Al1 1-Manual10f

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Atividade Laboratorial 1.1


Movimento num plano inclinado: variaÁ„o da energia cinÈtica e dist‚ncia percorrida
(pp. 56-59)

Um veÌculo, inicialmente no cimo de uma rampa, È destravado acidentalmente e comeÁa a descer a


rampa. Como se relaciona a variaÁ„o de energia cinÈtica do centro de massa do veÌculo com a
dist‚ncia percorrida sobre a rampa?

Objetivo Geral
Estabelecer a relaÁ„o entre a variaÁ„o de energia cinÈtica e a dist‚ncia percorrida num plano inclinado
e utilizar processos de mediÁ„o e de tratamento estatÌstico de dados.
Aprendizagem Essencial
Estabelecer, experimentalmente, a relaÁ„o entre a variaÁ„o de energia cinÈtica e a dist‚ncia percorrida
por um corpo, sujeito a um sistema de forÁas de resultante constante, usando processos de mediÁ„o e
de tratamento estatÌstico de dados e comunicando os resultados.
Sugestıes Metas Curriculares
Largar, de uma marca numa rampa, um carrinho ou um bloco com 1. Identificar mediÁıes diretas e indiretas.
uma tira opaca estreita na sua parte superior e registar os tempos 2. Realizar mediÁıes diretas usando ba-
de passagem numa marca mais abaixo na rampa. Sugere-se que o lanÁas, escalas mÈtricas e cronÛmetros
carrinho seja largado pelo menos trÍs vezes do mesmo nÌvel na digitais.
rampa, de modo a possibilitar um tratamento estatÌstico dos
3. Indicar valores de mediÁıes diretas para
intervalos de tempos de passagem pela fotocÈlula; o seu valor
uma ˙nica mediÁ„o (massa,
mÈdio servir· para determinar a velocidade naquela posiÁ„o
comprimento) e para um conjunto
(quociente da medida da largura da tira por esse valor mÈdio).
de mediÁıes efetuadas nas mesmas
Far-se-· a distinÁ„o entre incerteza associada a uma sÛ mediÁ„o condiÁıes (intervalos de tempo).
(incerteza de leitura) e a um conjunto de mediÁıes efetuadas nas
4. Determinar o desvio percentual
mesmas condiÁıes (incerteza de observaÁ„o).
(incerteza relativa em percentagem)
Deve dar-se a indicaÁ„o de que a velocidade medida a partir da associado ‡ mediÁ„o de um intervalo de
tira opaca estreita È uma velocidade mÈdia num intervalo de tempo.
tempo muito curto e que se aproxima da velocidade num dado
5. Medir velocidades e energias cinÈticas.
instante. N„o È, no entanto, o momento de explicitar a diferenÁa
6. Construir o gr·fico da variaÁ„o da ener-
entre velocidade instant‚nea e mÈdia.
gia cinÈtica em funÁ„o da dist‚ncia
Medir a massa do carrinho e determinar a energia cinÈtica.
percorrida sobre uma rampa e concluir
Repetir o procedimento, no mÌnimo, para cinco dist‚ncias que a variaÁ„o da energia cinÈtica È tanto
percorridas igualmente espaÁadas. maior quanto maior for a dist‚ncia
Construir o gr·fico da variaÁ„o de energia cinÈtica em funÁ„o da percorrida.
dist‚ncia percorrida e relacionar estas duas grandezas.

Esta atividade possibilitar· uma iniciaÁ„o ao tratamento estatÌstico ou ao seu desenvolvimento,


sendo indispens·vel a utilizaÁ„o de calculadoras ou de folhas de c·lculo em computadores.

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Necessariamente, a utilizaÁ„o das potencialidades do software adequadas aos objetivos devem ser
precedidas de alguma consolidaÁ„o subjacente a esse tratamento estatÌstico.
Os dispositivos de medida do tempo de passagem da tira opaca devem permitir o reforÁo da noÁ„o
de medida e de mediÁ„o e a apresentaÁ„o das incertezas correspondentes.
Como refere o Programa, para cada posiÁ„o devem realizar-se no mÌnimo trÍs medidas do tempo de
interrupÁ„o do feixe. Todavia, podem fazer-se cinco ou seis, se o tempo e o material disponÌvel em cada
escola e aula o permitirem. TambÈm se pode construir o gr·fico com cinco pontos ou com mais, sendo
que cinco È o mÌnimo considerado aceit·vel.
O carrinho pode ser largado sempre da mesma posiÁ„o, deslocando-se a cÈlula do sensor, ou pode
fixar-se a cÈlula e largar o carrinho de posiÁıes sucessivamente mais acima. Uma ou outra alternativa
podem ser vantajosas, dependendo do dispositivo de largada usado e do ajuste da cÈlula nas diferentes
posiÁıes. Contudo, torna-se mais pr·tica e f·cil a largada do carrinho de diferentes posiÁıes, largando-
se com a m„o, mantendo fixa a cÈlula, sem que isso traga erros significativos se houver cuidado.
Como refere o Programa, a velocidade deve ser sempre calculada pelo quociente da largura da tira
opaca pelo valor mÈdio do seu tempo de passagem em frente ao sensor. Este c·lculo È mais correto do
que calcular a mÈdia de velocidades, pois minimiza as incertezas. Sem explicaÁ„o, essa noÁ„o pode ser
incutida aos alunos.
O traÁado do gr·fico deve requerer uma atenÁ„o especial dos alunos, pois È um conhecimento
processual relevante, e esta poder· ser a primeira vez que alguns deles o fazem.
O conceito da regress„o linear, a explorar na atividade laboratorial 1.2, pode ser precedido nesta
atividade de uma exploraÁ„o gr·fica, traÁando-se manualmente retas sobre os pontos. Pode tambÈm
fazer-se um ajuste usando as funÁıes do software, mas a exploraÁ„o deste conceito dever· deixar-se
para a atividade seguinte. Desta forma, devem ser introduzidos progressivamente os conceitos do
tratamento estatÌstico, construindo-se a estruturaÁ„o deste tratamento.
No mesmo gr·fico podem ser representadas duas retas referentes a duas diferentes inclinaÁıes do
plano estudadas, e num outro gr·fico, realizado por outros grupos, podem ser tambÈm representadas
duas retas para duas massas diferentes do carrinho, uma do carrinho e outra do carrinho com
sobrecarga. Esta representaÁ„o poder· melhor aproximar os alunos das metas de aprendizagem
estabelecidas.

Respostas ‡s questıes prÈ-laboratoriais do manual


1. Na descida, a velocidade vai aumentando e, consequentemente, a energia cinÈtica tambÈm aumenta.
2. O carrinho ter· maior velocidade na base da rampa. A energia cinÈtica ter· tambÈm o seu maior valor
na base da rampa.
3. Para obter a energia cinÈtica, deve medir-se a massa do carrinho e a sua velocidade num instante.
4. A dist‚ncia percorrida (pois pode medir-se diretamente com uma fita mÈtrica, mas para a energia
cinÈtica È necess·rio efetuar c·lculos).

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5. Como o intervalo de tempo medido vai ser pequeno, a variaÁ„o da velocidade È, em termos relativos,
desprez·vel, logo, o mÛdulo da velocidade mÈdia calculada È uma boa aproximaÁ„o ao mÛdulo da
velocidade.

Trabalho laboratorial
2. Para obter a velocidade, È necess·rio medir a largura da tira opaca que bloqueia a luz durante o
intervalo de tempo de passagem.
As duas mediÁıes s„o diretas.
A velocidade È obtida por uma mediÁ„o indireta (resulta de c·lculos).
3. Por exemplo:

Incerteza absoluta de leitura


BalanÁa Fita mÈtrica CronÛmetro digital
0,01 g 0,5 mm 0,1 ms

4. Medida com uma craveira ℓ = (14,20 ± 0,05) mm ou ℓ = (14,20 ± 0,05)  10-3 m.


5. m = (502,47 ± 0,01) g ou m = (502,47 ± 0,01)  10-3 kg.
6. Pretendendo-se medir a velocidade num dado ponto, È aÌ que se deve colocar a cÈlula fotoelÈtrica,
sen„o a medida corresponderia a um outro ponto.
A cÈlula deve ser colocada perpendicularmente ‡ tira opaca porque para o c·lculo da velocidade usa-
se a medida do comprimento da tira e ela tem uma espessura que pode n„o ser desprez·vel. N„o
ficando a cÈlula perpendicular ‡ tira, a dist‚ncia percorrida pela tira, entre o corte e a reposiÁ„o do
feixe de luz, È ligeiramente maior do que o comprimento da tira opaca. Na imagem seguinte
ilustram-se situaÁıes em que a cÈlula fotoelÈtrica È colocada na perpendicular (a e b) ou com um
ângulo diferente (a’ e b’).

7. Medir a massa do carrinho, com uma tira opaca cujo comprimento se mede previamente,
posicionando-o depois numa rampa inclinada, registando a inclinaÁ„o e marcando tambÈm a posiÁ„o
de largada (da tira opaca). Marcar cinco ou mais posiÁıes igualmente espaÁadas ao longo da rampa
onde se ir· colocar a cÈlula fotoelÈtrica, e medir a dist‚ncia desde o ponto de largada do carrinho (da
tira opaca) a cada uma das posiÁıes. Colocar sucessivamente a cÈlula fotoelÈtrica numa dessas
posiÁıes e largar trÍs vezes o carrinho do ponto de largada, medindo o tempo de passagem da tira
opaca. Registar os valores obtidos e executar o seu tratamento e an·lise. Se o carrinho n„o se mover
segundo uma trajetÛria paralela ao lado da rampa, È cometido um erro sistem·tico na medida da
dist‚ncia percorrida pelo carrinho.

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8.
a) A repetiÁ„o das medidas, com o seu tratamento estatÌstico, È vantajosa porque minimiza os erros
aleatÛrios inerentes a qualquer experiÍncia.
b) Exemplo de dados obtidos:
Dist‚ncia Desvio
percorrida t / ms tmÈdio / ms Desvio / ms absoluto t
/ cm m·ximo / ms
28,9 20,2 (29,1  0,2) ms
29,3 0,2 ou
18,0 29,1 0,2
29,1 ms (com um
29,0 20,1
desvio de 0,7%)

c) O desvio percentual (0,7%) È pequeno, pelo que se obteve uma precis„o elevada na mediÁ„o do
intervalo de tempo.
d) Os erros aleatÛrios est„o associados ‡ precis„o das medidas.
Podem ter ocorrido erros na mediÁ„o do intervalo de tempo resultantes de largadas do carrinho
n„o exatamente da mesma posiÁ„o.
9. Exemplo de dados obtidos:

Dist‚ncia Desvio
percorrida t / ms tmÈdio / ms Desvio / ms absoluto t
/ cm m·ximo / ms
28,9 20,2 (29,1  0,2) ms
18,0 29,3 29,1 0,2 0,2 ou
29,0 20,1 29,1 ms ( 0,7%)
20,2 20,1
(29,1  0,2) ms
36,0 20,5 20,3 0,2 0,2 ou
20,3 ms ( 1,0%)
20,2 20,1

16,4 20,2
(16,6  0,5) ms
54,0 17,1 16,6 0,5 0,5 ou
16,6 ms ( 3,0%)
16,3 20,3

14,7 0,2
(14,5  0,2) ms
72,0 14,3 14,5 20,2 0,2 ou
14,5 ms ( 1,4%)
14,6 0,1

13,1 20,1
(13,2  0,4) ms
90,0 13,6 13,2 0,4 0,4 ou
13,2 ms ( 3,0%)
13,0 -0,2

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Respostas ‡s questıes pÛs-laboratoriais do manual


1. Tabela:
Dist‚ncia percorrida
tmÈdio / ms v / m s−1 Ec / J
/m
0,180 29,1 0,488 0,060

0,360 20,3 0,700 0,123

0,540 16,6 0,855 0,184

0,720 14,5 0,979 0,241

0,900 13,2 1,076 0,291

2.

3. O gr·fico mostra que aos pontos se pode ajustar uma reta. A um igual aumento na dist‚ncia
percorrida corresponde um mesmo aumento na energia cinÈtica.
4. Independentemente da massa do carrinho ou da inclinaÁ„o da rampa, a variaÁ„o da energia cinÈtica
do carrinho aumenta quando a dist‚ncia percorrida aumenta.
5. Um veÌculo destravado desce uma rampa aumentando a sua energia cinÈtica com a dist‚ncia que o
seu centro de massa vai percorrendo.
6. Sendo maior a massa do cami„o, a situaÁ„o com maior perigo È a do cami„o destravado.
O perigo È maior quando as dist‚ncias percorridas sobre a rampa s„o maiores.
7.
a) (A)
b) O trabalho da resultante das forÁas È igual ‡ variaÁ„o da energia cinÈtica:

Ăþ⃗ = ∆ý�㕐 ⇔ þ þ cos 0° = ∆ý�㕐 ou ∆ý�㕐 = þ þ


Assim, num gr·fico ∆ý�㕐 (þ), o declive da reta È igual ‡ intensidade da resultante das forÁas.

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AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variaÁ„o da energia cinÈtica e dist‚ncia percorrida
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Grelha de avaliaÁ„o da Atividade Laboratorial 1.1

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AP - Aprendizagens do tipo processual, a decidir avaliar entre as indicadas no Programa.

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Questıes complementares

1. Ao estudar-se experimentalmente como varia a energia cinÈtica de um carrinho na descida de um


plano inclinado È necess·rio efetuar medidas. Mede-se a energia cinÈtica do carrinho, a sua massa e
a velocidade num ponto, as dist‚ncias que ele percorre, a largura da tira opaca e os intervalos de
tempo de obstruÁ„o do feixe de luz na cÈlula fotoelÈtrica.
a) Selecione a opÁ„o que contÈm apenas grandezas medidas indiretamente.
(A) Dist‚ncia percorrida e velocidade do carrinho.
(B) Intervalo de tempo de bloqueio da cÈlula fotoelÈtrica e velocidade do carrinho.
(C) Massa do carrinho e largura da tira opaca.
(D) Velocidade e energia cinÈtica do carrinho.
b) Colocou-se um carrinho sobre uma balanÁa digital e o ecr„ da balanÁa
apresentou o que mostra a figura. S„o feitas duas afirmaÁıes:
A – A massa do carrinho È aproximadamente 502,8 gramas.
B – A massa do carrinho È exatamente 502,8 gramas.
Qual das afirmaÁıes È correta? Explique.
c) Com uma craveira mediu-se a largura da tira opaca. A figura mostra o que se obteve e a escala
amplificada.

A leitura a registar dever· ser


(A) (9,5  0,1) mm (C) (9,7  0,1) mm
(B) (9,70  0,05) mm (D) (48,5  0,05) mm

2. Numa aula, largou-se um carrinho de uma posiÁ„o da rampa e mediu-se a velocidade com que chegou
a outra posiÁ„o. Sobre o carrinho usou-se um pino, de 9,40 mm de largura, e com um sensor ligado a
um cronÛmetro mediu-se o tempo de passagem. Repetindo para mais quatro dist‚ncias, elaborou-se
de seguida o gr·fico da energia cinÈtica em funÁ„o da dist‚ncia percorrida, d. A figura representa o
esquema e o gr·fico obtido.

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a) Para uma certa dist‚ncia percorrida, em trÍs ensaios realizados nas mesmas condiÁıes, os alunos
mediram os intervalos de tempo de obstruÁ„o do feixe da fotocÈlula registados na tabela
seguinte:

Ensaio t / ms
1 19,0
2 18,9
3 18,7

i) Apresente o valor mais prov·vel para o tempo de obstruÁ„o da fotocÈlula e o desvio percentual.
Apresente todos os c·lculos efetuados.
ii) Obtenha o resultado da mediÁ„o da velocidade.
b) Apresentam-se na tabela valores obtidos para a dist‚ncia
Dist‚ncia percorrida / m v / m s−1
percorrida pelo carrinho, de massa 502,8 g, e para as
velocidades correspondentes. O carrinho foi largado (a 0,890 0,876
velocidade inicial È nula).
0,800 0,825
i) Acrescente uma coluna com a energia cinÈtica.
0,700 0,768
ii) Elabore o gr·fico da variaÁ„o da energia cinÈtica em
0,600 0,709
funÁ„o da dist‚ncia percorrida.
0,500 0,645
c) Um grupo de alunos realizou a experiÍncia com uma
rampa mais inclinada. 0,400 0,576

Qual das figuras seguintes representa corretamente o gr·fico da variaÁ„o de energia cinÈtica do
carrinho em funÁ„o da dist‚ncia percorrida, contendo os resultados da inclinaÁ„o inicial (com
pontos indicados) e desta outra inclinaÁ„o.
(A) (B) (C) (D)

d) Um outro grupo alunos executou a experiÍncia colocando uma sobrecarga sobre o carrinho.
Em qual das figuras seguintes se encontra corretamente esboÁado o gr·fico inicial (com pontos
indicados) e com sobrecarga?
(A) (B) (C) (D)

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Respostas ‡s questıes complementares


1.
a) (D)
b) (A) (Qualquer aparelho de medida tem inerente uma incerteza nas medidas que com ele s„o
realizadas. Assim, as medidas que os aparelhos fornecem s„o valores aproximados e o valor da
grandeza que se pretende medir encontra-se incluÌdo num intervalo de valores. No exemplo da
figura, a massa medida est· entre 502,7 g e 502,9 g, porque a incerteza de medida È 0,1 g.)
c) (B)
2.
a)
19,0 + 18,9 + 18,7
i) ̅̅̅
∆�㕡 = 3
= 18,9 ms
Os mÛdulos dos desvios de cada medida para o valor mais prov·vel s„o d1 = 0,1 ms,
d2 = 0,0 ms e d3 = 0,2 ms.
0,2
Tomando o mÛdulo do m·ximo desvio, o desvio percentual È = 0,1%.
18,9
9,40×10−3 m
ii) �㕣 = 18,9×10−3 s
= 0,497 m s21
b)
i)
Dist‚ncia percorrida / m v / m s−1 Ec / J

0,890 0,876 0,193


0,800 0,825 0,171
0,700 0,768 0,148
0,600 0,709 0,126
0,500 0,645 0,105
0,400 0,576 0,083
ii)

c) (A)
d) (A)

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Questıes de exame

2016, 1.ª FASE


GRUPO III
Quando um corpo desliza ao longo de um plano inclinado, ocorre, geralmente, dissipaÁ„o de parte da
energia mec‚nica do sistema corpo + Terra.
Numa aula laboratorial de FÌsica, pretendia-se investigar se a energia dissipada e a intensidade da
resultante das forÁas de atrito que atuam num corpo que desliza ao longo de um plano inclinado
dependem da dist‚ncia percorrida pelo corpo e dos materiais das superfÌcies em contacto.
Na Figura 4, est· representada uma montagem semelhante ‡ utilizada nessa aula laboratorial.

Figura 4

Nos ensaios efetuados, foi utilizado um paralelepÌpedo de madeira cujas faces laterais, de igual
·rea, se encontravam revestidas por materiais diferentes. Em cada conjunto de ensaios, o
paralelepÌpedo, deslizando sobre a calha sempre apoiado numa mesma face, foi abandonado em
diversas posiÁıes, percorrendo assim dist‚ncias diferentes atÈ passar pela cÈlula fotoelÈtrica.
O cronÛmetro digital ligado ‡ cÈlula fotoelÈtrica permitiu medir o intervalo de tempo que a tira de
cartolina fixada no paralelepÌpedo demorava a passar em frente dessa cÈlula.
No tratamento e na interpretaÁ„o dos resultados experimentais obtidos, considerou-se
desprez·vel a resistÍncia do ar.

1. Para medir a largura, ∆ý, da tira de cartolina, utilizou-se uma rÈgua com uma escala cuja menor
divis„o È 1 mm. Qual È a incerteza associada ‡ escala dessa rÈgua?
2. Num dos ensaios realizados, o paralelepÌpedo, de massa 90,48 g, foi abandonado numa determinada
posiÁ„o sobre a calha, tendo percorrido 0,870 m atÈ a tira de cartolina passar em frente da cÈlula
fotoelÈtrica. Nesse deslocamento, a altura a que o paralelepÌpedo se encontrava em relaÁ„o a um
mesmo nÌvel de referÍncia diminuiu 0,420 m.
No ensaio realizado, a tira de cartolina, de largura ∆ý = 1,50 cm, demorou, 1,08 × 10-2 s a passar
em frente da cÈlula fotoelÈtrica.
Calcule a intensidade da resultante das forÁas de atrito que atuaram no paralelepÌpedo, naquele
ensaio. Admita que essa resultante se manteve constante.
Apresente todos os c·lculos efetuados.

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3. Em qual dos esquemas seguintes est· representado um diagrama das forÁas que atuam no
paralelepÌpedo quando este, depois de abandonado, desliza sobre a calha?
(A) (B)

(C) (D)

4. Num dos conjuntos de ensaios realizados, o paralelepÌpedo deslizou sobre a calha apoiado numa face
revestida por um material X e, noutro conjunto de ensaios, deslizou sobre a calha apoiado numa face
revestida por um material Y.
Os resultados obtidos permitiram representar graficamente, num mesmo sistema de eixos, a energia
dissipada, Ed, em funÁ„o da dist‚ncia percorrida, d, para cada um dos conjuntos de ensaios
realizados.
A partir dos gr·ficos obtidos foi possÌvel concluir que a intensidade da resultante das forÁas de atrito
que atuaram no paralelepÌpedo foi maior quando este deslizou apoiado na face revestida pelo
material X.
Qual das opÁıes seguintes poder· representar os esboÁos dos gr·ficos obtidos?
(A) (B) (C) (D)

Respostas ‡s questıes de exame


Grupo III
1. A incerteza associada ‡ escala da rÈgua È 0,5 mm (estima-se como metade da menor divis„o da
escala).
2. A resultante das forÁas de atrito, þ⃗a , pode ser determinada a partir da relaÁ„o entre o trabalho das
forÁas n„o conservativas, Ăþ⃗NC , e a variaÁ„o de energia mec‚nica do sistema bloco + Terra, ∆ým :
Ăþ⃗NC = ∆ým.

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Calcule-se a variaÁ„o de energia mec‚nica:


Como parte do repouso, a velocidade inicial È nula.
Tomando-se como referÍncia, para a mediÁ„o da altura do paralelepÌpedo, a posiÁ„o do seu centro de
massa imediatamente apÛs a tira de cartolina ter atravessado a cÈlula fotoelÈtrica, a energia mec‚nica
inicial È:
ým, i = ýp, i + ýc, i = �㕚 ý /ÿ + 0 =
= 9,048 × 1022 kg × 10 m s22 × 0,420 m =
= 0,380 J
No instante final, a energia mec‚nica do sistema, ým, f, È igual ‡ energia cinÈtica do paralelepÌpedo,
ýc, f , porque a energia potencial do sistema È nula, ýp, f = 0.
A velocidade ao passar pela cÈlula È aproximadamente igual ‡ velocidade mÈdia no intervalo de tempo
que a tira demora a interromper o feixe:
1,50 × 1022 m
�㕣 = = 1,389 m s21
1,08 × 1022 s
1
ým, f = ýp, f + ýc, f = 0 + �㕚 �㕣f2 =
2
= 0,5 × 9,048 × 1022 kg × (1,389 m s 21 )2 = 8,728 × 1022 J
Ăþ⃗NC = Ăþ⃗a + Ă�㕁⃗⃗ = þa þ cos 180° + 0 = 2þa þ
þ = 0,870 m
Como Ăþ⃗NC = ∆ým , pode concluir-se que:
∆ým
2þa þ = ∆ým ÿ þa = 2 =
þ
(8,728×10−2 20,380) J
=2 0,870 m
= 0,34 N

3. (B) (Sobre o bloco atuam 3 forÁas: o peso ÿ⃗⃗ (vertical e de sentido de cima para baixo), a forÁa normal
⃗⃗ (perpendicular ao plano inclinado) e as forÁas de atrito (paralelas ‡ direÁ„o do movimento e de
�㕁
sentido oposto a este) de resultante þ⃗a .)
4. (A) (O declive do gr·fico da energia dissipada, ýdissipada (mÛdulo da variaÁ„o da energia mec‚nica), em
funÁ„o da dist‚ncia percorrida, þ, È a intensidade da resultante das forÁas de atrito, þa :
ýdissipada = 2∆ým = 2Ăþ⃗a =
= 2þa þ cos 180° =
= þa þ
Em suma, ýdissipada = þa þ. A linha de maior declive corresponde ao material X.)

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