Textos de Estudos

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Textos de estudos, aprendizados e reflexões já publicados no grupo

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

UM PASSO DE CADA VEZ

O desenvolvimento mediúnico é como o desabrochar de uma flor: um fenômeno sutil, que


acontece dia a dia, sem milagres ou grandes saltos em sua evolução.
Desenvolver a mediunidade é um processo que começa interiormente, buscando a melhora
íntima e o desenvolvimento das virtudes superiores, pois apenas através delas, acessa-se
o padrão de sintonia ideal com os bondosos mensageiros que a Luz envia.

Mediunidade não é um bem para envaidecer-se, nem uma atividade que tem como objetivo
matar o tempo ocioso dentro da matéria. É sim, um trabalho sério, que exige disciplina e
maturidade, compaixão e carinho, para que o trabalho não se perca nas áridas ilusões do
materialismo exacerbado.

Todo servidor mediúnico é uma ponte de ligação entre os planos mais sutis e a matéria. É
uma porta de acesso. Mas, caso essa porta seja aberta, o que transitará por ela? Em
verdade, o médium antes de ser elemento passivo na comunicação espiritual, é elemento
ativo no processo de sintonia com as forças superiores. A manifestação mediúnica é
impressa sobre o conteúdo anímico que todo médium traz, em sua mente e em seu
coração.

Por isso o grande esforço dos mensageiros da luz, para que antes das faculdades
mediúnicas desabrocharem por completo, o médium passe por um período longo de
desenvolvimento, onde suas capacidades acompanharão a própria evolução interna da
alma, predisposta ao trabalho de intercâmbio espiritual. A todos esses irmãos, que buscam
na mediunidade, um oportunidade de trabalho redentor, deixamos os seguintes conselhos:

Utilizem-se sempre da palavra amiga, para que a psicofonia reflita os sentimentos trazidos
no coração.

Tenham olhos bondosos, que antes de procurar os defeitos alheios, sirvam para a
compreensão dos próprios erros, fazendo da clarividência uma ferramenta para o
autoconhecimento.

Santifiquem suas mãos com o trabalho honesto e edificante, para que elas possam trazer,
através da psicografia, as palavras do mais alto.

Façam com que suas atividades diárias sejam norteadas pelo bom-senso e pela alegria,
aumentando a lucidez fora do corpo, quando das excursões noturnas enquanto o corpo
físico descansa.

Escolham bem as conversações as quais participam, para que seus ouvidos possam ouvir
o sutil.

Cultivem pensamentos elevados e carinhosos em relação ao semelhante, para que a


intuição flua, como um rio de bênçãos, a cair do altíssimo.

Não julguem com maldade e extremo rigor as manifestações mediúnicas do próximo, para
que não sejam traídos pelo animismo não edificante.
Lembrem-se que o mesmo rigor, descaso e sarcasmo destinado ao irmão, um dia poderá
ser destinado a vocês.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Estudem, leiam e se instruam, mas não se envaideçam, pois os verdadeiros tesouros


espirituais trazemos no coração.

Cuidado com o mau-humor. Ele acaba com qualquer tentativa de contato espiritual
elevado. Manter-se sereno e equilibrado perante as pelejas do dia a dia é a maior prova
de espiritualização que o ser pode dar.

Sejam simples. Não busquem o fenômeno ou o “show mediúnico”. Busquem sim, o


esclarecimento, os ensinamentos elevados, o consolo e a fraternidade com os irmãos mais
necessitados.

Cuidado com os excessos, trilhem o caminho do equilíbrio, para que suas companhias
espirituais também sejam equilibradas.

Façam da oração uma manifestação de fé e confiança verdadeira nas forças celestes, para
que o amparado delas nunca falte.
Não se martirizem, nem se tenham como pecadores. Ninguém é perfeito, todos temos
acertos e erros, débitos e créditos. Trabalhem e perseverem. Sejam críticos, mas não
exagerem. Melhore na medida do possível e não se cobre uma postura impossível em
relação à vida.

Cada um tem o que merece. Aceitem suas vidas, suas dificuldades, seus problemas, pois
eles estão aí por única e exclusiva responsabilidade sua.

Por último, confiem mais em si mesmos. Não desanimem com a aparente falta de evolução
em relação a mediunidade. Como dito anteriormente, o processo é lento, sem saltos ou
rápidas transformações. Um passo de cada vez. O caminho é longo, mas todos temos a
eternidade...

Um Espírito Amigo – Recebido mediunicamente por Fernando Sepe

A primeira lição que o médium tem que aprender é a da lealdade e da honestidade.


Conforme ja disser, o médium que inicia seu caminho sem entender o que é ser
honesto consigo mesmo e suas entidades já estará iniciando o caminho com os pés
na lama e correndo o risco de afundar em bem pouco tempo. Todo médium deve
compreender que as entidades que lhe acompanham não são "gênios da lâmpada"
e que o trabalho que vêm desenvolver está diretamente ligado à evolução espiritual
deles e a do próprio médium. Deve compreender também que não é só porque estão
"do outro lado" que devem ser compreendidos como deuses ou espíritos santos , pois
muitos que lá estão têm mais fácil acesso ao mundo material por estarem ainda
muito apegados à matéria e possuírem um corpo astral muito denso. Só isso já
indica que podem ser até mesmo muito menos evoluídos que o próprio médium. O
respeito a todas as entidades é fator importante, mas a obediência cega, seja à
entidade que for, é imperdoável (a não ser em casos muito especiais e quando
essa entidade já deu provas suficientes de que é capaz de orientar adequadamente
seus discípulos). Normalmente um dirigente preparado tem condição de identificar
logo no começo o tipo de acompanhamento espiritual que o médium traz consigo e
até mesmo de dizer quem é mais e/ou menos evoluído que o aparelho e desse
modo, quais as entidades que podem realmente ser orientadoras e quais as que têm
que ser orientadas antes de tentarem orientar seja quem for..

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

CIGANOS

São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se


manifestam sob domínio de outras linhas como a linha da esquerda, a linha do oriente,
entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é
a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material,
energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do
Oriente manipula essas elementos através de seu magnetismo espiritual.

Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia
Cigana’, e outra coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam
nesta linha de trabalho. Existe uma pequena semelhança somente no poder da Magia, mas
suas atuações são bem diferentes pois as Entidades de Umbanda trabalham sob domínio
da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem
soluções ou adivinhações.

Entre as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano Pablo, Wlademir,
Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros. Da mesma forma
temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena,
Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras
também.

Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do


mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles
dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE e, tanto quanto em qualquer outra linha de
trabalho da Umbanda, teremos aqueles espíritos que não agem dentro do contexto da Lei,
os chamados ‘quiumbas’, que se encontram espalhados pela escuridão e a serviço das
Trevas. Portanto, é imprescindível o bom nível espiritual do médium para trabalhar com
essa linha para que não atraia esses tipos de espíritos pela Lei da Afinidade.

Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de
vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a de
vinculação vibracional, raramente se torna conhecida mas a de trabalho deve sempre ser
conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas as
cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco,
tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho,
perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até as próprias saias das ciganas,
que são sempre muito coloridas, como grandes instrumentos magísticos de trabalho.

Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos


encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas
certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.

Gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante música, dança, frutas,
todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com jarras de vinho tinto com um
pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados
molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Não podemos esquecer: flores
silvestres, muitas rosas, velas de todas as cores e, se possível, incenso de lótus.

Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das
salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser.

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Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento das
missões espirituais.

Salve o Povo Cigano!

Saudações

Saudações aos Orixás

Oxalá
Termo: Epá Babá Oxalá/ Exê Babá
Significado: “O senhor realiza” “Obrigado Pai” / olá, com admiração e espanto, ao ancestral
dos ancestrais.

Oxum
Termo: Ora ie iê ô
Significado: Olha por nós mãezinha / salve a benevolente mãezinha.

Oxumaré
Termo: Arroboboi
Significado: Salve o Senhor das águas supremas! / Salve o Senhor do Arco-íris” / “Salve o
Senhor dos Ciclos

Oxóssi
Termo: Okê Arô
Significado: rei, que fala mais alto / salve o Rei que é aquele que fala mais alto. /Dê seu
brado, Majestade!

Xangô
Termo: Kaô Kabecilê
Significado: Permita-me vê-lo, Majestade! / venham ver (admirar, saudar) o Rei (Alteza)
da Casa.

Ogum
Termo: Patakori Ogum / Ogum Yê!
Significado: Salve o cortador de cabeças! Salve Ogum!

Iansã
Termo: Eparrei!
Significado: Salve o raio, Iansã! / Olá com admiração. Esse espanto de grandeza de
admiração ao ver a Orixá e dizer a ela Olá Iansã, senhora do raio.

Obaluaiê
Termo: Atotô
Significado: Peço Quietude meu Pai! / "Silêncio! Ele está aqui!".

Omolu
Termo: Atotô
Significado: Peço quietude, meu Pai! / "Silêncio! Ele está aqui!".

Nanã Buroquê
Termo: Saluba Nanã

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Significado: Salve a Mãe das águas Pantaneiras! / “nos refugiamos em Nanã”.

Iemanjá
Termo: Odoyá/ Odocyabá
Significado: Salve a Senhora das águas! / Mãe das águas.

Saudações na Umbanda as Entidades

Boiadeiros - “Xetruá”, “Xetu”, “Marumbaxetú”, “Xetuá Boiadeiro” ou “Ôh Boi!”. Salve,


aquele que tem braço forte, pulso forte!

Pretos-Velhos - “É para as Almas!” ou “Adorei as Almas!”

Ibêji – Oni Beijada! (yorubá) ou ainda, Beji, Beijada! Ele é dois! Ere mí oni Ere

Ciganos- “Arriba!” ou “Optcha!” – Saudação aos

Malandros – “Salve a Malandragem !” ou ainda, “Acosta! Malandro!

Marinheiros – A Marujada!

Baianos – É da Bahia!

O Anjo da guarda

"Anjo (s)", é uma palavra muito conhecida principalmente dentro da Igreja Católica e no
Judaísmo. Na Umbanda o anjo mais falado e conhecido é o Anjo da Guarda. Muitos ficam
na dúvida de quem é esse anjo, qual a sua função e como cuidar dele.
O Anjo da guarda é um mensageiro de Deus e pelo seu mistério, o mesmo não possui um
nome específico, ele é individual, ou seja, cada indivíduo possui um anjo da guarda único
que se dedica a sua proteção, envolvimento de boas energias e repelir maus fluidos.
Existem várias maneiras de cuidar do seu anjo de guarda e todos os elementos que você
for utilizar para esse cuidado deve ser consagrado, nem que seja com uma prece, como
por exemplo: Eleve os elementos até a sua coroa e diga: “Eu consagro essa (VELA) para
o meu Anjo da Guarda”, ou uma reza de sua preferência, mas sempre direcionando os
elementos utilizados a ele.

A IMPORTÂNCIA DE FIRMAR O ANJO DE GUARDA


"A partir da chama da vela nosso anjo irradia uma energia ígnea para consumir campos
negativos, afastar espíritos de baixa vibração e aumentar a freqüência do nosso mental."
Uma das principais funções dos anjos de guarda é manter o equilíbrio e a harmonia no
meio onde atuam. Eles possuem a desgastante missão de nos conscientizar e nos manter
em equilíbrio, em harmonia conosco, com o meio e com o Universo, guardando-nos e
protegendo-nos de possíveis ataques espirituais de ordem negativa.
Como o nosso anjo nos acompanha diariamente, inclusive nos nossos trabalhos espirituais,
muitas vezes “enfraquece-se” devido ao desgaste progressivo das suas vibrações. Assim o
nosso anjo precisa de energia para estar firme conosco, no nosso plano, pois para que ele
se conecte conosco é necessário, da sua parte, um rebaixamento das suas vibrações.

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Muitas vezes isso não é possível, pois o nosso campo magnético e energético está fraco,
negativado ou denso, o que nos afasta dessa importante força de auxílio. Saiba que não é
o nosso anjo que se afasta de nós, mas somos nós que nos afastamos do nosso anjo.
Quando isso acontece, o nosso anjo precisa de uma “dose” extra de energia que precisa
“buscar” no nosso plano material, por ser mais efetiva devido à nossa densidade vibratória.
Por isso é comum uma pessoa ir a uma gira de Umbanda e os Guias mandarem-na firmar
uma vela para o seu Anjo da Guarda para supri-lo de energia necessária para ele que possa
auxiliar-nos melhor.
Segundo ensinamentos dos Guias de Umbanda, essa força é tão importante quanto às dos
Orixás, visto que a sua vibração, tal como a dos nossos Orixás, se faz presente
constantemente na nossa vida. (Diferente da dos Guias que se aproximam de nós apenas
quando se faz necessário ou são evocados.)
Por este motivo, um assentamento do nosso anjo da guarda é um reforço bastante eficaz
no fortalecimento dos laços que nos unem, pois estreita a nossa ligação. Por isso é
aconselhado muitas vezes pelos Guias de Umbanda manter sempre acesa uma vela para
o nosso Anjo da Guarda, para que ele possa trazer equilíbrio, força, harmonia e proteção
na nossa vida.
Para melhor entendermos este ritual basta ter em mente que, acendendo a vela e firmando
o pensamento em nosso anjo de guarda estamos criando um campo de proteção a nossa
volta ígneo. Ou seja, a partir da chama da vela nosso anjo irradia uma energia ígnea para
consumir campos negativos, afastar espíritos de baixa vibração e aumentar a freqüência
do nosso mental para podermos receber suas orientações através da intuição.
A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. Esta energia é
fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que
alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da vida.
Muitas vezes, juntamente com a vela, faz parte do ritual colocar um copo de água do lado
direito à vela acesa. Quando ofertamos água ao nosso anjo, estamos utilizando do
elemento aquático para a purificação do nosso espírito.

Assentamento do Anjo da Guarda


Tem a finalidade de criar um ponto de proteção, defesa, descarga e irradiação. Uma das
funções do assentamento é a descarga dos médiuns para o trabalho espiritual, devido às
cargas negativas. É preciso que exista no plano material pontos de descarga que possam
absorvê-las e enviá-las de volta às faixas vibratórias negativas. Em regra, faz-se um
assentamento central e daí em diante começa a firmeza de outras forças ou de outros
poderes ao seu redor, aumentando seu campo de ação e de atuações, ponto de descarga,
de proteção e de auxilio nas suas ações mais profundas.

A IMPORTÂNCIA DOS ANJOS DA GUARDA NA UMBANDA


(Extraído da Apostila da Sociedade Espiritualista Mata Virgem)
Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse
acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos
numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra
nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes
e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um
trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de
seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa
com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um
reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em
trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os ataques da
demanda.

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Na religião de Umbanda há o costume de se acender uma vela branca ao Anjo da Guarda,


oferecendo água e mel. O que pode ser feito de forma simples e como prática espiritual de
proteção na presença do Anjo da Guarda, fortalecendo o vínculo entre ele e nós.
Basta para isso uma vela branca, um pires, um copo de água e mel. Acenda a vela branca
e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça está evocação:
Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!
Evoco meu Anjo da Guarda ofereço a vós esta vela e peço que a imante, cruze e consagre
em vosso poder se fazendo presente através dela em minha vida, em meu coração,
palavras e mente!
Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcançando o infinito, no alto
onde se encontra seu anjo da guarda com o Altíssimo, imagine esse facho de luz vindo do
infinito e iluminando o alto de sua cabeça, entrando por seu corpo e envolvendo com essa
luz cada canto do seu corpo onde correr uma gota de sangue. E, neste momento, dê sete
voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça. Após feito isso coloque a vela
no pires, pingando no mesmo e colando a vela para não cair. Este pires pode estar num
altar, acima de uma mesa, mas nunca no chão. O importante é que no ato de acender e
evocar, a vela estava acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local seguro.
Coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.
Meu anjo da guarda vos ofereço está água e este mel, para que me proteja e envolva meu
corpo material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações. Me inspire bons
pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM. (Caso ache necessário
faça outros pedidos).
Segundo ensinamentos dos Guias de Umbanda, essa força é tão importante quanto as dos
Orixás, visto que a sua vibração, tal como a dos nossos Orixás, se faz presente
constantemente na nossa vida.
Por este motivo, um assentamento do nosso anjo da guarda é um reforço bastante eficaz
no fortalecimento dos laços que nos unem, pois estreita a nossa ligação.
Por isso é aconselhado muitas vezes pelos Guias de Umbanda manter sempre firmada uma
vela para o nosso anjo da guarda, para que ele possa trazer equilíbrio, força, harmonia e
proteção na nossa vida.

E PARA OS MÉDIUNS?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os
próprios Orixás e Entidades.
Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda
permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está
incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está
protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para
manter o equilíbrio do médium.
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da
desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve
deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto
a lhe proteger; embora você não o veja.
O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que
procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá
por esse caminho, etc.).
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas… Por
isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e
fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos
caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em
nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que

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não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse
pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por afastá-lo.

SEU ANJO DA GUARDA TE CHAMA!


confiança-em-Deus
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a
mão sobre o coração do médium e dizem: “_fulano seu anjo da guarda te chama!”
Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de
benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não
se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia,
desmaio, etc.).
Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha,
já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta
forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das
faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a
nós mesmos.

ORAÇÕES PARA O ANJO DA GUARDA

Santo Anjo do Senhor


Meu zeloso guardador
Se a ti me confiou a Piedade Divina
Me governa, me rege, me guarda e me ilumina.
Amém.
____________________

"Santo Anjo do senhor, meu zeloso guardador, se a ti Deus confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarda, me governa, me guia! Que nossos anjos de guarda sejam os
nossos guias, todas as noites e todos os dia. Deus adiante paz na minha guia, encomendo-
me a Deus e a virgem Maria. São Pedro diz a missa Jesus Cristo benze o altar, o senhor
benze os nossos caminhos que neles nós vamos passar, que assim seja!".
____________________

Anjo de Luz, Guardião da minha vida.


A Ti fui confiado pela Misericórdia de Deus.
Ilumina meu espírito, Guarda-me da maldade,
Orienta a minha inspiração,
Fortalece a minha sintonia com a Espiritualidade Superior e torna-me forte
Diante das tempestades que venham a afligir meu íntimo.
Lembre-me todos os dias de não julgar nem ferir.
Banhe a minha mente de Amor e Harmonia,
Para que eu possa tornar o mundo melhor para aqueles que convivem comigo.
Quero assim me tornar digno de sua proteção e amor.
Assim seja.
____________________
Meu Santo Anjo da Guarda, velai por mim, abri-me os olhos, dai-me prudência, em meus
caminhos pela existência. Livrai-me dos males físicos e morais, das doenças e dos vícios,
dás más companhias, dos perigos, e nos momentos de aflição, nas ocasiões perigosas,
sede meu guia, meu protetor, e minha guarda, contra tudo quanto me cause dano físico
ou espiritual. Livrai-me dos ataques dos inimigos invisíveis, dos espíritos tentadores.

A diferença entre ir ao trabalho e ir ao terreiro...


.

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Ao trabalho:
.
1. Bem vestido
2. Vai cinco ou seis dias da semana
3. Chega cedo para não receber advertência
4. Se está com gripe, vai
5. Se está com febre, vai
6. Se está chovendo, também vai
7. Se está calor, vai
8. Se está deprimido, vai
9. Se brigou com o marido / esposa, vai
10. Se tem um compromisso, vai depois do seu horário.
11. Ouve desaforos do chefe mas mesmo assim vai.
.
Ao terreiro:
.
1. Coloca qualquer roupa
2. Uma vez por semana, e olhe lá.
3. Chega atrasado
4. Se está gripado, não vai
5. Se está com febre, não vai...
6. Se está chovendo, é uma boa desculpa para não ir...
7. Se está calor, chega tarde... Nas funções semanais . Se está frio, prefere ficar em casa;
8. Se está deprimido, não vai.
9. Se brigou com seu marido / esposa, não vai
10. Se tem um compromisso, o santo pode esperar.
11. Ouve verdades do pai,da mãe de Santo ou dos irmãos , se sente ofendido e não vai
mais.

Queremos tanto que as entidades e orixás derramem a chuvas de axé , mas temos recebido
apenas chuviscos...
.
FIOS DE CONTAS

Conhecidas também como "Cordão de Santo", "Colar de Santo" ou "Guias", são


ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de
quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam.
São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas
de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou
fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de
acordo com as determinações de uma entidade em particular.
As contas de louça lembram, por sua composição, a mistura de água e barro, material
usado para criar o mundo e os homens, por isso são as mais usadas.

Para que servem


• Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem
função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange
em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento facilitador da
sintonia para o médium incorporado. Elas nos auxiliam em nossas incorporações, pois estas
atraem a "energia" particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos,
formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do médium que as usa.
• Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar
diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não agüentarem,
rebentam.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

• Podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de
forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição.

Que Fios de Conta Utilizar:


Ao entrar para a roda na Umbanda, o filho de santo recebe a guia de Oxalá e. Ao fazer as
demais iniciações, vai recebendo as guias correspondentes.
A seguir, conforme o desenvolvimento do médium, as entidades do médium poderão pedir
que se confeccionem suas guias de trabalho.
Existem também as guias "especiais", como por exemplo, a "guia de sete linhas", a “guia
de aço”, etc., cuja necessidade e cores, serão determinadas pelo guia chefe da casa.
Devemos entender que a proteção maior, encontra-se na guia de Oxalá; guia esta,
normalmente a primeira a ser consagrada ao médium, feita basicamente p/ nossa
proteção.

As guias devem ser tratadas pelos médiuns com todo carinho e o máximo de respeito, pois
elas representam o Orixá e a segurança do médium.

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Confecção
Dependendo o ritual de cada terreiro deve ser feita uma firmeza (acendendo uma vela, por
exemplo) antes de montar a guia.
Para montar uma guia, deve-se estar em silêncio, com respeito. As contas, miçangas, etc.
são enfiadas uma a uma no fio.
Toda guia deve ser fechada e cruzada pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo
ou pelos Guias Espirituais Chefes de seu terreiro. As guias podem ser cruzadas com pemba,
ou com um amaci com as ervas do Orixá, ficando de molho por 3 dias e depois estão
prontas.
Ter uma guia no pescoço, sem esta estar consagrada e imantada não representa nada,
energeticamente falando, seria apenas mais um colar.

Abaixo, os materiais, contas e cores principais dos Orixás e entidades:

OXALÁ Contas brancas (leitosa).


OXOSSI Contas verdes.
XANGÔ Contas marrons.
OGUM Contas vermelhas.
YEMANJÁ Contas transparentes.
OXUM Contas de cristal azul claras.
YANSÃ Contas amarelas.
NANÃ Contas roxas.
OBALUAYÊ Contas pretas, contas amarela e contas brancas.
OMOLU Contas pretas com contas brancas.
PRETOS VELHOS Contas pretas com contas brancas, lágrimas de Nossa Senhora
Sementes, cruzes, figas (arruda, guiné,etc.)
CRIANÇAS Contas rosa e contas azuis, (podem incluir diversas cores), chupetas, etc.
CABOCLOS Contas verdes (podem incluir outras cores), sementes, dentes, penas, etc...
BOIADEIROS Contas verdes (podem incluir outras cores), olho de boi, sementes,
dentes, pedaços de couro, etc.
MARINHEIRO Contas de cristal transparente ou leitosas, azuis, brancas.
BAIANOS Idem aos boiadeiros.
EXU/POMBO GIRA Contas pretas com contas vermelhas; ou contas pretas com contas
brancas; além de instrumentos de ferro, aço, etc.
MALANDROS Contas vermelhas com contas brancas; além de instrumentos de
ferro, aço, etc.

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Cuidados no Manuseio e Uso


São elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser
manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam.
Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente, possuem um campo magnético e
uma tônica vibracional própria e individual. A manipulação das guias por outras pessoas,
ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho
espiritual, fatalmente acarretará uma "contaminação" ou interferência vibracional.
Pelos motivos expostos, o uso de guias pertencentes ou recebidas de outras pessoas, é
uma pratica normalmente desaconselhável a um médium.
O Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogâs podem eventualmente ceder sua guia para
uso de algum médium durante uma sessão específica, caso o mesmo encontre-se sem sua
própria guia.
Enquanto estamos usando as guias devemos observar algumas recomendações:
• Não se alimentar (exceto em ritual).
• Não ingerir bebidas alcoólicas (exceto em ritual).
• Não manter relação sexual.
• Não ir ao banheiro
• Não tomar banho.

Em qualquer destes casos, deve-se retirar a guia e guardar, ou entrega-la para o Pai/Mãe
de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogâs para que tomem conta das mesmas.
Como vimos as guias são elementos ritualísticos muito sérios e como tal que devem ser
respeitados e cuidados. Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente
cerimonial (terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do médium.
Utilizar a guia em ambientes ou situações dissonantes com o trabalho espiritual, ou por
mera vaidade e exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual
representam.
Devem ser sempre limpas e guardadas no terreiro ou em algum lugar longe do alcance e
visão dos curiosos. Lembre-se que as guias são objetos sagrados e como tal devem ser
tratadas.
Um detalhe importante é de tempos em tempos, descarregarmos nossas guias com água
do mar ou da chuva, e depois energizá-las com amaci, buscando sempre o aconselhamento
de um dos dirigentes sobre como proceder.

Principais tipos de Mediunidades


Médiuns de efeitos físicos – os que têm o poder de provocar os efeitos
materiais ou as manifestações ostensivas.
Medium Desenvolvido
Médium com vários dons
Médium Evoluído


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Médiuns de efeitos intelectuais – os que são mais especialmente aptos a
receber e a transmitir as comunicações inteligentes.
Médiuns sensitivos – pessoas suscetíveis de sentir a presença dos espíritos
por uma sensação geral ou local, vaga ou material. Na sua maioria
distinguem os espíritos de alta vibração ou baixa vibração pela natureza das
sensações que causam.
Médiuns naturais ou inconscientes – os que produzem fenômenos
espontaneamente, sem querer, e na maioria das vezes à sua revelia.
Médiuns facultativos ou voluntários – os que têm o poder de provocar os
fenômenos por um ato da própria vontade.
Médiuns tiptólogos – os que produzem ruídos e pancadas. Variedade muito

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comum, com ou sem a participação da vontade.


Médiuns motores – os que produzem movimentos dos corpos inertes. Muito
comuns.
Médiuns de incorporação - Essa forma de mediunidade se caracteriza pela
transmissão, oral ou escrita, da comunicação do Espírito e pode ser parcial
ou total bem como consciente, semiconsciente ou inconsciente, sendo que,
em todas as formas, permite o contato direto e pessoal com os Espíritos. Os
médiuns de incorporação são muito comuns.
Médiuns de translações e suspensões – os que produzem a translação de
objetos através do espaço ou a sua suspensão, sem qualquer ponto de apoio.
Médiuns de efeitos musicais – Os que provocam a execução de músicas
em certos instrumentos sem contato. Muito raros.
Médiuns de aportes – os que podem servir aos espíritos para o transporte
de objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translação.
Excepcionais.
Médiuns de aparições – os que podem provocar as aparições fluídicas ou tangíveis,
visíveis para os assistentes. Muito raros.
Médiuns noturnos – os que só obtêm certos efeitos físicos na obscuridade.
Médiuns pneumatógrafos – os que obtêm a escrita direta. Fenômeno
muito raro e, sobretudo, muito fácil de imitar pela charlatanice
Médiuns de cura – Esse gênero de mediunidade consiste principalmente no
dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque mediante a
imposição de mãos, pela prece, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o
concurso de qualquer medicação.
Médiuns excitadores – os que têm a faculdade de desenvolver nos outros,
por sua influência, a faculdade de escrever.
Médiuns auditivos – os que ouvem espíritos. Muito comuns.
Médiuns falantes – Os médiuns falantes, na maior parte das vezes, nada
ouvem. Neles o espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a
mão dos médiuns escreventes. Assim, nesse grupo de médiuns, a palavra é
um instrumento de que se serve o Espírito, com o qual uma terceira pessoa
pode comunicar-se.
Médiuns videntes – Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver
os Espíritos. Há os que gozam dessa faculdade em estado normal,
perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros
só a possuem em estado sonambúlico ou aproximado do sonambulismo,
porém, nesse caso, a faculdade manifesta-se de forma transitória, sendo
quase sempre o resultado de uma crise súbita e passageira.
Médiuns inspirados – Estes médiuns são aqueles nos quais os sinais
exteriores da mediunidade são os menos aparentes; a ação dos espíritos é
aqui toda intelectual e toda moral, e se revela nas menores circunstâncias da
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vida, como nas maiores concepções. Trata-se, como se vê, de uma variedade
da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força
oculta é, no caso da inspiração, menos sensível, porque é ainda mais difícil
de distinguir, no inspirado, o pensamento próprio daquele que lhe é sugerido.
Médiuns de pressentimentos – os que, em certas circunstâncias, tem uma
vaga intuição de ocorrências vulgares do futuro.
Médiuns proféticos – variedade de médiuns inspirados ou de
pressentimentos que recebem, com a permissão de Deus e com maior
precisão que os médiuns de pressentimentos, a revelação de ocorrências
futuras de interesse geral, que estão encarregados de transmitir aos outros
para fins instrutivos.
Médiuns sonâmbulos - os que, em estado de sonambulismo, são assistidos
por espíritos.

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Médiuns extáticos – os que, em estado de êxtase, recebem revelações dos


espíritos. Muitos extáticos são joguetes da própria imaginação e de espíritos
enganadores que se aproveitam da sua exaltação. São muito raros os que
merecem inteira confiança.
Médiuns pintores ou desenhistas – os que pintam ou desenham sob
influência dos espíritos.
Médiuns musicais – os que executam, compõem ou escrevem músicas sob
influência dos Espíritos.
Médiuns escreventes ou psicógrafos – os que têm a faculdade de escrever por si
mesmos, sob a influência dos espíritos.
Médiuns escreventes mecânicos – os que escrevem recebendo um
impulso involuntário na mão, sem ter nenhuma consciência do que
escrevem. Muito raros.
Médiuns semimecânicos – os que escrevem por impulso involuntário na
mão e têm consciência imediata das palavras e das frases que vai
escrevendo. Os mais comuns.
Médiuns intuitivos – Os que recebem as comunicações dos Espíritos
mentalmente. Diferem dos médiuns inspirados porque, na inspiração, não há
a necessidade de escrever, enquanto o médium intuitivo registra, por escrito,
o pensamento que lhe é sugerido rapidamente sobre determinado assunto
que lhe foi proposto. São muito comuns, mas estão muito sujeitos a errar
porque enfrentam dificuldade de discernir entre as mensagens que provêm
dos espíritos e as idéias emanadas da sua própria mente.
Médiuns polígrafos – os que mudam de caligrafia segundo o Espírito que se
comunica ou têm a aptidão de reproduzir a letra que o Espírito comunicante
tinha na vida. O primeiro caso é muito comum. O segundo, o da identidade
da letra, é mais raro.
Médiuns poliglotas – os que têm a faculdade de falar ou de escrever em
línguas que não conhecem. Muito raros.
Médiuns analfabetos – os que só escrevem como médiuns, não sabendo
ler nem escrever no seu estado habitual. Mais raros que os anteriores.

O QUE É FIRMAR O ANJO DA GUARDA ?

Não se acende vela para o Anjo de Guarda como que se ele precisasse de "luz", muitos
menos o copo d'agua porque ele tem sede, o fato é que acendemos uma vela para nos
firmar em sua energia, no momento em que é feito a firmeza estamos criando um elo com
ele, um vinculo.

Anjo de guarda é um ser totalmente desprendido de ego, imagine um ser com evolução
altíssima, que trabalha em prol do nosso auxilio no caminhar espiritual sem querer ou pedir
nada em troca, esse ser precisa de luz? Quem precisa somos nós e não eles, com a vela
acesa teremos maior facilidade de sermos intuídos por eles, quando estamos nos desviando
de nosso caminhar é ele quem nos intui mudanças de atitudes ou posturas para que
voltemos a retidão. Acender uma vela fortalece essa "troca", mas isso demanda orações e
seriedade, o importante é criar uma postura amigável, não simplesmente riscar o fósforo,
converse com ele, relembre com ele seus atos, peça ajuda na tomada de decisões, traga
ele para si, eu sei que é difícil criar um vinculo com um ser tão tênue, mas afinados com
sua energia sentiremos cada vez mais a sua presença, eles são os nossos maiores guias,
estão mais próximos que qualquer outra energia desde que mantenhamos uma postura
correta pois o "errar" acaba os repelindo. Mas esse afastamento não se dá por eles, e sim
de nós, eles não conseguirão contato com nossa energia se cultivarmos pensamentos
negativos, egos de todo tipo.

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A Vela é acendida em nome do Anjo da Guarda, porém a energia é acesa em nós e emanada
por eles. O importante é sempre firmar seu Anjo Guardião com calma e serenidade, com
tempo e coração aberto, nada com pressa.

O copo com agua é um canalizador, a agua é um dos elementos mais preciosos


energicamente falando, nesse sentido ela canaliza nossos pensamentos e sentimentos
enquanto a vela durar, como um som ecoando no dia a dia, além disso ela neutraliza
pensamentos ruins criados por nós mesmos.

A importância da vela estar acima de nossas cabeças se dá pela maior facilidade de


conexão com nosso chakra coronário (que é por onde acontece a ligação do Anjo de Guarda
conosco), se a pessoa não tem uma casa espiritual onde firmar sua vela pode ser em casa
mesmo sem problema algum. A manutenção deve ser constante, por isso é comum acender
uma vela de 7 dias. Vela apagada não quer dizer que ele se revoltará, que desistirá de te
acompanhar ou coisa do tipo, vela apagada pode significar uma maior dificuldade de
comunicação da sua parte, acalme sua mente e se concentre melhor.

Firmar o Anjo da Guarda é nos firmar.

Para os médiuns, os Anjos da Guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e
Entidades, pois são eles que os protegem no momento da incorporação ou
desincorporação. Momento esse que acontece em segundos de desacoplamento do corpo
astral e que, por um mínimo descuido, podem sofrer um ataque do baixo astral com a
entrada de seres inferiores na corrente mediúnica.

NÃO CRITIQUE A INCORPORAÇÃO ALHEIA.

A mediunidade é diferente para cada pessoa. Cada um sente, vibra e expressa o axé de
seus guias de uma maneira única, individual, própria para cada um. Por este motivo, não
é correto você criticar o seu irmão pela forma como ele recebe as suas entidades.

Há algo estranho em um terreiro quando todos os guias se apresentam da mesma forma.


Se todos os caboclos mancam do mesmo jeito, ou se todos os Exus obrigatoriamente
gargalham da mesma maneira, ou se todos os pretos velhos caminham igualmente,
alguma coisa não está certa. Até mesmo nos movimentos do passe encontramos largas
diferenças.

É saudável que cada médium e cada entidade tenham o seu próprio jeito de trabalhar,
desde que esteja dentro do fundamento e dos parâmetros do que é correto. Dentro de
uma mesma árvore, nenhuma folha é igual a outra. Existem vários tipos de consciência,
com as suas necessidades específicas. O que ajuda uma pessoa, muitas vezes não é tão
efetivo com outra. É por isso que os consulentes podem sentir afinidade com algumas
entidades, mas não com outras.

Claro que há os exageros. Mas dentro do fundamento e do bom senso, cabe a cada um
manifestar aquilo que lhe é natural. É papel do Pai de Santo, e somente e exclusivamente
dele, avaliar se alguém está incorporando corretamente ou não.

Mas se você realmente acredita que há algum médium mistificando, ou de alguma maneira
não agindo corretamente, não espalhe isso aos quatro ventos! Comunique ao seu Pai de
Santo suas suspeitas e a ninguém mais. Ele saberá como proceder. E se for necessário, o
dirigente conversará no particular com o médium.

Quando você critica a incorporação de um médium, você interfere em seu processo de


desenvolvimento. O médium iniciante apresenta, atualmente, uma enorme insegurança. É

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difícil para ele tomar a coragem de receber seus guias na frente dos outros, visto que teme
ser julgado pelos irmãos de corrente. E quando o julgamento realmente acontece, quando
descobre que foi alvo de comentários maliciosos, ele trava. Suas dificuldades aumentam
em grande proporção. E não são poucos os que desistem por este motivo.

Lembre-se que você será julgado por todos os seus atos. A justiça de Xangô não falha.

Nenhum guia é melhor que o outro. A espiritualidade trabalha em conjunto. Não existe
isso de entidade mais “forte". Não existe a forma certa de se incorporar. A espiritualidade
é livre. O importante é cumprir sua missão, que é a prática da caridade. Mais importante
do que a forma de trabalhar do guia, é o merecimento de cada um. É ele que determinará
se você alcançará suas graças ou não.

A fofoca é um perigo dentro do terreiro e deve ser combatida. Ela é um hábito que,
infelizmente, está profundamente arraigado na cultura de nossa sociedade. São muitos os
grupos que giram em torno, basicamente, da maledicência. E é muito nefasta quando
realizada nas casas de Umbanda. Antes de tudo, ele revela o baixo caráter de quem a
pratica. E, em segundo lugar, a fofoca enfraquece a corrente. Quando a fraternidade entre
os irmãos de corrente está ameaçada, abre-se brechas para atuação do astral negativo.

A espiritualidade é livre. Entenda que se você aprendeu as coisas de um jeito, não significa
que todo mundo deve fazer igual. Nem todo caboclo precisa bater no peito, nem todo preto
velho precisa encurvar, nem toda criança precisa pedir doce. Isto não é a essência da
Umbanda. São apenas alguns trejeitos comuns, que ajudam a caracterizar algumas linhas
de trabalho. Mas a nossa religião vai muito além disso. Não adianta querer padronizar. Do
outro lado dessa longa caminhada de desenvolvimento espiritual, está Deus a nos esperar.
E a Umbanda é o veículo que acelera nosso encontro com Ele.

Saravá a todos!

(Autor desconhecido).

Ogan e Ekedes Suspensos, pessoa escolhida por um Orixá para ser um Ogán ou Ekede, é
chamado suspenso, por ter passado pela cerimônia onde o orixá dono da casa suspende e
reconhece, apontando como escolhido para a casa de santo, significando que futuramente
será confirmado e passará por todas obrigações para assumir suas responsabilidades.

São pessoas que não manifestam mediunidade de incorporação, logo não incorporaram
Òrìxà, guias ou protetores, mas ainda assim, são filhos de muita fé, sem em nenhum
momento duvidar da existência dos orixás pelo fato de não sentirem o êxtase do transe
mediúnico. Foram escolhidos pelos orixás para seus filhos escolhidos para cuidar do seu
aparelho mediúnico, e de seus filhos.

Uma vez aceitos e devidamente entronizados na casa com seus devidos cargos, eles devem
enquadrar-se antes de tudo como um filho do Orìxà, atendendo também aos critérios e
normas que a casa impõe aos seus filhos no regimento interno, depois é que vêm as
prerrogativas e "status " do Ogán/Ekedi .

São suspensos e depois confirmados, e receberão todas as obrigações necessárias, para o


exercício de suas atribuições dentro da casa.

CONFIRMADO: Seria uma segunda etapa daqueles que foram suspensos e desejam se
aprofundar mais no culto, onde a pessoa recolhe 1 dia ou mais para seu orixá, passando
por rituais menos complexos.

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INICIADO: Seria o ogan ou ekedji com a iniciação completa. Ficam recolhidos, no quarto
de santo, cumprem preceito semelhante ao iyawo.

A diferença é que para os iyawos é uma obrigação e para os ogans e ekedjis é uma
comemoração, uma forma de fortalecer o vinculo com o seu orixá e também fortalecer a
confiança que o orixá depositou neles como pais e mães de seu axé.
A eles é permitido participar de cerimonias mais complexas devido a iniciação.

OGANS

Os ogans são considerados pais. São homens respeitosos, que tenham uma boa atitude
perante todas as situações e problemas que envolvam a organização e andamento da casa
de santo.

Serviços pesados como a responsabilidade de manutenção e proteção da casa e de seus


filhos.

Ser ogan não é somente saber tocar atabaque ou cantar. Ser ogan é abraçar a
responsabilidade de ser pai.

EKEDJIS

Assim como os ogans são pais, as ekedjis são as mães. São mulheres com uma
responsabilidade maternal sobre os orixás. Elas zelam pelos assentamentos, vestem os
orixás para cerimônias.

É necessário ser uma mulher segura, que transmita tranquilidade e estabilidade. Ekedji
não acha, ekedji tem certeza sobre tudo o que faz e diz.

Deve ter entrosamento com os ogans, usando de seu bom senso na hora de conduzir
orixás, sabendo as limitações de acordo com cada indivíduo e sua idade de santo.

Cabe a elas saberem evocar o orixá no momento correto assim como saber a hora de
manda-los embora.

Uma mulher não ocupa esse cargo porque deseja apenas. Ela traz consigo desde seu
nascimento, e se o traz é porque seu Orixá o traz antes dela, então porque não
respeitaremos essa mulher?

Ekedi, é antes de tudo, mãe e como tal deve ser respeitada. Não fazemos as coisas
sozinhos dentro de nossa casa, precisamos de pessoas que nos auxiliem e cuidem dos
Orixás que estão virados ou mesmo fazemos qualquer outro fundamento dentro do Santo.

Mas afirmo que: uma Ekedi, tem sim, que ser respeitada, pois que, mesmo sendo
suspensa, mas o foi por um Orixá e a eles devemos carinho, amor, respeito.

Benção Pai e Mãe!


Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e carregam as
falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada,
sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões,
elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias
tendências e especialidades.

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Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam


como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da
ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns
apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de
trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus
companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre
com todas as outras correntes do espaço. O povo cigano designado ao encarne na Terra,
através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um
lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado
a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com
outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e
de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por
médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu
povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da
espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende
implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito,
pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse,
pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual
nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização
doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande
prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.

Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas


dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras
existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando
mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do
amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo
especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes


preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e
trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do
critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não
agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços,
por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na


vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex-ciganos, que mantêm-se na
direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs.
O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas que são verdadeiros Guardiões à
serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação,
cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo,
trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e
trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação,
assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.

Na Umbanda muito se fala sobre humildade, pois em algum momento humildade virou
sinônimo de pessoa evoluída, humildade se tornou elogio, se tornou sinônimo de boa
pessoa.

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O umbandista de hoje fala muito sobre humildade, mas está longe de ser verdadeiramente
humilde, pois o que não faltam são umbandistas querendo se sobrepor ao outro, se valem
do tempo de Umbanda para se sobrepor ao iniciante, se valem do cargo que ocupa
(dirigente, pai/mãe pequeno e etc) para se sobrepor ao médium que nenhum cargo detém,
se acha no direito de se sobrepor a forma como o irmão pratica a Umbanda, pois acredita
que somente sua forma, a Umbanda do seu terreiro, a sua Umbanda que é a certa;
Ainda há muita confusão por parte do umbandista sobre o real significado de humildade,
muitos confundem humildade com resignação, mas são coisas totalmente diferentes;
Humildade vem do latim humilitas, e é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias
limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência, refere-se à qualidade
daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a
elas, enquanto resignação é submissão. Mas que fique claro, que ser humilde não é ser
submisso! É muito fácil se dizer humilde quando se é o iniciante, o coitadinho que não sabe
nada, porém a submissão disfarçada de humildade dura muito pouco, basta a pessoa que
até então parecia ser tão humilde ter um pouco de conhecimento, tempo de casa, ou
ocupar um cargo dentro do terreiro para rapidamente a humildade tão grande que tinha
desaparecer.

Mas, afinal de contas o que é ser humilde na Umbanda?

Ser humilde na Umbanda é compreender que não importa quanto tempo de casa tem, nem
o cargo que ocupa, todos somos eternos aprendizes, e não há demérito se colocar nessa
posição

Deter de uma verdadeira humildade, é saber que pode ser o médium do próprio Caboclo
das Sete Encruzilhadas e nem por isso se sentir melhor ou mais importante que o irmão
que trabalha com o caboclo que ninguém nunca ouviu falar

Ser humilde na Umbanda é tratar a todos com igualdade e respeito, e quando falamos
todos, é todos mesmo, e não só o irmão que pensa igual a gente, nem só o irmão da nossa
casa, é respeitar todo mundo mesmo, inclusive quem louva os Orixás e pratica a Umbanda
de uma forma diferente da nossa.

Não é falta de humildade discordar do irmão em uma conversa, não é falta de humildade
expor opinião, a falta de humildade está em querer calar o irmão se valendo do tempo de
casa que tem ou do cargo que ocupa

Humildade dentro da Umbanda é compreender que todos os filhos são importantes e iguais,
seja o médium incorporante ou o cambone que fica ali para ajudar os guias, todos tem o
mesmo valor

Ser humilde é saber que a tarefa que cumpre de varrer o chão do terreiro é tão importante
quanto o trabalho desenvolvido pelos guias

O umbandista quando entende realmente o que é humildade ele não se sente humilhado
por ter que pedir a benção a Mãe/Pai do terreiro, assim como quando ele é o pai ou mãe
do terreiro, não se envaidece por ter filhos lhe pedindo a benção, pois compreende que
esse é um ato de amor e respeito e não submissão e humilhação

Embora muitos irmãos façam questão de esquecer, todos tivemos um início, ninguém
nasceu sabendo, e ter humildade é se lembrar de seu início, se lembrar como é ser ajudado
para assim ajudar o iniciante, não com a arrogância de quem sabe mais, mas com o amor
de quem deseja perpetuar a religião. E se um dia foi tratado como menos quando era
iniciante não faça o mesmo com o outro, quebre esse círculo vicioso de prepotência e
arrogância, seja você a humildade que não recebeu quando entrou na religião

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Sinceramente as vezes me questiono o que alguns umbandistas tem aprendido dentro de


seus terreiros, pois na Umbanda o básico, como humildade, respeito, igualdade, caridade,
amor ao próximo e união, são ensinamentos fundamentais para a boa pratica da religião,
mas não é esse o comportamento que vemos de muitos umbandistas.
É tempo do umbandista rever suas atitudes fora do terreiro, pois muitas das atitudes que
muitos umbandistas vem tendo não condizem com o que a Umbanda nos ensina.
Não somente quando o assunto é humildade, mas TUDO O QUE SE APRENDE DENTRO DE
UM TERREIRO, O QUE SE APRENDE DENTRO DA UMBANDA É PARA SER USADO NÃO SÓ
NOS DIAS DE TRABALHO, É PARA A VIDA!
Axé 🙏🏻❤🕯

Infelizmente ainda nos dias de hoje vemos muitas afirmações descabidas feitas pelos
próprios umbandistas sendo tratadas como verdades absolutas, muitos umbandistas se
valendo de respostas feitas para justificar e explicar assuntos que não compreendem
verdadeiramente, e quando o assunto é atabaque isso causa uma verdadeira segregação
entre os Umbandistas, que se dividem entre os "no meu terreiro se usa o atabaque" e os
"Na Umbanda raiz isso de ter atabaque não existia, é palhaçada"...então a ideia da
postagem de hoje é trazer um pouco de informação, vamos falar da inserção dos atabaques
na Umbanda e esclarecer algumas dúvidas.

Hoje vamos falar da inserção do instrumento atabaque dentro dos terreiros de Umbanda;
e para isso procuramos o Ogã Paulo Cesar dirigente da Escola de Curimba Ogum de Lei e
Baiano da Mandinga para tirarmos algumas dúvidas sobre o assunto.

⁉O ATABAQUE É UM INSTRUMENTO DO CANDOMBLÉ?


O uso de tambores dentro do contexto religioso não é uma exclusividade dos nossos irmãos
Candomblécistas, pelo contrário, temos registros históricos que apontam o uso de
tambores dentro do contexto religioso desde as mais remotas eras da humanidade, até na
bíblia, Salmo 149 (verso 3) há o incentivo para louvar ao Senhor com harpa e adufe
(instrumento membranofone assim como o atabaque). A etimologia (origem) da palavra
atabaque ao contrário do que muitos pensam, não é de origem africana, é de origem árabe,
e se originou a partir do termo al-tabaq, que significa “prato”.
A questão é que mesmo a Umbanda tendo sido anunciada por um espirito que carregava
um arquétipo indígena, pouquíssimo se fala sobre as influências indígenas na religião, pelo
contrário, se fala muito mais das influências afro dentro dos terreiros, e é essa postura que
fez e faz com que os terreiros hoje em dia sejam muito mais africanizados, e o tambor que
embora também seja uns instrumento indígena seja considerado e enxergado apenas como
um instrumento do Candomblé.
Sendo assim, como dito a cima, onde afirmamos que o uso deste instrumento não é posse
e nem uma exclusividade de nossos irmãos candomblecistas, logo, a Umbanda não apenas
faz uso deste instrumento como também se reserva a ter seus ritos, práticas e ritualísticas
próprios em relação aos atabaques.

⁉O PRIMEIRO ATABAQUE DE UMBANDA


O umbandista gosta muito de se valer da afirmação:
“Na Umbanda Raiz (Umbanda anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas) não tinha
atabaque!”
Até ai, essa não é uma afirmação errada, pois realmente, na Umbanda anunciada em 1908
de fato não se fazia uso deste instrumento, mas infelizmente essa afirmação nunca vem
sozinha, sempre costuma vir acompanhada de alguma colocação ignorante em seguida,
ou colocação que tem por objetivo menosprezar a Umbanda que é tocada com uso dos
atabaques, como se os terreiros de Umbanda que fazem uso do atabaque fossem menos
“puros” do que os que não usam este instrumento.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

O atabaque embora muitas pessoas não saibam foi introduzido na Umbanda com ciência e
autorização do próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Cerca de 10 anos após a fundação da primeira Tenda de Umbanda, a Tenda Espírita Nossa
Senhora da Piedade (Em funcionamento até hoje), o Caboclo das 7 Encruzilhadas começou
a realizar a abertura de mais sete Tendas Umbandistas que embora tivessem a frente
outros caboclos, seriam ligadas a Casa Mãe (Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade) e
funcionariam sob seu comando, como uma espécies de extensão da mesma, sendo assim
seguiriam o mesmo modelo de ritos litúrgicos, doutrinas e práticas.
A Tenda Espirita São Jorge, fundada em 15 de fevereiro de 1935 por João Severino Ramos
e o Caboclo Timbiri, foi uma dessas sete primeiras Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete
Encruzilhadas sendo ela a primeira autorizada por ele a utilizar em seus ritos O ATABAQUE
bem como também a primeira autorizada por ele a realizar Giras de Exú (mas isso é
assunto para uma outra postagem).
O primeiro atabaque de Umbanda foi pintado de vermelho com uma cruz de Jerusalém em
preto, símbolo este que antigamente era na Umbanda um símbolo chamado de vencedor
de demanda (foto colocada na postagem).

⁉COMO SE PREPARA UM ATABAQUE PARA SER USADO DENTRO DO TERREIRO?


Para inserir este instrumento dentro do terreiro, o mesmo deve ser preparado, lembrando
que assim como uma imagem que sem consagração não passa de um pedaço de gesso,
um atabaque sem consagração não passará de um instrumento de percussão. A forma em
si como essas consagrações são feitas, não existe uma regra, fica a critério e a cargo do
guia chefe de cada casa fazer ou determinar como o preparo dos atabaques será feito, o
importante é compreender que precisa ser feito.
O atabaque dentro do terreiro deve ser compreendido como um ponto de firmeza, é mais,
muito mais do que um instrumento de percussão!

⁉OS TOQUES:
Muitos dos toques usado na Umbanda (Ijexá, Congo, Barra Vento e etc), são de uso em
comum com nossos irmãos candomblecistas, mais isso não é uma regra, pois haverá
terreiros que usarão toques mais arcaicos, apenas batidas de entonação vibratória
elemental, são terreiros que trazem à tona para a Umbanda as práticas da pajelança,
trazem em si uma herança indígena muito maior do que uma interferências afro.
Lembrando que, além dos toques que usaremos em comum com nossos irmãos
candomblecistas, na Umbanda teremos um toque próprio, chamado marcação.
Uma outra particularidade do uso deste instrumento dentro da Umbanda (salvo as
vertentes com nítida influência do Candomblé), é que o Atabaque é tocado com as mãos,
e não fazendo uso do aguidavi (tipo de baqueta) como se faz no Candomblé.

É NECESSARIO TER AMADURECIMENTO PARA INTERPRETAR ISTO


Preste bem atenção :Um cavalo estava amarrado a uma árvore.
Um demônio veio e o soltou.
O cavalo entrou na horta de camponeses vizinhos e começou a comer tudo.
A mulher do dono da horta, quando viu aquilo, pegou o rifle e matou o cavalo.

O dono do cavalo viu o cavalo morto, ficou enraivecido e também pegou seu rifle e atirou
contra a mulher.

Ao voltar para casa, o camponês encontrou a mulher morta e matou o dono do cavalo.

Os filhos do dono do cavalo, ao ver o pai morto, queimaram a fazenda do camponês.


O camponês, em represália, os matou.
Aí perguntaram ao demônio o que ele havia feito e ele respondeu:
– “Não fiz nada, só soltei o cavalo”.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Viu? O diabo faz coisas simples ...


Porque sabe que se o nosso coração está sujo a nossa maldade faz o resto.
Por isso vamos pensar antes de fazer algo vingativo, mandar indiretas, desejar ou
maquinar o mal contra nossos irmãos!
Vamos cuidar do nosso coração ...
Porque pro demônio basta só "soltar o cavalo"

Exu verdadeiro!!!!

Exu de verdade não come vidro, exu de verdade não anda na brasa, exu de verdade não
come fogo, não engole acará, exu de verdade não é aquele que bebe uma garrafa e não
cai para trás, exu de verdade não é aquele que passa a noite fumando, girando e cantando
na frente do Tambor.
Exu de verdade e aquele que carrega o próprio axé, sem colocar culpa inexistente do axé
que comeu, da faca que cortou, exu de verdade e aquele que dá um bom emprego a seu
Médium, exu de verdade e aquele que fez seu médium ter saúde, prosperidade, que tira
as coisas ruins de seu caminho, que traz trabalho e serviços dias e noites, exu de verdade
e aquele que não deixa seu médium cair nos vícios sombrios da vida.
Exu não é dono da adivinhação, mas exu de verdade tem o dever de passar a visão para
que seus filhos enxergarem algo melhor para si.

Laroye

EXU MIRIM NA UMBANDA

Antes de falar um pouco sobre essas entidades, vamos deixar claro que Exu Mirim é o
nome que se dá aos seres de uma dimensão à Esquerda da nossa.

Alguns deles se apresentam com características infantis, mas os que se manifestam nos
trabalhos religiosos de Umbanda já trazem da sua dimensão um nível de evolução
diferenciado.

Exu, Pomba Gira e Exu Mirim formam o triângulo de forças à Esquerda da Umbanda.

Que fique claro: Exu Mirim NÃO é filho de Exu e de Pomba Gira.

Todos são arquétipos adotados pela Umbanda para englobar numa só Linha de trabalhos
espirituais os seres das dimensões da Vida à nossa Esquerda.

Estamos ligados mentalmente a eles (e a todos os outros) por meio de cordões energéticos.

Tendo Exu Mirim (à Esquerda) e os Erês (à Direita) em equilíbrio conosco, isto faz com que
sejamos alegres, dispostos, de bom humor, falantes e sonhadores.

Os Exus Mirins são portadores de poderes excepcionais que, doutrinados de forma correta,
muito nos auxiliam.

Eles também nos auxiliam amparando os seres equilibrados e merecedores do amparo da


Lei, desembaraçando entraves e dificuldades dos seus caminhos, para que os seus projetos
bons, saudáveis e justos se concretizem.

Exu Mirim corta intenções e atuações negativas que venham a prejudicar o equilíbrio da
vida, a paz e a harmonia entre os seres.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Eles também desembaraçam situações complicadas, promovem limpeza energética


profunda e cortam magias negativas, principalmente as projeções mentais negativas.

Laroyê Exu Mirim!

Axé a todos!

Deixo aqui a minha intenção de.mantermos sempre um diálogo e de evitar dúvidas, ou


alimentar medos e receios.
Caso aconteça com vcs qualquer coisa que foge do normal, que vcs tenha qualquer evento
ligado a espiritualidade dentro ou fora da tenda, vcs tem a liberdade de me procurar e falar
comigo.

Quero todos em harmonia para que possamos crescer dia a dia uns com os outros.

Fica um conselho para quem quer seguir e ter uma vida espiritual saudável :

VOCÊS NÃO ESTÃO PROIBIDOS DE FREQUENTAR OUTRAS CASAS, ASSISTIR TRABALHOS,


SEJAM CASA DE UMBANDA OU CANDOMBLÉ. MAS NÃO CONCORDO E NÃO GOSTARIA DE
TER MEDIUNS PONDO ROUPAS, RECBENDO ENTIDADES E TRABALHANDO NA CASA DE
OUTROS, SEM A MINHA CIENCIA, NÃO ESTOU AQUI PARA PROIBIR NINGUÉM DE NADA
LIVRE ARBÍTRIO ÉDE CADA UM, MAS O COMPROMISSO DE ESTAR ORIENTANDO E
CUIDANDO DA VIDA ESPIRITUAL DE VCS SOU EU E OS GUIAS DA CASA.
O MÉDIUM QUE NÃO SE SENTIR BEM COM ISSO TEM A LIBERDADE DE ENCONTRAR O QUE
LHE FAÇA BEM. PODE ACONTECER DE VISITA UM LUGAR E A ENTIDADE PASSAR E SER
SAUDADA SIM ISSO É COMUM, PODE ACONTECER DA ENTIDADE DESCER EM CASA, ISSO
ACONTECE E TEM SEMPRE MOTIVO. PODE ACONTECER DO MEDIUM CANALIZAR
ENTIDADE OU ESPIRITOS NA RUA, NÃO, NÃO DEVE, E NÃO É SAUDAVEL,
PRINCIPALMENTE MEDIUNS EM DESENVOLVIMENTO. OBSERVAÇÃO DESENVOLVIMENTO
É PARA TIDOS VIDA
Espero que os médiuns estejam com a cabeça aberta para os não –

NÃO SERA PERMITO A ENTIDADES QUE AINDA NÃO SE IDENTIFICARAM E QUE AINDA NÃO
FORAM AUTORIZADAS PELOS GUIAS DA CASA - BEBER OU FUMAR - OS GUIAS SERÃO
ORIENTADOS A FIRMAR OS APARELHOS E AS ENERGIAS PARA CHEGAR AO PONTO DE
UTILIZAR ELEMENTOS TEÚRGICOS PARA UTILIZAÇÃO EM TRABALHO. NOSSA DOUTRINA
FOI SOBRE ISSO O MENTAL DO MÉDIUNS ATUANDO NOS TRABALHOS DE INCORPORAÇÃO
- A RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM QUANTO O CERTO O ERRADO E AS DOUTRINAS DA
CASA.
NÃO SERÁ PERMITIDO, VESTIR ENTIDADES OU CARACTERIZAR - PANOS, LAÇOS,
BENGALAS, PANOS DE QUALQUER TIPO - SÓ COM A EXPLICITA AUTORIZAÇÃO DOS GUIAS
RESPONSÁVEIS PELO TRABALHO OU A MINHA.
O MÉDIUM QUE NÃO CHEGAR NO HORÁRIO SEM A DEVIDA SATISFAÇÃO SERÁ
CONVIDADO A PASSAR A GIRA NA ASSISTÊNCIA, CASO RECUSE E SE AUSENTE SERÁ
ADVERTIDO, 3 ADVERTÊNCIAS ACARRETA NO DESLIGAMENTO DA CASA, POR FALTA DE
COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E FALTA DE RESPEITO A CASA
3 FALTAS CONSECUTIVAS SEM JUSTIFICATIVA, O MÉDIUM SERÁ ADVERTIDO
IGUALMENTE E ACARRETARÁ NO DESLIGAMENTO DO CORPO MEDIÚNICO.
VISITANTES, ASSISTÊNCIA OU OUTROS QUE NÃO SÃO DA CASA QUE VENHAM A
INCORPORAR DURANTE OS NOSSOS TRABALHOS, DEVEM SER TRADADOS COM TODO
CARINHO E RESPEITO E CARINHO MAS AS NORMAS SÃO AS MESMAS PARA ELES - SÓ
SERÁ A UTILIZAÇÃO DE FUMAR OU BEBER E CARACTERIZAR - PANOS, LAÇOS, BENGALAS,
PANOS DE QUALQUER TIPO - SÓ COM A EXPLICITA AUTORIZAÇÃO DOS GUIAS
RESPONSÁVEIS PELO TRABALHO OU A MINHA.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

NÃO IMITE A INCORPORAÇÃO DOS OUTROS


O desenvolvimento mediúnico na Umbanda

Cada médium é único, assim como cada guia trabalha de uma forma particular. Embora
todos possuem o mesmo objetivo, que é a prática da caridade, as entidades usam-se de
métodos e abordagens diferentes para alcançar o bem estar do consulente. E isto é um
fato muito positivo, uma vez que as pessoas também não são iguais umas às outras. O
que é bom para mim não necessariamente é bom para o próximo.

Parte do desenvolvimento mediúnico é este processo pessoal de autodescoberta, aprender


como é a naturalidade de suas próprias manifestações mediúnicas. É muito importante,
neste período, não se preocupar com os trejeitos exteriores. Se a entidade que trabalha
com você irá girar ou não, bater no peito ou não, gritar ou não, entre outras características,
você descobrirá gradualmente, no tempo correto.

Se você forçar a sua incorporação para que ela fique semelhante à de outro médium, você
perderá aquilo que é único de sua mediunidade. Você nega aquilo que lhe é natural e
impede que os guias trabalhem como desejam. Como falamos no texto anterior dessa
série, apenas deixei fluir a energia que sentir.

Um dos hábitos mais nefastos que um médium iniciante pode adquirir é comparar-se com
seus irmãos de corrente. Por mais que você possa admirar as entidades de um médium,
entenda que sua mediunidade não é igual a ele. Cada pessoa possui a sua próprio processo,
e nenhuma forma de trabalhar é melhor do que outra. Perante o Pai, somos todos
pequeninos.

É como na natureza. A diversidade de plantas e animais é necessária para a manutenção


do meio ambiente. Tire uma espécie, e o desequilíbrio é estabelecido. Da mesma forma é
no terreiro. Se ali somente trabalha-se com as forças de Ogum, como ficarão os
consulentes que precisam das vibrações de Oxóssi? Se houve apenas guias sérios e de
poucas palavras, onde encontrarão respostas aqueles que buscam explicações mais
aprofundadas? Veja, tudo tem a sua necessidade e tempo correto.

Por esta razão, não tente ser como o outros. Os guias que se manifestam através de sua
mediunidade são poderosos. Tenha certeza, quando for o momento de você participar do
atendimento, a própria espiritualidade encaminhará aqueles que precisam destes guias
para receberem suas graças.

As incorporações não são padronizadas. Mesmo quando os guias apresentam os mesmos


nomes, cada um vem do seu jeito. Não existe isso de que se for Caboclo tal então precisa
rodar, mas se for Exu tal somente se manifesta encurvado e com as mãos para trás. Cada
um é cada um.

Médiuns iniciantes, saibam confiar no que sentem. Este é um dos alicerces fundamentais
do bom desenvolvimento mediúnico. Pode acontecer alguns excessos no caminho, mas
para isto estarão os dirigentes do seu terreiro para lhe orientar.

O objetivo principal, devemos sempre reforçar, é o exercício da caridade. Esta é a essência


da Umbanda. E para que isso ocorra, cabe aos médiuns assumirem suas próprias
características, permitir que os guias trabalhem como desejam. Isto é, fazer aquilo que é
natural.

Saravá a todos!
#desenvolvimentonaumbanda

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

MEDIUNIDADE NÃO É DOENÇA, MAS NÃO TEM "CURA".

- “Mediunidade não é doença, mas não tem cura. É preciso compreender que optamos por
isso, como tudo em nossa vida. O que não podemos é querer fugir de algo natural e deixar
que a desordem tome conta de nossa vida, para só então refletir através da dor, sobre
nosso compromisso.
- Meus filhos, a maioria dos casos de mediunidade reprimida se dão pelo fato desses
espíritos terem abusado dessa oportunidade em outras encarnações e hoje o medo de cair
no mesmo erro os fazem fugir do caminho. Outros então, pelo extremo materialismo
incapacitam-se a qualquer contato espiritual, esquecendo-se de que são espíritos
comprometidos.
Tantas oportunidades são ofertadas aos espíritos quando de seu renascimento no físico,
tentando facilitar sua evolução. Difícil mesmo meus filhos, é saber aproveitar essas
oportunidades. Queixam-se quando a dificuldade é financeira, limitam-se quando a
dificuldade é física, inibem-se quando falta-lhes cultura. Fugas que serão usadas para não
cumprir os compromissos mediúnicos. No entanto, quando a abundância disso tudo lhes é
dada, outras tantas desculpas serão encontradas.
Atrofiam sentidos físicos pela estagnação ocasionada pela falta de uso adequado dessa
energia usinada a nível energético. ( Vovó Benta - Psicografia Mãe Leni ).

Preceito é coisa séria, é fundamento de umbanda, vamos respeitar a nós mesmos e aos
nossos irmãos, vai muito além do que se pensa, cria todo um conjunto de energias e
frequências de ressonância que atuam na corrente mediúnica.
Os básicos para nosso trabalhos: 24hs antes dos trabalhos
@ evitar o consumo de carne vermelha - boi e porco, de preferência a legumes, frutas e
peixe.
@ evitar relações sexuais - a troga de energia com o parceiro cria um campo imantado
que atua sobre as pessoas e afeta a sintonia com as energias próprias e individuas que
respondem ao padrão energético do médium.
@ não consumir qualquer tipo de bebida alcoólica - impregna o tecido fluido de elementos
que podem ser utilizados para fixação de energias nocivas.
@ evitar ambites de vibração tensas e conflituosas - cemitérios, hospitais, ambientes de
encruzilhadas - bares, boates e locais com consumo exagerado de álcool e outros tipos de
entorpecentes. Esse locais são redutos e centro de concentração de inúmeras energias e
espíritos que se alimentam do padrão energético que emana durante o consumo desses
elementos e se prendem a médiuns desatentos.
@ Estar em equilíbrio e sempre que possível descando, uma boa noite de sono auxilia
muito na carga energética dos trabalhos.
@ sempre que possível tomar um banho de descarrego e outro de imantação com ervas
que correspondam ao trabalho que será realizado.
@ Ajudar sempre que possível nos trabalhos da Tenda Espírita, permitindo assim que as
energias do ambiente - astrais e espirituais, atuem sobre seu campo energético e
melhorem a sua resposta as correntes vibratórias do terreiro.
@ Ocorrendo qualquer infração a essas normais, procurar o zelador da casa e conversar
sobre o ocorrido para que seja vista a melhor forma de harmonização ou em casos de
necessidade a suspensão do mesmo para os trabalhos da corrente na data.

ATITUDES QUE DRENAM ENERGIA

Os pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar
remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não
tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo
da mente e acabam gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas,
além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de
pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai


mais negatividade para nossas vidas.

Os sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as


energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à
toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a
energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade são gasta na manutenção de
sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa
a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o
desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as
energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

Mau hábito, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis,
exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a
competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a
manutenção da saúde energética.

Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a
tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”,
costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto
aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por
outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando
nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é
apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que
aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior
carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma
regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer
seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si
mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

Mentira pessoal -Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita
energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós
mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai
enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece
com pouquíssimo esforço.

Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais,
evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer
também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos
recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do
que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único
prêmio, nesse caso, é a frustração.

Projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e


emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários,
gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida
que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e
coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro
“escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não
concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!”
Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não
vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

autoconhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em


projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também


nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e
trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte
maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes
cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e
são sugados em suas energias vitais.

Novamente - posicionar os móveis de maneira correta, usar espelhos para proteger a


entrada da casa, colocar sinos de vento para elevar a energia ou ter fontes d’água para
acalmar o ambiente são medidas que se tornarão ineficientes se quem vive neste espaço
não cuidar da própria energia. Portanto, este efeito positivo destas aplicações nos ambiente
estão diretamente relacionados à contenção da perda de energia das pessoas que moram
ou trabalham no local. O ambiente faz a pessoa, e a pessoa faz o ambiente.

Exercite sua mente para a paz espiritual

O INÍCIO DA INCORPORAÇÃO NA UMBANDA

É muito comum no inicio das incorporações no desenvolvimento medíunico, quando a gente


está ansioso, com medo , curioso e inseguro para saber quem são nossas entidades, como
trabalharam, nomes, etc… Todos já passaram por isso.
Quando há as incorporações o médium fica mais que atento a qualquer palavra que saia
de sua boca ” se eu falando ou a entidades, o que vai acontecer agora, o que ele tá fazendo”
….. tudo isso faz parte do inicio, pois ser consciente é perfeitamente normal e não é sinal
de “falta de firmeza, ou imaturidade nas incorporações, ou fraqueza do médium. E é nessa
fase onde o médium atua muito junto com a entidade, por sua participação, ‘interatividade”
que é peculiar nesse ínicio, ocorre maior incidência de uma interferência do médium,
sobrepondo a da entidade. Porém, com o passar do tempo, o médium vai ganhando
confiança, vai aprendendo a ficar mais alheio das manifestações da entidades, pois para
ele não terá mais mistérios e se reservará da total abstenção de qualquer tipo de
interferência, inclusive de sua propria opinião do que a entidade deveria agir, falar ou
conduzir numa consulta.
Muitas pessoas desistem no ínicio, por não aceitar sua consciencia e não conseguir
trabalhar psicologicamente essa questão e achar que é ele ali e não a entidade. De não
insistir e entender que as incorporações vão se firmando com o tempo. E para a Umbanda
a afinidade e sintônia nas incorporações é de fato, mais demorada. E nesse processo de
ajustes, equalizações e estabelecer uma sintonia satisfatória , o médium deve entender
que haverá sim erros, o seu sobrepor a propria entidade, o animismo, porque faz parte
desses ajustes. Por isso o médium não deve ser pemitido ao estarem sob influência das
entidades; beber, fumar e principalmente, dar consultas e atender o público, quando essa
sintonia não se estabelecer de fato, avaliado pelo dirigente e guias chefes da casa.
Quando passamos a entender certos processos, eles passam a nos soar mais familiares, a
parecer mais simples e natural, nem nos causar mais tanto medo e insegurança,
principalmente se temos a oportunidade de estar em contato com outros que passam o
mesmo ou parecido com o que passamos. Assim criamos mais segurança e vencemos o
medo do desconhecido.
Não se apresse, não se precione , nem permite que outros façam isso. Cada pessoa tem
seu tempo, pois não envolve somente “abertura de canais mediunicos”, mas o emocional
e o psicológico precisam estar bem também, para que tudo ocorra de forma salutar, que
traga alegria, leveza e satisfação…e não mais agonia, desespero, medo e insegurança….
Tente aproveitar com serenidade, leveza e amor as vibrações que você sente dos seus
guias, esse é um momento único na vida de qualquer pessoa.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

- Retirado do texto de A. Araújo

(Texto internet)

UMBANDA ENSINAMENTO:

NOSSAS ENTIDADES

No máximo, são elas que nos têm!

É isso mesmo!

Não são nossas como costumamos falar de boca cheia...

Nenhuma entidade é propriedade nossa, nenhuma entidade nos pertence...

Não temos super poderes por recebe-las!

Tão pouco elas são super heróis!

Não somos nós médiuns que as escolhemos!

São elas quem nos escolhem!

Somos pertencentes à espiritualidade...

Somos preparados para isto!

Somos instrumentos disponíveis...

Para que os guias nos utilize como ferramenta para prestação da caridade...

• "Meu Erê fez isso"!?

• "Meu Caboclo fez aquilo"!?

NÃO!

Eles não são seus...

É o Erê que trabalha com você...

É o Caboclo que trabalha com você...

Não se esqueça que é uma via de mão dupla, de aprendizado e evolução...

Para você e para a entidade que te acompanha nesta jornada...

Muito mais para você certamente!

Quando alguém alcança alguma graça, alguma cura, algum objetivo...

Com a ajuda do Erê que trabalha com você, não existe mérito...

Não existe Erê melhor!

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Existe um espírito que prestou a caridade da melhor forma possível...

E um médium que cumpriu o seu papel...

Deixou a entidade trabalhar da melhor forma, sem interferências ou vaidades...

A Umbanda é isso!

Prestar a caridade com amor e dedicação...

Não sobra espaço para vaidade, não sobra espaço para achismos e teorias...

Ela simplesmente acontece!

Salve nossos companheiros espirituais!

Salve a Umbanda!

Um dos mais sincero texto que li...o que é conhecimento tem que ser compartilhado...

NÃO IMPORTA ...

Não importa se a Umbanda é branca, de mesa, trançada, tradicional, esotérica ou sagrada


desde que haja amor, caridade e fé.

Não importa se é num templo, barracão, chão de terra ou fundo de casa desde que tenha
acolhimento, conforto e axé. Não importa quem são seus filhos, seus consulentes e seus
rituais desde que o caboclo venha em terra os respeite e aceite.
Não importa quais são as linhas de trabalho, se só Exu e Pomba Gira, se Pretos Velhos ou
Malandros desde que só se faça o bem.

Religião é coisa do homem, no plano espiritual somos todos iguais. Deus é um só, mesmo
que chamado de Olorum, de Javé, de Tupã, de Zambi ou apenas Pai. O mesmo espírito
que se manifesta aqui, também o faz no centro espirita, na igreja católica, evangélica, no
catimbó...
São trabalhadores da luz, assumindo arquétipos, trejeitos e incorporando ou não estão
sempre de prontidão para ajudar a quem lhes pede socorro. As diferenças não existem
para serem discutidas ou comparadas, mas para serem aceitas.

A verdade de um nem sempre é a do outro e isso não é errado, é diferente, todas


funcionam desde que feito com amor.♥
AXÉ A TODOS

Créditos: Mari Estevo.

AS ENTIDADES NÃO DIZEM SEU NOME ?

O nome da Entidade não é o mais importante no início.


O importante realmente, é o trabalho que a Entidade irá realizar, e não o nome, até por
que a Entidade poderá se identificar com o nome que quiser.

Esse é o tempo para que o médium consiga se identificar com a energia da entidade, alguns
quando vindo pela primeira vez, não conseguem se adaptar com a fala, ate o período de
adaptação.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

O médium em desenvolvimento de sua tarefa mediúnica, poderá captar várias Entidades,


pois sua "antena" ainda não se encontra bem "ajustada".

Assim, nenhuma Entidade, irá dizer que se apropriou de seu corpo, de forma a não induzir,
seu aparelho a canalizar somente sua vibração.

As Entidades são sábias e sabem a importância de todas as vibrações.

No processo inicial do desenvolvimento muitas Entidades de Luz se aproximam do médium


ao mesmo tempo, aos pouquinhos o médium aprende a sintonizar cada uma delas, no
devido tempo, com paciência, estudo e dedicação.Portanto, é natural médiuns novatos
incorporarem bem suas Entidades, mas no entanto não saberem seu nome.

O fato de dizer o nome da Entidade denota em sinal de avanço no processo de


desenvolvimento, devendo ser natural, as coisas devem vir sempre ao seu tempo, sem
pressa, não devendo ser antecipado, sobre a pena de atrapalhar todo desenvolvimento.

Nesse caso, a ansiedade, a pressa,e muitas vezes a vontade de se estar pronto para o
atendimento,e na maioria das vezes por falhas dos próprios dirigentes, Pai e Mãe de Santo,
o médium se acha pronto,coloca sua Entidade acima de outras,que sua Entidade é a
melhor,faz melhor, e acontece rápido, é nesse caso que acontece a derrocada do
médium,pois a soberba dá início a sua derrota.

Nenhuma folha cai da árvore sem que seja o momento certo!Dedique-se, busque
conhecimento, procure evoluir cada vez mais, pratique a reforma íntima, tenha
comprometimento, amor e humildade para que seu nível eleve-se cada vez mais, e possa
ser um trabalhador da ceara de Umbanda com transparência, honestidade e simplicidade.

UMBANDISTA EM EXTINÇÃO

Se você, ao entrar em um terreiro, pede licença e saúda os assentamentos e firmezas da


casa;

Se você, ao ficar diante de um Preto Velho se ajoelha e pede sua benção;

Se você, ao se afastar de um guia ou do altar, sai de costas e permanece de frente para o


altar;

Se você, ao conversar com uma entidade, se curva e abaixa o olhar em sinal de respeito;

Se você, ao tomar um passe, agradece de coração a entidade que o atendeu;

Se você, ao ganhar de um guia um gole de sua bebida, pega sempre o copo com as duas
mãos;

Se você, ao ser convocado para um trabalho difícil, não se envaidece e se prepara com
amor;

Se você, ao ser corrigido por seu Pai/Mãe de santo não se enfurece, mas entende que é
para sua evolução;

Se você, ao encontrar seu Pai/Mãe de santo, toma sua benção, seja onde fôr;

Se você, ao cantar determinados pontos de umbanda ainda se emociona como no início;

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Se você, ao perceber um erro de alguém, não critica, mas procura orientar da forma
adequada;

Se você, ao não entender um ensinamento ou doutrina, questiona, pergunta, ao invés de


fingir que entendeu;

Se você, ao ouvir comentários desnecessários dentro do terreiro os ignora e não se


envolve;

Se você, ao faltar a gira ou em algum trabalho, pede desculpas aos seus guias por sua
falta;

Se você, ao fim de um culto ou trabalho fica feliz e ansioso pelos próximos;

Se você, ao se sentir fraco, busca a ajuda de sua casa ao invés de se afastar dela;

Se você, ao presenciar algum problema em sua casa, não se omite e toma as devidas
providências, mostrando-se atuante;

Se você, se preocupa tanto com o seu próprio desenvolvimento quanto com o dos outros;

Se você, tem respeito e amor verdadeiro por sua casa e entende o quão é difícil, em vários
momentos, mantê-la...

PARABÉNS POR SUA POSTURA, MAS CUIDADO, VOCÊ É UM UMBANDISTA EM EXTINÇÃO.


CUIDE-SE BEM, PRESERVE-SE PRECISAMOS MUITO DE VOCÊ! ❤

A Religião não é para fazer o que eu quero, é para me ensinar a entender que tudo quanto
possuo ou me atinge é do meu merecimento. É a lei: do dar e receber, ação e reação, do
plantar e colher.

Ninguém recebe nada, em lugar do outro. Ninguém colhe o que não plantou e ninguém
pratica o bem para receber o mau em troca.

Cada Ser tem seu aprendizado no dia-a-dia, com experiências diferentes, mas
ensinamentos idênticos, pois, as lições do Cristo só mudam na maneira de serem aplicados,
eles são iguais em seus conteúdos e, estendidos para todos os seus filhos, sem distinção.

A Umbanda é um tratamento para a alma, em que se começa massageando o coração e


termina-se em harmonia com todo o nosso Ser.

Na Umbanda aprende-se a entender e aceitar os “porques” de nossa vida. Aprendemos


que devemos viver esta vida da melhor maneira, que nos for possível, sem deixar nossos
rastros para serem apagados na próxima volta, e, não devemos nos preocupar com o que
ficou acumulado de outra vida, do qual não temos consciência graças a Deus.

O importante é aprendermos a lição da vida presente e ter a preocupação de vivê-la bem,


com amor, caridade, perdão e sabedoria. Devemos, também, entender que adquirir todo
ensinamento e entendimento possivel, advindo das situações de sofrimentos e vitórias, e
transformá-lo em escada para o nosso crescimento, espiritual e material, é conscientizar-
se das oportunidades que Zambi nos dá e utilizá-la para a transformação e evolução
pessoal.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

A Umbanda nos ensina a aceitar as dificuldades familiares e a transformar os inimigos em


amigos diante da prática do amor, caridade e perdão.

VOCÊ NÃO PRECISA PROVAR QUE ESTÁ INCORPORADO


O desenvolvimento mediúnico na Umbanda #8

A insegurança leva alguns médiuns a “forçarem a barra". Movidos pelo medo do julgamento
alheio, interferem na incorporação e aumentam os trejeitos do guia. É o caso de quando
observamos aquele sotaque forçado, o giro excessivo, a risada exagerada. Entendam, não
é preciso provar nada para ninguém. A entidade veio para fazer a caridade, não para
receber aprovação dos olhares dos outros.

Cada médium manifesta os guias de uma maneira bem particular. Alguns apresentam mais
trejeitos, com sotaque, andar, e movimentos mais característicos do arquétipo da
entidade. Enquanto outros nem tanto, sua presença é menos marcante e sua manifestação
mais sutil. E não há nenhum problema nisso.

Para que a entidade faça sua caridade, ela não precisa disso. O passe, o descarrego, a
cura, a abertura de caminhos, entre outros, dependem mais de uma manipulação
energética do que como a entidade se apresenta. Estas bênçãos da espiritualidade se
originam da união entre a vibração do guia com o do médium, irradiado na força dos
Orixás, sustentado pelos assentamentos do terreiro.

Os trejeitos auxiliam a caracterizar a linha de trabalho do guia, sendo fiel aos arquétipos
que representam. Muitas vezes, a entidade utilizam-se de um desses elementos mais pela
falta de fé do consulente do que por real necessidade.

Um exemplo é o conhecimento da tecnologia moderna. O guia, um espírito muito mais


elevado que nós, cujo conhecimento ultrapassa em muito o nosso, sabe muito bem o que
é um carro, um computador, um celular. Mas se ele diz algumas dessas palavras, gera-se
falta de fé e, com isso, fecha-se às boas energias da entidade.

É por estas razões que sempre reforçarmos: apenas deixe a incorporação fluir em sua
naturalidade. Você não precisa fazer careta para mostrar que a entidade está ali presente.
Apenas relaxe seu campo mental, cesse as resistências da mente e sinta o que a entidade
quer passar. Com o tempo, isto será instantâneo, e em vez de ficar se perguntando se é o
guia ou você, você apenas se observará dando liberdade ao falangeiro.

Lamentavelmente, ainda sobrevivem em alguns terreiros provas físicas de incorporação.


Testes como andar na brasa, comer vidro, queimar a pele, entre outra cenas absurdas. Ao
nosso ver, são práticas desnecessárias e incompatíveis com nosso momento atual. Em
tempos que os processos mediúnicos são cada vez mais conscientes (e não há nenhum
problema nisso), dificilmente eles passarão com sucesso nessas provas.

O guia mostra-se presente não com atos físicos, nem movimentos corporais, nem sotaques
forçados. E sim com orientações verdadeiras, energia elevada, respeito à hierarquia e
muita sabedoria. A verdade da Umbanda encontra-se no espírito. E aqueles que a ela se
abrirem, conhecerão seu significado.

🌸 Criança na Umbanda é uma benção de Deus


E dessa vez não falo dos nosso amados Erês
Falo das nossas crianças filhas e filhos de médiuns Umbandistas

Crianças são simplesmente o futuro da nossa Umbanda


São elas que levarão a Umbanda à frente quando nossa matéria não aguentar mais

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

São elas que levarão a religião de Umbanda com toda força, amor e fé, que ensinaremos
a elas

Criança na Umbanda tem que ser feliz


Criança pode correr, pular e brincar no Templo
Ela tem que entender desde cedo que a Umbanda é lugar de se sentir feliz
Que a Umbanda faz bem
Que a Umbanda que hoje elas brincam será a Umbanda que amanhã elas respeitarão, irão
amar com todo seu coração e ensinarão seus filhos e filhas.

AS SETE LINHAS

Para entender um pouco mais a Umbanda devemos conhecer as linhas ou vibrações. Uma
linha ou vibração, eqüivale a um grande exército de espíritos que rendem obediência a um
"Chefe". Este "Chefe" representa para nós um Orixá e cabe a ele uma grande missão no
espaço.
Vejamos quais são as Sete Linhas da Umbanda:

1. Linha De Oxalá ( Ou Orixalá )


2. Linha De Yemanjá
3. Linha De Xangô
4. Linha De Ogum
5. Linha De Oxossi
6. Linha De Yori (Ibeiji)
7. Linha De Yorimá (Almas)

1 - Linha de Oxalá

Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz
refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo,
compassado e
se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de
grande
misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de
Cabeça".

2 - Linha de Iemanjá
Essa linha é também conhecida como Povo d'Água. Iemanjá significa a energia geradora,
a
divina mãe do universo, o eterno feminino, a divina mãe na Umbanda. As entidades dessa
linha
gostam de trabalhar com água salgada ou do mar, fixando vibrações, de maneira serena.
Seus
pontos cantados têm um ritmo muito bonito, falando sempre no mar e em Orixás da dita
linha.

3 - Linha de Xangõ
Xangô é o Orixá que coordena toda lei Kármica, é o dirigente das almas, o Senhor da
balança universal, que afere nosso estado espiritual. Resumindo, Xangô é o Orixá da
Justiça. Seus
pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre aos seus
sítios
vibracionais como as montanhas, pedreiras e cachoeiras.
4 - Linha de Ogum

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques


conseqüentes do karma. É a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas
da vida. É
a divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros. Os Caboclos de Ogum gostam
de
andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes
demonstram
vivacidade. Suas preces cantadas traduzem invocações para a luta da fé, demandas,
batalhas, etc.

5 - Linha de Oxossi
A vibração de Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou seja,
o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. Suas entidades falam de
maneira
serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. Seus pontos
cantados
traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da
espiritualidade e da natureza, principalmente as matas.

6 - Linha de Yori
Essas entidades, altamente evoluídas, externam pelos seus cavalos, maneiras e vozes
infantis de modo sereno, às vezes um pouco vivas. Quando no plano de protetores, gostam
de
sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Seus pontos cantados são
melodias
alegres e algumas vezes tristes, falando muito em Papai e Mamãe de céu e em mantos
sagrados.

7 - Linha de Yorimá
Também chamada de Linha das Almas, essa linha é composta dos primeiros espíritos
que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Orixás
Velhos,
verdadeiros magos que velando suas formas kármicas, revestem-se das roupagens de
PretosVelhos ensinando e praticando as verdadeiras "mirongas". Eles são a doutrina, a
filosofia, o
mestrado da magia, em fundamentos e ensinamentos. Geralmente gostam de trabalhar e
consultar
sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação através de sua
fumaça.
Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho e o cansam
muito, principalmente pela parte dos membros inferiores, conservando-o sempre curvo.
Falam
compassado e pensam bem no que dizem. Raríssimos os que assumem a Chefia de Cabeça,
mas
são os auxiliares dos outros "Guias"- o seu braço direito. Os pontos cantados nos revelam
uma
melodia tristonha e um rítmo mais compassado, dolente, melancólico, traduzindo
verdadeiras
preces de humildade

AS 7 LINHAS DE UMBANDA: HISTÓRICO E EVOLUÇÃO


Douglas RainhoDOUGLAS RAINHOJUNHO 11, 20185950 VISUALIZAÇÕES
UMBANDA1 COMENTÁRIO5950 VISUALIZAÇÕES 2
“Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos, Aos menos evoluídos, ajudaremos. Mas
a nenhum viraremos as costas.” Caboclo das 7 Encruzilhadas

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Como começamos a falar no artigo sobre Vertentes de Umbanda, nem toda estrutura
umbandista – as casas, terreiros e tendas – praticam a Umbanda da mesma forma,
inclusive a forma como compreendem as forças ou as presença das entidades, é diferente.
A essa categorização de forças, damos os nomes de Linhas, sendo mais comum encontrar
empregado o termo 7 Linhas de Umbanda.

Antes de entrarmos nas 7 linhas e nas muitas visões que as vertentes possuem delas,
devemos compreender que a palavra “linhas” acaba sendo usada para uma infinidade de
coisas e situações dentro da Umbanda, assim como a palavra guia, que ora significa
entidade espiritual, ora significa fio-de-contas. A palavra “linhas”, pode ser empregada
para designar a Vertente, as sete Linhas básicas de Umbanda, as sub-linhas (chamados
por alguns de falanges e legiões) e também as entidades ou a forma de atuação das
entidades (linha dos caboclos, linha dos baianos, etc).

Quando falamos de Sete Linhas, estamos nos referindo as sete principais divisões ou
categorizações dentro da Umbanda. Sempre lembrando que isso se dá para uma melhor
assimilação por nós encarnados e não significa que as entidades da diversas linhas se
misturem e trabalhem em conjunto. Podemos dizer que as linhas são apenas designações
ou funções que cada entidade desempenha com melhor proficiência.

As 7 Linhas de Umbanda
Dentro da estrutura básica dividem-se as linhas por sete, sempre estas sete, sendo
irradiadas por Olodumaré, Zambi, Olorum, Tupã, ou outro nome a que nos referimos a
Entidade Suprema, Criadora, o Deus Inefável. As linhas subsequentes são colocadas ou
dispostas de forma a obedecerem uma força específica, mas não obedecem uma
hierarquização clássica, com exceção de Oxalá. Justamente por isso sempre veremos, em
qualquer estrutura umbandista – ou na maioria pelo menos – a linha de Oxalá sendo a
primeira linha. As demais podem variar na sua posição de aparecimento, porém não
significa que a Linha de Ogum (na Umbanda Tradicional a segunda linha) seja mais forte
ou tenha mais elevação que a linha de Iemanjá (geralmente a sexta linha).

A escolha do número sete não é ao acaso, ela obedece a uma tradição esotérica muito
presente nas terras brasileiras e advinda – ao contrário do que se acredita – da magia
européia. O número 7 representa o completo, a perfeição, um ciclo total, seria a
representação de tudo que pode haver. Logo o 7 também poderia ser representado como
o Ourobouros, a serpente que persegue a própria cauda e que sempre se renova.

Dentro da Umbanda, das muitas culturas que a influenciaram, encontramos a presença da


influência africana da cultura bantu, de uma forma mais impactante. Muito da Umbanda,
tem influência da cultura dos povos de Congo e de Angola, porém hoje desconhecemos
muito disto. Mas aqui, devemos abrir uma ressalva, pois para o povo bantu o número
sagrado não era 7 como costumá-se achar, mas sim o número 9.

Essa informação, a princípio contraditória, só reforça a tese de que a Umbanda não é de


fato africana, mas sim uma miscelânea de culturas e informações criadas no Brasil.
Encontramos também o número 7 como um número sagrado em alguns povos de cultura
Nagô e também Fon.

Então, como o número 7 representa a perfeição, teríamos dentro das 7 linhas, todas as
estruturas necessárias do Universo para trabalhar com a Umbanda. Porém muitas pessoas
confundem as 7 linhas com sete orixás, tentando criar uma nova estrutura para caber
todos os Orixás existentes.

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TENDA ESPIRITA UMBANDISTA PAI JOÃO DO CRUZEIRO

Mas isso é uma tarefa impossível – além de improdutiva e errada – pois não existem
apenas sete, nove ou vinte orixás. Existem orixás aos milhares, conforme cada tribo
africana, isso sem considerar os Voduns e os Inquices. Aliás, um Vodum se faz a partir do
culto do ancestral, se um ente morre e é cultuado ele se torna um vodum, logo se deifica
ou diviniza. Imagine a quantidade de voduns que existem então.

As sete linhas não representam os sete orixás, mas sim forças universais que são
sincretizadas ou expressadas (simbolizadas) por determinados orixás. Dentro dessa ideia,
deixo aqui a sugestão de leitura sobre a minha tese dos potes de poderes, para uma melhor
compreensão

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