TCC Raphael
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Saúde Pública.
Reflita por um momento, a água que consumimos diariamente precisa passar
por um controle de qualidade, não é mesmo? Afinal, não podemos consumir
um líquido com substâncias nocivas à nossa saúde. Logo, uma rigorosa gestão
de qualidade da água afim de sanar eventuais problemas causados por seu
uso, é necessário.
O controle de qualidade visa o monitoramento e melhoria dos recursos hídricos
que irá ser fornecido aos consumidores. Ele é feito por empresas responsáveis
por esse tipo de aplicação, como empresas de fornecimento de água e
saneamento de cada estado. Contudo, nem sempre as empresas conseguem
manter o controle de qualidade eficiente, como mostramos nesse post,
referente a um descaso hídrico na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Um ser humano adulto, possui cerca de 60% do corpo formado por água, logo
não é difícil imaginar que sem o controle e análise da qualidade desse precioso
líquido que nos mantém ativo no planeta, possa haver a contaminação do
nosso corpo trazendo prejuízos que podem perdurar uma vida toda.
O Brasil tem 12% da reserva de água doce do mundo, e mais de 70% das
reservas hídricas do país se concentram na Amazônia. Devido a essa aparente
abundância, muitas vezes, o recurso é tratado como se jamais fosse acabar.
Entretanto, a importância da preservação dos rios e nascentes é indiscutível.
Mas não precisamos de muitos dados para constatar que o Brasil vive uma de
suas piores crises hídricas e já afeta 40 milhões de brasileiros.
Diante da atual crise hídrica, infelizmente, o cenário que nos aguarda não é
nada promissor. Como desdobramento, outras crises como de energia,
alimentos e, até mesmo, crise social e econômica são iminentes.
Portanto, fica claro que toda e qualquer ação que possa garantir a preservação
das nossas nascentes são sempre muito bem-vindas.
Além disso, a demanda de água aumenta a cada dia, assim como a poluição
das reservas de água doce. Para muitos países, a escassez de água é um
problema grave. Por isso, políticas públicas são necessárias para manutenção
da sua qualidade e preservação.
Agora que você já relembrou de alguns conceitos, vamos ao foco deste texto.
Quais as maiores dificuldades da distribuição de água no Brasil?
1- PERDAS DE ÁGUA
O estudo mostrou que a região Norte possui o maior índice de perdas (51,55%)
e a região Sul, a menor (32,29%). Os motivos dessas perdas podem ser
diversos: ligações clandestinas, erros de medição, ligações não cadastradas e
até mesmo vazamentos.
Em estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil nos 100 maiores municípios do
Brasil, foi constatado que 90% dos esgotos em áreas irregulares não são
coletados nem tratados. Além disso, em grande parte dessas localidades não
chegam os serviços de abastecimento de água.
Isso significa que a água que chega vem através de ligações clandestinas.
Essas ligações ilegais podem gerar contaminação da água distribuída. Além do
mais, a falta desses serviços básicos acaba gerando ambientes propícios para
a proliferação de doenças e aumento da desigualdade social.
O Instituto também apontou que 88,5% dos moradores dessas áreas disseram
estar dispostos a pagar entre R$12 e R$24 pelos serviços. Dessa forma, é
preciso que os órgãos públicos e as empresas concessionárias pensem sobre
maneiras de garantir o serviço e a qualidade de vida da população sem gerar
malefícios para as mesmas.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES