Trabalho de Colera
Trabalho de Colera
Trabalho de Colera
Cólicas abdominais;
Náuseas e vômitos;
Dores no corpo;
Rápida desidratação.
A desidratação fará com que o doente sinta sede, apresente cãibras, pele ressecada, entre outros
sintomas. Como o doente perde cerca de 2 litros de líquido por hora, ele poderá apresentar diversas
complicações, como uma insuficiência renal e ir a óbito em poucas horas, se não tratado
adequadamente.
→ Tratamento
Assim que aparecerem os sintomas, deve-se procurar um médico para uma melhor avaliação e
iniciar a reidratação e tratamento com antibióticos.
→ Profilaxia
A principal forma de prevenir e erradicar a cólera é manter boas medidas de
higiene e saneamento básico:
Ingerir apenas água tratada, filtrada ou fervida;
Lavar com produtos à base de cloro os alimentos que serão ingeridos crus, como frutas, verduras e
legumes;
Lavar bem as mãos antes de preparar e ingerir alimentos;
Tratamento adequado de dejetos, entre outros.
Existe também uma vacina, no entanto, seu efeito dura poucos meses e apresenta baixa eficácia na
imunização.
Por Helivania Sardinha dos Santos
Das três províncias afetadas pela cólera, Nampula, Niassa e Tete, a situação em Tete é a
mais preocupante: maior número de casos (1.826 do total de 3.500), maior número de
mortes (24 de um total de 37), e progressão mais rápida do número de casos. Um fator
agravante é que Tete, ao contrário de outras províncias, não vivenciava um surto de
cólera desde 2009, o que significa que uma grande quantidade de pessoas não tem
resistência natural à bactéria e, por isso, o risco de ficarem doentes é maior.
No entanto, não estamos nem perto da escala do surto de 2008, que matou mais de 4
mil pessoas na região. Medidas concretas devem ser implementadas rapidamente para
minimizar o risco de propagação, sendo a primeira delas a estruturação de um sistema
de monitoramento com bom funcionamento que avalie onde e como a doença está se
espalhando.
A maioria dos casos de cólera são tratados com sucesso por meio da reidratação do
paciente, via oral para a maioria dos casos e por perfusão intravenosa para os mais
graves.
As medidas preventivas são tão importantes quanto o tratamento, já que elas têm
impacto direto na duração e na gravidade da epidemia. Normalmente, um surto de
cólera dura de um a três meses. A doença é transmitida por meio da água contaminada,
motivo pelo qual as comunidades mais afetadas são, geralmente, as de pessoas mais
vulneráveis, com acesso precário a saneamento. Com saneamento adequado, uma
epidemia de cólera não é muito provável. Mas em Moçambique, apenas 84% da
população urbana e 37% da população rural têm acesso a melhores fontes de água.
Atualmente, em Tete, os focos da doença são as favelas localizadas ao longo do rio. Mas
na medida em que foram construídas em terreno rochoso, é muito difícil construir
latrinas, um processo fundamental, já que a bactéria se espalha por fezes contaminadas.
MSF está apoiando as equipes do Ministério da Saúde na sensibilização sobre a cólera e
as formas de evitá-la, na busca ativa por casos nas comunidades e na desinfecção com
cloro e cloração da água utilizando balde próximo aos pontos de suprimento.