Psicanalise Tema 2 - Sexualidade
Psicanalise Tema 2 - Sexualidade
Psicanalise Tema 2 - Sexualidade
Em outras palavras, a visão que existia sobre as crianças antes de Freud era relativa
a um ser ingênuo e angelical que despertava pouco interesse na sociedade.
O trato da criança com a pessoa que a assiste é, para ela, uma fonte incessante de
excitação e satisfação sexuais vindas das zonas erógenas. Em adição, essa pessoa
cuidadora — usualmente a mãe — contempla a criança com os sentimentos
derivados de sua própria vida sexual: ela a acaricia, beija, e embala, e é
perfeitamente claro que a trata como o substituto de um objeto sexual plenamente
legítimo.(FREUD, 1905, p. 210-211)
Pulsão
O aspecto pulsional remonta à ideia de uma variabilidade do objeto que visa à
satisfação. A satisfação, refere-se à ideia da obtenção de prazer, e não apenas a
necessidade biológica.
Instinto
O instinto remete-se a um impulso natural para a obtenção de objetos que visam
satisfazer as necessidades de sobrevivência própria ou da espécie.
As características da pulsão
As pulsões parciais estão ligadas a zonas erógenas específicas (zonas do corpo por
meio das quais a criança sente prazer), compondo a sexualidade infantil de caráter
autoerótico. Essa composição nos remete ao caráter perverso-polimorfo da
sexualidade.
Para Freud, a criança não tem seu gozo restrito ao aspecto genital, daí a ideia de
polimorfo; ao mesmo tempo, a criança não apresenta um objeto fixo para um
determinado impulso, daí a ideia de perverso. Logo, é frequente que a criança sinta
prazer de diversas formas e com diversos objetos.
Mas é importante que entendamos que esse prazer da criança não se enquadra,
necessariamente, à lógica do prazer caraterístico da vida sexual adulta.
Podemos exemplificar como o prazer na mucosa da boca. O beijo ou o ato de fumar
podem ser, tradicionalmente, do ponto de vista psicanalítico, vistos como derivados
do prazer infantil da sucção no ato da amamentação.
PERVERSÃO
PULSÃO
Do ponto de vista da energia, dizemos que a energia da pulsão sexual, seu motor, é
a libido.
Freud pressupõe que, em não existindo o que se poderia dizer de uma sexualidade
normal, genitalizada e com fins procriativos apenas, o objetivo da pulsão é a
descarga, ou seja, a satisfação. Freud afirma que há sempre algo de perverso no
concernente à atividade sexual, contornando-se um objeto para a finalidade de
obtenção da satisfação.
SEXUALIDADE INFANTIL
Os destinos da pulsão
1.RECALQUE
4.SUBLIMAÇÃO
O último destino da pulsão é a sublimação. Tendemos a pensar a sublimação como
sinônimo de criação, especialmente a artística. Pode haver sublimação na arte, mas
nem toda arte é sublimação, e tampouco toda sublimação se converte em arte. A
sublimação é, sobretudo, a necessidade de criação de um caminho que seja
orientado pela transformação da energia sexual em fins culturais.
Desenvolvimento psicossexual
anímico.
1.FASE ORAL
É a primeira fase da evolução sexual pré-genital, corresponde aos primeiros
momentos de vida até 2 anos de idade, aproximadamente, e refere-se ao momento
em que o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa
dos lábios e da cavidade bucal.
No caso da organização oral, a fonte é a zona oral, o objeto é o seio e o objetivo é a
incorporação do objeto.
No desmame, quando esse objeto é abandonado, ou seja, quando a satisfação se
desliga da necessidade de nutrir-se, tanto o objeto quanto o objetivo ganham
autonomia com respeito à nutrição, constitui-se o protótipo da sexualidade oral para
Freud — o chupar o dedo — e o início do autoerotismo.
2.FASE ANAL-SÁDICA
Freud salienta o valor simbólico dessa fase, sobretudo ligado às fezes. Tal é o caso
da significação de que se reveste a atividade de dar e receber ligada à expulsão e à
retenção das fezes. É na fase anal que se constitui a polaridade atividade-
passividade que Freud faz corresponder à polaridade sadismo-masoquismo.
3. FASE FÁLICA
Marcará o momento posterior às fases oral e anal, portanto, entre os 3–5 anos. É
nela que a criança reconhece apenas um órgão genital: o masculino. Para Freud,
essa fase apresentará a oposição entre os sexos, por meio da distinção fálico-
castrado, portanto, caracterizada pela castração.
Nessa fase, Freud identificou reações de crianças a seus pais como ameaça
potencial à satisfação de suas necessidades. Dessa forma, para o menino que
deseja estar próximo de sua mãe, o pai se torna como que um rival. Ao mesmo
tempo, o menino ainda quer o amor e a afeição de seu pai. Surge, portanto, a ideia
de ambivalência, ou seja, a criança terá que lidar com o fato de amor e ódio estarem
muito próximos, sobretudo na fantasia. A criança está na posição de querer e temer
ambos os pais.
PERÍODO DE LATENCIA
FASE GENITAL