Do Crime

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DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969.

CÓDIGO PENAL MILITAR

PARTE GERAL

LIVRO ÚNICO

TÍTULO I

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR

        

        Apuração da maior benignidade

        § 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a


anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto
de suas normas aplicáveis ao fato.

        Medidas de segurança

        Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo


da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da
execução.

        Lugar do crime

       Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a


atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de
participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que
deveria realizar-se a ação omitida.

        Território nacional por extensão

        § 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do


território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se
encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados
por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade
privada.

        Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros

        § 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de


aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração
militar, e o crime atente contra as instituições militares.

        Conceito de navio
        § 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda
embarcação sob comando militar.

        Crimes militares em tempo de paz

        Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

        I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo


diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o
agente, salvo disposição especial;

        II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal,


quando praticados:   (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)

        a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na


mesma situação ou assemelhado;

        b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito


à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil;

         c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão


de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil;

        d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra


militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;

        e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o


patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar;

        III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por


civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os
compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos:

        a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem


administrativa militar;

        b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação


de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da
Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo;

        c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão,


vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento
ou manobras;

        d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar
em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância,
garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando
legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação
legal superior.

§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do
Júri.    (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)

§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da
competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
(Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo


Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa;      (Incluído
pela Lei nº 13.491, de 2017)

II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão


militar, mesmo que não beligerante; ou      (Incluído pela Lei nº 13.491, de
2017)

III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da


lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o
disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas
legais:      (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

        Crimes militares em tempo de guerra

        Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra:

        I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra;

        II - os crimes militares previstos para o tempo de paz;

        III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com
igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados,
qualquer que seja o agente:

        a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;

        b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a


preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer outra forma,
atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo;

        IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não


previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas operações
militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado.

        Militares estrangeiros
        Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas
forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o
disposto em tratados ou convenções internacionais.

        Equiparação a militar da ativa

        Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração


militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da
aplicação da lei penal militar.

        Militar da reserva ou reformado

        Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades


e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal
militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar.

        Defeito de incorporação

        Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei


penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime.

        Tempo de guerra

        Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal


militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou
com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele
reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades.

        Legislação especial. Salário-mínimo

        Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados


por lei penal militar especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para os
efeitos penais, salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da
sentença.

        Crimes praticados em prejuízo de país aliado

        Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código os crimes praticados


em prejuízo de país em guerra contra país inimigo do Brasil:

        I - se o crime é praticado por brasileiro;

        II - se o crime é praticado no território nacional, ou em território


estrangeiro, militarmente ocupado por força brasileira, qualquer que seja o
agente.

        Infrações disciplinares

        Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos


disciplinares.
        Crimes praticados em tempo de guerra

        Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição


especial, aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o
aumento de um terço.

        Assemelhado

        Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos


Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito
de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento.

        Pessoa considerada militar

       Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código,


qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às
forças armadas, para nelas servir em posto, graduação, ou sujeição à disciplina
militar.

        Equiparação a comandante

        Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei


penal militar, toda autoridade com função de direção.

        Conceito de superior

        Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre


outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da
aplicação da lei penal militar.

        Crime praticado em presença do inimigo

        Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato


ocorre em zona de efetivas operações militares, ou na iminência ou em
situação de hostilidade.

        Referência a "brasileiro" ou "nacional"

        Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional",


compreende as pessoas enumeradas como brasileiros na Constituição do
Brasil.

        Estrangeiros

        Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados
estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a nacionalidade.

        Os que se compreendem, como funcionários da Justiça Militar


        Art. 27. Quando este Código se refere a funcionários, compreende, para
efeito da sua aplicação, os juízes, os representantes do Ministério Público, os
funcionários e auxiliares da Justiça Militar.

        Casos de prevalência do Código Penal Militar

        Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as


instituições militares, definidos neste Código, excluem os da mesma natureza
definidos em outras leis.

TÍTULO II

DO CRIME

    

        Pena de tentativa

        Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao


crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de
excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado.

        Art. 33. Diz-se o crime:

        Culpabilidade

        I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de


produzi-lo;

        II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção,


ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das
circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe
levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo.

        Excepcionalidade do crime culposo

        Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser


punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

        Nenhuma pena sem culpabilidade

        Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só


responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente.

        Erro de direito

        Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos


grave quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o
dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei,
se escusáveis.
        Erro de fato

        Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro


plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui
ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima.

        Erro culposo

        § 1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o


fato é punível como crime culposo.

        Erro provocado

        § 2º Se o erro é provocado por terceiro, responderá este pelo crime, a


título de dolo ou culpa, conforme o caso.

        Erro sobre a pessoa

        Art. 37. Quando o agente, por erro de percepção ou no uso dos meios


de execução, ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outra,
responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que realmente
pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as condições e qualidades da
vítima, mas as da outra pessoa, para configuração, qualificação ou exclusão do
crime, e agravação ou atenuação da pena.

        Erro quanto ao bem jurídico

        § 1º Se, por erro ou outro acidente na execução, é atingido bem


jurídico diverso do visado pelo agente, responde este por culpa, se o fato é
previsto como crime culposo.

        Duplicidade do resultado

        § 2º Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou, no


caso do parágrafo anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, aplica-se a
regra do art. 79.

        Art. 38. Não é culpado quem comete o crime:

        Coação irresistível

        a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo
a própria vontade;

        Obediência hierárquica

        b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em


matéria de serviços.

        § 1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem.


        § 2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato
manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução,
é punível também o inferior.

        Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade

        Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou


de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou
afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro
modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito
protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa.

        Coação física ou material

        Art. 40. Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente não


pode invocar coação irresistível senão quando física ou material.

        Atenuação de pena

        Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b, se era possível resistir à


coação, ou se a ordem não era manifestamente ilegal; ou, no caso do art.
39, se era razoavelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, o juiz,
tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena.

        Exclusão de crime

        Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:

        I - em estado de necessidade;

        II - em legítima defesa;

        III - em estrito cumprimento do dever legal;

        IV - em exercício regular de direito.

        Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de


navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave
calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar
serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o
desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

        Estado de necessidade, como excludente do crime

        Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para


preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem
podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e
importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não
era legalmente obrigado a arrostar o perigo.
        Legítima defesa

        Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente


dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu
ou de outrem.

        Excesso culposo

        Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime,


excede culposamente os limites da necessidade, responde pelo fato, se este é
punível, a título de culpa.

        Excesso escusável

        Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável


surpresa ou perturbação de ânimo, em face da situação.

        Excesso doloso

        Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por
excesso doloso.

        Elementos não constitutivos do crime

        Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime:

        I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do


agente;

        II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço


ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada
em repulsa a agressão.

TÍTULO III

DA IMPUTABILIDADE PENAL

        Inimputáveis

        Art. 48. Não é imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não


possui a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento, em virtude de doença mental, de
desenvolvimento mental incompleto ou retardado.

        Redução facultativa da pena

        Parágrafo único. Se a doença ou a deficiência mental não suprime, mas


diminui consideravelmente a capacidade de entendimento da ilicitude do fato
ou a de autodeterminação, não fica excluída a imputabilidade, mas a pena
pode ser atenuada, sem prejuízo do disposto no art. 113.
        Embriaguez

        Art. 49. Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez


completa proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.

        Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o


agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior, não
possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

        Menores

        Art. 50. O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo


completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico
para entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com este
entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída de um terço até a
metade.

        Equiparação a maiores

        Art. 51. Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda que não
tenham atingido essa idade:

        a) os militares;

        b) os convocados, os que se apresentam à incorporação e os que,


dispensados temporariamente desta, deixam de se apresentar, decorrido o
prazo de licenciamento;

        c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob


direção e disciplina militares, que já tenham completado dezessete anos.

        Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como os menores de dezoito


e maiores de dezesseis inimputáveis, ficam sujeitos às medidas educativas,
curativas ou disciplinares determinadas em legislação especial.

TÍTULO IV

DO CONCURSO DE AGENTES

        Co-autoria

        Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas.

        Condições ou circunstâncias pessoais


        § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos
outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se
comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.

        Agravação de pena

        § 2° A pena é agravada em relação ao agente que:

        I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos


demais agentes;

        II - coage outrem à execução material do crime;

        III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua


autoridade, ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;

        IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de


recompensa.

        Atenuação de pena

        § 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime


é de somenos importância.

        Cabeças

        § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se


cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação.

        § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais,


são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem
função de oficial.

        Casos de impunibilidade

        Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo


disposição em contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.

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