Capitulo - Libaneo - Convertido-Rec
Capitulo - Libaneo - Convertido-Rec
Capitulo - Libaneo - Convertido-Rec
( ) A produção deste texto resultou de leituras, apontamentos de aulas e discussões com alunos ao longo
dos últimos anos, na disciplina Teorias da Educação e Processos Pedagógicos, do Mestrado em Educação
da Universidade Católica de Goiás, Brasil. Desejo expressar aos alunos meus agradecimentos pelo
estímulo e pelo compartilhamento de idéias. Também agradeço, afetuosamente, contribuições sempre
bem-vindas de Lana de Souza Cavalcanti, Selma Garrido Pimenta, Cipriano Carlos Luckesi, Raquel A.
M. da Madeira Freitas, Maria Augusta de Oliveira e Akiko Santos.
Este texto é o Capitulo I do livro Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade. São
Paulo: Alínea, 2005. Organizado pelo autor em colaboração com Akiko Santos.
José Carlos Libâneo é doutor em História e Filosofia da Educação. Pertence ao Departamento de
Educação e ao Mestrado em Educação da Universidade Católica de Goiás, Brasil. Investiga temas de
Teoria da Educação, Didática e Organização e Gestão da Escola.
2
1
É inevitável explicitar que o termo “pós-moderno” está entre aspas devido às notórias dificuldades em
defini-lo com precisão, já que continua carregado dos mais diversos sentidos. Todavia, é preciso utilizá-lo
ao menos para identificar mudanças contemporâneas marcadas por rupturas, incertezas, diversidades, em
relação a paradigmas, modelos de vida, meios de comunicação. Há uma segunda razão para o uso do
termo, que são as referências a correntes e autores no campo da educação que explicitamente se incluem
no pensamento pós-moderno. Todavia, cumpre registrar que compartilho com mais familiaridade com
posições de Touraine, Giddens, Santos, de uma postura de reconstrução da modernidade sem desconhecer
evidências da condição pós-moderna.
3
3
Prefiro a denominação “renovada” tal como esclareço no meu livro Didática: “A denominação
pedagogia renovada se aplica tanto ao movimento da educação nova propriamente dito, que inclui a
criação de “escolas novas”, a disseminação da pedagogia ativa e dos métodos ativos, como também a
outras correntes que adotam certos princípios de renovação educacional mas sem vínculo direto com a
Escola Nova.” (Libâneo, 2005).
4
São várias as denominações de pedagogias inspiradas no marxismo que se distinguem pela adesão a
distintas interpretações do pensamento marxiano ou pela acentuação de determinados temas e não de
outros. Ressalvando-se essa peculiaridade, as mais conhecidas, além da mencionada, são: pedagogia
histórico-cultural, pedagogia histórico-crítica, pedagogia sócio-histórica, pedagogia histórico-social,
pedagogia histórico-cultural. A pedagogia crítico-social identifica-se sempre mais com a tradição da
pedagogia histórico-cultural e contribuições das investigações recentes dessa orientação teórica.
7
5
Embora algumas das correntes mencionadas preencham os requisitos convencionais do que se chama de
“teoria”, preferi no momento designar todas de “correntes”, considerando a provisoriedade das
classificações em geral e desta, em particular.
11
Ciências cognitivas
3. Sociocríticas Sociologia crítica do currículo
Teoria histórico-cultural
Teoria sócio-cultural
Teoria sócio-cognitiva
Teoria da ação comunicativa.
4.“Holísticas”6 Holismo
Teoria da Complexidade
Teoria naturalista do
conhecimento
Ecopedagogia
Conhecimento em rede
5. “Pós-modernas” Pós-estrutruralismo
Neo-pragmatismo
8
Optei por utilizar uma denominação bastante genérica para agrupar os desenvolvimentos teóricos no
âmbito da psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento e que se situam no “pós” ou no “neo”, mas
sem muita segurança. Há modalidades nessa corrente que certamente caberiam aqui como a
psicopedagogia, a neuropsicologia cognitiva, e outras, que dispõem de investigações que se encaixam no
atributo de “contemporâneas” com influências no campo pedagógico.
13
9
Ver, a respeito, recente publicação de Akiko Santos, A Didática sob a ótica do pensamento complexo
(2004) na qual critica a fragmentação do conhecimento, a objetividade, a previsibilidade, presentes na
visão empiricista de didática tradicional, propondo transformar o processo do conhecimento em um
processo dialético da complexidade.
17
Bibliografia