Rumo Ao Sul: Missão Jesuíta No Brasil (Séculos XVI-XVII)
Rumo Ao Sul: Missão Jesuíta No Brasil (Séculos XVI-XVII)
Rumo Ao Sul: Missão Jesuíta No Brasil (Séculos XVI-XVII)
Introdução
1
Utilizou-se amplamente nesta pesquisa a obra de Serafim Soares Leite, SJ, pelo
renome e abrangência reconhecidos de seu trabalho, inclusive como sintetizador de
várias fontes. Cf. História da Companhia de Jesus no Brasil. Tomo I (século XVI – o
estabelecimento), Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938. Parte da coleta de
material para este artigo foi feita pelo Revmo. Pe. Flávio Feler.
2
Vigorou para o Brasil desde o descobrimento até a proclamação da República o
sistema de Padroado Régio que conferia ao rei o direito de administrar a estrutura
eclesiástica. Cf. VIEIRA Dilermano Ramos. História do Catolicismo no Brasil. Vol. I
1500-1889. Aparecida: Santuário, 2016. p. 16.
3
ECHANIZ, Ignazio, SJ. Paixão e Glória: História da Companhia de Jesus em Corpo
e Alma. Tomo I. São Paulo: Loyola, 2006. p. 25-26.
4
Pe. João de Azpilcueta Navarro, nascido entre 1522-1523, integrou o grupo pioneiro dos
jesuítas vindo ao Brasil e, um ano após sua chegada, foi enviado pelo Pe. Manuel da
Nóbrega a Porto Seguro. Mais tarde, foi responsável por organizar uma primeira tentativa
de exploração dos sertões que hoje pertencem à Bahia e ao interior de Minas Gerais. Na
meta estava também a busca pela cobiçada Serra das Esmeraldas. Um destaque de seu
intenso trabalho encontra-se no campo linguístico. De língua-mãe basca, foi o primeiro
a entender aquela língua tão difícil para os europeus. Logo começou a compreender os
indígenas e empenhava-se em relacionar-se com bons “línguas” como eram chamados
os intérpretes. Cuidou para que fossem traduzidas para língua compreensível aos índios
as principais orações, como o Pai Nosso, mas também sermões; tudo com finalidade
catequética. Foi o primeiro dos missionários a se comunicar em língua indígena e iniciou
estudos sobre o assunto. Em pouco tempo já ensinava em língua nativa, traduzia a
criação do mundo e a encarnação, além dos demais artigos da Fé e Mandamentos da
Lei de Deus. Deixou estudos com os primeiros fundamentos para traduzir do tupi para
o português e vice-versa. É um nome menos conhecido na grande lista de egrégios
da Companhia de Jesus no Brasil. No entanto, seu trabalho linguístico serviu de base
para o Pe. José de Anchieta na construção de sua própria gramática. Extenuado pelos
tantos trabalhos, faleceu prematuramente em 30 de abril 1557. A sua extirpe nobre de
Navarra o aparenta, pela parte materna, com São Francisco Xavier numa família de
homens reconhecida cultura humanista, qual seu tio Martín Azpilcueta (1481-1596).
ECHANIZ, 2006, p. 193-194, os confunde, tio e sobrinho.
que significa padre voador, por causa da grande capacidade que tinha de
movimento estando em vários lugares ao mesmo tempo. As distâncias
pareciam não lhe imporem limites. Dos arredores do centro da missão,
Ilhéus e Porto Seguro, logo “voou” para São Vicente, à conhecida capitania
de Martim Afonso de Souza já em 1550. Acompanhado dos colegas Pe.
Afonso Braz e o Irmão Diogo Jacome, trouxera consigo de Ilhéus um grupo
de 12 meninos indígenas e índios adultos, dentre os quais alguns carijós
provenientes das terras do sul, de onde foram levados como escravos.5
Pode-se imaginar o efeito que não terá causado sobre os missionários
o contato com esses aborígenes sulinos que suscitavam tantas indagações:
eram catequizados e relatavam fatos inusitados da sua história de evange-
lização. Tudo isso não terá deixado de intrigá-los. Assim, antes mesmo de
terem chegado ao sul, do sul conheceram índios que lhes chamou a atenção
pelo comportamento distinto. O fato é que essa singularidade, unida aos
clamores do sequestro e da escravidão, levou o Pe. Manoel da Nóbrega a
instar junto às autoridades pela liberdade deles, concedida por ordem de
Tomé de Sousa. “Foi com esta gente que se deu a primeira intervenção dos
jesuítas a favor dos índios do Brasil. Índios que estão além de São Vicente,
o qual todos dizem que é o melhor gentio desta costa”.6
Assim que se inseriu o nome e o povo carijó na história da Com-
panhia de Jesus no Brasil, como beneficiários dessa proteção, que em
tantas circunstâncias e de diversos modos, com maior e menor sucesso,
os jesuítas tentaram em favor dos índios. Longa e polêmica tem sido a
discussão da ação missionária junto aos índios e os pareceres estão longe
do consenso acerca da proteção que os missionários lhe proporcionaram.
De qualquer maneira, o episódio em questão tem duplo valor pela defesa
feita do índio e por ter sido a primeira de tantas.
A correspondência de Nóbrega já deixa entrever uma proposta
de instalação jesuítica junto ao local de proveniências desses índios. O
Pe. Nunes era o designado para essa tarefa e rumou com eles da Bahia
em direção ao sul em 1553. Ao chegar a São Vicente, encontrou a nova
fundação muito necessitada de sua presença e aí se deteve por um tempo,
5
Carijó: procedente do branco – mestiço, como o galináceo de penas salpicadas de
branco e preto – caboclo – antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante
da região situada entre a Lagoa dos Patos (RS) e Cananeia (SP) – carió – cário –
cariboca – curiboca caburá – tapuio. Disponível em: <www.dicionariotupiguarani.com.
br/dicionario/carijo/>. Acesso em: 22 abr. 2019.
6
LEITE, 1938, p. 322. A expressão, amplamente conhecida, tem sido utilizada como
marca da índole dos carijós.
7
Um dos tantos e costumeiros naufrágios verificados na costa catarinense no século
XVI, sobretudo nos arredores da Ilha de Santa Catarina. É um elemento a mais a
demonstrar o fluxo de navegação, majoritariamente de bandeira espanhola, desde o
início desse longínquo século XVI. Neste caso, trata-se da expedição Sanabria, partida
da Espanha em 10 de abril de 1550 para prestar socorro a Assunção. Aportaram na
Ilha de Santa Catarina em novembro de 1550. Viajava um grupo de nobres senhoras
dentre as quais se destacam Dona Mencía Calderón de Sabria, descrita como Señora
principal de Sevilla e suas três filhas. Resgatado o grupo em Santa Catarina, com a
participação do Pe. Nunes, asilaram-se em São Vicente no início de 1552. As suas
vicissitudes, porém, não pararam por aí. Deixando às escondidas o local de asilo, no
início de 1553 fogem a pé e descem até São Francisco do Sul. Sempre à espera de
socorro espanhol, após cerca de um ano, em abril ou maio de 1554, o grupo empre-
ende uma incrível mas real travessia a pé, homens, mulheres e crianças, rumo ao
Paraguai onde, finalmente, consegue chegar em 1555. Cf. MOSIMANN, João Carlos.
Porto dos Patos, 1502-1582: A fantástica e verdadeira história da Ilha de Santa Cata-
rina na era dos descobrimentos. 2. ed. Florianópolis, 2002. p. 131-142; LOURENÇO,
Roberto. 1516 – 500 anos da chegada dos espanhóis a Santa Catarina. Jaraguá do
Sul: Rastros, 2016. p. 251-270; LEITE, 1938, p. 323.
8
Por terra o Pe. Nunes mandara os irmãos João de Souza e Pero Correa e. Este último
foi um dos tantos que apoiou e defendeu o trabalho desses pioneiros. Mais tarde, se
converteu em irmão jesuíta. Ambos foram assassinados pelos carijós nessa viagem
pelo interior (Cf. LEITE, 1938, p. 324). Foi nesse caminho entre Paraná e São Paulo
que se deu o primeiro martírio de jesuítas no brasil nesse primeiro semestre do ano
de 1556, próximo ao Rio Superagui na região da então Capitania de São Vicente,
atualmente Parque Nacional do Superagui, entre Paraná e São Paulo.
9
O fato é bastante conhecido na história da evangelização catarinense do século XVI.
Esses frades chegaram à região como náufragos da nau Marañona que partira da
Espanha com outra nau Santa Catalina, em 1538, numa expedição de socorro aos
habitantes de Buenos Aires. Naufragaram nos arredores da Ilha e foram arrastados até
o chamado Porto Don Rodrigo (proximidades de Garopaba) junto com outros colonos
espanhóis. Eram dois frades franciscanos, Frei Bernardo de Armenta, de Córdoba,
presbítero, e Frei Alonso Lebrón, das Ilhas Canárias, Irmão. Começaram a catequizar
os carijós que demonstraram docilidade de caráter e grande aceitabilidade. O trabalho
desenvolveu-se e Frei Bernardo planejou expandi-lo e idealizou erigir ali uma provín-
cia religiosa: Província de Jesus. Em 1º. de Maio de 1538, enviou uma carta a João
Bernal Diaz de Lugo, do Conselho das índias, pedindo reforço missionário para essa
finalidade (Cf. MOSIMANN, 2002, p. 119-129. Para o contexto e excerto desta carta,
cf. in: «Cadernos Patrísticos – Textos e Estudos», 5, Florianópolis, 2008. p. 110-117). É
o documento mais consistente do empreendimento e principal fonte para atestar essa
experiência missionária. No mais, nas fontes jesuítas, como se percebe, encontram-se o
relato do Pe. Nunes, as alusões feitas nas cartas do Pe. Manoel da Nóbrega e algumas
outras posteriores, como o relato do Pe. Jerônimo Rodrigues de 1605, reforçando a
documentação sobre esse empreendimento pioneiro no sul do Brasil.
Um detalhe bastante peculiar é a revelação que Frei Bernardo faz de um indígena
de nome Etiguara ou Esiguara – agitado como um profeta – que, quatro anos antes,
lhes teria precedido na catequização dos carijós percorrendo mais de duzentas léguas
anunciando a chegada dos irmãos dos discípulos do Apóstolo São Tomé. [E aqui essa
história junta-se a outra de tradição amplamente difundida: o mito do Pai Sumé (Cf.
BESEN, José Artulino. História da Igreja no Brasil: o evangelho acolhido pelos pobres.
Florianópolis: Mundo e Missão, 2012. p. 31-32]. Dessa forma, ter-lhes-ia precedido
nesse trabalho. A missão durou cerca de 10 anos, 1538-1548. Foi a primeira missão
religiosa franciscana do sul do Brasil. Terá atingido milhares de indígenas. Em seu
auge, devia ter ao centro a Igreja e a casa dos frades franciscanos. A certa distância,
nas duas casas de recolhimento eram isoladamente doutrinados as moças e os moços
carijós. Espalhadas ao redor, havia as ocas dos índios e as casas dos espanhóis que,
junto com os frades, dirigiram esse centro catequético. Estendendo-se por todos os
lados, havia grandes roças, uma verdadeira cristandade carijó em germe. Morto Frei
Bernardo, o empreendimento missionário ficou sob a responsabilidade de Frei Alonso
Lebron e do leigo Alonso Bellido, mais os compatriotas Diego de Durango, Alonso
Benitez, Román Perez, Antonio Alvarez e Pedro Beloy. Dois navios portugueses,
vindos de São Vicente, chegaram a Mbiaza. O grupo missionário foi atraído a bordo,
preso e levado para São Vicente com muitos carijós. As últimas notícias que se tem
é que Frei Lebron, apresentando suas credenciais, conseguiu libertar os espanhóis
e índios, embarcando em seguida para a Europa na esperança de, junto à corte de
Espanha, poder apresentar seu protesto e conseguir reforço à missão. É o último
registro que se tem do frade, pioneiro com seu confrade, na evangelização dos índios
nessa região de Mbiaza. Sem proteção, entregues à própria sorte, a sorte dos carijós
estava selada: foram alvo de constantes ataques e sequestros com propósitos ob-
viamente escravagistas. O fato não deixa de suscitar vários interrogativos. Um deles
consiste em cogitar quem teria catequizado esse índio profeta, Etiguara. De maneira
literária e ficcional, Pe. Tarcísio Marchiori discute a questão, transformando Etiguara
num herói-profeta quase legendário (cf. MARCHIORI, Pe. Tarcísio. Terra dos Carijós.
Florianópolis, 1986). Outro enigma bastante discutido é a localização dessa experiência
missionária, discutida abaixo.
10
Merece menção o fato de no Brasil ter sido instituído o primeiro seminário diocesano
pós-Trento. Coube ao Rei de Portugal, Dom Sebastião, o mérito de autorizar a sua
13
LEITE, 1938.
Alguns cristãos antigos a quem uns frades, a quem Deus perdoe, haverá
50 anos pouco mais ou menos, fizeram cristãos deixando-os sem doutrina
em seus vícios e desaventuras, e todos estavam amancebados e cheios
de filhos com diversas mulheres.15
14
Parte do enigma sobre a localização exata do local da experiência missionária é des-
vendada com a indicação desse local chamado Embitiba. A semelhança toponímica
faz pensar no atual município de Imbituba. Além dessa sugestão fonética e gráfica,
Alice Bertoli, partindo de outros argumentos como a distância em léguas de Laguna
e da Ilha de Santa Catarina, a existência da antiga igreja de Santana etc, apresenta
a localidade de Vila Nova, no mesmo município, como a primeira das suas três hipó-
teses de localização da missão de Frei Bernardo de Armenta. Cf. ARNS, Alice Bertoli.
Laguna, uma esquecida: Epopeia de Franciscanos e Bandeirantes, e a história de
uma velha igreja. Curitiba, 1975. p. 40-42.
15
LEITE, 1938, p. 327.
devem ser convencidos pelo amor, não pelo ferro. Pois se ficam exa-
cerbados, fazem grandes estragos, porque são robustos, vigorosos, de
estatura alta, armados e ferozes no manejar dardos, arcos e flechas.16
16
Cf. MOSIMANN, João Carlos. In: Cadernos Patrísticos – Textos e Estudos, 5 (2008), p. 116.
17
Talvez, baseado nesse deslocamento ainda mais para o sul, foi o que levou o Pe.
Raulino Reitz a estimar a localização de Embitiba, hipotizando a identificação com
Mampituba, no extremo sul, na região do atual município de Sombrio. Cf. REITZ, P.
Raulino. Paróquia de Sombrio (ensaio de uma monografia paroquial). Brusque, 1948.
18
Todo o relato seguinte é extraído de LEITE, 1938, p. 328-329. O termo Tuba-nharô
– Tubarão, ‘pai feroz’. Sobre a discussão do nome do cacique e do nome da cidade.
Disponível em: <http://historiatubarao.blogspot.com/2017/05/tuba-nharo-do-rio-ou-
-do-cacique.html>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Chegados, pois onde este índio estava, que era junto a uma alagoa,
aonde com grande perigo passamos, entramos em um tejupar, aonde es-
tavam três ou quatro redes armadas. E ele, como coberto com uma manta
listrada, e com um chapéu na cabeça, com grande gravidade, sem fazer
caso algum de nós, começou logo a falar com um índio, que conosco
ia, mui devagar. E depois falou outro pedaço com outro, convidando-os
a seu modo, com certa beveragem, que imagino ser o sumo do betele
da Índia, conforme as virtudes que dizem ter. E nós, como Joanianes,
ouvindo-lhe suas patranhas. Depois acudiu com seu ereiupe ao Padre e
a mim. O Padre, que já estava enfadado, e com razão e quase se quise-
ra erguer da rede, e o fizera se fora outra gente, em breve lhe disse ao
que éramos vindos. E, se quisessem ser filhos de Deus e terem igreja e
Padres em suas terras, que se haviam de ajuntar e deixar suas vendas e
suas matanças, por ser ofensa de Deus; e que os Tapuias podiam vender
em troco de suas coisas.
Querendo-nos despedir, disse ele ao Padre que folgava com
nossa vinda, que faria primeiro duas guerras, e que depois se ajuntaria
conosco, em lugar, que ele nomeou, que era junto da Laguna dos Patos.
E, perguntando-lhe o Padre se era seu filho um menino, que ali estava,
respondeu: Sim per vos outros o açoitardes. Isto é dito de escravos de
brancos, que pêra cá fogem. E eles tinham alguns em seu poder, sem os
querer dar, dizendo serem seus escravos.
Isto é o que passamos com o senhor Tubarão, do qual diz o Padre
que nunca no Brasil viu índio tão soberbo, nem que tanto o mostrasse,
com não ser principal. E Cristóvão Aguiar confessa que ele o fez principal
e o assentara naquela cadeira, que agora tem, scilicet, de ser estimado dos
brancos, mas isto por ele ser um grande ladrão de Índios para os brancos.
O relato pitoresco não pode desviar a atenção para a gravidade
do fato: um líder, chefe indígena cooptado por colonos portugueses para
interceptar e caçar outros índios e vendê-los para serem escravizados.19
No que diz respeito à soberba do índio Tubarão é mais uma definição do
caráter do carijó que vai oscilando nas suas linhas positivas e negativas:
19
A mesma tática era utilizada na África no processo de escravização dos nativos.
As próprias lideranças autóctones eram cooptadas para servir de intermediários na
viabilização do tráfico. Dentre o acervo perdido recentemente no incêndio do Museu
Nacional no Rio de Janeiro, estava o trono do rei do Daomé, Adandozan, presenteado
a Dom João VI em 1811. A explicação sumária de que teria sido doado para melhorar
as relações diplomáticas entre o Reino do Daomé e o Brasil não deixa de suscitar
uma série de questionamentos que vão nessa mesma direção.
20
LEITE, 1938, p. 327.
21
Cf. MOSIMANN, João Carlos. E excerto da carta de Frei Bernardo de Armenta, in:
Cadernos Patrísticos – Textos e Estudos, 5 (2008), p. 116.
22
O episódio, embora em escala muito menor, não deixa de motivar a lembrança da
grande empreitada enfrentada pelos jesuítas após o Tratado de Madri, quando, já sob
o furor da política anticlerical, mas sobretudo anti-jesuíta, do Marques de Pombal,
numa tentativa desesperada de salvar os índios das reduções, tiveram que proceder
ao deslocamento de milhares de índios dos Sete Povos das Missões, cf. VIEIRA,
2016, p. 88-93.
A modo de conclusão
com sua visão de mundo; centro x periferia com sua relação de domi-
nação. E a lista poderia se estender... Nada disso é novo, mas desafia
a uma leitura diferenciada e apresenta-se como amostra do quanto a
pesquisa ainda pode dar a conhecer. São percepções que merecem uma
análise aprofundada.
Para a pouquidão das fontes, a riqueza da reflexão, para a pequenez
da pesquisa, a grandeza da recompensa. Muito ainda pode ser dito sobre
a História da Igreja em Santa Catarina, nesse período inicial dos séculos
XVI e XVII, da qual os jesuítas são atores naturais. Que essa busca não
cesse, que as lacunas sejam preenchidas, e que a mesma determinação al-
cance os séculos seguintes, XVIII, XIX..., cronologia aqui não alcançada.
Bibliografia