ECONOMIA
ECONOMIA
ECONOMIA
As escolhas económicas e o seu estudo têm sempre um dilema como pano de fundo. Temos
de fazer escolhas, considerando a aptidão dos bens ou dos serviços para satisfazer
necessidades e para promover o bem-estar. Tal aptidão designa-se como utilidade.
Escassez e abundância
Perante a raridade dos bens económicos, tem de haver decisões, ora simples e naturais, ora
prejudiciais e dramáticas. Os tratados mais antigos de Economia Política falam da escolha dos
governantes que tinham de optar entre a manteiga e os canhões - ou seja, entre dar
preferência à alimentação dos cidadãos e dos súbditos e privilegiar a defesa militar da cidade.
A produção é o ato pelo qual os bens e serviços são utilizados com vista à transformação
noutros bens ou ao seu aperfeiçoamento. A distribuição é o ato pelo qual se faz chegar aos
locais onde se encontram os consumidores as mercadorias aptas a satisfazer necessidades. O
consumo é o ato pelo qual os bens são utilizados para satisfazer diretamente necessidades
humanas específicas.
Temos, assim de ter em consideração os recursos disponíveis, pelo que temos de considerar os
fatores de produção (fatores naturais, capital, trabalho e organização), que são objeto de
transformação e aperfeiçoamento na atividade produtiva ou são utilizados diretamente no
consumo, visando satisfazer necessidades.
Os bens de consumo e de produção - Os bens de consumo são os que constituem objeto das
decisões dos consumidores. Distinguimos os bens de consumo duráveis, cuja utilização se
prolonga no tempo (habitação, viatura, eletrodomésticos) e os bens de consumo não duráveis,
que são destruídos no uso que deles é feito (alimentos, combustíveis).
Bens sucedâneos são bens substituíveis (açúcar e mel) porque são capazes de satisfazer o
mesmo tipo de necessidades. Sempre que um bem tem alguma alternativa quem está a vender
um bem não tem muito manuseamento no mercado. São importantes porque aumentaram a
elasticidade da procura, não há grande oscilação entre preços.
Bens complementares são essências para utilizar com os outros, são usados em simultâneo.
(por mais carros que tenhas tem de haver gasolina (essencial); o açúcar é complementar ao
café- diminui a elasticidade)
Bens livres: livre acesso a todos que não possuem valor algum – ar, mar, luz solar.
Bens coletivos ou financeiros e bens privados: encontramos determinados bens que pelas
suas características têm natureza pública, isto é, não visam satisfação meramente individual.
São bens coletivos ou financeiros e o exemplo mais comum é o do farol, que tem as seguintes
características: (a) indivisibilidade (com consumidores adicionais não há redução do nível de
utilidade dos indivíduos do grupo inicial); (b) impossibilidade de exclusão (é sempre acessível a
consumidores adicionais que o desejem); e (c) não rejeitabilidade (é impossível a rejeição
desse bem por parte dos consumidores).
Lei da demanda:
Agentes económicos:
História Económica
Adam Smith (Escócia- séc. XVIII) é considerado “pai” da economia. “fundou” a escola liberal ou
escola clássica, Adam Smith é otimista, e por isso, defende que o Estado não deve intervir na
economia, porque ela por si só consegue recupera-se, uma ideia totalmente errada, que foi
comprovada nos dias de hoje.
Adam Smith
A escola socialista:
Escola de Cambridge- J. M. Keynes- inicia a escola que não aceita o liberalismo puro e nem o
socialismo, ele estabelece uma economia mista, que aceita os princípios do liberalismo onde o
estado intervém na economia sempre que a economia não consegue sozinha
Se estamos em dias de chuva, o preço do guarda chuva aumenta, porque a procura é maior, os
produtos começam a produzir mais devido à alta procura, o que começa por desvalorizar o
preço dos guardas chuvas, devido inundação no mercado.
Adam Smith pensava que a economia era uma ciência exata, e por isso, tem leis imutáveis no
tempo e espaço. Essas leis são boas para sociedade e o Estado não deve intervir na economia
para não perder a riqueza da nação e que ela conseguia erguesse sozinha.
Conceito de mão invisível: cada um de nós procura satisfazer a sua necessidade individual,
mas somos conduzidos por uma mão invisível (sistema de preço), que faz somando a satisfação
individual, alcançamos a satisfação geral.
Trocas ou fluxos monetários está associado ao mercado de bens e serviços, onde os serviços e
produtos vendidos pelas empresas são consumidos pelas famílias e pagos com a renda que
adquiram através do mercado de fatores de produção.
Trocas ou fluxos reais refere-se à troca física de bens e serviços entre os agentes económicos,
sem considerar o aspeto monetário dessa troca.
Circuito
ESTADO Tributo
Tributo
FAMILIAS EMPRESA
Trabalho
poupança Salário
Empréstimo Emprego
Produtos
Preços
CAPITAL
Exterior (estrangeiro)
Escolas, Hospitais, Bombeiros
Relação entre famílias e empresas singular que compra bens e vende a força do
trabalho. As famílias trabalham para as empresas que se designa por fluxo real e a
empresa paga o salario designado por fluxo monetário. Esse trabalho tem uma troca
que é o salario. As empresas vendem bens e serviços às famílias (fluxos reais) e as
famílias pagam às empresas o preço (fluxo monetário). Esta relação dá origem a 4
fluxos. As famílias e empresas pagam a outro agente: o Estado- tributos, taxas.
Fatores: trabalho e capital.
Estado cobra tributos porque Portugal é um estado fiscal (fluxo monetário),
devolvendo dois fluxos: fluxos reais- bens e serviços para satisfazer necessidades
coletivas como hospitais, escolas, estradas, etc. e fluxos monetários como subsídios e
apoios sociais
Capital é o sistema financeiro neste caso e só tem fluxo monetários. Capta
poupanças e empresta as poupanças. Quando capta, o juro é menor para eles, mas
quando empresta o juro é maior. O sistema bancário é o único que legalmente pode
captar poupanças, as sociedades financeiras podem emprestar, mas não podem
captar.
Custo de oportunidade é o valor ou beneficio que se deixou de ganhar ao fazer uma escolha.
Ex. se eu opto por comprar uma casa, significa que eu estou desistindo de outras escolhas
como viajar.
Utilizando a totalidade dos recursos disponíveis (suponhamos uma população ativa de 200
trabalhadores) poderemos produzir 8 toneladas de alimentos, nada produzindo de vestuário.
No outro extremo, se produzirmos 50 mil unidades de vestuário não podemos produzir bens
alimentares. A sociedade precisa, contudo, não só de se alimentar, mas também de se vestir.
Por isso, vai distribuir os recursos pelas duas opções. Se apenas produzir 6 toneladas de
alimentos já poderá produzir 20 mil unidades de vestuário. E se produzir 4 toneladas de
alimentos poderá chegar a 35 mil unidades de vestuário. Por fim, se apenas produzir 2
toneladas de alimentos terá 45 mil unidades de vestuário. Temos uma representação gráfica
expressa numa curva côncava. E assim apenas poderemos fazer escolhas à esquerda dessa
curva, utilizando ou não plenamente os recursos. Se não houver pleno emprego, poderemos
produzir 4 toneladas de alimentos e 20 mil unidades de vestuário. Mas não poderemos
produzir 4 toneladas de alimentos e 45 mil unidades de vestuário, uma vez que o ponto
definido por essa situação se encontra já fora da fronteira de possibilidades.
A lei dos rendimentos decrescentes tem também em consideração a escassez dos recursos e
relaciona, na economia tradicional, a utilização de um fator de produção fixo (a terra) e de um
fator de produção variável (o capital ou o trabalho). no que designamos como lei dos
rendimentos crescentes à escala, tendendo aqui os custos a ser decrescentes. Fala-se, assim,
em economias de escala quando os fatores de produção são variáveis e quando os
rendimentos adicionais são crescentes.
Os sistemas económicos
Economia dominial
Economia urbana-nacional
Economia capitalista
Economia socialista (coletivista)
A necessidade de:
Justiça, segurança, defesa nacional – são públicos, o mercado não pode intervir (Bens
coletivos puros). São satisfeitos em coletividade
Falhas de mercado- ineficiência de mercado – não funciona bem ou não funciona para toda a
gente
a. Bens coletivos (grupo que é satisfeito) – bens financeiros (como pagamos- impostos) /
públicos (titular do bem- Estado ou uma organização pública) – não pode prejudicar
minimamente a utilização por qualquer outra pessoa – Não são rivais - o bem é
utilizado na totalidade – não a limitação – satisfação plena
A lei dos rendimentos decrescentes tem também em consideração a escassez dos recursos e
relaciona, na economia tradicional, a utilização de um fator de produção fixo (a terra) e de um
fator de produção variável (o capital ou o trabalho).
A divisão do trabalho ou a partilha de tarefas no seio de uma sociedade, verifica-se hoje não
apenas no plano nacional ou local, mas cada vez no contexto global. Fala-se, por isso, de
mundialização ou de globalização.
Interdependência e globalização
Vantagens absolutas
A vantagem absoluta trata-se de saber o que é que cada um vai produzir em excesso
relativamente às suas necessidades, para poder trocar com outros, de modo a obter bens e
serviços não produzidos por ele em troca daquele excedente. Trata-se de saber o que é que
cada um vai produzir em excesso relativamente às suas necessidades, para poder trocar com
outros, de modo a obter bens e serviços não produzidos por ele em troca daquele excedente.
Equidade- forma como dividimos as “fatias” - como fazemos
Adam Smith: cada país deve produzir aquele bem que tem maior vantagem absoluta, e deve
trocar com outro país, o que o país tem vantagem absoluta. (palavras complicadas para
basicamente a importação e exportação)
Portugal é eficiente nos dois produtos, porque consegue produzir os produtos com menos
trabalhadores que Inglaterra
Portugal deve produzir 2x vinhos e 2x panos- para Portugal e Inglaterra – Não teriam
trabalhadores suficientes se tivesse que produzir os dois produtos
Se Portugal produzir-se os dois produtos, os ingleses não poderiam comprar, pois não haveria
dinheiro para comprar, pois não teriam trabalho, já que Portugal produz os dois produtos os
trabalhadores ingleses não trabalhariam
A escassez determina que mesmo a economia que tem vantagens absolutas em ambas as
atividades não pode dedicar-se a ambas senão parcialmente. A eficiência obriga, por isso, à
especialização com base na vantagem relativa.
Ainda que um país tenha mais vantagem absoluta em ambos os produtos, cada vez que se
dedica a produção de panos reduz a quantidade de vinho que consegue produzir, logo é mais
racional dedicar-se apenas a produção de vinho, trocando com Inglaterra aquilo que ela sabe
fazer melhor- panos (pois utiliza menos trabalhadores para fazer os panos)
Ainda que seja bom em duas coisas, vale a pena especializasse em apenas um produto, pois
perde tempo de uma produção.
A oferta é a quantidade de um bem colocado à disposição dos compradores para venda num
mercado.
Considerando que a procura diminui quando o preço aumenta e que a oferta aumenta quando
o preço aumenta, a determinação do preço e da quantidade ocorre como se estivéssemos num
leilão imaginário. Quer o comprador quer o vendedor têm de ceder alguma coisa
relativamente à situação ideal – já que quem vende deseja obter o maior preço e quem
compra deseja que a transação seja a mais barata possível.
Preços e elasticidades
O confronto da oferta e da procura num mercado permite a fixação do preço e do volume das
transações.
O equilíbrio do consumidor corresponde ao cabaz de bens preferido por este entre todos os
que lhe são acessíveis no limite do seu orçamento. Temos, pois, de conhecer a fronteira das
escolhas. Esta fronteira representa a limitação orçamental. A reta de restrição orçamental
define o limite para as escolhas acessíveis e inacessíveis.
Devemos, por isso, recordar a importância das preferências entre pares de bens ou serviços -
enquanto relação entre os bens sacrificados e os bens obtidos, correspondentes a um nível
constante de satisfação de necessidades. No cabaz de bens aptos a satisfazerem as nossas
necessidades, temos de equilibrar as escolhas entre bens alimentares e bebidas, dentro da
fronteira de escolhas possíveis. Fala-se então da substituição de um bem por outro, em
situação de indiferença.
As curvas de indiferença são a expressão gráfica das combinações de bens que proporcionam
satisfações iguais de necessidades. As curvas de indiferença correspondem a níveis idênticos
de rendimento e de bem-estar e não se cruzam. À medida que os rendimentos aumentam
desenvolvem-se paralelamente à direita da curva donde partimos. Se os rendimentos
diminuem, desenvolvem-se paralelamente à esquerda. São curvas convexas porque comparam
produtos com custos de produção diferenciados.