Lesoes Ulceradas

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TRABALHO SOBRE LESÕES ULCERADAS

BRUNA GONÇALVES DE OLIVEIRA - 3° P INTEGRAL

LESÕES ULCERADAS
As lesões ulceradas orais podem ser classificadas em dois grandes grupos segundo o
modo de surgimento e tempo de permanência na cavidade oral. Segundo este
critério, podem ser divididas em agudas ou crônicas.
 Uma úlcera aguda surge na cavidade oral após evento traumático e
permanece na cavidade oral durante uma curta duração, normalmente até 7 a
10 dias se a causa for eliminada. As úlceras reativas agudas exibem sinais e
sintomas clínicos de inflamação aguda incluindo, edema, variados graus de
dor, halo eritematoso e centro amarelado. Histologicamente as úlceras orais
agudas apresentam perda de epitélio que é substituído por uma rede de
fibrina contendo predominantemente neutrófilos. A base ulcerada contem
capilares dilatados e, com a evolução, tecido de granulação. A regeneração do
epitélio inicia-se nas margens da ulceração, com movimentação de células
proliferativas para o tecido de granulação. As úlceras agudas mais comuns
incluem úlceras traumáticas, estomatite aftosa recorrente, infeções virais e
bacterianas.
 A úlcera crônica possui um aparecimento insidioso e permanece na cavidade
oral durante um longo período de tempo. As úlceras reativas crônicas podem
ser causa de dor de intensidade fraca ou pode até verificar-se inexistência de
dor. Este tipo de lesões apresenta-se recobertas com uma membrana
amarelada central com margens elevadas que podem evidenciar
hiperqueratose. Histologicamente as úlceras crônicas possuem, também, uma
base de tecido de granulação, com tecido de cicatrização profundo. O líquen
plano, cancro oral, pênfigo vulgar, lúpus eritematoso e úlceras induzidas por
fármacos constituem o grupo de úlceras orais crônicas.
As úlceras orais podem ainda ser classificadas em primárias e secundárias. Uma
úlcera é considerada primária quando a lesão não é precedida por outra lesão prévia.
As úlceras são designadas secundárias quando se originam através da rutura de uma
vesícula ou bolha. Neste sentido, as úlceras presentes na cavidade oral de pacientes
que possuem patologias vesiculobolhosas ou ulceração devida a infeção por herpes
simples são classificadas como úlceras secundárias.

AFTAS
As aftas são inflamações que se apresentam em áreas pequenas e arredondadas,
geralmente com um halo avermelhado e uma região central esbranquiçada. Embora
às vezes possam aparecer amareladas, aftas verdadeiras não produzem pus ou sinais
de infecção por microrganismos. Podem ocorrer de modo isolado (apenas uma) ou
em maior número, na língua ou em qualquer outro local da boca.
As causas do surgimento de aftas que podemos considerar são:
- uso de aparelho ortodôntico;
- mordida na língua ou outro trauma local;
- alimentos cítricos (limão, abacaxi, kiwi);
- deficiências nutricionais (de ferro ou de algumas vitaminas);
- situações de estresse;
- alterações no pH da boca (do índice normal da acidez da boca que é neutro);
- tabagismo (hábito de fumar);
- enfraquecimento do sistema imunológico (fragilidade do sistema natural de
defesa do organismo).
Existem alguns tipos de aftas, classificadas sobretudo em razão do seu tamanho:
- afta minor (afta menor): é o tipo mais comum, de tamanho pequeno, menor
que 1 cm, desparece em até 1 semana sem deixar marcas;
- afta major (afta maior): surge em cerca de 10% da população, seu tamanho é
maior que 1 cm e pode levar mais que 2 semanas para desaparecer, assim
como deixar cicatrizes por serem mais profundas;
- ulceração herpetiforme: são ulcerações muito pequenas (1 mm) que ocorrem
em grupos e recebem esse nome porque parecem com aquelas provocadas
pelo herpes; a ulceração herpetiforme não é contagiosa e desaparece em 2
semanas.
Alguns especialistas também classificam as aftas em 3 tipos, em função de sua
origem:
- aftas traumáticas: são causadas por algum trauma local como, por exemplo,
por uma prótese dentária mal adaptada;
- aftas alérgicas: resultam de uma reação alérgica a determinados alimentos ou
medicamentos;
- aftas provenientes de doença: podem resultar de doenças, por vezes, graves.

CONCLUSÃO
Uma vez formada, a úlcera oral vai estar sujeita a irritação contínua devido à ação da
saliva e da microflora oral. Este processo favorece a evolução de uma lesão
inflamatória aguda para uma lesão ulcerada crônica. O período de tempo que
permite considerar uma úlcera aguda ou crônica não é consensual, no entanto, é
genericamente aceite que uma úlcera que permanece na cavidade oral por um
período de tempo superior a 2 semanas é considerada crônica.
O trauma contínuo ou a existência de fatores teciduais locais não favoráveis pode,
ocasionalmente, impedir a regeneração epitelial. As úlceras orais podem possuir
uma origem sistémica. O local afetado, duração e frequência de recorrências de
lesões ulceradas é determinado pela condição sistémica subjacente.
Na ocorrência de aftas, o dentista deve ser procurado para identificação do tipo, das
possíveis causas envolvidas e identificação das medidas que devem ser tomadas.

REFERÊNCIAS
https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/13664/1/Les%C3%B5es
%20Ulcerativas%20da%20Cavidade%20Oral%20e%20a%20Import%C3%A2ncia
%20do%20Diagn%C3%B3stico%20Diferencial%20-%20Tiago%20Paiva.pdf
https://sorridents.com.br/blog/afta-na-lingua-e-lesoes-bucais-entenda-e-cuide-se/

QUESTÕES
1- Quais as características das lesões agudas e crônicas?
As lesões agudas possuem sintomatologia dolorosa e desaparecem em um curto
tempo de 3 a 7 dias, já as lesões crônicas muitas vezes não apresentam
sintomatologia e a duração é maior.
2- Quais os tipos de aftas?
Os principais tipos de aftas são as traumáticas, as alérgicas e as provenientes de
doenças.

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