Aula 1 - Introdução À Justiça Militar

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Corpo de Alunos

Justiça e Disciplina
Crimes militares
OBJETIVOS

∙ Distinguir crime e transgressão disciplinar.


∙ Identificar os crimes militares mais comuns.
SUMÁRIO
∙ INTRODUÇÃO

∙ DESENVOLVIMENTO
⮚ Crime Militar e Transgressão Disciplinar; e
⮚ Tipos de Crime Militar.

∙ CONCLUSÃO
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÃO X CRIME
Transgressão:

- Qualquer violação dos preceitos da ética, dos deveres e das obrigações militares na sua
manifestação elementar e simples.

Crime:
- Consiste na ofensa aos mesmos preceitos, deveres e obrigações, mas na sua expressão
complexa e acentuadamente anormal, DEFINIDA e PREVISTA na legislação penal.
DESENVOLVIMENTO

Crimes Militares
Crime militar é a ofensa aos preceitos de ética, dos deveres e das obrigações
militares e acentuadamente anormal, definida e prevista na Legislação Penal
Militar.
Quando forem praticados crime e transgressão disciplinar da mesma natureza
num só concurso, será aplicada SOMENTE a pena relativa ao crime.
O documento que especifica os crimes militares e penas correspondentes é o Código
Penal Militar.
DESENVOLVIMENTO

Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de


paz:

I. os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo


diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, QUALQUER
que seja o agente, salvo disposição especial;
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de
paz:
II. os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação
penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)

a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar


na mesma situação ou assemelhado;

b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar


sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou
reformado, ou assemelhado, ou civil;
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
II. os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados:
(Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)

c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em


comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do
lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou
reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)

d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra


militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
(cont.)

II. os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados:
(Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)

e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o


patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa
militar;
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
(cont.)
III- os crimes praticados por militares da reserva, ou reformados,
ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como
tais não só os compreendidos nos inciso I, como os do inciso II, nos
seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem
administrativa militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação
de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério
militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu
cargo;
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
III- os crimes praticados por militares da reserva, ou reformados, ou por civil, contra as
instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos nos inciso I,
como os do inciso II, nos seguintes casos:

c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão,


vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento,
acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra
militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço
de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa
ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em
obediência a determinação legal superior.
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
§ 1° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida
e cometidos por militares contra civil, serão da competência do
Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)
§ 2° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida
e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da
competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
(Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo
Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa;
(Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
§ 2° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União,
se praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de


missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei
nº 13.491, de 2017)
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
§ 2° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União,
se praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia


da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em
conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e
na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº
13.491, de 2017)
DESENVOLVIMENTO
Art 9º Consideram-se CRIMES MILITARES, em tempo de paz:
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição
subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos
seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

a) Lei n° 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de


Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
b) Lei Complementar n° 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída
pela Lei nº 13.491, de 2017)
c) Decreto-Lei n° 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de
Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
d) Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
(Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
DESENVOLVIMENTO
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra:
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra;

II - os crimes militares previstos para o tempo de paz;


DESENVOLVIMENTO
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra:
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com
igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados,
qualquer que seja o agente:

a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;

b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a


preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer
outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem
expô-la a perigo;
DESENVOLVIMENTO
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra:
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não
previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas
operações militares ou em território estrangeiro, militarmente
ocupado.
DESENVOLVIMENTO

DESRESPEITO A SUPERIOR
Art. 160 CPM

Desrespeitar superior diante de outro


militar:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano, se o fato não constitui crime mais grave.

Parágrafo único. Se o fato é praticado contra


o Cmt da Unidade a que pertence o agente,
oficial general, oficial-de-dia, de serviço ou de
quarto, a pena é aumentada da 1/ 2(metade).
DESENVOLVIMENTO
DESRESPEITO A
SUPERIOR
Art. 160 CPM
Para que haja crime é necessário que tanto o
ofensor, como o ofendido sejam militares, sendo
indispensável que o ofensor saiba da condição
hierárquica do ofendido, pois, se o agente
desconhece a condição de superior, não há de se
considerar o crime.

Não é necessário que o fato ocorra dentro de


Organização Militar, sendo agravante o fato do
ofendido ser o Comandante da Unidade, oficial
general ou oficial de dia à unidade.
DESENVOLVIMENTO
DA INSUBORDINAÇÃO
(Recusa de obediência)
Art. 163 CPM
Recusar obedecer a ordem do superior sobre
assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a
dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, se o
fato não constitui crime mais grave.

Mais conhecido como recusa de obediência, trata-


se de crime propriamente militar em que o
subordinado deixa de cumprir ordem de seu superior
relativa a serviço ou dever militar imposto em lei,
regulamento ou instrução.
DESENVOLVIMENTO

USO INDEVIDO DE UNIFORME, DISTINTIVO


OU INSÍGNIA MILITAR POR QUALQUER
PESSOA*
Art.172 CPM

Usar, indevidamente,
uniforme, distintivo ou
não tenha direito: militar
insígnia a
Pena–
que detenção, até 6 (seis)
meses.
Crime impropriamente militar que
pode ser cometido por qualquer pessoa,
tanto os civis, como os militares da
reserva e reformados.
DESENVOLVIMENTO

USO INDEVIDO DE UNIFORME,


DISTINTIVO OU INSÍGNIA MILITAR
POR QUALQUER PESSOA
Art.172 CPM
O artigo 171 do CPM trata do militar que utiliza
uniforme ao qual não tenha direito (normalmente de
posto ou graduação acima), não levando-se em conta
o motivo ou causa que o induziu a fazê-lo, com pena
que varia entre 6 (seis) meses a 1 (um) ano, se o fato
não constituir crime mais grave.
DESENVOLVIMENTO
RIGOR EXCESSIVO
Art. 174 CPM
Exceder a faculdade de punir o subordinado,
fazendo-o com rigor não permitido, ou
ofendendo-o por palavra, ato ou escrito:
Pena – suspensão do exercício do posto, por 2
(dois) a 6 (seis) meses, se o fato não constitui crime
mais grave.

Para punir o subordinado, o superior deve fazê-lo


observando as normas pertinentes, sendo ilícita a
aplicação de punição além dos limites permitidos. O
excesso no rigor da punição, no uso de palavras, no
ato ou através de escrito ofensivo podem constituir o
delito.
DESENVOLVIMENTO
DESERÇÃO*
Art. 187 CPM
?

Ausentar-se o militar, sem licença, da


unidade em que serve, ou do lugar em que deve
permanecer, por mais de 8 (oito) dias:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos; se oficial, a pena é agravada.

Nesse artigo protege-se o serviço militar diante


da conduta do militar que após incorporado às
Forças Armadas e abandona a sua Organização
Militar.
DESENVOLVIMENTO
DESERÇÃO
Art. 187 CPM
?
O militar estabilizado pode ser licenciado legalmente em
qualquer tempo, já o efetivo variável fica
dependendo do término do serviço militar obrigatório e os
Cb/Sd do núcleo base precisam aguardar o término do
engajamento.
O militar indiciado ou acusado por esse delito não tem
direito à liberdade provisória, assim como ao condenado
não é concedida a suspensão condicional da pena. Vale
mencionar que a contagem do prazo inicia-se a zero hora do
dia seguinte ao da verificação da ausência. O oitavo dia é
contado por inteiro, esgotando-se as 24 (vinte e quatro)
horas do oitavo dia de ausência.
DESENVOLVIMENTO
ABANDONO DE POSTO
Art. 195 CPM
Abandonar, sem ordem superior, o posto ou
lugar de serviço que lhe tenha sido designado,
ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-
lo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses
a 1(um) ano.

Conclui-se que a consumação do delito ocorre


no exato momento em que o militar se afasta de
seu posto e o deixa sem vigilância, não
importando o tempo que fica ausente.
DESENVOLVIMENTO

DESCUMPRIMENTO DE MISSÃO
Art. 196 CPM

Deixar o militar de desempenhar a missão que


lhe foi confiada:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Crime propriamente militar, onde o dever militar


e a regularidade do funcionamento das instituições
militares são resguardados. Ocorre quando o militar
se omite ou deixa de desempenhar a missão que lhe
foi confiada.
DESENVOLVIMENTO

DESCUMPRIMENTO DE MISSÃO
Art. 196 CPM

É indispensável que a missão seja compatível


com o posto, a patente ou a condição de praça.
Além disso, é necessário observar a legalidade da
missão, incluindo-se aqui a competência da
autoridade que a ordenou.
DESENVOLVIMENTO
EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO*
Art. 202 CPM

Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou


apresentar-se embriagado para prestá-lo:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

Essa modalidade de delito divide-se em duas formas: na


primeira o militar já se encontra de serviço e embriaga-
se. Se após a ingestão de bebida alcoólica o agente não
ficar embriagado, não existe crime e ele responderá
disciplinarmente.
Na segunda forma, o militar apresenta-se embriagado para
prestar o serviço. Cabe ressaltar que o militar tem que ter
ciência de estar escalado para tal.
DESENVOLVIMENTO
DORMIR EM SERVIÇO
Art. 203 CPM

Dormir o militar, quando em serviço, como


oficial de quarto ou de ronda, ou em situação
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de
sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme,
de ronda ou em qualquer serviço de natureza
semelhante:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano.
DESENVOLVIMENTO
LESÃO CORPORAL*
(Lesão Leve)
Art. 209 CPM
Ofender a integridade corporal ou a saúde
de outrem:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano.

Art. 210 CPM


Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um)
ano.
DESENVOLVIMENTO

LESÃO
CORPORAL
(Lesão Leve)
Art. 209 CPM
O referido artigo visa proteger a integridade
corporal (física e psíquica) contra toda e qualquer
forma de lesão. Isso compreende arranhões,
esfoladuras, ferimentos dilacerantes e contusões
variadas. No que diz respeito à saúde compreende,
também, as convulsões, choques nervosos e
alterações psíquicas provenientes de coação e ou
ameaça de qualquer tipo.
DESENVOLVIMENTO
LESÃO CORPORAL
(Lesão Leve)
Art. 209 CPM
Dentro da caserna os fatos mais comuns causadores de
lesões e até mesmo homicídio são: acidentes com
armas, brigas e “trotes”. Nesses casos a ação poderá
ser culposa ou dolosa. CULPOSA é quando o agente
dá causa ao resultado por NEGLIGÊNCIA (falta de
precaução), IMPRUDÊNCIA (prática de ato perigoso)
e IMPERÍCIA (falta de aptidão técnica, teórica e
prática). Na dolosa o agente quer o resultado ou
assume o risco de produzi-lo.
DESENVOLVIMENTO
PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO*
Art. 235 CPM
Praticar, ou permitir o militar que com ele se
pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em
lugar sujeito à administração militar:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.

Crime propriamente militar, configura-se somente


se praticado em local sob administração militar.
Isso inclui, locais de manobras, acampamentos,
locais de instrução e/ou treinamento, incluindo-se,
ainda, pelo entendimento do STM, embarcações,
navios, aeronaves e qualquer tipo de transporte
terrestre, desde que sob administração militar.
DESENVOLVIMENTO
PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO
Art. 235 CPM

Cabe ressaltar que não existe qualquer tipo de discriminação por parte da
legislação penal militar quanto à opção sexual do indivíduo, o que se
preserva, no entanto, é a integridade moral das Instituições Militares.

Se praticado por oficial, qualquer que seja a pena, pode levar a declaração de
indignidade para o oficialato ( Art. 100 CPM).

LIBIDINOSO: Relativo ao prazer sexual, ou que o sugere, lascívia, sensualidade.


DESENVOLVIMENTO
ATO OBSCENO
Art. 238 CPM

Praticar ato obsceno em lugar


sujeito à administração militar:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Parágrafo único – A pena é agravada,
se o fato é praticado por militar em serviço ou
por oficial.
O ato obsceno caracteriza-se pela simples
exposição em público do órgão genital, a
masturbação, a micção, gestos ou sinais com a
intenção de ofender o pudor público.
DESENVOLVIMENTO
FURTO SIMPLES*
Art. 240 CPM
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
móvel:
Pena – reclusão, até 6
(seis) anos.
FURTO QUALIFICADO
Se o furto é praticado durante a noite:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.

Se a coisa furtada pertence à fazenda


nacional:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
DESENVOLVIMENTO

FURTO SIMPLES
Art. 240 CPM

§ 6º SE O FURTO É PRATICADO:
Com destruição ou rompimento de obstáculo à
subtração da coisa com abuso da confiança ou
mediante fraude, escalada ou destreza; com
emprego de chave falsa; mediante concurso de
2 (duas) ou mais pessoas.
Pena – reclusão, de 3 (três) a
10 (dez) anos.
DESENVOLVIMENTO
FURTO DE USO
Art. 241 CPM
Se a coisa é subtraída para o fim de uso
momentâneo e, a seguir, vem a ser imediatamente
restituída ou reposta no lugar onde se achava:

Pena – detenção, até 6 (seis) meses.

Pode configurar-se pela simples apropriação de viatura


militar com o intuito de dar uma “voltinha” ou, até mesmo,
pela apropriação de uma moto de um colega para dar um
passeio, mesmo que por uns poucos instantes.
DESENVOLVIMENTO
DANO
ART. 262 CPM

Praticar dano em material ou aparelhamento de guerra


ou de utilidade militar, ainda que em construção ou
fabricação, ou em efeitos recolhidos a depósito,
pertencentes ou não às Forças Armadas:

Pena – reclusão, até 6 (seis) anos.

Neste crime se protege os bens da fazenda nacional para


que não sejam depredados, destruídos ou deteriorados.
DESENVOLVIMENTO
TRÁFICO, POSSE OU USO DE ENTORPECENTE OU
SUBSTÂNCIA DE EFEITO SIMILAR*
Art. 290 CPM
Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que
gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, ainda
que para uso próprio, guardar, ministrar ou entregar de qualquer
forma a consumo substância entorpecente, ou que determine
dependência física ou psíquica, em lugar sujeito à administração
militar, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:

Pena – reclusão, até 5 (cinco) anos.

Não se considera o princípio da bagatela (insignificância) existente na lei


penal comum.
DESENVOLVIMENTO
DESACATO A SUPERIOR
Art. 298 CPM
Desacatar superior, ofendendo- lhe a dignidade
ou o decoro, ou procurando deprimir-lhe a
autoridade:

Pena – reclusão, até 4 (quatro) anos, se o fato não


constituir crime mais grave.

Trata-se de crime propriamente militar em que se


protege a autoridade, a disciplina e a hierarquia
militar. A ação desacatar consiste no menosprezo, no
ultraje, no insulto e na ofensa moral praticada contra
superior hierárquico.
DESENVOLVIMENTO
INSUBMISSÃO
Art. 183 CPM
Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi
marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação.
Pena - Impedimento, de 3 (três) meses à 1 (um) ano.
Criar e simular incapacidade física, que inabilite o convocado para o serviço militar.
Pena - Detenção de 6 (seis) meses à 2 (dois) anos.
Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou na inspeção de saúde. Na
mesma pena incorre quem substitui o convocado.
Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Dar asilo a convocado, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe transporte ou
meio que obste ou dificulte a incorporação, sabendo ou tendo razão para saber que
cometeu qualquer dos crimes, previstos neste capítulo.
Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
DESENVOLVIMENTO
MOTIM
Art. 149 CPM

Reunirem-se militares ou assemelhados: agindo contra ordem recebida de


superior, ou negando-se a cumpri-la; recusando obediência a superior,
quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência; assentindo em
recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, comum
contra superior; ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou
estabelecimento militar, ou dependência de qualquer deles, hangar,
aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de
qualquer daqueles locais ou meios de transporte para ação militar, ou
prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em
detrimento da ordem ou da disciplina militar.
DESENVOLVIMENTO

REVOLTA
Art. 150 CPM

REVOLTA: Se os agentes estavam armados.


Pena - reclusão de 8 a 20 anos com aumento de 1
terço para os cabeças.

Reunirem-se dois ou mais militares ou


assemelhados, com armamento ou material bélico, de
propriedade militar, praticando violência à pessoa
ou à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou
não à administração militar.
Pena – Reclusão de 4 a 8 anos.
DESENVOLVIMENTO
TRAIÇÃO
Art. 355 CPM

Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou


prestar serviço nas forças armadas de nação em guerra contra o Brasil:

Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.


DESENVOLVIMENTO
FAVOR AO INIMIGO
Art. 355 CPM

Art. 356. Favorecer ou tentar o nacional favorecer o inimigo, prejudicar


ou tentar prejudicar o bom êxito das operações militares, comprometer ou
tentar comprometer a eficiência militar:
I - empreendendo ou deixando de empreender ação militar;
II - entregando ao inimigo ou expondo a perigo dessa consequência
navio, aeronave, força ou posição, engenho de guerra motomecanizado,
provisões ou qualquer outro elemento de ação militar;
DESENVOLVIMENTO
FAVOR AO INIMIGO
Art. 355 CPM

III - perdendo, destruindo, inutilizando, deteriorando ou expondo a


perigo de perda, destruição, inutilização ou deterioração, navio, aeronave,
engenho de guerra motomecanizado, provisões ou qualquer outro elemento
de ação militar;
IV - sacrificando ou expondo a perigo de sacrifício força militar;
V - abandonando posição ou deixando de cumprir missão ou ordem:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
Conclusão

Dúvidas?

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