REL FINAL-826205-2015 - Completo BX
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Titular
JOSSEMAR BIBERG
CPF nº 016.929.829-90
Substância ÁGUA MINERAL
Área 35,98 hectares
Local Rua Alagoas, nº 1390, Bairro Ipê
Município-Estado MEDIANEIRA – PARANÁ
48413.826205/2015-87
Processo ANM
Alvará de Pesquisa n° 12.751, DOU: 02/12/2016
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 – OBJETIVOS 1
1.2 – HISTÓRICO DO PROCESSO 1
1.3 – A SUBSTÂNCIA PESQUISADA – ÁGUA MINERAL 2
1.3.1 – ASPECTOS GERAIS 2
1.3.2 – NORMAS E CLASSIFICAÇÃO 2
1.3.3 – O MERCADO DE ÁGUA MINERAL 6
1.3.3.1 - Nacional 6
1.3.3.2 – Estado do Paraná 10
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 13
3.1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E PREPARAÇÃO DE MAPAS TOPOGRÁFICOS 13
3.2 – CARTOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO 14
3.3 - DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS, HIDROGEOLÓGICOS E CLIMÁTICOS 14
3.4 - MAPEAMENTO GEOLÓGICO 14
3.5 - POÇO TUBULAR PROFUNDO P-01 (FONTE IPÊ) 14
3.6 - CÁLCULO DA VAZÃO (Testes de Bombeamento) 18
3.7 - AMOSTRAGEM DE ÁGUA E ENSAIOS 18
3.8 - TRATAMENTO, INTERPRETAÇÃO DOS DADOS E RELATÓRIO FINAL 18
4. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL 21
4.1 – FISIOGRAFIA 21
4.1.1 – ASPECTOS MORFOLÓGICOS 21
4.1.1.1 - Geomorfologia da Bacia Hidrográfica da Área
Pesquisada 23
4.1.1.2 - Geomorfologia da Área 23
4.1.2 – PEDOLOGIA 26
4.1.2.1 - Latossolos 26
4.1.2.2 - Nitossolos 27
4.1.2.3 - Neossolos 28
4.1.3 – VEGETAÇÃO 29
4.2 – CONTEXTO GEOLÓGICO 31
4.2.1 – GEOLOGIA REGIONAL 31
4.2.1.1 - Bacia Vulcano-Sedimentar do Paraná 31
4.2.1.2 - Arranjo Crono-Litoestratigráfico do Mesozoico-
Cenozoico 36
4.2.1.2.1 - Depósitos Sedimentares Quaternários 36
4.2.1.2.2 – Grupo Serra Geral 36
4.3 – HIDROMETEOROLOGIA 42
4.3.1 – CLIMA 42
4.3.2 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALEGRIA 46
5. RESULTADOS OBTIDOS 72
5.1 – GEOLOGIA DA ÁREA 72
5.1.1 - DEPÓSITOS ALUVIONARES 72
5.1.2 - GRUPO SERRA GERAL 73
5.1.2.1 – Formação Barracão - Membro Flor da Serra do Sul
(JKsgbf) 73
5.1.2.2 – Formação Cascavel - Membro Santa Quitéria
(JKsgcs) 74
5.1.2.3 – Formação Cascavel - Membro Toledo (JKsgct) 75
5.1.3 - ESTRUTURAS 79
5.2 – POÇO TUBULAR PROFUNDO – FONTE IPÊ (P-01) 81
5.3 – VAZÕES OBTIDAS 83
5.3.1 – VAZÃO TOTAL 84
5.4 – CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA 84
5.4.1 - CLASSIFICAÇÃO MINERAL E POTABILIDADE 84
5.5 – CASA DE PROTEÇÃO DA FONTE 85
5.6 – POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO-ANÁLISE 86
5.7 – DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO DA FONTE 89
5.7.1 – PONTO DE AMARRAÇÃO (PA) 89
5.7.2 – DESCRIÇÃO DA POLIGONAL 89
5.7.3 – ZONAS DE PROTEÇÃO 90
6. INVESTIMENTOS REALIZADOS 93
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99
FIGURAS
QUADROS E TABELAS
GRÁFICOS
PRANCHAS
ANEXO I
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
ANEXO V
ANEXO VI
ANEXO VII
A. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO
B. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA
C. IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR
D. TÉCNICO RESPONSÁVEL
1. INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
Neste Relatório Final de Pesquisa estão consubstanciados os resultados obtidos nos estudos
e levantamentos de detalhe desenvolvidos, os quais buscaram avaliar a área requerida
quanto à viabilidade técnica e econômica para a implantação de uma unidade industrial
de engarrafamento de água mineral natural. Desta forma, foi adotado o encaminhamento
metodológico descrito no Capítulo 3, o qual contempla o escopo contido nas normas legais
vigentes, notadamente as Portarias do então DNPM, de nºs 231/1998, 374/2009, 540/2014,
dentre outras. Ditos estudos e levantamentos abrangeram, essencialmente, a
caracterização da área e região em termos hidrológico, climático, geológico,
hidrogeológico, uso e ocupação do solo e das águas, viabilidade econômica simplificada e
delimitação da área de proteção da fonte.
1
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
O Alvará de Pesquisa, cujo vencimento seria 21/11/2020, teve sua vigência estendida
automaticamente, com base nas Resoluções ANM nº 28/2020 e 76/2021.
2
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
ela poderá, com base nos parâmetros acima expostos ser classificada como água doce,
potável e além disso ser denominada água mineral. A legislação pertinente às águas
minerais no Brasil é de responsabilidade do Agência Nacional de Mineração (ANM) . O
Código de Águas Minerais, do Decreto-Lei n o 7.841 de 08-08-45, no seu Art. 1o define as
águas minerais c águas provenientes de fontes naturais ou
artificialmente captadas, que possuam composição química ou propriedades físicas ou
físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhe confiram uma
ação medicamentosa .
O Art. 3º do mesmo Decreto estabelece uma denominação para as águas potáveis comuns,
chamadas então de Água Potável de Mesa ...águas de composição
normal, provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que
preencha
O Art. 35º do deste Decreto classifica as águas minerais, quanto à composição química,
como segue:
Oligominerais: águas que, apesar de não atingirem os limites estabelecidos neste Artigo,
foram classificadas como minerais por possuírem incontestável e comprovada ação
medicamentosa;
Radíferas: águas com substâncias radioativas dissolvidas que lhes atribuam radioatividade
permanente;
a - Alcalino-Terrosas Cálcica: águas que contiverem no mínimo, 0,048 g/l de cátion Ca +2,
sob a forma de bicarbonato de cálcio.
Sulfatadas: águas que contiverem no mínimo 0,1g/l do ânion SO 4-2, combinado com os
cátions Na+, K+ e Mg+2;
Sulfurosas: águas que contiverem no mínimo 0,001g/l do ânion S -2;
3
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
Nitratadas: águas que contiverem no mínimo 0,100 g/l do ânion NO, de origem mineral;
Cloretadas: águas que contiverem no mínimo 0,500 g/l de NaCl;
Carbogasosas: águas que contiverem 200 ml/l de gás carbônico livre dissolvido, a 20ºC e
760 mm de Hg de pressão.
O §1º do Art. 35 preconiza que as águas minerais são classificadas pelo DNPM de acordo
com o elemento predominante, podendo ter classificação mista as que acusarem na sua
composição mais de um elemento digno de nota; também pode -se classificar como mistas
as que contiverem íons ou substâncias raras (águas iodadas, arsenia das, litinadas, etc).
Por outro lado, o §2º do Art. 35 esclarece que as águas nitratadas e cloretadas terão
classificação mineral apenas quando possuírem ação medicamentosa comprovada,
consoante consta no §3º do Art. 1 deste Decreto-Lei.
Fontes Toriativas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto, com um teor em
torônio na emergência equivalente em unidades eletrostáticas a 2 unidades Mache/litro
Fontes Radioativas:
a - Fracamente Radiotivas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto com teor de
radônio entre 5 e 10 unidades Mache/litro de gás espontâneo, a 20ºC e 760 mm de Hg de
pressão.
b - Radiotivas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto com teor de radônio
entre 10 e 50 unidades Mache/litro de gás espontâneo, a 20ºC e 760 mm de Hg de pressão .
c Fortemente Radiotivas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto com teor de
radônio >50 unidades Mache/litro de gás espontâneo, a 20ºC e 760 mm de Hg de pressão .
4
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
b) Quanto a Temperatura
Caracterização Química
5
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Caracterização Físico-Química
Caracterização Física
1.3.3.1 - Nacional
Com uma produção de cerca de 8,44 bilhões de litros envasados em 2017, nas várias
formas, o Brasil é o quinto maior consumidor de água envasada do mundo, segundo dados
do Relatório Anual de Lavra-RAL da ANM. Entretanto, segundo a consultoria BMC, este
volume representa menos de 40% do consumo estimado no país. O setor registrou um
crescimento de 104% no período de 1997 a 2001. O consumo per capita passou de 13,2
litros/ano em 1997 para 24,9 litros/ano em 2001, atingindo 105,6 litros/ano em 2017,
classificando o Brasil como 15° maior consumidor de água envasada do mundo.
A divisão do mercado mantém o cenário corrente, onde 11 empresas respondem por 30%
da produção total, sendo o restante pulverizado por cerca de 556 complexos produtivos
que atuam local ou regionalmente. Segundo dados do DNPM/SISMINE (2004), a região
sudeste lidera o ranking com 54%, vindo em seguida a nordeste com 20%, a sul com 11%,
a centro-oeste por 9% e a norte responsável por 6% da produção nacional.
6
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA – ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG – ANM nº 48413.826.205/2015-87
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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Se avaliarmos o desempenho por região (Gráfico 02) observa-se que o Nordeste lidera a
atual produção, com 42,17% do total, seguido pela região Sudeste que caiu no ranking e
representa 31,49%, região Sul apresentando 9,09%, e regiões Centro -Oeste e Norte,
respectivamente com 8,94% e 8,32%.
Estes estados nordestinos, juntamente com Paraíba, Sergipe e Alagoas explicam o forte
aumento verificado na região no período de 2010-2020 (Gráfico 03). Veja que o estado da
Paraíba quase quadruplicou sua produção em 10 anos, ao passo que Sergipe e Alagoas
praticamente duplicaram. Vale destacar ainda os estados de Mato Grosso e Rio Grande do
Norte, que também quase triplicaram a produção no período.
8
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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9
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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As informações históricas disponíveis relatam que o mercado tem crescido a uma taxa de
10% ao ano no Brasil desde 2014 (acima da média mundial de 8%), atingindo quase 9 bilhões
de litros e 12 bilhões de reais em vendas em 2018 (Revista Exame, 07/12/2018). Dados de
2019 indicavam o Brasil como 8º maior produtor de água mineral envasada, com uma fatia
7% do mercado mundial. O consumo de água mineral no Brasil é superior ao
de países como Itália, Alemanha, França e Espanha, e inferior aos Estados Unidos e México
(que crescem, em média, 8,5% ao ano), e da China, essa com demanda crescente de
17,5%/ano (www.todamidiapress.com.br).
Dados disponíveis no Portal Brasileiro de Dados Abertos (ANM), para o ano de 2020, informa
que 74,3% da água mineral comercializada no país foi em embalagem de garrafões
retornáveis, com as embalagens descartáveis representando 24,0%, copos plásticos ficou
com 1,23%, garrafas de vidro com 0,11% e outros ficando com 0,36%.
No tocante aos valores de comercialização da água mineral, o total apurado para o ano
de 2020 foi de R$. 159.431.899,07, com as garrafas plásticas sendo responsáveis pelo
maior valor, perfazendo R$. 111.876.984,66, ou 70,16% do total. A água comercializada
em garrafões de 20 litros somou R$. 39.576.587,14, representando 24,8%.
Ainda referente ao ano de 2020 tem-se que vinte e seis (26) municípios foram beneficiados
com o recolhimento da CFEM-Compensação Financeira pela Exploração Mineral, através
de trinta e duas (32) empresas. O montante arrecado pela CFEM no Estado foi de
R$. 841.637,30, que teve como base de cálculo o valor de operação/comercialização
informado pelos titulares no ano, de R$. 89.728.803,14.
Ressaltando que ao município produtor cabe 60% do valor arrecadado, sendo os três
principais arrecadadores, Campo Largo (Mocelin & Cia. Ltda), Quitandinha (Baggio e
Baggio Ltda) e Toledo (Ind. e Com. de Laticínios Pereira Ltda).
10
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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2.2 ENERGIA
O suprimento de energia na área está garantido pelas subestações Medianeira e Medianeira
Norte, ambas pertencentes à COPEL - Cia. Paranaense de Energia Elétrica , e que operam
em 138 kV.
O atendimento à unidade industrial de engarrafamento será feito por linha trifásica, com
a instalação, pelo titular, de rede elétrica e transformador compatível com as tensões
disponíveis no local.
2.3 - OBRAS CIVIS
11
160.000 195.000 p/ Guaíra-PR
230.000
MAPAS DE SITUAÇÃO
Toledo
-54° -51° -48° 54°5'50"W
Missal Ramilândia
£
¤163 MS
SP
Medianeira
Cascavel
P PARANÁ
A
R Medianeira
Curitiba
£
¤277 A
R
G
SC Serranópolis
do Iguaçu
£
¤
163 54°5'50"W
188.500 189.000
Poligonal ANM
nº 826.205/2015
£
¤
277
Foz do
Iguaçu
Fonte Ipê
£
¤
277
E
!
¬
«
182
Poligonal ANM
nº 826.205/2015
Ampére
RELATÓRIO
Figura 01 - Mapa de localização e vias de acesso à poligonal FINAL DE
PESQUISA
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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A casa de proteção da Fonte Ipê e sua área de proteção foi construída com as seguintes
características principais (Prancha 06):
A área ainda não dispõe de uma estrutura comercial para o empreendimento, portanto,
nem de serviços básicos de comunicação como telefone fixo, rede de celular e internet.
O contato pode ser feito pelo celular móvel do titular com número (45) 99910-9190 e o
endereço eletrônico (e-mail) é jossebiberg7@gmail.com.
Com a área localizada na área urbana de Medianeira e próxima à BR-277, o acesso aos
serviços básicos como atendimento bancário, postos de combustíveis e oficinas , alimentos
e serviços de saúde, dentre outros serviços, porventura necessários, torna-se prático.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a área e região foi utilizado o levantamento geológico realizado pela MINEROPAR
(2013), folhas Guaraniaçu e Foz do Iguaçu, escala 1:250.000, constituindo apenas
referências regionais e denominada de Mapeamento Geológico do Grupo Serra Geral .
A elaboração das bases topográficas e cartografia temática s foram geradas com base nos
seguintes trabalhos de geoprocessamento:
13
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Os mapas gerados e citados acima foram úteis para a confecção do Mapa Geológico da
Bacia (Mapa III), Mapa Hidrográfico Regional (Mapa IV), Mapa de Uso do Solo (Mapa V),
Mapa Geológico de Detalhe (Mapa VI) e, para o Mapa das Zonas de Proteção da Fonte
(Mapa VII).
O poço P-01 foi perfurado entre os dias 15/01/2015 e 17/01/2015 pela empresa IGUAÇU
Poços Artesianos, com profundidade de 100 metros, fornecendo
3
uma vazão de 7,92 m /h, em teste de vazão de 6 h realizado no dia 20/01/2015, logo após
14
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A B
C D
PRANCHA 01 ASPECTOS DA FONTE IPÊ: Vista a partir da porta de entrada da casa de proteção
(A); detalhes do cavalete e do tubo edutor, ambos em inox (B, C e D)
15
784.000 788.000 792.000 796.000
MAPAS DE SITUAÇÃO
p/ Missal-PR -54° -51° -48°
SP
MS
P PARANÁ
269 A
D 367 R Medianeira
D Curitiba
A LEGENDA
R SC
G
D
310 339 PLANIALTIMETRIA
D
54°5'50"W
!
. D
336 ¬
«
495
!
54°5'50"W
Serranópolis
do Iguaçu Rodovia federal (BR-277)
Assentamento Sávio 371
318 D
Rodovia estadual (PR-495)
D
Acessos secundários
351
!
D Limite municipal
. Localidades
!
357
378 D Área urbanizada
D
. Linha Alegria
! Edificações
398
362 !
D L.T. Linha de transmissão
D
Bacia Hidrográfica do Rio Alegria
Poligonal ANM n° 826.205/2015
414
374
D
D
p/ Cascavel-PR E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
D
Ì sb Pedreira ativa de saibro
!
391
D
386 442
D
397
D
D
432 £
¤277
D
449
418 !
. D
. Linha Salvador
!
!
!
D Sub-estação COPEL D ETE SANEPAR !
. 473
442 D
438 468
412 D D
D
403
D Poligonal ANM
µ
!
. n° 826.205/2015 517
Linha Nossa Sra. da Saúde D 518 DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
D NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
NM CENTRO DA FOLHA
E
!
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)
423
D
-17°08' -1°15'21"
!
425
D MEDIANEIRA Escala Horizontal: 1:45.000
502
D 0 0,5 1 2
428 417 A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE
431 D D
!
. - 00° 07' 00'' ANUALMENTE km
D
!
D
456
!
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
444 461
D D
447 MAPA PLANIALTIMÉTRICO DA BACIA DO RIO ALEGRIA
D
443 472
D D Local: Município: Estado: Data: Mapa:
I
!
495
!
. Colônia Murado
p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
p/ Missal-PR 792.500 793.000 793.500
LEGENDA
412,78 420
D
PLANIALTIMETRIA
382,77
D
Curvas Mestras (10 x 10 m)
Curvas Intermediárias (2 x 2 m)
410 D 381,24 Ponto Cotado
Corpos d'água
K
!
K £
¤
277
Arruamento
î Igreja
K
! !
Hospital
! !
E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
381,24
370 D
MAPAS DE SITUAÇÃO
-54° -51° -48° 54°5'50"W
Missal Ramilândia
SP
î MS
Medianeira
401,45 P PARANÁ
D A
Fonte Ipê R Medianeira Curitiba
E
! A
R SC Serranópolis
G
£
¤ 277
380 do Iguaçu
54°5'50"W
µ
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
NM CENTRO DA FOLHA
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)
-17°08' -1°15'21"
î
m
377,06 - 00° 07' 00'' ANUALMENTE
D datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
380
î Substância:
Água Mineral
Escala:
1:4.500
Proc. ANM n°:
48413.826205/2015-87
Área:
35,98 ha
Titular: Resp. Técnico:
400
A reserva ou vazão da Fonte Ipê (poço P-01) foi determinada através de dois (2) testes de
bombeamento contínuos, realizados pela IGUAÇU Poços Artesianos em 2015. Os resultados
dos testes, bem como as curvas características, encontram-se no Anexo I.
Teste 2 = Realizado no dia 03/09/2015 com uma bomba R20-09 09 HP, totalizando 30
horas de bombeamento contínuo, obtendo-se os seguintes parâmetros hidráulicos: Q = 9,6
m3/h, Q/s = 0,23 m³/h/m; NE = 39,10 m, ND = 81,37 m e crivo da bomba em 84 m.
A caracterização físico-química das águas superficiais da Bacia do Rio Alegria contou com
a coleta e análise de quatro (4) amostras de água superficial (AS-01 a AS-04), em
diferentes pontos do Rio Alegria (Prancha 02 e Mapa IV). Já no poço tubular profundo da
Fonte Ipê (Poço P-01) foi realizada coleta de uma (1) amostra (JB-01-PT) para
caracterização físico-química, analisada pelo laboratório LabQi . Adicionalmente foram
coletadas duas (2) amostras de águas provenientes de poços tubulares profundos
cadastrados no interior da Bacia do Rio Alegria (PT-02 e PT-03).
Ademais, uma outra amostra de água foi encaminhada ao Laboratório A3Q para realização
de análise bacteriológica completa, tendo em vista o não enquadramento do parâmetro
coliformes totais no Boletim nº 425/LAMIN/2019. Por sua vez, a análise dos elementos
Vanádio e Selênio foram refeitas no Laboratório MERIEUX para checagem de
inconsistências verificadas no Boletim acima mencionado . Os resultados analíticos fazem
parte dos Anexos II e III, e uma síntese dos resultados encontra-se nos Quadros 05, 06 e
07. A localização dos pontos de amostragem pode ser observada no Mapa IV.
De posse das informações e dados gerados e/ou pesquisados, procedeu -se à elaboração e
editoração final do presente Relatório Final de Pesquisa, envolvendo a compilação e o
tratamento, integração e interpretação de todas as informações disponíveis, elaboração
e edição final dos mapas temáticos, gráficos, perfis e outras ilustrações, além da
determinação da área de proteção da fonte, cujo memorial descritivo é parte integrante
deste relatório.
18
A B
C D
E F
G H
C D
E F
4. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL
4.1 - FISIOGRAFIA
pioneiramente definidas por Maack (1947). Essas unidades são limitadas por escarpas de
falha e escarpas de estratos, e são denominadas de leste a oeste: a Zona Litorânea, a
Serra do Mar, o Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba, o Segundo Planalto ou Planalto
de Ponta-Grossa e o Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava (Maack, 2002).
O Terceiro Planalto é subdividido em cinco blocos cujos limites são representados pelos
grandes rios que o cortam, a saber: (i) Planalto ou blocos planálticos de Cambará e São
Jerônimo da Serra, ocorre entre os rios Tibagi e Cinzas-Laranjinha-Congonhas; (ii) Planalto
de Apucarana, que ocorre a oeste do rio Tibagi, entre os rios Paranapanema e Ivaí até o
rio Paraná; (iii) Planalto de Campo Mourão, delimitado pelos rios Ivaí e Piquiri; (iv)
Planalto de Guarapuava, que ocorre entre os rios Paraná, Piquiri e Iguaçu e, (v) e Planalto
de Palmas ou Declive do Planalto de Palmas, que ocorre ao sul do rio Iguaçu e pertence
ao plano de declive do planalto de trapp de Santa Catarina (Maack, 2002). Dentro desta
classificação, a área situa-se inserida no contexto geomorfológico do Planalto de
Guarapuava, esta unidade apresenta altitudes que variam de 1.150 m na escarpa da Boa
Esperança até 225 m na calha do Rio Paraná.
21
p/ Santa Helena-PR 175.000 200.000 p/ Toledo-PR 225.000 MAPA GEOMORFOLÓGICO REGIONAL
São Pedro -54° -52° -50° -48°
Diamante
±
D'oeste " do Iguaçu
"
¬
«
495
¬
«
488
¬
«
585 2.4.17 V
IV III
" Vera Cruz
do Oeste
Missal
"
3.5.2 Ramilândia
"
£
¤
277 II I
"
Itaipulândia ¬
«
495
r
¬
« 590 Céu Azul "
¬
«
497
"
IV
Bacia Sedimentar do Paraná
(Segundo Planalto Paranaense)
"
Sub-unidades Morfoesculturais Planimetria
Santa Miguel
£
¤
277
do Iguaçu " Serranópolis
do Iguaçu 2.4.14 Planalto do Baixo Iguaçu " Sedes Municipais
2.4.18
Planalto do São
2.4.17 Francisco £
¤277 Rodovias Federais
"
Santa Terezinha 2.4.18 Planalto de Foz do Iguaçu ¬
«488 Rodovias Estaduais
de Itaipu
3.5.2 Planícies Fluviais Hidrografia
Corpos d'água
¬
«
±
495 1:450.000 Limite entre as Unidades
0 5 10 Morfoesculturais
km
SIRGAS 2000 Limite da bacia hidrográfica
AR
Fonte: MINEROPAR (2006) Poligonal ANM
n° 826.205/2015
23
A B
C D
E F
! !
£
¤
277
!
£
¤277
E
! E
!
Medianeira Medianeira
! !
£
¤ £
¤
± ±
277 277
¬
«
495 ¬
«
495
0 1,5 3 0 1,5 3
km km
p/ Jardinópolis-PR p/ Jardinópolis-PR
p/ Sta. Helena-PR 792.500 793.000 793.500 p/ Sta. Helena-PR 792.500 793.000 793.500
¬
«495 ¬
«
495
! !
¬
«
495
£
¤277 £
¤277
Fonte Ipê
Fonte Ipê Fonte Ipê
! E ! E
¬
«
495
¬
«
495
0
±
150 300
m
0 150
± 300
m
p/ Jardinópolis-PR p/ Jardinópolis-PR
4.1.2 - PEDOLOGIA
4.1.2.1 Latossolos
De acordo com EMBRAPA (2006), estes solos são compostos por material mineral e com
horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte
diagnóstico superficial, exceto hístico.
São solos não hidromórficos, profundos, homogêneos, com pouca diferenciação entre os
horizontes A, B e C; as cores variam de vermelha muito escura a amareladas, no horizonte
A, vivas no B e mais claras no C. Possuem avançado estágio de intemperização, muito
evoluídos, como resultado de enérgicas transformações no material constitutivo e com
baixa capacidade de troca de cátions.
Em geral, são fortemente ácidos, com baixa saturação por bases, distróficos ou
alumínicos, mas podem ocorrer também, solos com saturação por bases média, assim
como, solos com saturação por bases alta.
26
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
Os solos dessa classe ocupam 31,97% da área, equivalentes a 2.150,51 ha; ocorrem
predominantemente nas porções sul e sudoeste da Bacia do Rio Alegria, e no extremo
nordeste. São de baixa fertilidade natural, associados, principalmente, às rochas
básicas extrusivas do Membro Flor da Serra do Sul, pertencentes à Formação Barracão ,
e do Membro Santa Quitéria, da Formação Cascavel . Distribuem-se ao longo dos
divisores de água, em relevo, predominantemente, plano a suave ondulado, com
declividades entre 0 e 8% e, subordinadamente, em relevo ondulado com declividades
entre 8 e 20%. Ocorrem numa faixa de altitudes entre 300 e 460 m.s.n.m.
ii) LVef2 - Associação de: LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico fase relevo suave
ondulado + NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico fase relevo suave ondulado
e ondulado, ambos textura argilosa A moderado, fase floresta tropical perenifólia.
4.1.2.2 Nitossolos
Segundo a EMBRAPA (2006), estes solos são compostos por material mineral e com
horizonte B nítico abaixo de qualquer tipo de horizonte A, com argila de atividade baixa
ou caráter alítico na maior parte do horizonte B, dentro de 150 cm da superfície do solo.
Tem textura argilosa ou muito argilosa e relação textural igual ou menor que 1, 5.
São solos não hidromórficos, profundos, homogêneos, e reconhecidos em campo por uma
estrutura em blocos ou prismas bem definidos; cores variam de vermelha a brunada, mas
em um mesmo local apresentam pouca ou nenhuma diferenciação de cor com a
profundidade.
São bem drenados, moderadamente ácidos a ácidos com saturação por bases alta ou baixa
com a fração argila composta por caulinita e óxidos de ferro e alumínio.
Ocorrem nos mais diversos ambientes climáticos, associados a relevos suave ondulado a
forte ondulado. São originados a partir de rochas básicas, ultrabásicas e rochas calcárias,
podendo ocorrer também, associados a gnaisses e charnockitos.
Podem apresentar tanto alta quanto baixa fertilidade natural; em áreas planas possuem
alto potencial para atividade agrícola. Quando com baixa fertilidade, a adoção de técnicas
de manejo como a correção da acidez do solo e a adubação de acordo com a necessidade
da cultura, pode-se obter boas produções.
27
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
saturação de bases alta (V >50%) e teores de óxidos de ferro de 15% a <36%. São solos de
alta fertilidade e altos teores de ferro.
Os solos dessa classe ocupam 44,44% da área da bacia, que é equivalente a 2.988,92
ha; ocorrem em toda a porção central, em uma faixa alongada segundo a direção NW-
SE, acompanhando o curso do Rio Alegria, associado às rochas básicas extrusivas do
Membro Flor da Serra do Sul, pertencentes à Formação Barracão, e dos membros Santa
Quitéria e Toledo, da Formação Cascavel. Distribui-se em diferentes classes de relevo,
abrangendo declividades que variam entre plano e forte ondulado. Esta classe de solo
recobre toda a área da poligonal de pesquisa.
4.1.2.3 Neossolos
Os neossolos são compostos por material mineral ou material orgânico, pouco espessos,
com menos de 20 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo de horizonte B
diagnóstico e que não apresentam alterações expressivas em relação ao material original
devido à baixa atuação dos processos pedogenéticos, seja por maior resistência do
material original ou demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo). Apresentam
características herdadas do material originário e podem apresentar diversos tipos de
horizontes superficiais, incluindo o horizonte O com menos de 20 cm de espessura quando
sobrejacente a rocha, ou horizonte A húmico ou proeminente com mais de 50 cm quando
sobrejacente a camada R, C ou Cr (EMBRAPA, 2006).
São solos com baixo desenvolvimento in situ e podem apresentar alta ou baixa saturação
por bases, podem ser ácidos e com altos teores de alumínio e sódio, além de apresentar
permeabilidades altas ou baixas. Ocorrem nos mais diversos ambientes climáticos,
associados a relevos ondulados a montanhosos (muito movimentados) e também a áreas
planas sob influência do freático. São originados a partir dos mais diversos tipos de rochas,
que variam desde sedimentos aluviais até materiais provenientes da decomposição de
rochas cristalinas.
Podem apresentar tanto baixa quanto alta fertilidade natural. No segundo caso pode ter
alto potencial agrícola, quando em áreas planas e com maiores profundidades, apesar
disso também pode requerer a correção da acidez e de teores de alumínio. Quando possui
baixa fertilidade natural, a prática de técnicas de manejo adequadas, co mo a calagem e
a adubação, pode-se obter boas produções. Em geral, possuem saturação por bases alta
(V >50%) na maior parte dos primeiros 120 cm da superfície do solo ou até um contato
lítico. São solos com alta fertilidade natural.
28
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Os solos desta associação ocorrem no norte da Bacia do Rio Alegria, essencialmente nos
associados às rochas básicas extrusivas da Formação Cascavel. Distribuem-se nas porções
mais dissecadas da bacia, majoritariamente em relevo ondulado com declividades
variando de 8 a 20% e menos frequentemente em relevo suave ondulado e forte ondulado,
com declividades entre 3 e 8% e 20-45%, respectivamente. Ocorrem numa faixa de
altitudes que variam de 330 a 250 m.s.n.m. No extremo sudeste da bacia ocorre uma
pequena mancha de Neossolo associada a um morrote situado no divisor de águas da bacia,
neste local a altitude varia entre 475 515 m.s.n.m. e o relevo é ondulado a forte
ondulado.
4.1.3 VEGETAÇÃO
29
p/ Missal-PR 786.000 792.000 798.000 PLANIMETRIA
£
¤277 Rodovia federal
¬
«
495
! ¬
«495 Rodovia estadual
Trilhas e caminhos
!
NVef2
RRe12 Rede de drenagem
!
!
UNIDADES PEDOLÓGICAS
!
NVef8 !
NVef2
!
£
¤277
NVdf3 - NITOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos
NVdf3
!
LVef1
!
NVef2
LVef1
!
!
RRe12 RRe12 - NEOSSOLOS REGOLÍTICOS Eutróficos
µ
!
!
!
!
0 1,25 2,5 5
km
MEDIANEIRA
!
NVef2 1:100.000
!
¬
«
!
RRe12 495
NVef2
£
¤ 277
Figura 04 - Pedologia da bacia hidrográfica
NVef2 que abrange a área pesquisada
(fonte: EMBRAPA, 2007)
786.000 792.000 p/ Planalto-PR 798.000
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O aspecto devastado da cobertura vegetal é evidenciado pelo Mapa de Uso do Solo (Mapa
V), onde as áreas agrícolas representam 55,29% da área da bacia do Rio Alegria em enfoque
e a ela somam-se as áreas urbanizadas com 18,35%. As áreas correspondentes a florestas
ciliar e secundárias (capoeirões) representam apenas 16,28% da área total da bacia, sendo
seguidas das áreas de pastagens e campos com 8,54%. Em menor proporção ocorrem as
áreas de servidão, incluindo rodovias e estradas, com 0,85%, áreas edificadas, com 0,29%,
áreas de reflorestamento com 0,33% e , contando com 0,08%.
Segundo Schneider et alli (1974), a Bacia do Paraná é tema de estudo desde o trabalho
realizado por White em 1908, quando foi proposta a primeira coluna estratigráfica para a
Bacia. Contudo, sua estratigrafia e evolução ainda continuam bastante discutidas no meio
geológico, existindo dezenas de colunas estratigráficas diferentes (Milani et alli, 1994).
A Bacia do Paraná, inclui uma vasta região de sedimentação situada na porção centro
oriental da América do Sul que abrange uma área de aproximadamente 1,5 milhão de km²
(Figura 05B). Desenvolveu-se durante o Paleozoico e Mesozoico, compreendendo um
registro estratigráfico temporalmente posicionado entre o Neo -Ordovinciano e o Neo-
Cretáceo, concernente a um período de quase 400 milhões de anos (Milani & Ramos, 1998).
31
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Seu contorno atual é erosivo, e as diferenças nos padrões de erosão de seus flancos, são
referentes à história geotectônica do continente durante sua formação.
Figura 05A Contexto geológico regional e localização da área pesquisada (em verde)
(fonte: MINEROPAR, 2013)
32
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Tanto Rostirola et alli (2003) quanto Zalán et alli (1987) concordam que os lineamentos
NE-SW foram formados quando da amalgamação do Gondwana, podendo ser reflexos de
falhas simples ou extensas zonas de falhas como a Falha do Perimbó e a Falha da Lancinha -
Cubatão.
33
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Quanto aos lineamentos com tendência NW-SE, não se têm certeza quanto a sua origem.
Zalán et alli (1987) aventam a possibilidade de eles serem ainda mais antigos que os
lineamentos NE-SW, ligados à origem de terrenos arqueanos. Esses lineamentos também
estão ligados a importantes estruturas da bacia como o Arco de Ponta Grossa, a Zona de
Falhas Guapiara e a Zona de Falhas Caçador, além de estarem intrudidas de diques
sugerindo forte reativação durante a quebra do Gondwana, o que não ocorre com os
lineamentos NE.
34
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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supersequência, a Rio Ivaí, com o topo assinalado pela discordância Neossiluriana (Milani
et alli, 2007). Em contraste, Zalán et alli (1990) assume outra interpretação para a origem
e evolução da bacia que estaria relacionada à implantação da sinéclise originada a partir
da contração térmica anterior aos fenômenos tectono -magmáticos do Ciclo Brasiliano. As
visões de Milani (1997) e Zalán et alli (1987, 1990) se diferenciam no sentido que os
autores assumem papeis diferentes das atividades tectônicas orogênicas na formação da
Bacia do Paraná. Para Milani (1997), o ápice da subsidência de cada ciclo de sedimentação
deve ter coincidido com o ápice de cada evento orogenético associado, enquanto os
processos de soerguimento e erosão da sequência sedimentar devem ter ocorrido nos
momentos entre os eventos orogenéticos, com menor atividade tectônica na bacia. Já
para Zalán et alli (1987, 1990), os episódios orogenéticos nas margens do continente
estariam relacionados ao soerguimento, e consequente erosão, do pacote sedimentar.
Ainda, segundo Zalán et alli (1987) não é possível comprovar a existência de um rift
central que pudesse ter causado o início da deposição da sequência mais antiga da bacia.
No entanto, estudos geofísicos efetuados por Marques et alli (1993) registraram anomalias
gravimétricas e magnetométricas de direção NE -SW marcando toda a bacia, relacionados
a uma estruturação antiga do embasamento. Também foi detectado um padrão NE -SW
com dados de sísmica de reflexão que levantou a hipótese sobre um rift central localizado
no centro da bacia. De acordo com Milani et alli (1998) um material ígneo paleozoico, o
-
Siluriano.
Quintas et alli (1999), assim como Zalán et alli (1987) e Vail et alli (1977), apontam todas
as formações que compõem o conteúdo vulcano -sedimentar da Bacia do Paraná . Estas se
enquadram em cinco sequências que são denominadas da seguinte forma: Ordovicio-
Siluriana, Devoniana, Permo-Carbonífera, Triássica e Juro-Cretácea. De acordo Milani
(1997), essas supersequências podem ser nomeadas como: Rio Ivaí (Ordoviciano -
Siluriano), Paraná (Devoniano), Gondwana I (Carbonífero - Eotriássico), Gondwana II (Meso
a Neotriássico), Gondwana III (Neojurássico -Eocretáceo) e Bauru (Neocretáceo). Em ambos
os casos, as sequências representam algumas dezenas de milhões de anos de registro
sedimentar e encontram-se separadas por hiatos deposicionais de grandeza temporal
semelhante.
De acordo com Vail et alli (1977), as três primeiras sequências refletem ciclos bem
marcados de transgressão e regressão possibilitados pela incursão marinha na Bacia do
Paraná durante o Paleozoico. Já as últimas três correspondem a um registro sedimentar
continental, com rochas ígneas associadas.
35
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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-horizontais,
formado por basaltos vítreos, maciços e amigdaloidais, de composição essencialmente
toleítica e, subordinadamente andesítica -riolítica. Em geral são rochas muito fraturadas,
de coloração marrom, roxa, cinza e verde escura; texturalmente predominam os tipos
36
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O intenso vulcanismo gerador destas rochas, ocorrido na Era Mesozoica (Juro- Cretáceo),
desenvolveu-se através de inúmeros derrames de lavas sucessivos que ascenderam à
superfície através de grandes planos de descontinuidade crustal. Tal magmatismo recobre
atualmente cerca de 1.200.000 km², distribuídos pelos estados do sul -sudeste do Brasil,
noroeste do Uruguai, nordeste da Argentina e sudeste do Paraguai. A espessura máxima
verificada em sondagens chega a atingir até cerca de 1.500 - 2.000 m (região de Pres.
Epitácio-SP e noroeste do Paraná), tornando-se mais delgadas no limite entre o R.G. do
Sul e Uruguai - Argentina, onde a espessura dos derrames não ultrapassa 50 m.
Segundo MINEROPAR (2013) ocorrem, intercalados aos derrames basálticos, níveis e lentes
de litotipos de origem sedimentar e vulcanossedimentar, como siltitos, arenitos, tufos,
hidrotufos, brechas, brechas hidrovulcanoclásticas, brechas de fluxo e brechas
peperíticas.
As rochas vulcânicas do Grupo Serra Geral têm sido classificadas em função da composição
química, mineralógica e petrográfica. A utilização do diagrama de classificação de De La
Roche et alli (1980) discrimina vários litotipos vulcânicos: basaltos -toleíticos, andesi-
basaltos e andesitos (campo toleítico); basaltos transic ionais, latibasaltos e latiandesitos
(campo transicional) e rochas ácidas classificadas como riolitos e riodacitos. Piccirillo &
Melfi (1988) distinguiram duas suítes toleíticas principais com base no teor de TiO 2: (a)
Suíte de baixo TiO 2 (< 2% em peso), apresentando também empobrecimento em P, Sr, Ba,
La, Ce, Zr e Y, relativamente à suíte B; (b) Suíte de alto TiO 2 (> 2% em peso) e
enriquecimento em elementos incompatíveis (Rb, Th e U) e maior razão álcalis/sílica. Da
mesma forma, para as rochas ácidas foram individualizadas duas suítes: (a) Vulcânicas
Ácidas Chapecó, com alto conteúdo em Ti, P, Ba, La, Ce e Zr; (b) Vulcânicas Ácidas Palmas
37
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(Membros Salgado Filho, Cantagalo e Flor da Serra do Sul) e (iv) Formação Cascavel
(Membros Foz do Iguaçu, Santa Quitéria e Toledo). Os basaltos ocorrentes na área do
empreendimento podem ser correlacionados à Formação Barracão, Membro Salgado Filho
e Formação Cascavel, Membro Toledo e Membro Santa Quitéria.
i) Formação Covó
Esta unidade representa o topo da sequência vulcano -sedimentar Serra Geral e é composta
principalmente por riodacitos porfiríticos, andesitos, tra quidacitos, dacitos, riolitos e
vitrófiros.
De acordo com suas características litológicas e estruturais, esta unidade foi subdividida
em cinco (5) membros, a saber, Membro Ivaiporã, Membro General Carneiro, Membro
Chopinzinho, Membro Foz do Areia e Membro Três Pinheiros.
38
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A Formação Barracão é constituída por extensos e espessos derrames lobados que ocorrem
intercalados à abundantes brechas vulcanoclásticas e sedimentos terrígenos. Esta unidade
é aflorante em terrenos acidentados localizados nas porções central e sudoeste do
Terceiro Planalto Paranaense.
A abundância de sedimentos terrígenos nesta unidade pode ser explicada por uma fase
pré-rifte, onde os processos de erosão e sedimentação predominam ou competem com os
vulcânicos, porém esta associação pode representar o fechamento de um ciclo vulcânico -
sedimentar. Somente estudos mais detalhados e determinação de idades absolutas,
utilizando métodos precisos, podem resolver esta equação.
39
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Membro Cantagalo: este membro aflora na porção central do Grupo Serra Geral.
Ocupando uma área de cerca de 12.000 km², conta com uma espessura aparente
de 300 m.
Membro Flor da Serra do Sul: ocorre exposto ao sul e oeste do estado do Paraná
e sua espessura não ultrapassa os 40 metros. É formado pela superposição de dois
a quatro derrames tabulares intercalados a níveis métricos de brecha
hidrovulcanoclástica.
A Formação Cascavel se estende para oeste até a calha do rio Paraná e para sul até a calha
do rio Iguaçu, limitando-se a norte pela área de exposição da Formação Caiuá. A descrição
de afloramentos da região favorece a montagem de uma seção contínua que demonstra
uma espessura de aproximadamente 675 metros. Esta Formação consti tui a unidade basal
do Grupo Serra Geral e é subdividida em três membros:
40
784.000 788.000 792.000 796.000
PG-04
Curitiba
E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
JKsgct
!
A
R
G GEOLOGIA
SC
Serranópolis
do Iguaçu Afloramento descrito Ì sb Pedreira ativa de saibro
!
. São Bernardo
54°5'50"W Perfil geológico Lineamentos (falhas e fraturas)
JKsgct
WSW ENE
LITOESTRATIGRAFIA
(m)
Perfil Geológico A-A' 0 250 500 1.000
A A'
PG-03 400
PG-08 (m) CENOZOICO
350
0
!
.
¬
«
A' 495 !
300
250
50
QUATERNÁRIO
JKsgct 250
4.870 m Super Grupo São Bento - Grupo Serra Geral
250 E
!
200 Membro Flor da Serra do Sul (JKsgbf): Intercalação de derrames tabulares de ferro basalto cinza arroxeado a esverdeado
150 e brecha hidrovulcanoclástica. O basalto é cinza-médio, maciço, de granulação fina a muito fina, textura fanerítica
3.660 m equigranular e composto por plagiocl ásio, piroxênio e traços de magnetita. Quando intemperizado apresenta uma
PG-11 fina capa de alteração de cor castanho-claro e esfoliação esferoidal
p/ Cascavel-PR
Formação Cascavel
! JKsgcs
B' Membro Santa Quitéria (JKsgcs): Intercalação de derrames lobados de basalto vesicular com abundantes brechas
£
¤277 de fluxo, brecha hidrovulcanoclástica, arenito conglomerático e hidrotufo. O basalto é cinza-médio a cinza esverdeado,
geralmente maciço, textura predominantemente fanerítica equigranular de granulação fina a muito fina e subordinadamente
afanítico; composto por plagioclásio, piroxênio e traços de magnetita. Quando vesicular ou amigdaloidal, as cavidades
PG-10 possuem diâmetro milimétrico a decimétrico, apresentam formato arredondado e em alguns casos lenticulares, preenchidas
JKsgcs C' ETE SANEPAR
!
. por calcedônia, quartzo e celadonita. As fraturas são em cunha ou conchoidal, podendo em alguns casos apresentarem
. Linha Salvador
!
!
JKsgct
JKsgbf PG-12
Membro Toledo (JKsgct): Derrames tabulares de ferro-basalto cinza-arroxeado com entablamento em cunha, sigmoidal e
Poligonal ANM disjunção mais comumente tetragonal, intercalados a brecha hidrovulcanocl ástica, hidrotufo e lobos de basalto cinza. O
!
. B n° 826.205/2015 basalto é geralmente cinza-médio, podendo ocorrer exemplares em tons arroxeados ou acastanhados; possui estrutura
Linha Nossa Sra. da Saúde PG-09 maciça, com textura fanerítica fina a muito fina e subordinadamente afanítica. Composto por plagioclásio, piroxênio e traços
JKsgcs
de magnetita. Nos topos dos derrames ocorrem amígdalas milimétricas, arredondadas ou lenticulares preenchidas por
E
! calcedônia e revestidas por celadonita. Quando intemperizado apresenta uma capa de altera ção cinza-amarelada de
espessura milimétrica. Localmente observam-se exemplares de brechas com fragmentos tabulares centim étricos, angulosos
e orientados de basalto esbranquiçado em meio a matriz de basalto afanítico avermelhado
JKsgbf
!
MEDIANEIRA JKsgbf
!
.
Morro Nossa Sra. da Salete
JKsgbf
fonte: Modificado de MINEROPAR (2013)
µ
!
III
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021
-17°08' Ì sb
-1°15'21" Escala Horizontal: 1:45.000 Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área:
0 0,5 1 2
Água Mineral 1:45.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha
km
Titular: Resp. Técnico:
¬
«
!
4.3 - HIDROMETEOROLOGIA
4.3.1 CLIMA
Quanto ao clima observa-se que a área e região estão sob o domínio do tipo climático Cfa,
da classificação de W. Köeppen, já na transição para o tipo Cfb (Figura 06), onde:
C = clima mesotérmico, onde a temperatura média do mês mais frio fica abaixo de 180C;
Cf = clima subtropical úmido sem estação seca;
Cfa = com verão quente, onde a temperatura do mês mais quente fica acima de 220C.
Figura 06 Mapa de classificação climática para o Estado do Paraná, situando a área (em
vermelho) no tipo climático Cfa e Cfb, na porção oeste do Estado
(fonte: ITCG, 2008)
42
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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a) Pluviometria
Com relação ao número de dias de chuva, os dados revelam uma média anual de 117 dias
na estação de São Miguel do Iguaçu, sendo os dias chuvosos bem distribuídos ao longo do
ano. Não obstante, dentre os 14 anos da série histórica da estação de São Miguel do Iguaçu ,
os anos de 1984 e 1997 obtiveram os maiores índices registrados em 24h, no mês de
dezembro, totalizando 158 mm e no mês de maio, com 156,60 mm, respectivamente. Já
43
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
na estação de Foz do Iguaçu, com série histórica de 12 anos, a máxima registrada foi em
dezembro de 2017, com precipitação de 116,80 mm em 24h.
A umidade do ar apresentou uma distribuição anual sem grandes picos nas duas estações,
obtendo sua máxima concentração (81%) em junho e julho na estação de Francisco
Beltrão, e a mínima (64%) em agosto, na estação de Planalto. Da mesma forma ocorre com
a evaporação, onde o maior índice ocorreu no mês de novembro (130 mm em Planalto e
89,90 mm em Francisco Beltrão), mês seguinte ao que possui maior precipitação.
44
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
b) Temperatura
45
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
O período total de coleta dos dados meteorológicos aqui considerados variou de 1983 a
2020. Neste tempo, em Foz do Iguaçu foi registrada mínima absoluta de -2,40°C, no mês
de julho de 2009. Em julho de 1981 e agosto de 1991 a estação de São Miguel do Iguaçu
registrou suas mínimas absolutas, com -1,2ºC. Ainda em Foz do Iguaçu encontra-se a
máxima absoluta de todo o período analisado, com 40ºC, em fevereiro de 2014. Por sua
vez, a máxima absoluta em São Miguel do Iguaçu (39,9ºC) foi registrada em dezembro de
1985.
A Bacia do Rio Alegria drena uma área de 67,26 km² ou 6.726,42 km² e encontra-se
totalmente inserida no município de Medianeira. Seu traçado exibe orientação geral
noroeste-sudeste, com aproximadamente 20 km de comprimento. O Rio Alegria deságua
na margem esquerda do Rio Ocoí, que por sua vez é afluente direto do Rio Paraná, também
pela margem esquerda, desaguando no Lago de Itaipú. Pela margem direita recebe como
principais afluentes as sangas Magnólia, Mandaguari e Manduri, e pela margem esquerda
o único afluente com denominação é a Sanga Tuiuti . O padrão de drenagem predominante
da bacia é paralelo a subparalelo, na porção central e norte da bacia também é possível
observar o padrão meandrante em alguns trechos do Rio Alegria. A densidade de drenagem
é baixa em quase que toda a bacia, com exceção da porção central, onde a densidade é
baixa a média. É notável o controle estrutural imposto à rede de drenagem, com trends
principais NE-SW, N-S e NW-SE.
46
784.000 788.000 792.000 796.000
24 357
Trilhas e caminhos O
! PC 01 Poço cacimba cadastrado em campo
>
! . São Bernardo
! D Medianeira
D
289 Limite municipal #
* Ponto de coleta de água superficial
Área urbanizada #
0 Est. met. INMET de Foz do Iguaçu
D
278
D
373 . Localidades #
0 Est. met. IAPAR de São Miguel do Iguaçu
PT 01 D
378 Edificações
!
O
.
! D
336 ¬
«
495
!
Serranópolis
do Iguaçu
! ! 375
D
!
351
D Medianeira
PT 03 17 02554026
!
>
!
O
6
!
#
0
357
>
!
JB-03/AS D
378
D
#
* !O!. PC 01 55
>
!
Linha Alegria
398
362 !
!
D
D
£
¤
391 Serranópolis
D >
! 277 do Iguaçu
386 442
D D
Foz do Iguaçu
Bacia Hidrográfica do a 432 69
Rio Alegria = 6.726,42 ha 397 PT 05 D >
!
D 54
!
O >
!
449
418 .
! D 77 29
. Linha Salvador
!
!
! D
Sub-estação COPEL ETE SANEPAR !
. >
! >
! A846
D 473
PT 07
!
O
442
13 D
438
D
468
78
>
! #
0
412 >
! D
A R G E N T I N A
D PT 06
PT 11 !
O 750.000 780.000
403 57 9 PT 04
!
O
D
! #
* JB-02/AS > Poligonal ANM !
O
µ
1 O PC 02 82 >
! ! 47
>
! .
! 26 > 52
! > n° 826.205/2015
48 ! 517 >
!
> 37
D
Linha Nossa Sra. da Saúde >
! ! 518 DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
> 76
! D NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
56 81 ! >
!
> NM CENTRO DA FOLHA
> 71 !
! >!
E
!
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)
>
D
423 53 51
JB-01/AS -17°08' -1°15'21"
12 2
#
*
!
23 >
! 74
>
!
425 >
! >
! Escala Horizontal: 1:45.000
31 D 8
>
! 73 49 !
>!
> MEDIANEIRA 502
27 > 83
! D
A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE 0 0,5 1 2
417
!
> 428
>
! !
. km
431 D D 32 D - 00° 07' 00'' ANUALMENTE
!
D >
! 62 Morro Nossa Sra. da Salete
436 >
! datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
432
432
D 14
D
D >
! D
474
38 D
483
>
!
3
> 72
! 456 RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
D 5
!
>
!
>
! 45 461
D
444 >
! 7 D
447 >
!
>
! MAPA HIDROGRÁFICO DA BACIA DO RIO ALEGRIA
D 39
443 472
D D Local: Município: Estado: Data: Mapa:
IV
!
495 33
. Colônia Murado
! >
!
p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
Para a elaboração dos cálculos, no contexto da Bacia do Rio Alegria, será utilizado o
parâmetro medido e que está disponível oficialmente, que se refere ao total da
precipitação obtida na estação de São Miguel do Iguaçu , com uma série histórica de 15
anos. Na ausência de estações fluviométricas na bacia do Rio Alegria, os dados de
vazão/deflúvio foram estimados com base no Projeto HG-52 da SUDERHSA (1998), através
das vazões médias em pequenas bacias, conforme detalhado a seguir.
O Atlas de Recursos Hídricos do Estado do Paraná (SUDERHSA, 1998) traz no mapa da Folha
14 um estudo relativo à vazões médias de pequenas bacias, onde as isolinhas se referem
a vazões médias específicas (l/s/km2) para 10 anos de tempo de recorrência e 7 dias de
duração de estiagem Q (10,7). Essas vazões foram geradas a partir da regionalização dos
dados de 57 estações fluviométricas, com áreas de drenagem inferior a 5.000 km 2 e série
histórica superior a 10 anos.
De acordo com o Atlas acima verifica-se que o valor na escala de vazões médias específicas
para a bacia do Rio Alegria situa-se no campo da isolinha de 24 l/s/km 2, valor que será
adotado para o cálculo do balanço hídrico.
Temos então,
48
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
De posse dos valores acima podemos calcular o volume de água que saiu da bacia através
do escoamento superficial, ou seja, pela rede de drenagem superficial (vazão/deflúvio),
em mm/ano.
QD = Vazão de Deflúvio
QD = (1,614 m³/s) x (a)/(b)
QD = (1,614 m³/s) x (50.899.104 m³/ano)/(123.160.794 m³/ano)
QD = (1,614 m³/s) x (0,4133)
QD = 667,07 mm/ano
ETR = P - QD
ETR = 1.831 mm/ano 667,07 mm/ano
O valor obtido para a evapotranspiração real revela que na bacia do Rio Alegria o balanço
hídrico é positivo, ou seja, existe um superávit hídrico, o que significa que entrou mais
água do que saiu na bacia, consid erando-se apenas a água que é retirada através
escoamento superficial. Ressalta-se que não estão sendo computados no cálculo, o volume
d'água que infiltra no solo, o volume retido pelas raízes e pela transpiração de plantas,
cujo total deve ser retirado do superávit mencionado. Ainda assim, o resultado final
aponta para um balanço positivo.
A análise quer dizer que quanto maior o coeficiente, maior será o volume água que
escoará pela superfície, não infiltrando no solo ou não evaporando. As características
físicas (relevo e solo) e de uso e ocupação (Mapa V), com extensas áreas agrícolas, de
vegetação secundária e de pastagens no interior da bacia, apontam para uma maior taxa
de infiltração da água em detrimento ao escoamento superficial, o que é denotado pelo
coeficiente de deflúvio que está indicando que cerca de 41% da precipitação saiu da bacia
através da rede de drenagem.
4.3.3.2 Infiltração
49
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Uehara, 1998). Por sua a capacidade de infiltração de um solo representa a taxa máxima
4.4 - HIDROGEOLOGIA
No item 4.4.2 será descrito mais detalhadamente o SASG, e o SAG será comentado
rapidamente no item 4.4.1, visto sua importância menor relativamente à fonte aqui
estudada, que como já mencionado, acha -se instalada no SASG.
O SAG (Sistema Aquífero Guarani) possui dimensões continentais, ocorrendo numa área
de 1,2 km² que abrange o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. É constituído
principalmente pelas formações Botucatu e Piramboia e sua espessura pode alcançar 450
50
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
Na região onde se insere a área pesquisada o topo desse Aquífero ocorre em profundidades
variando de 800 a 1.100 metros, de acordo com mapa de isópacas (Araújo et alli, 1995),
e sua espessura média em geral é próxima de 100 metros, variando entre 70 e 125 m.
Essas condições de confinamento conferem à água forte grau de mineralização e
temperaturas normalmente acima de 30-40ºC, com implicações negativas quanto aos
parâmetros de potabilidade. Em geral os poços instalados no SAG fornecem vazão
elevadas, acima de 100 m³/h, podendo alcançar até 300 -400 m³/h. Trata-se de aquífero
com características granulares, extensão continental e com certa homogeneidade dos
parâmetros hidráulicos, embora exista uma grande compartimentaçã o estrutural ao longo
da Bacia. A porosidade média é de 17% (16 a 24%), condutividade hidráulica entre 0,2 e
4,6 m/dia, permeabilidade (K) variando entre 10 -3 e 10-4 cm/s, e, coeficiente de
armazenamento (S) exibindo valores de 10 -4 e 10-6 em condições de confinamento,
alcançando 10 -1 quando livre (Rebouças, 1976; Teissedre et alli, 1982 in Souza, 2004). A
alta produtividade média do SAG também é refletida pelos valores elevados da capacidade
específica (Qs), que normalmente são superiores a 5 m³/h/m e não raro superam 10
m³/h/m.
Rosa Filho et alli (2006) em estudo realizado na região oeste do Estado relatam espessuras
de basalto (topo do SAG) variando entre 908 m (Matelândia) e 1.356 m (Fco. Beltrão), com
espessuras intermediárias verificadas em Laranj eiras do Sul (1.014 m) e Cascavel
(1.088 m).
51
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tendo como base a análise das curvas acumulativas da capacidade específica. A mediana
da capacidade específica da Serra Geral Norte é 6,5 vezes superior que a da Serra Geral
Sul, respectivamente 1,53 m 3/h/m e 0,235 m3/h/m. Com relação à vazão, a subprovíncia
Serra Geral Norte apresenta as melhores condições aquíferas do sistema com média de 42
m3/h/poço, numa amostragem de 165 poços, e, a Serra Geral Sul contribui com uma média
de 10,68 m3/h/poço numa população de 45 poços tubulares analisados.
Athayde & Athayde (2015) analisaram os aspectos hidráulicos de 337 poços tubulares
profundos pertencentes à SANEPAR e às prefeituras de Marechal Cândido Rondon, Pato
Bragado e Entre Rios do Oeste. A vazão média ficou em torno de 21,5 m³/h, sendo que os
maiores valores foram observados em poços com profundidades entre 100 e 150m; a
profundidade do nível estático variou de 0 a 141,04 m, com valor médio de 18 m e a
capacidade específica obteve média de 1,5 m³/h/m.
Alguns parâmetros hidráulicos característicos deste aquífero puderam ser analisados com
mais detalhe com base nos dados de 94 poços perfurados no município de Medianeira,
(Mapa IV; Figura 09; Anexo IV). Estes poços são provenientes de diferentes bases de
dados, incluindo SIAGAS/CPRM (54 poços), SUDERHSA/IAT (31 poços), poços cadastrados
em campo, onde foi possível a coleta de parâmetros hidrodinâmicos (9 poços) , além do
poço presente da área do empreendimento, denominado P-01 (Fonte Ipê).
Os dados apontam que as vazões são medianas, exibindo variação entre 1,20 e 88,00 m³/h,
com média de 13,76 m³/h e mediana de 7,00 m³/h (Quadro 03A). O nível dinâmico varia
entre 4,03 e 180,00 m e o nível estático flutua entre 0,00 e 161,00 m, refletindo bem o
seu caráter de aquífero fraturado. As profundidades dos poços variaram entre 34 e 306
metros. A capacidade específica (Q/s), que é a relação vazão/rebaixamento (m³/h/m),
variou entre 0,042 e 18,07 m³/h/m, refletindo novamente a forte heterogeneidade e
anisotropia do aquífero. Para Rosa Filho et alli (1987), os valores máximos de Q/s
raramente ultrapassariam 0,3 m³/h/m.
O Quadro 03A traz uma síntese estatística dos dados utilizados neste trabalho, e os
gráficos da Figura 09 apresentam as variações da vazão e da profundidade dos poços. A
relação dos poços utilizados para o cômputo das estatísticas dos dados hidrodinâmicos
pode ser visualizada no Anexo IV, enquanto que a localização dos poços mais próximos à
área pesquisada está presente no Mapa IV.
52
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Capacidade
Nível Dinâmico² Nível Estático³
Parâmetro Profundidade¹ Vazão³ (m³/h) Específica²
(m) (m)
(m³/h/m)
Mínimo 34,00 4,03 0,00 1,20 0,042
Média 139,15 71,17 53,81 13,76 2,20
Mediana 120,00 64,35 48,56 7,00 0,62
Desvio Padrão 67,40 45,94 35,54 18,15 4,10
Máximo 306,00 180,00 161,00 88,00 18,07
¹População (N) = 54 poços SIAGAS + 31 poços SUDERHSA + 9 poços cadastrados em campo
²População (N) = 54 poços SIAGAS
³População (N) = 54 poços SIAGAS + 31 poços SUDERHSA + 3 poços cadastrados em campo
Quadro 03A Resumo dos dados hidrodinâmicos dos poços tubulares perfurados no município de
Medianeira (fontes: SIAGAS/CPRM; SUDERHSA/IAT; GEOPLANEJAMENTO, 2021)
Muito embora serem os únicos dados disponíveis, eles devem ser analisados com algumas
ressalvas, visto não se ter informações importantes água,
se as vazões se referem à vazão de teste ou ao volume outorgado pel a SUDERHSA/IAT,
aspectos construtivos dos poços e etc. No entanto, é possível analisar os parâmetros
hidrodinâmicos e compará-los com dados encontrados na bibliografia.
Numa primeira leitura observa-se que as vazões entre 5-10 m³/h representam cerca de
53% da população de poços analisada, ao passo que poços com vazão menor que 5 m³/h
correspondem a 15%; apenas 6% possuem vazão superior a 50 m³/h.
POÇOS TUBULARES CADASTRADOS EM CAMPO
UTM Leste (X) UTM Norte (Y) Profundidade (m) N.E (m) Vazão
PT-01 786.993 7.207.040 80 - -
PT-02 785.083 7.208.989 40 20 -
PT-03 786.656 7.205.408 122 - 16 m³/h
PT-04 796.354 7.200.797 50 20 18 m³/h
PT-05 790.084 7.202.026 210 70 5 m³/h
PT-06 790.707 7.200.997 256 - 6 a 7 m³/h
PT-07 791.260 7.201.301 63 - 200 m³/dia
PT-08 789.849 7.203.270 - - -
PT-09 788.683 7.203.679 - - -
PT-10 785.886 7.206.425 94 - -
PT-11 788.572 7.200.861 - - -
PT-12 787.087 7.203.831 - - -
PT-13 783.183 7.210.089 60 - -
POÇOS CACIMBA CADASTRADOS EM CAMPO
UTM Leste (X) UTM Norte (Y) N.E (m)
PC-01 - Igreja 787.509 7.204.708 11,50
PC-02 - Granja 788.747 7.200.758 2,00
Quadro 03B Dados obtidos dos poços cadastrados em campo
Na etapa de campo foram cadastrados quinze (15) poços no entorno da área (Quadro 03B),
dos quais treze (13) são poços tubulares profundos e dois (2) são poços tipo cacimba. Em
alguns deles foi possível recuperar dados de profundidade e nível estático, porém, nenhum
deles encontra-se cadastrado no SIAGAS. A localização de cada poço pode ser observada
no Mapa IV e a Prancha 03 ilustra alguns dos poços cadastrados em campo.
Tem-se, portanto, que o SASG (Sistema Aquífero Serra Geral) representa o principal alvo
para a prospecção de água subterrânea na área pesquisada, de extensão regional e sendo
53
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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recoberto apenas por seu manto de alteração e por depósitos fluviais de pequena
expressão associados à hidrografia local.
Com base nos dados potenciométricos apresentados no Quadro 04, os quais subsidiaram
a confecção dos mapas de fluxo das Figuras 10 e 11, algumas considerações podem ser
feitas referente ao modelo hidrogeológico regional e da área . Esses dados foram obtidos
a partir de poços tubulares obtidos do banco de dados do SIAGAS/CPRM, SUDERHSA e poços
cadastrados em campo (Mapa IV), bem como dados de nascentes e rios e do poço instalado
na área em tela, que é objeto principal deste Relatório. Não obstante, foram locados
54
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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ainda pontos de controle ao longo da Bacia do Rio Alegria, que ajudaram na confecção dos
mapas de fluxo.
O mapa das linhas e do sentido de fluxo subterrâneo foi elaborado a partir da cota
piezométrica, que é dada pela diferença entre a cota topográfica da boca do poço e a
altura do nível estático (NE). Vale ressaltar que são escassos e esparsos os poços com
dados efetivos presentes na área pesquisada, e, portanto, o mapa de fluxo reflete esta
base de dados.
Observando-se o mapa de fluxo da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (Figura 10) tem-se
claro que o fluxo preferencial da água subterrânea acompanha o sentido do curso dos
principais afluentes em direção ao rio principal da bacia o Rio Alegria. Desta forma, o
Rio Alegria representa a área de descarga do aquífero local, notável devido a boa
correlação entre os divisores da bacia hidrográfica e da água subterrânea, uma vez que o
sentido do fluxo segue dos divisores da bacia até o leito do Rio Alegria, bem ilustrado no
mapa da Figura 10.
De modo geral conceitua-se que áreas de recarga são aquelas relacionadas às zonas de
maior potencial hidráulico, enquanto que as áreas de descarga se associam às de menor
potencial hidráulico. As primeiras (recarga) representam as porções do terr eno onde
ocorre a alimentação do aquífero através da infiltração da água de superfície, depende,
portanto, da disponibilidade hídrica, da cobertura edáfica, da morfologia, do solo, entre
outros. As segundas (descarga) se associam no geral aos elementos de drenagem
superficial como rios, lagos e fontes ou a elementos de drenagem artificial ou fraturas
profundas do maciço rochoso.
55
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Como já mencionado, a água obtida está associada à pacotes espessos de rocha basáltica,
que foram afetados por sistemas rúpteis (permeabilidade) profundos. Da mesma forma,
as condições de infiltração na bacia são dificultadas pelas características físicas do meio
geológico, donde as zonas de recarga dos aquíferos locais estão associadas aos grandes
sistemas de fraturas que ocorrem regionalmente, sendo esta, a principal forma de
suprimento de água aos mesmos. Por outro lado, vejamos os dados do poço P-01 (Fonte
Ipê), de interesse direto ao presente estudo, que mostram entradas d água entre 42 48
m, e entre 84-90 m. Neste poço o manto de intemperismo (regolito) possui apenas 6 m de
espessura, sendo o revestimento realizado até os 12 m. Desta forma , é provável que as
entradas presentes no poço P-01 estejam relacionadas à recarga indireta,
associadas a sistemas de fraturas, e não à recarga superficial. Esses sistemas rúpteis
acham-se ilustrados no mapa geológico da bacia do Rio Alegria ( MAPA III), destacando
aqueles orientados para N50-60E e próximo de N-S, que representam fraturamentos de
caráter distensivo/aberto, potenciais para a circulação e o armazenamento da água
subterrânea, na área e região.
Na região aqui estudada pode-se sugerir que a área de descarga está representada ,
possivelmente, pelos rios Ocoí e Paraná, bem como pelo Rio Alegria, para onde convergem
as linhas de fluxo (Figura 10), no sentido das zonas com menor potencial hidráulico. Neste
mapa, as linhas de fluxo foram construídas com base em 87 poços tubulares profundos,
dos quais apenas 23 encontram-se no interior da Bacia do Rio Alegria. Ademais, estes
poços encontram-se concentrados principalmente no perímetro urbano de Medianeira.
Desta forma, optou-se por utilizar também os dados piezométricos de
nascentes/surgências, afim de dar maior confiabilidade às curvas potenciométricas. Como
resultado obteve-se um mapa de fluxo subterrâneo que, de forma geral, se mostra
compatível com a morfologia, possuindo as maiores cotas potenciométricas a montante
da bacia, na região sudeste, e as menores cotas potenciométricas posicionadas na porção
noroeste da bacia, junto à foz do Rio Alegria, que deságua no Rio Ocoí .
56
Quadro 04 – Resumo dos dados potenciométricos dos poços tubulares perfurados no município de Medianeira, nascentes e pontos de
controle da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (Pág. 1/2)
PT 02 785.083 7.208.989 249,63 20,00 229,63 Poços cadastrados em campo Serra Geral
PT 03 786.656 7.205.408 320,85 75,00 245,85 Poços cadastrados em campo Serra Geral
PT 04 796.354 7.200.797 434,29 20,00 414,29 Poços cadastrados em campo Serra Geral
PT 05 790.084 7.202.026 375,46 70,00 305,46 Poços cadastrados em campo Serra Geral
UTM Leste UTM Norte Altitude Cota Piezométrica UTM Leste UTM Norte Altitude Cota Piezométrica
Nascente/Rio Nível Estático (m) Tipo de Dado Nascente/Rio Nível Estático (m) Tipo de Dado
(X) (Y) (m) (m) (X) (Y) (m) (m)
R1 797.356 7.197.203 423,71 0,00 423,71 Ponto de controle em rios R55 782.805 7.208.301 225,00 0,00 225,00 Ponto de controle em rios
R2 795.633 7.197.962 403,48 0,00 403,48 Ponto de controle em rios N1 797.234 7.196.998 424,35 0,00 424,35 Nascentes
R3 797.110 7.198.575 440,19 0,00 440,19 Ponto de controle em rios N2 797.831 7.197.242 454,17 0,00 454,17 Nascentes
R4 795.155 7.198.136 397,11 0,00 397,11 Ponto de controle em rios N7 794.313 7.197.931 437,90 0,00 437,90 Nascentes
R5 794.946 7.198.379 391,01 0,00 391,01 Ponto de controle em rios N8 793.204 7.198.778 393,90 0,00 393,90 Nascentes
R6 794.926 7.198.512 389,36 0,00 389,36 Ponto de controle em rios N9 791.186 7.199.407 394,81 0,00 394,81 Nascentes
R7 794.571 7.199.353 383,99 0,00 383,99 Ponto de controle em rios N10 790.494 7.198.878 410,58 0,00 410,58 Nascentes
R8 793.129 7.199.787 373,37 0,00 373,37 Ponto de controle em rios N11 789.115 7.199.160 407,71 0,00 407,71 Nascentes
R9 792.692 7.200.502 369,85 0,00 369,85 Ponto de controle em rios N12 788.700 7.199.542 409,17 0,00 409,17 Nascentes
R10 792.568 7.200.383 366,63 0,00 366,63 Ponto de controle em rios N13 788.407 7.200.701 375,79 0,00 375,79 Nascentes
R11 791.256 7.200.677 334,24 0,00 334,24 Ponto de controle em rios N14 788.446 7.201.670 358,42 0,00 358,42 Nascentes
R12 790.835 7.200.397 328,16 0,00 328,16 Ponto de controle em rios N15 787.931 7.201.243 364,71 0,00 364,71 Nascentes
R13 789.213 7.199.640 371,05 0,00 371,05 Ponto de controle em rios N16 787.576 7.201.830 357,82 0,00 357,82 Nascentes
R14 789.659 7.200.506 318,47 0,00 318,47 Ponto de controle em rios N17 787.020 7.201.948 383,49 0,00 383,49 Nascentes
R15 789.621 7.200.575 317,65 0,00 317,65 Ponto de controle em rios N18 786.733 7.202.365 375,73 0,00 375,73 Nascentes
R16 789.294 7.201.284 310,16 0,00 310,16 Ponto de controle em rios N19 786.490 7.202.640 370,16 0,00 370,16 Nascentes
R17 789.202 7.201.886 306,19 0,00 306,19 Ponto de controle em rios N20 786.455 7.203.121 365,66 0,00 365,66 Nascentes
R18 789.013 7.202.112 304,19 0,00 304,19 Ponto de controle em rios N21 786.680 7.203.585 350,44 0,00 350,44 Nascentes
R19 788.852 7.202.441 301,70 0,00 301,70 Ponto de controle em rios N22 786.555 7.204.292 325,33 0,00 325,33 Nascentes
R20 788.703 7.202.561 300,69 0,00 300,69 Ponto de controle em rios N23 786.598 7.204.793 332,94 0,00 332,94 Nascentes
R21 788.052 7.202.173 317,72 0,00 317,72 Ponto de controle em rios N24 786.561 7.205.361 333,58 0,00 333,58 Nascentes
R22 788.215 7.202.678 297,40 0,00 297,40 Ponto de controle em rios N25 786.218 7.205.477 328,93 0,00 328,93 Nascentes
R23 788.129 7.202.769 296,13 0,00 296,13 Ponto de controle em rios N26 786.765 7.206.029 303,00 0,00 303,00 Nascentes
R24 787.834 7.202.863 293,55 0,00 293,55 Ponto de controle em rios N27 785.588 7.206.226 299,91 0,00 299,91 Nascentes
R25 786.763 7.202.885 336,61 0,00 336,61 Ponto de controle em rios N28 784.950 7.207.611 274,82 0,00 274,82 Nascentes
R26 786.937 7.202.861 325,84 0,00 325,84 Ponto de controle em rios N29 784.622 7.208.246 277,34 0,00 277,34 Nascentes
R27 787.724 7.203.056 292,83 0,00 292,83 Ponto de controle em rios N30 783.963 7.208.930 268,79 0,00 268,79 Nascentes
R28 787.775 7.203.197 292,35 0,00 292,35 Ponto de controle em rios N31 783.799 7.209.589 278,99 0,00 278,99 Nascentes
R29 787.292 7.204.154 283,38 0,00 283,38 Ponto de controle em rios N32 783.473 7.209.900 259,62 0,00 259,62 Nascentes
R30 787.299 7.204.310 281,13 0,00 281,13 Ponto de controle em rios N33 785.738 7.209.513 299,20 0,00 299,20 Nascentes
R31 787.279 7.204.609 276,00 0,00 276,00 Ponto de controle em rios N34 786.451 7.208.827 325,04 0,00 325,04 Nascentes
R32 787.283 7.204.784 272,07 0,00 272,07 Ponto de controle em rios N35 787.234 7.207.815 328,42 0,00 328,42 Nascentes
R33 787.220 7.205.339 267,13 0,00 267,13 Ponto de controle em rios N36 786.942 7.207.214 287,08 0,00 287,08 Nascentes
R34 787.645 7.205.906 261,88 0,00 261,88 Ponto de controle em rios N37 788.026 7.206.779 336,33 0,00 336,33 Nascentes
R35 788.074 7.205.803 284,11 0,00 284,11 Ponto de controle em rios N38 789.176 7.205.518 364,32 0,00 364,32 Nascentes
R36 787.240 7.206.488 257,88 0,00 257,88 Ponto de controle em rios N39 788.419 7.205.011 348,47 0,00 348,47 Nascentes
R37 786.736 7.206.897 255,57 0,00 255,57 Ponto de controle em rios N40 789.045 7.203.624 381,46 0,00 381,46 Nascentes
R38 786.441 7.206.486 253,37 0,00 253,37 Ponto de controle em rios N41 788.245 7.203.231 346,68 0,00 346,68 Nascentes
R39 786.341 7.206.489 253,16 0,00 253,16 Ponto de controle em rios N42 788.479 7.203.178 368,57 0,00 368,57 Nascentes
R40 786.131 7.206.720 251,87 0,00 251,87 Ponto de controle em rios N43 789.156 7.202.876 369,57 0,00 369,57 Nascentes
R41 785.436 7.208.086 244,22 0,00 244,22 Ponto de controle em rios N44 789.717 7.202.946 380,43 0,00 380,43 Nascentes
R42 785.480 7.208.226 243,85 0,00 243,85 Ponto de controle em rios N45 790.412 7.202.373 378,76 0,00 378,76 Nascentes
R43 785.449 7.208.579 243,56 0,00 243,56 Ponto de controle em rios N46 791.524 7.201.718 388,86 0,00 388,86 Nascentes
R44 785.048 7.208.810 242,86 0,00 242,86 Ponto de controle em rios N47 792.570 7.200.904 388,79 0,00 388,79 Nascentes
R45 784.549 7.209.542 239,26 0,00 239,26 Ponto de controle em rios N48 794.060 7.200.607 400,67 0,00 400,67 Nascentes
R46 784.434 7.209.749 237,58 0,00 237,58 Ponto de controle em rios N49 796.881 7.201.222 463,52 0,00 463,52 Nascentes
R47 783.549 7.210.288 230,66 0,00 230,66 Ponto de controle em rios N50 797.047 7.201.297 469,25 0,00 469,25 Nascentes
R48 783.408 7.210.545 229,94 0,00 229,94 Ponto de controle em rios N51 797.220 7.200.373 488,94 0,00 488,94 Nascentes
R49 784.522 7.210.684 250,00 0,00 250,00 Ponto de controle em rios N52 797.621 7.200.132 479,33 0,00 479,33 Nascentes
R50 785.433 7.210.842 271,00 0,00 271,00 Ponto de controle em rios N53 796.781 7.196.544 441,09 0,00 441,09 Nascentes
R51 782.569 7.211.159 227,00 0,00 227,00 Ponto de controle em rios N54 785.910 7.204.326 349,60 0,00 349,60 Nascentes
R52 782.609 7.211.322 230,00 0,00 230,00 Ponto de controle em rios N55 785.518 7.205.602 328,07 0,00 328,07 Nascentes
R53 782.207 7.208.536 230,00 0,00 230,00 Ponto de controle em rios N56 784.518 7.208.012 289,92 0,00 289,92 Nascentes
R54 782.242 7.208.340 220,00 0,00 220,00 Ponto de controle em rios N57 784.006 7.208.355 290,01 0,00 290,01 Nascentes
784.000 788.000 792.000 796.000
p/ Sta. Helena-PR
!
! PLANIMETRIA
!
£
¤
!
!
!
!
! 277 Rodovia federal
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! ¬
«
495
36 !
34 ! ¬
«
495 Rodovia estadual
64 ! !
Acessos secundários
!
!
PT-02 35 !
! !
!
!
!
!
!
!
! 15
! Trilhas e caminhos
!
! !
!
! !
!
Área urbana
!
!
!
! !! !!
24 !
! !
!
!
!
!
! Rede de drenagem
!
!
Bacia hidrográfica
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!
!
! !
!
!
!!
! !
! E
! Poço Tubular Profundo - Fonte Ipê -
!
!
!
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!
!
! Poços utilizados para geração do fluxo
!
!
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! PT-03
!17
!
!
Nascentes
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!
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! ! !
!
!
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! !6
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! !!
Pontos de controle em rios
! !
! PC-01 !
55
!
!
!
! !
!
!
!
!
! Curvas potenciométricas
!
! !
! Sentido do fluxo subterrâneo
p/ Curitiba-PR
!! !
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! Poligonal ANM n° 826.205/2015
!
!
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£
¤
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! 80
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277
!
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!
! 54 ! 69 Cota Potenciométrica (m)
PT-05 !
!
!
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!
! 77 29 !
!
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!
!
!
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13 ! 78
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MEDIANEIRA !
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µ
PC-02 9 !!
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! 26 !! !
! 48 ! PT-04
!1 !
!
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! 47
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! 37! 81 !
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71 !
53
! 51
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2 74
! 23
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12 !
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! 31 !
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73 !
! ! 49
8 !
! 27 !
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! ! 32 !! 1:95.000
!
83 ! ! 14
! !
!
£
¤ !
!
!
277 62
0 2,5 5
!
!
!
! !
! !
!
km
38 3!
!
! !
! 45 datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
!
! 7
72 5 !
!
!
!
!
!
! 39
! !
!
!
!
22 !
10
!
18 !
!
! 20 !4 ur ¬
«495
33
!
! Figura 10 - Mapa de fluxo da Bacia
p/ Jardinópolis-PR Hidrográfica do Rio Alegria
784.000 788.000 792.000 796.000
792.800 793.000 793.200 793.400
!
PLANIMETRIA
! Arruamento
Rede de drenagem
Curvas potenciométricas
£
¤ 277
Poligonal ANM n° 826.205/2015
E
! Cota Potenciométrica (m)
Fonte Ipê
0
µ 1:4.500
110 220
m
61
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
As análises dos parâmetros obtidos mostram que a água Fonte Ipê se enquadra dentro dos
parâmetros de potabilidade. E, conforme os resultados obtidos nas análises químicas
sazonais do LAMIN, a água foi classificada como Água Mineral Fluoretada e Vanádica.
As principais características físico -químicas da água da Fonte Ipê seguem abaixo listadas.
Estes e demais parâmetros, que atendem aos padrões da legislação , podem ser observados
no Quadro 05, nos laudos do LAMIN e LabQi.
Bicarbonato: 79,47 a 94,32 mg/l
Cálcio: 14,97 a 18,61 mg/l
Sódio: 5,40 a 11,24 mg/l
Magnésio: 2,80 a 3,93 mg/l
Potássio: 0,61 a 1,30 mg/l
Fluoreto: 0,10 a 0,16 mg/l
Vanádio: 0,073 a 0,099 mg/l
pH in loco: 7,56 a 7,80
pH no Lab.: 7,32 a 8,00
Cond. Elétrica in loco: 153,80 a 210,00 µS/cm2
Cond. Elétrica no Lab.: 151,60 a 185,42 µS/cm2
Resíduo e Evaporação à 180ºC/Calc. = 121,00 a 137,54 mg/l
62
Quadro 05 - Principais parâmetros físico-químicos (mg/I) das águas da Fonte Ipê (Poço P-01) e dos poços tubulares da Bacia do Rio Alegria (PT-02 e PT-03)
Dureza Total - CaCO3 (mg/l) 49,50 63,50 72,00 82,50 59,50 N.A 56,40 N.A N.A
Resíduo de evaporação a 180 °C (mg/l) (in loco) N.A. 107,76 110,73 109,53 116,56 N.A N.A. N.A N.A
Resíduo de evaporação a 180 °C (mg/l) 126,29 132,74 135,06 123,02 137,54 N.A 121,00 N.A N.A
Sólidos suspensos totais (mg/l) < 5,00 < 5,00 < 5,00 < 5,00 0,00 N.A N.D. N.A N.A
Bicarbonatos (mg/l) 82,740 92,600 94,320 84,580 86,580 N.A 79,470 101,840 109,520
Carbonatos (mg/l) 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 N.A N.D. N.D. N.D.
Gás Carbonico (mg/l) N.A 9,490 0,000 14,240 4,760 N.A N.A. N.A N.A
Nitritos (mg/l) 0,040 < 0,005 < 0,005 0,005 < 0,007 N.A N.D. N.A N.A
Nitratos (mg/l) 6,660 6,970 6,770 6,990 6,500 N.A 6,440 N.A N.A
Sulfatos (mg/l) 0,750 0,760 0,770 0,740 0,850 N.A N.D. N.D. N.D.
Fosfatos (mg/l) < 0,120 < 0,120 < 0,120 < 0,120 < 0,120 N.A 0,760 N.A N.A
Fluoretos (mg/l) 0,100 0,150 0,160 0,160 0,160 N.A 0,160 N.A N.A
Brometo (mg/l) N.A 0,010 0,010 0,010 0,030 N.A N.A N.A N.A
Cloretos (mg/l) 2,030 1,850 1,700 1,740 1,640 N.A 2,350 2,800 N.D.
Cálcio (mg/l) 15,759 18,607 18,372 16,616 14,969 N.A 16,100 24,350 0,480
Magnésio (mg/l) 3,205 3,553 3,602 3,263 2,803 N.A 3,930 6,750 0,190
Sódio (mg/l) 10,758 10,598 11,243 10,329 8,176 N.A 5,400 4,500 13,000
Potássio (mg/l) 0,931 0,865 0,933 0,913 0,613 N.A 1,300 0,900 1,000
Ferro total (mg/l) < 0,010 0,030 0,016 < 0,010 < 0,010 N.A N.D. N.A N.A
Manganês (mg/l) < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 N.A 0,040 N.A N.A
Lítio (mg/l) < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 N.A N.A N.A N.A
Vanádio (mg/l) 0,099 0,073 0,075 0,074 < 0,005 0,073 N.A. N.A. N.A.
Selênio (mg/l) < 0,005 < 0,005 < 0,010 < 0,010 0,006 < 0,001 N.A. N.A. N.A.
Silício Total (mg/l) 20,880 20,111 20,700 18,659 30,757 N.A. N.A. N.A. N.A.
Coliformes Fecais (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 -
Fonte Enterococos (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 <1 (Ausência)
Ipê Pseudomonas aeruginosa (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 -
Clostrídios perfringens (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 -
64
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
Quando comparados, tanto o diagrama de P iper quanto o de Stiff revelam uma nítida
correlação no tocante ao comportamento hidroquímico das águas, ou seja, são
essencialmente bicarbonatadas e cálcicas, coerentes com as águas do Sistema Aquífero
Serra Geral - SASG.
A caracterização das águas superficiais foi feita com base em quatro (4) amostras,
nomeadas de JB-01/AS a JB-04/AS. Elas foram coletadas ao longo do Rio Alegria,
contemplando toda sua extensão desde as nascentes até a sua foz, de for ma a se ter um
panorama mais abrangente possível. A localização dos pontos de coleta pode ser
observada no Mapa IV e no Quadro 07A observam-se os parâmetros físico-químicos
medidos in loco, enquanto que no Quadro 07B é possível observar uma síntese dos
parâmetros analisados em laboratório (LabQi).
65
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PARÂMETROS MEDIDOS EM
JB-01/AS JB-02/AS JB-03/AS JB-04/AS
LABORATÓRIO
66
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das águas sulfatadas cálcio sódico magnesianas, águas sulfatadas bicarbonatadas cálcio
sódica magnesianas e águas bicarbonatadas cloretadas sódicas.
O uso e ocupação do solo na bacia, que será descrito no próximo item deste Relatório ,
constitui objeto de planejamento e monitoramento contínuos por parte dos órgãos
competentes, uma vez que ocupação desordenada e /ou atividades não permitidas na
bacia pode comprometer seriamente a qualidade hídrica na captação. Nesse sentido,
importa pontuar o fato de que 18,35% da área da bacia Hidrográfica do Rio Alegria
encontra-se urbanizada, e 55,29% é ocupada por área agrícolas, com culturas sazonais de
soja, milho e trigo.
Dos parâmetros analisados (Quadro 07B), aqueles que são indicativos de potabilidade se
mostram perfeitamente adequados à legislação, pelo menos no que se refere aos
parâmetros físico-químicos, conforme abaixo:
67
DIAGRAMA DE PIPER
4
IV II
9
8
V
VII III
6 7
11
Mg 10
SO4
5
2 3 VIII VI
4
1
3
Águas Águas
Magnesianas Sulfatadas
IX
3
4
6 Águas Águas
Mistas Mistas
s
12
da
11
C lo
arb guas
Ág tada
ata
10
re
ua s
Águas 31 Águas
on
Á
s
Cálcicas 5 2 4 9 8 Sódicas
Bic
54
12 12 3 1 6 7 8 9
211 10
Ca Na+K HCO3 + CO3 Cl
Cálcio (Ca) Cloreto (Cl)
%meq/l
CÁTIONS ÂNIONS
100/LAMIN/2015 JB-01-AS
095/LAMIN/2019 JB-02-AS
248/LAMIN/2019 JB-03-AS
317/LAMIN/2019 JB-04-AS
425/LAMIN/2019
LEGENDA
JB-01-PT
Fonte Ipê
Poços tubulares profundos do entorno
Águas superficiais
PT-02
Na+K Cl
PT-03
Ca HCO3 + CO3
Mg SO4
Figura 13 - Diagrama de Stiff com as concentrações de cátions e ânions para a Fonte Ipê, poços tubulares
profundos do entorno e amostras de águas superficiais
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O diagnóstico atual referente ao uso do solo foi obtido através da elaboração do Mapa de
Uso do Solo (Mapa V) para a Bacia do Rio Alegria, no qual se tem plotada a poligonal de
pesquisa, bem como a subdivisão das classes de usos reconhecidas e interpretadas em
escala 1:45.000. Para a elaboração do referido mapa foram utilizadas imagens de satélite
e do Google Earth e reconhecimento de campo para checagem e detalhamento das classes
previamente interpretadas e cartografadas. Os resultados quantitativos, para cada classe
interpretada, encontram-se no Quadro 08, e a Figura 14 ilustra o zoneamento em forma
de gráfico.
A leitura do mapa e a análise dos números acima demonstram que a maior parte da área
total da Bacia do Rio Alegria detém de 55,29%, equivalente à 3.718,74 ha, e é utilizada
para fins agrícolas, sendo que as culturas mais comuns são de soja e milho.
70
784.000 788.000 792.000 796.000
Missal Ramilândia
¬
«
495
Áreas de pastagens e campos Corpos d'água
574,63 ha = 8,54% 5,20 ha = 0,08%
! Serranópolis
do Iguaçu
.
! 54°5'50"W
Assentamento Sávio
ESTATÍSTICAS DO USO DO SOLO
! !
!
. Linha Alegria
!
!
! ¬
« 495
p/ Cascavel-PR 16,28%
55,29%
£
¤277
18,35%
.
!
. Linha Salvador
!
!
! Sub-estação COPEL ETE SANEPAR !
.
Poligonal ANM
µ
.
! n° 826.205/2015
Linha Nossa Sra. da Saúde DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
NM CENTRO DA FOLHA
E
!
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)
-17°08' -1°15'21"
!
.
! - 00° 07' 00'' ANUALMENTE km
Morro Nossa Sra. da Salete
datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
£
¤ 277
!
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
V
!
. Colônia Murado
!
p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
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A segunda utilização mais abrangente do solo desta região ( 18,35%) pertence ao meio
urbano, coincidente com a sede do município de Medianeira, utilizando uma área com
cerca de 1.234 ha. Esta classe é seguida por áreas de floresta ciliar e secundária , que
totalizam 16,28% (1.095,3 ha) da bacia e estão concentradas nas margens das drenagens.
As áreas de pastagem e campos, por sua vez, ocupam 8,54% da Bacia do Rio Alegria,
sobressaindo a pecuária extensiva e confinada, sendo os maiores rebanhos representados
por aves, bovinos e suínos. A superfície ocupada pelas áreas de servidão, edificadas, de
são menos significativas, com 0,85%, 0,29%, 0,33% e
0,08%, respectivamente, da área total da Bacia.
5. RESULTADOS OBTIDOS
O contexto geológico da Bacia do Rio Alegria (Mapa III), bem como da poligonal do
empreendimento, observado com detalhe no Mapa VI, é relativamente simples em termos
litoestatigráficos, sendo representado basicamente por derrames basálticos pe rtencentes
ao Grupo Serra Geral. Contudo, localmente estas rochas apr esentam variações texturais,
estruturais e composicionais acentuadas. Ocorrem também, mas de modo restrito,
depósitos aluvionares associados a porções de planície do Rio Alegria.
Esta unidade ocupa apenas 0,12% da área da bacia, correspondendo a 9,61 ha, não
ocorrendo dentro da área da poligonal de pesquisa. Apesar de não terem sido descritos
pontos de campo nesta unidade, foram observados em campo, e seus depósitos foram
identificados através de imagens de satélite.
Está presente junto a calha do Rio Alegria, na porção norte da bacia, em áreas de relevo
plano a suave ondulado. É formada por sedimentos inconsolidados nas frações areia, silte,
argila e cascalhos, podendo apresentar também blocos. Quanto à sua mineralogia, é
composta por magnetita, quartzo e fragmentos de basalto.
72
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O basalto recobre uma área de 7.760,13 ha, equivalentes a 99,87% da bacia hidrográfica
e a totalidade da área da poligonal de pesquisa. Compreende três membros distribuídos
nas duas formações mais basais do Grupo Serra Geral (Fm. Barracão e Fm. Cascável); para
os dois membros superiores, foi possível ainda, individualizar o topo e base de quatro a
cinco derrames.
Esta unidade ocupa 49,80% da área das bacias, correspondendo a 3.869,76 ha e foi descrita
no ponto de campo 12 (Anexo V). Na área da poligonal de pesquisa ela recobre um total
de 50,07%, correspondendo a 18,04 ha. Está presente nas regiões de relevo
predominantemente suave ondulado e subordinadamente ondulado e plano, tanto na área
da Bacia do Rio Alegria quanto na área da poligonal de pesquisa .
De acordo com MINEROPAR (2013), o Membro Flor da Serra do Sul recobre a porção NW do
Grupo Serra Geral, estendendo-se continuamente de Cascavel até o Norte Pioneiro, no
vale do rio Paranapanema. Esta unidade ocorre geralmente entre as cotas 340 e 640
m.s.n.m., com espessura máxima não ultrapassando os 40 m, descontando os efeitos da
tectônica rúptil, sendo que na região do município de Medianeira ele recobre os derrames
do Membro Santa Quitéria (MINEROPAR, 2013). Na porção do Médio Rio Alegria, esta
unidade ocorre em toda a metade superior das vertentes, recobrindo os basaltos do
Membro Santa Quitéria, bem como na porção do Alto Rio Alegria, onde ocorre tanto na
base quanto no topo das vertentes. Ela é mapeável entre as cotas 360 e 560 m.s.n.m.,
aproximadamente.
Sua associação faciológica é composta por dois a quatro derrames tabulares com
entablamento em cunha de ferro-basalto, com intercalações finas de brecha
hidrovulcanoclástica e hidrotufo fino laminado (MINEROPAR, 2013) . Ainda de acordo com
MINEROPAR (2013), os basaltos possuem feições bastante típicas sendo elas: zona de topo
microvesicular, entablamento em cunha, disjunção tetragonal e a ocorrência de
pegmatitos básicos.
73
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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alaranjada. Ele possui estrutura maciça, textura fanerítica equigranular fina e cor cinza-
médio. A mineralogia é composta por plagioclásio e piroxênio, com a magnetita como
mineral acessório.
Esta unidade estende-se ao longo do vale do rio Iguaçu até próximo de Guaraniaçu e é
circundado nas bordas oeste, leste e sul pelo Membro Foz do Iguaçu, ao qual é sotoposto,
e ocorre recobrindo as litofácies do Membro Toledo (MINEROPAR, 2013). Próximo à cidade
de Medianeira, o Membro Santa Quitéria é recoberto pelos derrames do Membro Flor da
Serra do Sul. Ainda de acordo com MINEROPAR (2013), esta unidade ocorre geralmente
entre as cotas 370 e 520 m.s.n.m., com espessura aflorante máxima de 140 m,
desconsiderando os efeitos da tectônica rúptil. Na área de pesquisa o corre nas metades
inferiores das vertentes do Rio Alegria e seus afluentes ; o mesmo se aplica para a área da
bacia até mais ou menos sua porção central, quando passa a ocupar a metade superior das
encostas.
A sua associação faciológica é composta por uma intercalação de derrames lobados e lobos
tabulares, níveis de brechas hidrovulcanoclásticas e lâmina de hidrotufo, com delgados
corpos de basalto de geometria tabular (MINEROPAR, 2013). Os basaltos são maciços, com
zona vesicular de topo pouco desenvolvidas, mas com os níveis de brecha
hidrovulcanoclástica associados a hidrotufos finos lateralmente persistentes e bem
desenvolvidos (MINEROPAR, 2013). As descrições das seções-tipo apontam que o tipo mais
comum de disjunção é a colunar quadrática, ocorrendo juntas retas e fechadas ou quando
abertas preenchidas por sílica (MINEROPAR, 2013).
74
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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75
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Além dos basaltos foram observadas também brechas com blocos centimétricos, angulosos
e orientados de basalto maciço esbranquiçado em meio a uma matriz de hidrotufo fino de
cor avermelhada. Essa brecha ocorre em meio a uma fratura, com atitude da orientação
dos blocos verticalizada.
76
792.800 793.150 793.500
0
µ 100 200
m
LITOESTRATIGRAFIA
Jurássico - Cretáceo
GRUPO SERRA GERAL
1:5.000 Formação Barracão
datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
JKsgbf
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/
Membro Flor da Serra do Sul (JKsgbf): Intercalação de derrames tabulares de ferro basalto cinza
! !
!
(Medianeira, 1:25.000; DSG, 1998)
NG NQ granulação fina a muito fina, textura fanerítica equigranular e composto por plagiocl ásio, piroxênio
NM
e traços de magnetita. Quando intemperizado apresenta uma fina capa de altera ção de cor
castanho-claro e esfoliação esferoidal
-17°08' -1°15'21"
Formação Cascavel
JKsgcs
JKsgcs
A'
£
¤
277
A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE
- 00° 07' 00'' ANUALMENTE
Membro Santa Quitéria (JKsgcs): Intercalação de derrames lobados de basalto vesicular, com
abundantes brechas de fluxo, brecha hidrovulcanocl ástica, arenito conglomerático e hidrotufo.
O basalto é cinza-médio a cinza esverdeado, geralmente maciço, textura predominantemente
fanerítica equigranular de granulação fina a muito fina e subordinadamente afan ítico;
JKsgbf composto por plagioclásio, piroxênio e traços de magnetita. Quando vesicular ou amigdaloidal,
as cavidades possuem diâmetro milimétrico a decimétrico, apresentam formato arredondado
Fonte Ipê e em alguns casos lenticulares, preenchidas por calced ônia, quartzo e celadonita. As fraturas
E
! são em cunha ou conchoidal, podendo em alguns casos apresentarem formato curvil íneo
indicando fluxo; quando abertas podem ser preenchidas por calcita
GEOLOGIA PLANIALTIMETRIA
Arruamento
JKsgbf
JKsgcs JKsgbf
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
VI
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021
(m) A (SW) A' (NE)
Limite da poligonal ANM Contato litológico
400 Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área:
Fonte Ipê Contato entre derrames
Água Mineral 1:5.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha
Rio Alegria
E
!
Rio Alegria
380 Titular: Resp. Técnico:
Lineamentos
C D
E F
5.1.3 ESTRUTURAS
79
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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roseta para as medidas de fraturas obtidas em campo destaca um trend principal para
N75-90W, contendo 22,24% das atitudes, vindo em seguida os sistemas N75-90E e N15-30E,
ambos com 12,3% e N30-45W, com 11,2%. Estes diagramas, elaborados a partir de fontes
de dados distintas, se mostram coerentes quanto às classes estatísticas obtidas para os
sistemas rúpteis ocorrentes na região.
Nos diagramas estruturais Schmidt-Lambert e de rosetas, ilustrados também na Figura 15,
estão plotados 89 planos de sistemas rúpteis recuperados nos afloramentos descr itos no
interior da Bacia do Rio Alegria e 879 de lineamentos interpretados através do
imageamento de satélite. A leitura dos mesmos mostra as classes modais abaixo.
a) Diagrama Schmidt-Lambert
O tratamento dos planos de fratura medidos em campo neste diagrama resultou em cinco
(5) direções principais, todas subverticalizadas, listadas a seguir:
Um pico principal orientado segundo N80W com frequência de 20-24% (classe 1);
A classe 2, com frequência entre 16-20% orientado segundo N74E;
Duas classes apresentando frequência entre 8 -12%: a Classe 3, orientada segundo
N22E e a Classe 4, orientada segundo N36W;
Um pico menor (classe 5 no diagrama), com frequência de 4 -8% e orientação N60W.
O tratamento dos dados de lineamento resultou em outras cinco (5) direções principais,
também todas subverticalizadas, listadas abaixo:
b) Diagrama de Rosetas
No Diagrama de Rosetas dos dados de fraturas, obteve-se como principais classes modais,
pela ordem de frequência:
Uma classe máxima, com 22,24% de frequência, mostrando orientação geral N75 -
90W;
Três picos com frequências relativamente semelhantes , entre 10-14%, mostrando
orientação geral em N75-90E, N15-30E e N30-45W:
Várias outras classes menores: N60-75E e N45-60W (~9,0%), N45-60E (~8,0%), N60-
75W (~7,0%), N0-15W (~3,0%), N15-30W e N30-45E (~2,0%).
Uma classe máxima, com 16,60% de frequência, mostrando orientação geral N60 -
75W;
Três classes com frequências semelhantes: um pico em N15-30W e frequência de
13,41%; uma com orientação N60-75E e frequência de 12,29%; e um pico em N15-
30E e frequência de 11,48%;
Várias classes menores: N45-60W (~9,0%), N75-90E (~8,5%), N-15W e N30-45W
(~8,0%), N75-90W (~7,0%), N0-15E (~2,0%) e N30-45E (~1,5%).
80
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Observa-se que existe uma razoável correlação entre os planos estatísticos obtidos nos
dois diagramas. Estes sistemas rúpteis visivelmente controlam a rede de drenagem local,
com porções do Rio Alegria e parte de seus afluentes tendo seus leitos principais
controlados por sistemas de trend NW-SE (N60-75W, N15-30W) e alguns trechos menores
do Rio Alegria e alguns de seus afluentes controlados por estruturas NE-SW.
O poço P-01 foi perfurado pela empresa IGUAÇU Poços Artesianos entre os dias 15/01/2015
e 17/01/2015, atingindo profundidade de 100 metros e fornecendo uma vazão de 7,9 m3/h
(com crivo da bomba em 84 m), mensurada em teste de vazão de 6 h realizado no dia
20/01/2015, logo após a perfuração.
Em 04/09/2015 a IGUAÇU Poços Artesianos realizou um novo teste de vazão no poço P -01,
com duração de 30 horas e crivo da bomba em 84 m de profundidade. Ao final do teste os
parâmetros hidráulicos obtidos foram:
Dados Construtivos:
- 0-12 metros
- Perfuração em 6 12-100 metros
- Revestimento Sanitário em 6 0-12 metros (Aço Preto DIN 2440)
- 0-16 metros (PVC Geomec. Nervurado)
- Cimentação (nata cimento/0,17 m³): 12 metros
- Cimentação (nata cimento/0,16 m³): 16 metros (Entre tubos )
- Cavalete completo em aço inox: Instalado
- Tubo edutor: 60 m, Inox SCH-
- Painel de comando: 2,0HP, 220V, Trifásico
- Cabo condutor: 70 m, Vinil -,6/1kV, 3x4 mm²
- Conjunto motobomba: CRI-S4S-5-11, 2HP, 220V, Trifásico, Inox
- Crivo da bomba: 60 metros
Os detalhes construtivos do poço P-01 podem ser visualizados no perfil da Figura 16 e nas
fotos das Pranchas 01 e 03, com destaque para o revestimento e cavalete em inox, já
instalados na casa de proteção da Fonte Ipê. O Relatório construtivo do poço faz parte do
ANEXO I, elaborado pela empresa Iguaçu Poços Artesianos
81
Poço P-01 - Fonte Ipê
8"
6"
4"
0,0 m
0,0 - 6,0: Solo argiloso de cor castanho -
avermelhada
6,0 m
NE = 39,1 m
EA = 42,0 m
a 48,0 m 42,0 - 48,0: Fraturas, com entrada d' água
ND = 81,3 m
EA = 84,0 m
a 90,0 m 84,0 - 90,0: Fraturas, com entrada d' água
100,0 m 100,0 m
Legenda
Solo argiloso vermelho+Regolito basáltico Cimentação de 0,0 - 16,0 m com nata de
Parede do Furo - Perfuração em 6"
cimento; 0,16 m³ de material
Fm. Barracão (Grupo Serra Geral) - Basalto Revestimento Sanitário/Aço Preto DIN Cimentação de 0,0 - 12,0 m com nata de
2440; = 6" cimento; 0,17 m³ de material
Zona fraturada Revestimento PVC Geomecânico
Zona Fraturada com entrada d'água (EA)
Nervurado; = 4"
Nível estático (NE) Nível dinâmico (ND) Conforme o Relatório Construtivo de Poço Tubular Profundo
(Iguaçu Poços Artesianos EIRELI, 2015)
Vazão Permissível (QP) = Representa o volume d'água que pode ser retirada do
aquífero se forem desenvolvidos trabalhos de desenvolvimento do poço sem risco de danos
às propriedades hidráulicas do aquífero, com testes de bombeamento mais prolongados e
bombas mais possantes. No presente caso é aquela vazão na qual o nível dinâmico exibe
pequeno rebaixamento, já próximo da estabilização.
Observa-se pela ficha do teste de produção (ANEXO I) que o nível dinâmico exibe algumas
oscilações bruscas ao longo do bombeamento, com alguns rebaixamentos bruscos em
vazões semelhantes. Adotaremos como vazão permissível (Q P), o volume obtido entre os
intervalos t=1.080 -1.800 verifica a tendência de estabilização do nível
dinâmico, inclusive com alguma recuperação.
A vazão de teste (Q T), como definido acima, representa o volume fornecido pelo aquífero
em condições adequadas de estabilização do nível dinâmico, o que foi verificado ao final
do teste, em 1.800 minutos. Tem-se então que,
83
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Os resultados das análises químicas e bacteriológicas obtidos para a água do poço P-01
(Fonte Ipê) encontram-se no Anexo II e já foram parcialmente comentados anteriormente
neste relatório. Deste modo, a seguir serão apresent ados os resultados da composição
química e os padrões de potabilidade da água, que constituem o int eresse mais direto
deste estudo.
Ânions:
Cátions:
Características Físico-Químicas
pH a 25ºC: 7,56
Temperatura da água na Fonte: 22,2ºC
Condutividade Elétrica: 167,7 µS/cm
Resíduo de Evaporação a 180ºC (calculado): 137,54 mg/L
Radioatividade na fonte a 20ºC e 760 mmHg: 0,33 Maches
84
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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De acordo com o Decreto-Lei nº 7841/1945 (Código das Águas) e demais normas legais de
classificação mineral Água Mineral Fluoretada
. Entretanto, ressalta-se a presença do íon vanádio em três dos ensaios
realizados pelo LAMIN, com teores compatíveis para o enquadramento desse elemento na
classificação mineral, mas que na quarta análise resultou abaixo do limite mínimo, que é
de 0,03 mg/L, consoante Portaria DNPM nº 540/2014. Esta inconsistência analítica foi
relatada no Parecer nº 1117/2020/DFMNM-MG/GER-MG, elaborado pelo engenheiro
químico Johann F. Wimmer (ANM-MG), que recomendou novas análises para comprovação.
Nesse sentido, tanto o Selênio quanto o Vanádio foram quantificados em nova análise
realizada em laboratório acreditado (MERIEUX NutriSciences), o qual demonstrou teor de
Vanádio igual a 0,0731 mg/l, enquanto que o Selênio apresentou concentração inferior a
0,001 mg/l (Anexo II), classificando assim a água da Fonte Ipê como Água Mineral
Fluoretada e Vanádica.
85
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Como mostrado no MAPA V-Uso do Solo, mais de 55% da área da bacia do Rio Alegria é
caracterizada por atividade agropecuária, com culturas sazonais de soja, milho, trigo e
cana. A pecuária conta com criação de bovinos, aves e suínos, basicamente, que
abastecem os frigoríficos da região. Essa agricultura extensiva é desenvolvida sobre solos
férteis originados das rochas basálticas, utilizando -se a prática do plantio direto,
demandando quantidades reduzidas de fertilizantes, embora se utilizem também
pesticidas para o controle de pragas.
O Sistema Aquífero Serra Geral-SASG é que fornece a água para a Fonte Ipê; possui
extensão regional, é livre a confinado e tipicamente fraturado, características estas que
poderiam possibilitar que uma eventual contaminação , de qualquer origem, poderia
ocorrer distante da captação, percolando em zonas de fraturas regionais. Ocorre que, até
o presente, não se verificou nenhum indício de contaminação da água da Fonte Ipê,
conforme atestado pelos parâmetros físico-químicos, os quais se encontram totalmente
enquadrados aos padrões de potabilidade preconizados pelas normais vigentes. Vale
pontuar que a primeira análise do ciclo hidrológico realizada pelo LAMIN
(095/LAMIN/2019) abrangeu também a quantificação de compostos orgânicos voláteis,
semivoláteis, cianotoxinas e vários metais pesados, onde todos resultaram negativos.
Ressalte-se ainda que o poço foi instalado em 2015, portanto, já há seis anos.
Apesar da fonte estar localizada em área urbanizada, próximo à BR -277, não existem na
área de influência do poço, nem mesmo em seu entorno imediato, indústrias de
médio/grande porte ou outra fonte geradora de efluentes que poderiam contaminar as
áreas de recarga mais imediatas (zonas fraturadas). As poucas indústrias se localizam em
região mais afastada da cidade; cita-se um posto de combustível às margens da BR-277, à
NE da poligonal e fora da mesma, mas cujo terreno situa-se em vertente que drena para
afluente do Rio Alegria, em posição oposta ao da Fonte Ipê. Outro aspecto a ser assinalado
é que o local é provido de rede de coleta e tratamento de esgoto, pela concessionária
estadual, não havendo risco de contaminação de esgoto doméstico a partir de fossas e
sumidouros. De qualquer maneira, as características do aquífero bem como os cuidados
tomados nas obras de completação do poço, casa e área de proteção, cimentação dos dois
espaços anulares, são bastante importantes e atestam a favor da proteção da fonte.
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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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A B
C D
E F
87
(A) Vista Frontal (C) Vista em Planta
3,5m
Portão
2,6m
7,1m
Porta em
Poço Alçapão
alumínio
anodizado
2,6m
Janela
Poço
Porta
3,0m
1,5m
8,6m
Porta em
Poço
alumínio
anodizado
Como ponto de amarração (PA) foi selecionado o vértice nº 1 da área de proteção da fonte.
O PA selecionado é caracterizado pelas seguintes coordenadas geográficas, obtidas em
ambiente SIG, no datum SIRGAS 2000:
Latitude: -25º 17' 13, 536" Sul e Longitude: -54º 05' 33, 747" Oeste
A partir do vértice n.º 01, no sentido horário, a poligonal da área de proteção da fonte
segue com o seguinte memorial descritivo:
Através de cálculos analíticos a área tota liza 306.200,00 m2, ou seja, 30,62 hectares.
89
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
A poligonal de proteção da Fonte Ipê foi estabelecida conforme ilustrado no Mapa VII,
ocupando quase toda a área de pesquisa, com exceção de seu canto SW. Procurou -se
limitá-la, nesse quadrante, junto ao vale do Rio Alegria que representa o nível de base
local, e para onde convergem as linhas do fluxo subterrâneo.
a) Zona de Influência ZI
A Zona de Influência (ZI) da Fonte Ipê, em função de sua localização em área urbanizada
foi estabelecida como uma área de proteção sanitária da fonte e não como uma zona
associada ao cone de depressão do poço em bombeamento, já que se trata de um
aquífero
b) Zona de Contribuição ZC
90
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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c) Zona de Transporte - ZT
Já a Zona de Transporte (ZT) que tem por objetivo a proteção da fonte contra eventuais
contaminantes gerados por ação antrópica, foi limitada pela ZC e pelo vale do Rio Alegria,
englobando quase todo o restante da poligonal. Procurou- se considerar as direções
preferenciais das linhas de fluxo que convergem e ultrapassam a c aptação, e o limite SW
junto ao vale do Rio Alegria é devido que, a partir dessa linha eventuais contaminantes
não poderiam ou teriam mais dificuldade de alcançar a Fonte Ipê.
91
792.800 793.000 793.200 793.400
D E TA L H E D A Z O N A D E I N F L U Ê N C I A - Z I
.
! PA=V1
!
. Polig. ANM
! 793.000 793.050 793.100
£
¤
277 £
¤
277
Área de
Proteção
b
da Fonte
30,62 ha
.
! .
!
E
!
!
. .
!
PA=V1
.
! .
!
.
! .
!
.
! .
!
.
! .
!
Fonte Ipê E
!
.
!
µ µ
.
!
0 100 200 0 25 50
m m
1:4.000 1:1.000
datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
NG NQ
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/
NM
LEGENDA
2021) E CONVERGÊNCIA MERIDIANA
DO CENTRO DA FOLHA RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
-17°08' -1°15'21" (Medianeira, 1:25.000; DSG, 1998) Curva de nível mestra (10 x 10 m) Curvas potênciométricas
VII
54°10'0"W 54°0'0"W
-54° -51° -48°
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021
Missal Ramilândia
Arruamento ZT - Zona de Transporte
MS
Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área ANM: Área da Prot. da Fonte:
SP
Poligonal ANM n° 826.205/2015 Área de Proteção da Fonte = 30,62 ha
PARANÁ Água Mineral 1:4.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha 30,62 ha
Medianeira
P
A
E
! Poço tubular profundo (Fonte Ipê) !
. Vértices da Área de Proteção da Fonte
Titular: Resp. Técnico:
R Curitiba
Medianeira
A
R SC Serranópolis
G
do Iguaçu JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
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6. INVESTIMENTOS REALIZADOS
a) Poço + Instalações
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Há que se considerar que a viabilidade econômica não depende apenas dos volumes e
valores de produção, mas investimento em marketing e em logística visando a distribuição
do produto também são importantes. Como a demanda e as vendas crescem a cada ano,
conclui-se que o mercado é favorável e está apto a receber novos empreendimentos bem
pensados.
A produção média mensal adotada será obtida da vazão total de exploração (Q EX), no
regime de bombeamento (R B) e num fator de segurança (f) relacion ado ao volume
ao enxague das embalagens retornáveis e eventuais perdas do sistema .
Temos então:
Vamos considerar o mês com 25 dias úteis, alcançando a seguinte produção mensal:
94
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Investimentos Pré-Operacionais
Um reservatório em aço inox com capacidade para 50.000 litros também faz parte do
orçamento abaixo.
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As despesas mensais são estimadas, tendo em vista ainda se dispor de todas as informações
necessárias em relação ao porte do empreendimento, ao dimensionamento de pessoal e
outras variáveis. Assim teremos como principais despesas, a aquisição de insumos
(embalagens+tampas+rótulos, etc), despesas com pessoal e despesas de custeio.
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Rochas vulcânicas básicas do Grupo Serra Geral dominam o quadro geológico local,
ocorrendo derrames basálticos das formações Barracão (Mb. Flor da Serra do Sul) e
Cascavel (Mb. Santa Quitéria).
A Fonte Ipê está contida na Bacia Hidrográfica do Rio Alegria, que drena uma área de
67,26 km², cujo balanço hídrico preliminar realizado resultou num superávit hídrico de
1.163,93 mm/ano. O mapeamento do uso e ocupação do solo realizado revela que, nesta
bacia, 55,29% da superfície total é ocupada por áreas agrícolas, 18,35% são áreas
urbanizadas e 16,28% correspondem às florestas ciliares e secundárias. Ressalte -se que a
Fonte Ipê acha-se instalada dentro da mancha urbana de Medianeira- PR, conforme já
relatado anteriormente.
A Fonte Ipê capta água do Sistema Aquífero Serra Geral ou SASG, unidade hidrogeológica
de extensão continental, com características livre, semiconfinado ou confinado, no qual
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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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A vazão obtida no teste de bombeamento de 30 horas, realizado no poço P-01 (Fonte ipê)
forneceu Q = 9,60 m³/h, com nível dinâmico estabilizado aos 81,37 metros. Já a vazão de
exploração (QEX), que corresponde ao v que pode ser extraído do aquífero
sem prejuízo de suas características hidráulicas e de produção, ou seja, de maneira
sustentável, foi calculada em QEX = 7,78 m³/h. Obtém-se a vazão de exploração Q EX
utilizando-se os parâmetros capacidade específica, rebaixamento e um fator de
segurança. É a vazão que representa a , passível de
ser explotada na Fonte Ipê.
Pretende o titular a instalação de uma unidade de envase de água mineral composta por
dois conjuntos de linhas, de 10 e 20 litros (retornáveis e descartáveis), e de 5 l, 1,5 l, 0,5
l e 0,3 l (galões, garrafas e copos plásticos, descartáveis). A análise preliminar de
viabilidade econômica aponta que dito empreendimento fornece uma relação lucro
líquido/receita bruta de 19,3%, considerada compatível, economicamente, para a
aplicação de capital, atestando assim pela viabilidade do futuro empreendimento
minerário.
Finalmente, deve ser pontuado aqui a localização geográfica da Fonte Ipê, assim como a
estrutura viária atualmente disponível para o acesso e o escoamento da produção. Situada
a menos de uma quadra de distância da BR -277, que é um eixo leste-oeste que cruza todo
o estado, a fonte conta ainda com a proximidade de grandes centros administrativos e
turísticos estaduais e regionais, tudo dentro de um raio de até 200 km. Lembrando
também o acesso aos mercados dos países vizinhos Argentina e Paraguai, ambos distando
menos de 70-80 km da Fonte Ipê.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728.
ANM, 2018 - Sumário Mineral Brasileiro 2018. Água Mineral, 3p. ANM, Brasília-DF. Disponível em
http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/sumario-
mineral/pasta-sumario-brasileiro-mineral-2018/agua-mineral.... Consulta em 30/06/2020.
ARAÚJO, L.M.; FRANÇA, A.B. & POTTER, P.E., 1995 Aquífero Gigante do Mercosul no Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai: Mapas geológicos das Formações Botucatu, Pirambóia, Rosário
do Sul, Buena Vista, Misiones e Tacuarembó. Conv. UFPR-PETROBRÁS, 16p. Rio de Janeiro-RJ.
ATHAYDE, G. B. & ATHAYDE, C. V. M., 2015 - Hidrogeologia do Sistema Aquífero Serra Geral no
Estado do Paraná. Águas Subterrâneas, 29(3):315-333.
BHERING, S. B.; SANTOS, H. G.; MANZATTO, C. V.; BOGNOLA, I.; FASOLO, P. J.; CARVALHO, A. P.;
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de Solos do Estado do Paraná. Rio de Janeiro-RJ: EMBRAPA-IAPAR, 73p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 357, de 15 de junho de 2005. Dispõe
sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/
conama/legiabre.cfm?codlegi=459.> Acesso em: Fevereiro/2020.
COOPER, H. H.; JACOB, C. E., 1946 - A generalized graphical method for evaluating formational
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p. 526-634.
CORDANI, U. G.; BRITO-NEVES, B. B.; FUCK, R. A.; PORTO, R.; THOMAZ-FILHO, A.; CUNHA, F. M.
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Seção: Exploração de petróleo, 15).
DAEE, 1982 - Estudo de Águas Subterrâneas. DAEE, São Paulo, 256p.
DE LA ROCHE, H., LETERRIER, J., GRANDCLAUDE, P. AND MARCHAL, M. 1980. A Classification of
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DEHIRA, L. K.; BRAGA, T. O.; PONÇANO, W. L.; GIMENEZ FILHO, A.; PIRES NETO, A. G.; RICCOMINI,
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Simpósio de Geologia Regional, Curitiba. Atas do 3o. Simpósio Regional de Geologia.
EMBRAPA, 2006. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos.
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Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro. 50p. Rio Claro-SP. Inédito.
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del Água Subterrânea, Guía para empresas de água, autoridades municipales y agencias
ambientales. Banco Internacional e Reconstruccíón y Fomento/Banco Mundial, 115p.
FRAGA, C.G., 1986 - Introdução ao zoneamento do sistema aquífero Serra Geral no Estado do
Paraná. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências, São
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FRAGA, C.G., 1992 - Origem do Fluoreto em Águas Subterrâneas dos Sistemas Aquíferos Botucatu
e Serra Geral da Bacia do Paraná. Tese de Doutoramento. IG USP, São Paulo-SP, 178p.
GASTMANS, D.; ALBERTO, M.C.; BUFON, A.G.M.; SANTOS, M.M.; SILVA, J.R.M. & CHANG, H.K.,
2005 Implicações hidroquímicas da interação rocha-água; interpretações através de
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ANEXO I
1 - IDENTIFICAÇÃO
Localização: Rua Alagoas, 1390 Sistema: Urbano
Município: Medianeira Estado: PR
Poço Nº: 1 Província Hidrogeológica: Mesozóica
Aquífero: Serra Geral Perfuratriz: Rotopneumática
Profund.: 100,00m N.E.: 39,10m N.D.: 81,37m E.A.: 42 - 84m
Data Início: 15/01/2015 Data Término: 05/09/2015
2 - GENERALIDADES
2.1 - Geologia Local
A área em questão está localizada no denominado Terceiro Planalto Paranaense, dentro dos limites aflorantes do Gru-
po Serra Geral, Formação Cascavel, Membro Santa Quitéria, formado pela intercalação de derrames lobados de basal-
to vesicular, com abundantes brechas de fluxo cimentadas por sílica e calcita, brecha hidrovulcanoclástica, arenito
conglomerático de grânulos, hidrotufo fino.
6 - QUALIDADE DA ÁGUA
7 - ANEXOS
1. Ficha de Sondagem
2. Ficha de Teste de Produção
3. Gráficos
- Tempo X Rebaixamento
- Evolução da Capacidade Específica
4. Ficha de Acompanhamento Diário
5. Ficha Conclusiva
8 - EQUIPAMENTOS INSTALADOS
- 1 motobomba submersa C.R.I. S4S-5-11, 2,0 HP, 220 V, Trif., inox; 1 painel de comando 2,0 HP, 220 V, Trif.; 60,00 m
de tubo inox SCH 40 de 1½", 10 luvas inox de 1½"; 1 tampa de poço de 6"; 70,00 m de cabo condutor vinil 0,6/1Kv - 3 x
4 mm².
9 - OBSERVAÇÃO
A estipulação do crivo levou em consideração a variação do nivel dinâmico durante o teste de vazão, além da posição
das entradas de água. (42,00 e 84,00 m)
Recuperação
T N.D. SW Q Q/SW
Data Observação
(min) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)
20/01/15 1 38,26 0,73 0,00
20/01/15 3 38,17 0,64 0,00
20/01/15 5 38,00 0,47 0,00
20/01/15 10 37,72 0,19 0,00
TESTE DE PRODUÇÃO
Poço Nº: 1 Localização: Rua Alagoas, 1390 Município: Medianeira Estado: PR Perfuratriz: Rotopneumática
Sondador: BALBINO JOSÉ DOS SANTOS Geólogo: WALTER EDUARDO LAMB Sonda: Wirth B0
Profundidade Tempo operação Tempo
Data Diâm. N.E. Tipo de rocha Qtde. ac. Operação
Início Término Início Término min/m
15/01/15 0,00 6,00 00:00 00:00 8" Solo/Rocha Basáltica 0 6,00 Perfuração
15/01/15 6,00 12,00 00:00 00:00 8" Rocha Basáltica 0 12,00 Perfuração
15/01/15 12,00 18,00 10:11 10:22 6" Rocha Basáltica 1,8 18,00 Perfuração
15/01/15 18,00 24,00 11:00 11:20 6" Rocha Basáltica 3,3 24,00 Perfuração
15/01/15 24,00 30,00 11:22 11:42 6" Rocha Basáltica 3,3 30,00 Perfuração
17/01/15 30,00 36,00 07:53 08:05 6" Rocha Basáltica 2 36,00 Perfuração
17/01/15 36,00 42,00 08:07 08:22 6" 39,10 Rocha Basáltica 2,5 42,00 Perfuração
17/01/15 42,00 48,00 08:24 08:34 - Rocha Basáltica - 48,00 Entrada de Água
17/01/15 48,00 54,00 08:37 08:45 6" Rocha Basáltica 1,3 54,00 Perfuração
17/01/15 54,00 60,00 08:47 08:58 6" Rocha Basáltica 1,8 60,00 Perfuração
17/01/15 60,00 66,00 09:00 09:17 6" Rocha Basáltica 2,8 66,00 Perfuração
17/01/15 66,00 72,00 09:19 09:38 6" Rocha Basáltica 3,2 72,00 Perfuração
17/01/15 72,00 78,00 09:40 09:56 6" Rocha Basáltica 2,7 78,00 Perfuração
17/01/15 78,00 84,00 09:58 10:06 6" Rocha Basáltica 1,3 84,00 Perfuração
17/01/15 84,00 90,00 10:09 10:17 - Rocha Basáltica - 90,00 Entrada de Água
17/01/15 90,00 96,00 10:19 10:30 6" Rocha Basáltica 1,8 96,00 Perfuração
17/01/15 96,00 102,00 10:32 10:42 6" Rocha Basáltica 1,7 102,00 Perfuração
4 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A estipulação do crivo levou em consideração a variação do nivel dinâmico durante o teste de vazão, além da posição
das entradas de água. (42,00 e 84,00 m)
7 - QUALIDADE DA ÁGUA
Empreiteira: Iguaçu Poços Artesianos Eireli Serviço: Perfuração de poço tubular profundo
Endereço: R. Alcides A. Meassi, nº 355, Cond. Indl. A. N. Schmidt, Santos Dumont, Cascavel - PR, CEP: 85804-607
Período: 15/01/15 a 05/09/15 Valor fat.: R$17.500,00 Art Nº: 20150188074 Contrato Nº:10654
Últ. med. (nº/mês): O.S. nº: Contrat.: Recurso:
Responsável Técnico: WALTER EDUARDO LAMB (GEÓLOGO) CREA Nº: PR-29021/D
Fiscalização: CREA Nº:
Supervisão: CREA Nº:
Coordenação: LUIZ CARLOS DE FREITAS CREA Nº:
Perfuratriz: Rotopneumática Profund.: 100,00m N.D.: 81,37m
Aquífero: Serra Geral Província: Mesozóica
Equipamentos instalados
- 1 motobomba submersa C.R.I. S4S-5-11, 2,0 HP, 220 V, Trif., inox; 1 painel de comando 2,0 HP, 220 V, Trif.; 60,00 m de tubo inox
SCH 40 de 1½", 10 luvas inox de 1½"; 1 tampa de poço de 6"; 70,00 m de cabo condutor vinil 0,6/1Kv - 3 x 4 mm².
Perfuração Revestimento
Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m)
8" Rotopneumática 0,00 - 12,00 12,00 6" Aço Preto DIN 2440 0,00 - 12,00 12,00
6" Rotopneumática 12,00 - 100,00 88,00 4" PVC Geom. Nerv. 0,00 - 16,00 16,00
Cimentação Pré-Filtro
Vol. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Granul. Tipo Vol. Profund. (m)
0,17 Nata de Cimento 0,00 - 12,00 12,00 0,00 - 0,00
Câmara de Bombeamento
Diâm. Tipo Profund. (m)
6" Revestimento/R. Basáltica 0,00 - 100,00
Testes de Produção
Tb. Q N.E. N.D. SW Q/SW SW/Q Crivo
Data Bomba
(h) (m³/h) (m) (m) (m) (m³/m/h) (m/m³/h) (m)
20/01/15 6:00 7,92 37,53 39,84 2,31 3,43 0,29 84,00 4R5i-34 09HP
04/09/15 30:00 9,60 39,10 81,37 42,27 0,23 4,40 84,00 R20-09 09 HP
ANEXO II
Processo: 48413.826205/2015-87
Município: Medianeira - PR
Fonte: IPÊ
Código: AO382L
HIDROLÓGICO 1 de 4
Bicarbonato 92,60
Cálcio 18,607
Sódio 10,598
Nitrato 6,97
Magnésio 3,553
Cloreto 1,85
Potássio 0,865
Sulfato 0,76
Fluoreto 0,15
Vanádio 0,073
Estrôncio 0,055
Brometo 0,01
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
A MINERAL
CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA MINERAL FLUORETADA
FLUORE
R TA
T DA E VANÁDICA
V ÁDICA
VAN
(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540
de 19.12.2014)
BACTERIOLOGIA
OBSERVAÇÕES:
O titular deverá monitorar, por meio de análise microbiológica periódica a água da fonte, em concordância com a Resolução RDC ANVISA 275/05.
De acordo com o Boletim supracitado, foram analisados os agentes químicos que apresentam risco à saúde, indicando que os resultados encontram-
se dentro do VMP, conforme disposto na Tabela 1 da Resolução RDC ANVISA 274/05.
Em atendimento ao Parecer 01/2017/CPC (Comissão Permanente de Crenologia) o item Silício Total poderá ser incluído (princípio da impessoalidade e
isonomia).
EXIGÊNCIAS:
Não há.
CONCLUSÃO:
Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.
Johann F. Wimmer
Eng. Químico
Fisc. DFMNM/ANM/MG
Documento assinado eletronicamente por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 15/12/2020,
às 14:54, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do Decreto nº8.539/2015.
A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.anm.gov.br/auten cidade, informando o código veri cador 2034669 e o código CRC
DFBC7F45.
Processo: 48413.826205/2015-87
Município: Medianeira - PR
Fonte: IPÊ
Código: AO531L
HIDROLÓGICO 2 de 4
Bicarbonato 94,32
Cálcio 18,372
Sódio 11,243
Nitrato 6,77
Magnésio 3,602
Cloreto 1,70
Potássio 0,933
Sulfato 0,77
Fluoreto 0,16
Vanádio 0,075
Estrôncio 0,061
Brometo 0,01
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA
A MINERAL
MINERAL FLUORETADA
FLUORE T DA E VANÁDICA
R TA V ÁDICA
VAN
(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540
de 19.12.2014)
BACTERIOLOGIA
OBSERVAÇÕES:
Não há.
EXIGÊNCIAS:
Não há.
CONCLUSÃO:
Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.
Johann F. Wimmer
Eng. Químico
Fisc. DFMNM/ANM/MG
Documento assinado eletronicamente por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 15/12/2020,
às 14:55, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do Decreto nº8.539/2015.
A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.anm.gov.br/auten cidade, informando o código veri cador 2034693 e o código CRC
B1543D4A.
Processo: 48413.826205/2015-87
Município: Medianeira - PR
Fonte: IPÊ
Código: AO609L
HIDROLÓGICO 3 de 4
Bicarbonato 84,58
Cálcio 16,616
Sódio 10,329
Nitrato 6,99
Magnésio 3,263
Cloreto 1,74
Potássio 0,913
Sulfato 0,74
Fluoreto 0,16
Vanádio 0,074
Estrôncio 0,056
Brometo 0,01
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA
A MINERAL
MINERAL FLUORETADA
FLUORE T DA E VANÁDICA
R TA V ÁDICA
VAN
(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540
de 19.12.2014)
BACTERIOLOGIA
A água da Fonte IPÊ encontra-se DENTRO dos padrões microbiológicos de potabilidade, de acordo com a Resolução RDC ANVISA 275/05.
OBSERVAÇÕES:
Não há.
EXIGÊNCIAS:
Não há.
CONCLUSÃO:
Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.
Johann F. Wimmer
Eng. Químico
Fisc. DFMNM/ANM/MG
Documento assinado eletronicamente por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 15/12/2020,
às 14:55, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do Decreto nº8.539/2015.
A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.anm.gov.br/auten cidade, informando o código veri cador 2034760 e o código CRC
32DE881F.
AO717L
Estudo in loco
Data da Análise in Loco: 23/10/2019
Data da Coleta de Amostras: 23/10/2019
Observações:
POP-03-04
PLANO E PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM POP-03-05
(Estudo in Loco) POP-03-06
POP-03-07
1/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br
AO717L
ANÁLISE BACTERIOLÓGICA
Data do recebimento da amostra: 24/10/2019
Data da Análise: 24/10/2019
Executor: Alexandra de Abreu Marques Coentrão - CRB: 42.631/02
VMP Métodos
Parâmetro Resultado
RDC 275 utilizados
SMEWW
Coliformes totais 220/100 mL ausência 9222B
IT 03-03-03
SMEWW
Coliformes fecais <1/100 mL ausência 9222B
IT 03-03-02
CETESB
Clostrídios sulfito redutores <1/100 mL ausência L5.403
IT-03-03-05
SMEWW
Enterococus <1/100 mL ausência 9230C
IT 03-03-07
SMEWW
Pseudomonas aeruginosa <1/100 mL ausência 9213E
IT 03-03-04
CETESB
N UFC/mL 200 N. A. L5.201
IT 03-03-04
N. A. - Não se Aplica
Observações:
1. A coleta foi feita em frascos esterilizados.
2. Não Ocorreram precipitações pluviométricas nas últimas vinte e quatro horas.
3. Os ensaios bacteriológicos foram realizados pela Técnicas de Membrana Filtrante.
4. No UFC/mL: Lê-se como Número de Unidades Formadoras de Colônias por mililitro.
5. <1: Lê-se como Ausente no volume considerado.
6. A amostra foi preservada até o início da análise sob refrigeração, conforme Normas Técnicas.
7. Não foi detectada a presença de cloro residual na amostra (ensaio com orto-toluidina).
8. Os métodos de análise utilizados estão de acordo com o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 23th
edition, APHA, WEF, AWWA e ICR Microbial Laboratory Manual, U.S. EPA, 2017.
CIANOTOXINAS
Data da Análise: DD/MM/AAAA
2/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br
AO717L
ANALISE QUÍMICA
Data da Análise: 30/10/2019
VMP Métodos
Parâmetro Resultado Unidade LQ
RDC 274 utilizados
SMEWW
Aspecto ao natural Límpida ---- ---- ---- 2110
IT-03-04-06
SMEWW
Aspecto após fervura Límpida ---- ---- ---- 2110
IT-03-04-06
SMEWW
Odor a Frio Inodoro ---- ---- ---- 2150A
IT-03-04-06
SMEWW
Odor a Quente Inodoro ---- ---- ---- 2150A
IT-03-04-06
SMEWW
Sólidos em Suspensão 0,0 mg L-1 ---- ---- 2540D
IT-03-04-15
SMEWW
Cor Aparente 0,3 uH* ---- ---- 2120
IT-03-04-14
SMEWW
Cor Real 0,0 uH* ---- ---- 2120
IT-03-04-14
SMEWW
Turbidez 0,02 uT** ---- ---- 2130
IT-03-04-13
SMEWW
pH 8,00 ---- ---- ---- 4500 H+
IT-03-04-09
SMEWW
Condutividade a 25ºC 158,1 S cm-1 ---- ---- 2510B
IT-03-04-07
mmHg a
Pressão Osmótica calculada 0,01 ---- ----
25ºC
Abaixamento Crioscópico calculado 0,01 C ---- ----
Proc. Int.
-1 IT-03-09-01
Resíduo de evaporação a 180ºC Calculado 137,54 mg L ---- ----
3/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br
AO717L
CÁTIONS
Data da Análise: 28/11/2019
ÂNIONS
Data da Análise: 31/10/2019
4/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br
AO717L
Observações:
1. Os resultados referem-se única e exclusivamente às amostras coletadas e entregue para análise neste laboratório.
2. Os dados de identificação da amostra foram fornecidos pelo interessado.
3. Este documento é confidencial, sendo a sua circulação de inteira responsabilidade do interessado.
4. A divulgação destes resultados de análise, assim como sua utilização, em quaisquer circunstâncias e para quaisquer fins, é de
inteira e exclusiva responsabilidade do interessado.
5. Bicarbonato estequiométrico - teor do íon bicarbonato associado aos cátions alcalinos e alcalino-terrosos, obtido por cálculo
estequiométrico em conformidade com o Código de Águas.
6. Bicarbonato titulado - teor do íon bicarbonato obtido, experimentalmente, quando aplicadas as metodologias específicas.
Nota: O íon bicarbonato é caracteristicamente instável, estando sujeito a influências de ordem física, química e físico-químicas. A
diferença entre o bicarbonato titulado e o estequiométrico é aceitável até 20%.
7. Regra de decisão: Neste boletim constam somente os valores encontrados para cada parâmetro, sem a incerteza do ensaio. Os
valores das incertezas dos resultados estão disponíveis caso sejam solicitados pelo interessado.
8. Este resultado refere-se ao plano de amostragem nº. 299/19
Aprovador:
Américo Caiado Pinto - CRQ 03211417
Alexandre Luís de A. Santos: Químico - CRQ 03251481
Élida Maria G. Posidente Teixeira: Químico - CRQ 03211427
5/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br
AO717L
ANEXO
Ponto de Coleta
6/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO
PARECER Nº 317/2021/DFMNM-MG/GER-MG
PROCESSO Nº 48413.826205/2015-87
INTERESSADO: JOSSEMAR BIBERG
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO ÁGUA
Processo: 48413.826205/2015-87
Município: Medianeira - PR
Fonte: IPÊ
Código: AO717L
HIDROLÓGICO 4 de 4
Bicarbonato 86,58
Cálcio 14,969
Sódio 8,176
Nitrato 6,50
Magnésio 2,803
Cloreto 1,64
Sulfato 0,85
Potássio 0,613
Fluoreto 0,16
Vanádio 0,073
Estrôncio 0,057
Brometo 0,03
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
Itens em negrito acima deverão ser incluídos obrigatoriamente em eventual apresentação de rótulos.
(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540 de 19.12.2014)
BACTERIOLOGIA
A água da Fonte IPÊ encontra-se FORA dos padrões microbiológicos de potabilidade, de acordo com a Resolução RDC ANVISA 275/05.
O titular apresentou nova análise microbiológica, conforme documento SEI Nº 2174146, Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.773.831-0, emitido em 26.01.2021, pelo Laboratório A3Q (credenciado pela REBLAS), mostrando que a água da
Fonte IPÊ atende aos padrões de potabilidade.
OBSERVAÇÕES:
O titular apresentou nova análise da água da Fonte IPÊ, efetuada por Merieux NutriSciences (Bioagri Ambiental Ltda.) SEI Nº 2386143, cujo Resultado da Amostra Nº 59980/2021-0 de 08.03.2021 apresentou Vanádio = 0,0731 mg/L e Selênio
<0,001mg/L; estes valores foram considerados para classificação.
A classificação mencionada poderá futuramente sofrer alteração, em função de novas análises físico-químicas trienais, de acordo com o art. 27 do Código de Águas Minerais.
Em atendimento ao Parecer 01/2017/CPC (Comissão Permanente de Crenologia) o item Silício Total poderá ser incluído na rotulagem (princípio da impessoalidade e isonomia)
Para atender o Art. 4º da Portaria MME 470/1999, não poderá haver destaque específico para qualquer item da composição química e das características físico-químicas.
EXIGÊNCIAS:
Não há.
CONCLUSÃO:
Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.
Johann F. Wimmer
Eng. Químico
Fisc. DFMNM/ANM/MG
Documento assinado eletronicament e por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 23/04/2021, às 09:05, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do
Decreto nº8.539/2015.
A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.gov.br/anm/pt-br/auten cidade, informando o código veri cador 2431339 e o código CRC 3E539F69.
Data do Início do
Parâmetros Unidade LQ / Faixa Resultados analíticos F1 F2
Ensaio
Selênio mg/L 0,001 < 0,001 02/03/2021 05:22 --- ---
Vanádio mg/L 0,001 0,0731 02/03/2021 05:22 --- ---
luna Flag 1 indicam análise realizada fora do holding tim e do parâmetro, podendo possuir desvios que podem comprometer os res ultados, devendo ser
avaliado com estas ressalvas.
a com a amostra sendo recebida de forma inapropriada, tanto em conteúdo, frasco ou temperatura, tendo sido
autorizada pelo interessado. Desta forma os resultados podem possuir desvios que podem comprometer os resultados, devendo ser avaliados com esta res salva.
Notas
Este Relatório de Ensaio só pode ser reproduzido por inteiro e sem nenhuma alteração.
LQ / Faixa = Limite de Q uantificação ou Faixa de Trabalho, quando aplicável.
Dados de Origem
Resumo dos resultados da amostra n° 59980/2021-0 preparado com os dados dos relatórios de ensaio: 59980/2021-0 - Piracicaba anexados a este documento.
Declaração de Conformidade
Validador do relatório
JOSSEMAR BIBERG 016.929.829-90
Endereço: CEP:
RUA ALAGOAS, 1390 85884000
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
MEDIANEIRA PR JOSSEMAR BIBERG 99910-9190
Página 1 de 1 Emissão 26/01/2021
Dados da Amostra
Ordem Serviço: Código da amostra:
9773831 6771MB21
Local da amostragem / Órgão expedidor:
JOSSEMAR BIBERG
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA CONSUMO
NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
POÇO - ANDERSON - A3Q
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
ni ni 22/01/2021 14:30 20,5°C JOSSEMAR BIBERG
Remessa: Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
NI 22/01/2021 16:30 NI 24,4°C NORMAL - FRASCO
Dados informados pelo cliente:
TEMP. AR: 22°C
Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) SMWW, Métodos 9222 B, D e E. 23ª Edição 2017.
(2) ISO 9308-1:2014
(3) SMWW, Método 9215 B. 23ª Edição 2017.
(4) SMWW, Método 9230 C. 23ª Edição 2017.
Informações adicionais:
(a) Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.
Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTc3MzgzMX e a série w2NzcxTUIyMXww
[A] [B]
[C] [D]
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA:
[E]
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
ANEXO III
ANEXO IV
UTM Leste UTM Norte Profundidade Nível Dinâmico Nível Estático Vazão Capacidade Específica
Poço Código Localização Origem do dado
(X) (Y) (m) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)
1 3500012924 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 785.184 7.200.534 100,00 60,00 54,15 13,00 2,222
2 3500012972 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.495 7.199.330 138,00 120,00 83,00 5,00 0,135
3 3500015136 MEDIANEIRA Banco de dados do SIAGAS 792.990 7.197.656 90,00 65,00 54,00 6,00 0,545
4 3500015178 Sol Ouro Banco de dados do SIAGAS 793.140 7.195.498 64,00 24,13 15,00 7,00 0,767
5 3500015190 Linha Bento Gonçalves Banco de dados do SIAGAS 795.869 7.197.408 70,00 12,00 11,17 15,00 18,072
6 3500017006 Saltinho / Beltrão Banco de dados do SIAGAS 790.464 7.205.103 63,00 31,63 30,14 12,00 8,054
7 3500017169 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 797.626 7.197.123 121,00 28,00 15,00 15,00 1,154
8 3500017175 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.658 7.199.112 120,00 73,00 50,69 2,00 0,090
9 3500017192 Condá Banco de dados do SIAGAS 792.330 7.200.751 100,00 78,00 52,45 10,00 1,000
10 3500019553 Vila Rural Banco de dados do SIAGAS 796.171 7.195.893 120,00 60,00 59,13 6,00 6,897
11 3500022103 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 799.879 7.204.035 138,00 108,00 70,30 8,00 0,212
12 3500022110 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.104 7.199.401 80,00 76,00 67,20 7,00 0,795
13 3500022277 Jardim Belo Horizonte Banco de dados do SIAGAS 794.664 7.201.223 108,00 36,00 23,30 9,00 0,709
14 3500032455 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 795.020 7.198.361 247,00 140,00 108,45 70,00 2,219
15 3500032456 Ouro Verde Banco de dados do SIAGAS 789.812 7.208.791 81,00 22,00 11,00 1,20 0,109
16 3500032457 Javali Banco de dados do SIAGAS 798.666 7.206.258 48,80 7,00 4,67 3,00 1,288
17 3500033331 Beltrão Banco de dados do SIAGAS 790.469 7.205.481 63,00 31,63 30,14 12,18 8,174
18 3500033332 Cabeceira da Represa Banco de dados do SIAGAS 789.756 7.195.734 51,00 4,03 3,37 8,00 12,121
19 3500033333 Linha Mara Lúcia/Feijão Verde Banco de dados do SIAGAS 789.285 7.211.564 34,00 18,00 8,40 6,00 0,625
20 3500033575 CABEÇA DA REPRESA Banco de dados do SIAGAS 790.112 7.195.387 250,00 45,00 6,00 25,00 0,641
21 3500033576 OCOY/COM, SÃO FRANCISCO Banco de dados do SIAGAS 793.267 7.205.329 250,00 30,00 25,50 65,00 14,444
22 3500033673 Sol e Ouro Banco de dados do SIAGAS 794.217 7.196.222 64,00 24,13 15,00 6,88 0,754
23 3500017031 Nossa Senhora da Saúde Banco de dados do SIAGAS 787.004 7.199.273 63,00 11,00 10,60 6,00 15,000
24 3500033740 ASSENTAMENTO SAVIO Banco de dados do SIAGAS 783.525 7.208.277 54,00 40,00 24,98 7,20 0,479
25 3500033814 OCOY Banco de dados do SIAGAS 794.562 7.205.608 242,00 118,00 35,67 35,00 0,425
26 3500033837 JURITI Banco de dados do SIAGAS 790.865 7.200.453 295,00 178,00 18,44 9,00 0,056
27 3500035939 Comunidade Bom Jesus Banco de dados do SIAGAS 785.064 7.198.853 120,00 63,42 57,46 8,00 1,342
28 3500037335 Linha Sagrada Família Banco de dados do SIAGAS 788.977 7.193.318 66,00 15,16 12,36 11,31 4,039
29 3500060710 Zona Rural Banco de dados do SIAGAS 795.653 7.201.633 270,00 160,00 140,00 13,00 0,650
30 3500060881 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 791.863 7.206.366 96,00 90,00 88,00 6,00 3,000
31 3500061225 Linha Valiati Banco de dados do SIAGAS 785.826 7.199.104 102,00 60,00 54,00 5,00 0,833
32 3500061737 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.649 7.198.712 204,00 162,00 136,05 8,00 0,308
33 3500062324 Serranópolis do Iguaçu Banco de dados do SIAGAS 799.485 7.195.112 202,00 162,00 48,67 4,80 0,042
34 3500062340 Linha Mara Lucia Banco de dados do SIAGAS 787.986 7.209.775 148,00 77,82 41,37 15,00 0,412
35 3500062425 Linha Mara Lucia Banco de dados do SIAGAS 787.915 7.209.099 180,00 75,86 38,54 7,50 0,201
36 3500062475 Linha Mara Lucia Banco de dados do SIAGAS 787.401 7.209.972 100,00 55,34 24,54 30,00 0,974
37 3500062754 Frimesa Banco de dados do SIAGAS 791.564 7.200.305 200,00 144,00 68,75 46,00 0,611
38 3500062767 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 787.957 7.197.950 90,00 50,00 38,21 10,00 0,848
39 3500062913 Sanga Manduri Banco de dados do SIAGAS 796.532 7.196.993 160,00 105,26 42,36 10,00 0,159
40 3500063208 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 795.198 7.207.741 160,00 105,32 31,56 5,00 0,068
41 3500063209 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 794.283 7.208.131 110,00 63,70 45,12 4,80 0,258
42 3500063231 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 792.997 7.205.726 120,00 81,94 70,20 5,00 0,426
43 3500063411 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 794.683 7.207.229 130,00 62,00 48,45 6,00 0,443
44 3500063465 Linha Bom Jesus Banco de dados do SIAGAS 785.664 7.196.736 100,00 23,71 0,00 2,88 0,121
45 3500063542 Linha Thomé Banco de dados do SIAGAS 796.566 7.197.270 200,00 73,14 46,29 15,00 0,559
46 3500063615 Linha São Bráz Banco de dados do SIAGAS 795.228 7.203.983 112,00 86,87 43,28 6,00 0,138
47 3500063676 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 798.206 7.200.560 60,00 37,00 30,25 6,00 0,889
48 3500063845 - Banco de dados do SIAGAS 792.354 7.200.565 186,00 94,00 62,40 7,00 0,222
49 3500063927 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.601 7.199.082 282,00 65,00 25,20 1,80 0,045
50 3500064015 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 800.464 7.201.373 127,00 110,00 102,00 4,00 0,500
51 3500064221 São Cristóvão Banco de dados do SIAGAS 791.780 7.199.962 94,00 61,00 45,60 6,00 0,390
52 3500064444 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 791.370 7.200.402 250,00 180,00 89,05 47,00 0,517
53 3500064870 Frimesa Banco de dados do SIAGAS 791.697 7.199.994 150,00 66,00 43,47 88,00 3,906
54 3500064943 Industrial Banco de dados do SIAGAS 796.332 7.201.958 100,00 72,00 35,65 6,00 0,165
55 59286 ESTRADA MISSAL, 670 - MEDIANEIRA RURAL Banco de dados SUDERHSA 789.664 7.204.694 114,00 - 54,11 8,00 -
56 62246 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.199 7.200.058 306,00 - 133,60 40,00 -
57 62759 Av Brasília, - Bairro Condá Banco de dados SUDERHSA 791.985 7.200.771 252,00 - 140,08 8,00 -
58 80179 Linha Vitoria, - Medianeira Banco de dados SUDERHSA 800.935 7.210.767 102,00 - 27,00 7,00 -
59 62919 Linha Ouro Verde, - Linha Ouro Verde Banco de dados SUDERHSA 795.533 7.208.640 180,00 - 69,24 6,00 -
60 50136 Linha Santa Rita, - Gleba 08 Banco de dados SUDERHSA 792.913 7.209.024 170,00 - 75,49 5,00 -
61 71174 Estrada Santa Rita, - Vila Santa Rita Banco de dados SUDERHSA 791.521 7.209.476 120,00 - 45,30 5,00 -
62 60265 Rua Iguaçu, 2677 - Nazaré Banco de dados SUDERHSA 793.851 7.198.561 107,00 - 15,61 7,50 -
63 58360 Linha Cruzeirinho lote 44, - Rural Banco de dados SUDERHSA 801.042 7.205.921 215,00 - 88,51 2,00 -
64 45603 Linha Savio, Lote Rural 20, - Zona Rural Banco de dados SUDERHSA 783.527 7.209.362 132,00 - 51,87 2,00 -
65 13241 Linha Ouro Verde, lote 119, - Gleba 08 Banco de dados SUDERHSA 794.986 7.207.965 150,00 - 100,74 5,00 -
66 57408 Linha Vitória - Lote 23C, - Zona Rural Banco de dados SUDERHSA 799.258 7.210.483 80,00 - 10,64 5,00 -
67 67216 Linha Rio Ouro Verde, - Zona Rural Banco de dados SUDERHSA 795.263 7.208.425 130,00 - 54,16 7,00 -
68 58358 Linha Cruzeiro Lote 44, - Rural Banco de dados SUDERHSA 801.092 7.205.989 230,00 - 67,12 6,00 -
69 57541 Rua Somls Felline, 880 - Distrito Industrial Banco de dados SUDERHSA 796.729 7.202.191 100,00 - 60,32 5,00 -
70 43239 Linha São Brás - Lote 18 - Matrícula 10438, - Linha São Brás Banco de dados SUDERHSA 795.321 7.204.138 116,00 - 48,72 8,00 -
71 53601 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.692 7.200.115 150,00 - 43,47 88,00 -
72 62466 Avenida Brasilia / parte do lote rural n° 89, 3575 - Cidade Alta Banco de dados SUDERHSA 793.168 7.197.521 200,00 - 90,47 8,00 -
73 52606 Avenida Rio Grande Do Sul - Quadra 129 Lote 03, 2808 - Centro Banco de dados SUDERHSA 791.815 7.199.011 150,00 - 100,54 6,00 -
74 61996 LINHA SALETE- LOTE X-1, - RURAL Banco de dados SUDERHSA 796.240 7.199.289 120,00 - 63,39 2,00 -
75 71845 Linha Vitória - s/n, - Linha Vitória Banco de dados SUDERHSA 797.837 7.209.000 174,00 - 136,00 7,00 -
76 5488 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.706 7.200.162 82,00 - 82,00 30,00 -
77 64564 RODOVIA FEDERAL BR 277 KM 669, - AREA INDUSTRIAL Banco de dados SUDERHSA 795.199 7.201.621 121,00 - 54,35 5,00 -
78 71285 ESTRADA MATELANDIA, S/N, - ZONA RURAL Banco de dados SUDERHSA 798.522 7.201.371 294,00 - 161,00 7,50 -
79 62465 Linha Rio Javali, - Parte Dos Lotes Rurais n° 16 e 17 Banco de dados SUDERHSA 798.442 7.205.882 170,00 - 88,16 10,00 -
80 52059 Linha Mazzda , Km 01 lote 50, - Banco de dados SUDERHSA 793.515 7.202.693 111,00 - 48,00 5,00 -
81 20819 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.682 7.200.141 193,00 - 39,59 46,00 -
82 67742 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.224 7.200.556 246,00 - 96,04 65,00 -
83 51005 Rua Minas Gerais, 2534 - Centro Banco de dados SUDERHSA 792.102 7.198.833 172,00 - 91,29 2,50 -
84 11803 Linha Santa Rita, - Linha Santa Rita Banco de dados SUDERHSA 792.629 7.208.584 144,00 - 36,30 5,00 -
85 14317 Rodovia BR-277, Km 663 + 970,0 m, - SAU 6 Banco de dados SUDERHSA 799.279 7.203.730 100,00 - 56,00 3,50 -
PT-01 - - Poços cadastrados em campo 786.993 7.207.040 80 - - - -
PT-02 - - Poços cadastrados em campo 785.083 7.208.989 40 - 20,00 - -
PT-03 - - Poços cadastrados em campo 786.656 7.205.408 122 - - 16,00 -
PT-04 - - Poços cadastrados em campo 796.354 7.200.797 50 - 20,00 18,00 -
PT-05 - - Poços cadastrados em campo 790.084 7.202.026 210 - 70,00 5,00 -
PT-06 - - Poços cadastrados em campo 790.707 7.200.997 256 - - - -
PT-07 - - Poços cadastrados em campo 791.260 7.201.301 63 - - - -
PT-10 - - Poços cadastrados em campo 785.886 7.206.425 94 - - - -
PT-13 - - Poços cadastrados em campo 783.183 7.210.089 60 - - - -
Base de dados SIAGAS/CPRM - Base de dados SUDERHSA/IAT - Dados coletados em campo
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
ANEXO V
ANEXO VI
LAVADORA
LINEAR AUTOMÁTICA
01
ÛÒÝØÛÜÑÎß
ÎÑÌßÌ×Êß ßËÌÑÓ_Ì×Ýß
01
*Consulte-nos sobre o conjunto completo com produção de 2.000 a 2.500 garrafões/hora
TAMPADORA
AUTOMÁTICA
Ý¿´¸¿ ߶«-¬?ª»´ ¤ ðî
a calha da Tampadora permite ajustes finos
de acordo com a tampa do cliente, sendo
elas com ou sem abas.
Ú?½·´ Ñ°»®¿9=± ¤ ðì
a Tampadora, seguindo a linha dos outros
equipamentos, tem sua regulagem fácil
e ágil, sendo necessárias apenas duas
regulagens, para garrafões de 10 e 20 litros.
Com baixa altura do abastecedor de tampas, o
funcionário consegue uma melhor ergonomia
do equipamento. O sistema de elevador
diminui o ruído dentro da sala de envase,
simplifica a manutenção e aumenta a vida útil
do equipamento.
02 03 04
09 | Catálogo I.G.
ESTEIRA E VISOR
01
02 03
TÚNEL LACRADOR
E TÚNEL GERMICIDA
02
01 03
04
HIGIENIZADORAS
02
01 03
Ü»¬¿´¸»- ¼± Þ·½± ¤ ðí
jatos com múltiplas direções em alta pressão para total retirada de
algas do garrafão.
Ó±¼»´±-
• HIG ¤ ðî
1 bomba de 7,5 CV
Altura: 1,70 m;
Comprimento: 0,75 m;
Largura: 0,65 m.
• HIG 02 ¤ ðï
2 bombas de 7,5 CV;
Altura: 1,70 m;
Comprimento: 1,50 m;
Largura: 0,65 m.
12 | Catálogo I.G.
ESCOVADEIRA
LINEAR
01
02 03
Û-½±ª¿¼»·®¿ Ô·²»¿® ¤ ðï
destinada à pré-lavagem externa de garrafões de 20 litros, é construída com aço inox 304, possui motores
de 0,75 CV, acionamento mecânico, reservatório de solução desengraxante equipado com bomba, escovas
cilíndricas de nylon e esteira transportadora. Possui, também, quadro de comando de fácil acesso dentro das
normas de segurança (03).
A limpeza, auxiliada pelo enxágue da solução do reservatório, é efetuada através de escovas cilíndricas giratórias
que atuam em toda a dimensão externa do garrafão (02).
Ó±¼»´±
• ESC L1 • ESC L2
Produção: 800 a 1.500 unidades por hora; Produção: 1.500 a 3.000 unidades por hora;
Altura: 1,60 m; Altura: 1,60 m;
Comprimento: 2,70 m; Comprimento: 3,50 m;
Largura: 0,90 m. Largura: 0,90 m.
14 | Catálogo I.G.
ðï
Ì®·¾´±½± °¿®¿ Ù¿®®¿º¿- ¤ ðï Ü·º»®»²½·¿´ Û´»ª¿¼±®
Tribloco Rotativa Automática para envase de água a Tribloco é equipada com elevador selecionador de
mineral natural ou água mineral gaseificada em tampas. Não sendo necessário o uso do vibrador de
garrafas descartáveis de 510 a 1500 ml, construída tampas, ganha-se menos ruído na sala de envase,
com aço inox 304, é movida por motor de 2 CV manutenção simplificada e elevada vida útil do
com acionamento eletromecânico, possui carga e equipamento.
descarga automática e uma base de aço carbono
SAE 1020 revestida com pintura anticorrosiva e aço Ó±¼»´±-
inox. ‹ Û²½¸»¼±®¿ ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿ Ì®·¾´±½±
Ó±¼ò ×Ù ïèñê
η²-»® Produção: até 5.000 unidades por hora para
equipado com válvulas para enxágue com jato de embalagens de 510 ml;
água que são acionadas apenas quando houver Altura: 2,50 m;
garrafas. O Rinser recebe as embalagens que Comprimento: 2,50 m;
foram posicionadas pelas estrelas em suas pinças Largura: 2,00 m.
basculantes, que as colocam com o fundo para
cima possibilitando-as receber o enxágue interno. ‹ Û²½¸»¼±®¿ ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿ Ì®·¾´±½±
Ó±¼ò ×Ù îìñè
Û²½¸»¼±®¿ Produção: até 10.000 unidades por hora para
as embalagens são posicionadas através de embagalens de 510 ml;
estrelas para o envase de água mineral natural ou Altura: 2,50 m;
gaseificada. As válvulas de envase trabalham com Comprimento: 3,70 m;
sistema mecânico por gravidade e são acionadas Largura: 2,40 m.
pela própria garrafa. O acionamento ocorre quando
a válvula veda o gargalo, liberando o envase, e o Ñ°½·±²¿´
término se dá com o equilíbrio de pressão da garrafa cabine.
com o reservatório de água mineral da máquina.
As válvulas, então, liberam as garrafas para que a
estrela as posicione na Tampadora Rosqueadora.
Ì¿³°¿¼±®¿ α-¯«»¿¼±®¿
possui cabeçotes magnéticos que, com as tampas
posicionadas corretamente pelo orientador, efetuam
o rosqueamento das tampas nas garrafas.
15 | Catálogo I.G.
ðï
ðî
ðí ðì
Û²½¸»¼±®¿ Ó±¼»´±-
com acionamento eletropneumático, possui válvulas de ‹ ×Ù ðí ײ¬»®³·¬»²¬» ß«¬±³?¬·½¿
envase por gravidade para água mineral. As embalagens de Produção: 300 unidades por hora;
5 a 10 litros descartáveis são posicionadas de forma linear às Altura: 2,00 m;
vávulas de envase em períodos regulares. Comprimento: 0,80 m;
Largura: 0,70 m.
Ì¿³°¿¼±®¿ α-¯«»¿¼±®¿
constituída por orientador, posicionador e rosqueador de ‹ ×Ù ðè ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿
tampas, possui cabeçote magnético que, com as tampas Produção: 1.200 unidades por hora;
posicionadas corretamente pelo orientador, efetuam o Altura: 2,00 m;
rosqueamento das tampas nos garrafões que são posicionados Comprimento: 1,20 m;
pela própria máquina. Largura: 1,20 m.
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87
ANEXO VII
RNP: 1701750384
GEOLOGO Carteira: PR-15555/D
Empresa Contratada: GEOPLANEJAMENTO - PESQUISA MINERAL E GEOLOGIA AMBIENTAL S.S LTDA Registro/Visto: 9338
2. Dados do Contrato
Contratante: JOSSEMAR BIBERG CPF: 016.929.829-90
Quantidade Unidade
[Pesquisa] de pesquisa mineral 35,98 HA
7. Assinaturas
Medianeira-PR , 02 de agosto de 2021 - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site
Local data www.crea-pr.org.br ou www.confea.org.br
- CPF: 356.665.959-20
Moeda Quantidade Valor Vencimento Valor do Documento Autenticação Mecânica - Recibo do Sacado
12/08/2021 R$ 233,94
(+) Mora/Multa/Juros
NOME DO PAGADOR/CPF/CNPJ/ENDEREÇO/CIDADE/UF/CEP:
GEOPLANEJAMENTO - PESQUISA MINERAL E G 80.190.192/0001-85
,,-/ 00000-000
SACADOR/AVALISTA:
Ficha de Compensação
Autenticação no verso
Ùííêðîïèïìëêìéèèðïî
Þ±´»¬±-ô ݱ²ª6²·±- » ±«¬®±- ðîñðèñîðîï ïèæîïæðì
ÍßÝ ÞÞ
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ײº±®³¿½±»-ô ®»½´¿³¿½±»-ô ½¿²½»´¿³»²¬± ¼»
°®±¼«¬±- » -»®ª·½±-ò
Ñ«ª·¼±®·¿
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λ½´¿³¿½±»- ²¿± -±´«½·±²¿¼¿- ²±- ½¿²¿·-
¸¿¾·¬«¿·- ¿¹»²½·¿ô ÍßÝ » ¼»³¿·- ½¿²¿·- ¼»
¿¬»²¼·³»²¬±ò