Livreto Diocese Junho 2013
Livreto Diocese Junho 2013
Livreto Diocese Junho 2013
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Igreja: comunidade de comunidades ........................................................................40
Objetivos Específicos: ................................................................................................41
Pistas de Ação: ............................................................................................................41
Igreja a serviço da vida plena para todos ...................................................................43
Objetivos Específicos: ................................................................................................43
Pistas de Ação: ............................................................................................................43
Pistas para a organização da ação evangelizadora e participativa ..........................47
Para a Diocese .............................................................................................................47
Para as Paróquias .......................................................................................................47
Para as Pastorais .........................................................................................................48
Palavra Final ...............................................................................................................49
Siglas
CEBI - Centro de Estudos Bíblicos
CNIS - Conselho Nacional dos Institutos Seculares
DAp - Documento Conclusivo da Va Conferência Geral do Episcopado da América Latina
e do Caribe - Documento de Aparecida
DGAE - Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011 - 2015.
EA - Exortação Apostólica Pós Sinodal “Ecclesia in America”, do Papa João Paulo II
EN - Exortação Apostólica Pós Sinodal “Evangelii Nuntiandi”, do Papa Paulo VI
LG - Constituição Dogmática “Lumen Gentium” sobre a Igreja, do Concílio Ecumênico
Vaticano II
NMI - Exortação Apostólica “Novo Millennio Ineunte”, do Papa João Paulo II
RICA - Rito de Iniciação Cristã dos Adultos
RM - Carta Encíclica “Redemptoris Missio”, sobre a validade permanente do mandato
missionário, do Papa João Paulo II
VD - Exortação Apostólica Pós Sinodal “Verbum Domini”, do Papa Bento XVI
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Introdução
1. A Diocese de Taubaté nunca mediu esforços para que a sua atuação evangelizadora e
pastoral respondesse tanto aos desafios impostos pela realidade como também às
exigências de uma pastoral de conjunto conforme a proposta da Igreja. Como parte
deste esforço, realizamos a nossa XV Assembleia Diocesana de Pastoral. Bispo,
clero, religiosos e religiosas, seminaristas, leigos e leigas, buscando agir na força do
Espírito Santo, concluíram um processo de mais de dois anos de reflexão, estudo e
levantamento de propostas e aprovaram o presente Plano.
2. Unidos à Igreja no Brasil que, na sua 49ª Assembleia Geral que aconteceu em 2011 na
cidade de Aparecida, aprovou as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da
Igreja no Brasil, a Diocese de Taubaté assumiu integralmente as propostas nela
contidas na elaboração do seu Plano de Ação Evangelizadora.
1
DGAE 2011-2015, p. 4.
5
4. Evangelizar significa levar a pessoa a ter o mesmo comportamento de Jesus,
assumindo como próprios os valores do Evangelho e realizando plenamente a sua
configuração a Jesus Cristo como graça recebida no sacramento do batismo. Esta é a
2
missão permanente da Igreja, conforme afirma o Papa Paulo VI, que existe em
função da evangelização, devendo incidir sobre a realidade para transformá-la.3
2
Cf. EN 14.
3
Cf. EN 19.
4
Cf. EA 13-25.
5
Cf. NMI 16-57.
6
Cf. RM 45; 92.
7
Cf. DAp 1.
6
8
8. A Igreja é alimentada pela Palavra de Deus, conforme nos ensina o Papa Bento XVI
e essa verdade nos leva a descobrir a terceira urgência da ação evangelizadora que é
a Igreja como lugar de animação bíblica da vida e da pastoral.
10. A evangélica opção preferencial pelos pobres está presente em toda tradição pós
conciliar da Igreja na América Latina e o Documento de Aparecida vincula esta
opção à conversão pastoral.11 Desta opção preferencial decorre a quinta urgência da
ação evangelizadora que é a Igreja a serviço da vida plena para todos.
11. A Igreja é a presença imperfeita do Reino de Deus na história, pois ele semanifesta
plenamente na pessoa de Cristo12e é por isso que ela deve converter-se ao Reino, o
13
que significa “submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da Vida”
testemunhando “os valores do Reino no âmbito da vida social, econômica, política e
14 15
cultural”, para transformar a “cidade atual” na “Cidade Santa”, sinal do Reino
definitivo.
8 Cf. VD 45.
9 Cf. LG 7.
10
Cf. nota 6.
11
Cf. DAp 391-398.
12 Cf. LG 5.
13 Dap 366.
14
Dap 212.
15
Dap 516.
7
Primeira Parte: Ver
12. A evangelização é sempre contextualizada, de modo que é necessário o
conhecimento da realidade na qual o processo evangelizador acontece. Para que
pudéssemos conhecer melhor a realidade da nossa Diocese, foi enviado um
questionário para as paróquias abordando a organização pastoral e o trabalho
realizado a partir das cinco urgências da ação evangelizadora. Das 40 paróquias da
Diocese, 27 responderam, totalizando 67,5% do total.
Organização
13. A Diocese conta com diversas pastorais e movimentos e essas são as principais forças
dentro do projeto evangelizador, As pastorais diocesanas que estão presentes nas
paróquias são as seguintes:
8
14. Os movimentos que existem na Diocese e estão presentes nas paróquias são os
seguintes:
15. A Igreja quer que todas as paróquias organizem suas pastorais e movimentos para
responder às necessidades da ação evangelizadora e assim atingir os objetivos
propostos nas DGAE, no Plano Diocesano e no Paroquial. Em nossas paróquias,
temos as seguintes formas de organização:
9
A coordenação paroquial e a das comunidades desempenham o serviço em
sintonia com a Paróquia. Os movimentos que têm coordenação diocesana
seguem as orientações da diocese.
Algumas coordenações em nível paroquial e outras em nível só de comunidades.
Todas as pastorais têm uma coordenação paroquial e comunitária.
De acordo com o Plano Diocesano de Pastoral, mas adaptado de acordo com as
realidades pastorais da paróquia.
16. Existem algumas Pastorais que estão presentes na Diocese, mas não estão presentes
em algumas paróquias. São as seguintes:
17. Os principais motivos para a ausência das pastorais diocesanas nas paróquias são:
Dificuldades de pessoas que assumam as atividades inerentes à pastoral.
Paróquia recente, está em processo de desenvolvimento.
Falta de estrutura.
10
18. Os Conselhos Paroquiais de Pastoral estão presentes em 24 paróquias e estão sendo
estruturados nas demais. São formados pelo pároco, vigário paroquial e líderes das
pastorais, movimentos e comunidades. São conselhos consultivos que, em
comunhão com o pároco e de acordo com as decisões da assembleia paroquial,
podem, a seu nível, tomar decisões pastorais e financeiras.
19. Para garantir o sustento das paróquias, a Pastoral do Dízimo está presente em muitas
delas. Algumas possuem coordenação e acontece a entrega de envelopes nas
residências e devolução no ofertório. Todo segundo domingo do mês faz-se a oração
do dizimista como prece. É costume felicitar os aniversariantes. Também é feita a
prestação de contas aos paroquianos do dízimo recolhido. Acontece ainda um
trabalho de evangelização do dízimo junto a catequese, onde a criança também
recebe uma carteirinha.
20. Em algumas paróquias onde não há pastoral do dízimo, ele acontece através de
carnês, podendo ser melhorado com a pastoral. Em outras não há um trabalho
especifico.
21. Existem várias iniciativas para melhorar o dízimo como a utilização de vídeos de
conscientização, a capacitação de plantonistas, formação sobre as dimensões do
dízimo, o uso de sites paroquiais, distribuição de mensagens, uso de cartazes e
faixas, prestação de contas do resultado arrecadado, uso de envelopes, etc, tendo
como prioridade a conscientização sobre o assunto.
11
Primeira urgência
Igreja em estado permanente de missão
22. 80% das paróquias da nossa Diocese possuem Conselho Missionário Paroquial,
constituído pelo Pároco, Vigário Paroquial, Conselho Paroquial de Pastoral e
agentes das diversas comunidades. Procuram promover a formação na Paróquia,
realizar adoração ao Santíssimo Sacramento, planejar a ação missonária e promover
retiros.
23. Para realizar a formação dos agentes, acontecem encontros na diocese e nas
paróquias com formação inicial e formação permanente, principalmente no mês
missionário. Também acontecem momentos especiais quando isso se faz
necessário, com encontros e retiros nas comunidades. Nas paróquias confiadas às
Congregações religiosas, as orientações da Congregação também são consideradas.
25. Merecem destaque as missões populares, com períodos de forte envolvimento dos
agentes durante o ano, visando ambientes, áreas e grupos, para um anúncio claro de
Jesus Cristo, da alegria da fé e de ser Igreja. Nelas temos visitas domiciliares e a
outros ambientes. Também temos Paróquia em missão, gincana missionária,
Jornada Catequética, formação pastoral, círculos bíblicos, grupo de oração e
realização de projetos sociais. Tudo isso é consciência de mudança de foco, de uma
pastoral de conservação e manutenção para uma pastoral decididamente
missionária.
12
26. As principais dificuldades para a realização dessas atividades são: a falta de
motivação missionária dos agentes e das lideranças, falta de pessoas que queiram
assumir responsabilidades na evangelização paroquial, falta de assiduidade ou
perseverança das pessoas que assumem responsabilidades pastorais, pouco
interesse das famílias em receber os missionários.
27. Os principais resultados alcançados por este trabalho são um forte anúncio do
Querigma às famílias visitadas, o despertar para formação de pequenas
comunidades, o surgimento de novas lideranças, uma conscientização maior da
missionariedade dos leigos, mais famílias alcançadas.
Segunda urgência
Igreja: casa da iniciação à vida cristã
28. A organização da Catequese de iniciação à vida cristã nas paróquias procura estar de
acordo com Diretório Nacional de Catequese, com Pré Catequese, Preparação Para a
Primeira Eucaristia, Catequese de Crisma e Catequese para Adultos. As paróquias
possuem coordenação paroquial de catequese que responde às suas exigências e
necessidades. Os encontros acontecem de acordo com a realidade da paróquia e das
comunidades.
29. Porém, os resultados da catequese de iniciação à vida cristã deixam muito a desejar,
com índices de continuidade de participação na vida eclesial inferiores a 30%, o que
indica que existem grandes desafios a serem superados pela diocese e pelas
paróquias.
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O material usado para a formação é composto pelos Subsídios do Regional Sul I,
cartas de formação, o Youcat. Alguns subsídios são: A iniciação cristã,
catecumenato, dinâmica sacramental e testemunho, de autoria do Pe. Antonio
Francisco Lelo, das Edições Paulinas e Caminho de fé, itinerário de preparação para
o batismo de adultos e para a confirmação e eucaristia de adultos batizados. Existe a
preocupação de aproximar a catequese RICA da liturgia, embora haja pouco
conhecimento sobre ele e não tenha sua presença de forma adequada em todas as
paróquias.
32. Existe a preocupação com a formação inicial e permanente dos catequistas com
cursos e encontros para a formação inicial com os temas como Bíblia, Pedagogia,
Espiritualidade, Princípios para ser um bom catequista e relacionamento com as
famílias dos catequizandos. Acontecem Semanas Catequéticas, formações sobre
documentos, formações sistemáticas semestrais. Geralmente, o catequista iniciante
sempre acompanha um catequista veterano durante um ano. Muitos catequistas
estão cursando o E-Cat.
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Terceira urgência
Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
35. Existe a preocupação de fazer com que a Bíblia chegue nas mãos de todos,
especialmente dos mais pobres. Em 2012 e 2013, uma paróquia doou 3.000 Bíblias,
que foram levadas pelo visitador nas casas, sendo que cada Bíblia foi entregue com o
nome do destinatário.
37. Os principais resultados alcançados são a aproximação dos fiéis da Palavra de Deus,
a boa participação na liturgia e na pastoral, a colaboração na partilha nos estudos de
setores de casa a casa e também na Catequese e a maior conscientização da vivência
da fé da comunidade.
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38. Os grupos de círculos bíblicos estão presentes em quase todas as paróquias, embora
de forma variada, sendo que a maior dificuldade encontrada para a sua dinamização
é o desinteresse pelo estudo bíblico e a preferência pela prática devocional,
principalmente a oração do terço. Os principais subsídios utilizados são os do Centro
de Pastoral Popular, o material fornecido pela CNBB e pela Diocese, e os que são
elaborados pelas equipes paroquiais, como aconteceu neste tempo Pascal.
Quarta urgência
Igreja: comunidade de comunidades
40. Muitas paróquias da diocese já estão divididas em setores, embora nem sempre isso
aconteça na totalidade da paróquia. Em algumas paróquias também existem regiões
pastorais, que englobam vários setores. Outras estão divididas apenas em
comunidades.
41. O processo de divisão de setores é muito variado na diocese. A grande maioria segue
o critério geográfico. Também acontece a divisão da Paróquia em agrupamentos de
50 em 50 residências, com equipes próprias de animação e de coordenação com
Ministros da Palavra, Liturgia e Caridade. Quando uma paróquia é dividida,
geralmente a paróquia nova segue a setorização implantada pela paróquia anterior.
Têm paróquias que só trabalham em setorização nos condomínios.
16
42. Em algumas paróquias, esse processo realizou-se agregando os setores às capelas
específicas já existentes na paróquia. Em outras, foi realizado o senso paroquial,
facilitando assim a setorização. Também surgiram setores com a organização e
criação de comunidades pelo surgimento de bairros e através de um trabalho
missionário ou setores decorrentes da criação de grupos de encontros e reflexões nas
ruas.
43. Os principais resultados da setorização são uma Igreja mais presente no meio do
povo, o despertar de novas lideranças, a intensificação da ação evangelizadora, a
melhor comunicação com a matriz e a maior eficácia do trabalho evangelizador.
44. Os grupos de reflexão em família são uma realidade na Diocese e se manifesta nos
círculos bíblicos semanais ou nos que acontecem nos tempos fortes de vida na igreja.
Também temos as Células de Casais do Encontro de Evangelização Cristã Familiar
(EECF) e os grupos que se reúnem para rezar o terço. A própria pastoral familiar
trabalha nesta metodologia.
45. Este trabalho implica na formação para uma Igreja ministerial, principalmente para
superar a lacuna no protagonismo dos leigos e leigas. Para isso, existe a formação
permanente na medida em que a Diocese avança nesta preocupação, e isto
potencializa as paróquias. Temos alguns ministérios em evidência como os
catequistas, leitores e ministério da caridade, entre outros.
46. Esta ministerialidade está presente nas paróquias principalmente através das ações
dos leigos e leigas e sua participação na paróquia, o que deve incentivar para a
formação e atuação dos leigos e leigas em vários níveis e ministérios.
47. Existem grupos de visitação que são constituídos pelos ministros da Caridade do
setor, principalmente aos enfermos e aos mais necessitados. Também temos a
visitação para distribuição da Eucaristia pelo ministro da Liturgia, para a reflexão
da Palavra pelo ministro da Palavra. Também temos visitas realizadas por membros
da Legião de Maria, Pastoral da Saúde e Mensageiros do Amor Divino.
17
Quinta urgência
Igreja a serviço da vida plena para todos
18
51. A formação sobre a Doutrina Social da Igreja é feita através da participação em
encontros realizados pela diocese ou uma vez no ano em algumas paróquias.
Informalmente, nas reuniões com os que trabalham a questão social, são dadas
algumas pinceladas, também nas celebrações, quando a Palavra de Deus sinaliza
esta dimensão.
52. A atuação dos leigos e leigas na sociedade muitas vezes é primária, tímida, passiva, e
precisa de liderança que os arrastem. Os mais engajados na comunidade tem maior
consciência do seu papel de cristãos e são engajados nos vários ambientes da
sociedade. Outros realizam o acompanhamento em reuniões da Câmara Municipal.
53. Há leigos e leigas envolvidos com a política e atuam como agentes de pastoral nos
Conselhos do Município. Há carência de pessoas capacitadas para essa linha. Em
muitas paróquias, não existe um trabalho político, mas existem políticos que
participam nas atividades pastorais. Também existem campanhas de assinaturas em
projetos de leis. No que diz respeito à economia, alguns atuam através de cursos na
área de geração de renda e incentivo à produção de bens de consumo na zona rural.
54. Em algumas paróquias, os leigos e leigas também atuam na área da cultura através
das Festas e outros eventos culturais. As Secretarias da Cultura de alguns municípios
mantêm uma excelente parceria com as paróquias. Esta atuação também acontece
através de obras sociais que mantêm vários grupos de cultura afro ou exposições e
eventos musicais.
55. No que diz respeito à atuação dos leigos e leigas nos diversos ambientes sociais
decorre da atenção às diversas necessidades, embora com muitas restrições à
doutrina católica. Temos pessoas engajadas nos conselhos da saúde, idoso,
adolescente e segurança. Existem cursos de capacitação em pareceria com o SENAI
e outras instituições do gênero.
58. Por isso, o “partir de” não consiste apenas no “lugar donde” de um trabalho, mas de
um fundamento que determina o modo de viver, pois nossa ação é o nosso próprio
ser em movimento. Por isso podemos dizer que “partir de” e “a partir de” se
equivalem.
60. Se assim é, em se tratando de uma forma de viver, o “partir de Jesus Cristo” tem para
nós um significado particular. Em Jesus Cristo, “missão” e “vida” se confundem ou
se identificam. Da mesma forma, o cristão será fiel a Cristo, na missão de
evangelizar, quando puder afirmar tamanha sintonia entre sua fé e sua missão, entre
sua vida e sua pastoral que pode dizer com Cristo: “eu sou a minha missão”. Por isso,
aqui, mais que um plano de trabalho, estamos explicitando um projeto de vida que
desejamos que seja o autêntico seguimento de Jesus.
20
60. Considerando isso, a expressão usada pelas atuais DGAE, em seu primeiro capítulo,
“Partir de Jesus Cristo”, identifica a Igreja no Brasil como preocupada em viver de
tal forma o Evangelho de Jesus que se sente naturalmente missionária, como que
repetindo as palavras de Paulo: “Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16). Entre o
ser e o agir da Igreja há uma relação de identidade; ela existe enquanto evangeliza,
16
“ela existe para evangelizar”.
61. “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus”, disse o Apóstolo (Fl 2,5),
passando em seguida a enumerar quais seriam os sentimentos de Cristo:
desprendimento e esvaziamento, saída de si mesmo e de tudo o que pudesse
dificultar sua aproximação dos humanos, humildade, humilhação e obediência...
Podemos acrescentar a essa lista de Paulo, sem receio de traí-lo, que os sentimentos
de Cristo Jesus se condensam na síntese vital do amor.
16 Cf. EN 14.
17 DGAE 12.
18 DGAE 15.
21
63. Jesus, que prega e fala a partir de sua própria vida de comunhão com o Pai, viveu
totalmente descentrado de si mesmo e centrado no Pai. Sentimentos psicológicos e
emocionais amadureceram nele a tal ponto que se tornaram atitudes, atitudes de
abandono e entrega. Por isso, alguns teólogos hoje falam da “fé de Jesus”, isto é, da
entrega radical de sua própria existência ao Pai, que o enviou ao mundo. “Partir de
Jesus”, então, é partir de seus sentimentos para com o Pai e para com o próximo; e
partir dos sentimentos de Jesus se torna o mesmo que “partir da fé de Jesus”, ou seja,
do amor de Jesus.
64. Mas essa atitude fundamental que aqui estamos chamando de “fé de Jesus”, que se
confunde com sua própria história, não pode ser uma ideia abstrata e teórica. Ao
contrário, a “fé de Jesus” gera as “opções de Jesus”, ambas interagindo mutuamente.
66. Decisivo em Cristo é realizar a vontade do Pai (cf. Jo 4,34; 5,30; 6,38) e permanecer
unido a Ele, sendo Um com Ele (Jo 10,30). O Pai é o Grande Outro, ao qual ele quer
prestar obediência incondicional e absoluta. Entre o Pai e o Filho reina a absoluta
Gratuidade, que é o Espírito Santo.
19 DGAE 12.
20 DGAE 8-12.
22
67. Decisivo em Cristo é assumir a condição humana em todas as suas consequências,
pois para isso ele foi enviado pelo Pai (cf. Lc 4,18; Jo 17,8). Portanto, decisivo em
Cristo é anunciar o Evangelho a todos, de modo que, por meio dele, todos cheguem à
salvação (cf. 1Tm 2,4). Por isso, ele viveu numa abertura radical a todas as pessoas
sem distinção, sem reservas e sem discriminações; por causa dessa opção, não raras
vezes quebrou protocolos de tradições e costumes, mesmo religiosos, de seu povo.
Sempre esteve aberto a todos os que o procuravam: doentes, leprosos, publicanos,
fariseus, saduceus, zelotes, samaritanos, homens, mulheres, crianças, pecadores...
68. Decisivo em Cristo, embora ele nunca tenha excluído pessoa alguma, era sua
preferência por aqueles que eram tidos como os mais afastados do Reino, tais como
os pobres, que não conheciam a lei e por isso não a praticavam, essa “gentinha
maldita”, diziam os fariseus (cf. Jo 7,49), e os pecadores, por sua situação de
afastamento de Deus. Por isso, decisivo em Cristo era comunicar a boa nova aos
pobres e aos pecadores, aos quais ninguém falava, aos quais ninguém se dirigia a não
ser para condenar.
69. Assim, a opção preferencial pelos pobres, cuja importância Aparecida resgata21e com
22
ela as DGAE, só será verdadeiramente evangélica se realizada “a partir de Cristo”,
isto é, a partir desse espírito de sensibilidade para com o outro e de gratuidade diante
do Pai. Essa opção, diz o Papa Bento XVI, “está implícita na fé cristológica naquele
Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza” (Discurso
Inaugural da Conferência de Aparecida, 3). Se o discípulo parte realmente de Cristo,
não pode ficar indiferente e fechado à condição humana de dor, de sofrimento, de
pobreza, de exclusão, de pecado.
21 Dap 397-398.
22 DGAE 71.
23
“Partir de Cristo” signi ica, ao mesmo tempo, ir a Ele e vir Dele
70. Se, como vimos, “partir de Cristo” implica ao mesmo tempo em vida e missão, não
podemos viver um valor que não conhecemos; não podemos partir de um lugar onde
não estamos concretamente. E, em se tratando da pessoa de Jesus Cristo, afirmamos
que não podemos vivê-lo em profundidade sem conhecê-lo.
72. Mas, se a vida cristã nos leva a “partir de Cristo” e nos envia em missão, a vida que
parte de Cristo é também uma permanente sedução por Ele, uma contínua busca
Dele, um contínuo ir a Ele. Só assim podemos entender como Pedro, que já estava
com Jesus há um bom tempo, ainda pudesse dizer: “A quem iremos, Senhor?” (Jo
6,68). “Partir de Cristo” significa simultaneamente vir “de Cristo” e ir “para
Cristo”.
75. Discípulo é aquele que se senta “aos pés do Mestre”, como Maria, irmã de Marta e
Lázaro (cf. Lc 10,39), e ouve dele as lições de vida. Gasta tempo em “apenas” ouvir o
Mestre, aprendendo com Ele, e sai dali como que movido por uma força misteriosa
que o leva a comunicar aos outros aquilo de bonito que ouviu do Mestre; o discípulo
se transforma em missionário, de modo que discipulado e missionariedade já não se
separam nem se distinguem mais. É esse dinamismo que constitui a unidade do
“partir de Cristo”.
76. Uma cena bastante ilustrativa do dinamismo “partir de Cristo”, e que se torna
programática para o discípulo missionário de todos os tempos, talvez seja a do envio
dos setenta e dois discípulos (cf. Lc 10,1ss). Estes vão, anunciam o Evangelho,
testemunham Jesus Cristo, e depois voltam (cf. Lc 10,17), de modo que podem não
só avaliar, mas sobretudo admirar-se e contemplar as maravilhas que Deus realizara
através da missão.
78. Concluindo, “partir de Cristo” é praticamente o mesmo que “seguir Cristo”, ou,
como se dizia antes, “imitar a Cristo”. É assumir a sua vida como sendo nossa; é
cultivar os seus sentimentos, a sua fé, as suas opções... Tudo nele começa por uma
entrega obediente, confiante, radical e absoluta ao Pai. Enfim, “partir de Cristo” é
investir Nele toda a vida, é viver para Ele, como nos recorda Charles de Foucauld ao
relatar a origem de sua vocação: “A partir do momento em que descobri que Deus
existia, não podia fazer outra coisa senão viver só para ele!”
As urgências da evangelização
Introdução
79. Todo trabalho evangelizador deve ter como fundamento e ponto de partida a pessoa e
a mensagem de Jesus. Movida pela ação do Espírito Santo, a Igreja é convidada a
olhar a realidade com os olhos da fé e transformar os fatos em sinais dos tempos e
apelos à evangelização.
80. Assim, a realidade é iluminada pela fé, fundamentada nas Sagradas Escrituras e no
Magistério da Igreja, e esta iluminação determina o agir da Igreja. Este agir não pode
ser aleatório, mas deve ser pensado, planejado, executado e avaliado
constantemente.
81. Esta tarefa deve atingir todas as forças vivas da Igreja: hierarquia, vida consagrada,
laicato, pastorais, movimentos, serviços e organismos, em todos os âmbitos:
nacional, regional, diocesano e paroquial, que devem atuar a partir das Assembleias
e dos Conselhos de Pastoral, tudo isso com um objetivo: buscar a pastoral de
conjunto, ou seja, na diversidade das realidades e das diferentes necessidades, tanto
eclesiais como da sociedade, que se impõem ao trabalho evangelizador, conseguir
uma unidade no agir da Igreja.
26
Igreja em estado permanente de missão
82. O mandato de Jesus é claro: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda
criatura! Quem crer e for batizado será salvo!” (Mc 16,15). Assim, o enviado envia,
pela força do Espírito, discípulos e missionários, fazendo com que a sua Igreja seja
indispensavelmente missionária, com o dever de transmitir a mensagem recebida,
sendo que o efeito que ela realizou em nós deve acontecer também nos outros a partir
de nós.
83. Isso significa que a Igreja deve suscitar em todos uma forte consciência missionária
que os leve ao encontro do outro para partilhar o dom do encontro com Cristo,
através do anúncio de Jesus Cristo para superar a crise de valores e de referências que
são consequências do afastamento das pessoas de Jesus Cristo. É importante deixar
claro que o testemunho é a base do anúncio e que todos devem assumir sua
responsabilidade pessoal.
84. A Igreja deve pensar estruturas pastorais que favoreçam a missão para que ela possa
impregnar as estruturas eclesiais e planos pastorais, uma vez que as mudanças do
mundo atual exigem ações firmes e rápidas. Assim, a Igreja no Brasil reforça seu
compromisso com a Missão Continental e presta o seu grande serviço à humanidade.
85. A prática da Igreja sempre buscou a iniciação cristã das pessoas a fim de que
pudessem viver como membros da família dos filhos e filhas de Deus, conforme nos
atestam as escrituras: “Paulo e Silas anunciaram a Palavra do Senhor ao carcereiro
e a todos os da sua casa. E, imediatamente, foi batizado, junto com todos os seus
familiares” (At 16,32s).
27
86. A fé é um dom de Deus que acontece a partir do encontro com Jesus mediado pela
Igreja. Para promover este encontro com Jesus, a Igreja deve levar em consideração a
realidade das pessoas, assim como seu modo de vida, seus valores e seus costumes,
para que o anúncio e a proclamação querigmática possam ser compreendidos e o
encontro com Jesus possa ser algo pessoal, com repercussões existenciais. Isso
exige, nos dias de hoje, novos métodos para maior eficácia.
87. Hoje em dia, a iniciação à vida cristã é o grande desafio que questiona a fundo a
maneira como estamos educando na fé e como estamos alimentando a experiência
cristã. Por isso, devemos desenvolver, em nossas comunidades, um processo de
iniciação à vida cristã que conduza a um encontro pessoal, cada vez maior com Jesus
Cristo. É preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por Ele e
optar por segui-lo.
88. É por isso que a iniciação à vida cristã não se resume aos sacramentos da iniciação
cristã e deve ser refeita sempre que necessário, aproveitando todas as ocasiões que a
vida oferece para que todos os que receberam o dom da fé possam vivê-la de forma
cada vez mais maduras, tanto na dimensão pessoal como social e eclesial.
89. A ação evangelizadora da Igreja deve ter como fundamento principal as Sagradas
Escrituras, visto que “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar,
para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3,16).
28
90. Sabemos que Deus se revela no diálogo, por isso o povo de Deus deve ser educado
nas Sagradas Escrituras e na Tradição, a fim de que possa conhecer melhor a Deus e
se relacionar melhor com Ele.
91. A Palavra é o lugar privilegiado do encontro com Cristo. Por isso, a Igreja deve levar a
Palavra a todos para que possam experimentar a força do Evangelho, não como algo
momentâneo, mas que possibilite a sua prática. É importante que a Igreja leve a
contemplar a vida à luz da Palavra. É essencial ao discípulo missionário o contato
eclesial com a Palavra para ficar solidamente firmado em Cristo e testemunhá-lo.
92. O mundo tem sede da Palavra e precisa escutar a voz de Cristo entre outras vozes.
Porém, a realidade do mundo de hoje faz com que a Bíblia seja instrumentalizada,
por isso, os discípulos e missionários devem ser suficientemente formados para que
possam ser fiéis a Deus e à Igreja no anúncio e na vivência das Sagradas Escrituras. A
Palavra capacita o discípulo para o diálogo com a mentalidade contemporânea e faz
surgir novos tempos, tempos de comunhão, que geram vida e paz.
93. A Palavra não trata de um relacionamento entre iguais, mas um dom de Deus. Por
isso, o discípulo é ouvinte e não mestre do que a Palavra deve dizer. Ele acolhe a
Palavra em comunhão com a Igreja, fazendo dela o alimento experimentado nas
diversas ações pastorais.
94. O contato interpelativo, orante e vivencial com a palavra não forma simplesmente
especialistas e doutores, mas principalmente santos. No caminho da Santidade, a
liturgia tem grande importância, pois nela Deus fala através da liturgia da Palavra e o
povo escuta e responde a ela. Neste sentido, a leitura orante da Bíblia também é
fundamental para os discípulos e missionários.
29
Igreja: comunidade de comunidades
95. A Igreja, desde os seus primórdios, teve como uma de suas principais características
a vida comunitária. Assim atesta as Escrituras: “Às Igrejas da Galácia, a vós graça e
paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Gl 1,2s). Por isso, o
discípulo missionário vive a sua fé em comunidade, que o acolhe, forma e
transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta. Hoje, temos
comunidades territoriais, ambientais, afetivas e virtuais.
96. Porém, para muitos, a relação com a Igreja se restringe aos serviços paroquiais. Por
isso, as Paróquias precisam ser comunidades vivas e dinâmicas dos discípulos
missionários, o que implica em convívio, vínculos, afetividades, interesses,
estabilidade e solidariedade. Por isso, devemos nos preocupar com a animação e o
fortalecimento de efetivas comunidades que buscam intensificar a vida cristã por
meio de um autêntico compromisso eclesial.
100. Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo
10,10). Ele nos mostra que a vida é dom de Deus e, por isso, a missão dos discípulos é
o serviço à vida plena.
102. Diante disso, o discípulo missionário deve abrir o coração para toda vida ameaçada a
fim de vencer os tentáculos da cultura da morte e garantir a promoção da vida como
testemunha de fé, pois ele é discípulo de Jesus, que dá a vida em resgate de muitos.
Nesse sentido, a Igreja deve voltar-se para a ovelha perdida, desgarrada, fragilizada,
mostrando o amor-serviço como testemunho da fé em Jesus Cristo.
105. A Igreja deve ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres, fazendo
com que ela atravesse todas as estruturas pastorais. Ela deve manifestar esta opção
em gestos concretos, buscando a promoção humana integral e lutando por um
mundo mais justo, fraterno e solidário, vivendo o amor fraterno em uma Igreja
Samaritana.
31
Terceira Parte: Agir
106. Toda ação pastoral desenvolvida na Diocese de Taubaté se dá num contexto, numa
realidade em constante processo de mudança. “o discípulo missionário, sabe que,
para efetivamente anunciar o Evangelho, deve conhecer a realidade à sua volta e nela
30
mergulhar com o olhar da fé, em atitude de discernimento”.
108. Toda esta organização pastoral convida-nos a superação de “uma pastoral de mera
32
conservação ou manutenção para uma pastoral decididamente missionária”. Esta
convocação assumida mediante as urgências da ação evangelizadora “diz respeito à
busca e ao encontro de caminhos para a transmissão e a sedimentação da fé, neste
33
período histórico de transformações profundas”.
109. Por isso, a Igreja presente na Diocese de Taubaté, não medirá esforços e se
empenhará, a partir da mútua colaboração entre os ministros ordenados, membros da
vida consagrada e fiéis leigos e leigas, com suas paróquias, comunidades, pastorais,
movimentos, irmandades e comunidades de vida, para que as “urgências da ação
evangelizadora” sejam efetivamente assumidas por todos. O chamado é feito a
todos, e a responsabilidade é de todos.
30 DGAE 17.
31 Cf. DGAE 24.
32 Cf. DAp 370.
33 DGAE 28.
32
110. Colocando-se a serviço do Reino, nosso Plano de Evangelização e Pastoral se
desenvolverá a partir da compreensão de cada urgência da ação evangelizadora,
trazendo seu fundamento bíblico, seus objetivos específicos e as pistas de Ação.
111. Reconhecendo nossa identidade missionária, esta primeira urgência deverá “suscitar
em cada batizado e em cada forma de organização eclesial, uma forte consciência
missionária, [...]. A atual consciência missionária interpela o discípulo missionário a
sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes
34
comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo”.
Favorecer a cada pessoa o encontro com Jesus Cristo para ser discípula-missionária a
serviço do Reino;
33
Pistas de Ação:
O pároco juntamente com seu Conselho Paroquial de Pastoral deverá dedicar um
espaço de reflexão em suas reuniões mensais, para construir um caminho de
conscientização missionária das lideranças, de modo que a “própria comunidade
35
cristã, sinta-se ela mesma anúncio”;
112. A partir de sua tarefa de ensinar, santificar e apascentar, a Igreja, não deve apenas
proporcionar uma catequese ocasional, na qual a pessoa seja motivada a
preparar-se para receber algum sacramento,38mas sinta-se envolvida pela força
sacramental que iluminará sua caminhada de discípulo e discípula.
35
Pistas de Ação:
Tornar viável por parte das Paróquias intituladas, como Basílicas e Santuários
Diocesanos, bem como na Igreja Catedral, um trabalho pastoral que incentive a
compreensão dos mesmos como “lugares de peregrinação”;
Reconhecer que “as pessoas não buscam em primeiro lugar as doutrinas, mas o
encontro pessoal, o relacionamento solidário e fraterno, a acolhida, a vivência
42
implícita do próprio evangelho”. Que nossos ambientes (Secretaria) e o espaço
celebrativo sejam lugares de acolhida e de revelação do amor de Deus;
Cuidar para que haja nas paróquias a Catequese de Adultos, dando a todos a
43
condição de abraçar a fé;
38
Objetivos Especí icos:
Criar oportunidades para que a Palavra de Deus, pelo testemunho dos cristãos,
atinja e transforme a sociedade, na perspectiva do Reino.
Pistas de Ação:
46 DGAE 91.
47 Cf. DGAE 94..
39
Incentivar na prática pastoral a Leitura Diária da Palavra de Deus, bem como um
trabalho específico que eduque para a Lectio Divina;48
Cuidar para que haja uma formação continuada dos Ministros e Ministras
Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE), bem como
daqueles que exercem o múnus de leitor nas celebrações litúrgicas;51
espaço de evangelização.
Pistas de Ação:
solidariedade;
41
Organizar “Feiras Pastorais”, nas quais se possam divulgar os trabalhos das
diversas pastorais e movimentos, junto à própria comunidade;
116. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10)
resume a missão de Jesus e, por extensão, também a missão da Igreja. Isso
exige de todo cristão assumir atitudes, não apenas no que se refere ao anúncio
imprescindível do valor da vida, mas também através de práticas que ajudem
a vida a desabrochar e florescer, em toda a sua plenitude.
Pistas de Ação:
46
Pistas para a organização da ação evangelizadora e
participativa
Para a Diocese
Para as Paróquias
Para as Pastorais
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Palavra Final
Não basta apresentar o plano, é preciso assumí-lo. Ninguém deverá fazer menos do que
exigido. Nada, porém, impede que se faça mais.
Tudo o que está de acordo com a religiosidade popular, seja integrado e devidamente
valorizado, tornando-o ocasião de evangelização e de transmissão da fé integral. Os
decanatos tenham como objeto de suas reflexões as propostas de nosso plano. As
urgências sejam bem assumidas pelas paróquias e comunidades.
O secretariado diocesano fará sua parte e cobrará dos decanatos e das paróquias o mesmo,
o que, de resto, foi pedido pela Assembleia. Ninguém tenha medo de investir na formação
de novas e mais lideranças.
Para a conversão a Cristo, sugiro retiros de conversão. Para a conversão pastoral – cursos
adequados de formação e informação. Para a perseverança – cursos de espiritualidade (+
retiros). Dizia Karl Rahner: “O cristão do futuro ou é místico, ou não será nem cristão”.
Defendo, não tanto, a quantidade dos fiéis, quanto à qualidade dos mesmos. No entanto,
preocupa-nos a perda de irmãos. Temos nisso nossa responsabilidade. Por isso, bom uso
do Plano. Minha Bênção a todos!
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DIOCESE DE TAUBATÉ
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