Livro Climatologia
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Livro Climatologia
F
iel a sua missão de interiorizar o ensino superior no estado Ceará, a UECE,
como uma instituição que participa do Sistema Universidade Aberta do
Brasil, vem ampliando a oferta de cursos de graduação e pós-graduação
Geografia
Climatologia
na modalidade de educação a distância, e gerando experiências e possibili-
dades inovadoras com uso das novas plataformas tecnológicas decorren-
tes da popularização da internet, funcionamento do cinturão digital e
massificação dos computadores pessoais.
Comprometida com a formação de professores em todos os níveis e
a qualificação dos servidores públicos para bem servir ao Estado,
os cursos da UAB/UECE atendem aos padrões de qualidade
estabelecidos pelos normativos legais do Governo Fede- Climatologia
ral e se articulam com as demandas de desenvolvi-
mento das regiões do Ceará.
12
História
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Geografia
Climatologia
Geografia
Fortaleza - Ceará
1a Edição 9
12
História
2019
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Visuais Computação Física Matemática Pedagogia
CDD 551.6
Os Autores
1. Clima e meteorologia
Desde muito tempo o homem busca compreender o que acontece com o cli-
1
Os povos indígenas
também remetiam aos
ma da Terra. As perturbações climáticas como trovões, raios, chuvas eram deuses as perturbações
atribuídas pela sociedade ocidental a deuses para a explicação do fato1. do clima.
Entende-se que o clima caracteriza-se como uma sucessão de estágios
médios do tempo em um determinado local por um período de 30 - 35 anos.
Esse estágio médio é reflexo das condições físicas da atmosfera como tem-
peratura, nebulosidade, precipitação, umidade, ventos e massas de ar. A me-
2
Trata-se de um clima
que ocorreu na Terra e
teorologia estuda estas condições físicas da atmosfera, ou seja, como se que não ocorre mais hoje,
comporta as variáveis climatológicas.Por sua vez, a climatologia é uma área pelo menos no mesmo
da meteorologia que trabalha com as médias históricas e a influência do clima local onde ocorreu na
para a vida na Terra e por consequência, as atividades do homem. O clima época mais antiga. Este
clima deixa marca na
não é estático, e ao longo da evolução da Terra ele se alterou bastante confi- paisagem. Por exemplo,
gurando os paleoclimas2. Para a Geografia, o estudo do clima se faz importan- os cambissolos da
te com vistas à entender como, ao longo do tempo, as alterações climáticas chapada do Apodi – CE
deixaram marcas que configuram o relevo, a vegetação, o solo, bem como precisam de muito mais
água do que o que existe
são responsáveis por delinear as atividades desenvolvidas pelo homem. Em atualmente, para serem
síntese, o estudo do clima é fundamental para o entendimento da evolução formados. Ou seja,
dos diferentes domínios de paisagem que compõem o planeta Terra. foi formado em época
climática mais úmida do
que a atual (VANZOLINI,
1992).
3
Equinócio é o 1.1 Estações do ano
momento em que o
sol incide com maior Na medida em que se observava o clima, o homem passou a coletar dados e
intensidade. É quando fazer agrupamentos. Época em que chovia muito, época em que chovia pou-
os raios solares atingem co, épocas mais úmidas ou mais ensolaradas. Esse agrupamento de dados
perpendicularmente
a linha do equador foi o que gerou as estações do ano. Claro que com a evolução da ciência, atu-
iluminando por igual os almente, associa-se as estações do ano ao movimento da Terra e à distância
dois hemisférios. ao sol, por exemplo.
4
Solstício ao contrário do
Primavera, verão, outono e inverno acontecem em todos os locais da
equinócio é quando o sol Terra. O dia de transição entre uma estação e outra é chamado de equinócio3
atinge a maior inclinação ou solstício4. Regularmente, no equinócio, em março se inicia o outono no
em relação a linha do hemisfério sul e a primavera no hemisfério norte do planeta. No solstício de
Equador.
junho começa o inverno no hemisfério sul e o verão no hemisfério norte. O
equinócio de setembro inicia a primavera no sul e o outono no norte. Finalmen-
te, no solstício de dezembro começa o verão no sul e o inverno no norte.
As datas e as horas do início de cada estação variam ano a ano. Isso se
5
A Terra gira em torno deve ao fato de que o movimento de rotação5 e translação6 da Terra ao redor
do seu próprio eixo, que do sol não são uniforme. As reduzidas variações nesses movimentos, alteram
produz a alternância
entre os dias e as noites. os dias de solstício e equinócio.
Cada giro se completa
em um período de
aproximadamente 24 2. Escalas em climatologia
horas e se realiza no
A coleta dos dados em climatologia, na qual foi abordada na primeira parte
sentido anti-horário, de
oeste para leste (SILVA, et deste capítulo, pode ser tratada de duas formas, a saber: espaciais ou tempo-
al., 2013, p. 135). rais. É o que denominamos de escala de abrangência climática.
Toda escala para ser definida, remete-se a algum tipo de dimensão.
6
Produz as diferentes
estações do ano, Na ciência geográfica, a escala é definida como um dimensão espaço-tempo
causadas pela materializada na paisagem. Como o clima é o fator mais importante na forma-
modificação ininterrupta ção de uma paisagem, ele é compreendido tanto por uma dimensão espa-
do ângulo de incidência cial como por uma dimensão temporal. Assim, “escala climática diz respeito
dos raios solares em
casa ponto da Terra. Esse à dimensão, ordem ou grandeza, espacial (abrangência) e temporal (dura-
movimento se completa ção), segundo a qual os fenômenos climáticos são estudados” (MENDONÇA;
em, aproximadamente, DANNI-OLIVEIRA, 2007, p. 22).
365 dias e é realizado
com uma inclinação de As escalas espaciais mais utilizadas são: a macroclimática, a mesocli-
23° 27’ em relação ao mática e a microclimática. As escalas temporais podem ser analisadas a partir
eixo do planeta, durante do entendimento e da dinâmica observada no tempo geológico, histórico ou
o período de dezembro a contemporâneo. As escalas espaciais, historicamente, ganharam mais impor-
março; a radiação solar
incide mais diretamente tância do que as escalas temporais. Isso se deve pelo fato da coleta de dados
sobre o hemisfério sul da ser mais facilitada.
Terra (SILVA, et al., 2013,
p. 135).
Saiba mais
Entende-se por clima uma sucessão de estágios médios do tempo em um deter-
minado local por um período de 30 - 35 anos.
A meteorologia estuda estas condições físicas da atmosfera.
A climatologia é uma área da meteorologia que trabalha com as médias históricas
e a influência do clima para a vida na Terra e as atividades do homem.
É fundamental para entender a evolução da paisagem, entender da evolução cli-
mática.
Primavera, verão, outono e inverno acontecem em todos os locais da Terra. O dia
de transição entre uma estação e outra é chamado de equinócio ou solstício.
Como o clima é o fator mais importante na formação de uma paisagem, ele é
compreendido tanto por uma dimensão espacial como por uma dimensão temporal.
As escalas espaciais mais utilizadas para o estudo do clima são respectivamente: a
macroclimática, a mesoclimática e a microclimática. As escalas temporais que podem
ser empregadas são aquelas vinculadas ao tempo geológico, histórico ou contempo-
râneo.
Leitura
Leia o artigo “Objeto e método da climatologia” de Max Sorre, e produza um
resumo enfatizando as questões teóricas levantadas pelo autor.
O artigo está disponível no seguinte link: http://citrus.uspnet.usp.br/rdg/ojs/in-
dex.php/rdg/article/view/72/61
Referências
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
VANZOLINI, P. E.. Paleoclimas e Especiação em Animais da América do Sul
Tropical. Estudos Avançados. São Paulo, 1992.
SILVA, A. C. de. et al. Geografia: contextos e redes. 1ª ed. São Paulo: Moder-
na, 2013.
1. A atmosfera
A atmosfera do planeta Terra é uma mistura de gases. Tais gases foram for-
mados junto com o planeta e somando a eles estão aqueles oriundos das
atividades orgânicas, do choque de outros astros com a superfície da Terra e
recentemente os gases advindos das atividades do homem com o processo
de industrialização. Todos estes elementos compõem a atmosfera, portanto
ela não é homogênea.
As propriedades físico-química destes gases e a forma de como se dis-
põem, permitiram o surgimento e a manutenção da vida no planeta. Assim, a
atmosfera da Terra é mantida por causa da gravidade, que fica mais densa
quanto mais próxima da superfície. Os primeiros 29 km, concentra 98% da
sua massa (MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007). A principal função da at-
mosfera é proteger e manter as formas de vida das radiações cósmicas.
2. Composição da atmosfera
Ao representar 0,0001% de toda a massa do planeta e ser responsável pela
manutenção da vida, a atmosfera é composta por gases do tipo nitrogênio (N2)
com 78%, oxigênio (O2) com 21% e argônio (Ar) com 0,0934%. Para comple-
tar 100%, o restante é composto por dióxido de carbono com 0,033% e outros
gases discriminados melhor no Quadro 2.
Quadro 2
Composição da atmosfera
Componentes Fração Molar
N2 0,7808
O2 0,2095
Ar 0,00934
CO2 0,00314
Ne 1,82 x 10-5
He 5,24 x 10-6
SO2 < 1,0 x 10-6
NH3 < 1,0 x 10-8
CO < 1,0 x 10-8
CH4 1,5 x 10-6
Kr 1,14 x 10-6
H2 5,0 x 10-7
NO 3,0 x 10-7
Xe 8,7 x 10-8
O3 1,5 x 10-6
Fonte: http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/ar_estrutcomp.html acesso em 07/07/2014.
Saiba mais
Atmosferas planetárias
A composição da atmosfera dos planetas pode ser conhecida pela análise espectral da luz solar que eles refletem.
Como essa luz solar refletida atravessou parte da atmosfera do planeta, e as moléculas do gás na atmosfera absorvem
certos comprimentos de onda, o espectro apresenta certas linhas escuras que não aparecem no espectro solar. A iden-
tificação dessas linhas escuras permite conhecer os gases que as produziram, assim como a pressão e temperatura da
atmosfera.
Os gases presentes na atmosfera de um planeta depende dos constituintes químicos de que o planeta se formou,
e da massa do planeta. Os planetas terrestres se formaram sem atmosferas extensas, e sua atmosfera atual não é pri-
mitiva, mas sim foi formada ao longo do tempo geológico a partir de gases escapados de seu interior. O impacto com
cometas também contribui com alguns componentes dessa atmosfera secundária.
Já os planetas massivos, têm um tipo de atmosfera totalmente diferente, dominada pelos gases mais leves e mais
comuns, especialmente hidrogênio e hélio. Evidentemente esses planetas foram capazes de reter o gás presente no
sistema solar na época de sua formação.
Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm
3. Estrutura da atmosfera
Os critérios atmosféricos para decomposição da sua estrutura variam de acor-
do com a composição propriamente dita, com a temperatura na coluna gaso-
sa e com a função para os seres vivos. Assim sendo, tem-se três tipos dife-
rentes de estrutura para a atmosfera terrestre. O Quadro 3 ilustra tais critérios.
Quadro 3
CRITÉRIOS ATMOSFÉRICOS
Composição Temperatura Função
Heterosfera Termosfera Ionosfera
Mesosfera
Homosfera Estratosfera Ozonosfera
Troposfera
Fonte: adaptado de Christopherson (2012).
1
Note que a o nome da A termosfera vai e 80 km até o limite com o espaço (cerca de 480 km).
camada de transição O limite superior é a termopausa1, onde a temperatura pode chegar a 1.200°
é sempre o nome da
camada inferior seguido
C. Vale ressaltar que temperatura e calor são conceitos diferentes. Tempera-
de “pausa”. Da troposfera tura é a energia produzida pela vibração das moléculas, e o calor é o fluxo de
para estratosfera o nome energia de um corpo para o outro. Assim, como o ar nesta camada possui
da camada de transição menos de 1% da sua massa total espalhados em mais de 400 km, o ar é mui-
é tropopausa, assim
sucessivamente.
to rarefeito, desse modo, não se transmite calor de um corpo para o outro.
Tendo como último critério a ser analisado a função, a atmosfera é com-
partimentada em duas camadas: ozonosfera e a ionosfera. Estas camadas
removem a maioria dos comprimentos de onda nocivos da radiação solar e
das partículas carregadas.
A ozonosfera é a parte da estratosfera em que tem o nível de ozônio
aumentado. O ozônio absorve determinados comprimentos de onda da radia-
ção ultravioleta (Quadro 4). Presume-se que a camada de ozônio foi estável
desde a última mudança climática, contudo na segunda metade do século
XX entrou em mudança contínua. Para mudar esse quadro, foram assinados
tratados internacionais de emissão de gases para conter o aumento a degra-
dação do ozônio.
Quadro 4
Saiba mais
• A atmosfera do nosso planeta é uma mistura de gases;
• As propriedades físico-química destes gases e a forma de como se dispõem permi-
tiram o surgimento e a manutenção da vida no planeta;
• Representando 0,0001% de toda a massa do planeta e responsável pela manuten-
ção da vida, a atmosfera é composta de: nitrogênio (N2) com 78%, oxigênio (O2) com
21% e argônio (Ar) com 0,0934%;
• Os critérios atmosféricos para decomposição da sua estrutura variam de acordo
com a composição propriamente dita (homosfera e heterosfera), com a tempera-
tura na coluna gasosa (troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera) e com a
função para os seres vivos (ozonosfera e ionosfera).
Atividades de avaliação
1. Qual a principal função da atmosfera?
2. Como é a composição da atmosfera?
3. Quais os critérios atmosféricos para descrever a estrutura da atmosfera?
4. Descreva as camadas da atmosfera de acordo com os critérios atmosféricos.
5. Leia o artigo “Química Atmosférica: a química sobre nossas cabeças”, e
depois produza um fichamento do texto.
Artigo disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/atmosfera.pdf
Referências
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à geogra-
fia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino et. al. 7ª edição. Porto Alegre:
Bookman, 2012. 728p. il. color.
1.1. Radiação
“A radiação é o modo de propagação de energia no SSA, uma vez que é por
meio da radiação que a energia do sol chega a terra. Corresponde à emissão
por sua vez são responsáveis pelos fluxos que se efetuam entre superfície
terrestre e a atmosfera, aquecendo-a.A quantidade de energia da radiação
solar que atravessa a atmosfera tem seus valores alterados, conforme suas
propriedades físico-químicas, atribuindo-lhe a qualidade de semitransparente
à radiação. A atmosfera interage com 50% da energia que entra no Sistema
Superfície Atmosfera.
Desse modo, pode-se dizer que, desses 50% de energia, metade é in-
terceptada pelas nuvens, que pelos valores de albedo, forçam 19% a serem
perdidos para o espaço por reflexão, absorvendo somente 5%. 20% da ener-
gia restante é retido pelos demais componentes da atmosfera, de modo que
apenas 6% de energia é refletido por eles para fora do Sistema. Dos 50% res-
tantes que conseguem atingir a superfície do Planeta, somente 3% é refletido
para o espaço, evidenciando capacidade de absorção de 47% (MENDONÇA
e DANNI-OLIVEIRA, 2007). A figura 4 expressa em linhas mais gerais, o ba-
lanço da radiação solar.
a) Condução
Consiste na transferência de calor por contato entre dois corpos com distintas
temperaturas, de modo que o corpo mais quente cede calor para o mais frio.
Um dadovolume de ar irá se aquecer se estiver em contato com uma super-
fície mais quente do que ele, e irá se resfriar pelo mesmo processo caso a
superfície esteja mais fria (Figura 5).
b) Convecção
A transferência de calor ocorre por meio do deslocamento vertical das corren-
tesaéreas.Uma superfície quente ao transferir calor por contato e/ou irradia-
ção para os níveis inferiores do ar que a sobrepõe promove o aumento dos
movimentos cinéticos de suas moléculas que, expandindo-se tornam o ar me-
nos denso do que o ar frio de entorno. Pode-se exemplificar com o processo
de convecção do ar na própria formação de massas de ar e precipitação por
convecção (Figura 6).
c) Advecção
Ocorre quando um volume de ar é forçado a deslocar-sehorizontalmente,
como consequência da instalação de um gradiente de pressão entre áreas
contíguas.As massas de ar levam consigo as características térmicas e higro-
métricas da superfície a qual repousava.
d) Condensação
O processo de condensação transfere para o ar quantidades considerável de
energia que foram consumidas do ambiente durante a evaporação da água da
superfície.Envolve a transformação do calor latente mantido pela molécula de
vapor em calor sensível, conhecida como liberação do calor latente.
Saiba mais
Calor latente é a quantidade de calor necessária para se variar o estado físico da
matéria sem variar a temperatura. Acontece, por exemplo, no derretimento do gelo,
onde podemos analisar a água no estado líquido e no estado sólido à mesma tempe-
ratura.
Calor sensível é a quantidade de calor necessária para variar a temperatura de um
corpo sem que haja variação do estado físico da matéria.
Fonte: http://horafisica.blogspot.com.br/2012/03/o-que-e-calor.html
b) Relevo
Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), o relevo apresenta três atributos
importantes na definição dos climas:
• Posição: favorece ou dificulta os fluxos de calor e umidade entre áreas
contíguas.
• Orientação de suas vertentes: Zonas mais carentes de energia solar (lati-
tudes extra-tropicais), irar definir as vertentes mais aquecidas e mais secas,
e aquelas mais frias e mais úmidas.
• Declividade: Regiões que possuem sua superfície ondulada terão o fator-
declividade, modificando a relação superfície/radiação incidente.
d) Continentalidade e maritimidade
Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), os mares e oceanos (maritimi-
dade) são fundamentais na ação reguladora da temperatura e da umidade
dos climas. Além de fornecedores de água para a Troposfera, controlam a
distribuição de energia entre oceanos e continentes por meio das correntes
oceânicas, que interagem com a dinâmica das massas de ar, definindo áreas
secas e áreas chuvosas.
Da mesma forma que os mares e oceanos, o efeito da continentalidade
sobre os climas se manifesta na temperatura e da umidade relativa. A conti-
nentalidade de um lugar é dada pelo distanciamento dos oceanos e mares,
que deixam de exercer suas ações diretas.
3. Elementos climáticos
3.1. Temperatura
A temperatura do ar é a medida do calor sensível nele armazenado, sendo
comumente dada em graus Celsius, ou Fahrenheit e medida por termômetros.
A amplitude térmica é a diferença entre a temperatura máxima e mínima.Os
valores normais de temperatura do ar de determinado lugar refere-se às mé-
dias de 30 anos (MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007).
3.5. Pressão
A força da gravidade é também responsável pelo “peso” da coluna de ar, ou
seja, pela “pressão” que exerce sobre a superfície da Terra. A pressão varia de
um ponto para outro e em cada momento, dependendo de inúmeras circuns-
tâncias (CONTI e FURLAN, 2008), como a latitude.
de cristais de gelo, ou uma mistura de ambos, com suas bases bem acima
da superfície terrestre. São formadas principalmente por meio do movimento
vertical do ar úmido, como na convecção, ou em ascensão força sobre áreas
elevadas, ou no movimento vertical em larga escala, associado a frentes e
depressões. Ver Figura 10 e 11 com os tipos de nuvens e sua classificação
quanto à altitude em que se encontram na atmosfera.
Saiba mais
Os fenômenos climáticos são resultados dos processos de transferência, trans-
formação e armazenamento de energia e matéria,impulsionados pela radiação solar.
Para entender os tipos de tempos e climas distribuídos nos diferentes lugares da Terra
é necessária a interação de elementos climáticos e fatores geográficos.
Saiba mais
As observações meteorológicas nacionais são oficializadas pelos seguintes órgãos:
Instituto Nacional de Meteorologia - INMET ;Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CTPEC/INPE).
As observações meteorológicas para o Estado do Ceará são monitoradas pela Fun-
dação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME).
Quadro 6
Saiba mais
A observação da superfície consiste de procedimentos sistemáticos e padroniza-
dos, visando à obtenção de informações qualitativas e quantitativas referentes aos
parâmetros meteorológicos, capazes de caracterizar plenamente o estado instan-
tâneo da atmosfera. As observações meteorológicas podem ser de superfície e da
camada superior da atmosfera, podendo ser de dois tipos: instrumentais e não ins-
trumentais. As medições dos elementos meteorológicos, ou observações meteoroló-
gicas são realizadas em locais conhecidos como postos ou estações meteorológicas.
Atividades de avaliação
1. O que é radiação?
2. O que é o espectro eletromagnético?
3. O que é albedo?
4. Que outros processos estão envolvidos na interação atmosfera-superfície
terrestre?
5. Que relações podem ser tratadas entre elementos climáticos e fatores geo-
gráficos?
6. Quais são fatores geográficos que influenciam o clima? Quais são as suas
principais contribuições?
7. Como podemos estudar a temperatura como elemento climático?
8. Como podemos estudar a água como elemento climático?
9. Quais são os tipos de estações meteorológicas para observação da super-
fície e da atmosfera?
10. Como podem ser feitas as observações do tempo?
Referências
AYOADE. J. O. Introdução a Climatologia para os Trópicos. 11. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
CONTI, José Bueno; FURLAN, S. O clima: a atmosfera e a vida terrestre. In:
ROSS, Jurandir Luciano Sanches(Org).Geografia do Brasil. 5.ed. São Pau-
lo: Edusp, 2008. p.69-110.
DREW, David. Processos interativos Homem-Meio Ambiente. Tradução
de José Alves dos Santos. Revisão Suely Bastos; Coord. Editorial de Antônio
Christofoletti. 4ª.edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
MASSAMBONI, O.; CARVALHO, L.M.V. de. Clima e o Meio Ambiente. In: MA-
GALHÃES, L.E.de. (coord.).A questão ambiental. 1a.ed. São Paulo: Terra-
graph, 1994.
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia:
Noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
CARVALHO, D. F. de; SILVA, L. D. B. da. Hidrologia. Cap. 4 Precipitação.
[online]. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloa-
ds/APOSTILA/HIDRO-Cap4-PPT.pdf
1. Introdução
A Atmosfera está em constante movimento. O movimento atmosférico é a
soma de dois principais componentes – movimento em relação à superfície da
Terra(isto é, o vento) e movimento em conjunto com a Terra, ao girar em torno de
seu eixo. Este segundo movimento exerce importantes efeitos sobre a direção
dos ventos em relação à Terra (ATINKSON, 1972 apud AYOADE, 2006).
Há duas dimensões para o movimento da atmosfera: horizontal e ver-
tical. A causa básica do movimento é o desequilíbrio na radiação líquida, na
umidade e no momentum atmosférico entre as baixas e altas latitudes e entrea
própria superfície da Terra e a atmosfera (AYOADE, 2006).
2. Movimento horizontal do ar
Segundo Ayoade (2006), há quatro fatores principais que controlam o movi-
mento horizontal do ar próximo à superfície terrestre: força de gradiente de
pressão, força de Coriolis, aceleração centrípeta, e a força de fricção. As
quatro forças descritas a seguir atuam em equilíbrio para controlar a direção
e a velocidade do vento, como também derivam padrões de fluxo do ar em
sistemas de baixa e alta pressão.
a) Vento Geostrófico
Figura 15 – Desvio do ar por efeito de Coriolis.
Fonte: Schmiegelow (2004). O vento sopra paralelo às isóbaras, ou melhor, mais ou me-
nosformando ângulos retos com o gradiente de pressão. Isto ocorre
porque a força do gradiente de pressão é equilibrada exatamente pela força
de Coriolis, que à mesma intensidade atua em direção oposta. Tal vento é co-
3. Movimento vertical do ar
Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), para o entendimento dos movi-
mentos verticais do ar atmosférico deve-se considerar a variação de pressão
e a umidade do ar como fatores relevantes para definição dos padrões verti-
cais de fluxos do ar.
a) Áreas de Baixa Pressão
A variação de pressão do ar em superfície se dá em decorrência da
distribuição de energia e umidade no globo, bem como da dinâmica de seus
movimentos. O ar quando aquecido conduz ao aumento da agitação entre
suas moléculas, que ao se chocarem umas com as outras, distanciam entre
si, ocasionando a expansão do ar. Consequentemente,ocorre uma diminuição
na pressão exercida pelo ar, caracterizando áreas de baixa pressão (MEN-
DONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007).
b) Áreas de Alta Pressão
Quando o ar se resfria, as moléculas têm seus movimentos cinéticos
reduzidos, diminuindo as possibilidades de choques entre elas. Em consequ-
ência, a densidade do ar eleva-se, caracterizando uma área de alta pressão
(MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007).
A repartição espacial da pressão pode ser compreendida a partir da dis-
tribuição de energia no globo, representada pelas zonas climáticas. Nas faixas
de baixa latitude, maior concentração de energia solar o forte aquecimento
conduz à expansão do ar, caracterizando zonas de baixa pressão. Nas zonas
frias, o déficit de energia possibilita a geração das zonas de alta pressão.
Considerando a umidade do ar com fator de interação com a variação
espacial de pressão, tomam-se dois volumes iguais de ar, um seco e outro
úmido. O volume mais leve será este último, em decorrência da água apre-
sentar menor densidade que o ar seco para volumes iguais.
Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), dessas noções que aqui
3.1 Ascendência
Ocorre nas áreas de baixa de pressão geradas pelo aquecimento do ar, que
ao se expandir, torna-se mais leve que o ambiente ao redor, ascendendo. Esse
movimento é favorecido nos ambientes de ar úmido. No seu deslocamento
vertical para níveis mais elevados da Troposfera, o ar resfria-se rapidamente
contribuindo para a condensação e a formação de nuvens para caracteriza-
ção de climas chuvosos.
3.2 Subsidência
Ocorre pelo adensamento do ar por resfriamento. O ar torna-se mais pesado
que o ar circundante, passando a desenvolver movimento de descenso, ou
seja, por ação da gravidade o ar é trazido dos níveis mais elevados da Tropos-
fera para a superfície.
• Célula de Ferrel e jatos polares: originada nas latitudes médias. São as-
sociadas às frentes polares, tornando-se mais evidentes no inverno em
cada hemisfério, devido à maior variação térmica latitudinal.
• Ventos de leste-oeste (Alíseos)
• Jatos polares: trocas horizontais dominantes nas zonas polares;
• Célula de Walker (célula do Pacífico): circulação zonal na região equato-
rial. Está relacionada à variação de pressão atmosférica entre as porções
leste e oeste do oceano pacífico.
As Figuras 18 e 19 apresentam modelo tricelular de circulação atmosfé-
rica composto pelas células de Hadley, as altas subtropicais, as frentes pola-
res, as células de baixa pressão subpolar e as localizações aproximadas das
correntes de jato subtropical e polar.
nuvens. No centro dos anticiclones, o tipo de tempo é bom, seja quente ou frio,
e a circulação do ar ao seu redor se efetua para a esquerda no hemisfério Sul
e para a direita no hemisfério Norte, em função defletora da força de Coriolis.
Figura 20 – Deslocamento do ar das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão.
Fonte: Mendonça e Danni-Oliveira (2007).
Saiba mais
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos melhores exemplos de de-
pressão de origem termodinâmica. Forma-se em baixas latitudes, onde o encontro
dos ventos alísios provenientes de sudeste com aqueles provenientes de nordeste
cria uma ascendência de massas de ar, que são normalmente úmidas (Mendonça e
Danni-Oliveira, 2007).
c) Massas de ar
Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), massa de ar é uma unidade ae-
rológica, ou seja, uma porção da atmosfera, de extensão considerável, que
possui características térmicase higrométricas homogêneas. Sua dimensão-
horizontal ou vertical pode variar de centenas a milhares de quilômetros.
Para a sua formação, a massa de ar requer três condições básicas:
superfície com considerável planura e extensão, baixa altitude, homogenei-
dade quanto às características superficiais. Formam-se sobre os oceanos, os
mares e as planícies continentais.
4.4 Frentes
O encontro de duas massas de ar com características diferentes produz uma
zona ou superfície de descontinuidades atmosféricas,ou frentes.Denomina-se
Frontogêneseo processo de origem de frentes.
Saiba mais
Há duas dimensões para o movimento da atmosfera: horizontal e vertical. O mo-
vimento horizontal do ar próximo à superfície terrestre é controlado por forças tais
como forças de gradiente de pressão, força de Coriolis, aceleração centrípeta, e a
força de fricção. Já o movimento vertical do ar tem a variação de pressão e a umidade
do ar como fatores relevantes para definição dos padrões de fluxos do ar. Pode-se
classificar a circulação do ar atmosférico em circulações primárias, secundárias e ter-
ciárias, onde a circulação primária é circulação geral da atmosfera.
Atividades de avaliação
1. Que forças atuam na movimentação horizontal do ar atmosférico?
2. Que movimentos estão envolvidos na movimentação horizontal do ar at-
mosférico?
3. Como pode ser descrita a circulação geral da atmosfera?
4. Caracterize a circulação de convergência e divergência do ar?
5. O que são centros de ação? Como se classificam?
6. Diferencie Massas de ar e Frentes.
Referências
AYOADE, J. O. Introdução à Climatologia para os trópicos. 11. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2006, cap.5, 6, e 7.
MASSAMBONI, O.; CARVALHO, L.M.V. de. Clima e o Meio Ambiente. In: MA-
GALHÃES, L.E.de. (coord.).A questão ambiental. 1a.ed. São Paulo: Terra-
graph, 1994.
MENDONÇA, F.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: Noções básicas e
climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
SCHMIEGELOW, J.M.M. O Planeta Azul: uma introdução às ciências mari-
nhas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, Cap.11, p. 85-88, 2004.
2. Classificações climáticas
Os climas do mundo variam conforme os fatores expostos anteriormente.
Contudo, existem classificações distintas onde um elemento sobressai em
relação aos demais. Deve-se levar em consideração o fator escala para a
determinação dos climas do mundo. Quanto maior a área mais abrangente
será a análise dos elementos atmosféricos e dos elementos que interferem na
atmosfera regional como os grandes relevos e a circulação oceânica. Desta
forma, as classificações se tornam mais generalistas.
As classificações mundiais mais disseminadas e conhecidas no Brasil
foram as realizadas por Köppen, a de Arthur Newell Strahler. Existe também
outra importante classificação que é a de Thornthwaite utilizada mais em pes-
quisas científicas. Cada uma destas classificações possui um elemento con-
dicionante para a delimitação e diferenciação dos tipos climáticos principais.
Climas microtérmicos
Clima continental ou Temperatura média do ar no mês mais frios < -3 °C
D
Clima temperado frio Temperatura média do ar no mês mais quente > 10 °C
Estações de Verão e Inverno bem definidas
Climas polares e de alta montanha
E Clima glacial Temperatura média do ar no mês mais quente < 10 °C
Estação do Verão pouco definida ou inexistente
Fonte: https://portais.ufg.br/up/68/o/Classifica____o_Clim__tica_Koppen.pdf
Quadro 9
c: Verão curto e fresco Temperatura média do ar no mês mais quente < 22 °C C-D
Temperaturas médias do ar > 10 °C durante menos de 4 meses
Temperatura média do ar no mês mais frio > -38 °C
d: Inverno muito frio Temperatura média do ar no mês mais frio < -38 °C D
h: seco e quente Temperatura média anual do ar > 18 °C B
Deserto ou semi-deserto quente (temperatura anual média do ar
igual ou superior a 18 °C)
k: seco e frio Temperatura media anual do ar < 18 °C B
Deserto ou semi-deserto frio (temperatura anual média do ar
inferior a 18 °C)
Fonte: https://portais.ufg.br/up/68/o/Classifica____o_Clim__tica_Koppen.pdf
Na Figura 24 é possível constatar os tipos climáticos mundiais de acor-
do com a classificação de Köppen, todavia atualizado com os dados das
estações climatológicas em funcionamento. Os autores Peel, Finlaysone
Mcmahon (2007) explicam como foram coletados e tratados os dados de pre-
cipitação e temperatura. Vale a pena consultar!!!
Saiba mais
A classificação climática de Charles Warren Thornthwaite, muito utilizada em pes-
quisas científicas, baseia-se no balanço hídrico, que é a diferença entre a evapotrans-
piração potencial e a precipitação. A partir disso, calcula-se outros índices, tais como:
o índice de umidade, com intuito de determinar a classificação do clima.
• Uma sucessão de tempos meteorológicos define um clima.
• As regiões climáticas se sobrepõem aos grandes ecossistemas do mundo.
• Os principais elementos do clima são: insolação, temperatura, pressão, massas
de ar e precipitação.
• As classificações mundiais mais disseminadas e conhecidas no Brasil foram a de
Köppen e a de Strahler. Existe também outra importante classificação que é a de
Thornthwaite utilizada mais em pesquisas científicas.
Atividades de avaliação
1. Leia o artigo “Um pensamento crítico sobre classificações climáticas: de
Köppen até Strahler”, e produza uma resenha discutindo as questões le-
vantadas no texto.
Artigo disponível em: http://www.revista.ufpe.br/rbgfe/index.php/revista/arti-
cle/viewFile/89/81
Referências
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à geogra-
fia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino et. al. 7ª edição. Porto Alegre:
Bookman, 2012. 728p. il. color.
PEEL, M. C.;FINLAYSON, B. L; MCMAHON, T. A. (2007). "Updated world map
of the Köppen-Geiger climate classification". 'Hydrol. Earth Syst. Sci.'11:
1633–1644. ISSN1027-5606.
Série “Vozes do Clima”, Observa-se também que dois fatores do clima urbano podem ser desta-
exibida pelo programa cados, devido as suas implicações mais abrangentes. São eles:
Fantástico, da Rede
Globo. O vídeo trata-
se do episódio 01, que
discute as mudanças
climáticas nas cidades
brasileiras. Acesse o link:
https://www.youtube.com/
Esquema 2 – Fatores mais abrangentes sob o clima das cidades.
watch?v=UkNbE_3GaYk Fonte: Ayoade (2011,p. 134).
Saiba mais
Por que devemos nos preocupar com as ilhas de calor?
Porque seus impactos negativos afetam muitas pessoas de várias maneiras. Ilhas de
calor não causam apenas pequenos desconfortos adicionais; suas temperaturas mais
elevadas, a falta de sombra e seu papel no aumento da poluição do ar têm sérios efeitos
sobre a mortalidade e saúde da população. Elas desperdiçam dinheiro ao aumentar a
demanda de energia, ao despender maiores esforços para construção e manutenção de
infraestruturas, para gerenciar enchentes e para a disposição de resíduos. Além disso,
as técnicas construtivas insustentáveis que promovem as ilhas de calor tendem a não
ser atraentes, chamativas ou saudáveis para a flora e fauna urbanas (GARTLAND, 2010).
Sabe-se que não existe uma única causa para o fenômeno das ilhas
de calor nas cidades, pelo contrário, podem-se mencionar diversos fatores
que favorecem para o aquecimento de diversas cidades e subúrbios. Entre
as principais características urbanas que favorecem a formação das ilhas de
calor, observa-se no Quadro 12.
Quadro 12
Figura 28 – Cenário para que ocorra a inversão térmica. Figura 29 – Influência da inversão térmica sob a temperatura.
Fonte (Figura 28): http://ambiente.hsw.uol.com.br/inversao-termica.htm
Fonte (Figura 29): http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/03/inversao-termica-inversao-termica-e-uma.html
de 1952, um dos piores eventos registrados, que durou quatro dias, causando
a morte de cerca 3 mil a 4 mil pessoas, em consequência da poluição. Entre
as doenças mortais estavam: bronquite, asma alérgica, as infeções respirató-
rias, o agravamento de enfisemas, etc. (SABBATINI, op. cit.).
Quadro 13
Atividades de avaliação
1. A partir da leitura do artigo “O Clima das Cidades”, produza um fichamento
de conteúdo, com a seguinte estrutura: cabeçalho indicando o assunto e a
referência da obra, isto é, a autoria, o título, o local de publicação e o ano
da publicação. Para encontrar o artigo, basta acessar o link: http://citrus.
uspnet.usp.br/rdg/ojs/index.php/rdg/article/viewFile/73/62.
Obs: o fichamento deve ser entregue digitado em formato de trabalho acadêmico.
Referências
ANDRADE, Henrique. O clima urbano: natureza, escalas de análises e aplica-
bilidade. Finisterra, p. 67-91, 2005.
AYOADE, J.O. Introdução à climatologia para os Trópicos. 15° ed. São
Paulo: Bertrand Brasil, 2011.
CARLOS, A. F. A. A cidade. 8ª ed. São Paulo: Contexto, 2008.
CONTI, José Bueno. Clima e Meio Ambiente. 6ª ed. São Paulo: Atual, 1998.
GARTLAND, Lisa. Ilhas de Calor: como mitigar zonas de calor em áreas ur-
banas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
JESUS, E. F. R. de. A importância do estudo das chuvas ácidas no contexto da
abordagem climatológica. Sitientibus, Feira de Santana, n. 14, p. 143-153, 1996.
MONTEIRO, C. A. F.; MENDONÇA, F. Clima Urbano. São Paulo: Contexto, 2003.
MOURA, M. O. O clima urbano da cidade de Fortaleza sob o nível do
campo térmico. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-
-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2008.
SABBATINI, R. M. E. Poluição, Inverno e Saúde. Correio Popular. Campinas.
23/05/1996.
3.1. Desertificação
A incessante exploração dos recursos naturais pela sociedade está causando
diversas alterações sobre o meio ambiente. A relação sociedade-natureza nas
últimas décadas, tem ocorrido de forma insustentável que, por sua vez, asso-
cia-se a intensa pressão sobre as áreas consideradas frágeis ou vulneráveis
ambientalmente. Isso tem promovido o desencadeamento de problemáticas
que assumem proporções exorbitantes quando interferem na variante da qua-
lidade socioambiental.
Nessa perspectiva, uma das regiões brasileiras que elucida esse cená-
rio de crise ambiental e pela degradação evidente dos recursos naturais é o
semiárido, o que para Melo (2009), “[...] ocasiona processos de desertificação
cada vez mais significativos, trazendo como consequências imediatas, dentre
algumas; a perda da fertilidade do solo e da biodiversidade, a destruição de
hábitats e o êxodo rural” (p. 133).
Segundo Suertegaray (2009), a discussão sobre o processo de desertifi-
cação tem sua primeira manifestação internacional relativa ao seu combate, a
partir da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente em Estocolmo
no ano de 1972, e em 1977 com a realização de uma conferência em Nairóbi
no Quênia, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Nesse sentindo, a desertificação tem sido um grande problema que
atinge repercussões em escala global. Podemos entender por desertificação,
o processo de degradação nas terras áridas, semiáridas e subúmidas secas
do planeta, resultante da atuação humana sobre o ambiente e fenômenos
naturais como a variação do clima (BRASIL, 2004).
Oliveira (2006) ao discutir sobre o significado do termo desertificação,
nos expõe que na realidade o termo desertificação abrange um conjunto com-
plexo de fatores inter-relacionados que se manifesta em distintos níveis de re-
solução tanto espaciais como temporais. De modo comum, expressa o efeito
da combinação de condições naturais, climáticas e socioeconômicas, e das
formas de utilização dos recursos naturais, sobretudo para a produção agríco-
la e para o desenvolvimento rural.
O Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitiga-
ção dos Efeitos da Seca (PAN/Brasil), implementado no ano de 2004, vem
desenvolvendo importantes diálogos nos 11 estados que estão inseridos o pla-
3.2. Secas
O contexto ambiental da região semiárida nordestina e, em particular, cearen-
se é marcado pelo constante fenômeno das secas e dos processos de degra-
dação da vegetação Caatinga (desmatamento ou pelas práticas rudimentares
agrícolas como as queimadas). Os problemas ambientais observados nessa
região são resultantes de um processo histórico-geográfico de ocupações e
modificações produzidas no território cearense, que por sua vez, estão inter-
-relacionadas com as condições naturais; as formas de uso e ocupação do solo
e o manejo indiscriminado dos recursos naturais (SILVA e PEREIRA, 2007).
Ao observar o histórico das secas no nordeste, Oliveira (2009) expõe
que o histórico da seca do semiárido nordestino, incluído o do Ceará, passou
a ser documentado efetivamente no século XVIII. Particularmente sobre as
secas no estado do Ceará, Joaquim Alves em Figueiredo (2003) afirma que
os primeiros registros de secas na região do semiárido cearense são datados
a partir do século XVII: 1603, 1606, 1614, 1645, 1652 e 1692; no século XVIII,
o autor registra as secas de 1771, 1721-1725, 1736-1737, 1745-1746, 1754,
1760, 1766, 1772, 1777-1778, 1784 e 1791-1793, a última grande seca do
século. O mesmo autor registra ainda as seguintes secas no século XIX: 1804,
1809, 1810, 1814, 1816-1817, 1825, 1845-1846, 1864, 1877-1879.
As secas nesses períodos promoveram um debate em toda sociedade
existente na época. O que mais se discutia eram os problemas naturais e
sociais que esse fenômeno climático promovia. Mas afinal, o que é seca?
Segundo Figueiredo (2003) a seca é, a princípio, resultante da distribuição
irregular de chuvas no tempo e no espaço, acrescidas, no caso do nosso se-
miárido, da alta evapotranspiração.
Nessa perspectiva, pode-se mencionar que as secas não se resumem
apenas a problemas naturais, mas também geram problemáticas de ordem
social. Para Sampaio (2007), “As secas sociais continuam produzindo pobre-
za, miséria e fome, acarretando ocupações de cidades e terras, transforman-
do o Ceará em território cujo quadrado empírico confirma a existência de uma
civilização da seca” (p. 475).
Conforme Ceará (2010) pode-se destacar três tipos de seca: climatológica,
edáfica e hidrológica. A seca climatológica consiste na ocorrência em um dado
espaço e tempo, de uma decadência no total de chuvas em relação aos padrões
normais que determinaram as necessidades. A seca climatológica tem suas cau-
sas naturais na circulação global da atmosfera e pode resultar em redução na
produção agrícola e no abastecimento de água para cidades e outros usos.
A seca edáfica tem como causas básicas a insuficiência ou distribuição
irregular das chuvas, e pode ser reconhecida como uma deficiência da umida-
de do solo (edáfico), em termos do sistema radicular das plantas, que resulta
Parte 01 - http://www.youtube.com/watch?v=icBBKE9SKgo;
Parte 02 - http://www.youtube.com/watch?v=dr3UfPR5w2c;
Parte 03 - http://www.youtube.com/watch?v=81fISZ68PBo;
Atividades de avaliação
1. Leia o artigo “O conceito de desertificação”, produzido pelo Prof.º Dr.º José
Bueno Conti, e elabore um fichamento para ser entregue digitado no forma-
to de trabalho acadêmico. Para ter acesso ao artigo online basta acessar
o link: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/climatologia/
article/view/2091/2203
2. Assista ao documentário “Uma verdade inconveniente”, e a entrevista do
Prof.º Ricardo Felício sobre a “A farsa do aquecimento global” cedida ao
programa do Jô Soares. Após assistir os dois vídeos, produza um artigo de
opinião e apresente o seu ponto de vista sobre a questão do aquecimento
global.
Para assistir os dois vídeos, basta acessar os links a seguir:
• “Uma Verdade Inconveniente” - http://vimeo.com/24857305
• “A Farsa do Aquecimento Global” - http://www.youtube.com/watch?v=3_
GPLlJv6x0
Referências
ARAÚJO, G. H. de S; ALMEIDA, J. R. de; GUERRA, A. J. T. Gestão ambien-
tal de áreas degradadas. Rio de Janeiro/RJ: Bertrand, 2010.
AVILA,A. M. H. de.. Uma Síntese do Quarto Relatório do IPCC. Revista Mul-
ticiência Campinas. 8ª ed. 2007. VERÍSSIMO, M. E. Z. Algumas conside-
rações sobre o aquecimento global e suas repercussões. Terra Livre. São
Paulo. Ano 19 - vol. I - n. 20. p.137-143. jan/jul. 2003.
AYOADE, J.O. Introdução à climatologia para os Trópicos. 15° ed. São
Paulo: Bertrand Brasil, 2011.
Atividades de avaliação
1. Explique qual a relação entre temperatura e as condições topográficas do
relevo?
2. Identifique o clima da sua região e destaque as potencialidades naturais em
decorrência das condições climáticas.
Referências
AB’SABER, A.N. Os Domínios de Natureza no Brasil: Potencialidades Pai-
sagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
CRISPIM, A. B.. Sistemas ambientais e vulnerabilidades ao uso da terra
no vale do rio Pacoti - Ce: subsídios ao Ordenamento territorial. Disserta-
ção (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia,
Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2011.
IPECE. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Ceará em
Mapas Governo do Estado do Ceará. Secretaria do Planejamento e Coorde-
nação, 2010
SILVA, J.M.O. Análise Integrada na Bacia Hidrográfica do rio Pirangi –
CE: Subsídios para o Planejamento Ambiental. Tese (Doutorado) – Progra-
ma de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Ceará, 2012.
ZANELLA. M.E. AS Características climáticas e os recursos hídricos do
Estado do Ceará. IN: Ceará: Um novo olhar Geográfico. José Borzacchiello
da Silva et.al. Fortaleza: Edições Demócrito rocha, 2005.
Saiba mais
Prejuízos por desastres naturais somam 2,5 trilhões de dólares
só neste século, calcula ONU
A ONU alertou nesta quarta-
-feira (15) que as perdas econô-
micas causadas por desastres es-
tão “fora de controle”, chamando
a comunidade global de negócios
a incorporar a gestão de risco de
desastres em suas estratégias de
investimento, de modo a evitar
novas perdas.
Intitulado “Criação de Valor
Compartilhado: o Caso de Negó-
cio para a Redução do Risco de
Desastres”, o relatório de avalia-
ção global (GAR13) – elaborado
pela Estratégia Internacional das
Nações Unidas para a Redução de
Desastres (UN/ISDR) – realizou
revisões de perdas de desastres
em 56 países, constatando que
as perdas diretas de inundações, Em Bangladesh, uma medida inovadora ‘à prova de desastres’ foi construída em Shymnagar para uma
aldeia costeira, destruída após o ciclone Aila.
terremotos e secas têm sido su-
Foto: PNUD Bangladesh/Nasif Ahmed
bestimadas em pelo menos 50%.
Somente neste século, as perdas de desastres somam 2,5 trilhões de dólares.
“Não vamos fugir do significado desses números: as perdas econômicas causadas
por desastres estão fora de controle”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
“Eles só podem ser reduzidos em parceria com o setor privado, incluindo os bancos
de investimento e companhias de seguros.”
Das 1.300 pequenas e médias empresas em seis cidades propensas a catástrofes nas
Américas pesquisadas pelo relatório, três quartos sofreram interrupções nos negócios
devido aos danos ou à destruição dos serviços públicos de energia, telecomunicações e
água. No entanto, apenas uma minoria delas – 14,2% no caso das empresas com menos
de 100 funcionários – tinha uma abordagem básica para a gestão de crises.
O relatório ressaltou que os modelos de negócio vigentes no desenvolvimento
urbano, agronegócio e turismo costeiro – três setores-chave de investimento – conti-
nuam a impulsionar o risco de desastres, pedindo que as parcerias entre o setor pri-
vado e o governo coloquem em prática e melhorem as estratégias de gestão de crises.
Margareta Wahlström, representante especial do secretário-geral da ONU para o
tema, disse que um foco importante da “Plataforma Global para a Redução de Risco de
Desastres”, que será realizada em Genebra na semana que vem, será “a mudança de ati-
tude no setor privado, no desenvolvimento de uma abordagem mais sistemática na ges-
tão de risco de desastres com o setor público, para tornar o mundo um lugar mais seguro”.
Fonte: http://www.onu.org.br/prejuizos-por-desastres-naturais-somam-25-trilhoes-de-dolares-so-neste-seculo-
calcula-onu/. Acesso em: 01/07/2014.
Saiba mais
O que é a Temperatura da Superfície do Mar (TSM)
A TSM (Temperatura da Superfície do Mar) é a medida da quantidade de calor pro-
duzido pela agitação das partículas da água do mar. A elevação ou redução da TSM,
em torno da média histórica, provoca uma série de eventos atmosféricos capazes de
alterar o clima em todo o globo, a exemplo dos fenômenos climáticos El Niño e La
Niña. Assim, o monitoramento contínuo da TSM dos oceanos Atlântico e Pacífico é
de fundamental importância na definição das condições do tempo e do clima, prin-
cipalmente no Nordeste brasileiro. Saíba mais sobre os fenômenos El Niño e La Niña
Fonte: http://www.inema.ba.gov.br/monitoramento/el-nino-e-la-nina/
Atividades de avaliação
1. Pesquise em sites de pesquisas quais os impactos ambientais ocorridos no
Brasil no período de El nino e La nina.
2. Como o aquecimento global tem sido um fator de preocupação para socie-
dade no que condiz as atividades socioeconômicas?
3. Leia e a reportagem a seguir, e responda:
“A forte estiagem que castiga o Semiárido nordestino e os vales do Jequitinho-
nha, em Minas Gerais, e do Mucuri, no Espírito Santo, tende a se agravar, por causa
da instabilidade climática no Oceano Pacífico, que sugere possível manifestação do
fenômeno El Niño. Isso pode reduzir as probabilidades de chuva no Nordeste nos
próximos três meses. A notícia foi dada ontem pelo climatologista do Instituto Nacio-
nal de Pesquisas Espaciais (Inpe), Lincoln Muniz Alves, durante audiência pública na
Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A audiência foi para discutir as consequências da seca na situação socioeconômica dos
1.315 municípios da região. Desses, 1.275 foram afetados significativamente, de acordo
com mapa do Banco do Nordeste (BNB). O superintendente de Políticas de Desenvolvi-
mento do BNB, José Rubens Dutra Mota, disse que a situação “é de desolação” em quase
todo o Nordeste, onde a produção agrícola caiu 22% em relação ao ano passado e o nível
dos reservatórios de água estão abaixo de 38%, além das perdas relevantes de animais.
Panorama que, segundo ele, afeta diretamente em torno de 10 milhões de pessoas.
Para aliviar esses efeitos, Mota disse que o Fundo Constitucional de Financiamen-
to do Nordeste (FNE) criou linha de crédito emergencial no valor de R$ 1,5 bilhão,
com foco principalmente nos pequenos produtores rurais. Do total, foram contrata-
dos R$ 1,189 bilhão até a semana passada. Contudo, há demanda maior que a verba
prevista, com base nas propostas em carteira, principalmente da agricultura familiar.
O representante do Ministério da Integração Nacional, Miguel Ivan Lacerda, da Secre-
taria de Programas Regionais, disse que “nunca se construiu tanta cisterna como neste
ano no Semiárido nordestino”, onde foram instalados 25.852 reservatórios para consumo
familiar. Como todos que participaram da audiência, ele reconhece que “a seca mexe com
a vida das pessoas”, mas ressaltou que “a pobreza tem diminuído” na região. O secretário
de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcelo
Guimarães, destacou a necessidade investimentos em logística de abastecimento, ações
nos três níveis de governo, distribuição de sementes e mais investimentos em irrigação.
Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2012/11/07/noticiasjornalbrasil,2949762/feno-
meno-la-nina-pode-reduzir-chuva-no-nordeste.shtmlAcesso em: 02 de julho de 2014.
Responda:
a) Qual a relação entre o El nino e a intensificação da escassez hídrica nes-
sas regiões?
b) Cite uma política de convivência com o semiárido e discuta em sala de aula
qual a relação entre a seca e estas políticas.
c) Discuta em sala de aula a definição de desastres naturais, levando em con-
sideração a importância de análise das atividades socioeconômicas como
fator primordial das mudanças ambientais.
Referências
BARCELLOS, F.C.; OLIVEIRA, S.M.M.C. de. Novas Fontes de Dados sobre
Risco Ambiental e Vulnerabilidade Social. In IV ENANPPAS – Encontro da
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ambiente e Socieda-
de – “Mudanças Ambientais Globais”: A contribuição da ANPPAS ao debate.
Brasília, 4 a 6 de junho de 2008.
INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Mudanças Climáticas, Extre-
mos e Desastres Naturais. Conferencia Nacional de Mudanças Climáticas, 2012.
MIN, Ministério da Integração Nacional. Plano Nacional da Defesa Civil. Bra-
sília, 2007.
MARENGO, J. A. Impactos de extremos relacionados com o tempo e o
clima – Impactos sociais e econômicos. Boletim do Grupo de Pesquisa em
Mudanças Climáticas –GPMC. São Paulo, 2009.
MARCELINO, E. V. Desastres naturais e geotecnologias: Conceitos Bási-
cos. INPE. Santa Maria, 2007.
Sites relacionados:
http://www.mma.gov.br/
http://www.ibama.gov.br/
http://www.radarciencia.org/desastres-naturais/
Sobre os autores
Érika Gomes Brito: é Geógrafa com mestrado em Geografia, pela Universi-
dade Estadual do Ceará. É professora assistente da Universidade Estadual
do Ceará, lotada no campus da FAFIDAM, onde ministra disciplinas no setor
de estudo de Geografia Física. Atualmente, é aluna do curso de doutorado
em Geografia pela Universidade Federal do Ceará, onde tem experiência em
áreas degradadas nas regiões semiáridas.
Marcus Vinicius Chagas da Silva: é Geógrafo pela Universidade Federal
do Ceará e mestre em Geografia Física pela Universidade Estadual do Cea-
rá. Professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), lotado no Instituto de
Ciências do Mar (LABOMAR) e aluno regularmente matriculado do curso de
doutorado em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará. Trabalha com
análise ambiental e geoprocessamento.
Andrea Bezerra Crispim: é Geógrafa pela Universidade Federal do Ceará
(UFC). Foi professora substituta dos cursos de graduação em Geografia da
Universidade Estadual do Ceará (UECE) no período de 2011 - 2013. Atual-
mente é aluna regular do curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação
em Geografia da Universidade Estadual do Ceará. Tem experiência na área
de Geografia Física, atuando nos seguintes temas: Fragilidade Ambiental e
Políticas Públicas nas regiões semiáridas.
F
iel a sua missão de interiorizar o ensino superior no estado Ceará, a UECE,
como uma instituição que participa do Sistema Universidade Aberta do
Brasil, vem ampliando a oferta de cursos de graduação e pós-graduação
Geografia
Climatologia
na modalidade de educação a distância, e gerando experiências e possibili-
dades inovadoras com uso das novas plataformas tecnológicas decorren-
tes da popularização da internet, funcionamento do cinturão digital e
massificação dos computadores pessoais.
Comprometida com a formação de professores em todos os níveis e
a qualificação dos servidores públicos para bem servir ao Estado,
os cursos da UAB/UECE atendem aos padrões de qualidade
estabelecidos pelos normativos legais do Governo Fede- Climatologia
ral e se articulam com as demandas de desenvolvi-
mento das regiões do Ceará.
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