1 - Enfermagem em Saude Mental e Psiquiatria
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1 - Enfermagem em Saude Mental e Psiquiatria
Prezados Estudantes,
Reflita sempre: O aprendizado não é uma atividade teórica. Em alguns casos serão
necessárias várias horas para garantir uma evolução da competência. Lembre-se: a
persistência supera o talento! Você é que tem que tomar a iniciativa de querer apren-
der!
Direção do IEP
Sumário
ENFERMAGEM GERIÁTRICA....................................................................133
ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA.............................................................183
Habilidades:
- Estabelecer comunicação eficiente com o cliente/paciente e seus familiares;
- Prestar cuidados de enfermagem que atendam às necessidades básicas do cliente/paciente portador
de transtorno mental, transtornos psicóticos, depressivos e outros;
- Administrar medicamentos pelas diversas vias;
- Prestar cuidados de enfermagem que atendam às necessidades básicas do cliente/paciente portador
de transtornos mentais e diversas patologias psiquiátricos.
Recomendamos
Ao aluno: nortear seus estudos para obter aprendizagem de acordo com o perfil profissional
que lhes será requerido.
Transtornos Orgânicos........................................................................................... 21
1. Demência na Doença de Alzhaimer............................................................................... 21
2. Demência causada pelo HIV.......................................................................................... 22
3. Delirium............................................................................................................................. 23
4. Alucinose Orgânica.......................................................................................................... 23
Exercícios......................................................................................................................... 25
Transtornos Esquisofrênicos.............................................................................. 28
1. Sintomas........................................................................................................................... 29
2. Fases da Doença............................................................................................................. 29
Exercícios......................................................................................................................... 30
Transtornos Afetivos................................................................................................ 36
1. Humor............................................................................................................................... 36
2. Afeto.................................................................................................................................. 36
3. Causas............................................................................................................................. 37
Exercícios......................................................................................................................... 37
11
Transtorno do Pânico................................................................................................ 48
1. Causas............................................................................................................................. 48
2. Sinais e Sintomas............................................................................................................ 48
Exercícios......................................................................................................................... 49
Abuso de Drogas............................................................................................................ 65
1. Álcool................................................................................................................................ 65
2. Anfetaminas..................................................................................................................... 66
3. Cocaína............................................................................................................................ 67
4. Crack................................................................................................................................ 67
5. Cannabis (Maconha)....................................................................................................... 68
6. Sedativos, Ansiolíticos ou Hipnóticos............................................................................. 69
7. Alucinógenos.................................................................................................................... 70
8. Opioides........................................................................................................................... 71
9. Solventes Voláteis............................................................................................................ 71
Exercícios......................................................................................................................... 73
Contenção e Isolamento........................................................................................... 76
Exercícios......................................................................................................................... 76
Referências Bibliográficas.................................................................................... 82
12
Evolução Histórica
13
Esse fenômeno, eminentemente moral, não se ral, onde não havia tratamento, o médico se
tratava de uma instituição médica, mas de uma preocupava com a possibilidade de a popula-
entidade assistencial e administrativa que se si- ção internada adoecer contraindo a “febre das
tuava entre a polícia e a justiça. prisões”: o tifo.
Em suas visitas esporádicas ao hospital ge-
2. Idade Moderna
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
Ao final do século XVIII, com os princípios da Foi com sua classificação das doenças men-
revolução Francesa e da declaração dos direi- tais que pôde propor um novo rumo na aborda-
tos do homem nos EUA (primeira constituição gem das loucuras.
norte – americana), foram crescentes as denún-
cias das internações arbitrárias dos loucos; e Alicerçado em bases humanitárias, o movi-
seu confinamento promíscuo com toda a espé- mento ficou conhecido como: “tratamento mo-
cie de marginalizados sociais e as torturas de ral”, baseado na repressão dos vícios e na ex-
que eram vítimas. clusão, devia extinguir todas as irregularidades
e denunciar tudo que se opusesse às virtudes
Pinel na França, Tuke na Inglaterra, entre ou- da sociedade.
tros, foram protagonistas do movimento de re-
forma na época de então, separando os loucos A violência, antes franca, passou a ser uma
de presos e os que apenas não tinham trabalho violência velada de ameaças e privações. (A lou-
e moradia; cura e as épocas, Pessotti, Isaias, Editora 34).
Philippe Pinel
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No final do século XIX, Freud, um médico terminantes históricos do desenvolvimento da
neurologista (Pai da Psicanálise), interrogando pessoa através da repetição e da transferência,
os sintomas e buscando entender significados produziu uma mudança importante na história
inconscientes para determinadas manifesta- da assistência.
ções humanas sem sentido, reconstituindo de-
3. Atualidade
Exercícios
1- O modelo de assistência psiquiátrica no Brasil ainda hoje, está centrado no hospital psi-
quiátrico.
( ) verdadeiro ( ) falso
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Aqui estão os seus direitos
Veja os principais direitos do paciente de hanseníase
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
Amparo legal:
- Portaria Conjunta nº 125/MS/SVS, de 26 de março de 2009;
- Portaria nº 586 MS/GM, de 06 de abril de 2004, Artigo1º, Inciso III.
Pensão
Toda pessoa com hanseníase que já foi submetida a isolamento ou à internação obrigatória,
tem direito a receber uma pensão especial.
Amparo legal:
- Lei nº 11.520, de 18 de setembro de 2007;
- Decreto nº 6.438, de 22 de abril de 2008.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/legislacao/hanseniase.php- acessado em novembro de 2012
16
Políticas Relativas à Saúde Mental
mente capaz de induzir mudanças extensas.
Em alguns estados, a Lei Estadual que orien-
No contexto atual da Reforma Sanitária Bra- É salutar saber refletir sobre as várias neces-
sileira, pelo Sistema Único de Saúde, (SUS), sidades nos determinados momentos da doen-
descentralizado, hierarquizado e sob o controle ça do paciente psiquiátrico para compreender
da sociedade, acontece outro movimento de- porque determinado tipo de tratamento é mais
nominado “Reforma Psiquiátrica”, que propõe acolhedor e mais eficaz.
mudanças no modelo assistencial da Saúde
Mental. É importante que o Técnico e /ou Auxiliar
saiba de todas as possibilidades de serviços
O “Projeto de Lei Paulo Delgado” (n. 3.657, de atendimento ao doente mental, assim como
de set./1987), que propõe a extinção gradativa sobre seus diretos para que possa orientar e in-
dos manicômios, substituindo esse tipo de trata- dicar a melhor possibilidade de tratamento para
mento por outros que garantam o respeito aos o mesmo, dentro das possibilidades existentes
direitos dos cidadãos portadores de transtornos em suas cidades ou serviços de referência, que
mentais, é considerado um elemento potencial- atuam de acordo com os níveis de prevenção.
2. Dever do SUS
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3. Premissas
Exercícios
1- O Técnico e/ou Auxiliar de enfermagem deve conhecer os serviços que sua cidade pro-
porciona ao doente mental, para possível orientação ao paciente ou familiar.
( ) sim ( ) não
Câncer de Próstata
O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos ho-
mens. As taxas da manifestação da doença são cerca de seis vezes maiores nos países de-
senvolvidos, quando comparados aos países em desenvolvimento.
Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65 anos. Quan-
do diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. No Brasil, é a
quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por esse grupo.
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Instituto Nacional do Câncer, a população masculina do Rio Grande do Sul deve ser a que
apresentará mais casos de câncer de próstata até o final do ano – 80 para cada 100 mil ho-
mens.
Prevenção e tratamento
A próstata é uma glândula masculina localizada na parte baixa do abdômen. Tem a forma de
maçã e situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura,
principalmente, as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do câncer. Especialistas reco-
mendam pelo menos 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura,
diminuir o consumo de álcool e não fumar.
Homens a partir dos 50 anos devem procurar um posto de saúde para realizar exames de
rotina. Os sintomas mais comuns do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária
alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da
doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.
O toque retal é o teste mais utilizado, apesar de suas limitações: somente a porção posterior e
lateral da próstata pode ser palpada. É recomendável fazer o exame PSA (antígeno prostático
específico, na sigla em inglês), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela
próstata, o que seria um indício da doença.
Para um diagnóstico preciso, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela
biópsia da próstata.
Caso a doença seja comprovada, o médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamen-
to hormonal. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras
partes do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais
adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e
benefícios de cada um.
Rede pública
A Política Nacional de Atenção Oncológica garante o atendimento integral a todos aqueles
diagnosticados com câncer, por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em
Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Ca-
con).
Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o
paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.
Mas para ser atendido nessas unidades e centros é necessário ter um diagnóstico já confirma-
do de câncer por laudo de biópsia ou punção.
Fontes:
Fundação do Câncer
Instituto Nacional do Câncer (Inca)
Tratamento no SUS
20
Transtornos Orgânicos
3. Delirium
4. Alucinose Orgânica
Esse agrupamento compreende uma série de lesão cerebral ou outro comprometimento que
transtornos mentais reunidos tendo em comum leva à disfunção cerebral. A disfunção pode ser
uma etiologia demonstrável tal como doença ou primária, como em doenças, lesões e compro-
23
metimentos que afetam o cérebro de maneira di- - Personalidades múltiplas;
reta e seletiva; ou secundária, como em doenças - Despersonalização.
e transtornos sistêmicos que atacam o cérebro
apenas como um dos múltiplos órgãos ou siste- Observação: 1/3 dos pacientes com convul-
mas orgânicos envolvidos. sões parciais complexas, trauma intracraniano e
intoxicações podem apresentar essas alterações
4.1 Transtorno Delirante (Esquizofenifor- no comportamento.
me orgânico)
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
São delírios que aparecem em muitas doen- 4.5 Transtorno Astênico (de labilidade emo-
ças orgânicas, menos complexos, acompanha- cional) Orgânico
dos de transtornos de percepção (visual, auditiva, Incontinência ou labilidade emocional mar-
alteração corporal, ciúme delirante). A consciên- cante e persistente, fatigabilidade ou uma varie-
cia e a memória estão preservadas. dade de sensações físicas desagradáveis como
tontura ou dores, com um substrato orgânico.
4.2 Transtorno Orgânico do Humor Geralmente, está associado com doenças cere-
Distúrbios de humor (uni ou bipolares), geral- brovasculares ou hipertensão.
mente, acompanhados por alterações no nível
global de atividade. É necessária a presença de 4.6 Transtorno Cognitivo Leve
transtornos físicos ou cerebrais que devem ser Precede e acompanha uma quantidade de
demonstrados ou presumidos. infecções e transtornos físicos, tanto cerebrais
como sistêmicos. É uma queda no rendimento
As causas, geralmente, se devem a uma de- cognitivo, com dificuldades de concentração (es-
pressão seguida de estado gripal, euforia em gotamento). Apresenta sintomas leves e é de
tratamento com corticoides, lesões cerebrais pós curta duração.
– traumáticas, tratamento com levodopa (para
doença de Parkinson) e lesões no hemisfério di- 4.7 Distimia Orgânica
reito. Alterações de humor que ocorre durante o
tratamento com esteroide ou antidepressivos e
4.3 Transtorno Orgânico de Ansiedade durante a psicose epiléptica.
Quadro de ansiedade generalizada ou de pâ-
nico, com base orgânica presente. 4.8 Transtorno Orgânico de Personalidade
Alterações de comportamento e personalida-
Associadas às seguintes condições médicas: de decorrentes de processos demenciais (dano
- Cardiovascular: angina, prolapso de válvula no lobo frontal), epiléticos (dano do lobo tempo-
mitral, hipertensão; ral) e outros.
- Neurológica - epilepsia do lobo temporal;
- Metabólica - hiper e hipocalcemia, hiponatre- Ocorre uma alteração significativa dos pa-
mia, porfiria; drões habituais de comportamentos anteriores
- Endócrinas - doença de Cushing, hipertireoi- como:
dismo, síndrome carcinoide, feocromocitoma; - Falta de perseverança em atitudes com fins
- Distúrbios infantis, como síndrome de Asper- determinados;
ger, transtornos de atenção e hiperatividade. - Labilidade emocional, alegria superficial e
imotivada;
4.4 Transtorno Dissociativo Orgânico - Explosões de raiva e agressão;
Aparecimento de dissociações em funções, - Alteração marcante da velocidade e fluxo da
normalmente, integradas de identidade, memó- linguagem;
ria e consciência. - Comportamento sexual alterado;
Sintomas: - Ideação paranoide;
- Transes; - Perseverança em torno de um tema;
- Fugas; - É importante a investigação neuropsicológi-
24
ca através de escalas objetivas e a avaliação do da maternidade deve ser considerado como fator
comportamento pela adequação. desencadeante apesar de não ser o único.
Exercícios
1 - A demência na doença de Alzhaimer tem início rápido, e a memória de curto prazo (lem-
brança recente) fica afetada em primeiro lugar.
( ) certo ( ) errado
2 - Não é com frequência que a pessoa se perde na rua, por isso não é importante ter o en-
dereço na carteira ou em algum lugar com o indivíduo. Acidentes domésticos também não
são comuns.
( ) verdadeiro ( ) falso
3 - Na Demência causada pelo HIV, o indivíduo apresenta: pequena dificuldade com a aten-
ção, concentração, leitura, linguagem, capacidade visuoespacial, aprendizagem de movi-
mentos motores (relacionados ao estado afetivo).
( ) verdadeiro ( ) falso
5 - Uma puérpera que não quer ver seu filho, não quer amamentá-lo, só chora e diz que a
vida não tem mais sentido pode estar apresentando depressão pós-parto.
( ) verdadeiro ( ) falso
6 - O estresse da maternidade não deve ser considerado como fator desencadeante de de-
pressão ou psicose pós-parto.
( ) verdadeiro ( ) falso
25
7 - A depressão pós – parto pode estender – se até o 20 ou 30ano após o parto e causar
morbidade e mortalidade significativas, e se não tratadas, tanto a depressão quanto a psico-
se podem tornar – se crônicas e refratárias ao tratamento.
( ) verdadeiro ( ) falso
A médica geriatra da Santa Casa de São Paulo, Fabíola Borges, explica que o idoso tem
alteração da imunidade e maior risco de infecção. Diversas alterações são peculiares a cada
órgão. Características pessoais, questões sociais, dificuldades de higienização e alimenta-
ção também influenciam no envelhecimento do indivíduo.
Para evitar doenças e ter uma boa qualidade de vida é preciso ter uma alimentação adequa-
da, com a presença de frutas, verduras, leite e vitaminas, já que o idoso tem, naturalmente,
falta de vitamina B. “O exercício físico para aumento da força e da massa muscular está
diretamente relacionado à saúde do idoso”, afirma. A partir dos 40 anos, a chance de ter um
melhor envelhecimento está ligado a hábitos saudáveis.
Outro aspecto, não direcionado a doenças, mas que garante uma boa qualidade de vida ao
idoso é o suporte social. “As relações pessoais que ele conseguiu manter, o trabalho e as
26
condições financeiras vão ser diretamente ligados ao envelhecimento”, conclui.
Tumores também são frequentes fatores de mortalidade em idosos. Segundo o médico on-
cologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), HakaruTadokoro, os
casos de câncer no Brasil aumentaram porque a população está envelhecendo mais. A do-
ença é mais comum em pessoas com mais de 55, 60 anos, pois o organismo está exposto
a substâncias nocivas há muito mais tempo.
As pessoas se tornam mais vulneráveis com a idade. De acordo com o professor livre do-
cente em cardiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP),
Maurício Wajngarten, as doenças crônicas não-transmissíveis vão se acumulando, assim o
diagnóstico na pessoa idosa é mais complexo e exige uma avaliação ampla.
A Área Técnica da Saúde do Idoso desenvolve ações estratégicas com base nas diretrizes
contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, para promover o envelhecimento
ativo e saudável, a manutenção e a reabilitação da capacidade funcional. Um idoso saudá-
vel tem a autonomia preservada, tanto a física como a psíquica.
Fontes:
Ministério da Saúde
27
Transtornos Esquisofrênicos
Esquizofrenia, também conhecida como psi- cada.
cose grave, é o termo utilizado para designar Como o indivíduo sofre de alterações dos
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28
1. Sintomas
2. Fases da Doença
A esquizofrenia evolui em três fases distintas: tempos e outros interesses. Pode apresentar um
a) Fase prodrômica: pode ocorrer por volta de comportamento peculiar, descuidar da higiene e
um ano antes da primeira hospitalização; a pes- da aparência pessoal e precisar de energia e ini-
soa evidencia um claro declínio em relação ao ciativa, pode ter um desempenho baixo no traba-
seu nível anterior de funcionamento. Exemplo: lho ou na escola;
o indivíduo pode se retrair dos amigos, passa-
29
bilidade). É desencadeada comumente por um
agente estressante;
Exercícios
Drogas
As drogas psicoativas fazem parte da história da humanidade. Apenas reprimir o uso não
resolve o problema. Por isso, as políticas públicas estão mais orientadas à redução de da-
nos. A ideia é informar e orientar o dependente químico para evitar as consequências ruins
do mau uso dessas drogas.
Cerca de 22% dos brasileiros acima de 18 anos já usaram drogas psicoativas além do álcool
30
e do cigarro alguma vez na vida. Entre os estudantes, o uso frequente de drogas (20 ou mais
doses por mês) é de 3,6%. A maconha é a mais usada das drogas ilícitas. Veja quais são as
outras:
•Alucinógenos;
•Anticolinérgicos (medicamentos e chás com plantas que possuem atropina e a escopola-
mina);
•Barbitúricos (sedativos);
Embora muitas pessoas consigam viver bem usando essas substâncias, todas apresentam
riscos potenciais de danos à saúde. O uso contínuo pode levar à tolerância (a pessoa fica
acostumada à droga e precisa aumentar a dose para obter o efeito inicial) e dependência.
Fontes:
Livreto Informativo Sobre Drogas Psicotrópicas da Senad
Relatório Brasileiro sobre Drogas 2010
Relatório de Mapeamento das instituições governamentais e não-governamentais de
atenção às questões relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Brasil -
2006/2007 (Secretaria Nacional Antidrogas)
Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos
31
Tipos de Transtornos Esquizofrênico
1. Esquizofrenia Catatônica
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
É uma forma rara da doença e se caracteriza O paciente pode ter breves explosões de
por uma tendência do paciente em permanecer agitação extrema, apresentando também um
numa mesma postura fixamente por longos pe- maior potencial de comportamentos destrutivo
ríodos. e violento.
2. Esquizofrenia Paranoide
Quadro com sintomas que não se ajustam a - Encontram-se os sintomas básicos da es-
nenhum outro subtipo. Constatam-se a presen- quizofrenia, delírios e alucinações;
ça de delírios, alucinações. - Apresenta característica de mais de um
subtipo de esquizofrenia, não se enquadrando
Sinais e sintomas: em nenhuma.
- Presença de sintomas negativos;
4. Esquizofrenia Residual
Sinais e sintomas:
- Incongruência afetiva;
- Retraimento social;
- Comportamento excêntrico;
- Pensamento ilógico;
- Dissociação. www.eluniversal.com
Exercícios
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
1- Quanto à esquizofrenia catatônica: é uma forma rara da doença e se caracteriza por uma
tendência do paciente em permanecer numa mesma postura fixamente por longos perío-
dos. Esse conceito está:
( ) certo ( ) errado.
3 - É necessário tocar no paciente primeiro para depois lhe explicar qual procedimento vai
ser realizado, principalmente, em se tratando de um paciente com esquizofrenia paranoide.
( ) certo ( ) errado.
7 - Você encontra na rua um indivíduo que está sujo, fala sozinho sem se importar com os
outros, parece que não o vê. Você pode supor que ele apresenta:
a ( ) esquizofrenia catatônica;
b ( ) esquizofrenia residual;
c ( ) esquizofrenia hebefrênica;
d ( ) que ele apenas não tem nada e gosta de ser assim.
8 - Tipo de esquizofrenia expansiva, mais precoce, com maior chance de deterioração inicial,
é chamada de esquizofrenia catatônica.
( ) verdadeiro ( ) falso
34
TécEnfermagem (2012)
A droga que atua no sistema nervoso central, reduzindo sintomas
de alucinação e ideia delirante é :
(A) antipsicótico.
(B) antidepressivo.
(C) anticonvulsivante.
(D) estabilizador do humor.
35
Transtornos Afetivos
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www.psicosite.com.br
São alterações na regulação do humor, comportamento e afeto, que vão além das oscilações
normais que todos nós apresentamos.
Os transtornos afetivos são considerados no mundo todo como uma causa importante de inca-
pacidade.
1. Humor
Humor é um estado afetivo que predomina, persistente que interfere no funcionamento so-
como tristeza ou alegria. Num transtorno afeti- cial e psicológico.
vo, o humor da pessoa se torna tão intenso e
2. Afeto
Exercícios
5- Você recebe na enfermaria um paciente que lhe conta uma história de vida muito triste e
durante essa conversa ele ri bastante. Alguma coisa está errada: você pode dizer que isso
se chama incongruência afetiva, pois, o afeto não está adequado com a situação ou com
o conteúdo da mensagem verbalizada (exemplo: rir de uma situação de tristeza).
( ) verdadeiro ( ) falso
37
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas)
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
Sergio Andrade/Prefeitura de SP
UPAs têm capacidade para atender casos que exijam atenção médica intermediária.
Lançadas como parte da Política Nacional de Urgência e Emergência (2003), as Unidades
de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) funcionam como unidades intermediárias entre as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os hospitais e ajudam a desafogar os prontos-socor-
ros, ampliando e melhorando o acesso dos brasileiros aos serviços de urgência no Sistema
Único de Saúde (SUS).
Essas unidades atendem a casos de saúde que exijam atenção médica intermediária como
problemas de pressão, febre alta, fraturas, cortes e infartos, evitando que esses pacientes
sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais.
As UPAs funcionam sete dias por semana, 24 horas por dia. Sua estrutura conta com equi-
pamentos de raios-X, eletrocardiografia, laboratório de exames e leitos de observação, e
soluciona em média 97% dos casos. Ao chegar a uma UPA, o paciente é assistido e pode
ser tratado na própria unidade ou, conforme o caso, encaminhado a um hospital ou para a
atenção básica.
Como surgiram
A Política Nacional de Urgência e Emergência integrou as unidades de saúde e dividiu a
atenção às urgências no SUS em quatro frentes. No nível da Atenção Básica, as equipes
38
de Saúde da Família (ESF) e as UBS têm como prioridade a orientação assistencial a um
número determinado de famílias e acolhimento das urgências de menor complexidade. O
componente móvel, por meio do SAMU 192, faz a estabilização dos pacientes no local da
ocorrência e o transporte seguro para as unidades de saúde indicadas. Já às UPAs cabe
o atendimento das urgências de média complexidade. E o setor de urgência dos hospitais
realiza o atendimento das urgências de maior complexidade.
39
Tipos de Transtorno Afetivo
Classificação dos transtornos afetivos seguem uma classificação mais recente da 4a
São várias as formas de classificação dos edição com texto revisado do Manual Estatístico
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
transtornos afetivos. Uma delas, mais antiga, e Diagnóstico das Doenças Mentais, publicado
sugere uma abordagem para distinguir depres- pela Associação Psiquiátrica Americana (DSM-
são e mania. Atualmente, os transtornos afetivos IV-TR/APA, 2000) (Tabela I).
www.eluniversal.com
1. Transtorno Bipolar
Também conhecido como Transtorno Manía- tológicas do humor. O início se dá, geralmen-
co-Depressivo. te, entre os 20 e 30 anos, embora os sintomas
Caracteriza-se por mudanças graves e pa- possam ocorrer no final da infância e início da
40
adolescência.
41
mudanças de tema (o paciente começa a falar - Retraimento social;
sobre um assunto e vai para outro sem se dar - Sentimento de desespero, apatia ou autor-
conta); reprovação;
- Menor necessidade de sono e de alimen- - Dificuldade de concentração e de pensar
tos; (sem desorientação ou distúrbio intelectual evi-
- Alteração do juízo crítico (faz coisas que, dente);
normalmente, não faria); - Perda de peso;
- Respostas rápidas a estímulos externos, - Andar lento;
como ruídos no ambiente ou a um telefone to- - Constipação intestinal;
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2. Transtorno Ciclotímico
43
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www.cienciapt.net
O transtorno depressivo maior, também de- muito ou não consegue dormir ou tem sono en-
nominado depressão maior unipolar (apenas trecortado);
uma fase), é uma síndrome de humor persis- - Letargia (lentidão geral);
tente, (durando duas semanas ou mais). - Perda do apetite;
- Anedonia (incapacidade de sentir prazer);
A tristeza é acompanhada de: - Perda da reatividade afetiva (incapacidade
- Sentimento de culpa, impotência e deses- de apresentar uma elevação do humor em res-
pero; posta a alguma coisa positiva);
- Distúrbios do sono são comuns, (dorme - Ideias de morte.
44
A depressão maior, geralmente, não é diag- correto.
nosticada e seus portadores comumente rece- No relato de um paciente com depressão
bem um tratamento inadequado. maior, podem-se encontrar relatos como:
A depressão maior pode alterar profunda- - Sentir- se para baixo;
mente o funcionamento social, familiar e ocupa- - Apetite aumentado ou diminuído;
cional de uma pessoa. O suicídio, a complicação - Distúrbio do sono (insônia ou despertar pre-
mais grave, pode ocorrer quando o sentimento coce);
de menos valia, culpa e impotência são extre- - Desinteresse pelo sexo
4. Transtornos Distímicos
Uma depressão leve que dura pelo menos O transtorno distímico pode alterar o funcio-
2 anos em adulto e 1 ano em crianças. É uma namento no lar, na escola e no trabalho. A inter-
depressão relativamente leve e moderada, e nação raramente é necessária e, a não ser que
muitos pacientes não têm certeza quando co- esteja presente uma ideação suicida.
meçaram a sentir - se deprimidos.
45
- Humor triste;
- Perda de interesse por atividades anterior-
mente apreciadas;
- Choro excessivo;
- Sentimento aumentado de culpa, impotên-
cia ou desespero;
- Alteração do peso ou do apetite;
- Mau desempenho profissional ou escolar;
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- Retraimento social;
- Conflitos com familiares e amigos;
- Inquietação e irritabilidade aumentada;
4.1 Causas - Dificuldade de concentração;
A combinação dos fatores biológicos, psico- - Incapacidade de tomar decisões;
lógicos e médicos (algumas doenças como o - Redução do nível de energia;
câncer, a diabetes, uso ou abuso de drogas), - Ideias de morte ou suicídio ou tentativas de
são fatores precipitantes. suicídio;
- Sintomas físicos, como cefaleia ou dores
4.2 Sinais e sintomas nas costas.
Exercícios
3 - Alguns pacientes com transtorno bipolar têm graves episódios de mania ou depressão e
podem apresentar sintomas psicóticos como alucinações ou delírios e seu diagnóstico ser
confundido com esquizofrenia.
( ) certo ( ) errado
4 - Na fase depressiva, o paciente pode apresentar: baixa autoestima; Inércia total; retrai-
mento social; sentimento de desespero, apatia ou autorreprovação; dificuldade de concen-
tração e de pensar (sem desorientação ou distúrbio intelectual evidente); lentidão de movi-
mentos físicos e atividades; lentificação da fala e das respostas; disfunção sexual, perda do
desejo (libido), entre outros.
( ) verdadeiro ( ) falso
46
curtos períodos de hipomania, intercalados por breves períodos de humor normal entre os
episódios depressivos e maníacos.
( ) verdadeiro ( ) falso
9 - O suicídio, a complicação mais grave da depressão maior, pode ocorrer quando o sen-
timento de menos valia, culpa e impotência são extremamente fortes e a pessoa considera
que não vale mais a pena viver.
( ) verdadeiro ( ) falso
10 - O transtorno distímico, por ser leve, não alterara o funcionamento no lar, na escola e no
trabalho.
( ) verdadeiro ( ) falso
47
Transtorno do Pânico
Ansiedade em sua forma mais grave. Ata-
ques de pânico recorrentes (várias vezes), que
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
1. Causas
Um estresse intenso ou perda súbita pode cológicos e algumas condições médicas (por
desencadear o transtorno do pânico, entretanto exemplo: síndrome pré-menstrual, apneia obs-
este envolve uma combinação de fatores que trutiva do sono).
são: genéticos, bioquímicos, autônomos, psi-
2. Sinais e Sintomas
48
Exercícios
1- O ataque de pânico é:
a ( ) – a ansiedade em sua forma mais grave;
3- O ataque de pânico faz com que o indivíduo mude seu comportamento habitual.
( ) certo ( ) errado
49
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
Fonte:
Ministério da Saúde
50
Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC)
1. Causas
51
2. Sinais e Sintomas
e muitas vezes se uma porta está trancada; tros não chegam a perceber. Muitos pacientes
- Alteração social causada pela preocupação escondem seus sintomas por constrangimento.
Exercícios
b) ( ) esquizofrenia residual;
c) ( ) depressão;
d) ( ) N. D. A.
4 - Os pacientes portadores de TOC não têm alteração social em suas vidas causada pela
preocupação com obsessões e compulsões.
( ) verdadeiro ( ) falso
52
Doação
Óvulos e Sêmen
Diversos estudos apontam que entre 15% e 30% dos casais brasileiros precisam de algum
Do ponto de vista técnico, os pacientes brasileiros têm acesso às práticas mais avançadas
de reprodução assistida, de acordo com o médico JojiUeno, do Instituto de Ensino e Pes-
quisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo. A especialidade é bastante desenvolvida
no Brasil, que conta com uma rede de clínicas particulares de nível mundial. O tratamento,
porém, é caro para os padrões de renda brasileiros (embora seu custo tenha caído nos úl-
timos anos) e a oferta de vagas na rede pública é considerada insuficiente para o tamanho
da demanda.
A fila para o tratamento na rede pública pode chegar a dez anos, tempo que pode inviabilizar
a gravidez para uma mulher de idade mais avançada. O hospital Pérola Byigton, em São
Paulo, considerado referência para a saúde da mulher, é um dos poucos do País que ofere-
ce tratamento gratuito para os interessados.
O Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, não possui uma legislação específica para
a realização da reprodução assistida. Os especialistas consideram fundamental que o País
tenha sua própria legislação para o tema, pois ele envolve questões legais, éticas, familiares
e até religiosas. Vários projetos de lei estão em tramitação no Congresso Nacional.
Na ausência de leis específicas, o que rege a conduta dos especialistas no Brasil é uma re-
solução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2010. O texto determina, por exemplo,
o número máximo de embriões que podem ser transferidos para a receptora (dois para mu-
lheres com até 35 anos; três para o intervalo entre 36 e 39 anos; e quatro para as mulheres
de 40 anos ou mais). O objetivo dessa medida é limitar o número de gêmeos múltiplos que
podem nascer após o procedimento.
O texto do CFM veta a exploração comercial da doação de sêmen ou de óvulos – prática co-
mum nos Estados Unidos, por exemplo. Outra regra importante estabelecida pela resolução
é aquela que impede que os receptores conheçam os doadores – e vice-versa. Espera-se
que, com isso, sejam evitados casos de contestação de maternidade ou paternidade.
53
A doação temporária do útero (prática conhecida popularmente como barriga de aluguel)
também ganhou regras: a doadora do útero deve ser parenta de até segundo grau da mu-
lher que deseja ter filhos e que tem algum problema médico que a impeça de engravidar.
Nesse caso, também não pode haver exploração comercial da prática.
Óvulos
Um avanço tecnológico recente revolucionou a prática de doação de óvulos. Até alguns
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
atrás, a medicina não havia conseguido fazer com que os óvulos captados do corpo da
mulher sobrevivessem após seu congelamento. Criada há cerca de cinco anos, uma nova
técnica de congelamento permitiu que eles passassem a ser guardados da mesma maneira
que os espermatozoides, por muitos anos.
Com isso, as mulheres ganharam a chance de fazer a captação de seus óvulos em uma
idade considerada ótima para a reprodução (em geral, antes dos 30 anos) e fecundá-los no
momento que lhes convier. Estudos médicos mostram que a idade da mulher no momento
em que ela teve o óvulo extraído é determinante para o sucesso da fecundação, mesmo que
ele seja implantado em uma pessoa na faixa considerada de risco para a gravidez (após os
40 anos).
O congelamento de óvulos também favorece as mulheres que enfrentam algum tipo de en-
fermidade grave que possa afetar sua fecundidade – o tratamento de câncer, por exemplo,
costuma ser agressivo com os ovários. Os óvulos podem ser extraídos quando detectada
a doença e utilizados no futuro, seja no próprio corpo ou com o auxílio de uma doadora de
útero.
Apesar da facilidade na preservação dos óvulos, o processo para sua extração envolve a
realização de um tratamento médico de longa duração e com procedimentos invasivos. A
doação de óvulos, portanto, segue um ritmo diferente da doação de sêmen.
O mais comum é que as doadoras de óvulos realizem o ato quando elas próprias encontram
alguma dificuldade para engravidar e não têm condição financeira para custear o tratamen-
to. Várias clínicas particulares realizam o tratamento necessário nas doadoras para obter
óvulos saudáveis para suas clientes – uma relação de troca que é benéfica para todos e é
autorizada pelo CFM.
As principais razões conhecidas para a infertilidade feminina são a clamídia (uma doença
sexualmente transmissível provocada por uma bactéria), a endometriose (uma condição
que afeta o útero) e problemas ovulatórios (como o ovário policístico ou a idade avançada).
Sêmen
A literatura médica mostra que 40% dos casos de infertilidade de casais têm origem na mu-
lher, 40% no homem e 20% são de causa desconhecida. Não é nada desprezível, portanto,
o número de homens que precisam de auxílio para realizar o sonho da paternidade.
Os casais que passam por essa situação podem recorrer aos bancos de sêmen para rea-
lizar a concepção. Como a doação é fácil e indolor (a coleta é feita com masturbação) e os
espermatozoides mantêm suas características originais por até 50 anos após o seu conge-
lamento, a prática da doação é bastante comum no Brasil e no mundo.
Qualquer pessoa saudável do sexo masculino pode procurar um banco de sêmen para fazer
a doação – que deve ocorrer de maneira gratuita, segundo a resolução do CFM sobre repro-
54
dução assistida. As características físicas do doador são registradas para que os casais inte-
ressados na utilização do sêmen recebam uma carga genética semelhante à sua própria.
O congelamento do sêmen pode ser realizado também para sua utilização futura pelo pró-
prio doador. Pessoas que sofrem, por exemplo, de câncer de testículo ou de próstata podem
optar pelo congelamento para preservar a capacidade de reprodução mesmo que o trata-
mento da doença afete a produção de espermatozoides.
Fontes:
Banco de Sêmen Pro-Seed
Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida
55
Cuidados de Enfermagem
nos Transtornos Mentais
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
depressao.planetaclix.pt/
1. Transtornos Esquizofrênico
57
2. Transtorno Bipolar
Os cuidados variam de acordo com a fase do sentido de dar respostas consistentes às mani-
transtorno bipolar. pulações ou atuações do paciente;
- Quando o paciente ficar muito irritado po-
dem ocorrer desde ameaças verbais até quebra
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3. Paciente Ciclotímico
5. Paciente Distímico
- Medidas de apoio, com reconforto, calor hu- - Orientação em relação à doença e à medi-
mano, disponibilidade e aceitação – ainda que o cação antidepressiva prescrita;
paciente fique hostil; - Insista para que ele se engaje em atividades
que aumentem seu sentido de realização;
- Encoraje hábitos de saúde positivos, como
ingerir refeições balanceadas, evitar drogas e
álcool (que podem agravar sua depressão) e fa-
zer exercícios físicos (que podem melhorar seu
humor).
6. Transtorno do Pânico
- Durante o ataque de pânico, fique com o pode ficar ainda mais ansioso;
paciente até que o ataque termine; sozinho ele - Evite tocar nele até que tenha estabelecido
60
contato com o mesmo, a não ser que ele peça;
- Se o paciente perder o controle, leve – o a
uma área menor e mais tranquila;
- Evite expressões pouco sinceras de recon-
forto;
- Mantenha uma abordagem calma e sere-
na;
- Fale frases curtas e simples, evitando expli-
- Fale com o paciente sem pressa. Faça per- ficar envolvido em pensamentos e comporta-
guntas específicas sobre seus pensamentos e mentos ritualísticos a ponto de descuidar de si
comportamentos, especialmente, se você ob- próprio;
servar indicações físicas, como mãos esfoladas - Faça o paciente saber que você conhece
e vermelhas ou queda de cabelo devido a arran- o comportamento dele. Você pode dizer, por
car compulsivamente os mesmos; exemplo: “Eu vi que você ficou lavando a mão
por dez minutos antes do almoço, isso deve ser
muito difícil para você”;
- Ajude – o a explorar os sentimentos asso-
ciados e pergunte: ”O que você pensa enquanto
realiza sua tarefa”?;
- Dê tempo para o paciente executar os com-
portamentos ritualísticos. Bloquear esse com-
portamento pode aumentar a ansiedade em
níveis insuportáveis;
- Estabeleça limites e faça exigências razoá-
veis. Não crie situações que aumentam a frus-
- Identifique temas de conversa perturbado- tração e venham a provocar raiva, que podem
res que refletem ansiedade ou pavor. Tenha em intervir no tratamento;
mente a saúde física do paciente. Por exemplo, - Encoraje distrações ativas como assobiar
lavar compulsivamente as mãos pode fazer a ou cantarolar uma melodia, para desviar a aten-
pele se romper; rituais ou preocupações podem ção dos pensamentos indesejados e promover
causar uma ingestão inadequada de alimentos uma experiência prazerosa;
sólidos e líquidos e exaustão física. Atenda às - Explique como canalizar a energia emocio-
necessidades básicas, como repouso, nutrição nal para aliviar o estresse (por esforços criati-
e cuidado da aparência pessoal, se o paciente vos, por exemplo);
61
- Ajude o paciente a explorar novas ma- concreto, e podem ser parcialmente suprimidos
neiras de resolver problemas e desenvolver ha- pela vontade (se o indivíduo se concentrar, ele
bilidades adaptativas mais eficazes. consegue parar de fazer o movimento por um
curto período de tempo).
E tique...: São movimentos irresistíveis, em que a pes-
O que é Tique? soa não tem controle dos seus impulsos. São
O tique é um transtorno do movimento de um conhecidos popularmente como tique nervoso,
ou mais grupos musculares e que se caracte- porque podem ser exacerbados em períodos de
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
rizam por movimentos repetitivos, estereotipa- mais ansiedade. Iniciam, geralmente, na ado-
dos (ou seja, não possuem nenhum significado lescência e, algumas vezes, na infância.
Exercícios
3 - Você pode participar, e é importante que o faça, das atividades de terapia ocupacional,
recreacional e outras que normalmente são indicadas.
( ) verdadeiro ( ) falso
4 - Não é importante envolver a família do paciente no tratamento, mesmo ele estando com
o pensamento alterado.
( ) verdadeiro ( ) falso
5 - Não é importante avaliar o paciente quanto aos efeitos adversos das medicações.
( ) verdadeiro ( ) falso
6 - Não é necessário tomar cuidado com esse tipo de paciente, quanto à alimentação e hi-
giene, pois ele consegue realizar tudo sozinho.
( ) verdadeiro ( ) falso
7 - Não é necessário estar atento quanto ao potencial suicida e nem observar o paciente por
24 horas, pois ele mente quanto a isso.
( ) verdadeiro ( ) falso
9 - Observar constipação intestinal que pode ocorrer com frequência e também pelo uso de
alguns antidepressivos, necessários na fase depressiva.
( ) verdadeiro ( ) falso
62
10 - É importante verificar possível sinal e sintoma de mania quando o paciente estiver fa-
zendo uso de antidepressivo.
( ) verdadeiro ( ) falso
11 - Com o paciente com transtorno depressivo maior, você pode e deve: assumir papel ativo
na comunicação, compartilhar suas observações sobre o comportamento dele – exemplo:
“Você está sentado sozinho, parece triste. É assim que você se sente”? E, espere o tempo
13 - Durante o ataque de pânico, ficar com o paciente até que o ataque termine, pois ele
pode ficar ainda mais ansioso.
( ) verdadeiro ( ) falso
14 - Se o paciente perder o controle, levá-lo a uma área menor e mais tranquila é pior.
( ) verdadeiro ( ) falso
16 - No transtorno obsessivo compulsivo, é importante para o paciente saber que você co-
nhece o comportamento dele. Você pode dizer, por exemplo: “Eu vi que você ficou lavando
a mão por dez minutos antes do almoço, isso deve ser muito difícil para você”.
( ) verdadeiro ( ) falso
18 - Estabelecer limites e exigências razoáveis, não criar situações que aumentem a frus-
tração e venham a provocar raiva, que pode intervir no tratamento, melhoram a condição do
paciente com TOC.
( ) verdadeiro ( ) falso
63
Saúde da pessoa com deficiência
Relacionados
Tipos de deficiência
Nem sempre as crianças se desenvolvem plenamente ou da forma esperada pelos pais. Al-
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
gumas limitações podem se manifestar logo ao nascer, outras vão sendo identificadas aos
poucos.
A deficiência visual, por exemplo, é constatada quando o bebê não fixa os olhos em nada nem
ninguém, parece alheio ao que acontece a sua volta ou demora a se movimentar sozinho pela
casa. Já os bebês com deficiência auditiva tendem a continuar dormindo mesmo com barulho
e a não responder quando chamados, além de não falar muito.
Diagnosticada a doença, é fundamental buscar informação correta para ajudar a criança a se
desenvolver da forma mais independente possível.
No Brasil, segundo o IBGE, existem 24,5 milhões de pessoas (14,5% da população) com algu-
ma deficiência: 48% com deficiência visual, 23% com deficiência motora, 17% com deficiência
auditiva, 8% com deficiência intelectual e 4% com deficiência física. Desse total, 4,3 milhões
(2,5% da população) possuem limitações severas. A maioria delas poderia estudar e trabalhar,
se tiver oportunidade.
Na hora do parto, é importante que o obstetra tome cuidados contra a asfixia do bebê. “Quando
há asfixia perinatal, a criança pode ficar com sequela neurológica e atraso de desenvolvimen-
to”, diz o médico Renato Procianoy, presidente do Departamento Científico de Neonatologia
da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Procianoy ressalta que os exames e um bom atendimento pediátrico nas primeiras horas de
vida extrauterina são muito importantes. Durante e após o parto, também podem surgir infec-
ções que resultam em meningite e lesão do sistema nervoso central.
Além das deficiências identificadas na gestação, há também as causadas por acidentes. A
imprudência no trânsito, por exemplo, é a principal responsável por mutilar e provocar lesões
em milhares de pessoas todos os anos. Segundo o Denatran, mais de 501 mil brasileiros são
vítimas não fatais de acidentes em ruas e estradas todos os anos, muitos deles ficando com
lesões permanentes.
Fontes:
Ministério da Saúde
Caderneta Saúde da Criança, do Ministério da Saúde
Conselho Nacional dos Direitos da Pessoas Portadora de Deficiência (Conade)
64
Abuso de Drogas
1. Álcool
65
rium tremens (DT), e requer internação. O DT 1.5 Cuidados de enfermagem
pode acontecer mesmo que o indivíduo não te- O tratamento do alcoolismo, geralmente,
nha parado de beber. é realizado em ambulatório de saúde mental,
em grupos de alcoólicos, nos AAs (alcoólatras
Os sintomas desse quadro são: anôminos), nos CAPS de Álcool e drogas, e em
- Desorientação de tempo e espaço (perde casos mais graves nos hospitais psiquiátricos e
noção do tempo e do lugar); nos hospitais gerais.
- Alucinações visuais (ver bichos); Nas situações de internação hospitalar, os
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
2. Anfetaminas
66
3. Cocaína
3.4 A Abstinência
Caracteriza-se por depressão grave, fadiga,
sonhos vívidos, hipersonia ou insônia e agitação
psicomotora.
4. Crack
67
A diferença entre a cocaína em pó e o crack é ou maconha - o chamado mesclado, pitico ou
apenas a forma de uso. basuco.Enquanto a cocaína em pó leva cerca
Por ser produzido de maneira clandestina e 15 minutos para chegar ao cérebro e fazer efei-
sem qualquer tipo de controle, há diferença no to depois de aspirada, a chegada do crack ao
nível de pureza do crack, que também pode sistema nervoso central é quase imediata: de
conter outros tipos de substâncias tóxicas - cal, 8 a 15 segundos, em média. É por essa razão
cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, que o crack pode ocasionar dependência mais
amônia e soda cáustica são comuns. rapidamente.
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5. Cannabis (Maconha)
rias; agitação psicomotora e ansiedade; convul- mais comuns com barbitúricos e não podem ser
sões do tipo grande mal. diferenciados daqueles de delirium tremens in-
duzidos por álcool. Ocorre agitação, delírios e
6.6 Síndrome de abstinência com Deli- alucinações visuais ou táteis.
7. Alucinógenos
7.2 As viagens
Podem ser más (badtrip), com intenso pavor,
sendo importante que o indivíduo fique acom-
panhado de alguém até o efeito passar espon-
taneamente ou com injeção de drogas neuro-
lépticas.
7.3 Tolerância
Desenvolve-se rapidamente com o uso diá-
rio, e regride rapidamente quando a administra-
ção cessa.
70
8. Opioides
São depressores do SNC, podem ser en- o uso da morfina, falta de apetite, náusea, olhos
contrados na natureza: extraídos da papoula do lacrimejantes, como com a heroína;
Oriente, produtora do ópio. Ou sintetizados em - Facilidade de overdose, em todas;
laboratório como a heroína, metadona, meperi- - A múltiplas doenças infecciosas relaciona-
9. Solventes Voláteis
São inalados solventes (colas e adesivos), tíveis, diluentes (para produtos de pintura e
gases anestésicos e lança-perfumes, combus- fluidos de correção datilográfica) e propelentes
71
(para tintas e sprays de cabelos). são: vômitos, euforia, tontura, tremores e fala ar-
rastada, nistagmo, dificuldade de coordenação
e orientação, ataxia, letargia, reflexos deprimi-
dos, presença de irritação da pele em volta da
boca, cheiro de inalante na pessoa e nas suas
roupas, diplopia, estupor e coma.
72
cool é ilusória. O álcool é depressivo e a sua ação pode induzir ao sono. Grande parte dos
acidentes de trânsito é causada por motoristas embriagados.
Diversos órgãos do corpo humano são atingidos pelos efeitos tóxicos do álcool, mas o mais
prejudicado é o fígado, onde são metabolizados mais de 90% do álcool consumido.
Quando uma bebida alcoólica é ingerida, o etanol é absorvido no intestino delgado e distri-
Entre as doenças causadas pelo álcool, encontra-se a cirrose hepática, o câncer, a impotên-
cia sexual e doenças cardiovasculares.
Muitos indivíduos que bebem com frequência perdem a credibilidade, o respeito, a autoes-
tima e o autocontrole.
Muitas pessoas, inclusive das classes A e B, tomam sua primeira dose ainda na infância,
entre 10 e 14 anos.
Exercícios
1- O alcoolismo é uma doença grave que leva ao desajuste orgânico, psíquico e social. É
progressiva e se expande em vários níveis, causando repercussão na vida do indivíduo em
todas as esferas:familiar, social, profissional.
( ) verdadeiro ( ) falso
3- A síndrome de abstinência evolui para Delirium tremens (DT), e não requer internação.
( ) verdadeiro ( ) falso
5- Quando apresenta DT, é importante que o paciente não fique só, pois ele, geralmente,
73
alucina ou delira e pode se ferir. As luzes do quarto devem ficar acesas para evitar sombras
que possam estimular a alucinação visual.
( ) verdadeiro ( ) falso
8- A cocaína não atravessa a barreira placentária e não causa dependência no feto e possí-
veis danos cerebrais da cocaína.
( ) verdadeiro ( ) falso
9- Transtorno Psicótico, psicose induzida por uso daCannabis, é pouco frequente, mas os
tipos mais comuns são a ideação paranoide e a hipomania.
( ) verdadeiro ( ) verdadeiro ( ) falso ( ) falso
10- O uso crônico de sedativos, ansiolíticos ou hipnóticos não causa depressão e paranoia.
( ) verdadeiro ( ) falso
11- O uso intravenoso dos sedativos, ansiolíticos ou hipnóticos é uma forma mais severa de
abuso, produzindo rapidamente tolerância, dependência e abstinência.
( ) verdadeiro ( ) falso
16- O ópio e a heroína são as drogas que mais causam dependência física e desenvolvi-
mento de tolerância.
( ) verdadeiro ( ) falso
74
17- Na Síndrome de abstinência: Cessação (ou redução), geralmente, de 12 a 48 horas do
uso pesado e prolongado de opioides (semanas ou mais). O indivíduo pode apresentar ape-
nas humor disfórico (estado de humor descontrolado).
( ) verdadeiro ( ) falso
18- Geralmente, os usuários de Solventes voláteis são jovens e até crianças, a maioria de
rua, que virão a usar outras drogas e o álcool.
20- No pronto socorro, você recebe uma pessoa imediatamente após o uso de droga, que
você detectou através dos sintomas: vômitos, euforia, tontura, tremores e fala arrastada, nis-
tagmo, dificuldade de coordenação e orientação, ataxia, letargia, reflexos deprimidos, pre-
sença de irritação da pele em volta da boca, cheiro de inalante na pessoa e nas suas roupas.
Que droga ela usou?
a) ( ) Cocaína
b) ( ) Heroína
c) ( ) Álcool
d) ( ) algum tipo de solvente
75
Contenção e Isolamento
Contenções e isolamento só podem ser usa- de cada indivíduo como ser humano.
dos para impedir um paciente de ferir grave-
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
mente a si próprio ou a outras pessoas. Para saber, muitos estados dos Estados Uni-
dos da América exigem que um médico redija a
As contenções podem ser químicas – com prescrição de contenção e a coloque no prontu-
medicamentos sedativos; físicas quando o pa- ário médico antes da sua aplicação. O uso da
ciente for restringido ao leito, por exemplo; e contenção em geral é limitado a um período es-
verbal, quando o paciente pode ser acalmado pecífico.
quando se conversa com ele – a mais usada
pela enfermagem. No Brasil, muitas vezes, ocorrem situações
do médico não estar presente, as condutas de
Se tiver que conter um paciente, use apenas contenção devem ser definidas pela instituição,
o grau de contenção necessário para protegê-lo que a colocará em prática na medida da neces-
e salvaguardar a equipe e outras pessoas. Nun- sidade.
ca use contenção como punição, para conveni-
ência da equipe ou em substituição a programas Não vamos por isso discorrer ou ensinar aqui
de tratamento. os tipos de contenção, pois isso pode variar
muito de instituição para instituição.
O uso de contenções ou do isolamento consi-
derados clinicamente necessários para proteger Em uma situação de emergência – como
o paciente, deve ser efetuado de acordo com as uma explosão de violência com danos efetivos
orientações da instituição e que obedeçam às ou potenciais a pessoas ou propriedades –
juntas e aos estatutos reguladores externos, isto qualquer pessoa pode aplicar a contenção no
é, deve seguir uma ética que não está só rela- paciente; na maioria das vezes, é necessária
cionada com a instituição e sim com os direitos mais de uma pessoa.
Exercícios
1- Se tiver que conter um paciente, use apenas o grau de contenção necessário para prote-
gê-lo e salvaguardar a equipe e outras pessoas.
( ) certo ( ) errado
3- A contenção pode ser usada para “punir” o paciente que está tumultuando a unidade, ou
enfermaria.
( ) verdadeiro ( ) falso
76
Verdades e Mitos
O médico é obrigado a notificar a polícia quando atende um usuário em situação de intoxi-
cação aguda. Verdade ou mito?
http://www.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/a-droga/verdades-e-mitos-acessado
em novembro de2012
77
Recreação com os Pacientes
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
www.usp.br
Noções das diversas modalidades de re- O cuidado em realizar as atividades está liga-
creação: ludoterapia, musicoterapia, atividades do diretamente à possibilidade de cada paciente
físicas e artísticas, horticultura, jardinagem e o em corresponder à determinada recreação.
trabalho dos profissionais que estão envolvidos
com essas atividades e a importância da partici-
pação da equipe de enfermagem.
Exercícios
79
5 - AGENTE DO SISTEMA PRISIONALTÉCNICO EM ENFERMAGEM EDITAL Nº 003/2009
- SAD/MT, DE 27 DE JULHO DE 2009. Pelo atendimento telefônico transmite-se tanto a ima-
gem profissional quanto a eficácia e obom atendimento da instituição. Sobre esse assunto,
assinale a alternativa correta.
a. Deve-se responder as dúvidas mais comuns das pessoas como se estivesse
respondendo pela primeira vez.
b. Deve-se ser gentil no atendimento, usando expressões como “coração”,
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
Medicamentos
Características
Medicamentos são produtos farmacêuticos produzidos com rigoroso controle técnico e que
auxiliam na prevenção, no diagnóstico e no tratamento das doenças.
Eles podem ser isentos de prescrição, tarja vermelha – vendidos sob prescrição médica com
receita retida na farmácia – ou tarja preta – além da prescrição, a receita é preenchida em um
formulário diferenciado e apresenta o alerta “Pode causar dependência física ou psíquica”.
Classificação
Medicamentos de referência são inovações. Após sua descoberta, a empresa registra a pa-
tente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e garante os direitos exclusivos
de produção, exploração e comercialização por um período determinado.
Passado esse tempo, os medicamentos genéricos podem ser produzidos por outras empre-
sas. Mas antes passam por testes que comprovam sua eficácia. Eles têm na embalagem o
nome do princípio ativo e uma tarja amarela com a letra G.
Medicamentos similares possuem os mesmos princípios ativos, concentração, forma farma-
cêutica, posologia, via de administração e indicação que os de referência. Mas, mesmo com
a qualidade assegurada, não funcionam como substitutos, pois não passaram por análises
que atestassem efeitos iguais aos medicamentos de referência.
Uso adequado
Os medicamentos podem trazer riscos ao paciente se consumidos de forma errada. Por
isso, não consuma medicamentos vencidos e embalagens velhas, nem cápsulas abertas,
amolecidas ou endurecidas. Os comprimidos não devem ter farelos na embalagem ou man-
chas na superfície e só devem ser partidos com recomendação médica.
80
Evite cremes e pomadas que apresentem mudança de consistência, bolhas, bolor ou água.
Não tome soluções, xaropes e elixires com partículas sólidas no fundo do vidro ou presença
de bolhas e bolor. Não use supositórios que estejam derretidos ou com rachaduras.
Medicamentos em pó ou em suspensão não podem estar empedrados e devem se misturar
facilmente com agitação. Não use quando houver formação de pasta ou placas em soluções
e suspensões.
Registro
Lembre-se que todo medicamento deve ter um registro do Ministério da Saúde. Caso con-
trário, deve ser levado ao serviço local de vigilância sanitária.
Existem farmácias notificadoras capacitadas para comunicar às autoridades sanitárias re-
clamações dos consumidores sobre reações adversas e queixas técnicas relacionadas a
medicamentos.
Intoxicação
O medicamento é o principal agente tóxico no Brasil e lidera a lista das causas de intoxicação
humana desde 1994, segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas
(Sinitox). As classes que mais causam intoxicações são os benzodiazepínicos, antigripais,
antidepressivos e anti-inflamatórios e a maioria delas ocasionadas pela automedicação.
Sempre leia a bula do medicamento quando tiver dúvidas. Fique atento em situações que
requeiram cuidados específicos, como gravidez e amamentação. É importante verificar se o
produto é de uso adulto ou pediátrico, a dosagem e contraindicações.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou o Disque-Intoxicação (0800-722-
6001) para prestar informações de urgência. A ligação é gratuita. Este telefone está em
rótulos e bulas dos produtos regulados pela agência e em avisos indicativos de hospitais,
laboratórios e clínicas.
Fontes:
Ministério da Saúde
Anvisa
Fiocruz
81
Referências Bibliográficas
FIGUEIREDO, G. O príncipe dos insanos. São Paulo: Cortez, 1988. 187p.
Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria
LIPPINCOT W. & WILKINS Enfermagem Psiquiátrica - série Incrivelmente Fácil! Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005.
NOGUEIRA, M. J.(coord). Diagnóstico Psiquiátrico, um guia. São Paulo: Lemos Editorial, 2002.
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