Slides Direito Tributario
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➢ O valor da alíquota, que é usado para se calcular o ICMS, varia de estado para estado. E, até 2015, nas vendas
interestaduais o ICMS adotava-se alíquota interestadual quando o destinatário final do bem era contribuinte do imposto
e a alíquota interna, quando o destinatário não o fosse. Por isso, muitas empresas preferiam comprar de um estado que
oferecia uma alíquota menor.
➢ Com o crescimento das vendas virtuais, o desequilíbrio regional aumentou, pois grande parte das empresas que operam
nesse mercado, tem sede na região sul e sudeste e realizam vendas para a região norte e nordeste;
➢ Foi com a intenção de balancear essa situação e evitar a concentração do imposto em determinadas regiões, que foi
editada a Emenda Constitucional 87/2015, prevendo o DIFAL – Diferencial de Alíquotas do ICMS, que é a diferença
entre os impostos pagos entre os estados (apelido: emenda do e–commerce, apesar de não atingir apenas o comércio
eletrônico).
Sobre o DIFAL
➢ A EC 87/2015 em vigor em 1º de janeiro de 2016. O DIFAL passou a ser aplicado nas operações interestaduais
destinadas a consumidor final, contribuinte ou não do ICMS;
➢ As diferenças entre as alíquotas do ICMS deveriam ser divididas entre os estados de origem e os de destino;
➢ A porcentagem do valor que pertencia a cada estado (origem e destino) veio acompanhada por regra de transição:
➢ A partir de 1º de janeiro de 2019 a partilha do DIFAL acabou: 100% do valor fica para o estado de destino!
➢ A partir de 2019, 100% do ICMS devido a título de DIFAL deverá ser recolhido antes da saída da
mercadoria do estabelecimento, exceto se o contribuinte remetente tiver Inscrição de
Substituto no Estado de destino:
Se a empresa possuir essa inscrição poderá escolher uma data fixa para o pagamento de todas as
movimentações realizadas no Estado. Exemplo: realizar o recolhimento dia 15 de cada mês.
Empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL
➢ Em razão da suspensão pelo Supremo Tribunal Federal – STF da Cláusula NONA do Convênio ICMS 93/2015, o DIFAL
não se aplica aos contribuintes do ICMS optantes pelo Simples Nacional.
Cláusula nona Aplicam-se as disposições deste convênio aos contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação ao imposto devido à unidade federada de destino.
➢ Indica-se que ao emitir uma nota fiscal, o campo dos Dados Adicionais contenha a informação da suspensão, como
no exemplo: “O recolhimento do ICMS DIFAL suspenso, conforme medida cautelar na ADI 5.464/DF”.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Com a publicação do Convênio ICMS 142/2018 novas regras foram definidas para o regime da
substituição tributária, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.
➢ As operações interestaduais continuam dependendo de acordo entre os estados, os quais podem
trazer regras diferentes do previsto no Convênio 142/18. Por isso devem ser minuciosamente
analisados no momento da aplicação da ST.
“Cláusula segunda A adoção do regime de substituição tributária nas operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado
pelas unidades federadas interessadas.
§ 1º A critério da unidade federada de destino, a instituição do regime de substituição tributária dependerá, ainda, de ato do Poder Executivo
para internalizar o acordo específico celebrado pelas unidades federadas interessadas.
§ 2º Os acordos específicos de que trata o caput desta cláusula poderão ser denunciados, em conjunto ou isoladamente, pelos acordantes,
devendo ser comunicado com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
§ 3º Compete à unidade federada que instituir o regime de substituição tributária, nas operações interestaduais a ela destinadas instituir
também, em relação às operações internas, aplicando-se, no que couber, o disposto neste convênio.
§ 4º Os acordos firmados entre as unidades federadas poderão estabelecer normas específicas ou complementares às estabelecidas neste
convênio.”
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Mudanças principais: cláusulas do Convênio 52/2017 (revogado), que tiveram impacto
com a ADI 5.866:
PRESIDÊNCIA
"(...) defiro parcialmente a medida cautelar (art. 10 da Lei n. 9.868/1999), para suspender os efeitos das cláusulas 8ª, 9ª,
10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 16ª, 24ª e 26ª do Convênio ICMS n. 52/2017, celebrado pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária CONFAZ (...)“
➢ Cláusula 8ª - Responsabilidade
➢ Cláusula 9ª - Hipóteses de Inaplicabilidade
➢ Cláusula 10ª à 14ª - Cálculo do Imposto Retido
➢ Cláusula 16ª - Ressarcimento
➢ Cláusula 24ª e 26ª - Pesquisas de Preço e fixação da margem de valor agregado (MVA) e do preço médio
ponderado a consumidor final (PMPF)
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Retirada das previsão de responsabilidade subsidiária do substituído quando o sujeito
passivo por substituição (substituto) não efetuar ou efetuar o recolhimento do tributo em
valor menor do que o devido.
Convênio 52/2017 Convênio 142/2018
Cláusula oitava O contribuinte remetente que promover operações
Cláusula oitava O contribuinte remetente que promover operações interestaduais com bens e
mercadorias especificadas em convênio ou protocolo que disponha sobre o regime de interestaduais com bens e mercadorias especificadas em convênio ou
substituição tributária será o responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária poderá ser
retenção e recolhimento do ICMS relativo às operações subsequentes devido à unidade federada o responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção
de destino, mesmo que o imposto tenha sido retido anteriormente. e recolhimento do ICMS relativo às operações subsequentes devido à
§ 1º A responsabilidade prevista no caput desta cláusula aplica-se também ao imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna da unidade federada de destino e a alíquota
unidade federada de destino, mesmo que o imposto tenha sido retido
interestadual incidente sobre as operações interestaduais com bens e mercadorias anteriormente.
especificadas em convênio ou protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária Parágrafo único. A responsabilidade prevista no caput desta cláusula aplica-se
e destinadas ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário. também ao imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna da
§ 2º O destinatário de bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária,
inclusive o varejista, é responsável pelo imposto devido à unidade federada de destino por
unidade federada de destino e a alíquota interestadual incidente sobre as
substituição tributária, quando o remetente, sujeito passivo por substituição, não efetuar a operações interestaduais com bens e mercadorias especificadas em convênio
retenção ou efetuar retenção a menor do imposto, salvo disposição em contrário prevista na ou protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária e
legislação da unidade destinatária. destinadas ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
Cláusula suspensa por determinava em que hipóteses não se aplicaria a ST, tema que seria de interesse de cada Estado. A
nova redação mantém os incisos I a V, vigentes desde o Convênio ICMS 81/93, deixando evidente (na nova redação) a
possibilidade de exceções (a critério dos Estados de destino) ao utilizar a expressão “Salvo disposição em contrário”.
➢ A LC dispõe que Programa “Nos Conformes” compreende diretrizes e ações para: (i) facilitar e
incentivar a autorregularização e a conformidade fiscal; (ii) reduzir os custos de conformidade
para os contribuintes; (iii) aperfeiçoar a comunicação entre os contribuintes e a Administração
Tributária; (iv) simplificar a legislação tributária e melhorar a qualidade da tributação
promovendo.
Segmentação dos Contribuintes do ICMS por Perfil de Risco
Artigo 5º - Para implementação do Programa “Nos Conformes”, com base nos princípios, diretrizes e
ações previstos nesta lei complementar, os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação - ICMS serão classificados de ofício, pela Secretaria da Fazenda, nas categorias “A+”, “A”,
“B”, “C”, “D”, “E” e “NC” (Não Classificado), sendo esta classificação competência privativa e indelegável
dos Agentes Fiscais de Rendas, com base nos seguintes critérios:
I - possuir débito de ICMS declarado e não pago, inscrito ou não em dívida ativa, relativamente a 6
(seis) períodos de apuração, consecutivos ou não, nos 12 (doze) meses anteriores;
II - possuir débitos de ICMS inscritos em dívida ativa, que totalizem valor superior a 40.000 (quarenta
mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs e correspondam a mais de 30% (trinta por
cento) de seu patrimônio líquido, ou a mais de 25% (vinte e cinco por cento) do valor total das
operações de saídas e prestações de serviços realizadas nos 12 (doze) meses anteriores.
Novo processo de importação
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1833, DE 25 DE SETEMBRO DE 2018: Art. 1º A mercadoria que ingressar no País,
importada a título definitivo ou não, ficará sujeita ao despacho aduaneiro de importação, salvo as exceções previstas nesta
Instrução Normativa ou em normas específicas. ...
§ 2º-A O despacho aduaneiro de importação referido no caput será processado com base na: I - Declaração de
Importação (DI) registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex); ou II - Declaração Única de Importação
(Duimp) registrada no Portal Único de Comércio Exterior.
➢ Em outubro do ano passado entrou em vigor a primeira entrega do Novo Processo de Importação (fase-piloto: apenas
empresas certificadas no programa Operador Econômico Autorizado – OEA, tipo C2, no modal marítimo com
recolhimento integral dos tributos, ou seja, aquelas que não utilizam benefícios fiscais ou licenças).
➢ Expectativa que todas as empresas importadoras deem início ao processo com o uso da DUIMP em 2019, mas ainda
sem data definida.
➢ As diversas alterações da DUIMP (Declaração Única de Importação) incluem uma completa reformulação sistêmica,
normativa e procedimental que visam tornar todos os órgãos governamentais envolvidos nas operações de importação
mais eficientes, integrados e harmonizados.
DUIMP - principais mudanças (Siscomex – relatório do novo processo de
importação)
➢ Mesma Licença de Importação para mais de uma embarque:
Na DUIMP, será possível embarcar em mais de uma embarque e descontando o saldo autorizado conforme for utilizado,
desde que sejam embarques regulares e com mercadorias de mesmas características
➢ Armazenagem de carga:
O controle das cargas será realizado pelo depositário no módulo CTT do Portal Único Siscomex.
Art. 11. Após a chegada da embarcação, o depositário deverá recepcionar em seu estoque a carga submetida a despacho
por meio de Duimp, no módulo de Controle de Carga e Trânsito (CCT) do Portal Siscomex.
Art. 8º Após o registro, a Duimp será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de conferência
aduaneira:
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a
verificação da mercadoria;
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o
desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da
verificação da mercadoria; e
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento
especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço
declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica.
DUIMP
➢ cabe à COANA dispor sobre o cronograma de implementação e estabelecer as operações e os procedimentos que
deverão ser observados no registro da Duimp.
➢ Chegada:
➢ Art. 11. Após a chegada da embarcação, o depositário deverá recepcionar em seu estoque a carga submetida a despacho
por meio de Duimp, no módulo de Controle de Carga e Trânsito (CCT) do Portal Siscomex.
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 4, DE 03 DE JANEIRO DE 2019
➢ ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
EMENTA: AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. VALOR DESCONTADO DO TRABALHADOR. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
INCIDÊNCIA.
O valor descontado do trabalhador referente ao auxílio-alimentação fez parte de sua remuneração e não pode ser
excluído da base de cálculo das contribuições previdenciárias, independentemente do tratamento dado à parcela
suportada pela empresa.
➢ “[...] Quando há coparticipação do empregado, a parcela por ele paga é descontada de seu salário, e portanto não pode
ser excluído da base de cálculo das contribuições previdenciárias. Por outro lado, a parcela que é arcada pela empresa
pode ou não ter natureza salarial, de acordo com a legislação de regência. O valor efetivamente suportado pela
empresa não é o total do auxílio-alimentação, mas este valor deduzido da parcela descontada do trabalhador”
➢ Os valores que são descontados da remuneração do empregado, a título de auxílio-alimentação, devem ser
incluídos no cálculo das contribuições previdenciárias. A afirmação foi feita pela Coordenação-Geral de
Tributação (Cosit) da Receita Federal, por meio da Solução de Consulta nº 4. A norma tem efeito vinculante para
os fiscais do país.
NOVO REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA (RIR) – Decreto n. 9.850/2018
NOVO REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA - RIR (Decreto n. 9.850/2018)
➢ CTN - Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e municipais expedirão, por
decreto, dentro de 90 (noventa) dias da entrada em vigor desta Lei, a consolidação, em
texto único, da legislação vigente, relativa a cada um dos tributos, repetindo-se esta
providência até o dia 31 de janeiro de cada ano.
NOVO REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA - RIR (Decreto n. 9.850/2018)
➢ NOVO RIR - resultado da revisão completa do texto do Decreto nº 3.000, de 1999, ao qual foram
incorporadas as alterações legais ocorridas até 31 de dezembro de 2016;
➢ NOVO RIR - compila dispositivos contidos em mais de quatrocentas leis e decretos-lei referentes ao
Imposto sobre a Renda, incluindo o Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, o Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica e Imposto de Renda Retido na Fonte, sendo o mais antigo datado do ano
de 1937.
➢ 1.050 artigos – 46 a mais do que sua última edição (Decreto n. 3.000/1999 - RIR/99).