Apostila Capacitacao Na Baixada Santista Web
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ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
NA BAIXADA SANTISTA
Governador
João Doria
MISSÃO
Promover e acompanhar a execução das políticas públicas ambientais e de desenvolvimento sustentável,
assegurando a melhoria contínua da qualidade do meio ambiente de forma a atender às expectativas da
sociedade no Estado de São Paulo.
Visão
Aprimorar os padrões de excelência de gestão ambiental e os serviços prestados aos usuários e à população em
geral, assegurando a superação da atuação da CETESB como centro de referência nacional e internacional, no
campo ambiental e na proteção da saúde pública.
Valores
Os valores, princípios e normas que pautam a atuação da CETESB, estão estabelecidos no seu Código de Ética
e Conduta Profissional.
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Departamento de Desenvolvimento Estratégico e Institucional
Jorge Luiz Nobre Gouveia
Ficha técnica
Autores
Melina Amoni Silveira Alves (WAYCARBON Soluções Ambientais)
Natalia Torres D’Alessandro (WAYCARBON Soluções Ambientais)
Igor Reis de Albuquerque (ICLEI América do Sul)
Marina Pinto Lazzarini Silveira (WAYCARBON Soluções Ambientais)
Vitor Magno Moreira Barbosa (WAYCARBON Soluções Ambientais)
Foto da capa
Fausto Pires Campos (Instituto Florestal)
CETESB, 2019
Este material destina-se ao uso exclusivo dos participantes da “Capacitação em Adaptação
às Mudanças Climáticas sobre Recursos Hídricos”, sendo proibida a sua reprodução total
ou parcial por quaisquer meios sem a autorização da CETESB – Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo.
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
AGEM Agência Metropolitana da Baixada FNMC Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
Santista GCF Green Climate Fund
AMC Adaptação à Mudança do Clima GCCI Global Climate Change Initiative
ANA Agência Nacional das Águas GCMs General Circulation Models
AOGCMs coupled atmosphere-ocean global climate GCPF Global Climate Partnership Fund
models GEE Gases de Efeito Estufa
AR Assesment Reports GFDRR Global Facility for Disaster Reduction and
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento Recovery
CCCP Canada Climate Change Program GIIF Global Index Insurance Facility
CDB Convenção da Diversidade Biológica GIZ Deutsche Gesellschaft für Internationale
CDKN Climate and Development Knowledge Zusammenarbeit
Network GT Grupo de Trabalho
CEDEP/RS Centro Universitário de Estudos e IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e
Pesquisas sobre Desastres do Rio Grande Estatística
do Sul ICF International Climate Fund
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São ICI Internacional Climate Iniciative
Paulo
INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
CIF Climate Insurance Fund
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
CQNUMC Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre a Mudança do Clima INDCs Intended Nationally Determined
Contributions
CBH BS Comitê da Bacia Hidrográfica da
Baixada Santista IPCC Internacional Panel on Climate Change
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PBMC Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas RMBS Região Metropolitana da Baixada Santista
PIB Produto Interno Bruto RSF Risk Sharing Facility
PEMC Política Estadual de Mudanças Climáticas SABESP Saneamento Básico do Estado de São
PER Pressão-Estado-Resposta Paulo
PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico SEOSP Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços
Públicos
PNA Plano Nacional de Adaptação à Mudança
do Clima SIG Sistema de Informações Geográficas
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio SRES Special Report on Emissions Scnearios
Ambiente SSRH Secretaria de Saneamento e Recursos
PPCR Pilot Program for Climate Resilience Hídricos
ppm parte por milhão UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
GLOSSÁRIO
Aqui estão listados os principais termos as condições climáticas num horizonte de
e conceitos adotados nesta apostila para tempo futuro. Nas projeções, são incluídas
descrever e comentar as abordagens suposições no futuro e os modelos são
metodológicas de análise de risco das utilizados para representar o clima
mudanças do clima, adaptação e seus indi- nestes cenários supostos, por exemplo,
cadores. Ressalta-se que todos os conceitos de diferentes taxas de emissão dos gases
apresentados a seguir foram retirados do de efeito estufa ou diferentes forçantes
glossário apresentado no Quinto Relatório radiativas (ex. RCP8.5W/m²).
de Avaliação (AR5) do Painel Intergo- EXPOSIÇÃO: Presença de pessoas,
vernamental sobre Mudanças Climáticas meios de subsistência, espécies ou
(IPCC, 2014). ecossistemas, funções ecossistêmicas,
ADAPTAÇÃO: Processo de adaptação serviços e recursos, infraestrutura ou
ao clima e seus efeitos reais ou esperados. recursos econômicos, sociais ou culturais
Em sistemas humanos, a adaptação em locais e configurações que podem ser
procura diminuir ou evitar danos, ou afetadas adversamente.
mesmo explorar oportunidades benéficas. IMPACTOS: Efeitos sobre os sistemas
Em alguns sistemas naturais, a intervenção naturais e humanos. Neste relatório, o
humana pode facilitar a adaptação ao termo impacto é utilizado principalmente
clima esperado e seus efeitos. para se referir aos efeitos sobre os sistemas
AMEAÇA: Ocorrência potencial de um naturais e humanos dos eventos climáticos
evento natural ou fisicamente induzido e meteorológicos extremos e das mudanças
pelo ser humano, impacto físico ou climáticas. Impactos geralmente são os
tendência a este que pode causar perda efeitos sobre a vida, meios de vida, saúde,
de vidas, ferimentos ou outros impactos ecossistemas, economias, sociedades,
na saúde, bem como perdas e danos culturas, serviços e infraestrutura,
à propriedade, infraestrutura, meios resultantes da interação entre os eventos
de subsistência, prestação de serviços, climáticos perigosos ou ameaças que
ecossistemas e recursos ambientais. Neste ocorrem dentro de um período de tempo
relatório, o termo “ameaça” geralmente específico e a vulnerabilidade de uma
se refere a eventos relacionados ao clima, sociedade ou um sistema exposto a certo
impactos físicos ou tendência a estes. perigo. Impactos também são referidos
como consequências e resultados.
CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO:
Capacidade de pessoas, instituições, INDICADOR: Parâmetro utilizado para
organizações e sistemas de tratar, geren- quantificar informações sobre um sistema/
ciar e superar condições adversas no curto processo e monitorar a sua evolução
ou médio prazo, utilizando habilidades e no tempo relativo a uma linha de base
recursos disponíveis no momento em que (baseline). Os indicadores são também
ocorre o evento. utilizados para comparar performances
de diferentes áreas de estudo (estados,
CENÁRIO: Nas previsões, a partir de
comunidades, etc.). Os indicadores podem
uma dada condição inicial, os modelos
ser simples, quando descrevem somente
matemáticos são utilizados para prever
uma variável, como a temperatura, ou
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compostos (chamados também de índices) como UNFCCC (do original em inglês
quando resumem múltiplas informações, United Nations Framework Convention on
como o PIB, o índice de desenvolvimento Climate Change) em seu artigo 1° (1992, p.
tecnológico ou o índice de vulnerabilidade. 3), define a mudança do clima como “uma
MITIGAÇÃO: Ações que visam mudança do clima que é atribuída direta
reduzir, retardar ou eliminar os efeitos ou indiretamente à atividade humana, que
e consequências das mudanças do clima. altera a composição da atmosfera terrestre
A mitigação em geral é incorporada e que vai além da variabilidade climática
na estratégia de desenvolvimento dos natural observada ao longo de períodos
governos se refletindo em ações que comparáveis”. A UNFCCC faz, assim, uma
passam por políticas governamentais. distinção entre as mudanças climáticas
Essas políticas podem ser baseadas em atribuídas às atividades humanas que
instrumentos econômicos (subsídios, alteram a composição atmosférica e a
taxas, isenção de taxas e crédito), variabilidade do clima atribuída a causas
instrumentos regulatórios (padrões de naturais.
desempenho mínimo, controle de emissão RESILIÊNCIA: Capacidade dos sistemas
veicular) e processos políticos (acordos sociais, econômicos e ambientais de lidar
voluntários, disseminação da informação com um evento, tendência ou distúrbio
e planejamento estratégico). A redução perigoso, responder ou se reorganizar de
de emissões requer uma ação conjunta modo a manter a sua função essencial,
envolvendo o governo, a sociedade identidade e estrutura e, ao mesmo tempo,
civil e o capital privado, e no contexto manter a capacidade de adaptação,
de emissões de gases de efeito estufa, aprendizado e transformação.
reduzir as emissões por fontes e fortalecer RISCO: Consequência potencial em
as remoções por sumidouros de carbono, uma situação em que algo de valor está
tais como florestas e oceanos. As ações em jogo e que o resultado é incerto,
de mitigação diferentemente das de reconhecendo a diversidade de valores. O
adaptação têm alcance global e de longo risco é muitas vezes representado como a
prazo. probabilidade de ocorrência de eventos
MUDANÇA DO CLIMA: As alterações perigosos ou tendências multiplicadas
climáticas referem-se a uma mudança no pelos impactos destes eventos ou
estado do clima que pode ser identificada tendências ocorrerem. O risco resulta da
– por meio de testes estatísticos – por interação entre vulnerabilidade, exposição
alterações na média e/ou na variação e ameaças. Neste documento, o termo risco
das suas propriedades e que persistem é usado principalmente para referir-se aos
durante um longo período de tempo. A riscos oriundos dos impactos relacionados
mudança climática pode ocorrer tanto às mudanças climáticas.
por meio de processos internos naturais VULNERABILIDADE: Propensão
ou forças externas, como modulações ou pré-disposição a ser adversamente
dos ciclos solares, erupções vulcânicas e afetado. Vulnerabilidade engloba uma
as mudanças antropogênicas persistentes variedade de conceitos e elementos,
na composição da atmosfera ou no uso da incluindo sensibilidade ou susceptibilidade
terra. Nota-se que a Convenção-Quadro a danos e falta de capacidade para lidar e
das Nações Unidas sobre Mudança do se adaptar.
Clima (CQNUMC), também conhecida
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
FIGURAS
Figura 1. Limite da UGRHI-7 destacando a rede hidrográfica, os pontos de monitoramento
e os municípios. Elaborado pela CRHi/SSRH (2018) .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 2. Esquema ilustrativo da camada de gases e o efeito estufa .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 3. Tendência de aumento de temperatura e precipitação para o período 2081-2100
de acordo com a RCP 2.6 e RCP 8.5. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Figura 4. Projeções regionalizadas de mudanças na temperatura (°C) entre o presente e
diferentes períodos futuros. Os limiares inferiores (MIN) e limiares superiores (MÁX) das
mudanças extraídas das quatro simulações do modelo Eta aninhado ao HadGEM2-ES
e MIROC5, nos dois cenários RCP 4.5 e RCP 8.5, para Dezembro-Janeiro-Fevereiro (DJF) e
Junho-Julho-Agosto (JJA). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 5. Projeções regionalizadas de mudancas na precipitacao (mm/dia) para diferentes
períodos. Os limiares inferiores (MÍN) e limiares superiores (MÁX) das mudanças extraídas
das quatro simulações do modelo Eta aninhado ao HadGEM2-ES e MI. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Figura 6. Principais impactos futuros da mudança do clima nos biomas brasileiros . . . . . . . 33
Figura 7. Esquema do Ciclo Hidrológico.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Figura 8. Variação média anual do ciclo da água de acordo com o cenário RCP 4.5 para os
anos de 2016-2035.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Figura 9. Efeitos da mudança de temperatura no ciclo hidrológico e principais impactos .. 52
Figura 10. Representação esquemática de enchente e inundação. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Figura 11. Impactos em áreas costeiras observados e projetados na América Central e América
do Sul .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Figura 12. Classificação de risco à erosão costeira das cidades do litoral paulista .. . . . . . . . . . . . 61
Figura 13. Manguezal, Santos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 14. Diagrama de definição do desastre natural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Figura 15. Codificação brasileira de desastres naturais e tecnológicos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Figura 16. Mudança de Paradigma da Defesa Civil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Figura 17. Esquema da gestão de riscos de desastres .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Figura 18. Etapas para uma estratégia de adaptação.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Figura 19. Planejamento para a adaptação climática e responsabilidades das esferas de
governo .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Figura 20. Componentes para a determinação das estratégias de adaptação.. . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Figura 21. Representação simples da vulnerabilidade climática.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Figura 22. Metodologia de análise de risco frente a mudança do clima.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Figura 23. Modelo PER aplicado à adaptação climática para cidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Figura 24. infraestrutura verde. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Figura 25. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
9
município de Bertioga.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Figura 26. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Cubatão.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Figura 27. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Guarujá.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Figura 28. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de São Vicente.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
Figura 29. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Santos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Figura 30. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Praia Grande.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Figura 31. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Mongaguá.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Figura 32. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Itanhaém.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Figura 33. Informações sobre declividade e precipitações médias anuais e mensais no
município de Peruíbe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Figura 34. Mapa com os municípios da Baixada Santista .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Figura 35. Mapa de ocupação urbana do Município de Bertioga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Figura 36. Áreas suscetíveis a enchentes e alagamentos nos bairros da Zona Noroeste de
Santos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
10
Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
QUADROS
Quadro 1. Mudança projetada na temperatura média global do ar próxima a superfície em
relação aos cenários de emissão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Quadro 2. Avaliação qualitativa de impactos econômicos sobre atividades antrópicas na
zona costeira do Estado de São Paulo, gerados por processos e problemas geoambientias já
instalado .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Quadro 3. Classificação dos desastres em relação a intensidade.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Quadro 4. Áreas de intervenção e exemplos de medidas de adaptação.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Quadro 5. Abordagens do NbS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Quadro 6. Ações que o poder público pode tomar para aumentar o investimento em
adaptação climática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
GRÁFICOS
Gráfico 1. Precipitações médias mensais na RMBS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Gráfico 2. Emissões globais de gases de efeito estufa (gigatonelada de CO2 equivalente
por ano, GtCO2-eq/ano) em cenários de linha de base e mitigação para diferentes níveis
de concentração de longo prazo e requisitos de aumento de escala de energia de baixo
carbono. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Gráfico 3. Anomalias de precipitação e Extremos de precipitação entre os anos de 1979 e
2018, para o Estado de São Paulo .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Gráfico 4. Variação do NMM entre 1945 e 1990 na região de Santos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
TABELAS
Tabela 1. Áreas totais e áreas urbanas com alta suscetibilidade a deslizamentos e
inundações.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Tabela 2. Distribuição de renda no município de Mongaguá.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
11
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2. O TEMPO E O CLIMA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
REFERÊNCIAS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
REFERÊNCIAS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
REFERÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
13
3.4 SANTOS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
3.5 SÃO VICENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
3.6 PRAIA GRANDE.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
3.7 MONGAGUÁ.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
3.8 ITANHAÉM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
3.9 PERUÍBE.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
REFERÊNCIAS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
14
CAPACITAÇÃO EM ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS NA BAIXADA SANTISTA
MÓDULO 1
MUDANÇAS CLIMÁTICAS,
EVENTOS EXTREMOS E RISCOS
MÓDULO 1
Crédito:
Foto Ressaca, Santos.
Deise Mateus, Defesa Civil, Prefeitura Municipal de Santos
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
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MÓDULO 1
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MÓDULO 1
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emitiam CO2, que por sua vez seria o para proteção do meio ambiente. Até
responsável por causar o aumento da o momento, ainda não existia um
temperatura na atmosfera terrestre consenso de como o homem poderia
(LEROUX, 2005). interferir na variabilidade do sistema
Paralelamente aos avanços climático. Contudo, a ideia de que as
científicos sobre o clima, iniciaram-se os condições de vida da civilização haviam
movimentos ambientalistas. Em 1970, acelerado o crescimento demográfico,
iniciou-se o debate sobre os efeitos dos causando pressão significativa sobre
clorofluorcarbonos (CFCs) na camada a demanda de recursos naturais e
de ozônio e os eventuais problemas alterando as condições ambientais,
para a saúde humana (LEROUX, 2005). como a própria intensificação do efeito
Em 1972, na Conferência de Estocolmo, estufa, resultando em um aumento da
primeira conferência de iniciativa do temperatura de forma diferenciada em
Programa das Nações Unidas para o Meio regiões do planeta, passava a ser mais
Ambiente (PNUMA), estabeleceu-se difundida (JONES, 1997; LEROUX, 2005).
o plano de ação internacional para o
controle da poluição e recomendações
23
MÓDULO 1
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MÓDULO 1
1. Representative Concentration Pathways (RCPs), traduzida para o português como “Caminhos Representativos
de Concentrações”.
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AUMENTO ESPERADO
NA TEMPERATURA (°C)
CENÁRIO DESCRIÇÃO
2046–2065 2081 - 2100
2. A concentração de equivalente de dióxido de carbono (CO2-eq) é uma medida para comparar forçamentos
do clima de uma mistura de diferentes agentes, num determinado período de tempo. Corresponde à
concentração de dióxido de carbono (CO2) que causaria o mesmo forçamento que uma dada mistura de
agentes com efeito de estufa. Essa mistura pode incluir CO2, outros gases com efeito de estufa (por exemplo,
metano e óxido nitroso), aerossóis e mudanças superficiais no albedo. Pode ser expressa em toneladas (t),
partes por milhão (ppm) ou partes por bilhão (ppb). O equivalente de CO2 é normalmente representado pelo
símbolo “CO2-eq” (IPCC, 2014).
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MÓDULO 1
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MÓDULO 1
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MÓDULO 1
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
4. O Brasil, por não fazer parte do Anexo I dos países signatários, estabeleceu a meta voluntária em 2009 de
reduzir entre 36,1% e 38,9% de suas emissões projetadas até 2020 (BRASIL, 2016-2017).
5. O orçamento de carbono refere-se à quantidade de emissões globais de gases do efeito estufa toleráveis ao
longo de um período de tempo.
35
MÓDULO 1
6. A primeira avaliação deverá ocorrer em 2024. Parte da negociação busca antecipar esta primeira avaliação
para 2018 ou 2019.
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MÓDULO 1
38
Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
39
MÓDULO 1
40
Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
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43
CAPACITAÇÃO EM ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS NA BAIXADA SANTISTA
MÓDULO 2
COMO A MUDANÇA DO CLIMA INFLUENCIA O
CICLO HIDROLÓGICO E AFETA A SOCIEDADE,
A ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE
MÓDULO 2
Crédito:
Foto Manguezal, Santos.
Claudia Condé Lamparelli, CETESB
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7. https://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos/aguas-subterraneas/ciclo-hidrologico.html
47
MÓDULO 2
Gráfico 2. Emissões globais de gases de efeito estufa (gigatonelada de CO2 equivalente
por ano, GtCO2-eq/ano) em cenários de linha de base e mitigação para diferentes níveis
de concentração de longo prazo e requisitos de aumento de escala de energia de baixo
carbono.
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MÓDULO 2
Figura 8. Variação média anual do ciclo da água de acordo com o cenário RCP 4.5 para os
anos de 2016-2035
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MÓDULO 2
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MÓDULO 2
8. O IPCC (2013) sugere o uso do percentil de 95% da série temporal de dados para identificação de eventos
extremos.
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MÓDULO 2
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Figura 12. Classificação de risco à erosão costeira das cidades do litoral paulista
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MÓDULO 2
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MÓDULO 2
10. Savanização refere-se ao processo no qual uma floresta se torna um ecossistema de vegetação mais esparsa,
do tipo savana, devido a fatores como mudança do regime de chuvas (CANDIDO, 2007).
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MÓDULO 2
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MÓDULO 2
Gráfico 4. Variação do NMM entre 1945 e 1990 na muretas de contenção da orla da
região de Santos praia de Santos, que são marco
turístico (MARENGO et al., 2016).
Além do porto abrigado
na região, também há usinas
de geração de energia térmica
complexos químicos, e terminais
de petróleo e gás, estruturas de
extrema importância econômica
para o país e vulneráveis aos
eventos extremos. Marengo et
al. (2016), investigaram o custo
das perdas no setor imobiliário
na Ponta da Praia em Santos com
Fonte: HARARI, 2019 e sem medidas de adaptação.
Sem adaptação, foi estimado
de enchentes e inundações, o que um prejuízo de entre R$ 870.093.165
implica em gastos para restauração e R$ 1.043.498.249, considerando
e manutenção constantes. Dentre baixa e alta elevação do nível do mar,
as diversas consequências, também respectivamente. A degradação na
é possível destacar os prejuízos aos infraestrutura do espaço costeiro
portos, afetando suas operações e acarreta perdas de áreas de turismo
o funcionamento das comunidades e lazer, a depreciação imobiliária e o
costeiras (SOUZA, 2019). aumento da sensação de insegurança.
No litoral paulista, estima-se que pelo Tais fatores redundam em perdas
menos 20 praias possam desaparecer econômicas e na desvalorização dos
no futuro com a subida do nível do espaços costeiros (IPCC, 2014). O Quadro 2
mar, o que afeta significativamente a seguir contêm a avaliação qualitativa
o patrimônio público e privado, o dos impactos econômicos sobre as
transporte, comércio e o turismo. Em atividades na zona costeira do Estado
2016, casos de ressacas que atingiram de São Paulo, gerado por processos e
cidades da Baixada Santista levaram problemas geoambientais já instalados,
ao fechamento do porto de Santos levantados por Souza (2009).
por alguns dias e destruíram parte das
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
Suprimento de Água
N $$ $ $-N$ $$ $$ N$
Doce
Comércio, Serviços,
$$ $$ $$ N$ $$ $$ $$-N$
Porto e Indústrias
Conservação de
Ecossistemas $$ $$ $$ $$ $$-N$ $$ $$-N$
Costeiros
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MÓDULO 2
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71
MÓDULO 2
HARARI, J., CAMARGO, R., SOUZA, C.R.G., Climate Change [Stocker, T.F., D. Qin,
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MÓDULO 2
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CAPACITAÇÃO EM ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS NA BAIXADA SANTISTA
MÓDULO 3
COMO OS MUNICÍPIOS PODEM ENFRENTAR
AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS EM SUAS
VÁRIAS DIMENSÕES
Crédito:
Foto flickr - Boca da Barra
Prefeitura Municipal de Itanhaém
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MÓDULO 3
Nível Descrição
Desastres de pequeno porte, ou pequena intensidade. São caracterizados como desastres de
pequeno porte aqueles em que há a ocorrência de “apenas” danos humanos consideráveis
I
e a situação de normalidade é restabelecida com os recursos mobilizados em nível local, e
em alguns casos, complementados com o aporte de recursos estaduais e federais.
Desastres de médio porte, ou média intensidade. Definidos quando os danos causados
são suportáveis e superáveis pelos governos locais e o restabelecimento da normalidade
II
acontece com os recursos mobilizados em nível local, e em alguns casos, complementados
com o aporte de recursos federais e estaduais.
Desastres de grande intensidade. Esses desastres geram danos e prejuízos que não são
superáveis e suportáveis pelos governos locais e para que haja o restabelecimento da
III situação de normalidade é necessária a mobilização da ação coordenada das três esferas
de atuação do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), e em alguns eventos,
há a necessidade de ajuda internacional.
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MÓDULO 3
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MÓDULO 3
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
defesa civil e saúde, para citar alguns), diferentes setores industriais; agências
quanto a transparência dos mesmos e a de regulação; organizações não
participação da sociedade (FREITAS et governamentais; a mídia e o público
al., 2016). em geral. Em síntese, entender quem
Segundo Di Giulio (2016) a adoção são os atores no nível da governança é
do modelo da governança de riscos é relevante para caracterizar o risco, avaliá-
particularmente útil a nível local, uma lo, julgar a aceitabilidade e tolerância,
vez que quanto mais envolvida estiver comunicá-lo e tomar as decisões sobre
uma comunidade no processo decisório, como gerenciá-lo (DI GIULIO, 2016).
maior será a possibilidade de induzir o
público geral a agir individualmente/ 1.4 INVESTIMENTO NA REDUÇÃO
coletivamente para reduzir o risco e DE RISCO DE DESASTRES PARA A
de envolvê-lo nas ações de mitigação/ RESILIÊNCIA
adaptação. Para a autora, a proposta
inclui questões de suma importância, De acordo com a UNISDR (2015),
como por exemplo: “Quem fala pela investimentos públicos e privados na
comunidade? Que grupos podem redução de riscos de desastres por meio
contribuir para o processo decisório? de medidas estruturais e não estruturais,
Que mecanismos e estratégias devem são essenciais para melhorar a resiliência
ser usados para incluir a participação dos econômica, social, de saúde e cultural
stakeholders e do público no processo de pessoas, comunidades, países e seus
de tomada de decisão? e Quais fatores ativos, bem como do meio ambiente.
são necessários para garantir uma As medidas estruturais, envolvem obras
participação pública de sucesso?”. de engenharia para correção e/ou
O debate acerca da governança prevenção dos desastres. Já as medidas
considera que o enfrentamento de não estruturais, visam reduzir o desastre
situações de riscos envolve relações de por meio de normas, regulamentações
causas e efeitos bastante complexas ou programas, por exemplo.
e difíceis de serem identificadas e Os investimentos podem se dar de
mensuradas, necessitando a prática diversas maneiras, como por exemplo
de um processo decisório aberto e em ciência, tecnologia e inovação no
participativo. Neste contexto, o diálogo monitoramento e caracterização das
sobre a qualidade e a formulação de susceptibilidades, logística de resposta
políticas para enfrentamento de riscos a desastres, e investimentos constantes
e desastres é considerado de extrema em obras de prevenção. Tais medidas
importância e deve ser levado a todos são econômicas e instrumentais para
os expostos a situação de risco e/ou que salvar vidas, prevenir e reduzir perdas
serão impactados por suas possíveis e garantir recuperação e reabilitação
consequências (DI GIULIO, 2016). efetivas. Além disso, podem ser motores
Dessa forma, devem ser envolvidos de inovação, crescimento e criação de
governos locais, regionais e nacionais; emprego (SHADEK et al., 2013; UNISDR,
2015).
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
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MÓDULO 3
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CAPACITAÇÃO EM ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS NA BAIXADA SANTISTA
MÓDULO 4
DIAGNÓSTICO DAS AÇÕES EM CURSO,
ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE AÇÕES E
FONTES DE FINANCIAMENTO
Crédito:
Foto Parque Estadual Xixova Japui
Fausto Pires Campos (Instituto Florestal)
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11. http://dadosclima.ccst.inpe.br/
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12. “No regrets” (‘sem arrependimentos’ em tradução livre) é um termo da literatura especializada utilizada para
se referir a medidas de redução de GEE cujos benefícios são iguais ou excedem os custos para a sociedade,
fora os ganhos na questão das mudanças climáticas evitadas) (IPCC, 2016).
103
MÓDULO 4
13. http://agencia.fapesp.br/medidas-de-adaptacao-as-mudancas-climaticas-sao-anunciadas-em-santos/22357/
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Figura 36. Áreas suscetíveis a enchentes e alagamentos nos bairros da Zona Noroeste de Santos
MÓDULO 4
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MÓDULO 4
mil pessoas em 2010. Segundo a carta de observar que as precipitações são mais
suscetibilidade a movimentos de massa concentradas próximo ao litoral, onde se
e inundações, o Município possui cerca concentra a maior parte da população.
de 37% de sua área classificada como Essa exposição a eventos de enchentes
de alta suscetibilidade a movimentos e inundações foi também levantada
gravitacionais de massa, devido a pelos representantes do município em
presença de relevos com alta declividade, exercício realizado no levantamento de
como ilustrado na Figura 32. Porém, informações municipais. Foi identificado
essa área corresponde a apenas 0,48% que o maior volume de chuvas vem
da área urbanizada do município, já que causando um fator de ondas nos rios
a maioria da população vive próximo ao que agrava o processo de erosão das
litoral, que possui um relevo mais plano. margens e o assoreamento dos fundos.
Quanto à suscetibilidade a Isso afeta os manguezais e a drenagem
inundações, a área urbanizada é dos rios periféricos menores, que passam
mais distribuída entre as classes de a ter velocidade menor de escoamento,
suscetibilidade alta, média e baixa. Cerca levando a inundações nos bairros centrais
de 26% das edificações ficam localizadas e em parte das regiões com atividade
em áreas de alta suscetibilidade a agrícola. Outro ponto levantado foi a
inundações, locais formados por erosão dos morros que afeta as nascentes
planícies aluviais/marinhas atuais, com e a captação das águas, comprometendo
amplitudes e declividades muito baixas. o abastecimento da região.
São áreas que sofrem de inundação, Itanhaém também possui uma
alagamento e assoreamento. O restante atividade agrícola e pesqueira relevantes.
das áreas urbanizadas está dividido entre Dos seus quase 600 km² de área, 140 km²
as áreas de suscetibilidade média (38%) são considerados agrícolas – 40 km² deles
e baixa (32%). Outro fator agravante a com agricultura familiar14. Portanto,
isso é a distribuição das precipitações além dos impactos relacionados com
médias anuais e mensais, onde é possível
14. https://www.atribuna.com.br/cidades/litoralsul/itanha%C3%A9m-aposta-em-agricultura-ap%C3%B3s-
conquista-entre-melhores-do-estado-na-%C3%A1rea-1.62184
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Quadro 6. Ações que o poder público pode tomar para aumentar o investimento em
adaptação climática
Aumentar a demanda por Incentivar fornecedores
Diminuir o risco de
produtos e serviços de adaptação de tecnologias, produtos e
investimento na adaptação
climática serviços de adaptação climática
Coletar e publicar dados de
Instituir requisitos voluntários ou Apoiar as concessionárias
bens públicos usados por
obrigatórios de divulgação de locais a emitir títulos de
muitas empresas do setor
riscos climáticos para empresas infraestrutura resilientes com
privado, como dados de
públicas e outros, incluindo bancos financiamento ou garantias
tempo e clima, dados de
nacionais de desenvolvimento e concessionais, além de
vulnerabilidade e dados de
empresas estatais assistência técnica;
exposição;
Melhorar a colaboração
Incorporar requisitos de avaliação Adotar o pagamento por
entre empresas, governos e
e gerenciamento de riscos instrumentos de sucesso para
especialistas em adaptação
climáticos no desenvolvimento de compartilhar o risco de novas
para preencher lacunas de
infraestrutura pública e de PPP tecnologias de adaptação
conhecimento.
- Direcionar os provedores de
serviços governamentais para
fornecer informações, tecnologia
Melhorar a disponibilidade e o
e treinamento sobre riscos
acesso a avaliações de risco.
climáticos a cidadãos vulneráveis.
Por exemplo, unidades de extensão
agrícola, postos de saúde, etc.
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Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas na Baixada Santista
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Apoio Técnico Apoio Realização