Manual de Aulas Práticas Fundamentos de Quimica: Universidade Tecnológica Federal Do Paraná
Manual de Aulas Práticas Fundamentos de Quimica: Universidade Tecnológica Federal Do Paraná
Manual de Aulas Práticas Fundamentos de Quimica: Universidade Tecnológica Federal Do Paraná
LONDRINA – 2012
INSTRUÇÕES GERAIS PARA AS AULAS DE LABORATÓRIO
- O aluno deverá portar os seguintes materiais obrigatórios para freqüentar as aulas práticas: um
guarda-pó, o e o roteiro do experimento a ser executada no dia.
- A pontualidade será exigida em todas as aulas prática, sendo tolerado um atraso de ate 5
minutos; após este tempo o aluno não poderá entrar em sala de aula.
-Siga o roteiro do experimento, tomando todas as precauções para evitar acidentes, e tente
aproveitar o máximo para desenvolver sua técnica e habilidade.
-Ao final da aula, descarte em recipientes adequados os resíduos e lave toda a vidraria. Em geral
a vidraria pode ser lavado com detergente e uma escova apropriada. Enxague várias vezes com
água da torneira, e duas ou três vezes com água destilada; não é necessário enxugar.
-Confira todo o material a ser devolvido; lembre-se que este material será utilizada por alunos da
próxima aula do Laboratório de Química.
-No decorrer da aula deverão ser anotadas todas as observações e medidas realizadas.
- Os alunos deverão ao final de cada aula prática elaborar um relatório, o qual deverá ser
entregue na aula da semana seguinte. A nota máxima do relatório será igual 10,0 (se entregue na
data prevista).
-Caso o aluno falte em uma das aulas, a nota do relatório será zero. No entanto, se a falta for
justificada por um atestado médico, o aluno poderá fazer um trabalho para compensar a nota do
relatório.
- Não será permitido a inclusão do membro do grupo no relatório quando este faltar a aula.
RELATÓRIO
I. NORMAS DE SEGURANÇA
V. BIBLIOGRAFIA
TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P. DE; BANUTH, G.S. L.; BISPO, J. G. Química Básica
Experimental. São Paulo, Ícone Editora, 2010.
AULA PRÁTICA Nº 02
I. OBJETIVOS
Usar corretamente e ler: termômetros, balanças, provetas e pipetas
Utilizar algarismos significativos
Distinguir o significado de “precisão” e “exatidão”
II. INTRODUÇÃO
Quantificar e mensurar formas e conceitos é essencial em todas as ciências. Nas ciências
físicas e propriedades fundamentais mais utilizadas e medidas diretamente são: comprimento,
massa, tempo e temperatura. Outras propriedades da matéria como volume, densidade ou
velocidade são quocientes ou produtos destas propriedades fundamentais.
O sistema SI (Sistema Internacional de Unidades) é um sistema métrico no qual os
prefixos utilizados indicam frações e múltiplos de dez.
Os mais utilizados em química são:
Nome Símbolo Unidade
mega M 106 m
kilo k 103 m
deci d 10-1 m
centi c 10-2m
mili m 10-3 m
micro 10-6 m
nano n 10-9 m
angstron Å 10-10 m
pico p 10-12 m
vírgula é necessário fazer uma estimativa do último algarismo. Existe a certeza de que a
temperatura é maior que 25 oC e menor que 26 oC, mas o último algarismo é duvidoso. O valor da
temperatura medida com esse termômetro possui três algarismos significativos. E é incorreto
acrescentar um quarto algarismo, como sendo 25,63, pois se o 6 já é duvidoso, não faz sentido o
acréscimo do 3. Com um termômetro mais preciso, uma medida com maior número de
algarismos pode ser obtida. O termômetro da Figura 1B possui divisões de 0,1. Assim você
poderá obter o valor da temperatura com 4 algarismos significativos, 25,78 ou 25,79 sendo o
ultimo algarismo duvidoso.
Na leitura do volume de água em um aparato como uma proveta ou uma bureta, você notara que
a superfície da água não é plana e forma um fenômeno chamado menisco. Leia sempre o ponto
mais baixo do menisco. Os valores das medidas Figura 1 C são 20,46 e 14,60 mL. Observe que o
algarismo zero na medida 14,60 deve ser escrito.
Note também, que escrever as unidades é tão importante quanto anotar um número.
O melhor valor para representar uma medida é a média aritmética dos valores medidos, por
exemplo:
Todas as medidas possuem um determinado erro, e o erro de muitas vezes é limitado pelo
equipamento utilizado.
EXATIDÃO: Refere-se a tão próximo uma medida concorda com o valor correto (ou mais
correto).
PRECISÃO: Refere-se a tão próximo diversos valores de uma medida estão entre si (ou seja
menor desvio médio, maior precisão).
O ideal é que as medidas sejam exatas e precisas. Medidas podem ser precisas e não
serem exatas devido a algum erro sistemático que é incrementado a cada medida. A média de
várias determinações são geralmente consideradas o valor melhor para uma medida do que uma
única determinação.
MATERIAL
-Termômetro -Proveta de 25 mL
-Bastão de vidro, -Pipeta volumétrica de 20 mL
-Rolha de borracha -Balança
-Rolha de vidro -Sal de cozinha (cloreto de sódio),
-Béquer de 100 mL -Gelo,
-Cadinho de porcelana, -Conta-gotas,
PROCEDIMENTO
A- Medida de massa:
1- Três objetos, uma rolha de borracha, uma rolha de vidro e um cadinho de porcelana
encontram-se em sua bancada. Antes de pesá-los, pegue cada objeto e tente estimar o
mais pesado. Complete a tabela de dados.
2- Pese um béquer pequeno (100 mL). Adicione então 50 gotas de água destilada com um
conta gotas e pese o conjunto. Obs: O propósito deste procedimento é encontrar o número
aproximado de gotas em um mililitro, ou o volume de uma gota de água.
B- Medida de volume
1- Pese um béquer seco de 100 mL até duas casas decimais. Meça 20 mL de água com uma
proveta, coloque-a no béquer de 100 mL e pese-o novamente.
2- Repita este procedimento mais duas vezes e anote os pesos obtidos na folha de dados.
3- Seque o béquer de 100 mL previamente pesado e repita o procedimento anterior
utilizando uma pipeta volumétrica de 20 mL. Anote os pesos obtidos na folha de dados.
C- Medidas de temperatura:
1- Coloque cerca de 50 mL de água de torneira em um béquer de 100 mL e meça a
temperatura utilizando um termômetro.
a) Durante a leitura, mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, sem
tocar o vidro (Figura ao lado). Obtenha o valor da temperatura com o máximo de
algarismos significativos que for possível. Anote o valor na folha de dados.
2- a) Pese aproximadamente 5g de sal de cozinha, cloreto de sódio, (entre 4 e 6 g) e deixe-o
na sua bancada.
b) Em um Becker de 100 mL prepare uma mistura de gelo e água (4 pedras de gelo
e 20mL de água). Agite a mistura com o bastão de vidro, meça e anote a
temperatura.
c) A seguir adicione o sal, à mistura e agite. Espere 2 minutos e meça a temperatura
da mistura. Agite e faça várias leituras, anote a temperatura mínima observada.
Obs: Note que a água continua líquida a uma temperatura menor que zero grau.
Não esqueça de colocar o sinal negativo para temperaturas abaixo de zero.
MEDIDAS DE VOLUMES
I. OBJETIVOS
Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume em laboratório.
II. INTRODUÇÃO
-Balão Volumétrico
a) Trabalhar com o mesmo na posição vertical;
b) Fazer uso de um funil para colocar o líquido no balão, o que será feito em etapas, sendo que a
cada uma deve-se agitar (homogeneizar) a solução. Isto se consegue através de movimentos
circulares lentos com o balão; uma das mãos deverá segurar o gargalo e a outra, a parte inferior
do mesmo;
c) Colocar o balão sobre a bancada e acertar o menisco com o traço de aferição.
Após isto, colocar a tampa e fazer total homogeneização com movimentos lentos, no sentido de
rotação.
-Pipeta
A pipetagem de um líquido (ou de uma solução) deverá ser metódica e cuidadosa. Os passos
principais são:
a) Levar a pipeta com a mão até próximo do fundo do recipiente que contém o líquido (ou a
solução), tomando o cuidado de não bater a parte inferior da pipeta no fundo do mesmo;
b) Segurar a pipeta com o dedo indicador e o polegar;
c) Fazer a sucção com uma pêra na parte superior da pipeta até notar que o líquido subiu um
pouco acima do traço de aferição;
d) Tampar o orifício de sucção rapidamente com o dedo indicador, sendo que os outros deverão
estar segurando a pipeta;
e) Segurar o recipiente que contém o líquido (ou a solução) com a outra mão, de modo que a
parte inferior da pipeta toque a sua parede lateral e elevar a pipeta até que o traço de aferição
coincida com a altura dos olhos;
f) Diminuir levemente a pressão exercida pelo dedo indicador deixando escoar o líquido do
interior da mesma até se conseguir aferição. Enxugar a parte externa com papel;
g) Levar a pipeta até o recipiente de destino e deixar escoar através da parede lateral do mesmo;
h) Tocar, após escoamento total do líquido, a ponta da pipeta na parede lateral do recipiente para
que se escoe a última gota da mesma;
i) Usar uma pêra de borracha para pipetar líquidos tóxicos, voláteis ou corrosivos.
-Proveta
a) Utilizar na forma vertical e para aferição elevar o menisco até a altura dos olhos;
b) Para esvaziar o líquido, entorná-lo vagarosamente (pode-se usar um bastão de vidro para o
bom escoamento, evitando-se que haja respingos) e permanecer com a proveta na posição
inclinada até o completo escoamento.
-Bureta
É usada, na análise volumétrica, de acordo com as seguintes recomendações:
a) Fixar a bureta, limpa e vazia, num suporte na posição vertical;
b) Agitar o recipiente que contém o reagente antes de usá-lo, pois não é raro haver, na parte
superior do mesmo, gotas de água condensada;
c) Colocar um becker ou um erlenmeyer sob a torneira;
d) Lavar a bureta duas vezes com porções de cinco ml do reagente em questão, que são
adicionadas por meio de um funil; cada porção é deixada escoar
completamente antes da adição da seguinte;
e) Fechar a torneira e encher a bureta até um pouco acima do zero da escala e remover o funil;
f) Segurar a torneira com a mão esquerda e com o auxílio dos dedos polegar, médio e indicador
abrir a torneira para expulsar todo o ar contido entre a mesma e a extremidade inferior da bureta
e encher esta região. Encher a bureta novamente, se necessário, e acertar o menisco com o traço
de aferição que fica na parte superior da mesma.
Observação: a torneira de uma bureta deve ser levemente lubrificada para que possa ser
manipulada com mais facilidade. Serve para este fim uma mistura de partes iguais de vaselina e
cera de abelhas; misturas especiais são encontradas no comércio.
III. Material
- Becker de 250 ml com escala - Pipeta graduada de 5 ml
- Erlenmeyer de 250 ml com escala - Bureta de 50 ml
- Proveta de 100 ml com escala - Balão volumétrico de 50 ml
- Pipeta volumétrica de 25 ml - Funil comum
5. Encher uma bureta de água (acertando o menisco e verificando se não há ar em parte alguma
perto da torneira).
Transferir o volume para Erlemeyer.
Comparar a precisão das escalas.
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6. Encher novamente a bureta, acertar o menisco e escoar para o Erlemeyer, gota à gota,
marcando o tempo de escoamento dos primeiros 25 mL.
Aguardar 30 segundos e ler novamente na bureta o valor escoado.
Continuar o escoamento da água para o Erlemeyer, gota à gota até completar 50mL e ler
novamente na bureta o volume escoado.
1.1 .Pesar cada amostra e anotar a massa com precisão de 0,01g na Tabela 1.
1.2 Em uma proveta de 10,0 mL, adicionar água até aproximadamente a metade, para fazer o
item 1.3. Anotar cada volume com precisão de 0,1 mL.
1.3 Colocar, cuidadosamente, cada amostra metálica dentro da proveta previamente reparada
(como mostrado no item 1.2). Certificar-se de que não há bolhas aderidas ao metal. Ler e anotar
o novo volume (com precisão de 0,1mL). Assumindo que o metal não se dissolve e nem reage
com a água, à diferença entre os dois níveis de água na proveta, representa o volume da amostra.
Anotar o resultado na Tabela 1 fornecida a seguir.
1.4 Recuperar a amostra secá-la cuidadosamente e guardá-la no frasco apropriado. Repetir o
procedimento com todas as amostras.
1.5 De posse dos dados, efetue o cálculo da densidade de cada amostra, observando os
algarismos significativos que deverão ser considerados. Compare os valores experimentais com
os valores da literatura, listados na Tabela 2
1- RUSSEL, J.B. Química Geral, trad. Márcia Guekezian, et al., 20 Ed., São Paulo, Pearson
Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.Vol. 1 e 2.
2 - BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E. e BURSTEN, B.E. Química- A Ciência Central, trad.
Horácio Macedo, 9ª. Ed., São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005.
AULA PRÁTICA Nº 05
I. OBJETIVOS
-Determinar pontos de fusões usando o método gráfico da curva de resfriamento.
II. MATERIAIS
- Suporte universal -Garra de metal
-Tela de amianto -béquer de 150 mL
-Bico de bunsen -béquer de 150 mL
-Termômetro - Tubo de ensaio
-Cronômetro (relógio) -Naftaleno
-Argola de metal
III. PROCEDIMENTO
A. Curva de aquecimento
Obs: Não tente mexer o termômetro, pois poderá quebrá-lo, está preso ao naftaleno “Caso isso
aconteça, comunique ao professor, pois o mercúrio contido no termômetro é muito tóxico”.
B- Curva de resfriamento
1- Sem retirar o tubo com naftaleno de dentro do béquer com água, anote a
temperatura de resfriamento do naftaleno a cada 30 seg (0,5 min.) até atingir
600C. Com o termômetro agite com cuidado o naftaleno fundido, até ficar sólido.
2- Quando a temperatura chegar a 600C pare de anotá-la. A experiência terminou.
3- Desmonte o equipamento e limpe o seu local de trabalho. Verifique se não há
vazamento de gás.
Obs: Nesta experiência não são gerados resíduos químicos, sólidos ou líquidos,
apenas CO2 e H2O na queima do gás usado no aquecimento do naftaleno.
I. OBJETIVOS
Separação de 3 componentes de uma mistura contendo: Naftaleno (C 10H8), sal de cozinha (NaCl)
e areia (SiO2).
II. PROCEDIMENTOS
A separação será feita de acordo com o esquema da Figura 1 na seguinte seqüência de etapas:
B) – Dissolução do sal com água e evaporação da água para obtenção do NaCI (OBTENÇÃO
DO CLORETO DE SÓDIO).
(BÉQUER 1), e anotar o peso (1), na tabela fornecida a seguir. Obter do seu professor uma
amostra (mistura desconhecida), triturá-la bem em um almofariz e transferir aproximadamente 2
g da amostra para o béquer 1 previamente pesado. Anotar o peso do béquer com a amostra (2)
com precisão de 0,01 g. Calcular o peso exato da amostra (3) por subtração de (2) - (1).
2 - Colocar uma cápsula de porcelana, contendo gelo em seu interior, sobre o béquer que possui
a mistura, conforme Figura 2, cuidando para não cair água dentro do béquer.
Utilizar uma espátula para coletar o sólido sublimado, Naftaleno, depositado na cápsula de
porcelana, para um frasco especialmente designado para esse fim. Secar a cápsula de porcelana
e, se necessário, adicionar mais gelo; agitar o conteúdo do béquer com um bastão de vidro e
repetir o processo novamente para coletar mais sublimado.
4 - Deixar o béquer esfriar até a temperatura ambiente e pesá-lo com o restante do sólido (4).
Calcular o peso do naftaleno que sublimou (5) por subtração de (2) - (4). Coletar o naftaleno em
recipiente apropriado (OBTENÇÃO DO NAFTALENO).
ETAPA B - Dissolução do sal com água e evaporação da água para obtenção do NaCI.-
BÉQUER 2 - (OBTENÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO).
6 - Pesar um outro béquer de 150 mL limpo e seco com precisão de 0,01 g (BÉQUER 2) e
anotar o peso (6), na tabela fornecida a seguir
7 - Filtrar o conteúdo do béquer 1 utilizando funil comum com papel de filtro dobrado como
mostra a Figura 3, recolhendo o filtrado no béquer 2.
8 - Lavar o béquer 1 com 5-10 mL de água destilada, para que todo o sólido seja removido e
coletado no funil. Repetir o procedimento.
9 - Aquecer suavemente o béquer 2 com um bico de Bunsen. Controlar a chama para evitar
ebulição violenta. Conforme o volume diminuir, aparecerá NaCI (cloreto de sódio) sólido.
Depois de evaporar todo o líquido, esfriar o béquer à temperatura ambiente. Pesar o béquer 2
com sólido residual (7). Calcular o peso de NaCl recuperado (8) pela subtração de (7) - (6) -
(OBTENÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO).
Para filtrações rápidas, é utilizado um funil de haste curta e papel de filtro dobrado duas vezes
(Figura 3).
10 - Pesar um terceiro béquer de 150 mL limpo e seco com precisão de 0,01 g (BÉQUER 3) e
anotar o peso (9), na tabela fornecida a seguir; transferir a areia do papel de filtro para este
béquer e aquecê-lo com o bico de Bunsen, cuidadosamente para a areia secar. Esperar esfriar a
temperatura ambiente, pesar o béquer + areia (10) e calcular o peso da areia (11) pela subtração
de (10) - (9) - (OBTENÇÃO DA AREIA).
Exemplo:
Um estudante isolou os componentes de 1,132g de uma amostra desconhecida, obtendo:
0,170 g de naftaleno-------------------------- 15%
0,443 g de NaCI------------------------------- 39,1%
0,499 g de areia-------------------------------- 44,1%
1,112 g de sólido recuperado---------------- 98,2% (rendimento do processo)
III. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1- RUSSEL, J.B. Química Geral, trad. Márcia Guekezian, et al., 20 Ed., São Paulo,
Pearson Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.Vol. 1 e 2.
2 - BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E. e BURSTEN, B.E. Química- A Ciência Central,
trad. Horácio Macedo, 9ª. Ed., São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005.
AULA PRÁTICA Nº 07
I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais
substâncias. Ser homogênea, significa que as partículas das diferentes espécies apresentam
tamanho molecular com diâmetro inferior a 50Å e estão aleatóriamente distribuídas
(uniformidade). Concentração é a relação entre soluto e o solvente (ou a solução). Essas
relações podem ser expressas de diferentes maneiras:
- relação massa de soluto/massa total da solução em porcentagem m/m, conhecida por
msoluto
τ= ×100
TÍTULO (). (unidade, %): m solução
- relação massa do soluto/volume de solução em porcentagem m/v. (unidade, %):
m soluto
τ volume= ×100
V solução
III. MATERIAIS
-Hidróxido de sódio (P.A.); Ácido clorídrico concentrado (P.A.); ácido oxálico dihidratado
(P.A.); balança; 2x béquer de 100 mL; espátula; bastão de vidro; pipeta graduada de 2 ou 5
mL; pêra ou pipetador; pissete com água destilada; funil de vidro; balão volumétrico de 100
e 250 mL; frasco de polietileno (250 mL); frasco de vidro (250 mL); frasco de vidro (100
mL); e etiquetas
IV. PROCEDIMENTOS
A- Preparação de 250,0 mL de solução 0,10 mol /L NaOH
a- Calcular a massa de reagente necessária para preparar a solução, a partir das informações
disponíveis no rótulo do frasco de hidróxido de sódio.
b- Pesar a quantidade necessária de reagente em um béquer de 100 mL.
c- Adicionar ao béquer cerca de 50 mL de água destilada e com auxílio de um bastão de vidro
solubilizar o soluto. Esperar o estabelecimento do equilíbrio térmico com o ambiente.
d- Transferir a solução, com auxílio de um funil e um bastão de vidro, para um balão
volumétrico de 250 mL.
e- Lavar repetidas vezes, com água destilada, o béquer, o funil e o bastão de vidro, vertendo as
águas de lavagem (totalmente) para o balão volumétrico.
f- Adicionar água destilada ao balão volumétrico até que o menisco inferior do líquido
tangencie a marca de aferição do mesmo.
g- Tampar o balão, inverter o mesmo e agitar de modo a homogeneizar a solução.
h- Transferir a solução do balão para um frasco estoque de polietileno limpo e seco. Caso
necessário, antes rinse o frasco com pequenas quantidades da solução.
i- Rotular o frasco (nome da equipe, solução (concentração), data, turma e professor).
REAÇÕES QUÍMICAS
Equação geral:
Uma reação entre um ácido e uma base são aquelas em que os íons H+ e OH- se
combinam formando água e sal.
Equação geral: HCl(aq) + NaOH(aq) H2O(l) + NaCl(aq)
Equação geral
NiCO3 (s) + 2HNO3 (aq) Ni(NO3)2 (aq) + H2CO3(aq)
H2CO3(aq) CO2 (g) + H2O(l)
Exemplo:
Estes tipos de reações são em geral fáceis de serem reconhecidos: uma reação pode ter mais de
uma força motriz.
B- Classificação das reações quanto aos seguintes itens:
i) Liberação ou absorção de calor
As reações podem ser reversíveis, quando não se completam e podem ocorrer no sentido
inverso pela variação da concentração de reagentes e produtos, temperatura, etc. e irreversíveis,
quando ocorre completamente.
Tomar cerca de 14 tubos de ensaio, numerá-los, para efetuar cada uma das reações químicas
descritas a seguir. Observe todas as soluções dos reagentes desse experimento, contidas em
frascos conta-gotas colocadas sobre a bancada do laboratório. Leia com atenção o rótulo de cada
solução, antes de misturar os reagentes. Procure seguir as instruções abaixo anotando as
mudanças detalhadamente em seu caderno de laboratório. Para cada reação use 10 gotas de
solução, exceto quando houver outra especificação. Observe o que ocorre nas reações:
precipitação, mudança de coloração, desprendimento de gás, aquecimento, ou resfriamento do
tubo, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O processo de pesagem varia de acordo com o tipo de balança empregada, mas cuidados gerais
na técnica de determinação de massa são sempre os mesmos:
1. Conhecer previamente o modo de funcionamento do aparelho. Em caso de dúvida, consultar o
catálogo.
2. Verificar se a balança está nivelada observando através de um nível em forma de bolha. Para
nivelar a balança gira-se os pés localizados na parte frontal da mesma (depende da balança).
3. Retirar poeiras ou detritos do(s) prato(s) com pincel apropriado.
4. Verificar se as escalas da balança estão ajustadas, isto é, se as mesmas estão indicando zero
grama. Esta operação comumente é chamada zerar a balança
5. Nunca pesar substâncias corrosivas, voláteis ou higroscópicas em frascos abertos.
6. Nunca colocar material diretamente no prato. Devam ser utilizados recipientes adequados
(cadinho, becker, etc.) que devem estar limpos e secos.
7. O material a ser pesado deve estar a temperatura ambiente.
8. Pesar os objetos com as janelas laterais fechadas.
9. Não se deve pesar material cujo peso seja mais ou menos próximo da capacidade da balança.
10. Conserve a balança limpa. Se durante a operação partículas cair no prato, retirá-las
imediatamente.
11. A balança quando não está em uso deverá ser desligada.
2-Uso de pipetas
Consiste em um bastão de vidro estreito e oco que permite a medição ou transferência de volumes
precisos. Existem dois tipos de pipetas, as graduadas e as volumétricas.
As graduadas possuem escala e permitem a captação de volumes variados. Já as volumétricas possuem
um bulbo central e um aferidor acima do bulbo que permite a captação de um volume único
predeterminado sendo mais precisas que as graduadas.
Figura 2- pipetas graduadas e volumétricas
As pipetas graduadas possuem uma ou duas listras em suas extremidades superiores que permitem sua
divisão em parciais ou totais respectivamente. Nas pipetas parciais não se deve descartar a última gota
que fica na pipeta. Já nas pipetas totais a gota final deve ser descartada através de um sopro ou de
mecanismos do pipetador.
As graduações nas pipetas são variadas sendo apresentadas também na extremidade superior. O primeiro
número mostra o volume total da pipeta e os dois números seguintes referem-se à escala. Por exemplo: 5
in 1/10 significa que o volume total da pipeta é de 5mL e sua escala é de 0,1mL.
As pêras são de borracha e possuem três “bolinhas” que têm as letras “A”, “S” e “E”. A primeira serve
para retirar todo o ar da pêra antes desta ser acoplada à pipeta; a segunda serve para fazer o líquido subir e
a última para expulsar o líquido. Além disso, para expulsar a última gota, quando se está trabalhando com
pipetas totais, é só apertar o orifício na extremidade lateral da pêra (ao lado da “bolinha” E).