Resumo de História Económica
Resumo de História Económica
Resumo de História Económica
Adam Smith
Tempo: séc. XVIII
Segundo Adam Smith, o mercado consegue alcançar o equilíbrio sem a intervenção do Estado
(Intervenção mínima do Estado/ Laissez-faire) → O estado só deve intervir na manutenção
da paz, justiça e na correção de falhas de mercado → Estado como regulador, não substitui os
privados.
• Filosofia Moral: Economia de distingue aquilo que está certo do que está errado; o
homem está no centro das coisas
• Economia Política: É a economia segue aquilo que está no interesse da nação → A
principal preocupação é o crescimento económico, portanto o Estado toma decisões
para que a economia atinja certos objetivos (Adam Smith adota este ponto de vista)
Assim, para Malthus a teoria de Smith acabava por ser ilusória porque o crescimento económico
no curto prazo iria provocar escassez de recursos, no médio prazo. A solução eficaz é adotar a
teoria de Adam Smith mas o estado tem de intervir no controlo da demografia.
Condorcet
É um filósofo radical que defende que a propriedade privada está na base dos males sociais e
que os recursos devem ser distribuídos de maneira mais igualitária, para dar um nível de vida
decente a todos. Concorda com a teoria de Adam Smith mas afirma que a sua teoria não se
verifica, pois existem direitos de propriedade.
Porquê? → Para os pobres não há estímulo à produção, não vêm nenhum ganho porque têm
que entregar tudo aos patrões, ou seja, não retiram nenhuma utilidade da produção, logo mas
vale nem produzir
Assim, concluímos que, Smith defende a não intervenção do Estado, ao contrário de Malthus e
Condorcet.
Utilitarismo
É aquilo que move os agentes económicos é a preocupação com o bem-estar próprio -
indivíduos autocentrados. É de salientar que, a utilidade económica não precisa de ser utilidade
moral.
Contexto do Conflito: França estava a ter um bom crescimento económico, comandado por
Napoleão. Inglaterra encontrava-se estagnada e sentia-se ameaçada por França.
Problema: Preço dos grãos de cereais e as rendas das terras (contexto de concorrência
imperfeita)
Objetivo: Criar políticas que aumentassem o bem estar e a riqueza na Inglaterra. O pensamento
de Ricardo é pós guerra, portanto tem de garantir a sobrevivência no curto prazo e resolver o
problema da estagnação, urgentemente.
Problema das Rendas/ Teoria da Renda Diferencial → Terrenos diferentes têm fertilidades
diferentes, pelo que, a aplicação do mesmo capital e do mesmo trabalho, irá originar
quantidades diferentes de cereais. Não será justo que, terrenos com fertilidades diferentes
tenham preços iguais, pelo que, terrenos mais fertéis devem ter rendas mais elevadas que terras
menos fertéis. É assim, necessário gerir os custos de produção e discutir os preços de produção.
A teoria Ricardiana tem por base Smith (crescimento económico), Malthus (controlo da
população) e a teoria da Renda Diferencial.
David Ricardo propõe que a população trabalhe no setor primário e outra parte da população,
no setor industrial. Para isto, a agricultura tinha que se tornar mais eficiente, de forma a libertar
mão de obra para a indústria e garantir matéria prima.
Teoria da Vantagem Comparativa
A renda económica depende da distância de mercado, ou seja, as terras mais próximas do centro
do consumidor têm maior renda, isto é, são mais caras, em relação àquelas mais distantes.
Portanto, o centro é a zona mais cara, pois é onde se localizam as atividades mais produtivas
e que necessitam de menos espaço e, também, onde há mais procura (bancos, etc). A seguir,
ficam as atividades menos produtivas.
Quanto mais caro for o centro, mais curvas exteriores vão existir.
Esta organização do território seria uma resposta ao problema da repartição dos solos e permitiu
rearranjar a produção.
Problema: Custo das obras públicas, a eficiência das obras públicas e quem paga as obras
públicas?
Era necessário gerir os custos de fabrico e debater o custo social e beneficio social (Custo
social = C. Privado + C.Externo e Beneficio Social = B. Privado + B. Externo) → As infraestruturas
têm BS>BP, pelo que geram externalidade positiva → Logo, BE>0, pelo que alguém ganha com
a obra pública, mesmo sendo externo
Como repartir?
➢ Aqueles que usam diretamente, os privados, devem pagar ao Estado um valor igual ao
da externalidade positiva, isto é, os beneficios que retiram da obra pública, através do
pagamento de impostos
➢ Aqueles que usufruem indiretamente, o Estado acarreta com os custos de utilização mas
em troca os individuais têm que pagar impostos
Começam-se, assim, a evidenciar as falhas de mercado, pelo que o Estado tem que intervir, pois
embora existam equilibrios, estes não são socialmente ótimos → Economia libertária com
pendor social do Estado (séc. XIX – França)
Considera que a criação da riqueza está na indústria e que o modo de distribuição de riqueza
é injusto. É fundamental que a sociedade socialista exista para finaciar a produção mas é
necessário redistribuir, justamente, os salários→ é injusto que, quem trabalhe, não receba o
suficiente para ter uma vida digna.
Mill defendia a melhor qualidade de vida das sociedades e acreditava na liberdade individual:
• Medida: Renumeração do trabalhador com uma uma parte de mais valia → de forma a
garantir a dignidade e o incentivo dos trabalhadores.
Nota: Na sociedade capitalista, a maior
Mill era um liberal no sentido clássico fatia ia para o capital e apenas o
remanescente ia para os trabalhadores
Para Marx, é o trabalho que gera riqueza e não o capital (defendido pelo capitalismo)
O trabalhador não tem outra alternativa senão aceitar, por causa do excesso de
oferta de trabalho
O Homem vende a sua força de trabalho mesmo sabendo que está destinado à
Pobreza → Capitalismo retira a capacidade de pensar → alienação proletariado
Solução: Comunismo → procura de uma sociedade justa, perfeita e com existência de lucro →
utopia
Estratégia
A sociedade adota o socialismo ( os trabalhadores ficam com uma parte da mais valia)
Nota: A ideia é que o Homem é naturalmente bom. No entanto, as pessoas nem sempre se
esforçam em prol do bem comum.
Professionalização da Economia
A partir do séc XX, a economia começa a ser vista como profissão, começando a haver
formação nas universidades. Antes, havia uma pessoa que construia uma teoria sólida e
completa sobre a economia.
1ª Geração
• Emparcelamento da economia em vários temas
• Especialização de uma pessoa num tema de teoria económica
• Passamos a ter equipas de economistas que, em conjunto, abordam temas
económicos
• A economia passa a recorrer à matemática, encontrando-se soluções quantitativas e
teóricas, assentes em modelos
Jevons (Inglaterra)
• Liga a economia à Matemática
• Preocupa-se em matematizar a teoria da utilidade ( de Bentham) → deriva a utilidade
para explicar o comportamento do consumidor e produtor
• Procura maximizar a utilidade
• Procura maximizar o bem estar individual, sem a intervenção do Estado
• Assume preço = utilidade marginal
Ponto forte: a adoção da matemática pela economia tornou-se rapidamente aceite pois,
convercer quantitativamente > capacidade de convencer argumentativamente
Crítica: Considera-se uma economia fechada, pelo que não há visão de conjunto
Walras (França)
• Liga a economia à matemática
• Preocupa-se com o equilíbrio nos mercados → o equilibrio no mercado corresponde à
soma dos equilibrios dos n mercados (singulares)
• Riqueza gerada na economia = soma da riqueza gerada nos n mercados
• Defende que se deve aplicar política pública para afetar os mercados e,
consequentemente, a vida das pessoas
Resiste à matemática
Tudo isto contribuiu para o dinamismo social e político, que resultou na prosperidade dos
EUA, como uma potência emergente
Papel moeda
Os apoiantes consideram que o poder de compra aumenta com o papel moeda, enquanto que
os não apoiantes consideram que o papel moeda causa especulação. → Solução: tinha de haver
confiança na moeda transacionada
É necessário diferenciar 2 tipos de economistas:
Simon Newcomb
Utiliza a matemática
Olha para a mesma problemática de Clark (justiça no mercado com concorrência) mas na
vertente do preço e da moeda.
Introduz a ideia de Índice de preços e Teoria Quantitativa da Moeda, assim como defende que
é necessário credibilizar a moeda.
Veblen (institucionalista)
Comparável a Marx pois critica o Capitalismo. Para ele existiam 2 partes do trabalho:
• Braçal – indústria
• Capitalista - negócios
• Negociação
• Gerencial
• De raciocínio
Governo como regulador da política económica → o Estado
Oferta + Procura + Árbitro suporta e apoia o indivíduo em momentos de adversidades, mas
não o controla → Estado paternalista e não intervencionista
Defendia que era preciso ação coletiva para manter a ordem e preservar a liberdade individual.
EUA (1920-1929)
Após a 1ª Guerra Mundial, a Europa encontrava-se destruída, com uma economia bastante
enfraquecida, enquanto que a América vivia um período de prosperidade, tornando-se uma
potência cada vez mais poderosa.
Os EUA, que não sofreram no seu território qualquer ataque, viam a sua economia a crescer,
beneficiando da situação frágil da Europa.
A europa importa produtos dos EUA → dinheiro volta para a América → lógica mercantilista
Grande depressão
Com o tempo, a Europa começou a reerguer-se, as exportações diminuiram → acumulação de
stocks → dimuição da procura face à oferta → descida dos preços → diminuição da produção
→ aumento do desemprego + sobreendividamento dos privados→ rentabilidade das
empresas diminuiu → valor das ações diminuiu
Queda dos lucros
Sobreendividamento
Republicanos: Democratas:
O processo cumulativo é um mecanismo que surge quando a taxa de juro natural diverge da
taxa de juro de mercado (que determina a poupança e o investimento em equilíbrio. Esta
divergência provoca variações nos preços.
Wicksell resolve o problema da inflação através da variação da taxa de juro e não da impressão do papel moeda.
• Curto prazo
• Competição perfeita
• Lei da produtividade marginal decrescente – mantendo os restantes fatores produtivos
constantes, quando se aumenta um dos fatores produtivos, o acréscimo de produção
vai sendo cada vez menor → produção cresce a ritmo descrescente
• Economia fechada - sem política cambial
• Análise estatística
• Heroic aggregation – agregados como o rendimento nacional, poupança ,
investimento… e mediu-os em unidades salariais
• Ausência da intervenção do estado na Economia – não é totalmente a favor do laissez-
faire, apenas o faz para simplificar o seu trabalho → defende que o estado deve intervir
na economia nas recessões e depressões, de forma a restabelecer o pleno emprego
Para Keynes, o Rendimento/Emprego/ output dependem do consumo e do investimento.
AD = Y = C + S
Consumo Poupança
Com estas medidadas surge um problema: a inflação ( para Keynes não há problema, pois
trabalha no curto prazo)
Escola Austríaca (finais séc. XIX) Escola Neoclássica (finais séc. XIX)
Samuelson
Comparou teoria Keynesiana a uma doença. Dificuldades dos economistas sobre a teoria
Keynesiana:
Curva IS: combinações que equilibram o mercado de bens e serviços, em que a poupança é igual
ao investimento
Curva LM: combinações entre o rendimento e a taxa de juro que equilibra o mercado monetário
Contribuições de Hayek:
• Ciclo económico
• Conhecimento disperso – nenhum agente económico tem todas as informações
• Livre mercado
• Microeconomia
Matematização da Economia
Anos 1930 – 1970
Contexto: 2ª guerra mundial, reconstrução e pós guerra
Geograficamente:
Nota: tradicionalmente, nos EUA, as pessoas é que pagam a sua formação e a formação
universitária era financiada por privados
Econometria (1930)
A teoria dos jogos interage com a economia, na perspetiva de encontrar estratégias racionais
para situações em que o resultado não depende não só da estratégia de um único agente, mas
também das escolhas dos adversários que possivelmente tem diferentes estratégias, mas o
mesmo objetivo.
Von Neuman
Existem (pelo menos) 2 jogadores que não podem cooperar entre si e que só podem escolher 2
estratégias → existirá sempre um equilíbrio em que nenhum jogador desejará mudar a sua
estratégia
Josh Nash
Admite os jogos cooperativos (os jogadores podem comunicar entre si) e os não cooperativos.
Cada jogador está satisfeito com a sua estratégia, dada as estratégias dos outros
jogadores, ou seja, nenhum jogador tem benefício em mudar de estratégia em relação a outros
jogadores
Joan Robinson
Pertence ao pensamento pós- Keynesiano
Marginalismo e socialismo
O socialismo é uma doutrina política e económica que surgiu entre o final do século XVIII e a
primeira metade do século XIX, no contexto da Primeira Revolução Industrial. Baseada sobre
tudo no princípio da igualdade, a corrente socialista emergiu como uma forma de repensar o
sistema capitalista que vigorava na época.
O socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização económica que
advogam a administração e a propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e
distribuição de bens, propondo-se a construir uma sociedade caracterizada pela igualdade de
oportunidades e meios para todos os indivíduos, com um método igualitário de compensação.
O marginalismo é um movimento económico, que surgiu em 1870. Este movimento afirma que
o preço final de qualquer produto é determinado pela relação oferta/procura e não só pelo
custo de produção, tal como defendiam os economistas clássicos.
• Uma primeira e imediata distinção da teoria marginalista com as suas antecessoras foi
a introdução do elemento subjetividade na análise
• O marginalismo preconiza, como ponto de partida para a análise económica, a análise
das necessidades humanas e da forma como os indivíduos as procuram satisfazer
• A utilidade, e particularmente a admissão de que a utilidade marginal é decrescente,
assume-se como o elemento fundamental na medida do valor
• Estava, então, criada a denominada teoria do valor-utilidade, que rompeu com a teoria
do valor-trabalho, base da análise socialista, segundo a qual o valor das coisas é medido
pelo trabalho
Sidgwick
• Utilidade como fator importante para a análise da economia
• Soma da utilidade = bem estar
• A economia do bem estar é influênciada pela teoria neoclássica
Teoria económica utilitarista, na qual ele comparava o valor do mesmo produto para diferentes
pessoas em termos de utilidade. Ou seja, se a utilidade marginal de um bem, em particular, era
maior para uma pessoa do que para outra, a utilidade total poderia ser aumentada
redistribuindo bens para aqueles que os valorizaram mais. Assim, o bem-estar de uma
comunidade depende de como os bens são distribuídos, não apenas no valor dos bens
consumidos.
Alfred Marshall
• Bem estar social pode ser medido pela soma de excedentes dos vários consumidores
Arthur Pigou
• Produtividade marginal de uma pessoa ≠ produtividade marginal social → Assim, não
há maximização do bem estar social
Escola de Lausanne
Walras e Pareto, não consideravam que o bem estar dos individuos podia ser medido e somado
Warlas → Parte da noção de troca justa → justiça comutativa → cada comerciante fixa preço
igual para o mesmo produto → livre concorrência → maximização do bem estar
Analisa as questões do bem estar sem somar ou comparar o bem estar dos individuos
diferentes
Pareto → definiu um ótimo social como uma posição em que era impossível melhorar a vida
de uma pessoa sem piorar a de outra.
Chile
O valor da riqueza do Chile provinha do setor primário (da mineração). Vive uma ditadura à
direita na primeira metade do séc.XX → Revolução → Salvador Allende sobe ao poder
(esquerda) → equidade → Bons resultados devido aos recursos naturais
Escola de Chicago
Escola de pensamento económico que defende o mercado livre e que foi disseminada por alguns
professores da Universidade de Chicago
• afirmou que existia uma taxa "natural" de desemprego e defendeu que os governos
somente poderiam aumentar o nível de emprego acima desta taxa, aumentando a
procura agregada e causando uma aceleração da inflação.
• defendeu que a curva de Philips era, no longo prazo, vertical à "taxa natural" de
desemprego e previu o que seria conhecido como estagflação
Welfare State
Welfare State é definido como um tipo de organização política e económica, em que Estado tem
a função de proteger e promover bem-estar económico e social dos seus cidadãos, que se
baseia nos princípios de igualdade de oportunidade e redistribuição de riqueza de modo a
garantir a equidade entre cidadãos.
Cabe ao Estado de bem-estar social, garantir serviços públicos e programas sociais para
disponibilizar aos seus cidadãos as condições mínimas de uma vida digna, independentemente
de qualquer situação económica porque estes possam estar a atravessar.
Falhas de mercado vs Falhas de Estado
Falha de mercado → ocorre quando mecanismos de mercado, não regulados pelo Estado e
deixados livremente ao seu próprio funcionamento, originam resultados económicos não
eficientes:
Os EUA finaciaram os seus aliados, no valor, que seria hoje 14 mil milhões de dólares. Este
financiamento tinha por base o PIB per capita dos países.