Bases Bioquímicas Aplicadas Ao Emagrecimento Parte 2
Bases Bioquímicas Aplicadas Ao Emagrecimento Parte 2
Bases Bioquímicas Aplicadas Ao Emagrecimento Parte 2
Aplicadas ao
Emagrecimento
Dra. Aline David
@dra.alinedavid
Nutricionista - Centro Universitário São Camilo
Mestre e Doutora em Ciências (Fisiologia Humana) - ICB-USP
Definição e
classificação da
obesidade
O que é obesidade?
Armazenamento excessivo de
gordura corporal
+
queda no gasto energético
1975:
Mulheres: IMC entre 17 e 2014:
18 kg/m² em Bangladesh, 20,7 kg/m²
Nepal, Timor-Leste,
Burundi, Cambodia e
Vietnam
2014:
1975: 375 milhões que
71 milhões que apresentam obesidade
apresentam obesidade Onde 58 milhões:
obesidade severa
2014:
1975:
266 milhões que
34 milhões que apresentam
apresentam obesidade
obesidade
Onde 58 milhões:
obesidade severa
Homens Mulheres
Etilogia da
Obesidade
Obesidade nas
crianças >5% no mundo
e sobrepeso >23%
Mais da
metade das
crianças com
obesidade
apresentam
alterações
metabólicas
Publicidade em TV
Menopausa/
¯testosterona
menopausa risco de
queda
Obesidade
sarcopênica
peso/ ¯ síntese
gordura proteínas
(especialmente
visceral)
musculares
Batsis e Villareal, Nature Reviews, volume 14, 2018
Obesidade no envelhecimento
Obesidade ativa macrófagos,
citocinas pró-inflamatórias
RI
Leptina: Jovens
Idosos
¯ação do IGF-1 (±22 anos)
IL-6, (±71 anos)
TNF-a
¯síntese proteica
Idoso
¯ digestibilidade de
aminoácidos Idosos necessitam de mais proteína para estimular a síntese
de proteína muscular em relação aos jovens, por refeição
Pinguins, ursos
polares, focas: Hipertrofia
apresentam
ampla
superfície
coberta por TG Hiperplasia
Smith and Kahn, J Intern Med. 2016 November ; 280(5): 465–475; Hafidi, Int. J. Mol. Sci. 2019, 20, 3657
O tecido adiposo
Desenvolvimento e origem da célula adiposa
Bone morphogenetic
protein (BMP4) O acúmulo de
bloqueia a gordura ocorre
diferenciação dos pela AP2.
demais tipos celulares Captação de
e estimula a glicose pelo
diferenciação em GLUT4.
Células
adiposo
mesenquimais
multipotentes
Apresentam:
ATGL: the lipases
adipose triglyceride
lipase
LPL: lipoprotein
lipase
Perilipina
Expressam os
Células mesenquimais podem principais fatores
dar origem à adiposo, mas de transcrição
também à mioblastos, associados à
condroblastos e osteoblastos adipogênese
(PPAR-g e C/EBP-a) Ghaben e Scherer, Nature Reviews, 2019
O tecido adiposo
Desenvolvimento e origem da célula adiposa
Superávit
calórico:
da insulina Insulina: estimula a
¯ adipogênese
número de via PI3K – AKT – Elevação de
adipócitos (criar mTOR
ROS:
estoques “seguros” Disfunção do
adicionais) adiposo
Cuidado: a elevação
fisiológica da
insulina pós-pandrial
é fisiológica e
saudável
O aumento da gordura
pericardial/ epicárdica:
Alta secreção de IL-6, IL-8,
TNF-a, aumenta o risco de DCV
Omental é o principal
estoque de visceral
Mesentérico
Deep:
Maior produção de
citocinas pró-
inflamatórias
Gluteo femoral é o
principal local de
estoque de gordura
visceral Luong et al, Biology 2019, 8, 23
Brownning e
biogênese
mitocondrial
O tecido adiposo
Tecido Adiposo Marrom (BAT) Apresentam muitas gotículas de gordura.
Feito especialmente para manter a
temperatura corporal. Oxida seu estoque
de gordura para produzir calor, elevando a
taxa metabólica basal
Adiposo marrom
em bebês e
adultos Browning
Marlatt, Curr Obes Rep. 2018; Hafidi, Int. J. Mol. Sci. 2019, 20, 3657
O tecido adiposo
Tecido Adiposo Marrom (BAT)
Browning
Biogênese
mitocondrial
FGF21 e IL-6
aumenta a
Formação FGF21 e Slit2- FGF21, IL-6 e NRG4 FGF21, oxidação de
óssea C podem BMP8b podem atenua a IL-6 podem gordura pelo
induzir o influenciar a lipogênese melhorar a coração: protege
escurecimento atividade do contra e EROs e
no fígado sensibilidade à
do WAT SNC (e outros insulina impede
processos como hipertrofia célula
alimentação, adiposa
comportamento
circadiano)
Villarroya, Nature Reviews, 2017.
O tecido adiposo
Tecido Adiposo Marrom (BAT)
Browning
Exercício físico
(resistido/ aeróbico)
Irisina (miocina)
Pode até 2x em
indivíduos treinados
(mas os dados são Os dados são conflitantes sobre EF
controversos) promover browning
Bostro Nature 481 463–468, 2012; Norheim FEBS Letters, 2014; (Raschke et al 2013; Norheim et al.2014).
Atuação endócrina
do adiposo
Leptina Adultos (18 a 71 anos) com IMC de 18 a 25:
Masculino: 0,3 a 13,4 ng/mL
Feminino : 4,7 a 23,7 ng/mL
- informa ao
hipotálamo (ARQ)
o tamanho das
reservas de
gordura
- efeito de
saciedade
O tecido adiposo
Função endócrina do adiposo
Adiponectina
Adiponectina é uma adipocina predominante na gordura visceral
Fígado é o
principal alvo da Ativa AMPK
adponectina: ¯
• sensibilidade à insulina (em vários tecidos)
contribui para a ¯PEPCK e G6Pase
• proteção cardiovascular
• anti-inflamatório sensibilidade à
insulina
Ativa AMPK
Correlaciona-se Músculo: ¯
negativamente com a GLUT4
gordura visceral abdominal,
porém não com a gordura
subcutânea abdominal
Adiponectina
Fisher et al, Genes and Development 26 271–281, 2012; Veniant et al, Cell Metabolism 21 731–738, 2015.
O tecido adiposo
Função endócrina do adiposo
Leptina
produção de TRH
3,928 indivíduos
Ativa
deiodinase
T4 T3 TSH
T4 normal e T3
Teixeira et al, Ther Adv Endocrinol Metab , Vol. 11: 1–33, 2020.
O tecido adiposo
Função endócrina do adiposo
Alterações
metabólicas e
hormônios associados
à obesidade
Grelina
jejum prolongado e
em estados de ¯ Lipólise
hipoglicemia, ¯ Secreção de insulina
¯ refeição Secreção de glucagon
Protege a atrofia muscular
4h de jejum: grelina
Se a pessoa insiste em não se alimentar a esse primeiro
sinal = ↑↑↑grelina
produção de Ghrelina = ↑↑↑ FOME.
Resultado: ganho de peso contínuo.
Fracionar a dieta
Grelina
Cortisol
- Estresse O cortisol basal pode ser coletado entre 7 e 9h
- Privação (idealmente às 8h).
alimentar
- Dietas restritivas
Lipólise nas
extremidades
Lipogênese
região visceral
Secreção de
VLDL
Proliferação
celular
Glândula
mista
Células PP
INSULINA
produzem o
5% polipeptídeo
pancreático
Captação de glicose
pelos tecidos
Diabetes Mellitus
hiperglicemia
>90%
Glicada
Peptídeo C Risco de desenvolvimento de Diabetes mellitus
Valor de referência < 5,7% - baixo risco de diabetes
- 1,1 a 4,4 ng/mL 5,7 - 6,4% - risco aumentado para diabetes
> ou = 6,5% - consistente com diabetes
HOMA-IR = [glicose (nmol/L) x insulina (µU/mL)/22.5]
Valores de jejum
P P GDP GTP
P
P P
P Cbl CAP TC10
IRS-1
PI3-quinase
PI(3,4,5)P3
Glicogênio sintase
inativa
GSK-3
Glicogênio sintase
ativa -
Akt
Síntese de glicogênio GLUT4
Obesidade,
inflamação e
doenças
associadas
Obesidade DM2
NASH
Depressão câncer
Fator de
risco para
HAS,
Osteoartrite IAM,
AVC
Fator
IL-1R TNF-R RAGE TLR
inflamatório
TAG
P P
IKB
NFKB ¯Slc2a4
GLUT4
Resistência à insulina
NÚCLEO Adiposo
Slide da Dra. Ana Cláudia Poletto
Baeuerle, 1991; Verma, 2004; Zingarelli et al., 2003; Norlin et al. 2005
,
I L6 Resistência à insulina
Fα,
TN IL1β hepática
¯ P
IRS1
P PI3K
¯
PKCe
¯
¯PDK1
DAG
¯
¯Akt2
¯ Gliconeogênese
¯ P
¯ P
GSK3
+ Pck1
G6pc
¯ FOXO1
P
¯Glicogênese ¯GS
-
Lan et al., 2002
EROs
massa adiposa ® necessidade metabólica do miocárdio
Pró-oxidantes
EROs
Anti-
Compostos bioativos oxidantes
antinflamatórioas e antioxidantes
- Resveratrol
- Curcumina Peroxidação lipídica,
- Quercetina fragmentação de DNA e
-Catequina morte celular
¯expressão de genes
PPARγ envolvido na expressão de GLUT4
adipogênese
Suco de uva
85,75 mg/L
Placebo Resveratrol
150 mg/dia por 30 dias
Glucose (mmol/l) 5.28 ± 0.15 5.06 ± 0.13 0.05
Insulin (mU/l) 11.94 ± 1.11 10.31 ± 1.25 0.04
11 obesos TNF-α (pg/ml) 16.15 ± 2.27 15.14 ± 2.03 0.04
7 obesos, 30 dias
500mg de Curcumina + 5mg de piperina
Sérica:
¯IL-1b (𝑃 = 0.042)
¯ IL-4 (𝑃 = 0.042)
Açafrão da terra
7 à 15 mg curcumina em 100mg
Placebo Quercetina
*P<0,05 Peso: 70.0 ± 11.4 x 69.2 ± 11.4 P=0.02
IMC: 26.6 ± 3.3 x 26.3 ± 3.2 P= 0.03
Cintura: 91.9 ± 7.6 x 89.9 ± 7.7 P=0.001
% gordura: 38.2 ± 6.5 x 37.6 ± 6.4 P=0.02
Dieta Hiperlipídica
X
Dieta hiperlipídica + 1,2% de quercetina
Nair et al, 2006; Stewart, 2008; Timmers et al, 2011
Catequina
¯expressão de
¯TNF-α, IL-1βe e COX-2
Camellia sinensis
(chá verde)
TRATAMENTO NUTRICIONAL
Alwahsh (2016); EASL, EASD, EASO (2016) ; ESLAM (2020)
Definição
Acúmulo de Geralmente
Triglicerídeos
nas células RI associado com
resistência à
hepáticas insulina
Destes, 20%
25% da
população evoluem
para a
desenvolve Esteatose >5%
Esteato
esteatose ao
Hepatite
longo da vida
Balonização
Inflamação
lobular
Acúmulo de Malignização
Gordura INFLAMAÇÃO FIBROSE
hepática
Esteato- Cirrose Hepato
Dietrich e Hellerbrand (2014) Esteatose hepatite carcinoma
Etiologia
Incidência e progressão:
Acúmulo de gordura
IMC < 30 Kg/m2 (ou Podem desenvolver
visceral e/ou possuem
até 25 Kg/m2) algum grau de
disfunções metabólicas
DHGNA
AG B oxidação
ALIMENTAÇÃO Pool de
TG Esteatose
AGs
AG AG
CHO TG
Lipogênese
de novo
A esteatose simples
não ↑morbidade e
VLDL morbimortalidade,
mas pode evoluir para
NASH
Parry & Hodson (2017); Hodson et al (2019)
Fisiopatologia da esteatose
Existem diversos mecanismos pelos quais a
gordura começa a se acumular no fígado:
Um aumento na chegada de ácidos graxos até
o fígado através da lipólise do tecido adiposo
PERIFÉRICA CENTRAL
(tecido adiposo e músculo) Resistência a insulina
hepática, devido a inflamação
Translocação de GLUT 4
e acúmulo de ácidos graxos
Lipólise do Tecido Adiposo
PEPCK e Glicose-6-fosfatase
Kitade et al (2017)
Fisiopatologia
Norma Esteatose NASH Cirrose
l
Kitade et al (2017)
Fisiopatologia da NASH
15 a 25% dos portadores
de esteatose simples NASH: 3% dos não
podem progredir para obesos e 20% dos
NASH obesos
Recentemente
Esteatose
Oxidação
demonstrou-se que a
inflamação, presente
AG
Esgotamento da
na obesidade, pode ↑ EROs oxidação
anteceder a mitocondrial de AG
esteatose hepática Inflamação
Obesidade
Adiposo visceral Ativação da via de
NASH sinalização do
NFkB ® Citocinas
↑ TNF-α pró-inflamatórias
↑ IL-6
Ativa células de Kupffer -
Citocinas pró-inflamatórias
Day, James., 1998; Leclerc et al., 2000; Madan et al., 2006; Olieveira et
Ativa células estreladas: fibrose
al., 2005; Yang et al., 2000; Friedman, 2008; Tilg, Moschen (2010)
Fisiopatologia
Fatores genéticos e epigenéticos
Adipocinas
Microbioma
Esteatose Alimentação
Acúmulo Produtos finais de Glicação
de gordura
avançada (AGEs)
Fígado saudável
ESTRESSE OXIDATIVO E
INFLAMAÇÃO
Cirrose NASH
Fernando et al (2019)
Fisiopatologia
HOMEOSTASE INFLUXO/ EFLUXO
GLICÊMICA DE GLICOSE
INSULINA INSULINA
GLUT
GLUT GLICOSE
GLICOSE 2
2
Consumo
Excesso de de bebidas
Padrão
gorduras adoçadas
ocidental
saturadas
INFLAMAÇÃO
Fisiopatologia
Há também outras desordens metabólicas associadas, sendo
que a estetatose hepática já é considerada uma das Condições
que pode envolver o quadro de Síndrome Metabólica
Dislipidemias Hipertensão
Síndrome Metabólica
Fisiopatologia
Prevalência destas condições em pacientes com esteatose e NASH
≥5: EHNA
4: provável EHNA
Lan et al (2005)
≤3 sem EHNA
Diagnóstico da Esteatose/ NASH
Elevação crônica de Descartar outras
ALT/ AST doenças hepáticas
- Síndrome metabólica
- RI Sim Reeducação alimentar/
- DM2
exercício, emagrecimento
- Obesidade especialmente
ICM>35 kg/kg² - Ressonância magnética: sem
exatidão se a gordura for <33%
Não - Ultrassonografia: é o exame
mais utilizado para detectar
esteatose
- Níveis baixos de
Quando os testes não- ALT/ AST elevado durante
albumina e plaqueta
invasivos 6 meses
- Hepatomegalia
não são concluintes
Biópsia hepática?
3) Descartar
• Hepatite viral: hepatite B, C, A ou E.
• A hepatite viral e DHGNA/EHNA podem existir em um
mesmo paciente.
• Doença hepática induzida por medicamentos.
WGO (2012)
Tratamento Nutricional
O tratamento primário da
Esteatose Hepática Não
Alcoólica é a mudança de
estilo de vida,
principalmente a
alimentação!
Os macros e micronutrients da
dieta definem se a DHGNA vai
progredir ou retroceder!
Chakravarthy et al (2020)
A mudança de estilo de vida é fundamental!!
American Association for the Study of Liver Diseases:
redução de pelo menos 3 a 5% do peso corporal
Rinella et al (2016)
Foco: perda de peso progressiva!
Restrição Perda de 5
calórica: a 10% de
500 a 1000 peso
Kcal/dia corporal
DIMINUIÇÃO
MELHORA DA DAS CELULAS
RESISTENCIA ADIPOSAS
INSULÍNICA
Exemplo:
Paciente com:
100 kg, 1,65 m
IMC= 36,7 km/m2
CHO (glicose
e/ou frutose) Favorecem o acúmulo
de gordura no fígado,
DIETA e/ou especialmente se
HIPERCALÓRICA associadas a resistência
LIP (total e/ a insulina!
ou saturado)
Macronutrientes
DIETA HIPERCALÓRICA: CHO X LIP
Macronutrientes
ACÚMULO DE
HIPERCALÓRICA
GORDURA NO
PROTEÍNA Mas, em ambos
DIETA FÍGADO
os casos HÁ
HIPERCALÓRICA ACÚMULO DE
X GORDURA NO
PROTÉINA FÍGADO!!
ACÚMULO DE
HIPERCALÓRICA
GORDURA NO
PROTEÍNA
FÍGADO
Macronutrientes
Alimento/bebida
rica em açúcar ESTÍMULO À SÍNTESE E
e/ou gordura ACUMULO DE GORDURA
DIETA ENTRE as refeições HEPÁTICA
HIPERCALÓRICA
X
HORÁRIO DE Alimento/bebida
rica em açúcar ESTÍMULO À SÍNTESE E
CONSUMO ACUMULO DE GORDURA
e/ou gordura com
as refeições HEPÁTICA
Macronutrientes
CARBOIDRATO
Levam a diminuição do
DIETA acúmulo de gordura
e/ou
HIPOCALÓRICA hepática e oxidação da
gordura já acumulada
GORDURA no fígado
FOCO:
INDIVIDUALIDADE
E ADESÃO!
Macronutrientes
DIETA HIPOCALÓRICA
Macronutrientes
DIETA
DIFERENTES DISTRIBUIÇÕES
ISOCALÓRICA DE MACROS PARA O MESMO
VALOR CALÓRICO
X
GORDURA NO FÍGADO
GORDURA CARBOIDRATO
RECOMENDAÇÃO:
ÁCIDOS GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS
SATURADOS INSATURADOS até 30% do VET
(preferencialmente
PUFA e MUFA)
AGs Saturados:
até 7%/10%
GORDURA NO
LIPÓLISE
FÍGADO
ESTRESSE INFLAMAÇÃO
OXIDATIVO
DISBIOSE
INTESTINAL Kargulewicz (2014); Berná, Romero-Gomez (2020)
Macronutrientes
Revisão dos estudos já
realizados que avaliaram o
papel dos diferentes tipos de
gorduras e açúcares na
síntese e acúmulo de
gordura hepática
Mostraram que a
gordura saturada e os
açúcares são os que
mais contribuem
Hodson et al (2019)
Macronutrientes
Avaliaram se o alto consumo de ácidos graxos
saturados e poli-insaturados levam a diferentes
resultados quanto ao acúmulo de gordura
hepática em adultos com sobrepeso ou
obesidade
8 SEMANAS 4 SEMANAS
Melhoram a
sensibilidade a insulina
Promovem a expressão de
genes da Beta Oxidação e
exportação de AGs do fígado
AÇÃO ANTI-
INFLAMATÓRIA
RESPOSTA ANTI RESPOSTA
ESTEATOSE ANTIOXIDANTE
250 mg de DHA/dia
em crianças
Hidroxitirosol Esqualeno
Compostos fenólicos Lignana
O uso de azeite de oliva
extra virgem como
gordura principal da
dieta pode ser uma opção
interessante na DHGNA
Efeitos Redução da
imunomoduladores peroxidação lipídica
Diminui a peroxidação Fluidez da membrana Padrão da dieta
lipídica e os danos dos hepatócitos
oxidativos ao DNA do Mediterrâneo
RESPOSTA
ANTIOXIDANTE
RESPOSTA AÇÃO
ANTI ANTI-
ESTEATOSE INFLAMATÓRIA
MAIS DIRECIONADA A
FORMAÇÃO DE
ÁCIDOS GRAXOS
SAÚDE
INTESTINAL SÍNTESE LIPÍDICA
RESISTÊNCIA
INSULINA
INSULÍNICA
DISBIOSE
INTESTINAL
Kargulewicz (2014); Berná, Romero-Gomez (2020)
Frutose *gramas de frutose em
100g ou ml de alimento
50% frutose
29,5g* 58g* 8,4g* até 7g*
50% glicose
mg/ 100g
O consumo de frutose passou de
Xarope de milho 29,5
15g/dia em 1900 para 55g/dia em 2017
Maçã com casca 7,6 O consumo por adolescentes pode alcançar 73g/ dia
Uva 7,8
Diraison et al. (2003) ; Abdelmalek (2010) ; Gaino, Silva (2011); Schwingshackl et al. (2015) ; Sharma et al. (2016)
Frutose
CONSUMO DE FRUTOSE
EXPRESSÃO DE GLU5
ABSORÇÃO DE FRUTOSE
O metabolismo da frutose e da
glicose é diferente tanto no intestino,
quanto no fígado
GLICOSE
GLICOSE
SGLT1
Na Na
GLUT
FRUTOSE
2
GLUT
FRUTOSE AUMENTO DA GORDURA
5
NO FÍGADO E
DISLIPIDEMIA
Frutose A frutose tem efeitos tanto
na homeostase da glicose
quanto na lipogênese, a
depender das necessidades
energéticas da célula
GLICOSE G6P
GK Via Glicolítica
SACARASE
SACAROSE
HK ACETIL CoA
FRUTOSE F6P
GK
FRUTOQUINASE
INDEPENDENTE AG
DE INSULINA!!!
Frutose
Xarope Xarope
Estudo feito em porcos de milho de milho
Esteatose
Fibrose
Consumo diário
Consumo de 70,4 g x 52,6 g
frutose por
crianças e Com escore Sem escore
adolescentes para para
NASH NASH
Castro (2011); Mosca (2017
Frutose
OBJETIVO
Verificar a lipogênese
Aproximadamente
8 bananas!!
6 indivíduos consumiram
85g de açúcar: glicose ou
frutose
25% glicose 75% frutose Maior teor de
50% glicose 50% frutose frutose: maior
100% glicose lipogênese
Frutose
Como os produtos
Já as frutas tem fibras,
industrializados que
vitaminas, minerais e
possuem xarope de milho
compostos bioativos. É
(50-60g de frutose na
bem diferente do xarope de
composição)
milho.
Frutose
RECOMENDAÇÃO:
Moderada a alta em
carboidratos
(40 a 50% do VET) Importante:
Qualidade desses carboidratos
Aumentar o consumo Adesão da dieta
de fibras
Kirk (2009)
LOW CARB X LOW FAT
170 obesos/ sobrepeso com esteatose
Haufe (2011)
Macronutrientes
PROTEÍNAS
FOCO NA QUALIDADE
RECOMENDAÇÃO: E NO TEOR DE
GORDURA SATURADA
Normoproteica
Preferencialmente: peixes
(15 - 20% DO VET)
(atum, salmão, sardinha)
e protéina vegetal
Kargulewicz (2014)
Macronutrientes
Chakravarthy et al (2020)
Dieta Mediterrânea e antioxidantes
Estudo randomizado que avaliou
os efeitos da dieta mediterrânea e
do uso de antioxidantes em 50
adultos com sobrepeso (IMC > 25
Kg/m2) DHGNA durante 6 meses
IMC IMC
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
MELHORA DOS VALORES MELHORA DA PRESSÃO ARTERIAL
SÉRICOS DE GAMA GT, PERFIL MELHORA DOS VALORES SÉRICOS
LIPÍDICO DE GAMA GT, PERFIL LIPÍDICO,
INDÍCE DE GORDURA HEPÁTICA
MARCADORES HEPÁTICOS,
GLICOSE EM JEJUM, INSULINA
INDÍCE DE GORDURA HEPÁTICA
MELHORA NOS MARCADORES DE
RESISTÊNCIA A INSULINA:
HOMA IR e TG/GLUCOSE
INFLAMAÇÃO
ESTRESSE
OXIDATIVO
INFLAMAÇÃO
Pickett-Blakely et al (2018)
Micronutrientes
A oferta adequada (nem
deficiência, nem excesso)
de micronutrientes é um
fator importante na
prevenção da evolução da
esteatose para quadros
mais graves
INFLAMAÇÃO
Esteatose NASH
Micronutrientes X DHGNA
Pickett-Blakely et al (2018)
Vitamina E
Indivíduos com NASH apresentam redução das
concentrações plasmáticas de vitamina E
REDUZ A ESTEATOSE
HEPÁTICA
MELHORA NOS NÍVEIS DAS
ENZIMAS HEPÁTICAS
PODE REDUZIR A
INFLAMAÇÃO Consenso da Sociedade
Brasileira de Hepatologia DOSE:
É recomendado o uso de vitamina 800 UI/DIA
E para pacientes com diagnóstico (a curto prazo)
de NASH na histologia
Vadarlis et al (2020)
Vitamina E
¯ esteatose
¯ ALT 9 pacientes com NASH
¯ ¯inflamação 800mg/ dia durante 24 semanas
¯ ¯balonização
Uso de pioglitazona aumentou ¯ALT, ¯ esteatose, inflamação não alterou
o peso dos pacientes
Yakaryilmaz (2007); Sanyal et al (2010)
Vitamina E
Barchetta et al (2017)
Carotenoides
Diminuem o
recrutamento de células
imunes pró inflamatórias:
¯ Inflamação e fibrose
Diminuem a expressão de
macrófagos M1 e ativam os
do tipo M2:
¯ Inflamação e Resistência
a insulina
Diminuem a peroxidação
lipídica e a lipogênese:
¯ Esteatose
Kitade et al (2017)
Carotenoides
Apesar de os carotenoides se
tratarem de antioxidantes capazes
de diminuir a peroxidação lipídica
assim como a vitamina E, os
estudos já realizados não
demonstraram o mesmo efeito,
sendo necessários mais estudos
para que a suplementação de
carotenoides seja um consenso no
tratamento da DHGN
Incluir na alimentação!
Prébióticos
Microbiota intestinal Exemplos:
fermenta os probióticos Psyllium,
produzindo AGCCs Biomassa da
(Butirato e Propianato) banana
verde, Goma
Guar, FOS
Esses AGCCs no fígado
tem ação anti-lipogênica
e anti-inflamatória
¯ Esteatose hepática
¯ Inflamação
Tilg et al (2016)
Glutamato monossódico
Aditivo usado para aumentar o
sabor do alimento, especialmente
em congelados e culinária asiática:
umami
Obesidade / esteatose
Collison (2009)
Berná, Romero-Gomez (2020)
Músculo
esquelético e
obesidade
Miócitos no metabolismo da Obesidade
Miostatina
Mutação Degradação
mstn -/- mstn +/+ muscular
SMADs
Ubiquitina
quinase,
autócrina
Foxo1
parácrina Miostatina
Músculo estimulado
Folistatina: antagonista de
miostatina
↑síntese muscular
¯gordura corporal
7 meses Lee, 2001
Miostatina e folistatina
Estudantes fisicamente ativos Área de secção
transversa do
quadríceps
(hipertrofia):
Treino em baixa Treino em alta Treinamento:
intensidade Treino em baixa intensidade ↑força em todos
intensidade com ↑ grupo baixa
os grupos
oclusão vascular intensidade com
oclusão
↑ alta intensidade
¯miostatina
- grupo de baixa
intensidade com
oclusão
- grupo de alta
intensidade
Kirsten, 2003
Miócitos no metabolismo da Obesidade
Miostatina
IL6
p38MAPK AMPK
P P
PGC-1α
Ativa FT PPARδ que P
CD36
↑ expressão de proteínas
envolvidas na metabolização de
Núcleo Mitocôndria
lipídeos CPT-1, CD36 e LHS
PI(4,5)P2
P P
P
IRS-1
PI3-quinase
PI(3,4,5)P3
↑Síntese proteica
- +
Quebra de
Síntese de proteínas
protéinas
musculares musculares
Constância,
crônicamente:
hipertrofia