1299-Texto Do Artigo-4307-4775-10-20221018
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Resumo
Este artigo tem como objetivo discorrer sobre a acupuntura na promoção harmoniosa das energias no corpo
humano e a sua relação com um elemento da natureza, a água. A metodologia adotada para o desenvolvimento do
estudo foi a revisão bibliográfica narrativa. Práticas oriundas de diferentes medicinas são estudadas e aplicadas
para a manutenção do bem-estar ou ainda para diagnosticar, tratar e prevenir doenças. Entre essas práticas
institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) está a acupuntura, inerente à Medicina Tradicional Chinesa
(MTC). Após o estudo, considerou-se que a observação e articulação de fenômenos para a prática da acupuntura
vai além de um corpo humano meramente psicofísico ou de um único elemento ou referência. Embora tenhamos
discorrido com maior profundidade sobre aspectos do elemento água, não se pode fragmentar as suas interlocuções
pois tudo na natureza — do cosmos aos corpos — está interligado. Envolve reconhecer na natureza o sujeito
humano e, nele, toda a extensão e harmonia da natureza.
Abstract
This article aims to discuss acupuncture in the harmonious promotion of energies in the human body and its
relationship with an element of nature: water. The methodology adopted for the development of the study was the
narrative literature review. Practices from different medicines are studied and applied to maintain well-being or to
treat, diagnose and prevent diseases. Among these practices institutionalized in the Unified Health System (Sistema
Único de Saúde - SUS) is the practice of acupuncture, one of the practices inherent to Traditional Chinese Medicine
(TCM). After the study, it was considered that the observation and articulation of phenomena for the practice of
acupuncture is beyond a merely psychophysical human body or a single element or reference. Although we have
discussed in greater depth aspects of the water element, its interlocution cannot be fragmented because everything
in nature — from the cosmos to bodies — is interconnected. It involves recognizing the human subject in nature
and in the human subject in all the extension and harmony of nature.
Resumen
Este artículo tiene como objetivo estudiar la acupuntura en la producción armónica de las energías en el cuerpo
humano y su relación con un elemento de la naturaleza, el agua. La metodología adoptada para el desarrollo del
estudio fue la revisión bibliográfica narrativa. Prácticas originarias de diferentes medicinas son estudiadas y
aplicadas para mantener el bienestar o aun para diagnosticar, tratar y prevenir enfermedades. Entre esas prácticas
institucionalizadas en el Sistema Único de Salud (SUS) está la acupuntura, inherente a la Medicina Tradicional
China (MTC). Luego del estudio, se considera que la observación y articulación de fenómenos para la práctica de
la acupuntura va más allá de un cuerpo humano meramente psicofísico o de un único elemento o referencia.
Aunque hayamos discurrido con más profundidad sobre aspectos del elemento agua, no se puede fragmentar sus
interlocuciones, pues todo en la naturaleza — desde el cosmos hasta los cuerpos — está interconectado. Ello
implica reconocer al sujeto humano en la naturaleza y, en é, toda la extensión y armonía de la naturaleza.
1Graduada em licenciatura plena em Educação Física (UNIVILLE). É mestra em Educação (FURB). Especialista em
Acupuntura (ABA) e doutoranda no programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva (UFMT).
Acupuntura: a natureza do caminho das águas
1 Introdução
2 Metodologia
3 Referencial teórico
O homem encontra-se no meio do céu e da terra, seria a “via humana” formada pela
interação das energias yin e yang, que tornam o corpo harmônico, influenciado pelas energias
do cosmos e pelas condições e ocorrências geográficas e geofísicas3.
O yin e o yang representam energias de complementariedade, antagonismo e alternância
presentes no homem e em tudo o que constitui o universo, sendo que cada coisa pode possuir
uma quantidade maior ou menor de cada um, de acordo com suas características e
propriedades7.
Tudo é resultado da unidade contraditória do yin e yang; ambas as energias existem nos
fenômenos e nos objetos em relação recíproca no meio natural; não há yin sem yang nem yang
sem yin8.
Exemplos clássicos aplicados à MTC podem ser identificados na energia yang: sol,
masculino, luz, claridade, dia, leveza, direita, doenças rápidas etc.; e na energia yin: lua, terra,
feminino, noite, frio, pesado, esquerda, doenças longas etc7.
O princípio do yin e yang é o fundamento básico da MTC. Pode ser identificado
juntamente com outros princípios presentes nas mudanças patológicas de todo o organismo,
tecidos, órgãos, vísceras, emoções e meridianos9.
Isso ocorre porque o conceito de Tao embasa a compreensão chinesa de saúde, vista
como um ordenamento vital, ou seja, uma configuração de processos interligados, que
naturalmente muda de matiz para se adaptar às mutações naturais do céu e da terra. Essa
configuração cambiável da ordem vital preserva a vida com bem-estar físico e temperança nas
emoções, com a ideia de viver-se todos os anos possíveis sem decrepitude ou sofrimento6.
Deste modo, em um corpo humano em boa saúde, os dois aspectos opostos do yin e do
yang não coexistem de modo pacífico e sem relação um sobre o outro; ao contrário, eles se
afrontam e se repelem mutuamente. Porém, a sua oposição cria um equilíbrio dinâmico8.
Regendo a classificação de todas as coisas, as energias estão também presentes no corpo
humano. Conservar uma boa saúde requer observar o comportamento diário em associação com
a natureza yin e yang. Desta maneira, é possível modular a vida em padrões regulares e
harmônicos, tais como: comer e beber em quantidades fixas, realizar atividades de maneira
regular em intervalos e não se exceder no trabalho10.
Para a MTC, o desequilíbrio do yin/yang gera a manifestação da doença, portanto o
diagnóstico consiste em identificar sintomas de excesso ou insuficiências dessas energias e a
escolha terapêutica deverá estar focada em corrigir tais desarmonias, que podem ser gerais ou
em uma ou mais funções do organismo humano7.
ciência ocidental moderna, criou-se uma dependência de demonstração empírica dos resultados
da acupuntura, de maneira que problemas metodológicos e conceituais dificultam o
estabelecimento de seu valor terapêutico12.
No Brasil, a acupuntura tem registros com as primeiras imigrações orientais, no entanto
o seu marco histórico foi em 1950, com os estudos do professor Frederico Spaeth, em 1958, e
a fundação da Associação Brasileira de Acupuntura, com a pretensão de congregar
acupunturistas brasileiros a um orgão de classe7.
Durante o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em 1990, o assunto mereceu
destaque como "Proposições alternativas de assistência à saúde", “discutiam-se a história e a
‘fundamentação científica’ da homeopatia e da acupuntura, as experiências de implantação
dessas práticas na rede pública, em vários estados da Federação, e os problemas existentes para
estender as 'práticas alternativas' ao SUS”12.
É importante ressaltar que, no decurso da história, produziu-se o aperfeiçoamento da
acupuntura. No princípio, as agulhas eram de pedra; atualmente são de ligas de prata, de ouro
ou de aço inoxidável. De modo concomitante, houve também desenvolvimento no uso da moxa
que, da utilização de plantas passou para o infravermelho, corrente elétrica e raio laser. A teoria
foi evoluindo do "ponto isolado" para a "teoria dos meridianos" que liga os pontos aos órgãos.
A acupuntura é dotada de caráter experimental e científico, que não se esgotam, e tem atingido
novos níveis de conhecimentos e técnicas11.
A legitimação das práticas alternativas, como a acupuntura, não depende apenas do
reconhecimento de sua cientificidade, mas também do reconhecimento de sua utilidade
terapêutica. Práticas como a acupuntura estão orientadas por paradigmas suficientemente
distintos daqueles da medicina científica, justamente por isso são identificadas exatamente
como "alternativas"12.
Nesse sentido, Evaldo Leite e colaboradores7 destacam que “a Acupuntura bastou-se a
si própria”. Os princípios tradicionais são necessários e suficientes para que, quando utilizados
adequadamente, possa se fazer da acupuntura o melhor e mais abrangente processo de cura e
profilaxia conhecido pelos homens.
homem, yin/yang, corresponde à região abdominal até o umbigo; o nível do Baixo ou Terra é a
região yin que fica situada entre a cicatriz umbilical e os pés”3.
A posição anatômica é caracterizada pela posição ortostática com as mãos/braços
voltados para cima e palmas para frente7.
Por meio dessa configuração de posição do corpo, é relevante mencionar que a face
anterior do corpo é yin enquanto a face posterior é yang; a superfície do corpo é yang, enquanto
o interior é yin; o corpo estrutural é yin e o mental é yang; os órgãos são yin e as vísceras yang.
Desde modo, as energias yang e yin presentes em toda estrutura humana trabalham em
polaridades e se apresentam em trajetos energéticos denominados meridianos3;7.
Os meridianos que percorrem o corpo humano podem ser entendidos como canais que,
vistos de fora, são como água que nasce de uma fonte e flui em vários locais do corpo. Nos
órgãos sólidos se combinam e armazenam a fluidez do espírito, a energia, a alma; as vísceras,
transferindo-as e transformando-as, espalham pelo corpo as substâncias refinadas; os canais
recebem o sangue e o passam adiante para nutrir todo o corpo10.
Os meridianos podem ser definidos pelo termo Jing Luo; Jing tem o sentido de caminho
e Luo de ramificações dos meridianos que se cruzam e que cobrem o conjunto do corpo. Os
Jing Luo formam elos entre os órgãos e os membros, promovem a comunicação do alto e do
baixo, da superfície e do interior, regulam o funcionamento de cada parte do corpo nas quais
circulam o Qi e o sangue”8.
A MTC identifica formas de o qi percorrer o organismo. Três formas são reconhecidas
como principais: qi defensivo, qi nutridor e qi ancestral. Os dois primeiros são provenientes de
alimentos, cuja essência (jing) é separada em duas partes, pura e impura; a parte pura ascende,
mistura-se ao qi atmosférico, gerando o qi nutridor. Já a parte impura desce, se transforma no
qi defensivo, ao associar-se ao qi ancestral, armazenado nos rins6.
A teia de meridianos é constituída por cinco grupos de doze meridianos: Ligamentários;
Principais; Distintos; LO transversais; LO Longitudinais e por oito duplas de vasos
maravilhosos13.
Podem-se descrever os doze meridianos ordinários (principais) e estabelecer relação
direta com os órgãos e vísceras do corpo, além de descrever oito meridianos denominados
extrameridianos, usados em patologias diversas (vasos maravilhosos)11.
Dos doze meridianos principais nascem ramos que percorrem as cavidades do tronco do
corpo, denominados doze meridianos distintos. Há quinze meridianos que ligam esses doze
meridianos entre si, denominados Lo-Mai. Existem também doze meridianos nomeados de
Mais de mil anos antes da época cristã, os seguintes conhecimentos eram registrados no
Shang Shu Da Chuan – livro Cinco Fases: “Água e Fogo, é o que bebe e come o povo. Metal
e Madeira é o que produz. Terra é o que gera os dez mil seres, é o que é útil ao homem”8.
Os cinco elementos são considerados os formadores da matéria e o número cinco se
associa a essa noção, assim como a noção de ascensão e de declínio de energia yin e yang. Foi
por meio da observação da natureza que os chineses organizaram a teoria3.
A produção dos elementos na natureza ocorre de maneira recíproca e ininterrupta; a
ordem de produção tem início no elemento madeira produzindo o fogo e, sucessivamente, o
fogo produzindo a terra, a terra o metal, o metal a água e a água a madeira8.
A ordem de dominância entre os elementos — considerado dominante o elemento que
exerce a ação e dominado aquele que recebe a ação —, a fim de que se estabeleça o equilíbrio,
é deste modo: a madeira domina a terra pois a árvore absorve sais e elabora a seiva; a terra
domina a água pela sua absorção; a água domina o fogo porque é capaz de apagá-lo; o fogo
domina o metal com a fundição; já o metal domina a madeira na ação de cortar3.
Existe entre os elementos uma interdependência e uma interrestrição que determinam
seus estados de constante movimento e mutação; na teoria dos cinco elementos todos os
fenômenos dos tecidos e órgãos, da fisiologia e da patologia do corpo humano, estão
classificados e são interpretados pelas interrelações da madeira, fogo, terra, metal e água6.
Nesse sentido, destaca-se que são estabelecidas de modo sistemático as relações
existentes entre a constituição de órgãos e vísceras, estados fisiológicos e patológicos e o meio
circunvizinho, em relação com a vida dos homens8.
A observação da natureza trouxe à teoria aspectos geocêntricos e antropocêntricos e
descreveu a noção de acréscimo e decréscimo de yin e yang a partir da duração do dia e da
noite, estabelecendo correspondências: o dia inicia com o nascer do sol (leste) e a primavera
correspondendo ao início das atividades; o meio-dia, o zênite (sul) e o verão correspondem à
máxima atividade; o final do dia (crepúsculo – oeste) e o outono correspondem ao decréscimo
das atividades; a meia-noite, o escuro (norte) e o inverno correspondem ao período de repouso;
no centro fixo, o observador na terra é correspondente à interestação3.
O organismo humano é regido pelo mesmo princípio da natureza. Assim sendo, os
movimentos da natureza influenciam as atividades fisiológicas do ser humano. Este fato se
manifesta não só na dependência como na adaptação do homem ao seu meio ambiente.
A MTC constatou essa realidade e, de acordo com ela, fez a correlação entre a
fisiopatologia dos órgãos e tecidos e fenômenos da natureza3.
Nos homens, as estações assumem regras sazonais, conduzidas no seu meio interno
através da estrutura mental, nível onde se refletem os ritmos no ciclo biológico dos movimentos
energéticos, nas funções dos meridianos e nos afazeres humanos. Foi por meio da teoria dos
cinco elementos que se expandiu o emblema sobre as cores, os sabores, sentimentos, entre
outros3.
É relevante notar a correspondência energética própria de cada estação, que a caracteriza
e age predominantemente em cada uma das funções: “no verão, o calor; na 5ª estação, a
umidade; no outono, a sequidão; no inverno, o frio; e na primavera, o vento. Normais em suas
estações, estas energias são ditas perversas quando se manifestam em outra estação, porque
afetam de maneira negativa as funções orgânicas”7.
As desarmonias energéticas remetem às origens das doenças e a causas internas e
externas. Internas são as de ordem psíquica, as perturbações da energia ancestral e causas
alimentares que resultam em desequilíbrio crônico; externas, as causas relacionadas às
perturbações climáticas das energias perversas e intoxicações alimentares agudas7.
Portanto, se algo não é corretamente controlado, reinjetado ou eliminado, torna-se o
embrião de uma patologia. O mal vai agravar-se na psicologia e na forma corporal4.
Os ciclos desarmônicos geram supradomínio e contradomínios energéticos relacionados
ao excesso de atividade de um dos elementos: no primeiro, o elemento restritor torna-se
excessivo e passa a destruir em vez de moderar. No segundo, a fase moderada (por exemplo, a
madeira em relação ao metal) torna-se excessiva e passa a agredir o seu moderador. No ciclo
de destruição, bem como nos ciclos doentios, encontramos a ideia de restringir: a Madeira fura
a Terra (como as raízes); a Terra represa a Água; a Água apaga o Fogo; o Fogo derrete o Metal;
o Metal corta a Madeira6.
É notório que a doença se instala por ciclos antinaturais, patológicos, de agressão,
contradominância e ultraje. A agressão é caracterizada por uma repressão muito forte em
elementos que já são insuficientes, sendo necessário protegê-los. A contradominância seria o
movimento contrário ao ciclo restritor, e o ultraje o movimento contrário ao ciclo de geração13.
Todas essas relações só se objetivarão sob certas condições. Desta maneira, para um
elemento ser gerador, existe a necessidade de que o elemento não se encontre em deficiência.
Para inibir, é necessário que o elemento esteja em uma boa condição energética11.
Sendo assim, o estado de saúde será caracterizado por uma luta constante por uma
harmonia entre o yin e yang, acometidos pela perda da energia vital Qi e os agentes patológicos
perversos e nocivos8.
Quando a energia vital do organismo não está conseguindo combater uma energia
nociva, gera desarmonia entre o yin e o yang e promove um estado de deficiência ou de excessos
denominado de patologia.
Os elementos que causam o adoecimento são estudados por meio da patogenia que, por
sua vez, se apoia em dois fundamentos: o da constituição física e mental do paciente —
determinada pela energia vital —, e pelo fator patogênico em si, quando um agente pernicioso
ataca o organismo8.
É necessário atentar-se ao histórico social da vida do sujeito, especialmente em casos de
molestias crônicas, onde a patogenia pode ter relação direta com o estilo de vida que o levou à
atual condição de desequilíbrio. Além disso, a mudança de hábitos pode ser uma condição
essencial para a harmonização9.
O ciclo de adoecimento em função da água produz-se quando a energia do elemento
água é excessiva, pois a energia fria irá prevalecer e o fogo do coração estará prejudicado. O
homem contrairá febre corporal, opressão na parte superior do peito, sentirá ansiedade,
palpitação, frio astênico devido ao ataque do frio perverso, calafrios no corpo todo, delírio e
cardialgia. Quando a energia da água está em excesso, o Mercúrio correspondente no céu estará
resplandecente. Quando ela estiver próspera, de forma que o baço-terra não a possa mais
restringir, o homem desenvolverá síndromes de hidroperitônio, edemas na barriga da perna,
respiração acelerada, tosse, suor noturno e terá aversão ao frio. Como a energia da água está
densa, cairá uma chuva pesada, e o pó e a neblina causarão confusão mental. Se essa energia
atingir o seu extremo e começar a enfraquecer gradativamente, a energia da terra irá aproveitar
o momento para se voltar contra a sua mãe. Agora, quando a energia fria da água estiver
parcialmente abundante e a condição de energia fria estiver controlando o clima, a combinação
das duas fará com que as coisas deformem. No corpo humano, irão ocorrer as síndromes de
distensão abdominal, diarreia com fezes moles, indigestão à comida, sede e tontura. Se a energia
da água submeter a energia do fogo com violência, o homem não poderá se curar e convalescerá.
Como o fogo não pode vencer a água, o Marte correspondente no céu estará escuro, e Mercúrio
brilhará10.
Nesse sentido diversos autores discorrem sobre os efeitos da desarmonia do yin e yang
e da natureza água no adoecimento do corpo humano.
Os rins, bexiga e órgãos sexuais, por serem especialmente ativos, precisam de atenção:
sal e líquidos a menos ou a mais podem prejudicar esse sistema e com isso confundir a geração
de energia para o fígado (Madeira) ou inibir a energia do coração (Água apaga o Fogo)14.
5 Considerações finais
Este artigo foi desenvolvido através de estudos clássicos sobre a Medicina Tradicional
Chinesa. Por meio do que se expôs, é possível elucidar conceitos e condutas da terapêutica da
acupuntura que emergem de artefatos culturais trazidos pela ancestralidade chinesa e difundidos
pelo mundo e no Brasil.
Observa-se que o espaço que compõe a prática da acupuntura é complexo e universal.
Portanto, não cabe no conceito minimalista a ela atribuído na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde e, menos ainda, no caráter de complementaridade. A
acupuntura é por si só uma racionalidade médica.
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