicamente, o adolescente
programa de acolhimento institucional poderão, em internado sobre sua situação processual;
caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e
adolescentes sem prévia determinação da autoridade XVI - comunicar às autoridades competentes todos
competente, fazendo comunicação do fato em até 24 os casos de adolescentes portadores de moléstias
(vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da infecto-contagiosas;
Juventude, sob pena de XVII - fornecer comprovante de depósito dos
responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº pertences dos adolescentes;
12.010, de 2009) Vigência XVIII - manter programas destinados ao apoio e
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a acompanhamento de egressos;
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público e se XIX - providenciar os documentos necessários ao
necessário com o apoio do Conselho Tutelar local, exercício da cidadania àqueles que não os tiverem;
tomará as medidas necessárias para promover a
imediata reintegração familiar da criança ou do XX - manter arquivo de anotações onde constem
adolescente ou, se por qualquer razão não for isso data e circunstâncias do atendimento, nome do
possível ou recomendável, para seu encaminhamento adolescente, seus pais ou responsável, parentes,
a programa de acolhimento familiar, institucional ou endereços, sexo, idade, acompanhamento da sua
a família substituta, observado o disposto no § 2o do formação, relação de seus pertences e demais dados
art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, que possibilitem sua identificação e a individualização
de 2009) Vigência do atendimento.
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de § 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações
internação têm as seguintes obrigações, entre constantes deste artigo às entidades que mantêm
outras: programa de abrigo.
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instituições cuja ação seja indispensável à efetiva IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de
promoção dos direitos e à proteção da criança e do auxílio à família, à criança e ao adolescente;
adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, de IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
2009) Vigência comunitários de proteção, apoio e promoção da
VIII - proporcionalidade e atualidade: a família, da criança e do
intervenção deve ser a necessária e adequada à adolescente; (Redação dada pela Lei nº
situação de perigo em que a criança ou o 13.257, de 2016)
adolescente se encontram no momento em que a V - requisição de tratamento médico, psicológico ou
decisão é tomada; (Incluído pela Lei nº psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
12.010, de 2009) Vigência
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de
IX - responsabilidade parental: a intervenção auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
deve ser efetuada de modo que os pais assumam os toxicômanos;
seus deveres para com a criança e o
adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, de VII - abrigo em entidade;
2009) Vigência VII - acolhimento institucional; (Redação
X - prevalência da família: na promoção de dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
direitos e na proteção da criança e do adolescente VIII - colocação em família substituta.
deve ser dada prevalência às medidas que os VIII - inclusão em programa de acolhimento
mantenham ou reintegrem na sua família natural ou familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
extensa ou, se isto não for possível, que promovam a 2009) Vigência
sua integração em família substituta; (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência IX - colocação em família
substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
X - prevalência da família: na promoção de 2009) Vigência
direitos e na proteção da criança e do adolescente
deve ser dada prevalência às medidas que os Parágrafo único. O abrigo é medida provisória e
mantenham ou reintegrem na sua família natural ou excepcional, utilizável como forma de transição para
extensa ou, se isso não for possível, que promovam a colocação em família substituta, não implicando
a sua integração em família adotiva; privação de liberdade.
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 1o O acolhimento institucional e o
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e acolhimento familiar são medidas provisórias e
o adolescente, respeitado seu estágio de excepcionais, utilizáveis como forma de transição
desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus para reintegração familiar ou, não sendo esta
pais ou responsável devem ser informados dos seus possível, para colocação em família substituta, não
direitos, dos motivos que determinaram a implicando privação de liberdade. (Incluído
intervenção e da forma como esta se processa; pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 2o Sem prejuízo da tomada de medidas
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança emergenciais para proteção de vítimas de violência
e o adolescente, em separado ou na companhia dos ou abuso sexual e das providências a que alude o
pais, de responsável ou de pessoa por si indicada, art. 130 desta Lei, o afastamento da criança ou
bem como os seus pais ou responsável, têm direito a adolescente do convívio familiar é de competência
ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da exclusiva da autoridade judiciária e importará na
medida de promoção dos direitos e de proteção, deflagração, a pedido do Ministério Público ou de
sendo sua opinião devidamente considerada pela quem tenha legítimo interesse, de procedimento
autoridade judiciária competente, observado o judicial contencioso, no qual se garanta aos pais ou
disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta ao responsável legal o exercício do contraditório e da
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Vigência 2009) Vigência
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas § 3o Crianças e adolescentes somente poderão
no art. 98, a autoridade competente poderá ser encaminhados às instituições que executam
determinar, dentre outras, as seguintes medidas: programas de acolhimento institucional,
governamentais ou não, por meio de uma Guia de
I - encaminhamento aos pais ou responsável, Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na
mediante termo de responsabilidade; qual obrigatoriamente constará, dentre
II - orientação, apoio e acompanhamento outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
temporários; 2009) Vigência
III - matrícula e freqüência obrigatórias em I - sua identificação e a qualificação completa
estabelecimento oficial de ensino fundamental; de seus pais ou de seu responsável, se
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conhecidos; (Incluído pela Lei nº 12.010, de acolhido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência 2009) Vigência
II - o endereço de residência dos pais ou do § 8o Verificada a possibilidade de reintegração
responsável, com pontos de referência; (Incluído familiar, o responsável pelo programa de acolhimento
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência familiar ou institucional fará imediata comunicação à
III - os nomes de parentes ou de terceiros autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério
interessados em tê-los sob sua guarda; (Incluído Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência igual prazo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
IV - os motivos da retirada ou da não
reintegração ao convívio familiar. (Incluído pela § 9o Em sendo constatada a impossibilidade de
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência reintegração da criança ou do adolescente à família
de origem, após seu encaminhamento a programas
§ 4o Imediatamente após o acolhimento da oficiais ou comunitários de orientação, apoio e
criança ou do adolescente, a entidade responsável promoção social, será enviado relatório
pelo programa de acolhimento institucional ou fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a
familiar elaborará um plano individual de descrição pormenorizada das providências tomadas e
atendimento, visando à reintegração familiar, a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos
ressalvada a existência de ordem escrita e da entidade ou responsáveis pela execução da
fundamentada em contrário de autoridade judiciária política municipal de garantia do direito à convivência
competente, caso em que também deverá familiar, para a destituição do poder familiar, ou
contemplar sua colocação em família substituta, destituição de tutela ou guarda. (Incluído pela
observadas as regras e princípios desta Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público
terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso com a
§ 5o O plano individual será elaborado sob a ação de destituição do poder familiar, salvo se
responsabilidade da equipe técnica do respectivo entender necessária a realização de estudos
programa de atendimento e levará em consideração complementares ou outras providências que
a opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos entender indispensáveis ao ajuizamento da
pais ou do responsável. (Incluído pela Lei nº demanda. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência
§ 6o Constarão do plano individual, dentre § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público
outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de terá o prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso com
2009) Vigência a ação de destituição do poder familiar, salvo se
I - os resultados da avaliação entender necessária a realização de estudos
interdisciplinar; (Incluído pela Lei nº 12.010, complementares ou de outras providências
de 2009) Vigência indispensáveis ao ajuizamento da demanda.
II - os compromissos assumidos pelos pais ou (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
responsável; e (Incluído pela Lei nº 12.010, § 11. A autoridade judiciária manterá, em cada
de 2009) Vigência comarca ou foro regional, um cadastro contendo
III - a previsão das atividades a serem informações atualizadas sobre as crianças e
desenvolvidas com a criança ou com o adolescente adolescentes em regime de acolhimento familiar e
acolhido e seus pais ou responsável, com vista na institucional sob sua responsabilidade, com
reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por informações pormenorizadas sobre a situação jurídica
expressa e fundamentada determinação judicial, as de cada um, bem como as providências tomadas
providências a serem tomadas para sua colocação para sua reintegração familiar ou colocação em
em família substituta, sob direta supervisão da família substituta, em qualquer das modalidades
autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº previstas no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei
12.010, de 2009) Vigência nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 7o O acolhimento familiar ou institucional § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério
ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da
ou do responsável e, como parte do processo de Assistência Social e os Conselhos Municipais dos
reintegração familiar, sempre que identificada a Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência
necessidade, a família de origem será incluída em Social, aos quais incumbe deliberar sobre a
programas oficiais de orientação, de apoio e de implementação de políticas públicas que permitam
promoção social, sendo facilitado e estimulado o reduzir o número de crianças e adolescentes
contato com a criança ou com o adolescente afastados do convívio familiar e abreviar o período de
permanência em programa de
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acolhimento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua
2009) Vigência liberdade senão em flagrante de ato infracional ou
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este por ordem escrita e fundamentada da autoridade
Capítulo serão acompanhadas da regularização do judiciária competente.
registro civil. (Vide Lei nº 12.010, de Parágrafo único. O adolescente tem direito à
2009) Vigência identificação dos responsáveis pela sua apreensão,
§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o devendo ser informado acerca de seus direitos.
assento de nascimento da criança ou adolescente Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o
será feito à vista dos elementos disponíveis, local onde se encontra recolhido serão incontinenti
mediante requisição da autoridade judiciária. comunicados à autoridade judiciária competente e à
§ 2º Os registros e certidões necessários à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
regularização de que trata este artigo são isentos de Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob
multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta pena de responsabilidade, a possibilidade de
prioridade. liberação imediata.
§ 3o Caso ainda não definida a paternidade, Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser
será deflagrado procedimento específico destinado à determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco
sua averiguação, conforme previsto pela Lei dias.
no 8.560, de 29 de dezembro de 1992. (Incluído Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência e basear-se em indícios suficientes de autoria e
§ 4o Nas hipóteses previstas no § 3o deste materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa
artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de da medida.
investigação de paternidade pelo Ministério Público Art. 109. O adolescente civilmente identificado não
se, após o não comparecimento ou a recusa do será submetido a identificação compulsória pelos
suposto pai em assumir a paternidade a ele órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para
atribuída, a criança for encaminhada para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.
adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência Capítulo III
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decisão fundamentada, no máximo a cada seis VI - permanecer internado na mesma localidade ou
meses. naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de responsável;
internação excederá a três anos. VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;
anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e
em regime de semi-liberdade ou de liberdade asseio pessoal;
assistida.
X - habitar alojamento em condições adequadas de
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um higiene e salubridade;
anos de idade.
XI - receber escolarização e profissionalização;
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será
precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério XII - realizar atividades culturais, esportivas e de
Público. lazer:
§ 7o A determinação judicial mencionada no § XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;
1o poderá ser revista a qualquer tempo pela XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua
autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº crença, e desde que assim o deseje;
12.594, de 2012) (Vide) XV - manter a posse de seus objetos pessoais e
Art. 122. A medida de internação só poderá ser dispor de local seguro para guardá-los, recebendo
aplicada quando: comprovante daqueles porventura depositados em
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante poder da entidade;
grave ameaça ou violência a pessoa; XVI - receber, quando de sua desinternação, os
II - por reiteração no cometimento de outras documentos pessoais indispensáveis à vida em
infrações graves; sociedade.
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas poderão ser revistas pela autoridade judiciária a
previstas no art. 101, I a VII; pedido de quem tenha legítimo interesse.
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descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, _______________________________________
cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
padrasto ou madrasta e enteado. _______________________________________
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do _______________________________________
conselheiro, na forma deste artigo, em relação à
autoridade judiciária e ao representante do Ministério _______________________________________
Público com atuação na Justiça da Infância e da _______________________________________
Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou
distrital. _______________________________________
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LEI No. 3.909, DE 14 DE JULHO DE 1977 (DO. DE no. 3.907, de 14/07/77; (*) Ver Decreto no. 7.505,
20/07/77) Dispõe sobre o ESTATUTO DOS POLICIAIS de. 03/02/78. Art. 5º - A carreira Policial Militar é
MILITARES DO ESTADO DA PARAÍBA, e dá outras caracterizada por atividade continuada e inteiramente
providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DA devotada às finalidades da Polícia Militar,
PARAÍBA: Faço saber que o Poder Legislativo decreta denominada atividade policial militar.
e eu sanciono a seguinte Lei:
Parágrafo 1º - A carreira policial militar é privativa do
TITULO I GENERALIDADES pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na Polícia
Militar é obedece a seqüência de graus hierárquicos.
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação,
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos Parágrafo 2º - É privativa de brasileiro nato, a
policiais militares do Estado da Paraíba. carreira de oficial da Policia Militar.
Art. 2º - A Polícia-Militar, subordinada, diretamente, Art. 5º - A carreira Policial Militar é caracterizada por
ao Governador do Estado, e, operacionalmente, ao atividade continuada e inteiramente devotada às
Secretário de Segurança Pública, é uma Instituição finalidades da Polícia Militar, denominada atividade
destinada à manutenção da ardem pública no policial militar.
Estado, sendo considerada força auxiliar do Exército.
Parágrafo 1º - A carreira policial militar é privativa do
Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar da Paraíba pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na Polícia
em razão da destinação constitucional da Corporação Militar é obedece a seqüência de graus hierárquicos.
e, em decorrência das Leis vigentes, constituem uma
Parágrafo 2º - É privativa de brasileiro nato, a
categoria especial de servidores públicos estaduais e
são denominados' policiais militares. carreira de oficial da Policia Militar.
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V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto
na apreciação do mérito dos subordinados; VI - Zelar como acionista ou quotista, em sociedade anônima
pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e ou por quotas de responsabilidade limitada.
também pelos dos subordinados, tendo em vista o
Parágrafo 1º - Os policiais militares na reserva
cumprimento da missão comum;
remunerada, quando convocados, ficam proibidos de
VII - Empregar todas as suas energias em benefício tratar, nas organizações policiais militares e nas
do serviço; repartições públicas civis, dos interesses de
organizações ou empresas privadas de qualquer
VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver natureza.
permanentemente o espírito de cooperação;
Parágrafo 2º - Os policiais militares da ativa podem
IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em
exercer diretamente a gestão de seus bens, desde
sua linguagem escrita e falada;
que não infrinjam o disposto no presente artigo.
X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado,
Parágrafo 3º - No intuito de desenvolver a prática
de matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional; profissional dos integrantes do Quadra de Saúde, é-
XI - Acatar as autoridades civis; lhe permitido o exercício da atividade técnico-
profissional no meio civil, desde que tal prática não
XII - Cumprir seus deveres de cidadão; prejudique o serviço.
XIII - Proceder de maneira ilibada na vida pública e Art. 29 - 0 Comandante-Geral da Polícia Militar
na particular; poderá determinar aos policiais militares da ativa
que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos
XIV - Observar as normas de boa educação;
mesmos, informem sobre a origem e a natureza de
XV - Garantir assistência moral e material a seu lar e seus bens, sempre que houver razões que
conduzir-se como chefe de família modelar; recomendem tal medida.
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- tem que gerar probabilidade de dano a instituição.
Direito Penal Militar – Conceito – é o ramo
especializado do direito que estabelece as
regras jurídicas vinculadas a proteção das
1. Não há no CP ou CPM um expresso conceito de
instituições militares e ao cumprimento de sua
crime.
destinação constitucional.
Segundo a doutrina e jurisprudência majoritária
crime é fato típico, ilícito ou (antijurídico) e
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 culpável (punível). Ex1. Sd PM João sacou da
arma efetuou três disparos e matou um cidadão sem
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar
arma.
os crimes militares definidos em lei.
conclusão: O soldado João efetuou disparos e tirou a
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o
vida de um cidadão, logo praticou o crime de
funcionamento e a competência da Justiça Militar.
homicídio previsto no art. 121 – homicídio simples -
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos art 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a
de Bombeiros Militares, instituições organizadas com vinte anos.
base na hierarquia e disciplina, são militares dos
- O Fato é típico quando consigo enquadrar o fato
Estados, do Distrito Federal e dos
concreto com a previsão abstrata da lei.
Territórios. (Redação dada pela Emenda
- Se não há excludente de ilicitude – legítima
Constitucional nº 18, de 1998)
defesa, estado de necessidade, exercício regular do
Art. 125. (…) direito ou estrito cumprimento do dever legal, o fato
é ilícito ou antijurídico.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta
do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, - Se há ilicitude deve haver punibilidade expressa,
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito pois o agente deveria ter conduta diversa ao fato,
e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, tinha potencial consciência da ilicitude do fato e
pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de imputabilidade.
Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar
seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada
2. Propriamente Militar – Que só a previsão no CPM
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
–
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e Abandono de Posto art. 195 CPM,
julgar os militares dos Estados, nos crimes militares Publicação ou crítica indevida art.166 CPM.
definidos em lei e as ações judiciais contra atos Violência contra superior e Violência contra
disciplinares militares, ressalvada a competência do inferior art. 157 CPM
júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal Abandono de Posto art. 195 CPM;
competente decidir sobre a perda do posto e da Embriaguez em serviço art. 202 CPM;
patente dos oficiais e da graduação das praças. Dormir em serviço art. 203 CPM.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
3. Impropriamente Militar – Que há previsão no
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela
CPM e no CP – Homicídio simples art. 121 CP,
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
Homicídio simples art.205 CPM.
instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
Crimes Militares
sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa Crimes militares em tempo de paz
de qualquer destes, da lei e da ordem.
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de
paz:
Crime Militar I - os crimes de que trata este Código, quando
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo
Conceito de crime militar - É toda a violação disposição especial;
acentuada ao dever militar e aos valores das
Ex: crimes militares próprios: motim e a revolta,
instituições militares. distingue-se da transgressão
violência contra superior ou inferior, recusa de
militar porque esta é a mesma violação, porém na
obediência, reunião ilícita, deserção, etc,
sua forma elementar e simples (tratada de forma
admimistrativa).
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II - os crimes previstos neste Código, embora administração militar contra militar da reserva, ou
também o sejam com igual definição na lei penal reformado, ou civil;
comum (modificado) quando praticados:
d) por militar durante o período de manobras ou
exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil;
Lei 13.491/2017
e) por militar em situação de atividade, ou
Ampliação da competência da Justiça Militar
assemelhado, contra o patrimônio sob a
O §1º do art. 9º do CPM (antigo parágrafo único) administração militar, ou a ordem administrativa
manteve na competência do tribunal do júri os militar;
crimes dolosos contra a vida de civis praticados por
f) revogada.
policiais militares ou por bombeiros militares e,
eventualmente, também os cometidos por III - os crimes praticados por militar da reserva, ou
integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica reformado, ou por civil, contra as instituições
em atividades não especificadas no parágrafo militares, considerando-se como tais não só os
seguinte. Assim, em regra, militares estaduais que compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
cometam homicídio continuam a ser julgados pelo seguintes casos:
tribunal do júri. Por sua vez, militares federais só
a) contra o patrimônio sob a administração militar,
serão julgados pelo júri federal, se suas condutas
ou contra a ordem administrativa militar;
não forem praticadas nas condições delimitadas no
§2º do art. 9º. b) em lugar sujeito à administração militar contra
militar em situação de atividade ou assemelhado, ou
O §2º do art. 9º do CPM, introduzido por essa lei,
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça
mexe em hipóteses que até agora eram (ou
Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo;
deveriam ser) de competência do tribunal do júri
federal (art. 5º, XXXVIII, alínea ‘d’, CF). Essas c) contra militar em formatura, ou durante o período
condutas passam a ser julgadas pela JMU, se se de prontidão, vigilância, observação, exploração,
enquadrarem nas situações previstas nos três incisos exercício, acampamento, acantonamento ou
do novo §2º. Se aí não se amoldarem, vale a regra manobras;
geral do §1º, e também os militares das FFAA serão
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração
julgados pelo júri presidido por um juiz federal[4], nos
militar, contra militar em função de natureza militar,
crimes dolosos contra a vida de civis. Assim, se um
ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia
crime de homicídio for praticado por um militar
e preservação da ordem pública, administrativa ou
contra civil durante uma operação de paz[5], ou no
judiciária, quando legalmente requisitado para aquele
curso de uma operação de garantia da lei e da ordem
fim, ou em obediência a determinação legal superior.
(GLO), a competência para o julgamento será, por
esta lei, da Justiça Militar da União, e não da Justiça Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo,
Federal (júri).[6] quando dolosos contra a vida e cometidos contra
civil, serão da competência da justiça comum, salvo
Além disso, a nova redação do inciso II do art. 9º do
quando praticados no contexto de ação militar
CPM atribuiu à JMU e à Justiça Militar dos Estados a
realizada na forma do art. 303 da Lei nº 7.565, de 19
competência para julgar crimes, agora considerados
de dezembro de 1986 (Lei nº 12.432/2011).
“militares”, que estão previstos na legislação comum,
como tortura, abuso de autoridade, cibercrimes,
associação em organização criminosa, formação de
milícia privada etc.[7]É ampliado o conceito de “crime
militar” impróprio ou impropriamente militar ou
acidentalmente militar para abranger também
infrações penais previstas apenas na legislação penal
comum, o que antes não ocorria.
a) por militar em situação de atividade ou
assemelhado, contra militar na mesma situação ou
assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou
assemelhado, em lugar sujeito à administração
militar, contra
c) por militar em serviço ou atuando em razão da
função, em comissão de natureza militar, ou em
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à
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Edital N.º 001/2018 – CFSd PM/BM 2018 igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
CONCURSO PÚBLICO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO
DE SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO I - homens e mulheres são iguais em direitos e
DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DA PARAÍBA obrigações, nos termos desta Constituição;
Noções de Direito Constitucional II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei 4;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
1. Dos Direitos e Garantias Fundamentais em
vedado o anonimato5;
Espécie;
1.2. Direito à vida; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
1.3. Direito à Liberdade; a indenização pelo dano material ou moral
1.4. Princípio da decorrente de sua violação6;
12
Atenção a decisão do S.T.F sobre a Marcha da
CAPÍTULO III
Maconha.
13
A negativa do Direito de reunião é atacada pela via do DA SEGURANÇA PÚBLICA
Mandado de Segurança e NÃO POR HABEAS CORPUS. Art. 144. A segurança pública, dever27 do Estado,
14
Atenção!!! Os examinadores adoram colocar “Fins direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
Ilícitos”. Você deve ter cuidado com a leitura das preservação da ordem pública e da
questões!!! incolumidade das pessoas e do patrimônio,
15
Aquela associação que poderia colocar em risco a através dos seguintes órgãos:
Estado Democrático de Direito.
16 I - polícia federal;
MUITA ATENÇÃO. POTENCIAL QUESTÃO DA PROVA!!!!
17 17
MUITA ATENÇÃO. POTENCIAL QUESTÃO DA II - polícia rodoviária federal;
PROVA!!!! III - polícia ferroviária federal;
18
Para SUSPENDER: Não há necessidade do trânsito em
julgado. IV - polícias civis;
Para DISSOLVER: Há necessidade do trânsito em
julgado.
19 24
Cuidado! Racismo é diferente de Injúria Racial. Atenção: O S.T.F autoriza a execução provisória da pena
20
Não cabe fiança. quando houver confirmação de condenação em segundo
21
Não é abarcado pela prescrição. grau.
22 25
A pena para o Racismo é RECLUSÃO, não é detenção. Vai cair na sua prova!!!!
23 26
Muita atenção quando falar da condição feminina no Vai cair na sai prova!!!
27
cárcere. Leia-se: OBRIGAÇÃO.
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V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, aos
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como
órgão permanente, organizado e mantido pela Governadores dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios.
União e estruturado em carreira, destina-se a:"
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº § 7º A lei disciplinará a organização e o
funcionamento dos órgãos responsáveis pela
19, de 1998)28
segurança pública, de maneira a garantir a eficiência
I - apurar infrações penais contra a ordem política de suas atividades.
e social ou em detrimento de bens, serviços e § 8º Os Municípios poderão constituir guardas
interesses da União ou de suas entidades municipais destinadas à proteção de seus bens,
autárquicas29 e empresas públicas30, assim serviços e instalações, conforme dispuser a lei.33
como outras infrações cuja prática tenha repercussão § 9º A remuneração dos servidores policiais
interestadual ou internacional e exija repressão integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será
uniforme, segundo se dispuser em lei; fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e § 10. A segurança viária, exercida para a preservação
o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela
competência; Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
III - exercer as funções de polícia marítima31, I - compreende a educação, engenharia e fiscalização
aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada de trânsito, além de outras atividades previstas em
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade
IV - exercer, com exclusividade, as funções de urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda
polícia judiciária da União. Constitucional nº 82, de 2014)
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, II - compete, no âmbito dos Estados, do
organizado e mantido pela União e estruturado em Distrito Federal e dos Municípios, aos
carreira, destina-se, na forma da lei, ao respectivos órgãos ou entidades executivos e
patrulhamento ostensivo das rodovias federais. seus agentes de trânsito, estruturados em
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de Carreira, na forma da lei. (Incluído pela
1998) Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, ____
organizado e mantido pela União e estruturado em O estudo deve ser PRÉVIO ao edital. Não adianta
carreira, destina-se, na forma da lei, ao querer estudar apenas quando aquele sair. A
patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. tendência é diminuição entre o tempo de lançamento
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de do edital e a realização da prova.
1998) O concurso público é acessível a todos, independe de
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de sexo, raça, cor...
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a “Não tenho dinheiro para fazer cursinho”, diz um
competência da União, as funções de polícia candidato.
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as Resposta: A internet é seu maior cursinho, sua força
militares. de vontade é seu dinheiro, faça uma aliança entre os
dois e você conseguirá.
32
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia Não reclame, LUTE.
ostensiva e a preservação da ordem pública; Não desmotive as pessoas, isso é papel de idiota.
aos corpos de bombeiros militares, além das Não questione a quantidade de vagas, VOCÊ
atribuições definidas em lei, incumbe a PRECISA SOMENTE DE UMA.
execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de Bons estudos.
bombeiros militares, forças auxiliares e Prof. Fhabyo Hunter.
(84) 988113898
@fhabyohunter
28
É OBRIGAÇÃO SUA LEVAR EM MENTE AS ATRIBUIÇÕES Fhabyohunter
DAS POLÍCIAS.
29
Ex. INSS.
30
Ex. Caixa Econômica Federal.
31
Não esqueça!!!! A PF tem a atribuição de Polícia
33
Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras – VAI CAIR NA Com a edição da lei 13.022 de 08 de agosto de 2014, as
SUA PROVA. Guarda Municipais ganharam mais funções,poder,
32
GRANDE PROBABILIDADE DE CAIR EM SUA PROVA, inclusive do porte de arma. Recomendo leitura da referida
ATENÇÃO!!! lei aos que gostam da área da segurança pública.
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MOVIMENTOS SOCIAIS
Os Movimentos Sociais podem ser definidos como um ato combativo dos agentes das classes sociais ou como fruto
de práticas sociais incoerentes com a ordem social.
Esses movimentos são capazes de alterar a estrutura do sistema do poder estatal, seja por meio de intervenções
revolucionárias ou pacíficas.
Via de regra, os movimento surgem da iniciativa pública, tendo sua motivação e origem nas inúmeras injustiças
sociais.
A ação coletiva de um grupo organizado tem como finalidade conseguir
transformações sociais a partir da luta política.
Devemos destacar que os movimentos sociais possuem uma relação conflituosa com o Estado. Isto porque
eles desejam alterar a própria composição do mesmo. O objetivo é alcançar alguma melhoria social e alterar o
"status quo" que favorece as elites estabelecidas.
São o modo como os cidadãos encontram para protestar ou reivindicar direitos que lhes são garantidos por lei.
Assim, eles tendem a surgir quando um determinado grupo nota que faz parte de um agrupamento comum,
levando-os a defenderem politicamente as causas que acham pertinentes e essenciais.
Outro ponto a ser destacado é o fato de que as marchas, paradas ou ocupações podem ser percebidas como
formas de comunicação simbólica. Elas utilizam metáforas para quebrarem provisoriamente a rotina e
reconstruírem a ordem social com suas identidades e papéis sociais.
No Brasil, os movimentos sociais ganharam destaque a partir da década de 1960. Uma parcela muito grande da
sociedade tinha sido contra o regime militar.
No Brasil, merecem destaque o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST),
o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MSTS), os movimentos em defesa dos índios e os movimentos
negros.
Note ainda que fazem parte dos movimentos sociais no Brasil os movimentos populares, sindicais e a organizações
não governamentais (ONGs).
OS TIPOS DE MOVIMENTOS
Movimentos reivindicatórios, os quais focam sua ação em exigências de questões imediatas. Utilizam-se da
pressão pública para pressionar instituições que possam modificar os dispositivos legais que possam lhes
favorecer.
Movimentos políticos, os quais buscam influenciar a população na participação política direta enquanto garantia
para transformações estruturais na sociedade.
Movimentos de classe, os quais buscam subverter a ordem social e, consequentemente, alterar as relações
entre distintos fatores na conjuntura nacional.
CLASSE SOCIAL
A Classe Social determina um grupo de indivíduos que compartilham interesses e possuem socioeconômicas
semelhantes.
Nesse sentido, diversos grupos compõem as classes sociais existentes, classificada, de maneira básica e
hierárquica entre os “ricos” e os “pobres”.
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Com o fim do sistema feudal, o surgimento da classe burguesa e ascensão do sistema capitalista (propriedade
privada e dos meios de produção), os grupos sociais foram se dividindo.
TEORIA DE CLASSES
A definição sobre Classe Social tal qual a conhecemos hoje, surgiu dos estudos dos teóricos alemães: Karl Marx e
Friedrich Engels.
Segundo o Marxismo, a “Teoria de Classes” determina as classes sociais, por meio das relações de produção, ou
seja, entre os detentores de bens e capital e os trabalhadores que fornecem sua força de trabalho.
Dessa forma, a luta de classes dentro de uma sociedade capitalista, é determinada por dois grupos: dominantes
(burguesia) e os dominados (proletariado), donde o segundo, a classe operária ou trabalhadora, vende sua força
de trabalho.
Para os teóricos, essa luta de classes teria fim quando não houvesse grupos de opressores e oprimidos, ou seja,
sem distinções entre renda, educação, saúde e cultura, resultante da extinção do sistema político-econômico
capitalista em prol dos ideais comunistas de uma sociedade sem classes.
Muito comum haver confusão entre os termos “estrato social” e “classe social”, no entanto, o primeiro é mais
abrangente no sentido de incluir não somente os aspectos econômicos e políticos dos grupos, como também a
distribuição de determinados valores sociais tal qual educação, riqueza, prestígio, dentre outros.
No Brasil, a classificação das classes socais, de acordo com a renda familiar é dividido basicamente em: classe alta,
classe média e classe baixa.
Segundo o critério de classificação econômica da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e a Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), cada grupo (alta, média e baixa) é caracterizado por letras, a saber:
classe A, B , C, D e E.
Por conseguinte, alguns grupos apresentam subcategorias, por exemplo, a classe A (A1, A2), a classe B (B1, B2), e
a classe C (C1, C2).
Observe que diante dessa classificação econômica, o grupo A1 é a classe mais alta (melhor qualidade de vida e
maior poder aquisitivo), enquanto o grupo E, indica a classe mais baixa, ou seja, com menor poder aquisitivo e
baixa qualidade de vida. Esse critério leva em conta a renda familiar, os bens e o grau de escolaridade.
Por sua vez, a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divide as classes sociais em 6
categorias básicas, segundo a renda familiar mensal:
Classe A (acima de 20 salários mínimos),
Classe B (de 10 a 20 salários mínimos),
Classe C (de 4 a 10 salários mínimos),
Classe D (de 2 a 4 salários mínimos) e a
Classe E (recebe até 2 salários mínimos).
BRASIL COLONIAL
Os movimentos sociais brasileiros devem ser vistos sob uma perspectiva ampla, pois suas características variam
muito. Algumas rebeliões não passaram da fase conspiratória. Em certos casos, o grau de participação das classes
populares foi mínimo, quase insignificante; em outros, o movimento foi impulsionado não por razões de ordem
política ou econômica, mas, sim, religiosa. Durante o Período Colonial, os principais movimentos foram estes:
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3) Insurreição Pernambucana
luta da população nordestina (a partir de 1645) contra do domínio holandês.
sob iniciativa dos senhores de engenho, os colonos foram mobilizados.
batalhas mais importantes: Guararapes e Campina de Taborda.
os holandeses foram expulsos em 1654.
4) Revolta no Maranhão
lei que proibia a escravização de índios provocou a revolta (1684 a 1685).
os jesuítas, defensores dos índios, forma expulsos.
com a chegada de um novo governador, os sequiosos foram condenados.
7) Inconfidência Mineira
independência dos EUA e Revolução Francesa estimularam aspirações autonomistas e liberais.
inconformados com o peso dos impostos, membros da elite uniram-se na pretensão de estabelecer uma
república independente em Minas.
marcada a sublevação para a data da derrama (cobrança dos impostos em atraso), os revolucionários foram
traídos.
inconfidentes foram condenados ao desterro perpétuo na África, com exceção de Tiradentes, que, durante os
interrogatórios, chamou para si toda a responsabilidade: foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792.
9) Revolução de 1817
em Pernambuco.
defendendo a independência de Portugal, religiosos, comerciantes e militares uniram-se sob as idéias da
sociedade secreta Areópago de Itambé, que já havia sido dissolvida em 1802.
preso o governador, constituiu-se um governo provisório.
o movimento se estendeu à Paraíba e ao Rio Grande do Norte.
a república durou menos de três meses, caindo sob o avanço das tropas enviadas por terra e mar
participantes foram presos, condenados à forca ou ao fuzilamento.
BRASIL IMPÉRIO
As características dos movimentos sociais brasileiros variam muito. Por isso, eles devem ser estudados sob uma
perspectiva ampla. Algumas rebeliões não chegaram a acontecer, limitando-se à fase conspiratória. Em certos
casos, houve pouca participação das classes populares; em outros, o movimento foi impulsionado não por razões
de ordem política ou econômica, mas, sim, religiosa. Durante o Império (Primeiro Reinado, Regência e Segundo
Reinado), os principais movimentos foram os que seguem:
1) Confederação do Equador
a 2 de julho de 1824, no Recife.
estabelecimento de um governo republicano.
a 19 de setembro os revolucionários já estavam derrotados.
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líderes receberam penas diversas: fuzilamento, forca ou prisão perpétua.
2) Cabanagem
de 1833 a 1839, no Grão-Pará (Amazonas e Pará atuais).
reuniu mestiços e índios.
movimento começou com a resistência oferecida pelo presidente do conselho da província, que impediu o
desembarque das autoridades nomeadas pela Regência.
cabanos chegaram a tomar Belém.
depois de prolongada resistência, foram derrotados.
3) Revolução Farroupilha
Rio Grande do Sul: movimento republicano e federalista de amplas proporções (de 1835 a 1845).
dois grupos se defrontaram: o conservador monárquico (os caramurus) e o liberal (chimangos), composto
sobretudo por estancieiros, mas que veio a contar com o apoio das camadas populares.
chimangos protestavam contra a pesada taxação do charque e do couro.
depois de várias batalhas, o armistício foi negociado e a anistia concedida a todos.
4) Sabinada
Bahia: revolta irrompeu a 7 de novembro de 1837, pretendendo implantar uma república.
a tropa local aderiu ao movimento.
cercados pelo exército governista, revoltosos resistiram até meados de março de 1838.
milhares foram mortos ou feitos prisioneiros.
5) Balaiada
movimento insurrecional extenso e profundo, sacudiu o Maranhão - e parte do Piauí e do Ceará (de 1838 a
1841).
rebeldes chegaram a ter 11 mil homens armados.
movimento começou a partir de uma reivindicação política, o restabelecimento dos juízes de paz, mas ganhou
proporções maiores.
anistia oferecida pelas tropas do governo esvaziou a insurreição.
apenas um dos líderes foi condenado à forca.
6) Revolução Praieira
projeção, no Brasil, das revoluções populares de 1848, na Europa.
nascida da rivalidade entre os partidos Liberal e Conservador, acabou se transformando em choque de classes.
praieiros lutaram de 1848 a 1849, exigindo voto livre e democrático, liberdade de imprensa e trabalho para
todos.
mais de 500 revolucionários foram mortos.
PRIMEIRA REPÚBLICA
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Durante a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, o Brasil vivenciou um dos eventos mais
fundamentais de sua História. O movimento liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca destituiu do poder o
último imperador do país, inaugurando um novo sistema de governo, a República. No entanto, a despeito de sua
relevância histórica, este acontecimento não alterou as estruturas socioeconômicas brasileiras: as desigualdades
continuavam profundas, a economia frágil e arcaica e a cidadania não era experimentada em sua amplitude pela
grande maioria da população.
Frente a este quadro de permanência de misérias e insatisfações, diversos setores da sociedade brasileira vieram a
se mobilizar, trazendo à tona todo o inconformismo que então se fazia presente. Neste período, campos e cidades
foram, então, tomados por inúmeras revoltas populares, demonstrando como os parâmetros jurídicos que
limitavam a participação política à época não impediram, na prática, a atuação dos mais distintos grupos sociais.
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da mão de obra camponesa e as dificuldades de acesso à propriedade rural podem ser encontrados, assim, nas
origens da “Revolta de Canudos”, da “Guerra do Contestado” e do movimento do “Cangaço”.
Ocorridos em locais distintos, a formação do arraial de Canudos (Bahia) e a Revolta do Contestado (região
fronteiriça entre Paraná e Santa Catarina) fizeram-se a partir da luta dos mesmos atores sociais, ou seja,
camponeses explorados em decorrência da expansão latifundiária. Do mesmo modo, possuíam a liderança de
personagens entendidos por seus seguidores como verdadeiros “messias”. Antonio Conselheiro e José Maria
representavam, portanto, um comando que era ao mesmo tempo político e religioso.
Os destinos dos dois movimentos foram igualmente semelhantes, com seus integrantes sendo ferozmente
combatidos pelas tropas federais. E este foi o mesmo tratamento dado aos “cangaçeiros”. Interpretados pela
historiografia ora como “heróis” que roubavam dos ricos para dar aos pobres, ora como bandidos que corrompiam
a ordem estabelecida, estes indivíduos se utilizavam de práticas não legais como forma de resistência à miséria
que os afligia. O enfrentamento a tais movimentos correspondia, deste modo, tanto aos interesses das oligarquias
latifundiárias, quanto aos de um governo que ainda almejava se consolidar em âmbito nacional e que, portanto,
não poderia admitir tamanhas convulsões sociais.
REVOLTA DA ARMADA
Embora tivesse uma população majoritariamente camponesa, a sociedade brasileira não se limitou ao espaço rural
para demonstrar suas insatisfações com a recém-proclamada república. Contrários ao centralismo político que
marcou as gestões de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, rebeldes se levantaram no Rio de Janeiro e em
cidades do sul através das “Revoltas da Armada”. Organizadas por setores da marinha, foram severamente
reprimidas pelo governo, fato que valeu a Floriano a alcunha de “Marechal de Ferro”.
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Em 1910, setores da marinha vieram novamente a se rebelar contra o governo. No entanto, dessa vez a revolta se
fez a partir de marinheiros inconformados com as punições físicas que sofriam através da ação de seus superiores.
A questão racial contribuiu igualmente à eclosão do movimento, já que a grande maioria dos castigados era
constituída por marinheiros negros, muitos dos quais ex-escravos. Sob a liderança de João Cândido, o “Almirante
Negro”, os revoltosos se confrontaram contra os militares fiéis ao governo, sendo derrotados após sangrentos
embates.
REVOLTA DA VACINA
A cidade do Rio de Janeiro apresentava grande centralidade nos movimentos sociais ocorridos durante a República
Oligárquica. Capital federal, foi palco de inúmeros levantes contra o governo, inclusive da polêmica “Revolta da
Vacina”. Tendo ocorrido durante a gestão do prefeito Pereira Passos, o movimento se opôs à obrigatoriedade de
vacinação contra a varíola imposta pelo poder público. O que se contestava, na verdade, não era apenas o
autoritarismo do projeto, mas as reais intenções do governo em estabelecer tal medida.
A insatisfação da população carioca com a administração do prefeito “Bota Abaixo” também se relacionava às
reformas urbanísticas então desenvolvidas na capital. Marco fundamental do projeto “Paris Tropical”, a avenida
Central foi aberta após a demolição de boa parte do morro do Castelo, o que acarretou a saída compulsória de
diversas famílias que ali moravam. Muitas delas passaram a residir, então, em cortiços e nas primeiras favelas
formadas na cidade.
TENENTISMO
Ao longo da década de 1920 as críticas ao governo federal ficaram ainda mais vorazes. Diversas revoltas
colocavam em xeque a legitimidade das oligarquias que então estavam no poder. Opunham-se, deste modo, às
estruturas arcaicas que perduravam no país, como a prática do voto de cabresto, as elevadas taxas de
analfabetismo e a debilidade de nossas incipientes indústrias.
Nesse contexto, e lutando contra tais mazelas, é que serão organizadas a Semana de Arte Moderna (São Paulo) e
o movimento “tenentista”. A “SAM”, além de sua grande importância em termos intelectuais e artísticos, foi
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vanguardista ao criticar claramente os desmandos das elites políticas brasileiras. O “Tenentismo”, idealizado por
tenentes e outros jovens militares, uniu diversos setores das forças armadas contra esses mesmos poderosos. A
“Revolta dos Dezoito do Forte de Copacabana” e a “Coluna Prestes” são dois exemplos de eventos mobilizados a
partir das concepções tenentistas.
ERA VARGAS
A Revolução de 1932 foi uma revolta gerada como resposta quando a Revolução de 1930 depôs o
presidente Washington Luís e impediu a posse do paulista Júlio Prestes.
As elites paulistas insatisfeitas buscaram reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução
de 1930.
Uma forte oposição ao governo Vargas foi iniciada pelos fazendeiros paulista. Além disso, houve também
grande participação de estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais.
Assim, no dia 23 de maio de 1932, durante ato político no centro da cidade de São Paulo, a polícia reprime um
grupo de manifestantes. Esse ato causou a morte de quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e
Camargo), os quais irão se tornar heróis.
Para muitos historiadores, o termo "revolução" para o movimento constitucionalista de 1932 não é o mais
adequado. Isso porque foi um movimento perpetrado pelas elites insurgentes, cabendo melhor o termo
"revolta".
De qualquer forma, a Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista foi a
primeira grande revolta contra a administração de Getúlio Vargas. Foi também o último grande conflito armado
ocorrido no Brasil.
Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam
durante a vigência da Constituição de 1891.
Os insurgentes exigiam do Governo Provisório a elaboração de uma nova Constituição e a convocação de
eleições para presidentes.
Assim, a Revolução Constitucionalista de 1932, que ocorreu em São Paulo, foi um levante contrário ao novo
quadro político que se instituiu no país após a Revolução de 1930. Esse foi o golpe de Estado que tinha levado
Getúlio Vargas ao poder.
Os paulistas fizeram uma grande campanha. Usando jornais e rádios, conseguiram mobilizar grande parte da
população. Houve mais de 200 mil voluntários, sendo 60 mil combatentes. Por outro lado, enquanto o movimento
ganhava apoio popular, 100 mil soldados do governo Vargas partiram para enfrentar os paulistas.
No total, foram 87 dias de combates, de 9 de julho a 4 de outubro de 1932, sendo os últimos dois dias depois
da rendição paulista. Foi registrado um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até
2200 mortos.
Em pouco tempo, São Paulo, que planejava uma ofensiva rápida contra a capital, se viu cercado e passou
a arrecadar ouro doado por seus moradores para comprar armamentos.
Com isso, em 2 de outubro, na cidade de Cruzeiro, as tropas paulistas se rendem ao líder da ofensiva federal.
Apesar da derrota no campo de batalha, politicamente o movimento atingiu seus objetivos.
A luta pela constituição foi fortalecida e, em 1933, as eleições foram realizadas colocando o civil Armando
Sales como Governador do Estado.
INTENTONA COMUNISTA
A Intentona Comunista, também conhecida como Revolta Vermelha de 35 ou Levante Comunista, foi uma tentativa
de golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Foi liderada pelo Partido Comunista Brasileiro em nome da Aliança
Nacional Libertadora, ocorreu em novembro de 1935, e foi rapidamente combatida pelas Forças de Segurança
Nacional.
Entusiasmados pela composição política europeia pós primeira guerra mundial, na qual duas frentes disputavam
espaço (Fascismo e Comunismo) surgiram dois movimentos políticos no Brasil com estas mesmas características.
Em 1932, sob o comando do político paulista Plínio Salgado foi fundada a Ação Integralista Nacional, de cunho
fascista. De extrema direita, os integralistas combatiam com fervor o comunismo.
Paralelamente à campanha Integralista, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) impulsionou a fundação da Aliança
Nacional Libertadora, um movimento político radicalmente contrário à Ação Integralista Nacional.
A ANL, criada em 1935, defendia os ideais comunistas e suas propostas iam além daquelas defendidas pelo PCB,
como:
O não pagamento da dívida externa;
A nacionalização das empresas estrangeiras;
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O combate ao fascismo;
A reforma agrária;
No dia 5 de julho de 1935, data em que se celebravam os levantes Tenentistas, Luís Carlos Prestes lançou um
manifesto de apoio à ANL, no qual incentivava uma revolução contra o governo. Este foi o estopim para que
Getúlio Vargas decretasse a ilegalidade do movimento, além de mandar prender seus líderes.
Com o decreto de Getúlio Vargas, o plano de fazer uma revolução foi colocado em prática.
A ação foi planejada dentro dos quartéis e os militares simpatizantes ao movimento comunista deram início às
rebeliões em novembro de 1935, em Natal, no Rio Grande do Norte, aonde os revolucionários chegaram a tomar o
poder durante três dias. Em seguida se alastrou para o Maranhão, Recife e por último para o Rio de Janeiro, no dia
27.
Entretanto, os revolucionários falharam com relação à organização. As revoltas ocorreram em datas diferentes, o
que facilitou as ações do governo para dominar a situação e frustrar o movimento.
A partir desse episódio, Vargas decretou estado de sítio e deu início a uma forte repressão aos envolvidos na
Intentona Comunista. Luís Carlos Prestes foi preso, bem como vários líderes sindicais, militares e intelectuais
também foram presos ou tiveram seus direitos cassados.
A ANL não conseguiu concretizar seus planos e a Intentona Comunista não desestabilizou o governo de Getúlio
Vargas. O incidente comunista acabou sendo usado como desculpa, pois na época, o governo plantou a denúncia
de um plano comunista - Plano Cohen - que ameaçava a ordem institucional, permitindo o golpe que originou o
Estado Novo, em 1937.
Durante a Ditadura Militar no Brasil, várias, as organizações, de imprensa - seja rádio, TV ou jornais - foram
censurados, pois não obedeciam as ordens do governo militar, após a promulgação do AI-5, todo e qualquer
veículo de comunicação deveria ter a sua pauta previamente aprovada e sujeita a inspeção local por agentes
autorizados. Obviamente, muitos materiais foram censurados. As equipes envolvidas, impossibilitadas de públicar
maiores esclarecimentos, tomavam medidas diversas. Algumas publicações impressas simplesmente deixavam
trechos inteiros em branco. Outros, publicavam receitas culinárias estranhas, que nunca resultavam no alimento
proposto por elas. Além de protestar contra a falta de liberdade de imprensa, tentava-se fazer com que a
população brasileira passasse a desconfiar das torturas e mortes por motivos políticos, desconhecidas pela maioria.
A violência do Estado era notada nos confrontos policiais, pessoas conhecidas desapareciam misteriosamente
durante os confrontos, mas, não era possível a muito imaginar as proporções reais de tudo isso. Aparentemente, o
silêncio imposto em relação às torturas era para que menos pessoas se revoltassem e a situação se tornasse,
então, incontrolável.
O Brasil na década de 1960 é representado por diversos movimentos sociais. Neste período de grande agitação
política e mobilizações nacionalistas, podemos destacar a atuação dos estudantes, e porque não, do principal
instrumento de luta contra a ditadura, a união nacional dos estudantes a UNE. O interesse da pesquisa acadêmica
que vem sendo realizada no Centro Universitário UNA é estudar o 28º Congresso da UNE, realizado em Belo
Horizonte, em 1966. E surgiu da necessidade de resgatar a memória de um período de repressão ao movimento
estudantil.
Legalizada até o ano do golpe militar, 1964, a UNE oferecia aos estudantes uma maior integração na organização
social do país, onde os gastos com o movimento estudantil eram financiados pelo próprio governo. Neste sentido,
o uso do diálogo foi um importante instrumento no processo de reivindicações que se deu entre o governo e o
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grupo estudantil, fatores fundamentais para a UNE aumentar o poder de sua representação, no que diz respeito às
lutas sociais que marcaram os anos de 1960.
No pós-golpe militar, muitos foram os momentos de repressão enfrentados pelos estudantes, entidades foram
invadidas e fechadas, líderes foram presos e os que conseguiram escapar exilaram ou passaram a conviver na
clandestinidade. Não poderia deixar de mencionar sobre o golpe de 1964 para entender os motivos e relevância
que o 28º Congresso da UNE em 1966 teve. Para tanto, será necessário fazer uma análise da Lei Suplicy, (Lei nº
4.464, de 09 de Novembro de 1964 - Dispõem sôbre os Órgãos de Representação dos Estudantes e dá outras
providências. Lei de autoria do Ministério da Educação que criou o Diretório Nacional de Estudantes (DNE) e o
Diretório Estadual de Estudantes (DEE) retirando das entidades já existentes - UNE e UEE - suas representações
legais). Projeto que acabou sendo um dos principais motivos de luta contra o governo. A nova lei vedava aos
estudantes a participação em questões políticas, proibindo sua liberdade organizativa, criando assim, um clima
favorável ao surgimento de um movimento político estudantil de denúncia e crítica à ditadura militar.
Tal congresso obteve o apoio dos padres e freiras para hospedar estudantes vindos de outros e estados e cidades.
A sede da UNE de Minas Gerais, foi fechada pelo departamento de Vigilância Social e ocupada pela polícia militar.
Todas as tropas policiais da capital foram mobilizadas para se localizarem em pontos estratégicos da cidade, assim
como em todas as vias de acesso à capital, para impedirem o congresso.
A ditadura civil-militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985 teve como uma das formas de oposição a luta
armada contra o regime. Os grupos intensificaram os debates e sua formação principalmente a partir de 1967,
com a escalada de movimentações nas zonas urbanas e a intensificação da repressão.
Entretanto, antes disso, em 1964, Leonel Brizola já havia indicado o interesse em resistir com grupos armados ao
golpe que depôs João Goulart. Foi criado o Movimento Nacionalista Revolucionário e iniciaram-se contatos
com guerrilheiros cubanos. A partir do movimento, formou-se uma guerrilha para atuar na Serra do Caparaó em
Minas Gerais, entre 1966 e 1967. O objetivo era estreitar os laços com os camponeses, nos moldes do que havia
sido feito na Sierra Maestra, Cuba. Não obteve sucesso a ação na Serra do Caparaó, sendo que os cerca de 20
guerrilheiros renderam-se sem que nenhum tiro houvesse sido disparado.
A perspectiva da luta armada contra a ditadura civil-militar espelhava-se em exemplos que haviam ocorrido em
outros países latino-americanos como Guatemala, Colômbia, Venezuela e Peru, além de Cuba, claro. Um dos
pontos do debate dos grupos de esquerda organizada era o livro do francês Régys Debray, Revolução na
Revolução. Nele, fazia-se a defesa de criação de focus guerrilheiros em pontos específicos dos países, pretendendo
irradiar-se a partir desses pontos e alcançar uma escala mais ampla da sociedade. Era uma visão que apontava
uma nova forma de enfrentar o capitalismo, distinta das formas experimentadas anteriormente.
Assim se formou uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB): a Aliança Libertadora Nacional. A
dissidência ocorreu porque a direção do PCB defendia a manutenção de uma frente ampla de organizações
políticas para enfrentar o regime, em detrimento da luta armada. Para superar essa política, Carlos Marighella e
Joaquim Câmara Ferreira criaram a Dissidência Comunista, que daria origem à ALN. Assaltos a bancos foram
realizados para financiar as ações, sendo assaltado inclusive um trem pagador da ferrovia Santos-Jundiaí.
Um dos principais feitos da ALN, em conjunto ao Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), foi o sequestro
do embaixador estadunidense Charles Ewbrick, em 1969. Em nenhum lugar do mundo um embaixador dos EUA
havia sido sequestrado. Essa façanha possibilitou aos guerrilheiros negociar a libertação de quinze prisioneiros
políticos. Outro embaixador sequestrado foi o alemão-ocidental Ehrefried Von Hollebem, que resultou na soltura de
quarenta presos.
A luta armada intensificou o argumento de aumento da repressão. As torturas aumentaram e a perseguição aos
opositores também. Em 1969, Carlos Marighella foi morto por forças policiais na cidade de São Paulo. As
informações sobre seu paradeiro foram conseguidas também através de torturas.
Outros grupos armados também ganharam destaque, como a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), cujo
principal nome foi o de Carlos Lamarca. O VPR realizou ações no Vale do Ribeira, em São Paulo, mas teve que
enfrentar a perseguição militar na região. Lamarca conseguiu fugir para o Nordeste, mas acabou morto na Bahia,
em 1971.
A escalada repressiva passava a dar resultados. O último foco a ser desmantelado foi a Guerrilha do Araguaia.
Desde 1967, militantes do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) dirigiram-se para região do Bico do Papagaio, entre
os rios Araguaia e Tocantins, onde passaram a travar contato com os camponeses da região, ensinando a eles
cuidados médicos e auxiliando-os na lavoura.
As Forças Armadas passaram a perseguir os guerrilheiros do Araguaia em 1972, quando descobriu a ação do
grupo. O desmantelamento ocorreria apenas em 1975, quando uma força especial de paraquedistas foi enviada à
região, acabando com a Guerrilha do Araguaia.
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No Brasil, as ações guerrilheiras não conseguiram um amplo apoio da população, levando os grupos a se isolarem,
facilitando a ação repressiva. Após 1975, as guerrilhas praticamente desapareceram, e os corpos dos guerrilheiros
do Araguaia também. À época, a ditadura civil-militar proibiu a divulgação de informações sobre a guerrilha, e até
o início da década de 2010 o exército não havia divulgado informação sobre o paradeiro dos corpos.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento
social brasileiro de inspiração marxista cujo objetivo é a implantação da reforma agrária no Brasil. Teve origem na
aglutinação de movimentos que faziam oposição ou estavam desgostosos com o modelo de reforma agrária
imposto pelo regime militar, principalmente na década de 1970, o qual priorizava a colonização de terras devolutas
em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes populacionais e integração estratégica.
Contrariamente a este modelo, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.
Apesar dos movimentos organizados de massa pela reforma agrária no Brasil remontarem apenas às ligas
camponesas, associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960, o MST proclama-se
como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses
entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de acordo com o direito feudal
português, fato este que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto à terra.
Uma das atividades do grupo consiste na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela
reforma agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam produzir
nessas terras. Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter escolas próximas ao assentamento, de
maneira que as crianças não precisem ir à cidade e, desta forma, fixar as famílias no campo.
A organização não tem registro legal por ser um movimento social e, portanto, não é obrigada a prestar contas a
nenhum órgão de governo, como qualquer movimento social ou associação de moradores.
O movimento recebe apoio de organizações não governamentais e religiosas, do país e do exterior,
interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição de renda em países em desenvolvimento.
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Sua principal fonte de financiamento é a própria base de camponeses já assentados, que contribuem para a
continuidade do movimento.
Dados coletados em diversas pesquisas demonstram que os agricultores organizados pelo movimento têm
conseguido usufruir de melhor qualidade de vida que os agricultores não organizados.
O MST reivindica representar uma continuidade na luta histórica dos camponeses brasileiros pela reforma
agrária. Os atuais governantes do Brasil tem origens comuns nas lutas sindicais e populares, e portanto
compartilham em maior ou menor grau das reivindicações históricas deste movimento. Segundo outros autores, o
MST é um movimento legítimo que usa a única arma que dispõe para pressionar a sociedade para a questão da
reforma agrária, a ocupação de terras e a mobilização de grande massa humana.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu em 1997 da necessidade de organizar a reforma
urbana e garantir moradia e a todos os cidadãos. Está organizado nos municípios do Rio de Janeiro, Campinas e
São Paulo. É um movimento de caráter social, político e sindical. Em 1997, o MST fez uma avaliação interna em
que reconheceu que seria necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no campo. Dessa constatação,
duas opções de luta se abriram: trabalho e moradia.
Estão em quase todas as metrópoles do País. São desdobramentos urbanos do MST, com um comando
descentralizado. As formas de atuação variam de um movimento para outro. Em geral, as ocupações não têm
motivação política, apenas apoio informal de filiados a partidos de esquerda. O objetivo das ocupações é
pressionar o poder público a criar programas de moradia e dar à população de baixa renda acesso a
financiamentos para a compra de imóveis.
Atualmente, o MTST é autônomo em relação ao MST, mas tem uma aliança estratégica com esse.
O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de diversos
continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global. Seu slogan é Um outro
mundo é possível.
É um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal
e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação
dos mercados em cada país e nas relações internacionais.
A luta por um mundo sem excluídos, uma das bandeiras do I Fórum Social Mundial, tem suas raízes fixadas
na resistência histórica dos povos contra todo o gênero de opressão em todos os tempos, resistência que culmina
em nossos dias com o movimento irmanando milhões de cidadãos e não-cidadãos do mundo inteiro contra as
conseqüências da mundialização do capital, patrocinada por organismos multilaterais como o Fundo Monetário
Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros.
O Fórum Social Mundial (FSM) se reuniu pela primeira vez na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande
do Sul, Brasil, entre 25 e 30 de janeiro de 2001, com o objetivo de se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de
Davos. Esse Fórum Econômico tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na formulação do pensamento dos
que promovem e defendem as políticas neoliberais em todo mundo. Sua base organizacional é uma fundação suíça
que funciona como consultora da ONU e é financiada por mais de 1.000 empresas multinacionais.
MOVIMENTO HIPPIE
Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos
anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força
em países como o Brasil somente na década de 70. Uma das frases ideomáticas associada a este movimento foi a
célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb" , a qual
criticava o uso de armas nucleares.
As questões ambientais, a prática de nudismo, e a emancipação sexual eram idéias respeitadas
recorrentemente por estas comunidades.
Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de
vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como
todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das culturas
nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das
economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as
corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte
de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.
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Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o
poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e
artistas em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não-violência. Como grupo, os hippies tendem a viver em
comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais,
usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita
gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude
iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway
em 1968, que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.
Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra. A
massa dos hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos e a cultura oriental que, a
partir desse contato, se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o
Mandala (Figura circular com 3 intervalos iguais).
MOVIMENTO FEMINISTA
O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta os direitos iguais e a
proteção legal às mulheres. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias, todas preocupadas com as questões
relacionadas às diferenças entre os gêneros, e advogam a igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos
direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo
pode ser dividida em três "ondas". A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas
décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes
movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a
crítica literária feminista.
O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade
ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das
mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e
à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à
contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência
doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários
iguais, e todas as outras formas de discriminação.
Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes
que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte. No
entanto, desde pelo menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas dos Estados Unidos, mulheres
de outras raças propuseram formas alternativas de feminismo. Esta tendência foi acelerada na década de 1960,
com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos, e o colapso do colonialismo europeu na
África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas
colônias europeias e no Terceiro Mundo propuseram feminismos "pós-coloniais" - nas quais algumas postulantes,
como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntrico. Feministas
negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.
Desde a década de 1980, as feministas standpoint argumentaram que o feminismo deveria examinar como
a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização.
No fim da década e início da década seguinte as feministas ditas pós-modernas argumentaram que os papeis
sociais dos gêneros seriam construídos socialmente, e que seria impossível generalizar as experiências das
mulheres por todas as suas culturas e histórias.
MOVIMENTO ESTUDANTIL
O movimento estudantil, embora não seja considerado um movimento popular, dada a origem dos sujeitos
envolvidos, que, nos primórdios desse movimento, pertenciam, em sua maioria, a chamada classe pequeno
burguesa, é um movimento de caráter social e de massa. É a expressão política das tensões que permeiam o
sistema dependente como um todo e não apenas a expressão ideológica de uma classe ou visão de mundo. Em
1967, no Brasil, sob a conjuntura da ditadura militar, esse movimento inicia um processo de reorganização, como a
única força não institucionalizada de oposição política. A história mostra como esse movimento constitui força
auxiliar do processo de transformação social ao polarizar as tensões que se desencadearam no núcleo do sistema
dependente. O movimento estudantil é o produto social e a expressão política das tensões latentes e difusas na
sociedade. Sua ação histórica e sociológica tem sido a de absorver e radicalizar tais tensões. Sua grande
capacidade de organização e arregimentação foi capaz de colocar cem mil pessoas na rua, quando da passeata dos
cem mil, em 1968. Ademais, a histórica resistência da União Nacional dos Estudantes (UNE), como entidade
representativa dos estudantes, é exemplar.
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O movimento estudantil é um movimento social da área da educação, no qual os sujeitos são os próprios
estudantes. Caracteriza-se por ser um movimento policlassista e constantemente renovado - já que o corpo
discente se renova periodicamente nas instituições de ensino.
QUESTÕES
1. (Unimontes 2012) À medida que, a partir dos anos 70, amplia-se uma cultura democrática no Brasil, que os
movimentos sociais, junto com outros setores democráticos, vão .arrombando as portas da ditadura., o Estado
torna-se lentamente permeável à participação de novos atores sociais. O Estado brasileiro, tradicionalmente
privatizado pelos seus vínculos com grupos oligárquicos, vai lentamente .cedendo. espaço, tornando-se mais
permeável a uma sociedade civil que se organiza, que se articula, que constitui espaços públicos nos quais
reivindica opinar e interferir sobre a política, sobre a gestão do destino comum da sociedade. A radicalização da
democracia não significa apenas a construção de um regime político democrático, mas também a democratização
da sociedade e a construção de uma cultura democrática. Esse é ainda um desafio.
(Adaptado de CARVALHO, Maria do C.A.A. Participação social no Brasil hoje. Disponível em
<http://www.polis.org.br/obras/arquivo_169.pdf> Acesso em maio 2011.
Considerando o texto e essa conjuntura, analise as afirmativas, tendo em vista o significado da participação social:
I. Participar da gestão dos interesses coletivos significa participar do governo da sociedade, disputar espaço no
Estado e no mercado, nos espaços de definição e execução das políticas públicas.
II. Os movimentos sociais têm, apesar das limitações e precariedades, construído contrapartidas que colocam num
outro patamar de dignidade e respeito setores excluídos da sociedade, rompendo as fronteiras dos espaços onde
têm sido confinados.
III. Ampliar a tolerância, o respeito democrático pelo diferente, eliminar as segregações raciais, de gênero, de
opção sexual, entre outras, é o resultado da incidência de práticas participativas que constroem e modificam os
valores sociais.
IV. Participar significa questionar o monopólio do Estado como gestor da coisa pública, construir espaços públicos
não estatais, abrir caminhos para o aprendizado da negociação democrática e afirmar a importância do controle
social sobre o Estado.
Estão corretas as afirmativas
a) II, III e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
2. (Uem 2012) Sobre os novos movimentos sociais que eclodiram na segunda metade do século XX, assinale o
que for correto.
01) As alterações na estrutura social que conduziram à crescente presença das mulheres na vida econômica,
política e cultural, contribuíram para o surgimento do movimento feminista que defende, dentre outras causas, o
direito à isonomia
02) O ambientalismo se caracteriza como um novo movimento social ao questionar o modelo de desenvolvimento
autodestrutivo do capitalismo em sua fase monopolista avançada.
04) Uma das novidades apresentadas pelos novos movimentos sociais foi a denúncia das contradições da
sociedade capitalista em diferentes padrões de relações e não apenas na dimensão produtiva.
08) Apesar de serem organizados por grupos bastante diversos, os novos movimentos sociais se orientam pelo
mesmo dogmatismo revolucionário característico do movimento operário tradicional.
16) Os movimentos ecológico e pacifista estendiam suas críticas também ao bloco de países do chamado
socialismo real.
Com referência aos novos movimentos sociais, qual opção se apresenta como incorreta?
a) As questões ambientais se inserem efetivamente no conjunto de temas abordados pelos novos movimentos
sociais, assim como questões relativas à situação das mulheres, os direitos dos homossexuais e as questões
étnicas e raciais.
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b) Os novos movimentos sociais refletem a complexidade das relações existentes no mundo globalizado,
considerando as diversidades e evitando assumir posições políticas contestatórias e/ou polêmicas.
c) Os atuais movimentos sociais lutam por uma cidadania universal por meio da extensão dos direitos de cidadania
a todos os indivíduos que compõem a sociedade.
d) A busca de reconhecimento identitário é uma das marcas mais visíveis dos novos movimentos sociais.
e) Os avanços tecnológicos e o barateamento dos meios de transporte potencializam as ações dos movimentos
sociais. As redes sociais ampliaram os fóruns de discussão, unindo ativistas de vários segmentos com ideias
semelhantes e tornando mais visível a conexão entre os problemas locais e suas fontes globais.
5. (Unicentro 2012) A vida política não acontece apenas dentro do esquema ortodoxo dos partidos políticos, da
votação e da representação em organismos legislativos e governamentais. O que geralmente
ocorre é que alguns grupos percebem que esse esquema impossibilita a concretização de seus objetivos ou ideais,
ou mesmo os bloqueia efetivamente. [...] Às vezes, a mudança política e social só pode ser realizada recorrendo-se
a formas não ortodoxas de ação política.
GIDDENS, A. Sociologia. 4. ed. Tradução Sandra Regina Netz. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Há um tipo comum de atividade política não ortodoxa, que busca promover um interesse comum ou assegurar
uma meta comum através de ações fora das esferas institucionais, que se chama de
a) interação social.
b) mobilidade lateral.
c) movimento social.
d) princípio preventivo.
e) movimento de acomodação urbana.
7. (Unicentro 2011) Os novos movimentos sociais são diferentes das ações coletivas de antes, por eles politizarem
a esfera privada e tornarem públicas as problemáticas das minorias sociais. Assim, dentre esses movimentos,
destacam-se aqueles que
a) envolvem negros, indígenas, sem-terra e sem-teto.
b) determinam a opinião pública sobre as questões ecológicas.
c) produzem discussões locais e regionais, não abarcando questões globais.
d) se desenvolvem a partir do controle do Estado e dos partidos políticos.
e) realizam pressão política, apoiando contestação da política econômica, e lutam por melhores salários.
8. (Uema 2011) No Brasil, segundo Juliana Tavares (In: Revista Sociologia. São Paulo: Escala, ano 1, nº 3, 2007),
o custo do fracasso das mobilizações sociais e as tentativas de mudanças sociais evidenciam a questão do
desemprego, da violência institucional e do agravamento no processo de marginalização. Nesse contexto, o povo
convive e se acomoda pacificamente com a miséria cotidiana, sem perspectiva de mudança. A partir desse
raciocínio, identifique os conceitos sociológicos relacionados a movimentos sociais no Brasil.
a) Cidadania; indústria cultural; identidade; individualismo; resistência social.
b) Participação política; violência; desmobilização; alienação; individualismo.
c) Ideologia; participação política; cidadania; identidade; projeto político.
d) Identidade; comportamento de massa; propriedade; cidadania; alienação.
e) Projeto político; cidadania; propriedade; alienação; identidade.
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e) no mundo contemporâneo, as organizações não governamentais vêm dividindo espaço com os movimentos
sociais nos processos de divulgação dos diferentes problemas sociais e também na representação popular.
10. (Unicentro 2010) Os movimentos sociais estão presentes em todas as sociedades, devendo ser compreendidos
como um fenômeno inerente aos processos de mudança. No Brasil, “os movimentos sociais que ocorreram ao
longo de mais de cem anos de República, quer sejam aqueles centrados na luta pela terra, quer sejam aqueles
voltados às relações de trabalho, quer sejam, ainda, aqueles voltados à melhoria das condições de vida na cidade,
como os movimentos por transportes, habitação, saúde etc., foram todos marcados pelas lutas para conquistar
direitos de cidadania.”
(Tomazi, Nelson Dácio (coordenador). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000, p.253).
Tendo em vista o amplo espectro que recobre os movimentos sociais e a questão da cidadania, assinale a
alternativa incorreta.
a) Na primeira metade dos anos 70, em meio à repressão policial e à euforia do “Milagre Brasileiro” a sociedade
civil, através dos setores populares, iniciou uma série de movimentos sociais voltados para as necessidades
urbanas (transporte, saúde, habitação, creches etc.).
b) Entre os vários movimentos surgidos, na metade dos anos 70, alguns chamaram a atenção pelas características
violentas que assumiram como é o caso do Movimento de Quebra-Quebras de Trens Suburbanos em São Paulo e
no Rio de Janeiro.
c) O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra que teve início ainda na Primeira República, com a volta do estado
de direito e da legalidade da luta pela Reforma Agrária, é de longe um dos movimentos sociais mais atuantes da
História brasileira.
d) Nos ano 80, destacam-se os movimentos de massa, em especial o movimento por eleições diretas para a
presidência da República – as Diretas-Já (1984-1985) -, que dinamizaram a vida político-partidária do país ao
mobilizar multidões em passeatas e comícios.
e) Em nome do estabelecimento da ética na política, no início dos anos 90, o movimento dos “caras-pintadas” foi,
em meio às intensas mobilizações da sociedade civil, decisivo para a deposição do então presidente da República,
Fernando Collor de Mello.
Sobre o processo histórico referido no texto e com base nos conhecimentos sobre as mudanças recentes nas
relações de trabalho, considere as afirmativas a seguir:
I. O movimento grevista do fim da década de 1970 aumentou sua legitimidade e importância entre os
trabalhadores porque atuou dentro da estrutura sindical oficial de Estado e por ser custeado pelo imposto
obrigatório.
II. Embora tenha ampliado o direito de greve e contestado o regime político vigente no país, as greves citadas não
surtiram maiores consequências práticas, o que se verifica no distanciamento que adotaram em relação ao
movimento para a redemocratização do país.
III. Após as greves de 1978, o movimento sindical brasileiro conheceu grandes avanços na década de 1980, vistos
pelo aumento das taxas de sindicalização em setores antes não alcançados, como trabalhadores rurais, camadas
médias e funcionários públicos.
IV. Trinta anos depois, devido à reestruturação produtiva e ao aumento do desemprego, as práticas sindicais
dominantes tendem a uma maior aproximação com as empresas e com o Estado e ao distanciamento em relação
às bases dos trabalhadores.
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13. (Uel 2007) O quadro abaixo, criado pelo italiano Giuseppe Pellizza, é uma expressiva representação da
emergência dos movimentos sociais no final do século XIX, ao mostrar uma multidão de trabalhadores que,
determinadamente, avança para reivindicar seus direitos. Esse fenômeno de desenvolvimento das organizações
coletivas, como o movimento sindical e os partidos políticos, teve início na Europa e Estados Unidos do século XIX,
espalhando-se por todo o mundo ocidental.
14. (Uel 2005) “Era a manhã ensolarada do dia 1º de maio de 1980, e as pessoas que haviam chegado ao centro
de São Bernardo do Campo para a comemoração da data se depararam com a cidade ocupada por 8 mil policiais
armados, com ordens de impedir qualquer concentração. Já desde as primeiras horas daquele dia as vias de
acesso estavam bloqueadas por comandos policiais que vistoriavam ônibus, caminhões e automóveis [...]. Pela
manhã, enquanto um helicóptero sobrevoava os locais previstos para as manifestações, carros de assalto e
brucutus exibiam a disposição repressiva das forças da ordem”
(SADER, Eder. Quando novos personagens entram em cena. São Paulo: Paz e Terra, 1995. p. 27.)
Com base nos conhecimentos sobre a história recente do Brasil, é correto afirmar que, nesse episódio, o autor se
refere ao:
a) Movimento estudantil, que lutava contra a reforma universitária de perfil privatista, implantada pelo governo
João Figueiredo.
b) Movimento operário, que lutava contra a ditadura militar, contra o arrocho salarial e pela democratização do
país.
c) Movimento das panelas vazias, que, apesar de o país já se encontrar plenamente democratizado, restringia sua
luta à reposição das perdas salariais devido ao arrocho imposto na década anterior pelo regime militar.
d) Movimento dos desempregados, constituído no processo de abertura política, e que sustentava a bandeira do
pleno emprego.
e) Movimento camponês, que, embora se constituísse numa força política emergente dos escombros do regime
militar, mostrava grande capacidade de mobilização das classes médias urbanas.
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ANOTAÇÕES
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1. Formação territorial da Paraiba capitania como a fundação da Vila Conceição e a
1.1 Antecedentes da conquista da Paraíba construção de engenhos.
Demorou um certo tempo para que Portugal Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou
começasse a explorar economicamente o Brasil, uma em declínio, ficando a mercê de malfeitores e
vez que os interesses lusitanos estavam voltados propiciando a continuidade do contrabando de
para o comércio de especiarias nas Índias, e alem madeira.
disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira Com a tragédia de Tracunhaém (tragédia na qual
que chamasse tanta atenção quanto o ouro, os índios mataram todos os moradores de um
encontrado nas colônias espanholas, minério este engenho), em 1574, a Corte Portuguesa ficou
que tornara uma nação muito poderosa na época. alarmada com os acontecimentos, o que levou o rei
Devido ao desinteresse lusitano, piratas D.Sebastião a separar a Paraíba da Capitania de
e corsários começaram a extrair o pau-brasil, Itamaracá, elevando-a à categoria de Capitania Real
madeira muito encontrada no Brasil-Colônia, e da Paraíba, passando então a ser administrada
especial devido a extração de uma tinta, usada para diretamente pela Corte, que tirara para si todas as
tingir tecidos na Europa. vantagens.
Esses invasores eram em sua maioria franceses, e O Decreto Real criando a Capitania Real da Paraíba
logo que chegaram no Brasil fizeram amizades com foi editado, possivelmente em janeiro de 1574. Esta
os índios, possibilitando entre eles uma relação foi a terceira Capitania Real do Brasil, sendo a
comercial conhecida como "escambo", na qual o primeira, a da Bahia e a segunda do Rio de janeiro.
trabalho indígena era trocado por alguma As terras da nova Capitania tinha os seus limites
manufatura sem valor. desde a foz do rio Popoca até a Baía da Traição.
Os portugueses, preocupados com o aumento do Depois de expulsos do Rio de Janeiro, os franceses
comércio dos invasores da colônia, passaram a enviar tentaram se estabelecer na Paraiba, onde
expedições para evitar o contrabando do pau-brasil, conseguiram aliar-se aos Tupis, que dominava a
porém, ao chegar no Brasil essas expedições eram região e fixaram-se na Baía da Traição, próxima a
sempre repelidas pelos franceses apoiados pelos Mamanguape, onde o comércio era livre. Os
índios. franceses comerciavam pau-brasil, algodão, óleos
Com o fracasso das expedições o rei de Portugal vegetais e animais nativos, que mandavam para sua
decidiu criar o sistema de capitanias terra. Eles conseguiam conquistar os índios, em troca
hereditárias. Com o objetivo de povoá-la, a colônia de ferramentas, presentes e enfeites, levando-os a
portuguesa foi dividida em 15 grandes faixas de não reagirem às suas invasões e até a ajudarem na
terras; tendo cada uma de 200 a 650 quilômetros de derrubada de madeira.
largura. Essas áreas, chamadas capitanias Existia uma grande preocupação dos lusitanos em
hereditárias, foram entregues a doze pessoas, que conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba,
deveriam tomar conta delas e fazê-las prosperar. pois havia a garantia do progresso da capitania de
Cada capitania era entregue a um capitão- Pernambuco, o fim da aliança entre Potiguaras e
donatário (senhor das terras e responsáveis por sua franceses, e ainda, havia um grande interesse em
exploração), que deveria desenvolvê-la com seus estender sua colonização ao norte.
próprios recursos. Elas recebiam esse nome porque a No entanto, a Capitania Real da Paraíba nasceu de
posse passava, por herança, de pai para filho. duas exigências:
As terras que hoje formam a Paraíba pertenciam · compensação do insucesso da capitania de
à Capitania de Itamaracá, cujas terras iam desde Itamaracá;
a foz do rio Santa Cruz (hoje Igaraçu) em · necessidade de apoio ao povoamento já instalado
Pernambuco, até as terras próximas ao rio Paraíba, na Capitania de Pernambuco.
que, nessa época, chamava-se São Domingos.
Nessas terras viviam os índios de dois grupos: no 1.3 Causas do retardamento da colonização
litoral, o grupo dos tupis, formado pelas da Paraíba
tribos Tabajaras e Potiguaras. Mais para o Entre a criação da Capitania da Paraíba e sua efetiva
interior, o grupo dos tapuias, formado pela tribo dos conquista, decorrem mais de dez anos. Os motivos
índios cariris. desse retardamento são gerais e particulares. Gerais
porque os problemas do governo português são
1.2 A fundação da capitania real da Paraíba múltiplos, tanto na política como na economia,
Inicialmente essa capitania foi doada a Pero Lopes afastando-o de um interesse concreto em povoar
de Souza, que não pode assumir, vindo em seu terras que não davam mostras de possuírem
lugar o administrador Francisco Braga, que devido a os metais preciosos, uma das grandes ambições
uma rivalidade com Duarte Coelho, deixou a dos governantes europeus da época. Particulares
capitania em falência, dando lugar a João porque uma série de circunstâncias ocorreu,
Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na ocasionando a demora da ocupação da Paraíba.
Esses acontecimentos foram: ação de apresadores de
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índios, presença de franceses na Baía da Traição, tomasse posse da terra; criou, então, a Capitania
massacre em Tracunhaém e traição aos Tabajaras. Real da Paraíba desmembrando-a da capitania de
a)Apresadores de índios: eram aventureiros que Itamaracá. Toda a ação de conquista que se
procuravam no Nordeste a riqueza fácil e que a partir tentasse, porém compromissava-se com a guerra aos
de 1560 encontraram condições de ação na Capitania Potiguaras e com a expulsão dos franceses.
de Pernambuco. Infiltrando-se entre aldeias d)Traição aos tabajaras : aconteceu quando essa
indígenas pacíficas criaram sérios conflitos através de tribo situava-se na região do rio São Francisco. Em
violência que visava contrabandear os nativos a 1573, Francisco Caldas, com mais de 200 homens,
conduzi-los escravizados em navios. Muitasamizades pretendendo apresar Tapuias, chegaram até a tribo
já consolidados entre colonos e índios foram por isso do chefe Piragibe, já com amizade firmada com os
dissolvidas e em toda a região as tribos se colonos. Conseguindo reforço de índios, viajou para o
levantaram para a guerra; interior, de onde voltou semanas depois, trazendo
b) Presença de franceses na Baía da carregamento de índios escravizados. Na verdade
Traição: provavelmente os franceses freqüentavam Francisco Caldas pretendia também cativar Piragibe e
os portos da Paraíba desde 1520, formando aliança toda sua gente. O chefe Tabajara tomando
com os índios Potiguaras. Essa tribo, provando não conhecimento da intenção do aventureiro e depois de
ser belicosa por natureza, recebeu os franceses em avisar a Assento de Pássaro, outro chefe e
sua convivência mais íntima, permitindo parente, armou uma cilada fatal, de que resultou o
a miscigenação sem fronteiras, que unia os massacre de toda a expedição e soltura de escravos.
homens loiros de Franca às mulheres Potiguaras; Desde aí, Piragibe junto com Assento de Pássaro,
com eles o comércio de especiarias da terra foi abandonaram sua morada e emigrou com sua família
franco, em troca de diferentes objetos trazidos da e grande número de índios Tabajara, percorrendo o
Europa. As razões de tal amizade foram: em primeiro interior até chegar a Paraíba. Em 1585, aliou-se aos
lugar, os franceses procuravam homenagear os potiguares, contra a conquista da Capitania Real da
Potiguaras, naquilo que lhes era mais caro, ou seja, Paraíba.
sua valentia, o prestígio de seus guerreiros e sua
liberdade. Os potiguaras não sofriam dos franceses 1.4. As lutas pela conquista da Paraíba
qualquer afronta: nem mentiras, nem apresamento, Quando foi criada a capitania real da Paraíba, o Brasil
nem quebra nos padrões culturais. Em segundo vivia o sistema de Governo Geral. Na época, o
lugar, conquistada a harmonia com o nativo, os governador geral era Luís de Brito e Almeida. Este
franceses passavam a oferecer-lhes ensinamentos recebeu do rei de Portugal a ordem de punir os
úteis, informam sobre melhores métodos de índios responsáveis pelo massacre, expulsar os
agricultura, doam ferramentas e incentivam a cultura franceses e fundar uma cidade. Assim, começaram
do algodão. Quando surgiram, portanto, os primeiros as cinco expedições para a conquista da Paraíba.
conquistadores da Paraíba tentando colonizá-la, Para isso, o rei de D. Sebastião mandou
franceses e potiguaras estavam em bom primeiramente o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva.
entendimento para a defesa de seus interesses. a) Primeira expedição (1574): O comandante
c) Massacre de Tracunhaém: trata-se de um desta expedição foi o Ouvidor Geral D. Fernão da
acontecimento histórico decisivo para a criação da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das
Capitania da Paraíba. O seguinte episódio, ocorreu no terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma
vale do rio Tracunhaém, que pertencia a Itamaracá e resistência, mais isso foi apenas uma armadilha. Sua
hoje se localiza a pequena distância da cidade tropa foi surpreendida por indígenas e teve que
pernambucana de goiana. Deu-se que, por ali, em recuar para Pernambuco.
1574, transitaram dois guerreiros potiguares, b) Segunda expedição (1575): Quem comandou
provenientes de Olinda, onde, por determinação do a segunda expedição foi Governador Geral, D. Luís
governador geral Antônio Salema, recapturaram de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos
jovem indígena de quinze anos, filha do cacique desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras
Iniguaçu, e que fora arrebatada por mameluco das paraibanas. Parte da frota foi devolvida ao porto de
aldeias da serra da Copaoba. A beleza da índia, origem, com o próprio Governador Geral, e outra
todavia, tanto fascinou o proprietário Diogo Dias que conseguiu ancorar em Pernambuco onde, depois de
decidiu ficar com a moça. O rapto irritou os indígenas esperar algum tempo também retornou à Bahia.
que insuflados pelos franceses, caíram sobre o c) Terceira expedição (1579): Frutuoso Barbosa
engenho de Dias, no Tracunhaém, massacrando seus impôs a condição de que se conquistasse a Paraíba,
habitante, a única exceção de um irmão de Diogo. a governaria por dez anos. Essa idéia só lhe trouxe
Simultaneamente, os demais centros de povoamento prejuízos, uma vez que quando estava vindo à
de Itamaracá foram atacados, com os ocupantes Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e
refugiando-se na ilha. Diante do fato, o rei D. além de ter forte tormenta e além de ter que recuar
Sebastião, para colonizar a região e por fim à fúria até Portugal, ele perdeu sua esposa.
selvagem, fez com que Portugal ao mesmo tempo
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d) Quarta expedição (1582) : com a mesma O cacique Piragibe, à frente dos Tabajaras, tinha
proposta imposta por ele na expedição anterior, planos de cercar o forte e invadir também as
Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a capitanias de Pernambuco e Itamaracá. Mas houve
Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos sérios desentendimentos entre os Tabajaras e os
franceses. Barbosa desiste após perder um filho em Potiguaras, os quais levaram as duas tribos a
combate. guerrearem entre si.
e) Quinta expedição(1584) : esta teve a presença Martim Leitão, sabendo desses fatos, preparou-se
de flores Valdez, Felipe de Moura e o insistente para tentar as pazes com o valente cacique Piragibe,
Frutuoso Barbosa, Que conseguiram finalmente pois sabia da importância de tê-lo como aliado.
expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Para essa missão de paz, o escolhido foi o capitão
1.5. Definindo a conquista João Tavares, de espírito conciliador. Finalmente, no
Em 1584, as lutas pela Paraíba registraram a dia 5 de agosto de 1585, celebraram um acordo, na
participação dos espanhóis a que, indiretamente, encosta de uma colina em frente ao rio Sanhauá,
passara a pertencer o Brasil, em razão da união das onde se construíram um forte de madeira. Nesta
Coroas de Portugal e Espanha, subordinados a um data, foi firmada definitivamente a conquista da
mesmo soberano - Felipe II da Espanha. Esse Paraíba.
acontecimento ocorrido em 1580, na Europa, explica A conquista da Paraíba se deu no final de tudo
a atuação nas peripécias paraibanas de 1584, de dois através da união de um português e um chefe
espanhóis, o almirante Diogo Flores Valdez e o indígena chamado Piragibe, palavra que
alcaide Francisco Castejom. significaBraço de peixe.
Ao primeiro coube chefiar a Armada que veio Em virtude de ser o dia 5 de agosto dedicado a
combater os franceses no mar e fechar a Nossa Senhora das Neves, a nova cidade recebeu o
desembocadura do rio Paraíba, batizado de São nome de Nossa Senhora das Neves, passando a
Domingos pelos Portugueses. Castejom encarregou- chamar-se Filipéia de Nossa Senhora das Neves
se do comando de baluarte, erguido nas (29/outubro/1585) em homenagem ao Rei Felipe
proximidades do estuário do Rio da Guia, afluente da da Espanha.
Paraíba. O fortim batizado de São Felipe e São Tiago Depois passou a chamar-se Frederikstadt
ensejou a denominação de Forte Velho para a (frederica) (26/dezembro/1634) por ocasião da
localidade, hoje convertida em centro de turismo. conquista pelos holandeses, em homenagem a Sua
Não foi desta feita, todavia, que a resistência Alteza o Príncipe Orange, Frederico Henrique. Em
indígena resultaria dominada. Edificada em local seguida, Parahyba (01/fevereiro/1654) no
inadequado, a fortaleza viu-se cercada pelos retorno ao domínio português, recebendo a mesma
Potiguaras que, em campo aberto, destruíram denominação que teve a capitania, depois província e
bandeiras que se aventuraram pelo interior. Quando por último Estado. Finalmente, João Pessoa
as desavenças entre o capitão-mor Frutuoso (04/setembro/1930)homenagem prestada ao
Barbosa, português, e o alcaide Castejom, espanhol, presidente do Estado assassinado em recife e que
se acentuaram, a situação dos conquistadores havia negado apoio ao Dr. Júlio Prestes, candidato
tornou-se insustentável. Castejom incendiou o forte e oficial nas eleições de 1930.
jogou a artilharia ao mar, retirando-se para Olinda,
onde foi preso pelo Ouvidor Martim Leitão. 1.6. Definição do Limites Territoriais
Em 1585, coube a este último organizar expedição José Augusto, no livro “Seridó”, relata que nem
para a conquista, somente então consumada. Devido sempre foi pacífica a delimitação de terras entre o
à importância estratégica, a Paraíba fora criada como Seridó potiguar e paraibano. Graças à atuação do
Capitania Real, isto é, diretamente subordinada à então Deputado Brito Guerra (RN) o assunto foi
coroa, o que propiciou o emprego de recursos oficiais resolvido. O tema demonstra, de um lado, o quanto
no empreendimento. somos próximos da Paraíba e, de outro, o quanto o
A expedição chefiada militarmente por João Tavares, Rio Grande do Norte deve à intervenção de Padre
partiu de Olinda, com aproximadamente mil homens, Brito Guerra para ter o território que hoje dispõe.
a cavalo e a pé. Entre os participantes das jornadas Mas não foi tão fácil como hoje podemos
encontrava-se militares, proprietários e sacerdotes, supor… Coriolano de Medeiros, grande paraibano
com índios “domesticados” e escravos negros educador, jornalista, poeta, ensaísta, historiador,
compondo a massa restante. romancista e folclorista, escreveu o Dicionário
Quando aqui chegaram se depararam com índios que Corográfico do Estado da Paraíba e, neste, sua
sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que indignação com a perda do território seridoense: “Já
eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda saltá- pertenceram à Paraíba, sem que se saiba que motivo
los, afirmando que sua luta era contra os Potiguaras. justificou a mutilação, toda a ribeira do Seridó e
Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança territórios dos atuais municípios rio-grandenses Acari,
com os Tabajaras, que por temerem outra traição, a Jardim, Caicó e Serra Negra”.
rejeitaram.
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A pendência, pelo que entendi, começou em 1818 Itans, por exemplo, dependem de boas chuvas no
com a criação da nova Comarca do Rio Grande do território vizinho. Os Rios Espinharas e Piranhas, por
Norte, através do Alvará de 18 de março de 1818 sua vez, somente chegam cheios no Rio Grande do
onde, dentre outros, está escrito: “A Capitania do Rio Norte com a generosidade das águas da Paraíba.
Grande do Norte ficará desmembrada da Comarca da
Paraíba e formará uma comarca separada, que sou 1.7. Limites Geográficos
servido criar com a denominação de comarca do Rio Com uma população estimada em 3.769.977
Grande do Norte, tendo por cabeça a cidade Natal e habitantes, o estado da Paraíba ocupa 56.584.6 km²
os limites que se acham assinados para a mesma de área territorial brasileira englobando 223
Capitania”. municípios.
Não houve, contudo, pelo relato de José Augusto, Até 1994, a Paraíba possuía 171 municípios. Em
total conformismo com o assunto, fato que levou o 1994/1995 foram criados mais 52, perfazendo um
então Deputado Padre Brito Guerra, em 1831, a total de 223, com suas cidades-sede, vários distritos,
propor a demarcação do distrito da Vila Nova do vilas, e inúmeros povoados. Grande parte do seu
Príncipe. Depois da tramitação exigida, aos 25 dias território está incluída na região semi-árida do
de outubro de 1831, “a Regência, em nome do Nordeste, identificada pela SUDENE como zona do
Imperador e Senhor D. Pedro II” sancionou e Polígono das Secas.
mandou executar Resolução da Assembleia Geral Está situado no extremo leste da região Nordeste do
Legislativa que convalidava os limites da Vila Nova do Brasil. Tem 98% de seu território inserido no
Príncipe da Província do Rio Grande do Norte Polígono da Seca. Faz limites:
determinando, em resumo, que “continuará na posse Norte: Rio Grande do Norte
de todo o território, que lhe foi assinado no ato de Sul: Pernambuco
sua criação em 31 de julho de 1788″. Leste: Oceano Atlântico
O litígio não parou por aí! Em 1834 a Assembleia Oeste: Ceará
Provincial da Paraíba representou à Câmara Nacional Cidades mais populosas - João Pessoa (capital),
pedindo a revogação da norma de 1831. O Rio Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux e Souza.
Grande do Norte reagiu através de sua Assembleia e
da manifestação das populações da Vila do Príncipe e Na Paraíba se encontra o ponto mais oriental das
da Vila do Acari. Américas, conhecido como a Ponta do Seixas, em
A manifestação de Acari, por exemplo, encerrava João Pessoa, devido a sua localização geográfica
dizendo: “Longe dos suplicantes a insubordinação; privilegiada (extremo oriental das Américas), João
querem à risca observar a lei; querem e são Pessoa é conhecida turisticamente como "a cidade
contentes em pertencer à Província do Rio Grande do onde o sol nasce primeiro".
Norte, e jamais se afastarão deste seu estado de
obediência e adesão à sua Província. É pois a razão
que tem os suplicantes de representarem e pedirem
a VV. SS. queiram atalhar todos estes males, levando
ao conhecimento da Augusta Assembleia Legislativa
o procedimento dos inimigos da ordem, que vem
perturbar o repouso e bem estar dos suplicantes”.
Enfim, depois de debates intensos onde se destacou,
pela Paraíba, o Deputado Veiga Pessoa, a solução
dada aos limites territoriais em 1831 foi ratificada em
1835. Outras providências operacionais ocorreram
tempos depois, mas, de fato, a decisão de 1835 não Pontos extremos:
foi significativamente questionada. O fato é que Ao norte (Serra do vale – Belém do Brejo do Cruz)
vivem os dois Estados, desde então, em boa Ao sul (Serra Pau D’arco – São João do Tigre)
harmonia e cooperação tendo, cada qual, o seu O leste (Ponta do Seixas – João Pessoa)
Seridó. O oeste (Serra da Areia – Cachoeira dos Índios)
A Paraíba chama de Seridó o território onde
atualmente vivem mais de 120 mil pessoas Número de municípios: 223
distribuídas entre os municípios de Junco do Seridó, Extensão territorial: 56.439 Quilômetros
Salgadinho, Santa Luzia, São José do Sabugi, São quadrados ou 0,66% da área total do Brasil. É o 20º
Mamede, Várzea, Baraúna, Cubati, Frei Martinho, estado brasileiro e o 6º do nordeste.
Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Picuí, São O IBGE dividiu a Paraíba em 4 mesorregiões: Mata
Vicente do Seridó e Tenório. Paraibana, Agreste Paraibano, Borborema e Sertão.
Da Paraíba, além dos muitos laços comerciais,
dependemos de várias de suas nascentes d´água e
curso de rios. Os Açudes Boqueirão, Gargalheira e
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As praias: Depósitos arenosos ou terras de
várzeas, que ficam junto às embocaduras dos rios
que lançam suas águas no Oceano Atlântico.
Restingas: Depósitos arenosos em forma de
língua ou flecha.
Dunas: São montes de areia formados pela ação
dos ventos.
Mangues: São planícies de marés com vegetação
formada por árvores e arbustos.
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que foram modeladas pela erosão marinha em A Serra de Teixeira tem altitude média de 700m e
períodos passados, quando o nível do mar era mais nela encontra-se a saliência do Pico do Jabre
elevado que o atual. Ex.: a "falésia morta" do (1.100m acima do nível do mar), ponto culminante
Conjunto João Agripino, no sopé da qual corre o rio do Estado, no município de Maturéia.
Jaguaribe, em João Pessoa. Geralmente, estão, nas serras, as cabeceiras ou
Os tabuleiros variam de altitude de 20 a 30 metros, nascentes das bacias hidrográficas, a exemplo das
havendo alguns com até 200 m. São formados pelo nascentes do rio Paraíba, na Serra de Jabitacá; do rio
acumulo de terras provenientes de lugares mais Espinharas, na Serra de Teixeira; do rio Piranhas, na
altos. São terras altamente férteis e próprias para o Serra do Bongá, etc. A porção ocidental do Maciço da
cultivo da cana-de-açúcar. Borborema, com as serras como as de Santa Luzia e
As planícies aluviais correspondem aos grandes vales São Mamede, limita a Unidade Geomorfológica
formados pelos rios Paraíba e Mamanguape, que classificada como Pediplano Sertanejo.
cortam os tabuleiros. A depressão sertaneja se inicia em Patos, após a
O Planalto da Borborema constitui a parte mais serra da viração. Constituem um conjunto de terras
elevado do relevo paraibano,cruza a Paraíba de baixas, ocupando uma área extensa entre a
Nordeste a Sudeste, com presença de várias serras, Borborema e as terras situadas nos estados vizinhos.
com altitude variando entre 500 e 650 metros. Sequência da Altimetria da Paraíba
Entre as principais serras, podemos destacar a da
Araruna, Viração, Caturité, Teixeira, Comissária e
outras. Na Serra de Teixeira fica o Pico do Jabre, o
ponto mais elevado da Paraíba, com mais de 1.000
metros de altitude.
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C no topo do planalto. A pluviosidade, de mais de o pasto para criação do gado, principal atividade
1.500mm junto à costa, no interior cai até 800mm, econômica.
no rebordo do Borborema. Aí, em torno da cidade de Demostração Ilustrativa dos climas da Paraíba
Areia, volta a subir e chega a ir além de 1.400mm. O
trecho mais úmido da Borborema, chamado Brejo, é
uma das melhores áreas agrícolas do estado.
Essa variação climática do litoral para o interior
reflete-se, também, na ocorrência de diferentes tipos
de solo e vegetação do Estado. Verifica-se na Paraíba
a ocorrência dos seguintes climas:
Clima Tropical quente-úmido – Domina o litoral,
a região da mata e parte do agreste. Com chuvas
abundantes (média anual de 1.800 mm) e
temperatura média anual de 26°C. Com essas
características, esse tipo climático domina em todo o
litoral. Nessa região aparecem os solos arenosos das 4. Vegetação
praias e restingas. O clima, o relevo e a hidrografia determinam a
No agreste há trechos quase tão úmidos quanto às vegetação que se apresenta diferenciada, em toda
áreas da mata e outros muitos secos. Por outro lado, extensão do território paraibano
em virtude da altitude em torno de 600
metros alguns municípios do Brejo, no agreste Destacam-se os seguintes tipos de vegetação:
paraibano, possuem um dos climas mais agradáveis
da Paraíba, com temperaturas variando de 20º a Vegetação litorânea – Localizada bem junto ao
24º. litoral, nas partes mais próximas às praias;
A formação do Agreste ocorre em faixas entre o caracterizam-se pela presença de mangues, dunas,
Brejo úmido e o Cariri semi-árido, ou seja, em área tabuleiros, vegetação rasteira, arbusto e matas de
de transição climática. restinga.
Clima semi-árido – Com chuvas de verão, No litoral paraibano, destaca-se a vegetação típica
predomina no Cariri, no Seridó, em grande parte da das praias: pinheiro das praias, salsa da praia,
Borborema e do sertão. Sua principal característica coqueirais, entre outros. Em Cabedelo, há a mata de
não é a ausência de chuvas, mas sua irregularidade. restinga. Nela encontramos árvore de porte médio,
Depois do Brejo, em toda porção aplainada elevada trocos com diâmetros pequenos, copas largas e
da Borborema e nos vales que cortam, como os do irregulares. As espécies principais são o cajueiro,
rio Paraíba, Curimataú, Taperoá, Seridó, etc., a semi- maçaranduba e aroeira da praia.
aridez do clima caracteriza a paisagem. Esse clima, Na foz dos rios e até onde exista influência das
quente e seco, com chuvas de verão, alcançam os marés, existem solos lamacentos, salinos e instáveis
índices mais baixos de precipitação do estado, com com alto teor de matéria orgânica em decomposição.
média anual de 500 mm e temperatura média anual Uma magnífica vegetação arbórea de mangue dá o
é de 26°C. Os municípios de Barra de Santa Rosa e devido destaque em algumas partes no litoral do
Cabaceiras apresentam índices inferiores a 300 mm, Estado. As espécies dessa formação vegetal
e constituem, juntamente com Acari - RN, o chamado apresentam algumas características essenciais para
"triângulo mais seco do Brasil". Sob essas condições, essa adaptação ao meio, por exemplo, raízes
desenvolve-se a vegetação de caatinga das regiões suportes e respiratórias..
do Cariri e Curimataú paraibanos; Algumas espécies como o mangue vermelho,
Clima Tropical semi-úmido – Chuvas de verão – mangue de botão, mangue branco e o siriúba vivem
outono, estende-se pela região do sertão. Chove obrigatoriamente no setor pantanoso, e outras, como
mais do que na região semi-árida, porém por conta a samambaia-assu e a guaxuma, ocorrem nos
das altas temperaturas e da evaporação a água setores marginais de solos, com características mais
disponível e insuficiente para o consumo. As chuvas estáveis, só esporadicamente alcançados pelas
de verão-outono alcançam, em média, 800 marés.
mm anuais determinadas pelas massas quentes
úmidas oriundas da Amazônia. A temperatura média Mata atlântica – Corresponde á área da zona da
anual é de 27°C. Esse tipo de clima domina todo o mata, os tabuleiros e as várzeas que antes eram
Pediplano Sertanejo, embora com precipitações ocupados pela vegetação da Mata Atlântica, hoje são
menos baixas que as do Cariri, também está sujeito ocupadas pela cana-de-açúcar e pelas cidades.
ao fenômeno das secas, porque as suas chuvas são Encontrava-se nas várzeas e tabuleiros, estando
igualmente irregulares. A vegetação de caatinga foi bastante alterada ou mesmo inexistente na maior
sendo degradada ao longo do tempo para a parte do litoral devido à expansão da monocultura
ocupação do solo com o algodão, milho e ainda com canavieira.
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Nas encostas orientais e nos vales úmidos que Seridó e Curimataú) ou hipoxerófila (proximidades do
cortam o Baixo Planalto (Tabuleiro), aparecem os Agreste e no Sertão).
solos areno-argilosos e os solos férteis de várzeas. Ai É formado por xiquexique, mandacaru, macambira,
predominava a chamada Mata Atlântica, infelizmente baraúnas, aroeira, angico, umbuzeiro, juazeiros e
hoje reduzida a apenas 5% de sua área primitiva do outros.
Estado. Ainda existe atualmente “relíquias” desta Os solos são rasos e pedregosos. A vegetação da
mata, representada pela Mata do Buraquinho , Mata caatinga, com muitas baraúnas, angicos e aroeiras,
de Pacatuba entre outros. Nessa vegetação, primitivamente arbustivo-arbórea, foi sendo
encontram-se árvores altas, copas largas, troncos degradada, ao longo do tempo, para a ocupação do
com grande diâmetro, folhas perenes, muitos cipós, solo com o algodão, milho e ainda com o pasto para
orquídeas e bromélias. a criação do gado, principal atividade econômica. A
Já recobriu grande extensão do território paraibano; caatinga ocorre atualmente, quase como uma
atualmente, quase toda devastada pelo homem formação do tipo arbustiva esparsa, com predomínio
ficando algumas reservas como Pau-Brasil, Jatobá e de favela, marmeleiro, pereiro, jurema
outros. preta,macambira, mandacaru, xique-xique, etc.
somente ao longo de alguns rios aparecem oiticicas,
Cerrados – Tipo de vegetação campestre, é craibeiras e carnaúbas, testemunhando
formado por árvores e arbustos distanciados entre si, antigas matas ciliares.
com árvores tortuosas e tufos de capim encontrados
nos tabuleiros. Localizam-se nos baixos planaltos Distribuição Ilustrativa da Vegetação da
costeiros, onde predominam a mangaba, a lixeira, o Paraíba
cajuí e o batiputá.entre outros
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A mais forte característica dos rios paraibanos é o fato de a maioria serem temporários, ou seja, diminuem
bastante de volume ou mesmo secam nos períodos de saca, principalmente no sertão, o que complica a agricultura
na região.
As principais bacias hidrográficas da Paraíba estão representadas pelos rios Piranhas, Paraíba e Mamanguape. Nas
bacias do litoral estão os rios Camaratuba, Miriri e Gramame. Finalmente na Bacia da Borborema Setentrional,
podemos encontrar o Rio Curimataú.
a hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois grupos, Rios Litorâneos e Rios Sertanejos.
Grupo dos Rios Litorâneos - são rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do litoral paraibano,
para desaguar no Oceano Atlântico. Entre estes tipos de rios podemos destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto
da Serra de Jabitacá, no município de Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d'água, correndo com seus
afluentes em direção ao mar, constituindo na maior “bacia hidrográfica” do Estado. Também na porção oriental
podemos destacar outras bacias, a do Rio Curimataú, que continua no Rio Grande do Norte, Camaratuba e
Mamanguape, entre outros.
Grupo dos Rios Sertanejos - são rios que vão em direção ao norte em busca de terras baixas e desaguando no
litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais importante deste grupo é o Rio Piranhas, que nasce na Serra de Bongá,
perto da divisa com o estado do Ceará. Esse rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio
é feita a irrigação de grandes extensões de terras no sertão. Tem ainda outros rios, como o Rio do Peixe, Rio
Piancó e o Rio Espinhara, todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba estão inseridos na Bacia do Atlântico
Nordeste Oriental e apenas os rios que nascem na Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os
outros rios são temporários e correm em direção ao norte, desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.
Tabela 1 - Principais Características das Bacias, Sub-Bacias e Regiões Hidrográficas do Estado da
Paraíba
5.1.Bacia do Piranhas
A Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu, totalmente inserida no clima semi-árido nordestino, possui uma área total de
drenagem de 43.681,50 Km2, sendo 26.183,00 Km2, correspondendo a 60% da área no Estado da Paraíba, e
17.498,50 Km2, correspondendo a 40% da área no Estado do Rio Grande do Norte. Contempla 147 municípios,
sendo 45 municípios no Estado do Rio Grande do Norte e 102 municípios no Estado da Paraíba e conta com uma
população total de 1.363.802 habitantes, sendo que 914.343 habitantes (67%) no Estado da Paraíba e 449.459
habitantes (33%) no Estado do Rio Grande do Norte.
O principal rio da bacia é o rio Piranhas-Açu, de domínio federal, uma vez que nasce no município de Bonito de
Santa Fé, no Estado da Paraíba, e segue seu curso natural pelo Estado do Rio Grande do Norte, desaguando no
Oceano Atlântico, na Costa Potiguar.
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Trata-se de uma importante bacia para os Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, pois é nela que estão
localizados a barragem Armando Ribeiro Gonçalves e o sistema de reservatórios Curema-Mãe D’Água, considerados
estratégicos para o desenvolvimento sócio-econômico destes Estados.
A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório de água do Estado do Rio Grande do Norte, com
capacidade de armazenamento de 2,400 bilhões de m3, a partir da qual o rio Piranhas-Açu torna-se perene,
permitindo o desenvolvimento da potencialidade agrícola de toda região denominada Baixo - Açu, além de garantir
o abastecimento de vários municípios e comunidades rurais, utilizando diversos sistemas adutores.
O sistema de reservatórios Curema-Mãe D’Água, no Estado da Paraíba, com capacidade de armazenamento de
1,350 bilhões de m3, garante o abastecimento urbano e rural, pereniza o rio Piancó, possibilitando o
desenvolvimento agrícola desta região, além de perenizar o trecho do rio Piranhas até a montante da barragem
Armando Ribeiro Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Norte.
5.2.Bacia do Paraiba
A Bacia Hidrográfica do rio Paraíba, com uma área de 20.071,83 km2, compreendida ente as latitudes 6º51'31" e
8º26'21" Sul e as longitudes 34º48'35"; e 37º2'15"; Oeste de Greenwich, é a segunda maior do Estado da Paraíba,
pois abrange 38% do seu território, abrigando 1.828.178 habitantes que correspondem a 52% da sua população
total. Considerada uma das mais importantes do semi-árido nordestino, ela é composta pela sub-bacia do Rio
Taperoá e Regiões do Alto Curso do rio Paraíba, Médio Curso do rio Paraíba e Baixo Curso do rio Paraíba. Além da
grande densidade demográfica, na bacia estão incluídas as cidades de João Pessoa, capital do Estado e Campina
Grande, seu segundo maior centro urbano.
Através do Governo Federal e Estadual, foram construídos na área da Bacia vários açudes públicos, que são
utilizados no abastecimento das populações e rebanhos, irrigação, pesca e em algumas iniciativas de lazer e
turismo regional. Esses reservatórios são as principais fontes de água da região e nas ocorrências de estiagens
muitos deles entram em colapso, ocasionando conflitos pelo uso dos recursos hídricos e graves problemas de
ordem social e econômica, como é o caso do Açude Epitácio Pessoa em Boqueirão.
Portanto, pelas considerações expostas e pelo diagnóstico da situação dos recursos hídricos na Bacia, bem como a
identificação dos conflitos entre usuários, dos riscos de racionamento dos recursos hídricos ou de sua poluição e de
degradação ambiental em razão da má utilização desses recursos, entende-se que é necessária instalação do
Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba, já aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, como um
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órgão colegiado, de caráter consultivo e deliberativo que comporá o Sistema Integrado de Planejamento e
Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado.
6. Economia da Paraíba
De modo geral, a economia paraibana se baseia no setor de serviços, na agricultura (principalmente de cana-de-
açúcar, abacaxi, algodão, milho e feijão), na indústria (alimentícia, têxtil, sucroalcooleira), na pecuária (de modo
mais relevante, a criação de bovinos, na microrregião de Sousa e Borborema, e caprinos, na região do Cariri) e no
turismo.
Participação no PIB nacional: 0,8% (2004). Composição do PIB: agropecuária: 10,4%; indústria: 33,1%;
serviços: 56,5% (2004). PIB per capita: R$ 4.165 (2004). Exportação. (US$ 228 milhões): tecidos e
confecções de algodão (36,3%), calçados (20,1%), açúcar e álcool (10,8%), peixes e crustáceos (9,7%), sisal
(7%), fios de algodão (6,6%). Importação. (US$ 94,3 milhões): máquinas têxteis (28,9%), outras máquinas e
equipamentos (16,9%), derivados de petróleo (9,1%), trigo (5,5%), produtos siderúrgicos (5,2%), algodão
(4,4%), fios e tecidos sintéticos (3,3%) - 2005.
Na Paraíba, fica evidenciada a fraca participação do setor agropecuário, o que indica transformações de estruturas,
considerando que, até meados dos anos 70, a economia estadual tinha como suporte este setor e, hoje, se
concentra no setor de serviços. Sob o ponto de vista econômico, considerando a P.E.A. (população
economicamente ativa) correspondente aos setores econômicos, percebe-se que está ocorrendo uma redução no
número de pessoas ocupando o setor primário paraibano, o que confirma a saída da população do campo.
Enquanto isso, nas cidades, o setor terciário está sofrendo aumento gradativo, ao receber a população proveniente
do setor primário.
Apesar de constituir a atividade econômica mais importante para o Estado, a agricultura paraibana apresenta uma
produtividade muito baixa, graças ao baixo nível técnico que ainda é empregada na agricultura, com técnicas
bastante rudimentares. Sabe-se que esses métodos rudimentares são conseqüências de problemas sócio-
econômico-político, como: ausência de políticas públicas voltadas para a agricultura; falta de planejamento
agrícola, etc. Mesmo assim, com relação a agricultura, destaca-se a produção de culturas que serve para o
abastecimento interno (local e nacional) e externo: cana-de-açúcar, abacaxi, sisal, etc. Com relação a produção de
gado, destaca-se as atividades criatórias de caprinos, bovinos e muares. Já com relação a produção industrial, a
Paraíba conta hoje com vários distritos industriais em várias cidades. Os principais tipos de indústrias do estado
são: calçados, minerais não-metálicos, metalurgia, alimentícias e de bebidas, dentre outras.
6.1.Agricultura
A cana-de-açúcar é um dos principais produtos agrícolas, a Paraíba é o terceiro maior produtor de cana-de-açúcar
do Nordeste, é importante destacar os plantios de algodão que tem uma grande importância no estado, o caju e o
abacaxi são as frutas que a Paraíba mais produz. Outro produto de destaque é o milho, que tem suas maiores
áreas de cultivo no sertão, com distribuição regional semelhante à do algodão arbóreo, plantado sobretudo no
extremo oeste. É importante também o sisal ou agave.
No sertão a agricultura é muito prejudicada às vezes pelas constantes estiagens. Este fato ocorrido na agricultura
demonstra a deficiência do setor, bem como a sua dependência (ainda) dos efeitos climáticos.
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A seca permanece como um dos principais problemas. Nos locais mais áridos tem chovido menos que os 500
mm anuais da média histórica da região. Dos 223 municípios, 193 passam por situação crítica por causa da
ausência quase total de chuva em 1999. Cerca de 1,2 milhão de pessoas dependem de carros-pipa e de poços
perfurados e 298 mil famílias recebem cestas básicas do governo federal. Campina Grande, a segunda maior
cidade do estado, enfrenta racionamento de água desde 1998. A seca é responsável pela morte de 70% do gado
bovino e as perdas para a agricultura somam 850 milhões de reais entre 1998 e 1999.
Apesar da população paraibana continuar participando cada vez menos do setor primário, este ainda representa a
base da economia do Estado. Os principais produtos agrícolas paraibanos são:
Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba tem a maior produção e o melhor rendimento por hectare, constituindo-se um
produto de grande importância para a exportação. O pólo abacaxizeiro é formado por Sapé, Mari, Mamanguape,
Itapororoca, Rio Tinto, São Miguel do Taipu, dentre outros. Como toda cultura destinada à exportação, sofre
oscilações de mercado que acarretam diminuição ou expansão do cultivo.
Sisal: Nos anos 50 e 60 foi o principal produto agrícola paraibano, quando sofreu uma retração devido aos baixos
preços no mercado internacional. Como toda cultura comercial, as oscilações de mercado reduziram a produção
em grandes áreas de cultivo, principalmente nos municípios de Ingá, Itatuba, Alagoa Grande e Serraria onde o
sisal foi substituído por outras culturas. Por outro lado, a concorrência da fibra sintética também afeta o mercado e
desestimula o produtor. O sisal é a cultura comercial nas regiões do Curimataú e Seridó Oriental, bem como em
alguns municípios da microrregião de Teixeira. É uma cultura de ciclo vegetativo longo, utilizada para a fabricação
de cordas e estopas no setor industrial local, ou são exportadas para o exterior a fim de serem utilizadas nas
indústrias de papel e celulose.
Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica, pois dela se fabrica o álcool usado como combustível. As
principais áreas de cultivo são os vales, os tabuleiros e o litoral.A expansão da cana de açúcar provoca a retração
de outras culturas principalmente das alimentares. Na Paraíba, como nos demais Estados produtores, o extinto
Proálcool contribuiu muito para essa expansão.
Algodão: Essa cultura já representou o principal produto agrícola paraibano. O algodão ainda é presença
destacada na região sertaneja, apesar de ter sofrido uma redução no seu cultivo devido a praga do
“BICUDO”.porém os principais fatores da retração do algodão tanto o arbóreo como o herbáceo foram a crise da
industria têxtil nacional, notadamente a nordestina, e a concorrência com o algodão estrangeiro que teve maior
acesso ao mercado nacional devido a política de importações de governos anteriores. Era cultivado em forma de
“plantation” e hoje a produção é feita por pequenos e médios agricultores. No agreste, sofria a concorrência da
cana de açúcar. Uma retração no mercado de uma provocava a expansão da outra.
Milho e feijão: são cultivados em todo o Estado, geralmente de forma associada, bastante tradicional, sem
perspectivas de melhorias técnicas, uma vez que a falta de infra-estrutura de armazenamento e de comercialização
não permite ao agricultor expandir sua plantação.
Mandioca: É uma cultura de ciclo vegetativo mais longo que o do feijão e do milho. Isto o exclui das áreas mais
áridas do Estado e sua produção sofre atualmente um processo de concentração devido à mecanização das casas
de farinha, no Brejo, Litoral e regiões vizinhas, onde a cultura adquire um caráter comercial.
6.2. Pecuária
A pecuária é uma atividade que data da época da colonização e foi iniciada no litoral, como complemento da
agricultura. Como os animais depredavam as plantações, a produção passou a ser praticada no Sertão, onde o
gado era criado no sistema extensivo que permanece até hoje. O Agreste assumiu os encargos de produtor de
alimentos.
A pecuária de grande porte é bastante disseminada em todo o Estado, sendo a criação de bovinos a mais
representativa, onde se verifica que o rebanho bovino corresponde a aproximadamente 90% do total. Observa-se
uma maior concentração na microrregião de Sousa enquanto que nas baixas densidades encontram-se no Seridó e
no Litoral Sul.
A criação de gado bovino na Paraíba destina-se à produção de carne e leite, este para atender às indústrias de
laticínios e principalmente às queijarias disseminadas em todo o Estado.
A pecuária de Médio porte (caprinos, ovinos e suínos) com forte concentração no Cariri e Curimataú Ocidental. Os
caprinos e ovinos são perfeitamente adaptados às condições naturais do Nordeste.
Quanto aos suínos, sua criação realiza-se, na maior parte em instalações rústicas, muitas vezes limitada a “fundo
de quintal”. Os maiores percentuais de suínos encontram-se nas microrregiões que dispõem de uma cidade de
relativa importância. Nessas áreas há uma preocupação com melhorias técnicas: seleção das espécies para melhor
produção de carne, alimentação adequada, instalações higiênicas, etc. A produção de é destinada ao consumo
direto da população e ao abastecimento das indústrias de derivados como lingüiça, paio, presunto, banha, etc.
No que se refere à produção animal, destaca-se ainda a avicultura, onde evidencia-se grandes concentrações nas
áreas próximas aos centros urbanos mais dinâmicos e na região do litoral Sul.
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É certo que os produtos paraibanos sofrem concorrência de empresas de outros centros, barateando o produto.
Mas considerando o crescente consumo, algumas dessas empresas estabeleceram-se aqui, além do que,
empresários paraibanos, atraídos pelos lucros imediatos e retorno rápido do capital empregado, também decidiram
entrar no setor avícola.
6.4.Indústria
A atividade industrial na Paraíba, apesar de bastante antiga, não atingiu ainda o seu papel como fator de
desenvolvimento, ou seja, gerando emprego, renda, circulação de mercadorias e capital, podendo assim melhorar
as condições de vida da população.
Como todos os Estados nordestinos, a Paraíba recebeu, na década de 60, os incentivos fiscais e creditícios,
oriundos dos planos de desenvolvimento da SUDENE. Foram criados Distritos Industriais nas principais cidades
(João Pessoa, Campina grande, Guarabira, Sousa, Cajazeiras, Santa Rita, Patos), porém não se pode afirmar que
tal fato provocou transformações no quadro industrial do Estado. Muitas indústrias, que se aproveitaram dessa
política, estabelecendo-se aqui, eram desvinculadas da realidade paraibana e, terminando os incentivos, fecharam
suas portas.
A Paraíba mantém em grande parte o seu perfil industrial bastante tradicional e voltado para o beneficiamento de
matérias-primas agrícolas e minerais. Destacam-se a indústria têxtil, a indústria de alimentos, com a fabricação do
açúcar e a indústria do cimento.
A indústria química também está presente no estado, representada pela fabricação de material de limpeza. Ela
recebeu um grande impulso nas décadas de 70 e 80 com incentivos do Pró-álcool, que promoveu a instalação de
grandes destilarias no litoral. Isso contribuiu também para a expansão da cana-de-açúcar.
Existem três aglomerados de indústrias na Paraíba. O primeiro é formado pelas indústrias das cidades de João
Pessoa, Santa Rita, Bayeux, Cabedelo, Lucena e Conde. Neste aglomerado destacam-se as indústrias de alimento,
a têxtil, a de construção civil e a do cimento.
O segundo aglomerado industrial corresponde à cidade de Campina Grande. O dinamismo desta cidade existe
principalmente por causa da instalação do Campus II da Universidade Federal da Paraíba, onde funciona o Centro
de Ciências e Tecnologia, antiga Escola Politécnica. Ai, há uma grande demanda de pesquisas tecnológicas que
expõem resultados. Produtos de diversos setores da economia, como na produção de calçados, na indústria têxtil,
na produção de alimentos, de bebidas, frutas industrializadas e, nas últimas décadas na área de informática, são
exportados para o Brasil e o Mundo..
O terceiro e último aglomerado é composto por indústrias das cidades de Patos, Cajazeiras, São Bento e Souza,
nas quais as indústrias destacadas são as têxteis e de confecções.
6.5.O comércio
A Paraíba em valores é a quinta colocada no Nordeste, pois seu setor de exportação além de ter um alto padrão
nos serviços oferecidos, o que garante às empresas condições básicas para um bom desempenho operacional.
A Paraíba vem exportando, em maior escala, calçados, produtos têxteis, álcool, pescado, e tem importado
principalmente derivados de petróleo e cereais.
O setor pesqueiro paraibano tem demonstrado muita dinâmica das que hoje praticam pesca oceânica, no Brasil, 12
delas estão instaladas em Cabedelo, exportando, através do Porto, seus produtos. A importância da pesca, dia-a-
dia, vem se ampliando, em função sobretudo do crescimento do mercado.
A identificação das vocações locais de cada município merece um grande destaque, pois contribui para o
desenvolvimento socioeconômico do Estado, além de minimizar a migração para os grandes centros.
Tanto João Pessoa como Campina Grande experimentaram nos últimos anos, uma arrancada no desenvolvimento
do comércio devido ao interesse dos empreendedores pela área de shopping centers.
Além do Manaira, em João Pessoa, existem mais quatro pequenos shoppings centers na capital paraibana: Mag
Shopping, Via Mar Shopping e Shopping Sul, todos na orla marítima, e o Shopping Cidade, no centro.
Em Campina Grande, existem quatro: Shopping Campina Grtande; o Shopping Luíza Motta, Shopping Iguatemi e o
Shopping Cirne Center.
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De acordo com a idade geológica dos terrenos e dos tipos de rochas que os constituem, ocorrem, no Estado,
diferentes tipos de minerais, tanto metálicos como não-metálicos, e também gemas, em maior ou menor
quantidade, com possibilidade ou não de exploração econômica.
Dentre os recursos minerais do litoral, destacam-se os chamados minerais não-metálicos, entre os quais, a água
mineral, argila de queima vermelha e o calcário.
A água mineral e argila de queima vermelha ocorre com maior destaque em Santa Rita. Outro recurso mineral de
grande importância nesta região é o calcário, cuja aplicação principal é na fabricação de cimento, tendo como
responsáveis pela sua maior produção os municípios de Caaporã e João Pessoa. No município de Mataraca,
ocorrem minerais metálicos, destacando-se titânio, zircônio.
Quanto ao caulim ocorre essencialmente nos municípios de Nova Floresta, Juazeirinho, Junco do Seridó e Pedra
Lavrada.
A bentonita é extraída no município de Boa Vista; ocorrendo ainda em Cubati e Barra de Santa Rosa. Suas reservas
correspondem, aproximadamente, a 45% das reservas brasileiras.
A cassiterita, a sheelita, a tantalita, o berilo e o ouro são os minerais metálicos de maior importância da Paraíba. A
produção registrada oficialmente para esses minerais é proveniente de garimpos, distribuídos nos municípios de
Picuí, Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Salgadinho, Junco do Seridó, São José do Sabugi, Santa Luzia,
Várzea, São José de Espinharas, Brejo do Cruz, Piancó e Princesa Isabel, todos na região do Seridó e Sertão.
Com relação às gemas, apesar de não existir nenhuma jazida registrada oficialmente, as ocorrências, no Estado,
estão relacionadas com as "áreas de garimpeira". Merecem destaque os municípios de Picuí, Nova Palmeira, Frei
Martinho, Pedra Lavrada, Soledade, Taperoá, com produção de água-marinha, amazonita, granada, variedade de
quartzo e outros. Junco do Seridó, Juazeirinho, Santa Luzia e São Mamede são responsáveis pela produção de
turmalina, água-marinha, quartzos, etc. Os municípios de São José de Espinharas, Uiraúna, Lastro, Piancó e Brejo
do Cruz são produtores de água-marinha, amazonita e alguns tipos de quartzo.
João Pessoa – Em 2009, João Pessoa continuou sendo o centro dinâmico da economia paraibana, tendo um
incremento de 12,8% no valor de seu PIB (passou de R$ 7,658 bilhões, em 2008, para R$ 8,638 bilhões, em
2009), em decorrência do crescimento no Valor Adicionado e nos tributos relacionados ao processo produtivo. Isso
contribuiu para que sua participação no PIB estadual passasse de 29,80%, em 2008, para 30,12%, em 2009. As
atividades econômicas que tiveram maior relevância para o crescimento nominal do PIB estão no setor secundário,
mais especificamente, nos ramos de alimentos, bebidas, têxtil e calçados da indústria de transformação. O setor de
serviços continuou a ter o maior peso da economia da Capital paraibana, em 2009.
Campina Grande – É o segundo maior centro econômico do Estado, caracterizando-se como entreposto
distribuidor para diversas cidades da Paraíba e do Nordeste. As atividades econômicas mais importantes no
município são o comércio, a indústria de transformação, a administração pública e a educação de nível superior,
tanto pública (o município sedia duas universidades, sendo uma estadual e outra federal) quanto privada. Possui
também dois importantes polos tecnológicos, nas áreas de couro e calçados e de tecnologia da informação. O valor
do PIB municipal passou de R$ 3,458 bilhões, em 2008, para R$ 3,894 bilhões, em 2009, um crescimento nominal
de 12,6%. Com isso, a participação de Campina Grande no PIB paraibano ficou relativamente estável no período
(passou de 13,5%, em 2008, para 13,6%, em 2009). A atividade que mais contribuiu para que a economia
campinense registrasse um resultado positivo foi o comércio, com crescimento de 1,1% – a participação no valor
do comércio estadual passou de 12,6%, em 2008, para 13,4%, em 2009.
Cabedelo – Terceira maior economia municipal, cuja dinâmica assenta-se principalmente no comércio, nas
atividades imobiliárias e na indústria de transformação. Ressalte-se a existência de ramos da indústria que estão
ligados às importações paraibanas, destinadas ao beneficiamento e à distribuição em seu território e no Nordeste,
como as unidades de combustíveis, petróleo e cooke, bem como de trigo. Também são consideradas as atividades
de alojamento e alimentação, ligadas à cadeia produtiva do turismo, e as relativas aos serviços de movimentação
de cargas do Porto, o maior existente no Estado. A pesquisa constatou crescimento de 6,8% no PIB desse
município, que passou de R$ 2,185 bilhões, em 2008, para R$ 2,333 bilhões, em 2009.
Santa Rita – Quarta maior economia municipal do Estado, a cidade possui base produtiva na agropecuária e
na indústria. Na agropecuária, destaca-se a produção de abacaxi, cana-de-açúcar, mamão e mandioca. A
bovinocultura também é expressiva nesse município. No setor secundário, destaca-se a indústria de transformação,
mais especificamente os ramos de calçados, fabricação de velas, estofados, minerais não-metálicos (cerâmicas e
tijolos), pré-moldados, bem como a indústria sucroalcooleira (açúcar, rapadura e álcool). Este município tem a
maior incidência de fontes de água mineral do Estado e, por isso mesmo, possui várias indústrias nesse segmento.
O valor do PIB de Santa Rita passou de R$ 0,979 bilhão, em 2008, para R$ 1,139 bilhões, em 2009, um
incremento nominal de 16,3%, que fez com que sua participação no PIB estadual passasse de 3,8% para 4%.
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Patos – Quinta economia municipal do Estado da Paraíba, com dinâmica econômica no comércio, na indústria
e no setor primário. No comércio, é um importante pólo distribuidor de bens e serviços para ouost municípios do
Sertão paraibano e dos Estados de Pernambuco e Rio grande do Norte. Na indústria de transformação, destacam-
se os ramos de calçados, óleos vegetais e beneficiamento de cereais. No setor primário, destacam-se a pecuária
(criação de bovinos e caprinos) e a agricultura (produção de milho, feijão e algodão), em anos de bom inverno. O
valor do PIB de Patos passou de R$ 543,033 milhões, em 2008, para R$ 615,181 milhões, em 2009, um
incremento nominal de 13,3%.
Cinco menores PIB – No grupo dos municípios com os menores valores do PIB em 2009, temos Quixabá (R$
8.295), Areia de Baraúnas (R$ 8.849), São José do Brejo do Cruz (R$ 8.949), Amparo (R$ 9.380) e Coxixola (R$
9.451). A variação nominal de 11,8% no valor do PIB paraibano entre 2008 e 2009 (passou de R$ 25,697 bilhões
para R$ 28,719), ocorreu de forma diferenciada entre os seus municípios, havendo casos de elevações positivas
bem superiores à média estadual e, no extremo oposto, variações negativas de valores.
7. Aspectos sociais
Conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a população paraibana totaliza 3.766.528 habitantes, sendo o quinto estado mais populoso do Nordeste
brasileiro. Esse contingente populacional corresponde a 1,97% da população nacional.
Localizada na faixa litorânea do estado, João Pessoa, capital da Paraíba, é a cidade mais populosa do estado –
723.515 habitantes. Outras cidades paraibanas que apresentam grande concentração populacional são: Campina
Grande (385.213), Santa Rita (120.310), Patos (100.674), Bayeux (99.716), Sousa (65.803), Cajazeiras (58.446),
Guarabira (55.326) e Cabedelo (57.944).
Com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,718, a Paraíba ocupa o 24° lugar no ranking de IDH dos
estados brasileiros, ou seja, detém o quarto menor índice do país. O analfabetismo atinge 21,6% da população,
sendo a terceira pior média nacional, pois somente as taxas de Alagoas (24,6%) e Piauí (23,4%) são superiores.
Outro problema social no estado se refere à taxa de mortalidade infantil: 35,2 óbitos a cada mil nascidos vivos.
Entre 2016 e 2017, chegando a 4.025.558 habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgadas nesta quarta-feira (30).
Na contagem anterior, eram 3.999.415 habitantes e este foi o terceiro maior crescimento populacional no Nordeste no período,
perdendo apenas para Pernambuco e Maranhão, que cresceram 0,67% e 0,66% respectivamente.
Os dados foram publicados no Diário Oficial da União e a data de referência para o levantamento é 1º de julho. Eles
também revelam que apenas quatro cidades no estado têm mais de 100 mil habitantes, de acordo com o levantamento.
Juntas, elas reúnem 36% da população paraibana.
João Pessoa é a mais populosa, com 811.598 habitantes, menos da metade da população de Recife, onde moram 1.633.697
pessoas. Em seguida está Campina Grande, pouco mais da metade da população da capital, 410.332 habitantes. A lista ainda
tem Santa Rita (136.851 habitantes) e Patos (107.790).
No outro extremo, apenas cinco cidades têm menos de 2 mil habitantes: Parari (1.769), São José do Brejo do Cruz (1.806),
Coxixola (1.925), Quixaba (1.964) e Riacho de Santo Antônio (1.985). Juntas, elas não representam nem 0,01% da população
paraibana.
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Densidade demográfica: 66,7 habitantes por quilômetro quadrado
População urbana: 75,4%
População rural: 24,6%
Acesso a água tratada: 79,2%
Acesso a rede de esgoto: 40,5%
Analfabetismo: 21,6%
Analfabetismo funcional: 33,4%
Mortalidade infantil: 35,2 para cada mil nascidos vivos
Homicídios dolosos (com intenção de matar): 22,6 por 100 mil habitantes
PIB per capita: 6.866 reais
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,718.
8. Aspectos Culturais
8.1.Personalidades
ARIANO SUASSUNA
Ariano Suassuna nasceu na cidade da Paraíba, hoje chamada de João Pessoa, capital da Parahyba, em ortografia
arcaica. Na época, seu pai João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna cumpria o mandato de presidente do
Estado, atualmente equivale ao cargo de governador. Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã,
no sertão paraibano.
Em 1930, aos três anos de idade, Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o
assassinato de seu pai no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua
mãe Rita de Cássia Vilar a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano. Ainda na
cidade, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam
e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos,
sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos
políticos opositores ao seu falecido pai.
De 1933 a 1937, Ariano, ainda em Taperoá, fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça
de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas
também da sua produção teatral.
Em 1942, ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade de Recife, em Pernambuco, onde passou a residir
definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial,
atual ensino médio, no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz.
Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema
"Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Comércio do Recife.
Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de
Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as
harpas de Sião, ou O desertor de Princesa, foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se
Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955,
O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de
1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.
O paraibano concluiu seu estudo superior em Direito em 1950, na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em
Filosofia no ano de 1964. De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que
viria a marcar definitivamente a sua obra.
Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de
um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a
peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada
exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema. Em
1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se
aposentaria em 1994.
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ASSIS CHATEAUBRIAND
Um dos grandes nomes da Comunicação no Brasil. Este foi Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo,
paraibano, natural de Umbuzeiro, onde nasceu em 5 de outubro de 1892. Como tradição naquela época, ainda
jovem ele seguiu para o Recife, para se dedicar aos estudos. Na capital pernambucana, ele cursou o ginásio e a
faculdade de Direito.
Entretanto, desde muito cedo ele já se dedicava ao jornalismo, escrevendo no “Jornal Pequeno” e no veterano
“Diário de Pernambuco”. No Rio de Janeiro, em 1917, ele escreveu para o “Correio da Manhã”. Já em 1924, Assis
Chateaubriand assumiu a direção de “O Jornal” – que era conhecido como o “órgão líder dos Diários Associados”,
entidade que iria abranger no futuro um conjunto de 28 jornais, 16 estações de rádio, cinco revistas e uma
agência telegráfica.
Assis Chateaubriand também deixou seu nome na política e tomou o partido da Aliança Liberal, na campanha
que teve por desfecho a vitória da Revolução de outubro de 1930. Contudo, dois anos depois, o apoio à
Revolução Constitucionalista o levaria ao exílio. Em dezembro de 1954, ele foi eleito para ocupar a Cadeira 37,
da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Getúlio Vargas.
O paraibano organizou o Museu de Arte de São Paulo, uma de suas mais importantes criações. Também foi
eleito senador pelo Estado do Maranhão, em 1957, mas abriu mão do posto logo em seguida, para se dedicar ao
cargo de Embaixador do Brasil na Inglaterra. A maior parte de sua obra encontra-se dispersa em seus artigos
para a imprensa.
Precoce poeta brasileiro, Augusto dos Anjos compôs os primeiros versos aos sete anos de idade. Seu contato
com a leitura influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo. Cético em relação às
possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me), o
poeta fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio,
as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha
sorte").
A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo
vocabulário extraído da área científica para fazer do Eu – desde 1919 constantemente reeditado como Eu e
outras poesias – um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma.
Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da
cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela
pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.
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nome em todo o país, com o destaque dado à literatura regionalista. Depois do sucesso dessa obra, José
Américo publicou ainda os romances "O boqueirão", em 1935, e "Coiteiros".
Secretário do Interior e Justiça durante o governo de João Pessoa, na Paraíba, teve de enfrentar os conflitos
políticos na região de Princesa. Com a vitória da Revolução de 1930 assumiu, de 1930 a 1934, o Ministério da
Viação e Obras Públicas. Um desastre aéreo na cidade de Salvador, em 1932, deixou-o seriamente ferido.
Em 1934, Getúlio Vargas o nomeou para o cargo de Embaixador do Brasil junto à Santa Sé. Eleito senador em
1935, o paraibano seria, algum tempo depois, designado Ministro do Tribunal de Contas da União. Em 1937 foi
apresentado como candidato dos partidos governistas à presidência da República, com grandes probabilidades
de vitória, mas o golpe de Estado de 10 de novembro desse ano suprimiu a campanha eleitoral. O Congresso
Nacional foi dissolvido e outorgada ao país uma Carta Constitucional, pela qual era implantado o Estado Novo.
Em fevereiro de 1945, com uma entrevista ao matutino carioca "Correio da Manhã", José Américo contribuiu
decisivamente para pôr fim à ditadura implantada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937. Nas eleições
de 1945, o político foi eleito senador pelo seu estado natal. Mais tarde, recompôs-se politicamente com o ex-
ditador voltando a ocupar a pasta ministerial da Viação e Obras Públicas, cargo em que se conservou até o
suicídio do presidente na manhã de 24 de agosto de 1954.
José Américo entregou-se à tarefa de escrever as suas memórias e, em 1966, ingressou na Academia Brasileira
de Letras, ocupando a vaga deixada pelo trágico falecimento do professor Maurício de Medeiros.
A União Brasileira de Escritores prestou-lhe significativa homenagem, em 1977, como "O Intelectual do Ano". No
ano anterior publicara mais um livro de memórias, intitulado "Antes que me esqueça".
Passou a colaborar no Jornal do Recife. Em 1922 fundou o semanário Dom Casmurro. Formou-se em 1923 na
Faculdade de Direito do Recife. Durante o curso, ampliou seus contatos com o meio literário pernambucano,
tornando-se amigo de José Américo de Almeida, Osório Borba, Luís Delgado, Aníbal Fernandes, e outros. Gilberto
Freyre, voltando em 1923 de uma longa temporada de estudos universitários nos Estados Unidos, marcou uma
nova fase de influências no espírito de José Lins, através das ideias novas sobre a formação social brasileira.
Ingressou no Ministério Público como promotor em Manhuçu, Minas Gerais, em 1925, onde entretanto não se
demorou. Transferiu-se em 1926 para a capital de Alagoas, onde passou a exercer as funções de fiscal de
bancos, até 1930, e fiscal de consumo, de 1931 a 1935. Em Maceió, tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas
e passou a fazer parte do grupo de Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de
Lima, Valdemar Cavalcanti, Aloísio Branco, Carlos Paurílio e outros. Ali publicou o seu primeiro livro, Menino de
Engenho, em 1932, chave de uma obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno
romance brasileiro. Em 1933, publicou Doidinho, o segundo livro do "Ciclo da Cana-de-Açúcar".
Em 1935, já nomeado fiscal do imposto de consumo, José Lins do Rego transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde
passou a residir. Integrando-se plenamente no ambiente carioca, continuou a fazer jornalismo, colaborando em
vários jornais com crônicas diárias. Foi secretário geral da Confederação Brasileira de Desportos de 1942 a 1954.
Revelou-se, então, por essa época, a faceta esportiva de sua personalidade, sofrendo e vivendo as paixões
desencadeadas pelo futebol, o esporte de sua predileção. Em 1957, o escritor veio a falecer no Rio de Janeiro.
PEDRO AMÉRICO
Pintor, desenhista e escritor brasileiro. Um artista plural. Este foi Pedro Américo de Figueiredo e Melo, paraibano,
que nasceu em Areia, em 29 de abril de 1849, e faleceu em Florença, na Itálica, em 1905. O talento e a paixão
pela arte foram despertados logo cedo, ainda criança. Aos 11 anos, Pedro Américo já trabalhava como
desenhista.
Em 1856, o paraibano ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Três anos depois, ele
ganhou uma bolsa de estudos do então imperador D. Pedro II, para aprofundar seu trabalho com desenho e
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pintura, na França. Por lá, Pedro Américo ingressou na Escola de Belas Artes, no Instituto de Física Ganot e na
Sorbonne, passando a estudar também literatura e a se dedicar à pesquisa científica. A passagem pela França o
rendeu grande influência de pintores neoclássicos do país.
Entre suas obras literárias e filosóficas, destacam-se: A reforma da Academia de Belas Artes de Paris; Discursos
sobre a Estética e Ciência e os sistemas. Viajou para a Itália e voltou ao Brasil em 1864, para lecionar desenho
na Academia Imperial de Belas Artes. Em Florença, realizou suas mais famosas pinturas. Celebrizou-se pelas
telas Batalha do Avaí e O Grito do Ipiranga. Dedicou-se também à política, sendo eleito deputado em 1891. Em
1900, em Florença, pintou Paz e Concórdia. Foi considerado um dois mais famosos artistas de sua época.
8.2.Música e Dança
Marca de sua história e de seu povo, a Paraíba reúne um rico acervo cultural. Como se repete em outros estados
do Nordeste, a cultura paraibana está fincada em origens ibéricas, africanas e indígenas, embora tenha ganhado
suas particularidades ao longo do tempo.
Por meio de danças, folguedos, peças de teatros e manifestações diversas oriundas da imaginação e criatividade
popular, a cultura paraibana é fortalecida e preservada com o passar dos anos.
As danças folclóricas mais expoentes no Estado são diversas, a exemplo da nau-catarineta, do bumba-meu-boi, do
xaxado, do coco-de-roda, da ciranda, das quadrilhas juninas e do pastoril. Todas elas são cultivadas pelos
paraibanos durante todo o ano. Algumas, entretanto, ganham mais notoriedade nos períodos carnavalescos e
durante as festas juninas.
Boa parte dessas expressões culturais ganha vida a partir de comunidades carentes, mas não se limita a elas. Até
porque, no Estado, a cultura local é trabalhada nas escolas e universidades, como forma de levar ao conhecimento
dos estudantes as expressões culturais paraibanas, provocando neles o interesse pela preservação do folclore da
terra.
Além do esforço para manter viva a tradição cultural do Estado, a Paraíba faz história por também preparar novos
artistas. Desde 1931, funciona em João Pessoa a Escola de Música Anthenor Navarro, criada pelo então interventor
estadual (como era chamado o governador no período da Revolução de 1930), Anthenor de França Navarro.
A escola é referência até os dias atuais, sendo uma das principais formadoras de novos músicos para integrar
orquestras ou, simplesmente, para prepará-los para graduações em Música.
Teatro
A arte e a cultura na Paraíba também ganham vida nos palcos dos históricos teatros espalhados pelo estado. O
Minerva foi o primeiro teatro a ser erguido na Paraíba, inaugurado em 1859, e fica localizado no município de
Areia. Ele possui capacidade para 250 pessoas e uma acústica de excelente qualidade.
Apesar do pioneirismo dele, é em João Pessoa que está instalado o Santa Roza, teatro considerado como a mais
importante casa de espetáculos da Paraíba. Com o passar do tempo, mais espaços teatrais foram surgindo, com
projetos modernos de arquitetura e tecnologia. O mais recente deles é o Teatro Facisa, instalado em 2012, no
município de Campina Grande.
8.3. Artesanato
Labirinto
O labirinto é uma tradição têxtil, mantida de geração em geração pelas mãos delicadas de mulheres que
sobrevivem deste fazer artesanal. Elas desfiam, enchem, torcem, perfilam e engomam, através de um longo e
trabalhoso processo manual, peças de inigualável beleza e riqueza de detalhes.
Fibras
A Paraíba é muito rica em fibras vegetais das mais diversas, podemos encontrar desde o coqueiro na Zona da
Mata, até a palha da bananeira, do milho e da carnaúba nas demais regiões do estado. Nas áreas litorâneas,
mulheres de pescadores passam de geração em geração a arte de fazer objetos a partir de sua palha. Essa é hoje
uma atividade que garante ocupação e renda para milhares de famílias que tinham apenas a pesca como meio de
sustento.
A região do Curimataú já foi um dos maiores produtores regionais do sisal e, atualmente, várias instituições tentam
resgatar essa cultura que fez e faz parte da vida de muitas famílias. Através da inovação tecnológica e da
capacitação, jovens e adultos adquirem ocupação e renda, produzindo objetos de rara beleza e valor cultural.
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Couro
Com a disseminação da caprinocultura no cariri paraibano, o couro retirado do bode gera oportunidade de
ocupação e renda através da fabricação dos produtos artesanais.
Um processo totalmente manual e ecologicamente correto, que utiliza o angico – produto vegetal – no curtimento
do couro, dispensando a utilização de produtos químicos.
Madeira
A partir de um dos principais elementos da natureza são criadas peças de grande requinte.
São mãos hábeis e talentosas que fazem da madeira bruta um lapidado tesouro que enche de beleza os mais
diversos ambientes.
Renda Renascença
A renda renascença representa a beleza de uma das mais antigas tradições artesanais do Brasil.
Na Paraíba, a renascença, trazida por pernambucanos, faz mulheres fortes, acostumadas à dura realidade
sertaneja, artesãs delicadas que usam arte para seu sustento.
Brinquedos populares
A Paraíba de tradições e cultura também é a Paraíba dos sonhos de criança, dos carrinhos e bonecas de madeira e
de pano.
Do pião às mobílias infantis, a imaginação e a criatividade nas mãos de quem usa os produtos de sua terra
transformam as lembranças de criança no resgate da cultura de um povo.
Tapeçaria
Apesar da tapeçaria não ser uma arte tradicionalmente paraibana, ela é hoje um dos grandes fazeres artesanais do
estado. Trazida pelos pernambucanos, a tapeçaria mostra o talento de nossas artesãs, que tecem peças de grande
beleza. Seu trabalho é reconhecido pela riqueza de detalhes e constitui lucrativa fonte de renda para mulheres que
antes sobreviviam apenas do ganho de seus maridos.
Crochê
Com a agulha grande de gancho na ponta e fios de algodão, avós e mães vêm passando para seus netos e filhos a
técnica do crochê por mais de 150 anos no estado da Paraíba.
Blusas, xales, colchas, almofadas e passadeiras vão ganhando formas e cores nas mãos talentosas dos artesãos
das mais diversas regiões. Nos sítios ou nas cidades, nas grandes vitrines ou na pele da mulher agricultora, o
crochê aparece do litoral ao sertão paraibano.
Pontos largos, pontos apertados, colorido ou discreto, o crochê permite a confecção de produtos que garantem a
satisfação de qualquer cliente com qualquer gosto ou preferência. Os grupos mais representativos estão nas
cidades de Areial, Pocinhos, Picuí e na comunidades de Mata Redonda (Alhandra).
Cerâmica
A técnica de manipular ao barro e a partir dele criar objetos e utilitários com características singulares está
presente em todo território nacional. Essa presença se justifica no fato de que nossos principais colonizadores, o
branco português, o negro africano e o índio que aqui vivia, todos trabalhavam com o barro, com a cerâmica.
Na Paraíba, encontramos uma das mais ricas fontes naturais do barro "bom para o artesanato". Essas jazidas
encontram-se nas cidades de Caaporã e Alhandra, onde a maioria dos oleiros e artesãos "pegam" a argila que
utilizam em suas peças.
O Cariri e o Sertão são possuidores de um barro altamente refratário de coloração branca e vermelha. Trata-se de
um barro que serve para a confecção de panelas que, indo ao fogo, aguentam altas temperaturas, são próprias
para a utilização na culinária.
Por meio dos mais variados incentivos, os artesãos que trabalham com a cerâmica vêm melhorando sua renda e
aumentando a qualidade de vida de suas famílias e o que é ainda mais importante, fortalecendo e perpetuando a
cultura e a identidade local paraibana.
Bordados
A técnica do bordado foi trazida para a Paraíba por missionárias européias que ensinavam às jovens um oficio para
que as mesmas, futuras donas de casa e mães, obtivessem renda com a venda das peças e ajudassem seus
maridos, geralmente agricultores, no sustento da família.
A finalidade, embora machista e típica de uma época de repressão feminina, deixou um saldo altamente positivo. É
comum colhermos os depoimentos de bordadeiras que uma vez viúvas ou com maridos "parados" pela estiagem,
cobrem todas as despesas de seus lares com a venda dos bordados.
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As colchas, cortinas, passadeiras, etc, elaboradas com o mais fino ponto cheio ou ponto de cruz, redendê e
voganite já deixaram o estado, cruzaram o Brasil e hoje estão chegando a outros países.
As encomendas que chegam a todo instante geram renda para grupos inteiros de mulheres que, além da
contribuição para a difusão da tradição artesanal paraibana, sustentam seus familiares com mais dignidade.
Tecelagem
Os tecelãos paraibanos colocam em suas redes, mantas, tapetes e almofadas, uma mistura viva de cores e formas
que traduzem claramente a formação "misturada" que o povo brasileiro possui, sobretudo o povo nordestino.
Do Litoral ao Sertão temos comunidades trabalhando e produzindo aquilo que foi identificado como maior
expansão do artesanato paraibano, a rede de dormir.
Podemos destacar as cidades de Gurinhém, Campina Grande, Boqueirão, São Bento e Aparecida como principais
produtoras.
Atualmente, a Paraíba também desponta como único produtor de produtos elaborados com a técnica da tecelagem
utilizando o fio do algodão colorido, ecologicamente correto e que não é tingido quimicamente, ele já nasceu com
a cor que vai ser fiado.
Fuxico e Retalhos
Quem nunca viu, na casa da avó ou nas fotos antigas de família, alguma colcha colorida de retalhos?
Pedacinho por pedacinho, ponto a ponto, o colorido dos retalhos vão se unindo e formando também tapetes,
passadeiras, almofadas e, bem mais recente, até blusas e bolsas.
A arte do fuxico e das peças com retalhos, que por muitos e muitos anos foram passando de geração em geração,
ganharam força com o advento da preocupação com as questões ambientais e ecológicos. O reaproveitamento do
tecido é um processo que garante que aqueles resíduos não serão colocados no meio ambiente em forma de
poluição.
Atualmente, até as mais famosas marcas aplicam as técnicas do fuxico e de reaproveitamento de tecido em suas
peças. Os mais conceituados estilistas do Brasil e do mundo usam essas aplicações em suas coleções.
Em todas as regiões do estado da Paraíba são produzidas peças com fuxico e com retalhos por artesãos jovens,
adultos e idosos.
Metais
Galos, galinhas, passarinhos e esculturas são produzidos com flandre e com metal por artesãos paraibanos, que
colhem o que viraria lixo e transformam em belas peças, hoje vendidas e admiradas no Brasil e no mundo.
Latas de óleo, latas de leite, restos de peças de automóveis, parafusos e pregos usados, tudo é tratado, lixado e
reaproveitado para fazer arte.
Com o repasse de fazer artesanal, jovens paraibanos descobrem a alegria de ganhar seu próprio sustento e a
esperança de nunca sair de seu lugar de origem. É o sucesso de uma tríplice aliança: a preocupação com o meio
ambiente, com a geração de renda e com a dignidade do cidadão artesão.
Artesanato Indígena
O artesanato indígena é a única expressão genuinamente brasileira do segmento, ou seja, que não foi trazida por
outros povos. É a mais pura e rica tradução de nossa cultura, materializada em um objeto.
Cestaria, cerâmica e enfeites, como bijouterias, saias e cocares, são as peças produzidas por nossos índios que,
até os dias atuais, ainda utilizam os mesmos costumes e técnicas.
Na Zona da Mata paraibana, os índios-artesãos encontram-se, em sua maioria, nas Aldeias de São Francisco,
Galego, Tramataia e Aldeia Forte, que fazem parte dos municípios de Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação.
O artesanato indígena, produzido na Paraíba, é mais representativo nos objetos de cestaria e adorno pessoal,
todos feitos com fibras vegetais, sementes e quengas de coco.
Macramê
O macramê é conhecido popularmente como a técnica de dar nós, muito utilizado para produzir varandas de redes
de dormir, franjas de toalhas, de colchas e em tapetes, pode ser trabalhado com fios de algodão ou fios de fibras
naturais.
Atualmente, a técnica do macramé é bastante usada, também, para aplicações em peças do vestuário feminino
como blusas, vestidos e saias.
Na Paraíba, encontramos muitos artesãos que trabalham com essa técnica herdada dos nossos colonizadores
europeus. Esses artesãos são mais concentrados onde existe a produção de redes de dormir, no entanto, em
outros locais e regiões, sem nenhuma ligação com a tecelagem, começam a surgir grupos que usam fitas, fios e
fibras no fazer artesanal dessa técnica.
210
#InformáticaSuperFácil
INFORMÁTICA
Prof. Tiago de Melo Dantas
APOSTILA – PMPB
Uma ótima versão do editor de texto do pacote de No item Abrir, carrega uma janela que permite localizar e
programas Office da Microsoft. abrir/criar um arquivo existente. A pasta sugerida para
iniciar a busca do arquivo é a pasta Meus Documentos e
os arquivos exibidos são os arquivos compatíveis com o
O Menu permite acessar comando como abrir, Word, este tipo de filtro facilita a tentativa de localização
salvar, salvar como, fechar, sair entre outros. Observe na do arquivo desejado.
figura abaixo:
O comando fechar fecha o documento atual/ativo e o
comando sair fecha todos os documentos abertos e
encerra o programa.
os modelos de arquivos oferecidos pelo Microsoft Word exemplo, se você estiver trabalhando com um gráfico no
2010. Excel, a Faixa de Opções mostrará os comandos de que
você precisa para trabalhar com gráficos. De outro
modo, esses comandos não serão visíveis.
As guias situam-se na parte superior da Faixa de Colar Especial (CTRL+ALT+V): Permite colar um texto ou
Opções. Cada uma delas representa uma área de objeto, já enviado para a Área de transferência, sem
atividade. formatação, ou no formato RTF e até mesmo no formato
HTML.
Os grupos são conjuntos de comandos relacionados
exibidos juntos nas guias. Os grupos reúnem todos Pincel (CTRL+SHIFT+C – copia e CTRL+SHIFT+V - cola):
os comandos de que você provavelmente precisará Copia a formatação de um texto ou objeto selecionado e
para um tipo de tarefa. o aplica a um texto ou objeto clicado. Para manter este
comando ativado devemos dar um clique duplo e para
Os comandos são organizados em grupos. Um desativar este recurso podemos pressionar a tecla ESC
comando pode ser um botão, um menu ou uma ou clicar novamente no botão Pincel.
caixa na qual você digita informações.
Área de transferência do Office (CTRL+CC) : Exibe o
A Faixa de Opções se adaptará de acordo com o que painel de tarefa “Área de transferência”. Mantém até 24
você está fazendo, para mostrar os comandos de que itens recortados e/ou copiados.
provavelmente precisará para a tarefa em questão. Por
Grupo Fonte de base do texto. Ex. Citação1. (Para criar uma nota de
rodapé, clique em Inserir Nota de Rodapé na Guia
Referência).
Tamanho de Fonte: Permite aumentar ou diminuir o Fonte (CTRL+D) : Permite alterar a formatação do
tamanho da fonte no padrão oferecido. Utilizando as texto selecionado. Observe as figuras abaixo:
teclas de atalho CTRL+SHIFT+< e CTRL+ SHIFT+> é possível,
respectivamente, diminuir e aumentar o tamanho da fonte
obedecendo ao padrão oferecido. Já, a combinação de
teclas CTRL+[ e CTRL+] permitem, respectivamente,
diminuir e aumentar o tamanho da fonte ponto a ponto.
Permitem, respectivamente, aumentar e diminuir o
tamanho da fonte ponto a ponto.
OBS: Caso deseje alterar a formatação padrão do Word Espaçamento entre linhas: Aumenta ou diminui o espaço
2010, altere para a formatação da fonte desejada e clique existente entre as linhas de um parágrafo. Espaçamento
no botão “Definir como Padrão...”, localizado no canto padrão entre linhas é o múltiplo ou 1,15.
inferior da janela. O Padrão é Fonte: Calibri, Tamanho: 11.
Sombreamento: altera o plano de fundo do texto ou
Grupo Parágrafo parágrafo selecionado. Semelhante ao Realce.
Ex.
Grupo Tabelas
Localizar (CTRL+L (caso o painel de navegação esteja
aberta exibe a caixa de pesquisa));
Grupo Ilustrações
Grupo Links
Grupo Símbolos
Grupo Configurar Página Marca D’água: Permite Inserir uma marca d’água no
documento em edição, seja com imagem ou texto.
Observe a figura abaixo:
Tamanho: Permite alterar o tamanho da folha para Cor da Página: Permite definir uma cor para as páginas do
impressão. Entre as sugestões temos o tamanho: Carta, documento.
Ofício, A3, A4 e etc.
Bordas de Página: Abre a caixa de diálogo Bordas e
Colunas: Permite separar em colunas o documento em Sombreamento com a guia Bordas da Página ativada.
edição ou um bloco de texto selecionado (inserir Permite definir uma margem para as páginas do
automaticamente quebra de seção contínua). documento em edição.
Grupo Organizar
Enviar para trás: Permite organizar o objeto selecionado Atualizar Sumário: Após modificar o arquivo acrescentado
enviando-o para trás do texto, como se fosse um plano de e diminuindo itens atualize o sumário para que as novas
fundo do parágrafo. mudanças sejam exibidas.
Guia CORRESPONDÊNCIAS
Inserir Legenda: Permite inserir uma legenda para uma
imagem. Uma legenda é uma linha de informações exibida Grupo Criar
abaixo da imagem como, por exemplo: “Figura 1.
Representa o grupo legendas”.
Grupo iniciar Mala Direta Inserir Campo de Mesclagem: Permite adicionar qualquer
campo da lista de destinatários ao documento, como
sobrenome, telefone residencial e etc.
Grupo Concluir
Grupo Idioma
Guia REVISÃO
Traduzir: Traduz o texto selecionado em outro idioma.
Grupo Revisão de Texto
Idiomas: Permite definir outro idioma para a palavra afim
de que seja possível fazer a verificação ortográfica e
gramatical do texto selecionado.
Grupo Comentários
Contar Palavras: Saber o número de palavras, caracteres, Controle de Alterações (CTRL+SHIFT+E): Permite
parágrafos e linhas do documento. controlar todas as alterações feitas no documento,
incluindo inserções, exclusões e alterações de formatação.
Balões: Permite escolher a forma de mostrar as revisões Proteger Documento: Permite restringir a maneira como
feitas no documento. É possível exibir em pequeno balões os usuários possam acessar o documento. É possível
na margem direita ou no próprio documento. restringir formatação e edição.
Grupo Comparar
Nova Janela: Abre uma nova janela com a exibição do Guia Início
documento atual.
Grupo: Área de transferência
Organizar Tudo: Coloca todas as janelas abertas no
programa lado a lado na tela.
Grupo Macros
a) somente os itens 1, 2 e 3
b) somente os itens 1, 2 e 4
c) somente os itens 2, 3 e 4
d) somente os itens 1, 3 e 4
e) todos os itens
a) Correspondências
b) Revisão
c) Exibição
d) Layout da Página
e) Inserir
( ) é possível colocar uma proteção para evitar que a) somente alinhadas à esquerda, centralizados e
pessoas não autorizadas possam abrir um arquivo de alinhadas à direita.
documento Word, ou seja, quando se criar um
documento sigiloso será possível impedir que pessoas b) alinhadas verticalmente, centralizados, alinhadas
não autorizadas possam abrir o arquivo. horizontalmente.
( ) o Word 2010 não possibilita que um arquivo seja c) alinhadas à esquerda, centralizados, alinhadas à
gravado no formato PDF. direita e justificado.
6. Referente ao aplicativo MS-Office 2010, para 10. O usuário está criando um documento no Word,
criação e edição de textos (MS-Word 2010), do Microsoft Office, e ao testar a impressão
assinale das alternativas abaixo a única que desse documento depara que embora tenha
apresenta uma guia inexistente: escolhido o tamanho do papel como A4 o texto
está saindo no comprimento maior da folha.
a) Exibição Portanto, para girar a orientação dessa página,
b) Dados deve-se:
c) Layout da Página
d) Página Inicial a) na configuração da página, alterar a orientação de
Paisagem para Retrato.
MGS – Técnico em Informática – 03/07/2016 – IBFC
b) na impressora, virar o papel em 90° graus.
7. No MS-Word 2010, quando o espaço é
adicionado entre as palavras para que ambas as c) na impressora, girar o ângulo de impressão para 90°
bordas de cada linha sejam alinhadas com as graus.
margens (e a última linha do parágrafo é
alinhada à esquerda), utiliza-se do comando d) na formatação do documento, alterar o tamanho do
denominado tecnicamente pela Microsoft de: papel.
15. Existem vários programas que podem ser e) guia Exibição, no grupo Estilo, clicar no botão Exibir/
utilizados no computador e o processador de Esconder.
texto é, sem dúvida, o mais importante para a
elaboração de documentos. Alguns recursos são 17. Quanto às teclas de atalho do Microsoft Word
importantes, entre eles o tipo de fonte (letra), 2010, analise as afirmativas abaixo, dê valores
cor, tamanho e formato. Dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a
Verdadeiro (V) ou Falso (F) nos procedimentos
alternativa que apresenta a sequência correta MPE/SP – Analista de Promotoria – 23/11/2013 – IBFC
(de cima para baixo):
20. No Microsoft Word 2007 temos a opção de
( ) para fechar o Microsoft Word 2010 deve-se inserir números de página em nossos
combinar as seguintes teclas: Alt+F2 documentos. Para tanto, temos disponíveis no
Word as seguintes opções para exibir esses
( ) para salvar quaisquer alterações deve-se combinar números no documento:
as seguintes teclas: Ctrl+T
a) no Início da Página, Fim da Página, Margens da
( ) para copiar um texto selecionado deve-se combinar Página, ou Posição Atual.
as seguintes teclas: Ctrl+C
b) somente no Início da Página e Fim da Página.
a) V-V-V
b) V-V-F c) somente na Posição Atual.
c) V-F-V
d) F-F-V d) somente no Início da Página, Fim da Página, ou
e) F-F-F Margens da Página.
TRE/AM – Técnico Judiciário – 02/02/2014 – IBFC e) somente no Início da Página, Fim da Página, ou
Posição Atual.
18. Assinale a afirmação que apresenta
corretamente uma das diversas características
do Microsoft Word 2007:
- subtração
- MS EXCEL 2010 - ^ (acento exponenciação
circunflexo)
Conhecimentos Gerais (teoria)
Operadores de lógica:
Arquivo: Pasta de Trabalho
Extensão: .xlsx
> maior
Planilhas: 3 (padrão).
< menor
Coluna: 16.384 representadas por letras. A até XFD (inclui
>= maior ou igual que
as letras K,W e Y)
<= menor ou igual que
Linhas: 1.048.576 representadas por números.
(A interseção de uma coluna e uma linha é uma célula). <> diferente
& concatenação de
sequências.
Início (começando a entender)
Operadores de função:
No Excel os operadores são representados da seguinte
maneira: : (dois-pontos ou intervalo;
ponto)
Operadores aritméticos:
; (ponto e vírgula). e
* (asterisco) representa a multiplicação.
/ (barra) representa a divisão.
+ adição
Faixa de Opções
A Faixa de Opções no Word. Cada programa tem uma Recortar (CTRL+X): Move o conteúdo selecionado para a
Faixa de Opções diferente, mas os seus elementos são os Área de Transferência.
mesmos: guias, grupos e comandos.
Copiar (CTRL+C): Duplica a seleção para a Área de
Existem três elementos principais na Faixa de Opções: Transferência.
As guias situam-se na parte superior da Faixa de Colar (CTRL+V): Insere o último item enviado para a Área
Opções. Cada uma delas representa uma área de de transferência na célula ativa (selecionada).
atividade.
Colar Especial (CTRL+ALT+V): Permite colar um texto ou
Os grupos são conjuntos de comandos relacionados objeto, já enviado para a Área de transferência, sem
exibidos juntos nas guias. Os grupos reúnem todos os formatação, no formato RTF, no formato HTML e até
comandos de que você provavelmente precisará para mesmo imagens.
um tipo de tarefa.
Pincel (CTRL+SHIFT+C – copia e CTRL+SHIFT+V - cola):
Os comandos são organizados em grupos. Um Copia a formatação de uma célula selecionada e a aplica a
comando pode ser um botão, um menu ou uma caixa uma célula clicada. Para manter este comando ativado
na qual você digita informações. devemos dar um clique duplo e para desativar este recurso
podemos pressionar a tecla ESC ou clicar novamente no
A Faixa de Opções se adaptará de acordo com o que botão Pincel.
você está fazendo, para mostrar os comandos de que
provavelmente precisará para a tarefa em questão. Por Área de transferência do Office (CTRL+CC) : Exibe o
exemplo, se você estiver trabalhando com um gráfico no painel de tarefa “Área de transferência”. Mantém até 24
Excel, a Faixa de Opções mostrará os comandos de que itens recortados e/ou copiados.
você precisa para trabalhar com gráficos. De outro
modo, esses comandos não serão visíveis.
Grupo Fonte
Dois outros recursos que tornam os programas baseados
na Faixa de Opções fáceis de usar são o Botão Microsoft
Office e a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Grupo Número
Grupo Alinhamento
: Clicar na célula desejada e clicar em , botão o valor voltará para 4,5. (Não ficará 5,0, pois
multiplicara o valor por 100 x. Outra maneira é: clicar na que o valor real ou original continua sendo 4,5).
200 e clicarmos no botão o valor passa de 200 para 1. Selecionar o intervalo de células e clicar no .
200,0 (detalhes: um (1) zero (0) de cada vez). Se
selecionarmos uma célula que tenha o valor 4,5 e clicarmos Neste exemplo selecionamos o intervalo de células B1 até
B4 e clicamos no botão Autosoma.
no botão o valor passará de 4,5 para 4,50.
Exemplos: se selecionarmos uma célula que tenha o valor Neste exemplo selecionamos o intervalo de células A2 até
D2 e clicamos no botão Autosoma.
4,486 e clicarmos no botão o valor passa de 4,486
para 4,49 (o número 6 é maior que 5, por esta razão
emprestou um para o número 8). Continuando o
Agora, se clicarmos no botão , volta para 4,5 e mais Neste exemplo selecionamos o intervalo de células B2 até
C3 e clicamos no botão Autosoma.
uma vez no botão passa para 5. Se clicarmos no
Teclas de atalhos
=E2+(E2*15%) =SOMA(A1;A4)
=115 =(A1+A4)
Se desejarmos diminuir 15% ao valor da célula E2 =(4+1)
=(5)
=E2-(E2*15%)
=85 OBS: O operador ; (ponto e vírgula) representa valores
específicos de uma planilha.
Lembre-se também que:
Prática: Prática:
1) =MÉDIA(A3;B3:C4) 1) =MULT(D1:D3;B4)
2) =MÉDIA(E1:E5) (texto e células vazias na função são 2) =MULT(B3;C3:D4)
ignoradas) Gabarito:
1) 420
Gabarito: 2) 1200
1) 4 SOMAQUAD
2) 100 (elevar ao quadrado cada um dos valores apresentados e
somar)
MÍNIMO
(menor valor dos valores apresentadas) =SOMAQUAD(A1:A3;B2)
=(4+3+2+3)
=MÍNIMO(A1:C3) =(16+9+4+9)
=(4;3;2;1;3;5;2;4;2) =38
=1
Prática:
MÁXIMO
(maior valor dos valores apresentadas) 1) =SOMAQUAD(D1:D3;B4)
2) =SOMAQUAD(C1:C3;D1:D3)
=MÁXIMO(B2:D4)
=(3;5;7;4;2;4;4;5;6) Gabarito:
=7
1) 99
MENOR 2) 74
(matriz;k) matriz = intervalo de células e k = é a posição
(do menor) na matriz ou intervalo de célula de dados a ser MED
fornecida (segundo menor). (Mediana da estatística: O valor central de uma lista
ordenada)
=MENOR(A1:D4;2) (Buscará o segundo menor valor)
=(4;3;2;1;1;3;5;7;2;4;2;4;3;4;5;6) =MED(B4:D4)
=1 (Observe que o número 1 é exibido 2 vezes) =(7;4;6)
=MENOR(A1:D4;3) (Buscará o terceiro menor valor) =(4;6;7)
=(4;3;2;1;1;3;5;7;2;4;2;4;3;4;5;6) =(6)
=MODO(A1:B2) Prática:
=(A1;B1;A2;B2)
=(4;1;3;3) 1) =SE(MÉDIA(A4:D4)>=5;”aprovado”;”reprovado”)
=(3) 2) =SE(SOMA(A1:A4)<>SOMA(A1:D1);10;”sim”)
3) =SE(A1<=B1+B2;A1+1;A1+2)
=MODO(A1:B4)
=(A1;B1;A2;B2;A3;B3;A4;B4) Gabarito:
=(4;1;3;3;2;5;1;7) (neste caso temos dois valores que mais
repetem, o 1 e 3, no caso do excel a resposta final e 1) reprovado
sempre o 1° que aparece) 2) sim
=(1) 3) 5
Gabarito: INT
(retorna o número inteiro obedecendo às regras de
1) 18 arredondamento)
Prática:
1) =INT(4,567)
2) =INT(6,489)
3) =INT(3,965)
Gabarito:
1) 5
2) 6
3) 4
ARRED
(número;número_de_dígitos) retorna o valor com a
quantidade de casas decimais descrita no segundo
argumento.
=ARRED(2,15;1)
Neste caso, ele irá somar apenas os valores que se =2,2
adaptarem a condição (critério) de resolução. =ARRED(2,149;1)
=2,1
CONT.VALORES =ARRED(-1,475;2)
(contar às células que contém valores sejam números ou =-1,48
letras)
OBS: obedece a regra de arredondamento.
=CONT.VALORES(E1:E5)
=(Casa;100;0;200) (contar a quantidade de valores) TRUNCAR
=4 (retorna apenas o número inteiro. Não arredonda apenas
retira a parte fracionada)
CONT.NÚM
(conta apenas às células que contém números) =TRUNCAR(8,942)
=8
=CONT.NÚM(E1:E5) =TRUNCAR(-4,56)
=(100;0;200) =-4
=3 =TRUNCAR(PI())
=3
CONTAR.VAZIO Podemos também especificar quantas casas decimais ele
(conta o número de células que estão vazias) irá manter. Por exemplo, =TRUNCAR(4,567;2) a resposta
=CONTAR.VAZIO(E1:E5) será 4,56.
=(E3)
=1 HOJE
(data atual do computador)
CONT.SE =HOJE()
(conta o número de células de acordo com a condição de =13/10/2006
resolução)
É importante lembrar que não acrescentamos nada entre
=CONT.SE(A1:A4;”>=4”) os parênteses.
=(A1) célula com valor maior ou igual a 4
=1 AGORA
(data e hora atual do computador)
=[PASTA1]Plan2!A1
Se copiarmos o conteúdo da célula e colarmos na célula
Onde =[Pasta1] refere-se ao nome do arquivo, Plan2! ao lado a referência copiada passa de =D4 para =E4.
refere-se a planilha e A1 a célula que você deseja buscar o
valor. Observe:
Estilo de Referência A1
Por padrão, o Excel usa o estilo de referência A1, que se
refere a colunas com letras (A até IV, para um total de
256 colunas) e se refere a linhas com números (1 até
65.536). Essas letras e números são chamados de
cabeçalhos de linha e coluna. Para referir-se a uma célula,
Quando mudamos de coluna a mudança que irá ocorrer
insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por
será na letra (obedecendo a ordem alfabética).
exemplo, B2 se refere à célula na interseção da coluna B
Se copiarmos o conteúdo da célula central e colarmos na
com a linha 2.
célula acima a referência copiada passa de =D4 para =D3.
Observe:
Para se referir a... Use...
A célula na coluna A e linha 10 A10
O intervalo de células na coluna A e linhas 10 A10:A20
a 20
O intervalo de células na linha 15 e colunas B B15:E15
até E
Todas as células na linha 5 5:5
Todas as células nas linhas 5 a 10 5:10
Absolutas
Se copiarmos o conteúdo da célula central e colarmos na A parte fixa é a letra, se copiarmos o conteúdo da célula
célula ao lado a referência copiada não sofrerá central e colarmos na célula ao lado observe que não
mudanças. haverá mudanças, pois a letra é a parte absoluta.
Observe:
Observe:
Estilo de Referência 3D
Alça de Preenchimento
Antes:
Depois:
EMBASA – Vários Cargos – 09/07/2017 – IBFC 4. Com base na planilha do Microsoft Excel 2007
abaixo, assinale a alternativa que apresenta o
1. Calcule o resultado da fórmula: resultado da fórmula: =B2*C2+A2/B1-A1*C1
a) 20
b) 51
c) 36
d) 10
e) 22
a) 40
b) 35 5. Se desejarmos, no MS-Excel 2007, selecionar,
c) 45 especificamente, as células B3, B4, B5, C3, C4 e C5 e
d) 50 representar esse intervalo em um comando,
teremos de digitar:
2. Com base na planilha abaixo, retirada dos
aplicativos clássicos (Microsoft Office e BrOffice) a) (B3:C3)
para elaboração de planilhas eletrônicas, assinale a b) (B3-C5)
alternativa que apresenta o resultado da fórmula: c) (B5-C5)
d) (B3:C5)
=B1-C1+A2/A1*C2+B2 e) (B5:C5)
a) =SOMASE(A1:C2;<350)
b) =SOMA(A1:C2;“<350”)
c) =SOMA(A1:C2;<350)
d) =SOMASE(A1:C2;“<350”)
e) =SE(SOMA(A1:C2);<350)
a) =SE[C2=>1-”Sim”-”Não”] a) =SOMA(B2:C2)
b) =SE(C2>=1;”Sim”;”Não”) b) =SOMA(B3:C3)
c) =SE(C2=>1-”Não”-”Sim”) c) =SOMA(C3:B3)
d) =SE(C2=>1;”Não”;”Sim”) d) =SOMA(B2:C3)
e) =SE(C2<=1;”Sim”;”Não”)
12. Com base na planilha do MS-Excel 2010 abaixo
SES/PR – Administrador – 25/09/2016 – IBFC assinale a alternativa que apresenta o resultado da
fórmula: =MÉDIA(A1:C2)
9. A fórmula a ser aplicada em uma planilha
eletrônica para calcular o preço final de um
produto, em que o valor original está na célula A1,
e que teve um aumento de 11%, deverá ser:
a) =A1 +(1/0,11)
b) =A1 *(1 +0,11)
c) =A1+(1*0,11)
a) 21
d) =A1/(1-0,11)
b) 4,5
c) 5
10. Na manipulação de células em planilhas eletrônicas
d) 3,5
é muito comum o uso do termo “mesclar células”.
Esse termo tem como significado:
MGS – Técnico Informática – 03/07/2016 – IBFC
a) processar geometricamente duas ou mais células
13. Com base na planilha do MS-Excel 2010 abaixo,
adjacentes na horizontal, ou na vertical, calculando o
assinale a alternativa que apresenta o resultado da
espaço ocupado por essas células em centímetros
fórmula: =SOMA(A1:B2;3)
quadrados.
a) =A1+B1
b) =A1+B2
c) =A1+A2
d) =1A+1B
15. Referente aos conhecimentos básicos de Excel, EBSERH – Técnico Informática – 14/02/2016 – IBFC
versão 2010, o acento circunflexo em uma fórmula
representa: 19. Em uma célula qualquer do Excel do Microsoft
Office XP, 2003 ou 2010 foi digitado a seguinte
a) exponenciação. fórmula: =3^2 que representará o seguinte
b) multiplicação. resultado:
c) subtração.
d) porcentagem. a) 33
b) 9
Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente de c) 6
Tradução e Interpretação – 29/05/2016 – IBFC d) 222
e) 5
16. Com base na planilha do Microsoft Excel 2010
abaixo, assinale a alternativa que apresenta a EMDEC – Técnico Mobilidade – 31/01/2016 – IBFC
fórmula que se apresenta o seu resultado na célula
C2: 20. Respeitando a ordem de execução de operações de
fórmulas no Excel, do Microsoft Office, teremos
como resultado final da fórmula abaixo:
=8-2ˆ2/4*5+4
a) 49
b) -1
a) =B2-C1+A2*A1/B1 c) 7
b) =B2+C1-A2/A1*B1 d) 9
c) =B2+C1*A2-A1/B1
d) =B2+C1-A2*A1/B1
a) B1
b) A1
c) B2
d) C1
a) =A1+B1
b) =A2+B2
c) =2A+2B
d) =A2+B1
Redefinir: Permite voltar as configurações padrão de Espaçamento entre caracteres: Amplia ou reduz o
posição, tamanho e formatação de espaços reservados espaçamento entre os caracteres.
ao slide.
Maiúsculas e Minúsculas (SHIFT+F3): Permite alternar
Excluir: Exclui o slide atual. entre os recursos: Primeira letra da sentença em
maiúsculas, TODAS EM MAIÚSCULAS, todas em
Grupo Fonte minúsculas, A Primeira Letra De Cada Palavra Em
Maiúscula e iNVERTER (Maius/Minus).
Limpar Formatação: Limpa toda formatação do texto Obs: Caso deseje alterar a formatação padrão do
ou objeto selecionado, deixando o texto ou objeto na PowerPoint 2007, altere para a formatação da fonte
formatação padrão. desejada e clique no botão “Padrão...”, localizado no
canto inferior da janela.
Negrito (CTRL+N ou CTRL+SHIFT+N): Aplica o efeito de
texto negrito ao texto selecionado. Dica: Não é Grupo Parágrafo
necessário selecionar texto para aplicar formatação, o
cursor, ou ponto de inserção deve estar localizado entre
a palavra.
Sublinhado (CTRL+S ou CTRL+SHIFT+S): Aplica o efeito Marcadores: Permite inserir marcas aos parágrafos ou a
de texto sublinhado. Podemos alterar o tipo e a cor do uma lista.
sublinhado clicando na pequena seta ao lado do botão.
Numeração: Permite numerar os parágrafos e criar
Tachado: Aplica o efeito de texto tachado no texto subníveis. Observem no texto abaixo alguns dos efeitos
selecionado. Ex. Palavras de um texto. oferecidos:
8. Exemplo de texto com numeração. (SHIFT+ENTER) Exemplo de texto com numeração. (ENTER)
Grupo Edição Tabela: Permite inserir uma tabela. Sugere uma tabela de
10 colunas com 8 linhas. É possível, através deste
comando, desenhar a tabela. O recurso permite também
a inserção de uma planilha do Excel, além de fornecer
algumas tabelas já formatas.
Grupo Imagens
Selecionar:
Grupo: Tabelas
Grupo Símbolos
Hiperlink: Permite inserir um hiperlink (ponteiro ou
âncora) no documento em edição. Um hiperlink permite
abrir páginas da Internet, endereços de e-mails,
direcionar para programas e outros arquivos do
computador, além de direcionar para qualquer parte do
documento. Trabalhando com o recurso Indicador fica
fácil criar links que, ao serem executados, direcionam Símbolo: Insere símbolos que não constam no teclado,
para a parte do documento indicada. como símbolos de copyright, símbolo de marca
registrada, marcas de parágrafo e caracteres Unicode.
Grupo Visualização
Grupo Temas
Guia ANIMAÇÕES
Configurar Apresentação de Slides: Abre a caixa de
Grupo Visualização
diálogo Configurar Apresentação que permite alterar as
configurações avançadas como, por exemplo, o modo
quiosque.
Grupo Animação
Grupo Monitores
Vários projetores oferecem suporte a uma resolução entre Inglês e Espanhol. É possível traduzir textos do
máxima de 1024x768. Português para outros idiomas e vice-versa quando
conectado à Internet.
Mostrar apresentação em: Permite escolher o monitor
em que a apresentação de slides de tela inteira será Idiomas: Permite definir outro idioma para a palavra afim
exibida. Se tiver apenas um monitor ou estiver usando de que seja possível fazer a verificação ortográfica e
um laptop sem um monitor externo conectado, este gramatical do texto selecionado.
comando será desabilitado.
Grupo Comentários
Usar Modo de Exibição do Apresentador: Permite
mostrar a apresentação de slides em tela inteira usando
o Modo de Exibição do Apresentador. Este modo de
exibição permite projetar a apresentação de slides em
tela inteira em um monitor enquanto um ― modo de
exibição do orador‖ especial é exibido em outro monitor,
incluindo a duração e as anotações do orador. Este
recurso requer vários monitores ou um laptop com Mostrar Marcações: Exibe ou oculta os comentários ou
recursos de exibição dual. marcações atribuídas à apresentação.
Verificar Ortografia (F7): Inicia a verificação ortográfica Próximo: Navega para o próximo comentário.
na apresentação.
Grupo Comparar
Grupo Idioma
Folheto Mestre: Permite abrir o modo de exibição de Escala de Cinza: Permite exibir esta apresentação em
folheto mestre para alterar o design e o layout dos escala de cinza e personalizar o modo como as cores
folhetos impressos. serão convertidas na escala de cinza.
Anotações Mestras: Permite abrir o modo anotações Preto e branco Puro: Permite exibir a apresentação em
mestras. preto e branco e personalizar o modo como as cores
serão convertidas em preto e branco. Grupo Janela
Grupo Mostrar/Ocultar
Grupo Janela
a) Impress
b) Picture
c) Chart
d) Design
e) Graph
a) Exibição de Slides
b) Classificação de Slides
c) Normal
d) Anotações
e) Apresentação de Slides
a) Clip-Art
b) WordArt
c) FineArt
d) SmartArt
a) padrão - tela cheia - classificação de slides a) Preenchimento de mosaico colorido ou tons de cinza.
b) normal - tela cheia - miniatura de slides b) Preenchimento de gradiente.
c) normal - apresentação de slides - classificação de slides c) Preenchimento sólido
d) padrão - apresentação de slides - miniatura de slides d) Preenchimento com imagem ou textura.
b) Padrão, Apresentação em Slides, Diário e Exibição em a) guia Exibição, grupo Novos Slides, clicar no botão Slide
PDF. e selecionar o tipo.
c) Normal, Classificação de Slides, Diário e Exibição em b) guia Página Inicial, grupo Slides, clicar no botão Novo
PDF. Slide e selecionar o tipo.
d) Padrão, Classificação de Slides, Anotações e Exibição c) guia Inserir, grupo Slides, clicar no botão Novo Slide e
em PDF. selecionar o tipo.
e) Normal, Classificação de Slides, Anotações e Modo de d) guia Apresentação de Slides, grupo Novos Slides, clicar
Exibição de Leitura. no botão Slide e selecionar o tipo.
16. O Microsoft Office PowerPoint 2007 inclui vários 20. Os botões de ação do Microsoft PowerPoint 2007,
tipos diferentes de transições de slides, tais como: no modo de apresentação de slides, além de
executarem filmes ou sons, contêm formas como
(1) Quadriculado na Vertical. setas para direita e para esquerda e símbolos de
(2) Quadro Abrir. fácil compreensão referentes às ações:
(3) Quadro Mágico.
(4) Persiana Horizontal. a) De finalização de toda a apresentação.
b) De temporização de cada slide da apresentação
a) da relação apresentada existem somente o 1, 2 e 3. c) De transição entre cada slide da apresentação
b) da relação apresentada existem somente o 1, 2 e 4 d) De ir para o próximo, anterior, primeiro e último slide.
c) da relação apresentada existem somente o 2, 3 e 4.
d) da relação apresentada existem somente o 1, 3 e 4.
LAN (Local Área Network): Rede de curta distância, Equipamento que possibilita que computadores
conceito que define as interligações de comuniquem-se através de uma Rede, também
computadores que se encontram em um mesmo conhecido por Interface de Rede ou Adaptador de Rede.
prédio, por exemplo. Tecnologia utilizada: Ethernet. O importante é lembrar que existem 2 tipos de placa de
rede, a Placa de Rede via cabo, e a placa de rede
Wireless.
B6:00:A4:F1:18:C3
HUB
Funcionamento do Hub...
SWITCH
WI-FI (802.11)
Modo Ad-Hoc: as estações estão interligadas Normalmente, é o Roteador, mas pode ser realizado por
diretamente, sem a presença de um concentrador outros equipamentos.
HOTSPOT BACKBONE...
DEFINIÇÃO
TAXA DE TRANSMISSÃO
ENDEREÇOS DA INTERNET
PROTOCOLOS
PROTOCOLO ICMP...
PROTOCOLO RARP... Neste caso o tipo não aparece, pois é de uma instituição
educacional.
Reverse Address Resolution Protocol (Protocolo de
Resolução Reversa de Endereços); Serve para descobrir PRINCIPAIS TIPOS DE DOMÍNIO
o endereço IP de uma conexão, partindo-se do endereço
MAC da placa de rede equivalente; Não é tão usado AGR.BR Empresas agrícolas, fazendas.
atualmente, pois foi substituído pelo protocolo DHCP; AM.BR Empresas de radiodifusão sonora.
ART.BR Artes.
PROTOCOLOS DE APLICAÇÃO EDU.BR Entidades do Ensino Superior.
COM.BR Comércio em geral.
Apresentam uma função definida. Estão relacionados a COOP.B Cooperativas.
um determinado serviço da rede. Cada protocolo de R
Aplicação está relacionado a: ESP.BR Esporte em geral.
FAR.BR Farmácias e drogarias.
- Uma tarefa (serviço); FM.BR Empresas de radiodifusão sonora.
- Uma Porta (um número).
G12.BR Entidades de ensino de primeiro e
segundo grau.
DNS (SISTEMA DE NOME DE DOMÍNIO)...
GOV.BR Entidades do Governo.
IMB.BR Imobiliárias.
No início da Internet as informações eram dispostas em
IND.BR Industrias.
páginas ou sites que eram localizados e acessados por
INF.BR Meios de informação (jornais,
endereços numéricos chamados endereços IP. Para
bibliotecas, etc...).
facilitar o acesso às informações, foi criada uma
representação alfanumérica para os mesmos, chamada MIL.BR Forças Armadas Brasileiras.
Endereço URL. A correspondência entre a representação NET.BR Detentores de autorização para serviço
e o endereço IP era armazenada inicialmente em um de Rede e Circuito Especializado de um
único arquivo, o que estava disponível para todos os Sistema Autônomo conectado a internet.
HOSTS. Com o crescimento exagerado e rápido dos ORG.BR Entidades não governamentais sem fins
HOTS que estavam conectados á Internet, esse sistema lucrativos.
de localização foi substituído pelo Sistema de Nomes de PSI.BR Provedores de serviço á Internet.
Domínio – DNS. REC.BR Atividades de entretenimento, diversão,
jogos, etc.
Esse sistema adota uma estrutura hierárquica. SRV.BR Empresas prestadoras de serviço.
TMP.BR Eventos temporários, como feiras e
País (br, pt)
exposições.
TV.BR Empresas de radiodifusão de sons e
imagens.
ETC.BR Entidades que não se enquadram nas
outras categorias.
Tipo de Domínio (com, org, gov)
PROTOCOLO HTTP...
Exemplo: http://WWW.CESPE.UNB.BR
PROTOCOLOS SMTP, POP e IMAP... para a linha telefônica e aparelho telefônico. Hoje em
dia, os computadores já vêm de fábrica cm a placa de
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de fax/modem.
Transferência de Correio Simples) é usado para o envio
de e-mails.
Transferência de dados de Internet pela estrutura física Página: documento visível que pode conter textos,
das TVs a Cabo, Taxas: de 64 Kbps a 25 Mbps. imagens, sons, vídeos e é disponibilizado na Web.
Normalmente comercializadas: 128 Kbps, 256 Kbps, 512
Kbps e 1024 Kbps. Usa um Modem a Cabo (Cable Site (ou Sítio) da Web: é o local (uma pasta em algum
Modem) que é similar ao Modem ADSL. computador) onde as páginas são armazenadas.
Internet através da LAN HTML: linguagem utilizada para criar as páginas da WEB.
Os usuários de uma LAN são conectados a um Hyperlink (link): é uma área especial da página que está
computador que tem acesso à Internet. Por esse vinculada ao endereço (URL) de outro documento. Um
computador (que, no caso, será servidor de acesso) link é, em suma, um ATALHO. (é justamente onde o
passarão todos os dados provenientes dos mouse vira uma “mãozinha”).
computadores dos usuários. Quanto mais usuários
ligados à LAN, menos velocidade será destinada a cada Cookie: pequeno arquivo de texto simples criado no
um deles (conexão compartilhada ou dividida). computador do usuário por uma das páginas que este
Equipamento usado: Placa de Rede. havia acessado. Um cookie serve para identificar o
usuário e suas preferências num próximo acesso
realizado àquela mesma página.
Por outro lado, no modelo on premise, todos os dados Tal como já informado, uma das vantagens da cloud
gerados ficam restritos a um único equipamento, exceto computing é o acesso a aplicações a partir da internet,
quando há compartilhamento em rede, coisa que não é sem que estas estejam instaladas em computadores ou
muito comum no ambiente doméstico. Mesmo no dispositivos específicos. Mas, há outros benefícios
ambiente corporativo, essa prática pode gerar algumas significativos:
limitações, como a necessidade de se ter uma licença de
determinado software para cada computador, por - Na maioria dos casos, o usuário pode acessar as
exemplo. aplicações independente do seu sistema operacional ou
do equipamento usado;
A evolução constante da tecnologia computacional e das
telecomunicações está fazendo com que o acesso à - O usuário não precisa se preocupar com a estrutura
internet se torne cada vez mais amplo e rápido. Esse para executar a aplicação - hardware, procedimentos de
cenário cria a condição perfeita para a popularização da backup, controle de segurança, manutenção, entre
cloud computing, pois faz com que o conceito se outros;
dissemine no mundo todo.
- Compartilhamento de informações e trabalho
Com a cloud computing, muitos aplicativos, assim como colaborativo se tornam mais fáceis, pois todos os
arquivos e outros dados relacionados, não precisam mais usuários acessam as aplicações e os dados do mesmo
estar instalados ou armazenados no computador do lugar: a nuvem;
armazenamento e acesso de volumes de dados. A armazenamento de dados que acabava ficando ociosa na
vantagem aqui é que o detentor da aplicação conta com maior parte do ano. Foi a partir daí que a companhia teve
maior flexibilidade para expandir o banco de dados, a ideia de "alugar" esses recursos, iniciativa que resultou
compartilhar as informações com outros sistemas, em serviços como Simple Storage Solution (S3) para
facilitar o acesso remoto por usuários autorizados, entre armazenamento de dados e Elastic Compute Cloud (EC2)
outros; para uso de máquinas virtuais;
- Infrastructure as a Service (IaaS): Infraestrutura como - Netflix: serviço que dá acesso a filmes, seriados e
Serviço. Parecido com o conceito de PaaS, mas aqui o documentários a partir de um pequeno valor por mês.
foco é a estrutura de hardware ou de máquinas virtuais, Não é necessário efetuar download das produções, tudo
com o usuário tendo inclusive acesso a recursos do é feito por streaming. Além disso, o usuário pode assistir
sistema operacional; cada item do acervo quantas vezes quiser e, caso
interrompa a reprodução do vídeo, pode continuar mais
- Testing as a Service (TaaS): Ensaio como Serviço. tarde de onde parou;
Oferece um ambiente apropriado para que o usuário
possa testar aplicações e sistemas de maneira remota, - Aprex: brasileiro, o Aprex oferece um conjunto de
simulando o comportamento destes em nível de ferramentas para uso profissional, como calendário,
execução. gerenciador de contatos, lista de tarefas,
armazenamento de arquivos, blog, serviço de e-mail
Exemplos de aplicações em cloud computing marketing, apresentações, entre outros. Tudo é feito
pela Web e, no caso de empresas, é possível até mesmo
Os termos cloud computing e computação nas nuvens inserir logotipo e alterar o padrão de cores das páginas;
são relativamente recentes, como você já sabe, mas se
analisarmos bem, veremos que a ideia não é, - Evernote: serviço para criação e armazenamento de
necessariamente, nova. Serviços de e-mail, como Gmail e notas e informações variadas que funciona como um
Yahoo! Mail; "discos virtuais" na internet, como Dropbox abrangente banco de dados. Inclui ferramentas para
ou OneDrive; sites de armazenamento e compartilhamento, edição, organização e localização de
compartilhamento de fotos ou vídeos, como Flickr e dados. Há opções de contas gratuitas e pagas.
YouTube. Todos são exemplos de recursos que, de certa
forma, estão dentro do conceito de computação nas
nuvens.
constituir a nuvem ficam dentro da infraestrutura da Perceba que nuvens públicas e privadas não são modelos
própria corporação. incompatíveis entre si. Não é preciso abrir mão de um
tipo para usufruir do outro. Pode-se aproveitar o
Em outras palavras, a empresa faz uso de uma nuvem "melhor dos dois mundos", razão pela qual as nuvens
particular, construída e mantida dentro de seus híbridas (hybrid cloud) são uma tendência muito forte
domínios. Mas o conceito vai mais além: a nuvem privada nas corporações.
também considera a cultura corporativa, de forma que
políticas, objetivos e outros aspectos inerentes às A implementação de uma nuvem híbrida pode ser feita
atividades da companhia sejam respeitados. tanto para atender a uma demanda contínua quanto
para dar conta de uma necessidade temporária. Por
A necessidade de segurança e privacidade é um dos exemplo, uma instituição financeira pode integrar à sua
motivos que levam uma organização a adotar uma nuvem privada um serviço público capaz de atender a
nuvem privada. Em serviços de terceiros, cláusulas uma nova exigência tributária. Ou então, uma rede de
contratuais e sistemas de proteção são os recursos lojas pode adotar uma solução híbrida por um curto
oferecidos para evitar acesso não autorizado ou período para atender ao aumento das vendas em uma
compartilhamento indevido de dados. Mesmo assim, época festiva.
uma empresa pode ter dados críticos por demais para
permitir que outra companhia responda pela proteção e É claro que a eficácia de uma nuvem híbrida depende da
disponibilização de suas informações. Ou, então, a qualidade da sua implementação. É necessário
proteção oferecida pode simplesmente não ser considerar aspectos de segurança, monitoramento,
suficiente. Em situações como essas é que o uso de uma comunicação, treinamento, entre outros.
nuvem privada se mostra adequado.
Esse planejamento é importante para avaliar inclusive se
Uma nuvem privada também pode oferecer a vantagem a solução híbrida vale a pena. Quando o tempo
de ser "moldada" com precisão às necessidades da necessário para a implementação é muito grande ou
companhia, especialmente em relação a empresas de quando há grandes volumes de dados a serem
grande porte. Isso porque o acesso à nuvem pode ser transferidos para os recursos públicos, por exemplo, seu
melhor controlado, assim como a disponibilização de uso pode não ser viável.
recursos pode ser direcionada de maneira mais eficiente,
aspecto capaz de impactar positivamente a rotina Cuidados para evitar problemas
corporativa.
Há uma quantidade imensa de serviços nas nuvens. No
Empresas como Microsoft, IBM e HP oferecem soluções meio corporativo, há opções que atendem de pequenas
para nuvens privadas. As organizações interessadas empresas a companhias que figuram entre as mais
devem, todavia, contar com profissionais ou mesmo valiosas do mundo. Tamanha diversidade exige cuidados
consultoria especializada na criação e manutenção da para evitar que as vantagens se transformem em
nuvem, afinal, uma implementação mal executada pode prejuízo ou desperdício de recursos.
interferir negativamente no negócio.
Uma dessas medidas é a avaliação precisa de
Os custos de equipamentos, sistemas e profissionais da necessidades, do contrário, uma organização pode
nuvem privada poderão ser elevados no início. Por outro contratar serviços cuja capacidade está acima do
lado, os benefícios obtidos a médio e longo prazo, como necessário, gerando custos indevidos.
ampla disponibilidade, agilidade de processos e os já
mencionados aspectos de segurança compensarão os Outra é a desativação de recursos contratados no tempo
gastos, especialmente se a implementação for otimizada certo. Se uma empresa utiliza serviços que cobram por
com virtualização, padronização de serviços e afins. hora, por exemplo, é importante desativar a ferramenta
durante períodos em que não há demanda (como em
Nuvem híbrida (hybrid cloud) feriados).
Para a flexibilização de operações e até mesmo para Nesse sentido, se uma companhia possui uma nuvem
maior controle sobre os custos, as organizações podem privada, precisa monitorar o consumo de recursos para
optar também pela adoção de nuvens híbridas. Nelas, identificar as situações em que a capacidade da estrutura
determinadas aplicações são direcionadas às nuvens pode ser diminuída. Se o não fizer, haverá equipamentos
públicas, enquanto outras, normalmente mais críticas, consumindo recursos como energia e largura de banda
permanecem sob responsabilidade de sua nuvem desnecessariamente.
privada. Pode haver também recursos que funcionam em
sistemas locais (on premise), complementando o que A contratação de serviços também deve ser bem
está nas nuvens. analisada. Nem sempre a solução mais barata é a melhor.
Se os usuários necessitarem de um longo tempo de
treinamento ou o serviço exigir migração para um plano Quase que na mesma época, o físico Joseph Carl Robnett
de acesso à internet com mais capacidade, por exemplo, Licklider entrou para a história ao ser um dos pioneiros
os custos adicionais podem acabar extrapolando o da internet. Isso porque, ao fazer parte da ARPA
orçamento. (Advanced Research Projects Agency), lidou com a tarefa
de encontrar outras utilidades para o computador que
Esses são apenas alguns dos cuidados necessários. não fosse apenas a de ser uma "poderosa calculadora".
Dependendo do que se espera do modelo de cloud
computing, outras medidas podem ser mandatórias. Em Nessa missão, Licklider acabou sendo um dos primeiros a
alguns casos, pode ser conveniente até mesmo a entender que os computadores poderiam ser usados de
contratação de uma empresa especializada para maneira conectada, de forma a permitir comunicação de
assessorar a escolha e a implementação de uma solução. maneira global e, consequentemente, o
compartilhamento de dados. Seu trabalho foi
Um pouco sobre a história da cloud computing determinante para a criação da Intergalactic Computer
Network, que posteriormente deu origem à ARPANET,
Computação nas nuvens não é um conceito claramente que por sua vez "abriu as portas" para a internet.
definido. Não estamos tratando de uma tecnologia
pronta que saiu dos laboratórios pelas mãos de um Embora possamos associar várias tecnologias, conceitos
grupo de pesquisadores e posteriormente foi e pesquisadores ao assunto, ao juntarmos os trabalhos
disponibilizada no mercado. Essa característica faz com de John McCarthy e J.C.R. Licklider podemos ter uma
que seja difícil identificar com precisão a sua origem. Mas grande ajuda na tarefa de compreender a origem e a
há alguns indícios bastante interessantes. evolução da cloud computing.
Um deles remete ao trabalho desenvolvido por John Por que uma nuvem?
McCarthy. Falecido em outubro de 2011, o pesquisador
foi um dos principais nomes por trás da criação do que Ao consultar livros de redes, telecomunicações e afins,
conhecemos como inteligência artificial, com destaque repare bem: é provável que você encontre desenhos de
para a linguagem Lisp, até hoje aplicada em projetos que nuvens usados para fins de abstração. Nesse sentido, a
utilizam tal conceito. ilustração representa uma rede de algum tipo cuja
estrutura não precisa ser conhecida, pelo menos não
naquele momento.
ALT + F4
ATALHOS DE TECLADO QUE Fecha a janela atual. (Funciona em todas as aplicações).
Cada navegador tem um grande número de atalhos de CTRL + SHIFT + CLIQUE ESQUERDO
teclado em comum. Se você está usando o Mozilla Abrir um link em uma aba em primeiro plano.
Firefox, Google Chrome, Internet Explorer, Apple Safari
ou Opera – esses atalhos de teclado vão funcionar no NAVEGAÇÃO
seu browser.
ALT + SETA PARA A ESQUERDA OU BACKSPACE
Cada navegador tem também alguns de seus próprios Voltar.
atalhos específicas do browser, mas aprender as que
eles têm em comum irá ajudá-lo bastante, por exemplo, ALT + SETA PARA A DIREITA OU SHIFT + BACKSPACE
como alternar entre diferentes navegadores e Avançar.
computadores. Esta lista inclui algumas ações do mouse
também, confira abaixo: F5
Recarregar a página.
ATALHOS PARA ABAS (OU GUIAS)
CTRL + F5
CTRL + 1 à 8 Atualizar e ignorar o cache, re-baixar o site inteiro.
Alterne para a guia específica, a contar da esquerda.
ESPAÇO
CTRL + 9 Parar.
Passe para a última guia.
ALT + HOME
Abrir página inicial.
TECLA HOME
Ir para o início da página.
TECLA END
Ir para o fim da página.
BARRA DE ENDEREÇOS
CTRL + L OU ALT + D OU F6
Concentre-se na barra de endereço para que você possa
começar a digitar.
CTRL + ENTER
OUTRAS FUNÇÕES
www Prefixo. e acrescentar. com o texto na barra de
endereços e, em seguida, carregar o site. Por exemplo,
CTRL + P
digite iapcursos na barra de endereços e pressione CTRL
Imprimir a página atual.
+ ENTER para abrir www.iapcursos.com.br.
CTRL + S
ALT + ENTER
Salvar a página atual em seu computador.
Abra o local na barra de endereços em uma nova aba.
CTRL + O
PESQUISAR
Abrir um arquivo do seu computador.
CTRL + K OU CTRL + E
CTRL + U
Inserir pesquisa com o motor de busca padrão ou inserir
Abre o código-fonte da página atual. (Não funciona no
a sua consulta na barra de endereços se o navegador não
IE).
tem uma caixa de pesquisa dedicado. (CTRL + K não
funciona no IE, mas o comando CTRL + E sim).
F12
Abrir Developer Tools. (Requer extensão Firebug para o
ALT + ENTER
Firefox).
Executa uma busca na caixa de pesquisa em uma nova
aba.
CTRL + F OU F3
Abrir a caixa de pesquisa na página de busca na página
atual.
CTRL + G OU F3
Procurar o próximo jogo do texto procurado na página.
HISTÓRICO E FAVORITOS
CTRL + H
( ) A Intranet utiliza o protocolo SMTP para os assinale a alternativa que apresenta a sequência
serviços de e-mail. correta (de cima para baixo):
9. Endereço IP, de forma genérica, é uma ( ) A diferença entre a internet e a intranet é a versão
identificação de um dispositivo (computador, utilizada no protocolo IP.
impressora, etc.) em uma rede local ou pública.
O endereço IP possui duas versões que são a) V-V
respectivamente: b) V-F
c) F-V
a) IPv4 e IPv6 d) F-F
b) IPv5 e IPv6
c) IPv3 e IPv4 Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente de
d) IPv4 e IPv5 Tradução e Interpretação – 29/05/2016 – IBFC
10. Relacione os números dos protocolos de 13. Na Internet cada computador possui um IP
aplicação abaixo com as letras de suas principais {Internet Protocol), e o endereço IP que ainda é
funcionalidades: o mais utilizada na Web é a versão 4. Assinale,
das alternativas abaixo, a única que identifica
(1) SMTP (A) é um protocolo que utiliza de corretamente um endereço IP dessa versão:
conexão de terminal virtual.
(2) FTP (B) é o protocolo padrão para envio de a) 208+180+152+130
e-mails através da Internet. b) 208.80.152.130
(3) DNS (C) é uma forma bastante rápida e c) 208-180-152
versátil de transferir arquivos. d) 208.80.152.130.171
(4) Telnet (D) é um sistema de gerenciamento de
nomes hierárquico e distribuído. 14. Quanto a INTRANET, analise as afirmativas
abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e
a) 1C-2B-3D-4A assinale a alternativa que apresenta a sequência
b) 1B-2C-3A- 4D correta (de cima para baixo):
c) 1B- 2D- 3C- 4A
d) 1B- 2C- 3D- 4A ( ) A criação e manutenção de uma intranet de
qualidade, tem um custo baixo, se comparado a todas
COMLURB – Vários Cargos – 05/06/2016 – IBFC as vantagens que ela traz consigo.
- GABARITOS -
MS WORD
1. B 2. E 3. D 4. C 5. B
6. B 7. A 8. C 9. C 10. A
11. B 12. A 13. C 14. D 15. B
16. D 17. D 18. D 19. C 20. A
MS EXCEL
1. C 2. C 3. D 4. A 5. D
6. A 7. D 8. B 9. B 10. B
11. D 12. D 13. B 14. A 15. A
16. D 17. B 18. B 19. B 20. C
MS POWER POINT
1. A 2. B 3. C 4. C 5. A
6. D 7. C 8. D 9. C 10. D Tiago de Melo é Professor e Especialista em
11. A 12. E 13. D 14. E 15. E INFORMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS há mais de
16. B 17. A 18. D 19. B 20. D 12 anos, tendo ministrado aulas em diversos
INTERNET & INTRANET preparatórios em várias cidades do Nordeste do País,
1. B 2. C 3. B 4. D 5. A como: Teresina/PI, Fortaleza/CE, Natal/RN, Mossoró/RN,
6. B 7. D 8. C 9. A 10. D
João Pessoa e Campina Grande/PB, Recife/PE.
11. C 12. D 13. B 14. A 15. A
Atualmente também leciona em cursinhos on-line como
16. D 17. D 18. A 19. A 20. C
o www.EUVOUPASSAR.com.br, www.JUS21.com.br,
www.HEY-PROFESSOR.com e outros...
Onde me achar???
E-mail: tiagomelo@hotmail.com.br
Instagram: @professortiagomelo