Manual de Apoio de Nutricao e Dietética em Enfermagem
Manual de Apoio de Nutricao e Dietética em Enfermagem
Manual de Apoio de Nutricao e Dietética em Enfermagem
FICHA TÉCNICA
Elaboração:
Olívio José Caiumba Leonardo, Licenciado em Ciências de Enfermagem pelo
Instituto Superior de Enfermagem (ISE) da UAN, Pós-Graduado em Gestão
Integrada da Cadeia de Abastecimento na Saúde pela ENSP, mestrando em Docência
do Ensino Superior pela , Professor do ITSN e Coordenador da Curso de
Enfermagem do ITSN.
Colaboração
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Apoio Metodológico:
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Índice
Unidade 1: Introdução/ Apresentação da disciplina..............................................................4
1.1 Breve considerações sobre a história da nutrição.........................................................................4
1.2 Conceitos de nutrição/ alimentação/Alimento/ nutriente........................................................5
1. 3 Tipos de alimentos...........................................................................................................................5
1.4 Importância da alimentação............................................................................................................6
1.5. Hábitos alimentares. Tabus alimentares.......................................................................................7
1.6 Factores que influenciam nos hábitos alimentares.....................................................................10
Unidade 2: Pirâmide Alimentar...............................................................................................12
2.1 Conceito............................................................................................................................................12
2.2. Grupos alimentares e respectivas funções..................................................................................13
2.3 Frequência de refeições por dia.....................................................................................................14
Unidade 3: Dieta e dietoterapia...............................................................................................15
3.1. Coneito.............................................................................................................................................15
Unidade IV: Regras gerais de alimentação............................................................................18
4.1 Normas importância e controlo de alimentos.............................................................................19
4.1.1 Normas importancia e controlo de alimentos: conservação..............................................22
4.1.2 Normas importancia e controlo de alimentos: tipos de conservação: técnica de
congelamento.........................................................................................................................................24
4.2 Cuidado com alimentação/utensílios utilizados.......................................................................26
4.3 Importância da preparação da alimentação com recursos locais.............................................27
4.4 Hábitos alimentares existentes......................................................................................................27
Unidade V- Necessidades nutricionais do adulto/idoso....................................................29
5.1 Necessidade nutricional do Adulto e idoso activo.....................................................................30
5.1.1 Necessidade nutricional do Adulto e idoso inactivo..........................................................31
5.3 Condutas nutricionais....................................................................................................................32
5.3.1 Regulação dietética..................................................................................................................33
5.4 Educação para a saúde ao adulto, idoso e família......................................................................34
Unidade VI: Doenças nutricionais..........................................................................................37
6.1 Conceito............................................................................................................................................37
6.2 Tipos de doenças.............................................................................................................................37
6.2 Tratamento.......................................................................................................................................38
6.3 Cuidados de enfermagem para pacientes e suas famílias.........................................................40
6.4 Educação para a saúde...................................................................................................................42
Undade VII- Cultura de subsistência.....................................................................................45
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DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA – MANUAL DO ESTUDANTE
Conclusão.....................................................................................................................................47
Bibliografia Consultada:...........................................................................................................48
Introdução
Bem-vindo(a) a este livro sobre alimentação e nutrição! Sabemos que a alimentação é um
tema essencial para a nossa saúde e bem-estar. No entanto, com tanta informação
disponível, muitas vezes pode ser difícil entender o que realmente importa. É por isso
que criamos este guia completo e prático para ajudá-lo(a) a entender os principais
conceitos e hábitos alimentares, de forma clara e objetiva.
Desde a importância dos nutrientes até os hábitos alimentares adequados, este livro
oferece uma visão abrangente e atualizada sobre o tema. Abordaremos também os
fatores que influenciam nossas escolhas alimentares e como podemos adotar práticas
saudáveis e equilibradas no nosso dia a dia.
Com base em evidências científicas, apresentamos dicas e orientações valiosas para
ajudá-lo(a) a fazer escolhas alimentares mais conscientes e saborosas, sem abrir mão do
prazer de comer bem. Esperamos que este livro seja uma fonte de inspiração para uma
alimentação mais saudável e prazerosa em sua vida. Boa leitura!
Atualmente, a nutrição é vista como uma área essencial para a promoção da saúde e
prevenção de doenças, e a pesquisa científica em nutrição continua avançando, trazendo
novas descobertas e insights sobre a importância de uma alimentação saudável e
equilibrada.
1. 3 Tipos de alimentos
Existem vários tipos de alimentos que fornecem nutrientes essenciais para o nosso
corpo. Conhecer esses tipos de alimentos pode nos ajudar a planejar uma dieta
equilibrada e saudável. Aqui estão alguns exemplos:
1. Carboidratos: São os alimentos que fornecem energia ao corpo, como arroz, pão,
massas, cereais, batatas, milho, entre outros. É importante escolher opções integrais, pois
elas são mais ricas em fibras e nutrientes.
2. Proteínas: São os alimentos que fornecem aminoácidos para a construção e reparação
de tecidos, como carnes, peixes, aves, ovos, leite, queijos, feijões, lentilhas, entre outros.
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É importante escolher opções magras, como peixes e aves sem pele, para evitar o excesso
de gordura e colesterol.
3. Gorduras: São os alimentos que fornecem energia e ajudam na absorção de vitaminas
lipossolúveis, como óleos vegetais, manteiga, margarina, nozes, sementes, abacate, entre
outros. É importante escolher opções saudáveis, como óleos vegetais não hidrogenados,
nozes e sementes, que são ricos em ácidos graxos insaturados.
4. Frutas e vegetais: São os alimentos que fornecem vitaminas, minerais e fibras, como
maçãs, laranjas, bananas, uvas, tomates, cenouras, brócolis, espinafre, entre outros. É
importante escolher uma variedade de cores e tipos para garantir uma ingestão
adequada de nutrientes.
5. Laticínios: São os alimentos que fornecem cálcio e outros nutrientes, como leite,
queijo, iogurte, entre outros. É importante escolher opções com baixo teor de gordura e
sem adição de açúcar.
6. Bebidas: São os líquidos que fornecem hidratação, como água, chás, sucos naturais,
leite, entre outros. É importante evitar bebidas com alto teor de açúcar, como
refrigerantes e sucos industrializados.
É importante lembrar que cada pessoa tem necessidades nutricionais específicas, por
isso é importante buscar orientação de um profissional de saúde antes de fazer grandes
mudanças na alimentação. Além disso, é importante escolher opções frescas e
minimamente processadas sempre que possível, para obter o máximo de nutrientes e
benefícios para a saúde.
É importante lembrar que mudar hábitos alimentares não acontece da noite para o dia e
pode ser um processo desafiador. No entanto, com pequenas mudanças graduais, é
possível adotar hábitos mais saudáveis e melhorar a saúde a longo prazo.
Tabus alimentares
Tabus alimentares são restrições culturais que impõem limitações na escolha e no
consumo de determinados alimentos. Essas restrições podem ser baseadas em motivos
religiosos, sociais, históricos ou mesmo pessoais.
Tambem podemos dizer que Hábitos alimentares são os comportamentos e escolhas
relacionados à alimentação que uma pessoa adota em sua vida diária. Esses hábitos
podem ser influenciados por diversos factores, como cultura, tradições familiares,
disponibilidade de alimentos, preferências pessoais e educação alimentar.
Os tabus alimentares variam amplamente de uma cultura para outra. Por exemplo, em
algumas culturas, é considerado tabu consumir carne de porco, enquanto em outras, é
um alimento muito valorizado. Na Índia, por exemplo, a vaca é considerada sagrada e
não pode ser consumida, enquanto em outras culturas, o consumo de carne bovina é
comum.
Além de motivos religiosos e culturais, os tabus alimentares podem ser baseados em
crenças pessoais sobre saúde e nutrição. Algumas pessoas escolhem evitar determinados
alimentos por acreditar que eles são prejudiciais à saúde, mesmo que não haja
evidências científicas para apoiar essa crença.
Os tabus alimentares podem ser um desafio para profissionais de saúde e nutricionistas,
que precisam ajudar seus pacientes a alcançar uma dieta saudável e equilibrada dentro
das restrições impostas por suas crenças culturais e pessoais. É importante respeitar e
entender a cultura alimentar de cada indivíduo, oferecendo orientações e sugestões
adequadas para uma alimentação saudável e equilibrada.
Por outro lado, os hábitos alimentares não saudáveis incluem o consumo excessivo de
alimentos calóricos, processados e ricos em açúcar, gorduras saturadas e sal, além de
pular refeições ou comer em excesso. Esses hábitos podem levar ao desenvolvimento de
doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares.
Para mudar hábitos alimentares não saudáveis, é importante fazer mudanças graduais e
duradouras, e não tentar mudar tudo de uma só vez. É possível começar por escolhas
simples, como substituir refrigerantes por água ou sucos naturais, adicionar mais frutas
e legumes à alimentação e evitar frituras e alimentos processados. É importante também
ter apoio e incentivo da família e amigos para manter os novos hábitos alimentares a
longo prazo.
2. Dieta hipercalórica: é uma dieta com alto teor calórico, utilizada para ganho de peso
ou para indivíduos com alto gasto energético.
3. Dieta hiperproteica: é uma dieta com alto teor de proteína, utilizada para aumento da
massa muscular e para atletas.
4. Dieta hipoglicídica: é uma dieta com baixo teor de carboidratos, utilizada para
controle de diabetes e para perda de peso.
5. Dieta hipolipídica: é uma dieta com baixo teor de gordura, utilizada para controle do
colesterol e para prevenção de doenças cardiovasculares.
6. Dieta sem glúten: é uma dieta sem a proteína do glúten, utilizada para indivíduos
com intolerância ao glúten ou doença celíaca.
7. Dieta sem lactose: exclui produtos lácteos que contenham lactose, um açúcar
encontrado no leite e outros produtos lácteos. É necessário para pessoas com
intolerância à lactose.
8. Dieta vegetariana: A dieta vegetariana é benéfica para a saúde, pois promove o
consumo de alimentos nutritivos, como frutas, legumes, grãos integrais e nozes, além de
reduzir a ingestão de gordura saturada e colesterol encontrados em produtos de origem
animal. No entanto, a ingestão adequada de nutrientes como ferro, cálcio e vitamina B12
pode ser um desafio para alguns vegetarianos.
9. Dieta vegana: A dieta vegana, exclui todos os produtos de origem animal da dieta,
incluindo carne, laticínios, ovos e mel. Quando bem planejada, pode fornecer todos os
nutrientes necessários para uma boa saúde, incluindo proteínas, ferro, cálcio e vitamina
B12, encontrados em fontes não animais, como legumes, grãos integrais, frutas, nozes e
sementes. No entanto, pode ser difícil obter quantidades suficientes de alguns nutrientes
e, portanto, é importante garantir uma dieta equilibrada e variada.
10. Dieta enteral: é uma dieta líquida administrada por sonda nasogástrica ou
gastrostomia, utilizada para indivíduos que não conseguem se alimentar pela boca.
É importante destacar que essas dietas devem ser prescritas por um profissional
nutricionista, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.
11. Dieta Mediterrânea: baseada nos hábitos alimentares de países como Grécia e Itália,
essa dieta é rica em alimentos que fornecem nutrientes importantes, como antioxidantes,
fibras e gorduras saudáveis, e tem sido associada a uma redução do risco de doenças
crônicas, como doenças cardíacas e câncer. O consumo de carne vermelha e açúcar
refinado é limitado, enquanto frutas, legumes, grãos integrais, nozes e sementes são
encorajados.
12. Dieta cetogênica: Essa dieta é rica em gordura e limita o consumo de carboidratos
para induzir o estado de cetose, em que o corpo usa a gordura como fonte de energia em
vez de carboidratos. É útil para perda de peso, para tratar doenças como epilepsia e
pode ajudar a melhorar a saúde metabólica em pessoas com diabetes. No entanto, pode
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ser difícil manter a dieta a longo prazo e pode causar efeitos colaterais, como fadiga e
constipação.
13. Dieta com baixo teor de carboidratos: Essa dieta é semelhante à dieta cetogênica,
mas permite um consumo moderado de carboidratos. É uma opção para pessoas que
buscam perda de peso ou controle glicêmico em pessoas com diabetes. A ingestão
adequada de nutrientes, como vitaminas e minerais, pode ser um desafio com essa dieta.
14. Dieta com baixo teor de gordura: Essa dieta limita a ingestão de gordura para
melhorar a saúde cardiovascular e reduzir o colesterol. Pode ser útil para pessoas com
doenças cardíacas ou colesterol alto. No entanto, é importante garantir que a ingestão de
nutrientes, como proteínas, não seja comprometida pela redução da ingestão de
gordura.
15. Dieta flexível ou "contagem de macros": Essa dieta é baseada na ingestão diária de
um determinado número de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras),
permitindo uma maior flexibilidade na escolha dos alimentos. Pode ser uma opção para
pessoas que desejam controlar a ingestão calórica e se adaptar às preferências
alimentares individuais.
16. Dieta de jejum intermitente: envolve ciclos de restrição calórica alternados com
períodos de alimentação normal. Pode ser útil para perda de peso e melhora da saúde
metabólica.
É importante lembrar que qualquer dieta deve ser individualizada e prescrita por um
profissional de saúde capacitado para atender às necessidades e objectivos específicos
de cada pessoa.
embalagens devem ser hermeticamente fechadas para evitar a entrada de ar, umidade e
contaminação.
Controle de umidade: o controle da umidade é importante para evitar a proliferação de
microorganismos e a deterioração dos alimentos. Alimentos secos, como cereais e grãos,
devem ser armazenados em locais secos e arejados, enquanto alimentos úmidos, como
verduras e frutas frescas, devem ser armazenados em locais com alta umidade relativa.
Rotatividade de estoque: a rotatividade de estoque é uma medida importante para
garantir a conservação dos alimentos. Os alimentos mais antigos devem ser consumidos
primeiro, para evitar a deterioração e o desperdício de alimentos. Além disso, os
alimentos devem ser armazenados em prateleiras e locais adequados para evitar a
contaminação cruzada.
Limpeza e higiene: a limpeza e higiene dos locais de armazenamento dos alimentos é
essencial para evitar a proliferação de bactérias e outros microorganismos. Os locais de
armazenamento devem ser limpos regularmente, com produtos adequados para cada
tipo de superfície. Além disso, as mãos dos manipuladores de alimentos devem ser
lavadas frequentemente para evitar a contaminação dos alimentos.
Inspeção e monitoramento: a inspeção e monitoramento dos alimentos é uma medida
importante para garantir a qualidade e segurança dos alimentos. Os alimentos devem
passar por testes e análises laboratoriais para verificar a presença de contaminação e
outros problemas de qualidade. Além disso, os locais de armazenamento dos alimentos
devem ser monitorados regularmente para detectar possíveis problemas de
temperatura, umidade e outras condições que possam afetar a conservação dos
alimentos.
Em resumo, as normas importantes e o controle de alimentos na conservação incluem a
temperatura de armazenamento, a embalagem adequada, o controle de umidade, a
rotatividade de estoque, a limpeza e higiene, e a inspeção e monitoramento. Todas essas
medidas são essenciais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos que
consumimos.
Normas importancia e controlo de alimentos: tipos de conservação
Existem diversos tipos de conservação de alimentos que podem ser utilizados para
prolongar a sua vida útil e garantir a sua qualidade e segurança. A seguir, listamos
alguns dos principais métodos de conservação:
Conservação por refrigeração: a refrigeração é um método de conservação muito
comum, que consiste em armazenar os alimentos em temperaturas abaixo de 5°C. Esse
método é adequado para alimentos perecíveis, como carnes, laticínios, frutas e verduras
frescas. A refrigeração impede o crescimento de micro-organismos e retarda a
deterioração dos alimentos.
Conservação por congelamento: o congelamento é outro método de conservação que
consiste em armazenar os alimentos em temperaturas abaixo de -18°C. Esse método é
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adequado para uma grande variedade de alimentos, incluindo carnes, aves, peixes,
frutas, verduras, pães e massas. O congelamento impede o crescimento de micro-
organismos e preserva as características nutricionais e organolépticas dos alimentos.
Conservação por desidratação: a desidratação é um método de conservação que
consiste em retirar a água dos alimentos, reduzindo a sua atividade de água e
impedindo a proliferação de micro-organismos. Esse método é adequado para frutas,
verduras, carnes, peixes e outros alimentos. A desidratação pode ser realizada através
do sol, do ar quente, do forno ou do liofilizador.
Conservação por pasteurização: a pasteurização é um método de conservação que
consiste em aquecer o alimento a uma temperatura elevada por um curto período de
tempo, seguido de resfriamento rápido. Esse método é adequado para alimentos
líquidos, como leite, sucos e sopas. A pasteurização mata a maioria dos micro-
organismos presentes no alimento e aumenta a sua vida útil.
Conservação por esterilização: a esterilização é um método de conservação que consiste
em aquecer o alimento a uma temperatura muito alta por um longo período de tempo,
matando todos os micro-organismos presentes no alimento. Esse método é adequado
para alimentos enlatados e pré-cozidos. A esterilização garante a segurança do alimento
por um longo período de tempo.
Conservação por atmosfera modificada: a conservação por atmosfera modificada
consiste em alterar a composição do ar em torno do alimento, reduzindo a quantidade
de oxigênio e aumentando a quantidade de dióxido de carbono ou outros gases inertes.
Esse método é adequado para frutas, verduras, carnes, peixes e outros alimentos. A
atmosfera modificada impede o crescimento de micro-organismos e retarda a
deterioração dos alimentos.
Em resumo, existem diversos métodos de conservação de alimentos, cada um adequado
para um tipo específico de alimento. É importante seguir as normas e medidas de
controle adequadas para cada método de conservação a fim de garantir a qualidade e
segurança dos alimentos.
Congelamento lento: essa técnica é mais suave e utiliza temperaturas mais altas que o
congelamento rápido. É adequado para alimentos que não precisam ser descongelados
rapidamente, como pães, massas e outros alimentos pré-cozidos.
Congelamento em túnel: é um método de congelamento rápido que utiliza um sistema
de ar forçado para congelar os alimentos de forma homogênea. É utilizado para
alimentos como carnes, frutas e verduras.
Congelamento criogênico: essa técnica utiliza nitrogênio líquido ou dióxido de carbono
para congelar os alimentos rapidamente em temperaturas muito baixas. É utilizado em
produtos como sorvetes e sobremesas.
Congelamento em placas: consiste em colocar o alimento em uma placa de metal fria
para congelar rapidamente em uma fina camada, facilitando o processo de
descongelamento. É adequado para alimentos como peixes, frutos do mar e carnes.
Independentemente do método de congelamento escolhido, é importante seguir as
normas e medidas de controle adequadas, como manter os alimentos em temperaturas
abaixo de -18°C, rotular corretamente os produtos e garantir que os alimentos sejam
descongelados corretamente antes do consumo. O congelamento é uma técnica eficaz de
conservação de alimentos, mas é importante lembrar que alguns alimentos podem
perder qualidade sensorial e nutricional após o descongelamento.
12. Gerenciamento de doenças crônicas: muitos adultos e idosos têm doenças crônicas,
como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outras. A educação para a saúde deve
incluir informações sobre como gerenciar essas condições por meio da alimentação
saudável e da atividade física.
13. Compreender as necessidades nutricionais: é importante que os adultos e idosos
compreendam as suas necessidades nutricionais para manter uma dieta equilibrada e
saudável. É fundamental que sejam informados sobre os grupos de alimentos e a
quantidade recomendada para cada um deles, para garantir o aporte adequado de
nutrientes.
Em resumo, a educação para a saúde ao adulto, idoso e família é fundamental para
promover um estilo de vida saudável. Ao educar as pessoas sobre nutrição, atividade
física, prevenção de doenças e controle de peso, é possível ajudá-las a viver uma vida
mais saudável e feliz.
6.2 Tratamento
O tratamento para doenças nutricionais depende da causa subjacente e da gravidade da
condição. Aqui estão algumas orientações gerais para o tratamento de algumas das
doenças nutricionais mais comuns:
1. Anemia por deficiência de ferro: o tratamento inclui aumentar a ingestão de
alimentos ricos em ferro, como carne vermelha, aves, peixes, vegetais de folhas verdes
escuras, nozes e sementes, e frutas secas. Suplementos de ferro também podem ser
prescritos pelo médico.
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com alto teor de gordura e açúcar. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de
suplementos alimentares ou a alimentação por sonda.
5. Hipertensão: O tratamento da hipertensão envolve a adoção de um plano alimentar
saudável e a redução do consumo de sódio. É importante optar por alimentos frescos e
minimamente processados, reduzir o consumo de sal e temperos salgados, evitar
alimentos processados e embutidos e optar por alimentos ricos em potássio, como
frutas, legumes e grãos integrais. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de
medicação prescrita pelo médico.
É importante lembrar que o tratamento das doenças nutricionais deve ser
individualizado e orientado por um profissional de saúde qualificado. O
acompanhamento regular com um nutricionista é fundamental para o sucesso do
tratamento.
2. Desnutrição:
- Avaliar o estado nutricional do paciente, incluindo medidas antropométricas, análises
laboratoriais e histórico alimentar;
- Estabelecer um plano nutricional individualizado, levando em consideração as
necessidades nutricionais do paciente e a capacidade de ingestão alimentar;
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3. Anemia:
- Avaliar regularmente o nível de hemoglobina do paciente;
- Administrar suplementos de ferro e ácido fólico conforme prescrição médica;
- Orientar sobre a importância de alimentos ricos em ferro na dieta;
- Incentivar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, que ajudam na absorção do
ferro;
- Monitorar a resposta do paciente ao tratamento e ajustar a terapia conforme necessário.
- Avaliar o estado nutricional do paciente, incluindo a presença de sintomas de anemia,
histórico alimentar e análises laboratoriais;
- Estabelecer um plano alimentar rico em alimentos fontes de ferro, como carnes
vermelhas, aves, peixes, leguminosas, frutas secas e vegetais.
4. Diabetes:
- Monitorar diariamente os níveis de glicemia e ajustar o plano alimentar e medicação de
acordo com os resultados;
- Estabelecer um plano alimentar individualizado, considerando as preferências e
necessidades nutricionais do paciente;
- Orientar sobre a importância da distribuição adequada de macronutrientes na dieta,
incluindo carboidratos, proteínas e gorduras;
- Estimular a ingestão de alimentos com menor índice glicêmico e maior teor de fibras,
como frutas, verduras e grãos integrais;
5. Hipertensão:
- Monitorar regularmente a pressão arterial do paciente;
- Incentivar a redução do consumo de sódio e alimentos ricos em gordura;
- Encorajar o consumo de alimentos ricos em potássio, como frutas e verduras;
- Incentivar a prática regular de exercícios físicos;
- Orientar sobre a importância de aderir à medicação prescrita pelo médico.
Estes são apenas alguns exemplos de cuidados de enfermagem para pacientes e suas
famílias em relação a doenças nutricionais. É importante lembrar que cada paciente é
único e pode ter necessidades específicas de cuidados. É fundamental trabalhar em
equipe com o médico, nutricionista e outros profissionais de saúde para oferecer o
melhor tratamento e cuidado possível.
- Evitar o consumo excessivo de chá e café, pois eles podem interferir na absorção de
ferro pelo organismo.
- Caso a anemia seja causada por deficiência de vitamina B12, é necessário incluir
alimentos ricos nesta vitamina na dieta ou, em alguns casos, suplementação com B12.
2. Desnutrição:
- Incluir alimentos de todos os grupos alimentares na dieta, como proteínas,
carboidratos, gorduras, frutas e vegetais.
- Consumir alimentos ricos em proteínas, como carnes, peixes, ovos, leite e seus
derivados, legumes e feijões.
- Consumir alimentos ricos em gorduras saudáveis, como abacate, castanhas, azeite e
peixes de água fria (salmão, sardinha, atum).
- Evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, gorduras trans e saturadas.
- Em casos de desnutrição grave, pode ser necessário o uso de suplementos nutricionais
sob prescrição médica.
3. Diabetes:
- Controlar a ingestão de carboidratos, principalmente os de alto índice glicêmico, como
açúcar refinado, doces, refrigerantes e alimentos com farinha branca.
- Optar por carboidratos complexos, como frutas, vegetais, grãos integrais e legumes.
- Controlar o consumo de gorduras, principalmente as saturadas e trans.
- Incluir alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e
sementes.
- Evitar o consumo de álcool ou, se consumir, fazê-lo de forma moderada e sempre com
acompanhamento médico.
4. Obesidade:
- Controlar a ingestão de calorias, reduzindo o consumo de alimentos ricos em açúcar,
gorduras saturadas e trans.
- Optar por alimentos ricos em fibras, que ajudam a proporcionar saciedade, como
frutas, verduras, legumes, grãos integrais e sementes.
- Praticar atividade física regularmente.
- Controlar o consumo de álcool ou, se consumir, fazê-lo de forma moderada e sempre
com acompanhamento médico.
5. Doença renal:
- Controlar a ingestão de sódio, evitando alimentos industrializados, enlatados e
embutidos.
Conclusão
Ao longo deste livro, discutimos diversos tópicos relacionados à alimentação e nutrição,
desde a história da nutrição até a importância dos hábitos alimentares e dos grupos
alimentares. Esperamos ter fornecido informações valiosas e práticas para que você
possa aplicar em sua vida diária.
Aprendemos que a nutrição adequada é essencial para manter uma boa saúde física e
mental, e que uma alimentação equilibrada e variada é a chave para alcançar esse
objetivo. É importante entender os diferentes grupos alimentares e as funções que
desempenham em nosso corpo para garantir que estejamos consumindo os nutrientes
necessários para nossa saúde.
Além disso, discutimos a influência de fatores externos em nossos hábitos alimentares,
como cultura, hábitos sociais e econômicos, e como podemos trabalhar para desenvolver
hábitos alimentares saudáveis.
Em resumo, a alimentação é uma parte fundamental de nossas vidas, e a nutrição
adequada é fundamental para garantir uma boa saúde e qualidade de vida. Esperamos
que as informações fornecidas neste livro o ajudem a fazer escolhas alimentares
saudáveis e a desenvolver hábitos alimentares positivos para você e sua família.
Lembre-se, uma alimentação saudável é uma jornada contínua, mas com pequenos
passos podemos alcançar grandes mudanças na nossa saúde e bem-estar.
Bibliografia Consultada:
- Cozzolino, S. M. F. (2016). Biodisponibilidade de nutrientes (5a ed.). Barueri, SP:
Manole.
- Escott-Stump, S. (2012). Nutrição Clínica (3a ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
- Mahan, L. K., & Raymond, J. L. (2017). Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia (14a
ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
- Ministério da Saúde (2014). Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília:
Ministério da Saúde.
- Philippi, S. T. (2014). Nutrição e Técnica Dietética (3a ed.). Barueri, SP: Manole.
- Waitzberg, D. L. (2015). Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica (5a ed.).
São Paulo: Atheneu.
Sites consultados:
- Ministério da Saúde - https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/alimentacao-e-
nutricao
- Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição - http://www.sban.org.br/
- Sociedade Brasileira de Nutrição - https://sbnutricao.org.br/
- Guia Alimentar para a População Brasileira -
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-
populacao-brasileira-Miolo-PDF-Internet.pdf
- Food and Agriculture Organization of the United Nations -
http://www.fao.org/nutrition/en/