Retorno de Vapor
Retorno de Vapor
Retorno de Vapor
EDGAR ENRIQUE COZARELLY FEUILLEBOIS
Rio de Janeiro
2013
EDGAR ENRIQUE COZARELLY FEUILLEBOIS
Nota: _________
Nota Final:_____
Data da Aprovação: ____/____/____
Dedico este trabalho aos meus pais Edgar
Enrique Cozarelly e Vielka Estella de
Cozarelly Feuillebois que sem ajuda deles
minha vida profissional não poderia ter sido
concretizada já que no decorrer da minha vida,
proporcionaram-me, além de carinho e amor,
os conhecimentos de integridade, da
perseverança e de procurar sempre em Deus à
força maior para o meu desenvolvimento como
ser humano. Para minha esposa Maria do
Socorro Martinez Feuillebois que permaneceu
ao meu lado, nos bons e maus momentos, a ela
todo meu amor, pois além de me fazer feliz,
ajudou-me nesta caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado forças e sabedoria; a minha família por ter me
apoiado em todas as minhas decisões e estar sempre ao meu lado mesmo estando longe.
Agradeço a empresa de navegação Flumar Transporte de Químicos e Gases Ltda. ,
onde adquiri a maior parte dos meus conhecimentos e habilidades profissionais; ao
Superintendente senhor Kjell Vassdal por ter me dado a oportunidade de realizar este curso de
aperfeiçoamento e ter depositado confiança no meu desempenho profissional; ao Capitão de
Longo Curso Marcelo Erasmo Degobi Sousa por ter me ensinado e ajudado a melhorar na
minha vida profissional em todos os anos de empresa Flumar.
Palavras-chave: Vapores. Emissão. Manifold. Redes. Válvulas PV. Vazão. Gás inerte.
ABSTRACT
Many vapours created by tankers are harmful to the environment. During loading, tank
cleaning and ballast operations, these vapours are vented to the atmosphere. Vapour Emission
Control (VEC) allows vapours from oil or chemical tankers to be returned to shore via
terminal in a closed system to be recovery or burned instead of being emitted to the
atmosphere through the mast riser. To get this control have been created international
standards for vapor emission control system. These standards have been developed for the
design, construction, and operation of vapour collection systems on tankers and vapour
emission control systems at terminals. The purpose of this work is to lead knowledge the
international standards require to control vapour emission from tankers and terminals
according MARPOL Annex VI Reg 15, IMO MSC/Circ. 585; USCG 46 CFR Part 39. It will
show the application of these regulations from the “VAPOUR EMISSION CONTROL
SYSTEM MANUAL” of the “Chemical/Oil tanker” FLUMAR BRASIL showing diagrams,
tables, calculations and test from the project and approved by Class Society and how it will be
done the training by the person in charge of the system and the crew involved.
Key word: Vapours. Emission. Manifold. Pipes PV. Valves. Rate. Inert gas.
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 NORMAS E EXIGÊNCIAS INTERNACIONAIS PADRÕES PARA OS 13
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO DE VAPORES
2.1 Navios tanque 13
2.1.1 Geral 13
2.1.2 Conexão das redes de vapor 14
2.1.3 Equipamentos de medições de carga 15
2.1.4 Proteção contra transbordamento de líquido 16
2.1.5 Proteção contra sobre-pressão e vácuo 16
2.1.6 Procedimentos operacionais 17
2.1.7 Treinamento 18
2.1.8 Procedimentos de transferência 18
2.2 Terminais 19
2.2.1 Conexão das redes de vapor 20
2.2.2 Exigências do terminal para proteção de navios contra sobre-pressão e 21
vácuo
2.2.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO, EXPLOSÃO E DETONAÇÃO 22
2.2.4 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 22
2.2.5 TREINAMENTO 23
3 APLICAÇÃO DAS NORMAS E EXIGÊNCIAS DO SISTEMA DE 24
CONTROLE DE EMISSÃO DE VAPORES
3.1 Arranjo geral do sistema de controle de emissão de vapores e operações 24
do sistema de gás inerte
3.2 Manual de operações I.G.G. 26
3.3 Procedimentos operacionais (operações, testes e inspeções) 26
3.4 Procedimentos de pre-transferência, operações e fechamento 28
3.5 Inicio do carregamento 29
3.6 Procedimentos de emergência 31
3.7 Descrição dos diagramas, tabelas e testes dos anexos 33
4 TREINAMENTO PARA CUMPRIR COM O SISTEMA DE 38
CONTROLE DE EMISSÃO DE VAPORES
4.1 Propósito do sistema de controle de vapor 38
4.2 Princípios do sistema de controle de emissão de vapores 38
4.3 Componentes do sistema de controle de vapor 39
4.4 Riscos associados com o sistema de controle de vapor 39
4.5 Procedimentos operacionais 40
4.5.1 Testes e inspeções exigidas 40
4.5.2 Procedimentos de pre-transferência 40
4.5.3 Sequência de conexão 41
4.5.4 Procedimentos iniciais 42
4.5.5 Procedimentos normais 43
4.6 Procedimentos de emergência 43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
GLOSSARIO 50
ANEXO A – DIAGRAMA DO SISTEMA DE MONITORAMENTO DE 54
CARGA. RADARES DOS TANQUES DE CARGA –
SENSORES DE ULAGEM, TEMPERATURA E
PRESSÃO
ANEXO B – DIAGRAMA DE CONFIGURAÇÃO DOS SISTEMAS DE 55
ALARMES DE NÍVEL ALTO E MUITO ALTO DOS
TANQUES DE CARGA E LOCALIZAÇÃO DOS
ALARMES SONOROS NO TIJUPÁ
ANEXO C – DIAGRAMA DO PAINEL DE CONTROLE DO SISTEMA 56
DE MONITORAMENTO DE CARGA
ANEXO D – DIAGRAMA DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO DOS 57
TANQUES DE CARGA
ANEXO E – DIAGRAMA DO SISTEMA DE COLETA DE VAPOR/IG 58
DOS TANQUES DE CARGA E LASTRO
ANEXO F – DIAGRAMA DO SISTEMA DE GÁS INERTE PRAÇA DE 59
MÁQUINAS
ANEXO G – DIAGRAMA DO ARRANJO DO MANIFOLD 01 60
11
1 INTRODUÇÃO
Muitos vapores criados por navios tanques são prejudiciais para o meio ambiente.
Durante operações de carregamento, lavagem de tanques de carga e operações de lastro estes
vapores são liberados para a atmosfera. O Controle de Emissão de Vapores (VEC) permite
que os vapores dos navios petroleiros e químicos retornem para terra via terminal em sistema
fechado para recuperação ou queima em vez de serem enviados para a atmosfera através do
mastro do sistema de ventilação dos tanques de carga (MAST RISER).
As implicações operacionais e de segurança são significantes, devido ao navio e
terminal estarem conectados por um fluxo comum de gás, introduzindo deste modo, na
operação, um número adicional de riscos que têm que ser efetivamente controlados.
A International Maritime Organization (IMO) tem desenvolvido padrões
internacionais para projetos, construção e operação de sistemas coletores de vapores nos
navios petroleiros e sistemas de controle de emissão de vapores nos terminais e a OCIMF tem
iniciado e divulgado orientações sobre arranjos de manifolds para vapores.
O Sistema de Controle de Emissão de Vapores (VECS) foi introduzido no ano de 1990
como um requisito para navios tanques que carregam óleo ou substancias liquidas nocivas em
terminais nos Estados Unidos (USCG 46 CFR Part 39). A IMO seguiu com a introdução de
“IMO MSC/Circ. 585” Normas para controle do sistema de emissão de vapor no ano de 1992.
No ano de 1997 a convenção MARPOL introduziu regulamentos internacionais para o
controle de emissão de vapores através da Regra 15 do Anexo VI.
Deve se notar que o Sistema de Controle de Emissão de Vapores (VECS) pode servir a
navios equipados com sistema de gás inerte e também navios tanques não possuidores deste
sistema.
Desde o ano de 1990 muitos navios tanques instalaram o VECS em cumprimento com
as normas da USCG. As normas abordam instalações técnicas (sistema de redes e manifold de
coleta de vapor, sensores e alarmes de pressão de vapor, monitoramento de medições radar,
sistemas de nível alto e muito alto independentes), operações restritas (esta incluída a vazão
máxima de carregamento permitida), e treinamento.
Estas normas não se aplicam a plataformas, navios FPSO (Sistema Flutuante de
Produção, armazenagem e transferência), operações off-loading.
Um resumo do VECS do terminal deve ser incluído no livreto de informações do
terminal.
12
No primeiro capitulo são apresentadas todas as normas e exigências que devem ser
cumpridas por navios e terminais que possuem uma instalação de coleta de vapores incluindo
os pontos para realizar o treinamento.
No segundo capitulo é apresentado a aplicação das normas e exigências do Sistema de
Controle de Emissão de Vapores para um navio em especifico “NAVIO TANQUE
QUIMICO/PETROLEIRO FLUMAR BRASIL”. São apresentados diagramas, tabelas,
cálculos, testes e procedimentos de projeto do navio que cumprem com as normas e
exigências e aprovados pela Sociedade Classificadora Lloyd Register.
No terceiro capitulo é apresentado o treinamento que deve ser realizado para este
navio em especifico para cumprir com as normas e exigências do sistema de controle de
emissão de vapores.
13
2.1.1 Geral
O navio tanque deverá possuir uma válvula capaz de ser operada manualmente em
cada conexão de vapor. Esta válvula deverá ter a indicação de abertura e fechamento fácil de
identificar.
O final de cada rede de recolhimento de vapor ou mangote de recolhimento de vapor
deverá estar devidamente identificado para evitar erros durante a conexão.
Para proteger contra a possibilidade de conexão errônea do manifold de vapores do
navio com a linha de produtos do terminal, a conexão de vapor deve ser claramente
identificada por pintura externa, em um trecho de 1 metro, com faixas amarelas e vermelhas e
a inscrição, por extenso da palavra “VAPOUR” em letras na cor preta, por cima das faixas.
Adicionalmente, um pino guia cilíndrico permanentemente fixado em cada face externa do
flange na posição 12 horas (posição superior) no círculo formado pela furação do flange.
O projeto do pino guia deve ter as seguintes dimensões: 25,4 mm (1 pol.) de
comprimento perpendicular a face do flange e 12,7 mm (1/2 pol.) em diâmetro, de modo a
evitar a conexão de mangotes de transferência padrão de produtos. Flanges cegos,
extremidades de reduções a bordo e mangotes para linha de vapores terão um furo extra para
acomodar o pino guia da face externa do flange.
15
d) se portátil, deverá estar instalado no tanque durante toda a operação de transferência de carga.
Todo tanque de carga de um navio tanque deverá estar equipado com um sistema de
controle de transbordamento.
Este sistema de controle de transbordamento deverá ser:
b) estar em funcionamento mesmo que haja falha no sistema normal de carregamento para
parar o nível de liquido do tanque que ultrapassou a condição normal de carga;
d) proporcionar um sinal para paradas das bombas ou fechamento das válvulas do terminal ou
ambos. Este sinal deverá ser acertado em comum acordo entre as partes responsáveis do
navio e terminal antes de iniciar as operações e deverá depender da intervenção de ambos
operadores;
f) ter alarmes em caso de falha no sinal do sensor de nível dos tanques de carga;
g) ser capaz de ser verificado no próprio tanque antes da operação de transferência de carga
ou ter um dispositivo de teste automático para verificar o sensor.
Todos os tanques devem estar equipados com um sistema para controle de vácuo o
qual seja capaz de prevenir vácuo no espaço de vapor de um tanque de carga, seja ele gerado
por descarga da carga ou vapor na sua vazão máxima que ultrapasse a vazão máxima de
projeto do vapor.
Uma válvula de alivio de pressão/vácuo deve ser testada por método que seja aceitável
pela Administração.
Todo navio tanque equipado com um sistema de coleta de vapor deverá estar equipado
com sensores de pressão nos tanques de carga para medir a pressão na linha principal do
sistema de coleta de vapor para estes tanques e:
a) possuir um alarme de alta pressão o qual alarme a uma pressão não maior do que a pressão
mais baixa a qual a válvula de alivio foi ajustada (set point);
b) possuir um alarme de baixa pressão o qual alarme a uma pressão não menor do que a
pressão atmosférica para um tanque inertizado, ou a pressão mais baixa de vácuo a qual a
válvula de alivio foi ajustada (set point).
b) a capacidade de alivio para vácuo de uma válvula de alivio (Pressure/Vacuum releif valve)
no sistema de ventilação dos tanques de carga;
c) a vazão baseada no calculo de queda de pressão para uma dada pressão numa conexão de
vapor, assim a pressão em qualquer tanque de carga conectado ao sistema de coleta de
vapor não exceda 80% da pressão para abertura de qualquer válvula de alivio no sistema de
ventilação dos tanques de carga.
18
Um tanque de carga não deve ser carregado mais do que o nível ao qual o alarme de
transbordamento (98% volume) foi ajustado.
Um tanque de carga não deve ser aberto para realizar amostragem de carga ou
medições enquanto o navio estiver conectado a um sistema de controle de emissão de vapores
a menos que o carregamento para esse tanque em especifico esteja parado e isolado dos outros
tanques de carga que estão sendo carregados; assim deverão ser tomadas precauções para
reduzir a pressão de vapor deste tanque de carga e prevenir carga eletrostática.
Se o navio tanque é equipado com um sistema de gás inerte a válvula principal do
sistema no convés deverá estar fechada e isolada durante toda a operação de transferência.
Todos os sistemas de alarmes de transbordamento dos tanques de carga deverão ser
testados antes que toda operação de transferência de carga seja iniciada. Para isto o navio
deverá estar equipado de um dispositivo automático para teste individual em cada tanque de
carga
2.1.7 Treinamento
c) a vazão máxima de queda de pressão no sistema de coleta de vapor do navio para varias
transferências de carga;
e) procedimentos de pré-transferência;
2.2 terminais
a) o sistema de controle de emissão de vapor esta projetado para permitir que o sistema opere
continuamente com segurança quando estiver recebendo vapores de carga de um navio
tanque com vazão máxima de transferência esperada pelo terminal;
b) o sistema de controle de emissão de vapores esta fornecido com seus próprios sistemas de
alarmes e sistemas de controles automáticos para prevenir operações inseguras;
Uma válvula de acionamento remoto deve estar instalada nas proximidades de cada
conexão de vapor do terminal. Esta válvula deve seguir as seguintes instruções:
a) estar localizada entre os pontos onde o gás esta sendo introduzido dentro das linhas
coletoras de vapor e a conexão de vapor do terminal. Isto é nos processos de inertização,
diluição ou enriquecimento do gás;
Todo flange da conexão de vapor do terminal deve seguir as normas citadas na seção
de conexão de vapores para navios.
Todos os mangotes ou braços de coleta de vapor devem:
a) estar em funcionamento antes da pressão nos tanques do navio sair da sua faixa de trabalho;
c) proporcionar um sinal para paradas das bombas ou fechamento das válvulas do terminal ou
ambos. Este sinal deverá ser acertado em comum acordo entre as partes responsáveis do
navio e terminal e deverá depender da intervenção de ambos operadores.
O ajuste dos alarmes dos sensores de pressão alto e baixo devem ser verificados
estando iguais aos do navio antes do inicio da operação de transferência ou carregamento.
Dispositivos de proteção contra detonação devem ser verificados regularmente para
certificar-se de que não estão danificados ou bloqueados.
2.2.6 Treinamento
Este manual foi examinado sob a autoridade em 46 CFR 39.10-13d para cumprimento
com United States Coast Guard Regulations para Sistema de controle de vapor em 46 C~R
Parte 39 e encontrado conforme, foi examinado pelo cumprimento com as normas da IMO
Standards Vapour Emissão Control Systems em MSC/Circ. 585 e encontrado conforme.
O armador fica responsável pelas exigências operacionais e treinamento (46 CFR Part
39 e MSC/Circ. 585.
a) Carga de óleo vegetal IMO tipo 3 conforme capitulo 17 do Código IBC 2004.
b) Cargas IMO tipo 3 conforme emendas do Código IBC pela resolução da IMO
MSC176(79) com data de 10 de dezembro de 2004.
115º F e que seja capaz de carregar e descarregar seis diferentes tipos de cargas de óleo
simultaneamente sem contaminação desde que o espaço da carga seja dividido em seis pares
de tanques de carga, e um par de tanques de resíduos (SLOP).
Condição normal de carregamento para este navio é de dois manifold para
carregamento simultâneo em sua capacidade total.
Alarmes visuais e sonoros deverão ser exibidos no centro de controle de carga; além
de alarmes visais e sonoros de nível alto (95% de volume) e nível muito alto (98% de volume)
dos tanques de carga deverão estar instalados no tijupá. Estes deverão estar identificados no
centro de controle de carga com placas e letras em preto com tamanho de 50 mm de altura e
fundo branco e com a legenda “TANK OVERFILL ALARM”.
Os tanques de carga deverão ter um dispositivo de alarme de nível independente
intrinsecamente seguro e com arranjo para teste.
Há quatro conjuntos de flanges de 12” x 12” e dois conjuntos de reduções para
conexão de terra de 16” x 12” para o sistema de coleta de vapor.
O vapor coletado dos tanques de carga será descarregado para um terminal através de
um mangote flexível, o qual deverá ser fornecido pelo armador ou porto.
O sistema de controle de emissão de vapores dos tanques de carga devera estar
conforme o guia da sociedade classificadora ABS e OCIMF.
Na área do manifold (avante e a ré) por bombordo e boreste deverá ter Manifolds de
coleta de vapores com flanges padrão para conexão e válvulas manuais para o sistema de
coleta de vapores dos tanques de carga.
Cada conexão de vapor dos tanques de carga deve ter um carretel com flanges capaz de
ser operado manualmente.
A rede de coleta de vapor esta eletricamente ligada ao casco e eletricamente continua.
O tanque de resíduos e plataforma de trabalho do manifold de carga se estende até o
manifold de coleta de vapor.
Baseado em 50% vapor de carga e 50% mistura de ar:
a) Baseado em densidade de 1,93 kg/m3 para Benzeno; densidade de 1,38 kg/m3 para
methylalcohol e densidade de 3,58 kg/m3 para Gasolina.
c) Pressão máxima dos tanques de carga não ultrapasse 80% de abertura a partir do set point
de qualquer válvula PV no sistema de ventilação dos tanques de carga.
26
b) o sistema de retenção no convés deve estar intato (a bomba do tanque de selagem deve
estar em funcionamento, mantendo o selo dentro do tanque).
c) duas válvulas principais de isolamento do sistema de gás inerte no convés para controle de
pressão devem estar fechadas.
e) mudar da operação de emissão de vapor para o sistema de gás inerte quando completada a
operação de emissão de vapores, fechar válvula do manifold, desconectar mangote,
flangear o carretel do sistema de vapor.
f) abrir as duas válvulas principais do sistema de gás inerte. (verificar no manual do
fabricante do I.G.G HAMWORTHY).
fechada antes de conectar o mangote de vapor. Manifold de vapor I.G. (300ª ANSI i 50PSI)
deverá ser utilizado como conexão de suprimento externo de gás inerte.
O sistema instalado no navio e seus controles estão localizados no centro de controle de carga
C.C.C. onde estão também todas as informações de leitura necessária das medições dos
tanques de carga incluindo o sistema de alarmes de nível alto e muito alto. O sistema de
alarmes de nível alto e muito alto é separado do sistema de medições dos tanques de carga.
Conforme manual do fabricante, sistema de medições de ulagem e volume para cada tanque
de carga e tanques de resíduos (SLOP). Quando o nível do tanque atingir o valor de
capacidade de volume de 95%, o alarme de nível alto ira tocar.
e) Teste do sistema:
f) Inspeções:
28
Todas as caixas dos sensores de medições radares do convés deverão ser inspecionadas num
intervalo de três meses para verificar deterioração ou danos no sistema.
Somente poderá ser re-iniciado a operação de carga quando o terminal estiver com o
sistema estabilizado.
a) explosão/detonação/incêndio:
Durante a reunião navio/terminal, deverão ser abordados os detalhes dos equipamentos de
combate a incêndio e estabelecer procedimentos a serem seguidos em caso de
incêndio/explosão/detonação que possa ocorrer tanto no navio como no terminal.
O navio e o terminal deverão informar os tipos de alarmes e sinais que serão executados
em caso de alguma emergência.
A interligação do fluxo de vapores navio/terminal, a qual pode ou não estar dentro da
faixa de inflamabilidade, introduz riscos adicionais significativos, que não estão presentes
normalmente durante carregamentos. A menos que estejam instalados dispositivos
protetores adequados e com procedimentos operacionais agregados, um incêndio ou
explosão ocorrendo nos espaços de vapor de um tanque de carga a bordo poderia se
transferir rapidamente para o terminal e vice-versa.
Um retentor de detonação deve ser instalado junto ás proximidades da conexão de
vapores do terminal na cabeceira do píer, a fim de fornecer uma proteção primária contra
a transferência ou propagação de uma chama do navio para o terminal ou vice-versa.
b) derramamento de óleo:
Em caso de ocorrer um derramamento de óleo, a operação de carregamento e coleta de
vapor deverá ser imediatamente interrompida e todas as válvulas fechadas. O plano de
contingência do navio e terminal deverá ser imediatamente executado.
c) sensores de Pressão:
Conforme o arranjo do sistema de ventilação dos tanques de carga os sensores de pressão
dos tanques de carga estão instalados no navio como um mecanismo de segurança
secundaria para prevenir sobre pressão nestes tanques conforme solas 11-2-reg.59.
33
Os diagramas que estão na seção Anexos fazem parte do capitulo 2 e são complemento
das exigências das normas conforme 46 CFR Part 39; MSC/Circ. 585; MARPOL ANEXO VI
Reg. 15.
Os planos e diagramas de projeto e construção foram confeccionados pelo estaleiro
SLS SHIPBUILDING CO.,LTD em TONGYEONG na Coeria do Sul.
Todas as tabelas e testes foram confeccionados no estaleiro SLS SHIPBUILDING
CO.,LTD e aprovados pela sociedade classificadora LLOYD REGISTER.
e) ANEXO E. Diagrama do sistema de coleta de vapor/IG dos tanques de carga e lastro. Este
diagrama mostra detalhes de instalação e localização das válvulas do sistema de gás
inerte/coleta de vapor dos tanques de carga no convés. Métodos de ventilação, inertização
e purga dos tanques de lastro (lastro de emergência). Sistema de gás inerte no convés.
Tanque de selagem dos sistema de gás inerte; sistema de vapor no convés; pontos de
medições de O2 com equipamento portátil; pontos de instalação de instrumentação dos
sensores de pressão para vapor. ESTALEIRO SLS SHIPBUILDING CO.,LTD.
h) ANEXO H. Diagrama do arranjo do manifold 2. Este diagrama mostra detalhes das redes,
drenos e pontos de amostragem do manifold dos tanques de carga, resíduos, sistema de
vapor e redes de abastecimento de óleo pesado e óleo diesel. ESTALEIRO SLS
SHIPBUILDING CO.,LTD.
l) ANEXO L. Diagrama modelo das válvulas de alivio dos tanques de carga, slop e lastro.
HIGH VELOCITY P/V VALVE ( HPV+SVG TYPE ) FLAME SCREEN (TIPO SFA).
Este diagrama mostra o material e dimensões de construção das válvulas de alivio assim
como seus componentes, set point das válvulas de alivio para pressão positiva e vácuo.
Conforme IMO MSC /CIRC. 1009 & ISSO 15364. ESTALEIRO SLS SHIPBUILDING
CO.,LTD. FABRICANTE SE-WON INDUSTRIES CO.,LTD.
n) ANEXO N. Curva de capacidade de fluxo-vácuo válvulas PV. Modelo SGV-3 ajuste para
abertura entre -0,07 á -0,035 vácuo. Mostra a capacidade de vácuo de alivio de um tanque
de carga e tanque de resíduos (slop) requerida.
p) ANEXO P. Cálculo de vazão das válvulas PV dos tanques de resíduos (slop). Sistema
independente de ventilação onde é calculado a vazão volumétrica de ar equivalente
requerida dos tanques de carga utilizando a vazão máxima de carregamento por tanque e
ajuste máximo das válvulas PV. ESTALEIRO SLS SHIPBUILDING CO.,LTD.
Aprovado pela sociedade classificadora LLOYD REGISTER.
36
utilizando o ajuste (set point) das válvulas PV em 0,2 bar e -0,035 bar; pressão de vapor a
115º F (47º C) e densidade de vapor; vazão máxima de carregamento dos tanques de
carga; vazão máxima requerida de ventilação dos tanques de carga e vazão de vapor de
1.25. Cálculo realizado no estaleiro SLS SHIPBUILDING CO.,LTD e aprovado pela
sociedade classificadora LLOYD REGISTER.
38
Sobre as exigências de Clean Air Act, U.S. Environmental Protection Agency (EPA) e
muitos Estados foram implementadas regras para controlar emissão de vapores gerados por
carregamento de componentes orgânicos voláteis (VOCS) dos tanques de carga de navios.
A EPA exige atualmente controle de vapores de carga que contem 70% ou mais de
Benzeno por peso.
Como resultado de estes regulamentos ambientais, a guarda costeira (U.S. Coast
Guard) publicou requisitos de segurança que regulem navios (46 CPR 39) e terminais (33
CPR 154) para controlar vapores.
Regulamentos da Guarda Costeira não exigem que o vapor seja recuperado, mas exige
que o mínimo de normas de segurança padrões sejam cumpridas se vapores inflamáveis ou
combustíveis forem coletados por navios.
vapores deve entender e conhecer as redes do sistema de gás inerte/ventilação dos tanques de
carga no convés. Para este propósito, deve ser entendido e ter conhecimento do “Manual de
Instruções do Sistema de Gás Inerte”. Este manual deve estar a bordo sempre disponível para
entendimento e consulta.
Arranjos atuais e redes do sistema de gás inerte/ventilações dos tanques de carga
devem ser verificados para ver se estão adequados para controlar o vapor de carga e não há
problemas para utilização do sistema.
Após conexão do mangote deverá ser realizado teste de pressão para verificar se há
algum vazamento.
Deverão ser verificados flanges; linhas adjacentes e válvulas borda fora das válvulas
do manifold conectadas por mangotes e peças rígidas.
Procedimentos de emergência são as ação imediatas e seguras que devem ser tomadas
durante as operações VECS em qualquer caso de emergência. Estes casos podem ser
realizados durante erros operacionais ou falhas de equipamentos.
Casos de situações de emergência que podem ser considerados:
a) Falha ou vazamento nas redes de transferência de carga;
b) Quebra ou ruptura do mangote de carga;
c) Erro ao colocar os limites do sistema de ventilação dos tanques de carga conforme
arranjo original;
d) Sobre / sub pressão dos tanques de carga
e) Incêndio/Explosão.
44
para qualquer anormalidade, tais como ruídos incomuns de vapores escapando sob pressão ou
válvulas de vácuo/pressão abrindo.
O pessoal de bordo deve estar munido com procedimentos de operação claros e sem
ambigüidades para um manejo e controles apropriados do sistema de suspiros e devendo,
também, possuir um completo entendimento de suas capacidades.
A sobre-pressurização de tanques de carga ou lastro é devido à compressão do espaço
de ulagem por uma inadequada liberação de vapores ou por enchimento excessivo do tanque.
A sub-pressurização pode ser causada pela não admissão de gás inerte, vapores ou ar no
interior do tanque quando o liquido está sendo descarregado. O resultado da sobre ou sub-
pressurização no tanque pode resultar em sérias deformações ou falhas estruturais
catastróficas do tanque e suas anteparas periféricas, as quais podem afetar seriamente a
integridade estrutural do navio podendo levar a incêndio, explosão e poluição.
Danos estruturais também podem ser causados pela não admissão de gás inerte,
vapores ou ar no interior de um tanque enquanto o líquido está sendo descarregado. A sub-
pressão resultante no tanque pode ocasionar a deformação na estrutura do navio, o que pode
resultar em incêndio, explosão ou poluição.
Para proteger contra sobre e sub-pressurização de tanques, proprietários/operadores
devem considerar seriamente a instalação de dispositivos de proteção como segue:
a) Sensores individuais de pressão com um alarme para cada tanque.
b) Dispositivos individuais de pressão/liberação de fluxo total para cada tanque.
Sobre-Pressurização de Tanques – Causas
Usualmente a sobre-pressurização ocorre durante o lastreamento, carregamento ou
transferências internas de carga ou lastro. Isto pode ser causado por uma das seguintes
ocorrências:
a) Enchimento demasiado do tanque com líquido.
b) Alinhamento incorreto da válvula de isolamento dos vapores ou do gás inerte para a
linha de vapores ou linha de gás inerte.
c) Falha de uma válvula de isolamento para a linha de vapores ou linha de gás inerte.
d) Falha ou emperramento de uma válvula de suspiro ou válvula de alta velocidade.
e) Tela corta-chama entupida.
f) Carregamento ou lastreamento do tanque com uma vazão que excede a capacidade
máxima do suspiro.
g) Formação de gelos nos suspiros, ou congelamento das válvulas de vácuo/pressão e
válvulas de alta velocidade ou gelo na superfície do lastro.
46
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MARPOL 73/78. International Convention for the Prevention of Pollution from Ships.
ISGOTT. International Safety Guide for Oil Tankers and Terminals. 5a ed. ICS 2008.
IMO MSC/Circ. 585. Standards for Vapour Emission Control System. 16 April 1992.
IBC CODE. International Code for the Construction and Equipment of Ships Carrying
Dangerous Chemicals in Bulk. ed. 2009.
GLOSSÁRIO
Os termos abaixo foram extraídos de “IMO MSC/Circ. 585”; “USCG 46 CFR Part
39”.
Área de carga (cargo deck área): a parte do convés principal que esta exatamente
encima dos tanques de carga.
Sistema existente de coleta de vapor (existing vapor collection system): sistema de coleta
de vapor o qual encontrava-se em operação antes de 23 de julho de 1990.
Novo sistema de coleta de vapor (new vapor collection system): sistema de coleta de vapor
que não é o sistema existente de coleta de vapor.
Inertizado (inerted): teor de oxigênio no espaço de vapor dentro de um tanque de carga que
é reduzido para 8% de volume ou menos conforme regulamentos dos sistemas de gás inerte.
Navio em serviço (service vessel): navio de pequeno porte que recebe carga liquida de outro
navio tanque normalmente de grande porte (operações de alivio) ou recebe carga entre um
terminal e outro navio.
Sistema coletor de vapor (vapor collection system): arranjo de redes e mangotes utilizados
para coletar vapores emitidos por tanques de carga de navios e transportar estes vapores para
uma unidade de processamento.
Planta de Gás Inerte (Inert Gas System): Equipamento instalado especialmente para
produzir, resfriar, purificar, pressurizar, monitorar e controlar o fornecimento de gás inerte
para os sistemas dos tanques de carga.
ISGOTT (International Safety Guide for oil tankers and terminals): Guia internacional
para a segurança de navios-tanque e terminais. Traz recomendações para o pessoal dos navios
tanques e terminais petroleiros para um transporte e movimentação segura de petróleo e seus
derivados.
óleo e outras substâncias danosas oriundas de navios, bem como a minimização da descarga
acidental daquelas substâncias no ar e no meio ambiente marinho.
IBC (International Code for the Construction and Equipment of Ships Carrying
Dangerous Chemicals in Bulk): código internacional para a construção e equipamento de
navios transportadores de produtos químicos perigosos a granel. Tem o propósito de fornecer
um padrão internacional para o transporte seguro a granel, pelo mar, dos produtos químicos
perigosos e das substâncias líquidas nocivas listadas no capitulo 17 do código.
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Arranjo das Redes e Válvulas do Sistema de Coleta de Vapor dos Tanques de Carga
VOLUME DOS
VOLUME DOS TANQUES DE ULLAGEM A TEMPO PARA
TANQUES DE TANQUES CARGA A 98% 98% DE TRANSBORDAMENTO
CARGA
(100%) m3 DE VOLUME VOLUME m3 (MINUTOS)
m3