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DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica
e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição
Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência
contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar
a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela
República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela
se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em
situação de violência doméstica e familiar.
O nome desta Lei é advindo de uma mulher chamada Maria da Penha Maia
Fernandes, esta sofreu diversas agressões do cônjuge, e em decorrência desta
violência ficou tetraplégica, mas mesmo diante das dificuldades lutou até
conseguir que seu ex-marido fosse preso.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra
a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial:
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais,
tendo por diretrizes:
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais
da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que
legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o
estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art.
221 da Constituição Federal ;
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou
psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir
todos os danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde
(SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de saúde
prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica
e familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente
federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços.
(novidade!)
É a regra, o juiz.
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da denúncia.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será
comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual
prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar
ciência ao Ministério Público concomitantemente.
DOS PROCEDIMENTOS
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao
agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem
prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.
É a medida mais comum, pode ser aplicada por qualquer policial (respeitado o
previsto no Art. 12C.
Medida muito complexa, uma vez que, afasta o agressor de seus filhos.
Quando o agressor possuir porte funcional de arma de fogo (policiais civis, por
exemplo), o juiz comunicará à instituição a medida protetiva e o superior
imediato (o chefe) do agressor é quem suspenderá o porte de arma de fogo do
agressor.
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
Restituição é a devolução.
Caução provisória funciona como garantia de que o agressor irá pagar valor
devido.
É o cartório competente que vai garantir a eficácia das medidas previstas nos
incisos II e III.
Este é o único crime tipificado pela lei Maria da Penha. Inserido em 2018, tem
grandes chances de cair na sua prova.
Perceba que não faz diferença se o magistrado que deferiu a medida protetiva
descumprida era um juiz cível ou criminal.
Crime afiançável, mas a fiança somente pode ser concedida pelo juiz, e não
pelo Delegado de Polícia.
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas
cíveis e criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos
casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário:
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
FORO COMPETENTE
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei
poderá ser exercida, concorrentemente, pelo Ministério Público e por
associação de atuação na área, regularmente constituída há pelo menos um
ano, nos termos da legislação civil.
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes
dos princípios por ela adotados.
A lei Maria da Penha é uma lei especial, não exclui a aplicação de outras leis
gerais.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a
mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099,
de 26 de setembro de 1995.
Art. 43 Alteração do CP, quando trata das agravantes genéricas do crime (art.
61), especificamente quando praticado com abuso de autoridade ou
Art. 45 Altera a Lei de Execuções Penais e diz que nos casos de violência
doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento
obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após sua publicação.
A referida lei passou a vigorar 45 dias após a publicação, que foi feita no dia 7
de agosto de 2006.
2 – A lei proíbe a aplicação da lei dos juizados especiais (lei 9.099) à violência
doméstica.
agressor não viva mais na mesma casa que a vítima, entre outras
possibilidades
b) foi lavrado Boletim de Ocorrência, após notícia dos fatos, porque DULCE foi
vítima de violência patrimonial e psicológica, por condição de gênero feminino.
c) não foi lavrado Boletim de Ocorrência, após notícia dos fatos, porque ANA,
autora dos fatos, é mulher, e, portanto, DULCE não está em situação de
vulnerabilidade.
d) não foi lavrado Boletim de Ocorrência, após notícia dos fatos, porque a
violência patrimonial implica ilícito civil, não contemplado pela Lei Maria da
Penha (Lei no 11.340/06).
a) não poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha, posto que a norma é
orientada para as agressões perpetradas por homens contra mulheres;
b) não poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha, posto que Carla não foi
vítima de violência grave tal como definida pela lei;
c) somente poderá ser tipificado como violência doméstica, nos termos da Lei
Maria da Penha, caso Carla assim se manifeste;
a) no âmbito religioso.
b) no âmbito profissional.
c) em qualquer âmbito.
a) Violência Física.
b) Violência Sexual.
c) Violência Patrimonial.
d) Violência Psicológica.
a) agressor e agredida não mais precisam viver juntos, mas devem ter
coabitado.
e) a mulher pode ser sujeito passivo das medidas protetivas, mas somente se
mantiver relações de parentesco com a agredida.
“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os
outros já foram.”