Etica Das Finanças-Robert Schiler
Etica Das Finanças-Robert Schiler
Etica Das Finanças-Robert Schiler
ROBERT J. SHILLER
Tradução de
PEDRO CARVALHO E GUERRA
E RITA CARVALHO E GUERRA
Lisboa 2015
ÍNDICE
Prefácio ............................................................................................ 9
23
ROBERT J. SHILLER
24
A ÉTICA DAS FINANÇAS
25
ROBERT J. SHILLER
26
A ÉTICA DAS FINANÇAS
27
ROBERT J. SHILLER
28
A ÉTICA DAS FINANÇAS
29
ROBERT J. SHILLER
30
A ÉTICA DAS FINANÇAS
31
ROBERT J. SHILLER
32
A ÉTICA DAS FINANÇAS
33
ROBERT J. SHILLER
34
A ÉTICA DAS FINANÇAS
35
ROBERT J. SHILLER
36
A ÉTICA DAS FINANÇAS
Bill Gates, no seu livro The Road Ahead, de 1995, fez uma série de
previsões sobre o futuro na era da informação, na sua maioria fanta-
sistas. A maior parte das previsões mais divertidas ainda não ocorre-
ram. Por exemplo, Bill Gates previu que algumas pessoas irão gravar
a totalidade das suas vidas, com as câmaras sempre ligadas, registando
as suas biografias para futuro visionamento. Essa ideia gerou uma
leitura que nos obriga a pensar, mas ainda não se tornou realidade.
O que Gates não previu foram inúmeros outros desenvolvimentos
fundamentais, incluindo as páginas da Internet eBay (fundada em
1995, no mesmo ano em que o seu livro era publicado), Wikipédia,
Facebook.com, Linkedin.com, Zipcar.com, CouchSurfing.org e um
milhão de outras que alteraram a forma como vivemos as nossas vidas.
Não devemos culpá-lo por não ter conseguido prever estes últimos
– ninguém deve ser culpado. Em vez disso, devemos considerar o
processo através do qual tais inovações surgiram e o porquê de terem
surgido em determinados ambientes em detrimento de noutros. Este
é o verdadeiro assunto na finança.
Bill Gates não estava a apresentar uma visão do futuro do capi-
talismo ou da sociedade responsável; estava encantado com os
37
ROBERT J. SHILLER
38
A ÉTICA DAS FINANÇAS
39
ROBERT J. SHILLER
40
A ÉTICA DAS FINANÇAS
41
ROBERT J. SHILLER
42
A ÉTICA DAS FINANÇAS
43
ROBERT J. SHILLER
44
A ÉTICA DAS FINANÇAS
45
ROBERT J. SHILLER
mas também uma certa fealdade, pelo menos na sua forma atual. As
crises financeiras por que passamos, de tempos a tempos, são apenas
parte da história. Esta fealdade pode levar alguns a recusar por com-
pleto o conceito de capitalismo financeiro. Contudo, seria insensato
fazê-lo, porque isso custar-nos-ia a capacidade de concretizarmos os
nossos objetivos mais desejados.
A história do desenvolvimento económico que trouxe o mundo
até ao seu estado atual de prosperidade e esclarecimento é uma histó-
ria de muitos ajustamentos técnicos ao nosso sistema financeiro e de
inovações inspiradas pela teoria financeira, mas também baseada em
avaliações realistas de natureza humana. Esta parte do livro dedica-se
a extrapolações de tendências passadas que resultaram em sistemas
financeiros cada vez melhores; também avança um número concreto
de ideias sobre como o sistema pode ser melhorado nas décadas vin-
douras.
O epílogo oferece alguns pensamentos finais sobre como o poder
é realmente usado pela finança, sobre os nossos sentimentos negativos
em relação à concentração de poder que vemos no mundo financeiro
e sobre como, numa democracia financeira, um tal poder pode ser
usado e reconciliado com os valores humanos básicos.
46