3° Relatório de Física II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICE


CURSO DE FÍSICA BACHARELADO - IE14
DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL II – IEF812
PROFESSOR Dra. IÇAMIRA COSTA NOGUEIRA

PÊNDULO SIMPLES

Aluno: Edson Darlan Matrícula: 21950129


Aluno: Luís Felipe Matrícula: 21951677
Aluno: Mauro Cardoso Matrícula: 21850650
Aluno: Marcelo de Oliveira Matrícula:21754111

Manaus - AM

01 / 10 / 2019
SUMÁRIO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 3


1.1. PÊNDULO SIMPLES.................................................................................... 3
2. OBJETIVO .............................................................................................................. 5
3. PARTE EXPERIMENTAL ....................................................................................... 5
3.1. MATERIAL NECESSÁRIO .......................................................................... 5
3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL........................................................... 5
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 7
5. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 8
6. REFERÊNCIAS....................................................................................................... 9
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1. Fundamentação Teórica

1.1. Pêndulo Simples

Um pêndulo simples é composto por uma partícula de massa 𝑚 e um fio


inextensível, de massa desprezível e comprimento L. Uma das extremidades do fio
é fixa e, na outra, encontra-se a partícula de massa 𝑚.
Figura 1: Pêndulo simples

Fonte:https://www.tecnolegis.com/provas/comentarios/109076

Identificando as forças que atuam no pêndulo simples e montando um


diagrama de forças, tem-se:

Figura 2:diagrama de forças

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-O-pendulo-simples

⃗ a tração e 𝑚𝑔 a força gravitacional e suas componentes.


Sendo o vetor 𝑇
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Sabendo que módulo do torque é o produto vetorial entre o vetor posição,


cujo módulo é L, e a força gravitacional, obtém-se que:
1) Γ = − Lmgsenθ
O sinal negativo foi introduzido devido a esse torque ser um torque
restaurador.
Igualando o toque à segunda lei de newton para rotações e isolando a
aceleração angular para obter o oscilador harmônico simples:
d2 θ −mgLsenθ
2) =
dt2 I

Em pequenas amplitudes de oscilações, isto é, quando o ângulo 𝜃 é menor


que 10 graus:
3) senθ = θ, com θ em radianos.
Então, da equação (2), tem-se que:
d2 θ −mgLθ
4) =
dt2 I

Por definição, sabe-se que a frequência angular ao quadrado é igual a


constante que multiplica a função negativa do oscilador harmônico simples, ou seja:
mgL
5) ω2 =
I

Substituindo o momento de inércia:


mgL g
6) ω2 = =
mL2 L

g
ω= √
L
A partir da equação do movimento circular uniforme, no qual relaciona
frequência angular e período:

7) T =
ω
L
8) T = 2π√
g
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2. Objetivo

➢ Determinar a função período em função do comprimento do fio e através desta


obter a aceleração da gravidade.

3. Parte Experimental
3.1. Material Necessário:

❖ 1 esfera 𝐷 ≅ 25,4𝑚𝑚 ❖ 1 haste redonda


❖ 1 barreira de luz com cronômetro digital ❖ 1 porta placa
❖ 1 haste quadrada de 1250𝑚𝑚 ❖ 1 fio de 1500𝑚𝑚
❖ 1 régua milimetrada de 1000𝑚𝑚 com 2 ❖ 1 transferidor
cursores ❖ 4 grampos duplo

3.2. Procedimento Experimental

Prendeu-se o fio no porta placa com o comprimento de 0,5 m até o centro da


esfera e foi anotado essa distância. Em seguida, foi obtido o período de oscilação
da esfera usando o terceiro comando do cronômetro digital. Esse procedimento foi
feito para os comprimentos de 0,6; 0,7; 0,8; 0,9 m. Sabendo-se que o tempo medido
pelo cronômetro é de meia oscilação, a tabela 1 mostra o período medido durante
o experimento vezes dois, que seria o tempo de uma oscilação.
Tabela 1: Período em função do comprimento do fio.
Comprimento (m) Período 1 Período 2 Período 3 Período médio
0,5 1,360 1,362 1,366 1,363
0,6 1,546 1,552 1,542 1,546
0,7 1,634 1,652 1,650 1,645
0,8 1,734 1,734 1,736 1,735
0,9 1,852 1,858 1,844 1,851

A partir da tabela 1, pode-se construir um gráfico período em função do


comprimento e obter o valor da aceleração da gravidade.

2
Período em função do comprimento
1,8
1,6 y = 1,9562x0,5003
1,4
PERÍODO (S)

1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
COMPRIMENTO (M)
Gráfico 1.
6

A partir do gráfico obteve-se a equação y = 1,9562x 0,5003. Comparando-o


l
com a equação teórica T = 2π√g = 2πg −0,5 l0,5 . Portanto, 2πg −0,5 = 1,9562.

g = 10,30 m/s 2 .
Sabendo-se que o valor da gravidade adotado foi de 9,8 m/s 2 , o erro será
de: Erro = valor medido − valor adotado. Erro = 10,30 m/s2 − 9,80 m/s2 .
Erro = 0,5 m/s2.
A tabela 2 mostra os valores do comprimento do fio e do período médio em
logaritmo.

Tabela 2: Período em função do comprimento do fio.


Comprimento do fio (m) Período (s)
-0,30103 0,134496
-0,22185 0,189209
-0,1549 0,216166
-0,09691 0,239299
-0,04576 0,267406

Período em função do Comprimento


0,3
y = 0,5003x + 0,2914
0,25
Período (s)

0,2
0,15
0,1
0,05
0
-0,35 -0,3 -0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0
Comprimento (m)

Gráfico 2.
l
Sabendo-se que T = 2π√g para linearizar essa equação far-se-á da seguinte
l
maneira: log T = log 2π√g . Usando propriedades dos logaritmos, temos:

log T = log √l + log .
√g

Pelo gráfico 2 temos que o coeficiente linear é: 0,2914. Sabendo disso


pode-se obter a aceleração da gravidade da seguinte maneira:
2π 2π 2π 2π 2
log = 0,2914 → = 100,2914 → √g = 100,2914 →g = (100,2914 ) . Portanto o
√ g √ g
valor da aceleração da gravidade é de:
g = 10,30 m/s2

Sabendo-se que o valor da gravidade adotado foi de 9,8 m/s 2 , o erro será
de: Erro = valor medido − valor adotado. Erro = 10,30 m/s2 − 9,80 m/s2 .
Erro = 0,5 m/s 2 .
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4. Resultados e Discussões

Questão 1: A variação angular no pêndulo simples influencia de maneira


direta nos resultados, pois quanto maior a variação, mais os resultados se
distanciam do valor real. Isto se deve ao fato de que quando adotamos senθ = θ,
só é válido para ângulos entre 0 e 10 graus.
Questão 2: a invenção do relógio de pêndulo é atribuída a Christiaan
Huygens em 1656, na cidade de Haia, Holanda. Para um relógio de pêndulo ser
preciso, precisa sempre estar funcionando e ter sua amplitude constante, como se
toda sua energia mecânica fosse conservada, todavia isto não ocorre devido a
forças dissipativas.
A solução para um pêndulo ser usado como relógio é ter algum
sistema que “restaure” a energia dissipada para que suas oscilações sejam o mais
constante possível.
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5. Conclusão

Concluiu-se que o experimento do pêndulo simples é um tipo de movimento


denominado de movimento harmônico simples (MHS) que é a projeção do
movimento circular uniforme (MCU). A partir do gráfico 1, período em função do
comprimento do fio, pôde-se obter uma equação para calcular o valor da aceleração
da gravidade que, coincidia com a equação esperada teoricamente, cujo valor foi
de 10,30 𝑚/𝑠 2 . Esse valor se comparado com o valor adotado de 9,8 𝑚/𝑠 2 ,
percebe-se uma diferença de 0,5 𝑚/𝑠 2 . Essa diferença se deu por alguns erros
acidentais que são comuns durante a realização do experimento como: leitura da
régua, manuseio da haste, posição da esfera.
Portanto, a partir do período em função comprimento, pode-se afirmar que o
período de oscilação não depende da amplitude da qual a esfera é solta e nem da
massa dela, o período oscilatório depende apenas do comprimento do fio.
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6. Referências

Física II: Termodinâmica e Ondas / Young e Freedman; [colaborador A.


Lewis Ford]; tradução Cláudia Santana Martins; revisão técnica Adir Moysés Luiz.
– 12. ed. – São Paulo: Addison Wesley, 2008.

Halliday, David, 1916-2010


Fundamentos de física, volume 2: gravitação, ondas e termodinâmica / David
Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker; tradução Ronaldo
Sérgio de Biasi. – 10. ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2016.

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