ECONOMIA

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ECONOMIA

A economia preocupa-se com os bens raros, ou seja, bens limitados.

Nas sociedades humanas, as necessidades (por exemplo, de alimentação, de vestuário, de


habitação ou de segurança) surgem como tendencialmente ilimitadas, enquanto os meios
(alimentos, roupas, habitações ou polícia), ou seja, os recursos que visam satisfazer tais
necessidades, são raros ou escassos.

As escolhas económicas e o seu estudo têm sempre um dilema como pano de fundo. Temos
de fazer escolhas, considerando a aptidão dos bens ou dos serviços para satisfazer
necessidades e para promover o bem-estar. Tal aptidão designa-se como utilidade.

Existem necessidade subjetivas, como o tabaco, porque nem todos o utilizamos.

A Economia Política estuda as relações sociais de produção, circulação e distribuição de bens.


Estuda os comportamentos humanos perante recursos raros solicitados para fins múltiplos,
visando a satisfação de necessidades.

Os atos económicos, ligados à produção, à distribuição e ao consumo, correspondem aos


comportamentos que visam a afetação dos recursos à satisfação das necessidades sociais e
humanas. Os atos económicos definem a anatomia da Economia Política. Partindo das
necessidades, encontramos os meios aptos a garantir a respetiva satisfação. Os bens e os
serviços objeto de consumo provêm diretamente da natureza ou são objeto de produção ou
transformação. Os atos económicos correspondem, assim, à ação dos sujeitos económicos
sobre a natureza, a fim de que meios e necessidades se articulem entre si.

Escassez e abundância

As necessidades são ilimitadas em número, mas limitadas em capacidade. As necessidades são


tendencialmente ilimitadas e os bens aptos a satisfazê-las são necessariamente escassos. Ou
seja, cada sujeito económico tem uma limitação natural na fruição económica. Defronta-se
com a escassez de uns bens e com a abundância de outros, devendo adequar essa situação à
satisfação das suas necessidades.

Perante a raridade dos bens económicos, tem de haver decisões, ora simples e naturais, ora
prejudiciais e dramáticas. Os tratados mais antigos de Economia Política falam da escolha dos
governantes que tinham de optar entre a manteiga e os canhões - ou seja, entre dar
preferência à alimentação dos cidadãos e dos súbditos e privilegiar a defesa militar da cidade.

A produção é o ato pelo qual os bens e serviços são utilizados com vista à transformação
noutros bens ou ao seu aperfeiçoamento. A distribuição é o ato pelo qual se faz chegar aos
locais onde se encontram os consumidores as mercadorias aptas a satisfazer necessidades. O
consumo é o ato pelo qual os bens são utilizados para satisfazer diretamente necessidades
humanas específicas.

Temos, assim de ter em consideração os recursos disponíveis, pelo que temos de considerar os
fatores de produção (fatores naturais, capital, trabalho e organização), que são objeto de
transformação e aperfeiçoamento na atividade produtiva ou são utilizados diretamente no
consumo, visando satisfazer necessidades.

Necessidade Económica: tudo aquilo que o homem precisa para sobreviver.


Bens económicos e bens financeiros

Os bens de consumo e de produção - Os bens de consumo são os que constituem objeto das
decisões dos consumidores. Distinguimos os bens de consumo duráveis, cuja utilização se
prolonga no tempo (habitação, viatura, eletrodomésticos) e os bens de consumo não duráveis,
que são destruídos no uso que deles é feito (alimentos, combustíveis).

Bens e serviços - O resultado da atividade produtiva traduz-se em bens materiais ou em


atividades imateriais - estão neste último caso a medicina, o ensino, o turismo ou as belas
artes. Estamos, assim, perante os serviços, que assumem crescente importância nas
sociedades contemporâneas.

Bens sucedâneos são bens substituíveis (açúcar e mel) porque são capazes de satisfazer o
mesmo tipo de necessidades. Sempre que um bem tem alguma alternativa quem está a vender
um bem não tem muito manuseamento no mercado. São importantes porque aumentaram a
elasticidade da procura, não há grande oscilação entre preços.

Bens complementares são essências para utilizar com os outros, são usados em simultâneo.
(por mais carros que tenhas tem de haver gasolina (essencial); o açúcar é complementar ao
café- diminui a elasticidade)

Bens materiais: roupas, carros, casas, etc.

Bens livres: livre acesso a todos que não possuem valor algum – ar, mar, luz solar.

O mercado é um ponto de encontro, físico ou virtual (imaginário), entre a oferta e procura,


para estabelecer o preço de um bem e a quantidade racionada (procurada/vendida).

Atómicos = sem peso no mercado.

Bens coletivos ou financeiros e bens privados: encontramos determinados bens que pelas
suas características têm natureza pública, isto é, não visam satisfação meramente individual.
São bens coletivos ou financeiros e o exemplo mais comum é o do farol, que tem as seguintes
características: (a) indivisibilidade (com consumidores adicionais não há redução do nível de
utilidade dos indivíduos do grupo inicial); (b) impossibilidade de exclusão (é sempre acessível a
consumidores adicionais que o desejem); e (c) não rejeitabilidade (é impossível a rejeição
desse bem por parte dos consumidores).

Regateio é a negociação entre o comprador e o vendedor de um bem ou serviço que debatem


o preço ou a natureza de uma transação.

Lei da demanda:

Preço mais elevada = menor quantidade demandada

Preço mais baixo = maior quantidade demandada

Agentes económicos:

1. Família: Todos nós estamos presentes na economia, normalmente de duas formas


diferentes: trabalhando e comprando, a isto chama-se FAMÍLIA.
2. Empresas: produzem e vendem bens às famílias.
3. Estado: cobra impostos, taxas e contribuições.
4. Capital: capta poupanças e empresta o dinheiro aos outros.
5. Exterior
6. Os agentes económicos tomam decisões considerando o mercado concreto que visam
fornecer e os sujeitos económicos interessados em satisfazer as suas necessidades
através dos bens e serviços que lhes são fornecidos.

História Económica

Adam Smith (Escócia- séc. XVIII) é considerado “pai” da economia. “fundou” a escola liberal ou
escola clássica, Adam Smith é otimista, e por isso, defende que o Estado não deve intervir na
economia, porque ela por si só consegue recupera-se, uma ideia totalmente errada, que foi
comprovada nos dias de hoje.

Adam Smith

Escola francesa- otimista


Escola inglesa- pessimista
J. R. Say
Tomas Malthus – “a população cresce mais rapidamente que os
cereais” - Teorias de controlo da população
Escola francesa:
David Ricardo
 A oferta ocorre da procura
 Os bens económicos tornam-se bens livres
 A primeira constituição 1822

A escola socialista:

 escola do socialismo cientifico


 o estado controla a economia

Escola de Cambridge- J. M. Keynes- inicia a escola que não aceita o liberalismo puro e nem o
socialismo, ele estabelece uma economia mista, que aceita os princípios do liberalismo onde o
estado intervém na economia sempre que a economia não consegue sozinha

1. Clássicos na economia = Liberais

Exemplo de preço mecânico:

Se estamos em dias de chuva, o preço do guarda chuva aumenta, porque a procura é maior, os
produtos começam a produzir mais devido à alta procura, o que começa por desvalorizar o
preço dos guardas chuvas, devido inundação no mercado.

O preço sinaliza a procura e a necessidade dos produtos.

2. A economia é uma ciência social (não é uma ciência exata)

Adam Smith pensava que a economia era uma ciência exata, e por isso, tem leis imutáveis no
tempo e espaço. Essas leis são boas para sociedade e o Estado não deve intervir na economia
para não perder a riqueza da nação e que ela conseguia erguesse sozinha.

Conceito de mão invisível: cada um de nós procura satisfazer a sua necessidade individual,
mas somos conduzidos por uma mão invisível (sistema de preço), que faz somando a satisfação
individual, alcançamos a satisfação geral.

Trocas ou fluxos monetários está associado ao mercado de bens e serviços, onde os serviços e
produtos vendidos pelas empresas são consumidos pelas famílias e pagos com a renda que
adquiram através do mercado de fatores de produção.
Trocas ou fluxos reais refere-se à troca física de bens e serviços entre os agentes económicos,
sem considerar o aspeto monetário dessa troca.

Circuito

Traduz as relações que se estabelecem entre os agentes económicos numa economia

ESTADO Tributo
Tributo

FAMILIAS EMPRESA

Trabalho

poupança Salário
Empréstimo Emprego
Produtos

Preços

CAPITAL

Exterior (estrangeiro)
Escolas, Hospitais, Bombeiros

O capital tem fluxos apenas monetários de capitação de poupanças e empréstimos

 Relação entre famílias e empresas singular que compra bens e vende a força do
trabalho. As famílias trabalham para as empresas que se designa por fluxo real e a
empresa paga o salario designado por fluxo monetário. Esse trabalho tem uma troca
que é o salario. As empresas vendem bens e serviços às famílias (fluxos reais) e as
famílias pagam às empresas o preço (fluxo monetário). Esta relação dá origem a 4
fluxos. As famílias e empresas pagam a outro agente: o Estado- tributos, taxas.
Fatores: trabalho e capital.
 Estado cobra tributos porque Portugal é um estado fiscal (fluxo monetário),
devolvendo dois fluxos: fluxos reais- bens e serviços para satisfazer necessidades
coletivas como hospitais, escolas, estradas, etc. e fluxos monetários como subsídios e
apoios sociais
 Capital é o sistema financeiro neste caso e só tem fluxo monetários. Capta
poupanças e empresta as poupanças. Quando capta, o juro é menor para eles, mas
quando empresta o juro é maior. O sistema bancário é o único que legalmente pode
captar poupanças, as sociedades financeiras podem emprestar, mas não podem
captar.

 Exterior há fluxos reais e monetários que estão retratados numa balança,


designada por balança de pagamentos que se desdobra em sob balanças. Qualquer
balança delira (dois pratos) representa tudo aquilo que podemos vender e comprar ao
exterior. Conseguimos vender por mais e compramos por menos recebendo mais do
que damos.

4 Fatores de produção que tem de acontecer em conjunto e simultâneo:


1. Trabalho- pois não se consegue produzir
sem ela. Tem como renumeração o
salario.
2. Capital (no sentido económico) -
maquinaria- tudo o que se interpõe entre
a força do trabalho e os fatores naturais
de produção e tornam o trabalho mais produtivo- remunerado com juros
3. Fatores naturais de produção (matéria prima; terra) - renumeração com renda
Renumeração dos proprietários dos fatores naturais de produção
4. Organização –- o empresário organiza os fatores de produção e põe a venda.
Quando consegue vender a um preço superior do que comprou, o lucro vem
depois; do salário ao trabalhador, da renda ao proprietário, do juro ao capitalista.
Se tiver dinheiro depois disto fez lucro, se não tem lucro tem prejuízo.

 Renda no direito é sobre um proprietário e um espaço

Capital económico (maquinaria) se sobrepõem sobre os fatores naturais de produção e torna o


trabalho mais produtivo.

 Mercado de fatores: terra, capital.


 Mercado de bens; laranjas, ténis

Custo de oportunidade é o valor ou beneficio que se deixou de ganhar ao fazer uma escolha.

Ex. se eu opto por comprar uma casa, significa que eu estou desistindo de outras escolhas
como viajar.

A fronteira ou curva de possibilidade de produção

Utilizando a totalidade dos recursos disponíveis (suponhamos uma população ativa de 200
trabalhadores) poderemos produzir 8 toneladas de alimentos, nada produzindo de vestuário.
No outro extremo, se produzirmos 50 mil unidades de vestuário não podemos produzir bens
alimentares. A sociedade precisa, contudo, não só de se alimentar, mas também de se vestir.
Por isso, vai distribuir os recursos pelas duas opções. Se apenas produzir 6 toneladas de
alimentos já poderá produzir 20 mil unidades de vestuário. E se produzir 4 toneladas de
alimentos poderá chegar a 35 mil unidades de vestuário. Por fim, se apenas produzir 2
toneladas de alimentos terá 45 mil unidades de vestuário. Temos uma representação gráfica
expressa numa curva côncava. E assim apenas poderemos fazer escolhas à esquerda dessa
curva, utilizando ou não plenamente os recursos. Se não houver pleno emprego, poderemos
produzir 4 toneladas de alimentos e 20 mil unidades de vestuário. Mas não poderemos
produzir 4 toneladas de alimentos e 45 mil unidades de vestuário, uma vez que o ponto
definido por essa situação se encontra já fora da fronteira de possibilidades.

A lei dos rendimentos decrescentes tem também em consideração a escassez dos recursos e
relaciona, na economia tradicional, a utilização de um fator de produção fixo (a terra) e de um
fator de produção variável (o capital ou o trabalho). no que designamos como lei dos
rendimentos crescentes à escala, tendendo aqui os custos a ser decrescentes. Fala-se, assim,
em economias de escala quando os fatores de produção são variáveis e quando os
rendimentos adicionais são crescentes.
Os sistemas económicos

São “formas típicas e globais de organização e funcionamento da economia baseada em certo


numero de princípios fundamentais que regem económicas como estruturas concretas”

Os principais tipos de sistemas concretos, numa perspetiva histórica são:

 Economia dominial
 Economia urbana-nacional
 Economia capitalista
 Economia socialista (coletivista)

Economia capitalista: a revolução industrial do século XVIII, iniciada na Escócia, alterou


profundamente a organização económica e os mercados.

O sistema capitalista ou de mercado ´´e o mais antigo da sociedade industrial, tendo as


seguintes características:

 O mercado, a empresa e o capital, a iniciativa e a propriedade privadas constituem a


forma do sistema;
 Uma técnica evoluída e dinâmica na produção constitui a substancia;
 O espirito de ganho, em especial na forma de lucro, constitui o móbil (espirito).

Economia socialista (coletivista)- os sistemas socialistas ou de direção central (concretizados a


partir da revolução russa de 1917) caracterizam-se essencialmente por três traços:

 A apropriação publica dos meios de produção, com desaparecimento tendencial da


iniciativa privada capitalista, e gestão administrativa da economia (forma);
 A atividade económica subordinada ao plano e subtraída, em principio, às leis do
mercado (substância);
 Motivações ideais de igualdade, solidariedade social, disciplina e bem-estar coletivo
(espírito).

Economia mistas. Os modelos renano e anglo-saxónico

A necessidade de:

 Responder as dificuldades praticas postas pela predominância de mecanismos


espontâneos de regulação ou de mecanismos dirigistas no tocante à satisfação das
necessidades nas sociedades contemporâneas.
 A exigência de definir e concretizar estratégias visando contrariar a grave depressão
económica originada pela crise americana de 1929 e
 A sucesso das politicas publicas postas em pratica aquando da reconstrução das
economias ocidentais depois aos efeitos devastadores da grande guerra- conduziram
as sociedades modernas à adoção de soluções mistas.

Justiça, segurança, defesa nacional – são públicos, o mercado não pode intervir (Bens
coletivos puros). São satisfeitos em coletividade

Falhas de mercado- ineficiência de mercado – não funciona bem ou não funciona para toda a
gente

a. Bens coletivos (grupo que é satisfeito) – bens financeiros (como pagamos- impostos) /
públicos (titular do bem- Estado ou uma organização pública) – não pode prejudicar
minimamente a utilização por qualquer outra pessoa – Não são rivais - o bem é
utilizado na totalidade – não a limitação – satisfação plena

b. Custos decrescente e efeito de monopólio – a atividade produtiva permite que até um


determinado ponto ótimo de combinações de fatores seja possível reduzir os custos,
no entanto, a partir desse ponto, os custos são crescentes.

c. Exterioridades e a atividade pública- a atividade económica determina a existência de


utilidades externas (benefícios resultantes de comportamento alheio) ou desutilidade
externas (custos resultantes de comportamento alheio)

d. Incerteza e risco na atividade económica – há casos em que os riscos inerentes à vida


em sociedade não podem ser cobertos pelo mercado- como as reformas, a doença, a
invalidez ou a velhice, parentalidade e acidentes de trabalho, tornando-se necessário
que o Estado cubra tais riscos através dos sistemas de Segurança Social

e. Políticas globais de estabilidade e crescimento- o equilíbrio macroeconómico ou a


redistribuição de rendimentos não são possíveis de uma mera acomodação
espontânea dos mercados, pelo que também neste caso o Estado é chamado a intervir
para suprir mais estre capacidades.

A lei dos rendimentos decrescentes tem também em consideração a escassez dos recursos e
relaciona, na economia tradicional, a utilização de um fator de produção fixo (a terra) e de um
fator de produção variável (o capital ou o trabalho).

A divisão do trabalho e a interdependência

Adam Smith: Vantagens

A. Uma maior habilidade e qualificação dos trabalhadores


B. A poupança do tempo perdido entre tarefas
C. A utilização de maquinaria

A divisão do trabalho ou a partilha de tarefas no seio de uma sociedade, verifica-se hoje não
apenas no plano nacional ou local, mas cada vez no contexto global. Fala-se, por isso, de
mundialização ou de globalização.

Interdependência e globalização

 No mundo contemporâneo, a divisão do trabalho pressupõe que haja especialização

Essa especialização leva as economias a organizarem-se de modo a que todos os


intervenientes no mercado obtenham benefícios.

Vantagens absolutas

A vantagem absoluta trata-se de saber o que é que cada um vai produzir em excesso
relativamente às suas necessidades, para poder trocar com outros, de modo a obter bens e
serviços não produzidos por ele em troca daquele excedente. Trata-se de saber o que é que
cada um vai produzir em excesso relativamente às suas necessidades, para poder trocar com
outros, de modo a obter bens e serviços não produzidos por ele em troca daquele excedente.
Equidade- forma como dividimos as “fatias” - como fazemos

Adam Smith: cada país deve produzir aquele bem que tem maior vantagem absoluta, e deve
trocar com outro país, o que o país tem vantagem absoluta. (palavras complicadas para
basicamente a importação e exportação)

Teoria das vantagens relativas ou comparativas

Exemplo- David Ricardo

Portugal é eficiente nos dois produtos, porque consegue produzir os produtos com menos
trabalhadores que Inglaterra

Portugal deve produzir 2x vinhos e 2x panos- para Portugal e Inglaterra – Não teriam
trabalhadores suficientes se tivesse que produzir os dois produtos

Se Inglaterra não conseguir produzir não teríamos as trocas internacional

Se Portugal produzir-se os dois produtos, os ingleses não poderiam comprar, pois não haveria
dinheiro para comprar, pois não teriam trabalho, já que Portugal produz os dois produtos os
trabalhadores ingleses não trabalhariam

A escassez determina que mesmo a economia que tem vantagens absolutas em ambas as
atividades não pode dedicar-se a ambas senão parcialmente. A eficiência obriga, por isso, à
especialização com base na vantagem relativa.

Custos de oportunidades: corresponde à quantidade de produção de um bem que é preciso


abandonar para se alcançar a produção de mais uma unidade de outro bem alternativo.

Ainda que um país tenha mais vantagem absoluta em ambos os produtos, cada vez que se
dedica a produção de panos reduz a quantidade de vinho que consegue produzir, logo é mais
racional dedicar-se apenas a produção de vinho, trocando com Inglaterra aquilo que ela sabe
fazer melhor- panos (pois utiliza menos trabalhadores para fazer os panos)

Ainda que seja bom em duas coisas, vale a pena especializasse em apenas um produto, pois
perde tempo de uma produção.

Fonte – onde nasce, origem

Fontes das vantagens comparativas:

 Fontes naturais- dotação natural (petróleo, bom tempo)


 Dotações adquiridas (museus, construções, culinária)
 Dotações recursos humanos (qualificação humana/ habilitações- ex. como noruega
geriram o petróleo encontrado)

Oferta e procura. Noção de mercado

A procura é a quantidade de um bem que os compradores estão dispostos a adquirir.

A oferta é a quantidade de um bem colocado à disposição dos compradores para venda num
mercado.
Considerando que a procura diminui quando o preço aumenta e que a oferta aumenta quando
o preço aumenta, a determinação do preço e da quantidade ocorre como se estivéssemos num
leilão imaginário. Quer o comprador quer o vendedor têm de ceder alguma coisa
relativamente à situação ideal – já que quem vende deseja obter o maior preço e quem
compra deseja que a transação seja a mais barata possível.

Preços e elasticidades

Preço é o valor de um bem ou de um serviço expresso em unidades monetárias.

Elasticidade é a relação que se estabelece entre as variações absolutas ou relativas de dois


fenómenos económicos.

A elasticidade representa uma proporcionalidade, na medida em que relaciona a quantidade


procurada ou oferecida com o preço do bem. Pode acontecer que, face a um aumento do
preço de um bem, a procura aumente menos que proporcionalmente, diminua ou até mesmo
se mantenha constante. Assim, a elasticidade da procura de um bem relativamente ao seu
preço calcula-se como a relação entre a variação em percentagem da quantidade procurada e
a variação em percentagem de um preço.

 Situação perfeitamente inelástica. A variação do preço não provoca qualquer mudança


na quantidade procurada. Exemplos: sal, droga para os toxicodependentes.
 Situação inelástica. A variação da quantidade procurada é inferior à mudança em
percentagem do preço. Exemplo: gasolina.
 Elasticidade unitária. A variação em percentagem da quantidade procurada é
exatamente igual à percentagem de alteração do preço. Exemplo: bens alimentares.
 Situação elástica. A variação em percentagem da quantidade procurada é superior à
variação em percentagem do preço. Exemplos: jornais.
 Situação perfeitamente elástica. A variação em percentagem da quantidade procurada
que se segue a uma alteração de preço apresenta-se como infinita. Em suma, a
procura pode desaparecer, fugindo para outros bens mais baratos. Exemplos: a
generalidade dos bens, relativamente aos quais há diferentes oportunidades de
escolha.

Chama-se elasticidade cruzada à relação entre a variação da quantidade de um produto e a


variação do preço de outros produtos.

Curvas da oferta e da procura. Representação gráfica (cruz de Marshall).

O confronto da oferta e da procura num mercado permite a fixação do preço e do volume das
transações.

O excedente da oferta corresponde à diferença entre a menor quantidade que os


compradores estão dispostos a comprar e a máxima quantidade que os produtores estão
dispostos a fornecer.

O excedente da procura corresponde à diferença entre a menor


quantidade que os vendedores estão dispostos a vender e a maior
quantidade que os compradores estão dispostos a comprar.

A tendência verificada no encontro entre a procura e a oferta


tende para o preço de equilíbrio. As duas curvas encontram-se num
ponto de equilíbrio parcial.
A cruz de Marshall representa graficamente a lei da oferta e da procura, traduzindo o
encontro das respetivas curvas, devendo ser lida numa perspetiva interpretativa dinâmica, que
influenciou decisivamente a moderna Ciência Económica.

Efeitos de rendimento e de substituição

A cada ponto de uma curva da procura individual corresponde um ponto de equilíbrio do


comprador. Com se disse, a curva da procura do consumidor é decrescente – a procura diminui
quando os preços aumentam e quando o preço baixa a quantidade aumenta. Todo o
crescimento do consumidor conduz a um movimento. Também como já vimos, o crescimento
do rendimento do consumidor conduz a um movimento para a direita das curvas da procura
para os diferentes bens ou serviços. Toda a diminuição de rendimento, por seu turno, conduz a
uma variação para a esquerda da curva de procura.

O equilíbrio do consumidor corresponde ao cabaz de bens preferido por este entre todos os
que lhe são acessíveis no limite do seu orçamento. Temos, pois, de conhecer a fronteira das
escolhas. Esta fronteira representa a limitação orçamental. A reta de restrição orçamental
define o limite para as escolhas acessíveis e inacessíveis.

O efeito de rendimento corresponde ao facto de a sensibilidade no mercado tender a


aumentar se as limitações quanto aos recursos disponíveis dos sujeitos económicos forem
atingidas. Assim, se houver um aumento de preços desacompanhado de um aumento do
rendimento disponível o padrão normal de consumo excede as disponibilidades dos
consumidores - obrigando-os a retrair-se nas suas compras, uma vez que têm de ter presente a
fronteira de escolhas possíveis.

Preço de equilíbrio. Formação de preços

Devemos, por isso, recordar a importância das preferências entre pares de bens ou serviços -
enquanto relação entre os bens sacrificados e os bens obtidos, correspondentes a um nível
constante de satisfação de necessidades. No cabaz de bens aptos a satisfazerem as nossas
necessidades, temos de equilibrar as escolhas entre bens alimentares e bebidas, dentro da
fronteira de escolhas possíveis. Fala-se então da substituição de um bem por outro, em
situação de indiferença.

As curvas de indiferença são a expressão gráfica das combinações de bens que proporcionam
satisfações iguais de necessidades. As curvas de indiferença correspondem a níveis idênticos
de rendimento e de bem-estar e não se cruzam. À medida que os rendimentos aumentam
desenvolvem-se paralelamente à direita da curva donde partimos. Se os rendimentos
diminuem, desenvolvem-se paralelamente à esquerda. São curvas convexas porque comparam
produtos com custos de produção diferenciados.

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