Teste2 - 1.1
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TESTES DE AVALIAÇÃO
2. TESTE DE AVALIAÇÃO
Nome: ______________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________
GRUPO I
Leia o texto.
1. Comprove que o “lago” é o ponto de partida para uma análise introspetiva, levada a cabo pelo
sujeito poético.
2. Explicite de que modo se podem articular as temáticas “sonho e realidade” e “a dor de pensar”.
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2. TESTES DE AVALIAÇÃO
Leia o excerto.
Carlos pensara em arranjar um vasto laboratório ali perto no bairro, com fornos para trabalhos
químicos, uma sala disposta para estudos anatómicos e fisiológicos, a sua biblioteca, os seus apa-
relhos, uma concentração metódica de todos os instrumentos de estudo...
Os olhos do avô iluminavam-se ouvindo este plano grandioso.
5 – E que não te prendam questões de dinheiro, Carlos! Nós fizemos nestes últimos anos de Santa
Olávia algumas economias...
– Boas e grandes palavras, avô! Repita-as ao Vilaça.
As semanas foram passando nestes planos de instalação. Carlos trazia realmente resoluções
sinceras de trabalho: a ciência como mera ornamentação interior do espírito, mais inútil para os
10 outros que as próprias tapeçarias do seu quarto, parecia-lhe apenas um luxo de solitário: desejava
ser útil. Mas as suas ambições flutuavam, intensas e vagas; ora pensava numa larga clínica; ora na
composição maciça de um livro iniciador; algumas vezes em experiências fisiológicas, pacientes e
reveladoras... Sentia em si, ou supunha sentir, o tumulto de uma força, sem lhe discernir a linha de
aplicação. “Alguma coisa de brilhante”, como ele dizia: e isto para ele, homem de luxo e homem de
15 estudo, significava um conjunto de representação social e de atividade científica; o remexer profun-
do de ideias entre as influências delicadas da riqueza; os elevados vagares da filosofia entremeados
com requintes de sport e de gosto; um Claude Bernard que fosse também um Morny... No fundo
era um diletante.
Eça de Queirós, Os Maias: episódios da vida romântica (fixação de texto Helena Cidade Moura) Lisboa,
Livros do Brasil, 28.a ed., capítulo IV.
4. Mostre que, tal como Fernando Pessoa, Carlos também sonhou e os seus sonhos não se con-
cretizaram.
5. Justifique a afirmação “Os olhos do avô iluminavam-se ouvindo este plano grandioso.” (l. 4).
GRUPO II
Responda às questões. Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Leia o texto.
Ainda o apanhamos!
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2. TESTES DE AVALIAÇÃO
A questão fulcral parece ser a de saber se Os Maias são um romance “definitivamente ‘fechado’”
e o que é que explica a sua fulgurante permanência no cânone, para além de leituras mais ou me-
10 nos superficiais a que a obra foi dando lugar durante mais de cem anos. E Carlos Reis afirma que
“Os Maias parecem ter sido escritos para serem continuados”, apontando passagens que poderiam
indiciá-lo e vendo em Carlos Fradique Mendes, na esteira de António José Saraiva, a consubstan-
ciação de um prolongamento de Carlos da Maia.
Sem estar inteiramente de acordo com Carlos Reis, acho que a ideia de propor a continuação da
15 obra de Eça constitui um desafio interessantíssimo quer para os autores quer para os leitores. Não
estou inteiramente de acordo com o professor de Coimbra porque, na última página do romance,
a célebre exclamação de Carlos da Maia e de João da Ega, “– Ainda o apanhamos!”, enquanto se
esfalfam a correr para o americano, de modo a não faltarem ao jantar combinado no Bragança,
não envolve apenas o desmentido da conversa que eles acabam de ter sobre a falta de sentido de
20 qualquer esforço: reduz também a tragédia amorosa e familiar por que Carlos passou a uma mera
trivialidade e está nisso uma poderosa manifestação, tanto da ironia de Eça, como do cinismo com-
portamental que ele confere a essas duas personagens.
Ora, partindo desta leitura, parece-me que seria difícil conceber uma continuação, não obstante
a obra parecer suficientemente “aberta”... Todavia, nada há que a impeça: a ideia em si é aliciante
25 e há precedentes ficcionais com Os Maias e outras obras de Eça, sem falar em adaptações ao teatro
e ao cinema: por exemplo, em Madame, Maria Velho da Costa põe em cena Maria Eduarda, perso-
nagem de Eça, e Capitu, personagem de Machado de Assis, ocorrendo-me também, embora neste
caso sem relação direta com Os Maias, o romance Nação Crioula, de José Eduardo Agualusa, que em
1997 “prolonga” a correspondência de Fradique Mendes, fazendo-o reviver e escrever em exóticas
30 paragens.
Vasco Graça Moura, in DN, edição online de 31 de julho de 2013
(consultado em janeiro de 2017, com supressões).
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2. TESTES DE AVALIAÇÃO
4. Os processos fonológicos que se verificam na evolução de OPERA para “obra” (l. 3) são
(A) prótese e epêntese.
(B) síncope e sonorização.
(C) crase e apócope.
(D) dissimilação e sinérese.
6. Ao utilizar o nome “Carlos Reis” (l. 14) e “o professor de Coimbra” (l. 16), o autor assegura a coesão
(A) interfrásica.
(B) temporal.
(C) lexical.
(D) frásica.
7. A utilização das aspas em “Ainda o apanhamos” (l. 17), justifica-se por se tratar de uma
(A) citação.
(B) opinião de uma autor do texto.
(C) frase em discurso indireto livre.
(D) frase em discurso direto.
9. Indique o referente do pronome pessoal presente em “Todavia, nada há que a impeça” (l. 24).
10. Identifique a função sintática do constituinte sublinhado em “põe em cena Maria Eduarda” (l. 26).
GRUPO III
Tal como Vasco Graça Moura reconhece, são muitas as adaptações cinematográficas ou teatrais de
obras literárias.
Num texto de opinião, de 170 a 250 palavras, refira-se à importância ou à transgressão decorrentes
dessas adaptações, utilizando, no mínimo, dois argumentos e, pelo menos, um exemplo significativo,
para cada um deles, de modo a defender convenientemente o seu ponto de vista.
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3. CENÁRIOS DE RESPOSTA
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3. CENÁRIOS DE RESPOSTA
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