Resenha Crítica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DO DESENVOLVIMENTO

DISCIPLINA​: ​INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA SOCIAL

ALUNA: JÚLIA PARANHOS DA VITÓRIA

MATRÍCULA: 2019107525

CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO

3º PERÍODO

RESENHA CRÍTICA:

A psicologia ou as psicologias

VITÓRIA

2020
É comum no nosso dia-a-dia, ouvirmos falar sobre a psicologia, a final, todo mundo
tem a sua própria. Um exemplo disso são as mães que costumam dizer aos seus filhos: “
Tenho que ser médica, professora e até psicóloga”, elas, dizem isso mesmo não tendo
nenhuma formação científica e isto significa que o uso da psicologia feito por essas mães é a
psicologia do senso comum. E, nisso, vem a pergunta: O que seria a psicologia do senso
comum?

Ela não é menos psicologia por ser colocada como um domínio superficial e pequeno
do conhecimento acumulado pela psicologia científica. O conhecimento do senso comum, ela
ajuda-nos a compreender os problemas cotidianos mesmo se diferindo do científico, que
como é uma ciência, tende a buscar algo mais reflexivo, objetivo e verificável. Um exemplo
de como o senso comum é importante: o chá de cordão-de-frade que a vovó prepara para uma
indigestão, ela não sabe o que há na composição do chá que pode melhorar este mal de saúde,
mas a vovó entende que se ferver aquelas folhas e tomá-las, em pelos menos 1 hora, aquela
queimação ou até ânsia passará.

Todos nós também sabemos que o senso comum e a ciência, não são as únicas formas
de conhecimento que o homem possui para descobrir e interpretar a realidade. Há também a
filosofia, que é um conhecimento caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os
problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes
da própria razão humana. Para além da filosofia, há o conhecimento da religião que parte do
princípio de que as “verdades” tratadas são infalíveis, e essas são formadas pelo conjunto de
pensamentos sobre a origem do homem consistentes em “revelações” divinas (sobrenatural).

Agora que sabemos onde se encaixa cada tipo de conhecimento, irei explicar sobre o
objeto de estudo da psicologia. Ficou claro que ela faz parte de um conhecimento científico,
mas o que ela exatamente estuda?

A psicologia, assim como a filosofia e até a religião, tem haver com o homem, mas
não está ligada a sua origem, ela liga-se ao seu comportamento humano, e cada campo da
psicologia tem seu objetivo como a psicanálise que seu objeto de estudo é o inconsciente. O
grande problema da psicologia e dos seus estudos, é que o próprio pesquisador está inserido
no seu objeto de estudo, isso pode mudar o foco do científico, podendo contaminar a
pesquisa, e isso ocorre porque há diferentes concepções de homens para os cientistas. E
podemos usar aqui como uma grande amostra da contaminação o filósofo Rousseau que tinha
como estudo o homem e por ser um homem vinculou suas pesquisas a suas crenças. “Muitos
se apressam a concluir que o homem é naturalmente cruel e que necessita de polícia para
amansá-lo. Ora, nada é tão meigo quanto ele no seu estado primitivo”, Rousseau,
basicamente diz nesta passagem que o homem era bom no seu estado primitivo, e de alguma
forma ele foi corrompido. Isto é sua concepção sobre o homem, faz parte de sua experiência e
sua vivência, sua ideia de mundo.

A identidade da psicologia é também o que a difere das outras ciências humanas, ela
trabalha o homem de uma maneira particular. ​“​Nossa matéria-prima, portanto, é o homem em
todas as suas expressões, as visíveis (nosso comportamento) e as invisíveis (nossos
sentimentos), as singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos
assim) — é o homem-corpo, homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isso está
sintetizado no termo subjetividade.

A subjetividade é o mundo das ideias, uma síntese singular e individual que cada um
de nós constitui, desenvolvida na vivência das experiências sociais e culturais. São diversos
fatores que nos levam a isso. A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar,
amar e fazer de cada um. Ela não é somente fabricada, produzida, moldada, mas também é
automoldável.

A psicologia vem se desenvolvendo desde 1875, quando Wilhelm Wundt (1832-1926)


criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha.
Foi neste período que houve o desligamento das ideias abstratas e do misticismo da
psicologia. Mesmo ela não conseguindo explicar muita coisa sobre o homem, ela é construída
em cima do campo da ciência. Isto deixa claro que a psicologia não tem haver com o
adivinhação entre outras práticas místicas como ocorreu em seu passado. Atualmente,
qualquer psicólogo formado que aderir esta prática, corre o risco de perder a sua carteira
profissional da área.

Ao fim desta resenha, deixo claro que a psicologia é uma ciência muito importante,
que tem várias vertentes que atinge muitos grupos. É necessária em vários locais do nosso
cotidiano e é usada várias vezes no nosso dia-a-dia.
REFERÊNCIAS:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de


metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003. Capítulo 3.

WEFFORT, Francisco C. Os clássicos da política, v. 1. Capítulo 6.

Você também pode gostar