Manual de PNL
Manual de PNL
Manual de PNL
• •
A
Versão original em ingl ês por Thorsons, uma divisão
da HarperCollinsPublishers Ltd, sob o título
NPL Workbook
c Joseph O’ Connor 2017
Joseph O’ Connor tem o direito moral de ser identificado como autor desta obra .
Ia Edição: 2003
1“ Reimpressão: 2003 8a Reimpressão: 2012
2 Reimpressão: 2005
S
9a Reimpressão: 2013
3* Reimpressão: 2006 10a Reimpressão: 2014
4a Reimpressão: 2007 1 Ia Reimpressão: 2015
5a Reimpressão: 2008 12a Reimpressão: 2016
6a Reimpressão: 2010 13a Reimpressão: 2017
7a Reimpressão: 2011
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
ÕTãin
Manual de programação neurolingu ística: PNL: um guia prático para alcançar os resul ¬
tados que você quer / Joseph O’ Connor ; tradução de Carlos Henrique Trieschmann ; revisão
técnica Jairo Mancilha. - Rio de Janeiro : Qualitymark Editora, 2017.
344p. :
Tradu ção de: NPL workbook : a praticai guide to achieving the results you want
Inclui Bibliografia
-
ISBN 978-85-7303 836- 1
2017
IMPRESSO NO BRASIL
Jairo Mancilha,
Ph.D., Médico e Master Trainer em PNL
Diretor do INAp - Instituto de Neurolingiiística Aplicada
www.pnl.med.br
Sumário
Introdução xi
Capí tulo 1 O que é PNL ? 1
Capí tulo 2 Resultados 13
Capí tulo 3 Aprendizagem 27
Capí tulo 4 Relacionamento 45
Capí tulo 5 Os Sentidos 53
Capí tulo 6 Estado Emocional 83
Capítulo 7 Por Dentro da Mente 107
Capítulo 8 Estrat égias 133
Capítulo 9 Linguagem 151
Capí tulo 10 O Metamodelo 163
Capí tulo 11 O Modelo Milton 195
Capí tulo 12 Metá fora 215
Capí tulo 13 Reda çã o 225
Cap í tulo 14 Compreensã o 233
Capí tulo 15 Enquadramento 259
Capí tulo 16 Juntando a Coisa Toda 279
Apêndices:
Padrões da PNL 303
As Principais Influ ê ncias no Desenvolvimento da PNL 307
Bibliografia 315
Glossá rio 319
Introdução
gunta . H á també m uma seçã o final sobre como criar suas pró prias ferramentas,
para que você mesmo possa adicionar coisas à caixa.
XII JOSEPH O'CONNOR
blema quanto o significado que você tira daquilo que lê vê m do mesmo lugar -
sua mente.
Acima de tudo, seja curioso. Este livro é sobre as infinitamente fascinantes
teias de nossa experiê ncia . Alguns dias sã o maravilhosos. Nã o podemos errar e
ninguém mais pode, também. Outros dias são horríveis. Parece que todos cons¬
piram para nos prejudicar, e nada d á certo. Se tentássemos cair, as chances são
de que erraríamos o chã o. Como isso tudo acontece? A PNL pode começar a lhe
dizer como e até um pouco do por quê. Você então talvez possa atravessar cada
dia com um pouco mais de escolha, um pouco menos sobrecarregado pelo ex¬
cesso de bagagem de antigas limita ções.
https://www.youtube.com/watch?v=cq5fkw_OWEA
1
Capitulo
0 Que E PH?
Vamos começar pelo começo. O que é PNL? Mas essa é uma pergunta capciosa . N ão
se pode reduzir a PNL a uma ú nica definição. H á muitas explicações do que seja
PNL, cada uma como um feixe de luz brilhando de um â ngulo diferente, iluminan¬
do inteiramente a forma e a sombra do objeto.
tiva - como pensamos sobre nossos valores e crenças e como criamos nossos
estados emocionais - e como constru ímos nosso mundo interno a partir de
nossa experiê ncia e lhe damos significado. Nenhum evento tem significado em
si mesmo, nós lhe atribu í mos significado, e pessoas diferentes podem lhe atri ¬
buir significados iguais ou diferentes. Assim a PNL estuda experiê ncias pelo
lado de dentro.
2 JOSEPH O'CONNOR
" Bem, está um tanto ruim,filho", respondeu o velho. " Semprefica pior quando o tempo
. .
está ú mido Quase não consigo mexer os dedos hoje " Uma expressão de dor atravessou-
lhe a face.
O menino voltou para a mãe. " Ele disse que estava ruim. Acho que ele sente dor. Você
vai me dizer o que é PNL agora?"
“ Em um minuto, prometo", respondeu a mãe. "Agora vá lá e pergunte ao vovô qual
foi a coisa mais engraçada que você fez quando era bem pequeno."
O menino foi até o avô. " Vovô" , começou, "qual foi a coisa mais engraçada que já fiz
quando era bem pequenininho?"
O semblante do velho se iluminou . " Bem" , sorriu, “ houve muitas coisas. Teve a vez
que você e seu amigo brincaram de Papai Noel e espalharam talco pelo banheiro todo di¬
zendo que era neve. Eu ri muito - mas eu não precisava limpar tudo" . Fitou a distância
com um sorriso.
" E depois teve aquela vez quando eu o levei para passear. Era um dia lindo e você can¬
tava uma música infantil que acabara de aprender. Cantava alto. Um homem passou e
olhou para você com a cara feia. Achou que você fazia barulho demais. Pediu - me que lhe
-
dissesse para ficar quieto. Então você virou se para ele e disse: " Se você não gosta quan
do eu canto, você pode ir ferver a sua cabeça" . E continuou mais alto ainda... O velho
¬
riu.
O menino voltou para sua mãe. " Você ouviu o que o vovô disse?" perguntou .
" Sim" , respondeu a mãe. “ Você mudou o que ele sentia com algumas palavras. Isso é
PNL"
Um sábio chegou a um vilarejo tio deserto uma tarde ao pôr-do-sol. Descendo de seu
camelo, pediu a um dos aldeões um gole d' água.
"Certamente" , disse o aldeão, dando- lhe uma caneca com água.
O viajante esvaziou a caneca. "Obrigado", disse ele. " Posso ajudá-lo de alguma for ¬
Como a PNL se parece com o décimo oitavo camelo? Pode ser que ela seja
apresentada em uma situação por um homem sá bio, solucione o problema ra ¬
Os Pilares da POL
A PNL possui seis princípios básicos. São conhecidos como os "pilares da
PNL".
2 . Você - seu estado emocional e nível de habilidade.
Você é a parte mais importante de qualquer intervenção de PNL. Você
torna a PNL real atrav és daquilo que faz. Assim como uma ferramen ¬
ta pode ser usada para criar arte maravilhosa ou lixo, assim a PNL pode
ser bem ou mal utilizada . Seu sucesso depende do quã o habilidoso e
capaz você é. Quanto mais congruente você for, mais sucesso terá .
Congru ência é quando suas metas, crenças e valores se alinham com
suas ações e palavras, quando você "faz o que diz e diz o que faz".
vida como um navio em mar revolto; desde que o mapa nos aponte os
principais perigos, estaremos bem . Quando os mapas são falhos, cor ¬
https://www.youtube.com/playlist?list=PLtajOKqbKRv1ezYnOuykYwgMOuIqc9tee
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 7
OOueaPflLPaz?
A PNL traz autodesenvolvimento e mudan ça. Primeiro, você a usa para
trabalhar a si mesmo para se tornar a pessoa que realmente quer ser e pode
ser. Da mesma forma, você trabalha a si mesmo para que possa ajudar outras
pessoas de forma eficaz.
Viajo muito de avião, e percebo que, no in ício de cada vôo, depois de nos
sentarmos e afivelarmos o cinto, o pessoal de cabine nos tem a sua mercê, e
realizam os procedimentos de segurança de vôo. A esta altura, os viajantes
habituais mergulham em suas revistas de bordo, porque j á ouviram aquilo
tudo antes, e alguns deles poderiam recitar tais palavras de cor. Mas eu sem ¬
si mesmo .
A PNL não diz respeito a consertar outras pessoas e esquecer - se de
Coloque a sua má scara primeiro !
dan ça .
Entã o você pode aplicar um dos muitos padrões, técnicas ou combina ções
de padrões que a PNL desenvolveu para mudança e aprendizagem .
Seu resultado deve ser ecológico, para que se encaixe no quadro maior sem
consequências desastrosas para você e para outros.
Por fim, você "faz uma ponte ao futuro", ou seja, ensaia mentalmente
a nova mudança e a nova aprendizagem. Isso a reforça e significa que você
se lembrará de agir de forma diferente quando chegar a hora de testar o que
aprendeu.
Geologia
-
Ecologia se refere a preocupar se com o sistema geral. Você a verifica quan ¬
plo. Você checa se o que parece ser uma boa mudança em uma parte do siste¬
ma não vai causar problemas em outras á reas. Muitas mudanças pessoais e
organizacionais fracassam porque o limite do sistema é estabelecido de forma
demasiadamente estreita, e os "efeitos colaterais" acabam sendo grandes do ¬
res de cabeça . Uma verifica çã o de ecologia é como notar se um medicamento
causa efeitos colaterais nocivos mesmo que cure a doença.
Como parte de uma técnica de PNL, verificar a ecologia assegura que a
PNL não se tornará manipulativa, que as suas ações não levarão a ganho para
você e perdas para outrem. Você també m checa se a mudança feita por outra
pessoa se harmoniza com o restante de sua vida e de seus relacionamentos.
Ao verificar a ecologia, você se assegura de n ã o manipular a si mesmo, se for¬
çando a adotar algum curso de a çã o do qual se arrependerá mais tarde ou que
prejudique seriamente outra pessoa .
Todas as a ções tê m consequências além de seu contexto específico. Nos ¬
sas vidas sã o complexas, e uma mudança causará marolas como uma pedra
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 9
Ecologiã Intern
Verificar a ecologia interna é checar junto a seus próprios sentimentos se
seguir um curso de a ção seria sá bio. A ecologia de seu corpo f ísico é refletida
em sua sa úde física. Sua ecologia mental é refletida pelos seus sentimentos de
congruê ncia ou incongruência.
Incongru ê ncia é a sensação de que a mudança tem consequê ncias incer¬
tas (você precisa, então, de mais informa ções), ou negativas (você entã o preci ¬
kologiã Mem
A ecologia interna se confunde com a externa porque somos todos parte
de um sistema maior de relacionamentos. Ecologia interna e externa são duas
perspectivas diferentes referentes ao mesmo sistema. Verificar a ecologia ex
¬
terna quer dizer examinar como seu resultado afetará outras pessoas signifi
¬
cura na noite de Ano Novo em Nova York. Resolve jogar squash e vai à acade
¬
mia três vezes por semana, pensando que quanto mais fizer, melhor será. Como
seu corpo não está acostumado ao esforço, distende um m ú sculo e fica cansa ¬
do e let á rgico. Assim, nã o pode se exercitar, fica deprimido, faz ainda menos e
pode acabar com uma vida menos ativa e ainda mais pesado do que no fim do
ano, e com uma fatura de fisioterapia e, além disso, a mensalidade da acade¬
mia que quase nã o usou .
A ecologia é importante em organizações també m . Um grande esforço de
vendas pode resultar em um salto de vendas que exerça pressão sobre os fa ¬
bricantes para atenderem a demanda. Se forem incapazes de entregar, isso le
¬
A PNL tem grande respeito pelo inconsciente . O lugar mais fácil de onde
começar, no entanto, é o consciente - aquilo que percebemos e como dirigimos
nossas vidas, formulando, compreendendo e alcançando nossos resultados .
Plano de flçã o
1. Escolha uma das pressuposições da PNL que mais o atrai. Agora pense
em um problema ou em uma situa ção dif ícil que tenha com outra pes¬
soa. O que você faria se fosse agir como se essa pressuposição fosse ver¬
dadeira ? Como a situa ção mudaria ?
Como exemplo simples, um amigo meu fazia parte de uma equipe de
projeto de trabalho. Um membro da equipe o estava levando à loucura,
continuamente dando voz a objeções, entrando em detalhes com dema ¬
siada anteced ência e perdendo tempo ( na opiniã o de meu amigo). A pres¬
suposiçã o que veio à mente foi a de que as pessoas trabalham com per ¬
feição. Seu colega tinha uma excelente estratégia para classificar e fazer
sentido de informa ções, mas a estava aplicando no lugar errado. Man ¬
ter a pressuposiçã o em mente ajudou meu amigo a compreender seu
colega, a ser paciente com ele, a manter o rapport e a ajudá-lo a fazer suas
perguntas de forma diferente em um momento diferente, quando eram
extremamente valiosas.
2. Agora escolha uma pressuposiçã o sobre a qual tem as maiores d ú vidas.
Considere outra situaçã o dif ícil em sua vida. O que você faria se agisse
como se essa pressuposi çã o fosse verdadeira ? Como a situa çã o muda ¬
ria?
3. Assista ao filme Matrix no vídeo. Se já tiver assistido, assista de novo.
Se você fosse protagonista no filme, teria tomado a pílula azul ou a
pílula vermelha? E como você sabe que nã o está em um Matrix de ver¬
dade?
Capítulo
Resultados
O que você quer? Essa é a pergunta definitiva em PNL. Um resultado é o que você
quer - um estado desejado, algo que você não tem em seu estado atual . Resultados
"aparecem" quando nós os alcançamos, daí o nome, e o primeiro passo para alcançá-
los é pensar a respeito cuidadosamente. Por que você deseja seu resultado e se você
deve desejá-lo são perguntas que demandam respostas. Resultados em PNL são di¬
ferentes de alvos, metas e objetivos, pois foram cuidadosamente considerados e aten¬
dem determinadas condições que os tornam realistas, motivadores e alcançáveis.
recursos para
çã o a um estado desejado - seu resultado. Você utiliza vá rios
ajud á-lo a fazer a jornada.
Estado desejado
Estado Presente
( Onde você está mas prefere n ão estar) - i ( Onde deseja estar)
Recursos
as e valores)
( Estratégias mentais, linguagem , fisiologia , estados emocionais, crenç
Mudança básica em PNL
Há quatro perguntas básicas que você precisa fazer para ser bem-sucedi
¬
do nessa jornada:
O Em direçã o a que estou indo? ( O estado ou resultado desejado.
)
Pensando em Resultados
Resultados apresentam dois aspectos:
O Pensamento voltado para resultados - decidir o que quer em uma
dada si ¬
tua çã o.
e ter
O Orientação para resultados - pensar em resultados consistentemente
,o
direcionamento e propósito gerais na vida. Até que saiba o que quer
que fizer n ã o terá propósito, e seus resultados serã o aleat ó rios . A orien ¬
Aqui, positivo significa "direcionado para algo que você quer " em vez
de "se afastar de algo que deseja evitar".
Portanto, pergunte-se: "O que eu quero?", não "O que não quero, ou
desejo evitar?"
Por exemplo, perder peso e deixar de fumar são resultados negativos,
que podem explicar em parte por que são dif íceis de se alcançar. Redu¬
tando: "O que eu quero em vez disso?" e "O que isso fará para mim ?"
Por exemplo, se você deseja reduzir suas d ívidas, você pode determi ¬
virei?"
3. Pontos especí ficos: Quando, onde e com quem?
Onde você quer o resultado? Especificamente onde? Poderá haver lo ¬
cais e situa ções nos quais você não o quer. Poderá desejar aumentar a
produtividade, mas apenas em certos departamentos. Poderá desejar
comprar uma casa, mas não se as taxas de juros passarem de um deter¬
minado patamar.
Quando você o quer? Poderá ter que cumprir um prazo ou poderá não
querer o resultado antes de uma data específica, porque outros elemen ¬
tos não estariam implementados para dele se beneficiarem. Pergunte-se:
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROUNGU í STICA - PNL 17
-
sar na ecologia do resultado, poder á desejar mudá lo ou pensar em
um meio diferente de alcançá-lo.
3 De que ter á que abrir mã o quando alcançar esse resultado? Dizem
que você pode ter tudo que quiser se estiver preparado para pagar
por isso (e não necessariamente em dinheiro).
3 O que é bom em relação à situação atual? O que deseja manter? A per-
da de aspectos valiosos da situação atual é a maior causa de resistê n¬
cia à mudança, tanto para indivíduos quanto para organiza ções.
3 O que mais pode acontecer quando conseguir seu resultado? H á
sempre consequências secund á rias e às vezes essas se tornam um
problema maior do que a situa ção inicial. (O toque de ouro do rei
Midas vem à mente...)
7. Identidade: Este resultado tem a ver com quem você é?
Você pode aplicar isso tanto no nível individual quanto no organiza ¬
cional. Primeiro, o nível individual. Suponha que deseje gerenciar um
projeto. Seu envolvimento com esse projeto poderá significar muito
tempo longe de casa. Poderá significar abandonar outros projetos Po- ,
HUGGSnT
Alguns resultados sã o mais importantes do que outros. Gosto de chamar
os mais importantes de HUGGs ( Huge, Unbelievably Great Goals). Nem to ¬
das as condições para resultados se aplicam a HUGGs. São resultados de
grande
escala e não podem ser precisados com exatidão.
HUGGs tê m as seguintes qualidades:
O São de longo prazo (de cinco a 30 anos).
O São metas claras, compelidoras e de f á cil compreensão.
O Se conectam a sua identidade e a seus valores essenciais.
O Você tem fortes sentimentos a seu respeito. Elas engajam suas
emoções
- você se sente bem quando pensa nelas.
O Quando você as estabelece da primeira vez, parecem imposs
íveis. Com
o passar do tempo, começam a se manifestar cada vez mais.
O Não envolvem sacrificar o momento presente por um futuro
possível,
por melhor que seja .
.
N.T.: Huge Unbelievably Great Goals,ou "Metas Enormes, Inacreditav
elmente Maravilhosas". Há também um
trocadilho envolvido, pois hug, ou hugs , significa abra ço, ou abra ços.
20 JOSEPH O 'CONNOR
HUGGs podem dar forma a sua vida . Por serem de longo prazo e alinha
¬
dos com seus valores essenciais, você frequentemente poderá alcan çá - las de
formas imprevisíveis, até mesmo paradoxais, ou parecerã o cair do cé u , como
" "
má gica.
HUGGs frequentemente possuem um elemento de "afastamento . Se você
"
Crenças
Cren ças sã o as regras pelas quais vivemos. Sã o nossos melhores palpites
frente à realidade e formam nossos modelos mentais - os princípios pelos quais
o mundo parece funcionar, com base em nossa experiê ncia . Cren ças n ã o sã o
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL
21
fatos, embora muitas vezes as confundamos com fatos. Temos cren ças
sobre
outras pessoas, sobre nós mesmos e sobre nossos relacionamentos, sobre o
que
é possível e sobre aquilo que somos capazes de fazer. Temos um investi
mento
pessoal em nossas crenças. "Eu avisei" é uma frase que traz satisfaçã o porqu
significa que nossas cren ças se mostraram corretas. Dá-nos confiança em
e
nos¬
sas idéias.
Algumas coisas nã o sã o influenciadas por nossa cren ça nelas - a lei da
gravidade, por exemplo, não mudará quer acreditemos nela ou nã o. Às vezes,
tratamos outras cren ças - sobre nossos relacionamentos, capacidades
e possi¬
bilidades - como se fossem tã o fixas e imutá veis quanto a gravidade,
e nã o o
sã o. Cren ças efetivamente formam nosso mundo social.
Crenças agem como profecias auto-realizá veis. Agem como permis ões ou
s
como empecilhos para aquilo que podemos fazer. Se você acredita que não
é
muito simpá tico, isso fará com que aja de forma desagrad ável em rela
ção a
outros e assim confirme sua cren ça, mesmo que n ã o queira que seja verdad
e.
Se você acreditar que é simpá tico, entã o abordará as pessoas de forma
mais
aberta, e elas terã o mais probabilidade de confirmar sua crença .
A PNL trata crenças como pressuposi ções, não como verdade ou fatos .
Crenças criam nosso mundo social .
Tratar crenças como pressuposições significa que a PNL trata cren ças como
princípios de conduta . Você age como se fossem verdade e, se gostar dos resulta ¬
dos, continua a agir como se fossem verdade. Se suas cren ças nã o lhe trazem
bons resultados, você as muda. Você tem escolha quanto àquilo em que acre
¬
dita - embora a crença de que crenças sã o mutá veis seja, em si, uma
crença de¬
safiadora para muitas pessoas!
Crenças tê m que produzir ação se forem significar alguma coisa;
portanto
crenças são princ í pios de açã o, nã o ideais vazios .
Crençdse ífesu/tddos
Você precisa acreditar em três coisas sobre seus resultados:
É possível alcançá - los.
Você é capaz de alcançá - los.
Você merece alcançá- los.
Possibdidade
Com muita frequ ê ncia nos enganamos, pensando que possibilidade é com
¬
não sa ¬
petê ncia. Pensamos que uma coisa não é possível quando na verdade
, não
bemos fazê la. Todos nós temos limitações f ísicas, é claro - somos humanos
-
super-heróis. Mas geralmente não sabemos quais são esses limites. Você
não pode
saber quais são até atingi los.
-
Você n ã o pode provar um negativo, portanto jamais poderá provar que é
ã o o alcan çou .
incapaz do que quer que seja; poderá apenas dizer que ainda n
Houve é poca em que se considerava impossível para qualquer ser humano
correr uma milha em menos de quatro minutos - até que Roger Bannister o
fez em Oxford em 6 de maio de 1954. Então aconteceu uma coisa estranha -
minu ¬
mais e mais atletas começaram a correr uma milha em menos de quatro
tos. Hoje a realização "impossível" de Roger Bannister é lugar comum .
Não se precipite ao decidir o que é impossível.
Capacidade
Você estabeleceu um teto mental para suas realizações? Freqiientemente
. Mas
depreciamos a nós mesmos ao não acreditarmos que podemos fazer algo
crenças não sã o fatos - são apenas nosso melhor palpite quanto a como
as coi¬
sas estão no momento.
Tenha uma crença básica e verdadeira: Você ainda não atingiu o limite daqui
¬
lo que c capaz .
Mantenha a mente aberta . Jamais anuncie a outras pessoas que você nã o
pode fazer algo, mesmo que ache que nã o pode. Ou ça durante um dia ou dois
n ão
e escutará uma grande quantidade de confissões de pessoas sobre que
o
podem fazer. As pessoas admitirão muito mais prontamente aquilo que fazem
mo ¬
mal do que aquilo que fazem bem. Algumas pessoas confundem isso com
déstia, mas não é. A modéstia significa n ão se vangloriar daquilo que voc pode
ê
fazer.
N ão se vanglorie de suas supostas limitações .
"ainda"
ções impostas. Se você se vir pensando assim, adicione a palavrinha
no final. Aí estará sendo realista.
Não se desculpe com antecedência nem alegue circunstâ ncias atenuan
¬
tes em voz alta. Se você der uma desculpa com antecedê ncia, precisará dela
!
Assuma responsabilidade pelas suas metas. Pode haver um sem - n ú mero de
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 23
boas razões pelas quais você nã o as alcance, mas se der desculpas antecipada ¬
mente, você terá se preparado para o fracasso.
Merecimento
Você merece atingir seus alvos?
Só você pode responder a essa pergunta, mas por que nã o?
A PNL não julga se as metas são moral ou eticamente corretas, simples¬
mente lhe oferece um processo para ajudá-lo a alcançá-las. A verificação de eco¬
logia geralmente vislumbrará alguns dilemas morais ou éticos. Só você pode
decidir como resolver esses dilemas.
Depois de ter trabalhado em suas metas com as condições bem formula ¬
-
das, submeta as às perguntas PCM. Para cada meta, diga :
" Essameta é poss ível ."
"Tenho a capacidade de alcançar essa meta ."
Uma vez com a lista de objeções em mã o, decida quantas delas são obstá ¬
culos verdadeiros e quantas sã o crenças suas.
Há três possibilidades:
1 . Existem obstá culos verdadeiros que tornam imposs í vel que você alcance
suas metas . Se isso for verdade , esqueça o resultado . É perda de tempo
persegui - lo agora , embora as circunstâ ncias possam mudar.
2 . São obstáculos reais que você poderia superar se dedicasse tempo e es ¬
forço para fazê - lo . Se isso for verdade , decida se quer a meta o suficien -
JOSEPH O'CONNOR
24
queça o resultado.
3 . São crenças sobre você ou outras pessoas, e voc ê, na verdade, nã o sabe
se s ã o reais . Se isso for verdade, pense sobre como poderia testar tais
crenças. O obstá culo existe apenas em sua cabeça ? O qu ã o verdadeiro
é ? Uma vez que o tenha testado, recairá em uma das duas categorias
anteriores.
Essa abordagem o torna responsável pelos seus resultados. Você decide.
Seus sonhos
? o
XXX
<3
*
'h WVh W \y X!
íffirmações
Afirmações podem ajudá-lo a alcançar suas metas. Uma afirmação é uma
declara ção forte de seu resultado que supõe ser este possível e alcançá vel e
mantém sua mente focalizada nele.
Afirmações são como declarações de crenç as - podem ser poderosas, mas
precisam ser cuidadosamente fraseadas. Quando você fizer afirmações sobre
autodesenvolvimento, fraseie-as como se estivessem ocorrendo agora . Por exem ¬
plo, se seu resultado for se tornar uma pessoa menos estressada, uma afirma ¬
tecido. Por exemplo: " Sou uma pessoa mais tranquila. Sinto -me melhor em re ¬
lação a mim mesmo". Você não é - ainda e assim seu inconsciente sussurra ¬
ciente sussurrará: "Ok, ent ão não precisamos fazer nada agora, certo?"
Afirmações somente devem ter hora e data especí ficas se forem referen ¬
ma jamais veria.
Plano de flçao
1. Sente-se e escreva pelo menos 10 resultados que deseja
alcançar duran¬
te a pr ó xima semana .
2. Escreva seus resultados a cada seis meses. Tenha
pelo menos dois em
cada uma das categorias a seguir:
O vida profissional
O saúde pessoal
w relacionamentos
O dinheiro
O autodesenvolvimento
O vida espiritual
Relacione cada um o mais detalhadamente que
desejar. Mantenha essa
lista onde possa consultá-la. Ao fim de seis meses,
reveja e renove a lis-
26
JOSEPH O 'CONNOR
Aprendizagem
tes na escola e durante o processo podemos vir a crer que não somos muito
bons em aprender, quando na verdade não somos muito bons em sermos ensi¬
nados. Muitas escolas nã o sã o bons lugares para aprender.
28 JOSEPH O'CONNOR
CRIAM
Bons alunos
N ã o se pode ter um professor sem um aluno; o ensino nã o pode existir
como atividade por si só. Nã o faz qualquer sentido dizer: "Ensinei a matéria,
mas os alunos n ã o a aprenderam". Isso é o equivalente educacional da piada
de médicos: "A cirurgia foi um sucesso, mas o paciente morreu". O professor
também é um aprendiz, embora vá aprender algo diferente daquilo aprendi¬
do pela pessoa a qual estiver ensinando.
Com demasiada frequ ê ncia a educação é vista como o professor despejan ¬
do conhecimento na vasilha vazia - o aluno. Isso não é educação, é injeção de
conhecimento. Essa pressuposiçã o deixa o professor literalmente "esvaziado",
e o aluno se sentindo dependente e "inchado de conhecimento". Exames po ¬
dem criar "bulimia educacional" - engula rapidamente antes e depois regurgite
no momento certo para abrir espaço para o próximo porre .
fl íueis de Aprendizagem
A aprendizagem tradicional pode ser dividida em quatro estágios princi¬
pais:
3 Incompetência inconsciente. Você n ão sabe e nã o sabe que nã o sabe. Pen ¬
se em alguma atividade que você faz bem agora, tal como ler, praticar
algum esporte ou dirigir um automóvel. Houve um tempo em que você
nada sabia a respeito. Sequer tinha consciê ncia disso.
O Incompetência consciente. Agora você treina a habilidade, mas n ão é muito
bom nela . No entanto, aprende rá pido nesse está gio, porque quanto
menos você sabe, maior o espaço para melhoria . Você obté m resulta ¬
dos imediatos.
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROLINGU íSTICA - PNL
29
O Competência consciente. Neste está gio, você tem a habilidade, mas ainda
nã o é consistente e habitual . Você precisa se concentrar. Essa é uma parte
satisfatória do processo de aprendizagem, mas a melhoria é mais dif í¬
cil . Quanto melhor você for, maior o esforço necessá rio para alcan çar
um ganho perceptível.
3 Compet ê ncia inconsciente. Agora , a sua habilidade é habitual e autom á ti ¬
ca. Você nã o precisa pensar nela. Essa é a meta da aprendizagem, a de
colocar o quanto for possível dessa habilidade nos reinos de competên ¬
cia inconsciente, de forma que sua mente consciente esteja livre para
fazer outra coisa como, por exemplo, conversar com os passageiros e
ouvir m ú sica enquanto dirige um automóvel.
Este é o caminho normal da aprendizagem. Acho que há mais um
passo:
3 Maestria. A maestria é mais do que competência inconsciente; possui
uma dimensã o est é tica adicional . Nã o só é eficaz, mas lindo de se ver.
Quando você alcança a maestria, n ã o precisa mais tentar; tudo aconte ¬
ce em um fluxo constante; você adentra um "estado de fluxo". Tal est á ¬
gio exige tempo e esforço para ser alcançado, mas os resultados são má ¬
gicos.
Você sabe que está vendo um mestre porque embora nã o possa apreciar
cada faceta de sua habilidade, ele faz com que pareça f á cil.
A aprendizagem em qualquer nível demanda tempo. Leva cerca
de 1.000
horas para se alcan çar competê ncia consciente em qualquer habilidade
que
valha a pena . Leva cerca de 5.000 hora para se chegar à competê ncia inconsci ¬
flZond de(Iprendizãgem
Quando você está aprendendo novas idéias ou comportamentos, cuida
¬
vez precise de um descanso ou talvez no final das contas sequer precise apren
¬
Dificuldade percebida
Zona de ansiedade ^ ^
Zona de aprendizagem^
Zona do zangão
Recursos percebidos
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL
31
mentarem a lacuna, você empreende menos delas. (Pelo menos, essa é a teoria
- é espantosa a frequ ê ncia com a qual supomos que é necessá rio fazer mais da
mesma coisa!) Resolver o problema é fechar a lacuna.
A aprendizagem simples e a solução de problemas ocorrem dentro de um
limite de suposições e cren ças sobre o que é possível e necessá rio. Por exem¬
Aprendizagem simples
Fe«
o resultado 1 Decisã o
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUí STICA - PNL 32
Aprendizagem Generativa
O outro tipo de aprendizagem é a aprendizagem generativa ou de loop
sobre a
duplo. A aprendizagem generativa traz nossas crenças e suposições
a question ar
questão ao loop de feedback. O feedback de nossas ações nos leva
nossas suposições. Nos exemplos anteriores, o homem poderia perguntar por
que está tendo frequentes dores de cabeça . Poderia descobrir que precisa mu
¬
dar seu estilo de vida ou sua dieta. També m poderia pensar em assumir res
¬
ponsabilidade pela sua pró pria sa úde, em vez de procurar o m édico para re
¬
ternativos em vez de supor que pode continuar fazendo o que sempre fez
.
As perguntas bá sicas a serem feitas na aprendizagem de loop duplo sã o:
"Quais as minhas suposições a esse respeito ?"
" De que outras maneiras eu poderia pensar nisso ? "
Aprendizagem generativa
Feedback Decisã o
o resultado
dança foi desenvolvido por Robert Dits com base no trabalho de Gregory
Bateson . O modelo denomina se "níveis neurológicos" e é ú til sem ser consis-
-
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUí STICA - PNL 33
tente ou exaustivo (ou mesmo lógico). Tem sido amplamente adotado no pen ¬
do ao que fazemos. Valores são por que fazemos o que fazemos. São o
que é importante para nós - sa ú de, riqueza, felicidade e amor. Em um
n ível organizacional, empresas tê m crenças de negócios com base nas
quais agem e valores que detêm. São parte da cultura das organizações.
Crenças e valores direcionam nossas vidas, agindo tanto como permis¬
sões quanto como proibições de nossas ações.
5. Identidade: O quem
Identidade é o seu senso de si mesmo, as crenças e os valores essenci¬
ais que definem você e sua missão de vida . Ela é constitu ída ao longo
de toda sua vida e é bastante resiliente. Nós nos expressamos através
de nossos comportamentos, habilidades, crenças e valores, mas somos
mais do que todos ou do que qualquer um desses. Nos negócios, a iden ¬
tidade organizacional é a cultura empresarial. Ela emerge da interação
dos demais n íveis.
6. Além da identidade: Conexão
Este é o reino da é tica, da religiã o e da espiritualidade - seu lugar no
mundo. Para uma empresa, significa visão e como a empresa se conecta
à comunidade e a outras organiza ções.
34 JOSEPH O'CONNOR
N íveis neurológicos
Al ém da
Identidade
identidade
Crenças e Ambiente
valores
Capacidade Comportamento
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROLINGU íSTICA - PNL 35
Eis alguns exemplos de declara ções que mostram claramente o n ível a que
se referem:
Comece ficando de pé em um lugar onde possa dar cinco passos para trás.
Pense em uma situaçã o dif ícil em que você gostaria de ter mais escolhas,
em que suspeita que não está usando todos os seus recursos, em que você
nã o seja totalmente "você". Você pode també m utilizar este exercício em
-
uma situa çã o na qual deseje certificar se de que está utilizando todos os
seus recursos.
O Comece pelo ambiente onde você tipicamente experimenta o proble¬
ma; por exemplo, o lar ou o escritório.
Descreva seu entorno.
Onde está ?
Quem está à sua volta ?
O que você nota especialmente sobre o ambiente?
Z> Dê um passo para trás. Agora, você está no n í vel de comportamento.
O que está fazendo?
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROUNGU íSTICA - PNL 37
Z> Dê mais um passo para trá s. Reflita sobre suas cren ças e valores
.
O que é importante para você?
O que acha que vale a pena no que você faz ?
Que cren ças potencializadoras você tem a seu próprio respeito?
Que crenças potencializadoras você tem sobre os outros?
Que princípios você toma como base de suas a ções?
Posições Perceptuais
Uma das primeiras coisas que aprendemos sobre o mundo é que nem to ¬
dos compartilham nosso ponto de vista . Para compreender uma situa ção plena ¬
mente, você precisa adotar diferentes perspectivas, assim como ao examinar um
objeto de â ngulos diferentes para ver sua largura, altura e profundidade. Um só
ponto de vista oferece apenas uma ú nica dimensão, uma ú nica perspectiva, ver¬
dadeira daquele â ngulo, mas um retrato incompleto do objeto inteiro.
Nã o existe uma perspectiva "correta", seja qual for a situa ção. Você cons¬
trói compreensão a partir de muitas perspectivas. Todas sã o parcialmente ver¬
dadeiras, e todas sã o limitadas. A PNL oferece três dessas perspectivas, inicial¬
mente propostas por John Grinder e Judith DeLozier e desenvolvidas a partir
do trabalho de Gregory Bateson.
A primeira posi çã o é a sua pró pria realidade, sua pró pria visão de qual ¬
quer situa çã o. A maestria pessoal vem de uma primeira posiçã o forte. Você
precisa se conhecer e a seus valores para ser um modelo eficaz e influenciar
outros através de exemplo.
A segunda posiçã o é dar o salto criativo de sua imagina ção para compre ¬
soa pensa, os tipos de id éias que tem e o tipo de opiniã o e resultados que deté m.
A terceira posição é um passo para fora de sua visão e da visão da outra
pessoa para uma perspectiva distanciada. Ali você pode ver o relacionamento
entre os dois pontos de vista . A terceira posição é importante quando você
verifica a ecologia de seus resultados. É preciso esquecer, por um momento,
que é o seu resultado e que você o quer, e olhar para ele de forma mais distan ¬
ciada.
Terceira Posição
Todas as posições são ú teis. Muitas pessoas são bastante adeptas de uma
posição, mas não tã o boas em adotar outra. A melhor compreensão vem de
todas as três.
Posições perceptuais são bá sicas para a PNL. Em qualquer situação você
precisa conhecer sua posição e compreender a de outras pessoas sem necessa ¬
riamente concordar com elas. Então, é essencial poder dar um passo mental
para fora e avaliar o relacionamento. A solu çã o para um problema de relacio ¬
0 ÍUetaespelho
O metaespelho é um processo desenvolvido por Robert Dilts para explo¬
rar um relacionamento com outra pessoa. Você pode fazer isso sem se mover,
mas funciona melhor se você se mover fisicamente para um lugar diferente para
cada uma das diferentes posições.
O Comece escolhendo o relacionamento que deseja explorar. Pense nele
primeiramente a partir de seu ponto de vista ( primeira posição ) .
O que o torna dif ícil?
O que está pensando e sentindo nesse relacionamento?
Se você se sentir desafiado, de que ní vel neurológico esse desafio pa ¬
rece vir?
É sobre seu ambiente - onde você trabalha, os amigos que você tem,
suas roupas, etc.?
É sobre seu comportamento - aquilo que você faz?
Você sente que suas habilidades e valores estão sendo desafiados?
Você se sente assediado no ní vel de identidade?
A outra pessoa está dizendo uma coisa, mas transmitindo outra em sua
linguagem corporal?
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 41
soa. Na terceira posi ção poderá estar zangado com o "você" que está
sobrepujado. Inverta a reaçã o e adote a raiva na primeira posi ção. Na
primeira posi ção, fique com raiva da outra pessoa .
Como é isso?
O que mudou ?
Como esse sentimento poderia ser um recurso aqui ?
3 Agora visite a segunda posiçã o.
42 JOSEPH O'CONNOR
O Metaespelho
í
Primeira
1
Posi ção Segunda Posi çã o
t 2
Terceira Posiçã o Quarta Posiçã o
Plano de fição
.
1 Pense em sua experiência no exercício da reunião.
Qual das três posições foi a mais f á cil de ser adotada ?
Se tiver preferê ncia por uma posiçã o, fa ça uma lista dos benef ícios da ¬
quela posiçã o.
Então, faça uma lista das desvantagens. Por exemplo, se tiver uma pri¬
meira posi çã o forte, você sabe o que quer, mas pode ser considerado
prepotente. Uma segunda posi çã o forte lhe dá grande empatia, mas pode
levá-lo a negligenciar seus pró prios interesses. Uma terceira posi çã o
forte lhe d á objetividade, mas você se arrisca a parecer distanciado.
Então faça uma lista dos benef ícios que obteria ao desenvolver as outras
duas posições.
-
Desenvolva as posições mais fracas. Certifique se de adotá-las sempre
que tiver uma decisão a tomar.
2. O que você associa à palavra "aprendizagem"?
Que tipo de sensa çã o lhe d á ?
Qual a sua experi ência de aprendizagem na escola?
O que aprendeu de sua experiência de vida ?
3. Quem foram seus melhores professores?
O que os destacava ?
4. Da pró xima vez que um amigo lhe contar um problema, ou ça al é m das
palavras, nos n íveis neurol ógicos. De qual nível o problema parece es¬
tar vindo?
5. Assista ao filme High Fidelity em v ídeo, mesmo que já o tenha visto.
Grande parte do filme é narrada da primeira posi çã o. Como pensa que
o personagem de John Cusack parece do ponto de vista de suas namo¬
radas?
6. Olhe para a ilustra ção abaixo. Em que direção a escada vai? Você pode
fazer com que invertam sua direçã o olhando para a ilustra çã o de modo
diferente ? Se estivesse subindo a escada, em qual ponto preto você che¬
garia primeiro, no da parte horizontal do degrau ou no da parte verti¬
cal?
Capítulo
Relacionamento
Como você se relaciona com outros? Como se relaciona consigo mesmo? Se você fos¬
se apresentado a si mesmo em uma festa , gostaria de iniciar uma conversa?
Rapport e Confiança
A confiança é um conceito abstrato, mas sem ela n ã o poderíamos convi ¬
ver, fazer negócios ou nos sentirmos seguros. Como o rapport, a confiança é
baseada em um relacionamento, sendo, no entanto, possível, confiar em algu ém
sem que ele confie em você. E como um presente que você d á a outro.
Mais uma vez, como o rapport, a confiança não é algo que você tem ou
n ã o tem . H á graus. Confiamos quando acreditamos que algué m será forte -
ou seja, que não nos decepcionará , podemos "nos apoiar " nele - e confiamos
naquilo que acreditamos ser verdade. Outras pessoas confiam em n ós quando
també m acreditam que somos fortes e não as decepcionaremos. Um relacio-
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 47
namento de confiança m ú tua somente pode existir entre duas pessoas fortes.
Enquanto rapport pode ser imediatamente constru ído, a confiança leva tem ¬
po. Precisamos testar a força da outra pessoa, aos poucos dando mais para ver
o que acontece. Um relacionamento baseado em confiança m ú tua é um dos
mais satisfat ó rios possíveis.
Enquanto rapport é um investimento, a confiança é um risco e uma deli¬
cada dan ça com outra pessoa que leva tempo para se manifestar. Quanto você
precisa conhecer de outra pessoa para confiar nela? Ela o decepcionará? O quão
forte ela é?
Geralmente julgamos retroativamente. Se alguém nos decepciona, pode¬
mos culpar a n ós mesmos e não mais assumir tal risco ou podemos culpar a
outra pessoa por não atender a nossas expectativas.
As pessoas têm diferentes patamares de confiança . Um patamar demasia ¬
damente baixo, e você confiará com demasiada facilidade e poderá se decepcio-
nar com frequência. Um patamar demasiadamente alto, e você estará querendo
que a outra pessoa dê demais antes que você se comprometa. Poucas pessoas
serão dignas de sua confiança, e isso pode ser emocionalmente isolador.
Uma das escolhas mais dif íceis em relacionamentos pessoais é a de em
quem confiar, como você decide confiar e o quã o vulnerá vel está preparado
para ser para poder confiar.
Ritmo e Liderança
Para construir rapport e bons relacionamentos, você precisa começar por
acompanhar o ritmo de outra pessoa. Isto ocorre quando você entra no mode¬
lo de mundo de outra pessoa de acordo com os termos dela. É exatamente como
andar ao lado dela no mesmo passo. R á pido demais, e ela ter á que se apressar
para acompanhá-lo; devagar demais, e ela terá que se refrear. Em qualquer dos
casos, terão que fazer um esforço especial.
Uma vez tendo acompanhado o ritmo de outra pessoa, estabelecido
rapport e mostrado que você a compreende, terá uma chance para liderá -la .
Liderar é utilizar a influ ê ncia que você construiu ao acompanhar seu ritmo.
Você n ão pode liderar uma pessoa se ela não quiser ser liderada, e as pessoas
nã o se mostram dispostas a serem lideradas a nã o ser que seu ritmo tenha sido
adequadamente acompanhado primeiro.
Para estender a metáfora, uma vez que tenha andado no ritmo de algu é m
até que se sinta à vontade, você pode mudar seu ritmo para um que conside ¬
re mais adequado e será mais do que prov á vel que a pessoa acompanhará
sua lideran ça.
48 JOSEPH O'CONNOR
ção às intui ções que tem erh relaçã o a outros, cuidando de si mesmo quando
está doente em vez de avançar despreocupado e apreciando o momento pre¬
sente em vez de mergulhar em planos e resultados futuros com demasiada
precipita çã o.
Acompanhar o ritmo é o equivalente de compreender o estado presente para
construir um estado desejado mais apropriado e com mais empowerment .
Equiparação e Desequiparação
Você acompanha o ritmo e constrói rapport através de "equiparaçã o".
Equiparaçã o é espelhar e complementar um aspecto de outra pessoa. Não é
copiar, é mais como uma dança. Quando você equipara, mostra que está dis¬
posto a entrar no modelo de mundo da outra pessoa. Ela intuitivamente per¬
ceberá isso, e assim você poderá se sentir mais à vontade com ela, e ela se sen ¬
tirá mais à vontade com você.
A equiparação pode ser realizada em todos os níveis neurológicos.
OPmbiente
Rapport nesse nível é geralmente superficial e advém de trabalho no mes¬
mo prédio ou na mesma empresa. Aqui, você se equipara às expectativas das
outras pessoas com rela ção a padrões de vestuá rio ou aparência pessoal. Por
exemplo, você nã o iria a uma reuniã o de negócios sem estar adequadamente
trajado com roupas de trabalho, já que perderia credibilidade imediatamente.
O compartilhamento de interesses e amigos também ajuda a construir rapport
nesse nível.
Rapport no nível ambiental é freq úentemente o primeiro ponto de conta ¬
Comportamento
Equiparação no nível de comportamento significa equiparar os movimen ¬
tos de outra pessoa ao mesmo tempo em que você mantém suas pró prias iden ¬
tidade e integridade . É como um dueto musical - duas pessoas n ã o tocam a
mesma melodia, se harmonizam para produzir algo maior. Olhe à sua volta em
restaurantes ou festas onde pessoas estão se encontrando socialmente e verá
que estão intuitivamente equiparando sua linguagem corporal, especialmen ¬
te o contato visual. Bons amigos freqiientemente podem ser vistos em postu ¬
ras muito similares, e amantes fitarão os olhos uns dos outros e freqiientemente
respirarão juntos.
Há três elementos importantes na equiparação no nível comportamental:
linguagem corporal, tom de voz e linguagem .
O Linguagem corporal .
Você pode ganhar rapport equiparando:
padrão respiratório
postura
gestos
contato ocular
O Tom de voz .
Você pode equiparar:
velocidade da fala
volume da fala
ritmo da fala
sons característicos (ex.: tossidas, suspiros e hesita ções)
Equiparar o tom de voz é muito ú til para desenvolver rapport ao tele¬
fone, onde você dispõe apenas do canal auditivo e da voz, e palavras
são tudo o que você tem para desenvolver rapport.
A equiparação não-verbal é muito mais poderosa do que a concord â ncia
verbal. Damos mais importâ ncia ao comportamento não-verbal de uma pes ¬
paração cruzada". Por exemplo, você poderá equiparar o ritmo de respira ção
de uma pessoa com um pequeno movimento de sua mão.
CãpãCldãdeS
Esse nível de rapport adv ém de habilidades e interesses compartilhados.
Competidores esportivos, colegas de equipe e colegas profissionais podem
todos ter rapport nesse n ível. Quando você é bom naquilo que faz, outros no
mesmo campo o respeitam. Isso se aplica especialmente a situações profissio ¬
nais. As equipara ções ambiental e comportamental irão até certo ponto, mas
depois você precisará demonstrar que é competente para construir e manter
rapport quando há uma tarefa conjunta a ser realizada.
CrençaseVdlores
Você constrói um rapport poderoso quando respeita e compreende as cren ¬
ças e valores de outra pessoa. Você não precisa concordar com ela, apenas res¬
peitar aquilo que é importante para ela .
Valores não são lógicos, não podem ser justificados com a razão, mas nem
por isso são irrazoá veis. Não peça a alguém que justifique por que alguma coisa
é importante para ela a n ã o ser que já tenha bom rapport e esteja em uma situ ¬
açã o em que se sinta à vontade para explorar.
Identidãde
Para ganhar rapport no nível de identidade, você precisa compreender e
respeitar as crenças e valores essenciais da outra pessoa e dar-lhe atenção como
indiv íduo, n ã o como membro de um grupo. Você precisa estar genuinamente
interessado em quem ela é em si mesma e estar disposto a compartilhar algu ¬
mas de suas pró prias crenças e valores. Agendas ocultas e manipula ção impe ¬
íf /ém de Identidãde
Em um n ível social, isso advé m de uma cultura compartilhada. Em um
nível espiritual vem da conscientiza çã o de que você faz parte da humanida ¬
de. É aqui que você é mais você e mais conectado a outros.
É possível ter rapport em alguns n íveis mas nã o em outros. De modo ge ¬
ral, quanto mais você sobe pelos n íveis neurológicos, maior o grau de rapport
que poder á alcançar. A desequipara ção em um nível mais alto poderá quebrar
o rapport estabelecido em um nível mais baixo.
52 JOSEPH O'CONNOR
caz isso será. Você pode encerrar ligações telef ónicas excessivamente demora ¬
das desequiparando tom de voz ( por exemplo, falando mais alto e mais rápi ¬
do) enquanto diz algo como : "Desculpe-me, mas tenho que desligar agora . . .")
A outra pessoa recebe a mensagem nos níveis tanto verbal quanto não - verbal .
Plano de Ação
1. Observe pessoas conversando em lojas e restaurantes. Você pode ver
quem está em rapport e quem nã o está ?
2. Em uma conversa telef ónica, comece equiparando a voz da outra pessoa
- fale à mesma velocidade com o mesmo volume e o mesmo períodoa de
latê ncia. Observe a qualidade da conversa. Quando quiser encerrar
li ¬
,
ga çã o desequipare . Fale mais rapidamente e mais alto e mude o perí o ¬
Os Sentidos
V visual ver
A auditivo ouvir
C cinesté sico sentir
O olfativo cheirar
G gustativo saborear
A alegria, o prazer, a compreensã o e a agudeza do pensamento, tudo que
faz com que a vida valha a pena de ser vivida vem através de nossos sentido
s.
Atenção
A atençã o é direcionada através dos sentidos. Prestando atençã o
no exte¬
rior, você enriquece seu pensamento. Prestando aten çã o no interior, você
se
JOSEPH O'CONNOR
54
torna mais sensível a seus pró prios pensamentos e sentimentos, mais seguro
de si e mais capaz de dar atençã o ao exterior.
íftençâo Extern
Há muito do que estarmos conscientes. Nossa aten çã o consciente é limi
¬
tada a cerca de sete coisas, mas há muito mais que notamos de forma inconsci
¬
tras pessoas não haviam notado antes, diferenças que acabaram por se mos
¬
trar significativas. A PNL presta aten çã o nos movimentos dos olhos, por exem
¬
plo. Quando você estuda PNL, se torna consciente de movimentos dos olhos
de uma forma pela qual jamais o fizera antes, muito embora sempre estives
¬
,
sem lá . O que mais poderia estar lá fora em seu ambiente que é significativo
mas ainda nã o percebido?
Algumas coisas passam despercebidas porque as pessoas favorecem um
sentido. Você pode notar muita coisa visualmente, mas ouvir pouco. Após fa
¬
lar com algué m, você poderá lembrar muito bem sua aparê ncia , mas n ã o estar
tão claro quanto ao que disse ou a seu tom de voz. Você pode ouvir bem, mas
n ã o ser visualmente perspicaz. Após uma conversa, pode se lembrar do que
foi dito e das nuances de tom de voz, mas nã o se lembrar bem da aparê ncia da
pessoa ou de seus trajes. Você pode prestar atençã o principalmente no tato.
Pode se lembrar primariamente de sentimentos e emoções e intuições de uma
conversa, talvez um sentimento de empatia, mas n ã o estar tã o certo quanto a
detalhes do que foi dito ou da aparê ncia da outra pessoa.
A maneira de se desenvolver é exercitar seus pontos fracos. Separe certas
horas para deliberadamente prestar atenção com seus sentidos mais fracos. Você
não se sentirá à vontade, mas aprenderá mais.
Se você sempre fizer o que sempre fez , sempre obterá o que sempre obteve .
E há sempre mais .
íftenção Interna
Do que você tem consciência em seu corpo?
Frequentemente, tentamos apagar sinais de que nã o gostamos em vez de
prestar atenção neles. Quando você presta atenção, é capaz de compreender e
apreciar a si mesmo em um nível mais profundo. Isto é parte de acompanhar
seu pró prio ritmo - simplesmente estar consciente de seus pensamentos, senti¬
mentos, emoções e estados sem necessariamente tentar mudá-los. Quanto mais
nos tornarmos conscientes de nosso mundo interno, mais apreciaremos quem
somos e nos conheceremos melhor.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL
55
Sistemas Representacionais
Assim como vemos, ouvimos, sentimos sabores, tocamos e cheiramos o
mundo exterior, também recriamos essas mesmas sensa ções em nossas men ¬
tes, re-apresentando o mundo a nós mesmos através do uso interno de nossos
sentidos. Podemos nos lembrar de experiê ncias verdadeiras passadas ou ima ¬
ginar experiê ncias futuras possíveis (ou impossíveis). Você pode se imaginar
correndo para pegar um ônibus (imagem visual lembrada ) ou correndo pelos
canais de Marte vestido com uma fantasia de Papai Noel ( imagem visual
construída). A primeira terá acontecido. A segunda, não, mas você pode repre ¬
sentar ambas.
Usamos nossos sistemas representacionais em tudo que fazemos - memó ¬
pais sã o os seguintes:
0SistemaCmestésico
Esse é composto de nossos sentidos internos e externos de tato e consci¬
ência corporal. Também inclui o sentido de equilíbrio (embora haja literatura
que trate isso como sistema representacional separado - o sistema vestibular ).
As emoções também estão incluídas no sistema cinestésico, embora emoções
sejam ligeiramente diferentes - são sensações sobre alguma coisa, embora ain ¬
Sistema tt/suat
Criamos nossas imagens internas visualizando, sonhado acordados, fan¬
tasiando e imaginando. Quando você imagina estar olhando para um de seus
locais favoritos ou uma boa praia para passar as f é rias, est á usando seu siste¬
ma visual.
Sistema ífuditiuo
O sistema auditivo é usado para ouvir m úsica internamente, falar consi ¬
Sistemã Olfdtiuo
Esse sistema consiste em odores lembrados e criados.
Sistem Gustdtm
Esse sistema é composto de sabores lembrados e criados.
Lembre-se de uma boa refeiçã o. Lembre-se de como foi cheirar e degus ¬
tar a comida. Você está usando seus sistemas olfativo e gustativo.
Nã o utilizamos nossos sistemas representacionais isoladamente, assim
como nã o experimentamos o mundo através de um só sentido. O pensamen ¬
to é uma rica mistura de todos os sistemas, assim como a experiência nos vem
através de todos os sentidos. No entanto, da mesma forma pela qual alguns
de nossos sentidos sã o mais desenvolvidos e mais "sensíveis" ao mundo exte ¬
rior, alguns sistemas representacionais sã o mais bem desenvolvidos. Tendemos
a favorecer esses sistemas. O sistema representacional preferido geralmente é
ligado a um sentido preferido ou excepcionalmente agudo. Por exemplo, se
você presta muita atenção no que vê, é prová vel que use o sistema represe ¬
nta
cional visual em seu pensamento. Com uma preferê ncia visual, você poderá
estar interessado em desenho, projetos de interiores, moda, artes visuais, tele ¬
visão e cinema . Com uma prefer ê ncia auditiva , poderá se interessar
por lín ¬
guas, livros, teatro, m ú sica, treinamento e palestras. Com uma preferência
cinestésica, poderá se interessar por esportes, gin ástica e atletismo.
Não há maneira "certa" de pensar. Depende do que quiser realizar. No
entanto, pessoas criativas tendem a usar seus sistemas representacion
ais de
forma mais flexível. A criatividade frequentemente envolve pensar em
uma
coisa com outro sistema, talvez para, literalmente, "ver sob um novo
prisma" .
Pistas de Acesso
O sistema representacional que estamos usando se mostra em nossa lin ¬
guagem corporal através de nossa postura , padrão de respiração, tom de
voz
e movimentos oculares. Esses sã o chamados de "pistas de acesso" - se
associ ¬
am ao uso de sistemas representacionais e os tornam mais f á ceis de
serem
acessados.
JOSEPH O 'CONNOR
58
Visualiza çõo
(5)
Imagens visuais constru ídas Imagens visuais lembradas
©
Sons constru ídos
(5)
Sons lembrados
© Cinestésico
(Sentimentos e sensa ções corporais)
© Auditivo Digital
( Diá logo interno)
mações num piscar de olhos. Olhe à sua volta e imagine quanto tempo levaria
para descrever seu entorno em palavras, para um amigo. Dê a ele uma ima ¬
gem, e é f á cil.
O treinamento em PNL ajuda você a se tornar mais consciente e a ter maior
controle de suas imagens mentais para que possa pensar de forma mais criati¬
va e flexível. Muitos padrões PNL são mais f á ceis de compreender e aprender
quando você tem consciência de suas imagens mentais.
O próximo exercício o ajudará a desenvolver seu sistema representacional
visual. Observe quais as partes f áceis e quais as mais desafiadoras .
Desenuoluendo Uisualizaçã o
O Feche os olhos, relaxe seu corpo e olhe para a sua tela mental. Des¬
creva o que est á vendo para você mesmo. De in ício, provavelmente
serã o tons de cinza com borrões de branco. Poderá ver uma imagem
em negativo daquilo que estava olhando antes. Quando isso se acal ¬
mar, imagine um pequeno ponto preto no centro de seu campo vi¬
sual.
O Agora imagine esse ponto crescendo como uma gota de tinta derra ¬
mada sobre a água de forma que lentamente se espalhe a partir do
centro e comece a colorir toda a sua tela mental. Quanto mais preta
você fizer com que a tela se torne, melhor. Ponha a m ã o sobre os olhos
se isso ajudar.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUí STICA - PNL
63
da a visualização.
O Feche os olhos e imagine o objeto a sua frente, exatamente como era
.
De que cor era o objeto?
Visualize a cor o mais vivamente que puder.
Agora torne a sua imagem ainda mais brilhante.
Imagine um holofote sobre o objeto, fazendo com que se destaque
ainda mais claramente.
Imagine tornar o objeto menor de tal maneira que ele se some à dis¬
tância .
Agora faç a com que fique bem perto, como em um zoom .
O Ser capaz de imaginar perspectivas diferentes é importa
nte. Você
precisa ser capaz de controlar sua imagem observando -a de diferen¬
tes ângulos.
-
O Imagine virá lo de cabeç a para baixo para que possa ver seu
fundo.
O Agora vire- o para que possa vê-lo por tr á s. Se isso for difícil,
abra os
olhos e faç a isso fisicamente no objeto (se puder), depois feche os
olhos e visualize o que acaba de ver.
O Imagine-se virando o objeto ao avesso e vendo o por dentro
- .
O Agora imagine-se entrando nele para que possa vê lo
- por dentro .
Alguns livros sobre visualização dão a impressão de que todos podem ver
espantosas imagens em tr ê s dimensões que ficam impressas na mente duran ¬
Há duas estratégias que podem ajud á -lo a ouvir sons mais claramente em
sua mente:
1. Visualize outras pessoas fazendo o som. Veja-as dedilhando um vio ¬
l ã o, tocando um pistom ou batendo tambores. Ao ver isso, o som virá
naturalmente. Essa estratégia funciona bem se você for bom em criar
imagens mentais.
2. Imagine-se tocando o instrumento. Não importa se sabe fazê-lo ou não.
-
Imagine se dedilhando o violão, soprando o pistom ou tocando bate¬
ria. Ouça os sons ao fazê-lo. Crie uma imagem "associada", como se
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 65
cer. Uma vez que aprendemos algo "no m ú sculo", essa coisa é confiá vel,
até mesmo impossível de ser esquecida. Se você aprendeu a andar de
bicicleta uma vez em sua vida, provavelmente ainda será capaz de fazê-
lo anos depois, sem pr á tica adicional.
Nós consistentemente tensionamos certos m úsculos e depois "apren ¬
demos" aquele padrão de tensão muscular. Isso pode levar a dores lom ¬
bares, e de cabeça crónicas, ou à má coordenação. Pagamos o preço,
mesmo que não estejamos conscientes da tensão. Uma boa massagem
frequentemente oferecerá uma experiê ncia completamente diferente
do significado de estar relaxado.
També m podemos armazenar emoções em nossos corpos através de
tensão muscular. Vemos linhas de riso e linhas de cará ter no rosto de
uma pessoa porque ela tem habitualmente adotado essas expressões.
Nossos corpos armazenam nossas posturas características da mesma
forma. Isso pode levar ao estresse e à doença f ísica.
A consciência cinestésica significa sermos capazes de discriminar en ¬
Equilíbrio (Vestibular )
3 O senso de equilíbrio é geralmente tratado como um caso especial do
sistema cinestésico, embora às vezes seja considerado um sistema
representacional separado na literatura da PNL ( ver Cecile A. Carson ,
MD, "The Vestibular System", Capítulo Quatro de Leaves Before the
Wind , Grinder, DeLozier and Associates, 1991).
Emoções ( Empáticas )
3 Emoções sã o " metacinestésicas"; em outras palavras sã o sensa ções so¬
bre outros sentimentos ou experiências. Estarmos conscientes de nos¬
sas emoções e sermos capazes de senti-las é parte do nosso estar em
rapport com nós mesmos e com nosso ritmo. A medida que nos torna ¬
mos mais sensíveis as nossas emoções, assim também nossa expressã o
emocional se torna maior e percebemos que há significado e valor em
todas as emoções, mesmo as que possamos considerar negativas.
Emoções podem ser arrebatadoras, mesmo assim nós somos donos
delas porque as criamos através de nossa fisiologia e nossa bioquímica
em resposta ao que vemos, ouvimos e sentimos. As vezes tememos uma
emoção apenas porque jamais a sentimos adequadamente. É uma qua ¬
lidade desconhecida . Podemos temer emoções também porque temos
medo de que sejam incontrolá veis, ou se forem associadas a experiên ¬
cias demasiadamente dolorosas. A partir do momento em que sentir
emoções como sendo suas, não como algo a ser mantido à distâ ncia,
você será dono delas e terá mais escolha quanto a como lidar com elas.
O Pause.
3 Torne-se consciente de seu corpo - sem julgamento.
O Como seu corpo se pareceria se você congelasse nessa posição? Pare ¬
ceria estranho?
3 Que partes de seu corpo estão tensas?
3 Como está seu senso de equil íbrio?
3 Sinta a conexão entre todas as partes do corpo.
3 Quais as partes que estã o à vontade e quais as que est ã o
desconfortá veis?
3 Sinta onde seu corpo está tocando outros objetos, como uma cadeira .
3 Conscientize-se do toque de suas roupas em sua pele .
3 Do que tem consciência através de seu sentido do tato?
3 Pergunte a si mesmo:
"O que estou sentindo neste momento?"
"O que estou fazendo neste momento?"
"O que estou pensando neste momento"
3 Então se pergunte:
que quero neste momento?"
"O
3 Agora, pergunte-se:
"Quais os valores que desejo expressar?"
"O que é importante para mim neste momento?"
"Como o que estou fazendo me ajuda a alcançar isso?"
"O que estou fazendo neste momento que me impede de alcançar o
que quero?"
3 Por fim, fa ça uma escolha . Diga a si mesmo: "Eu escolho . .."
Atençã o!
Evite descrever pessoas como "auditivas" ou "visuais" ou "anes¬
tésicas" com base em seus sistemas preferidos. Esses nã o são
identidades, apenas preferê ncias e capacidades.
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROUNGU íSTICA - PNL 69
" Desconfortá vel como cores berrantes na arte abstrata . . ." (V)
"Desconfortá vel como migalhas na
cama . . ." (C )
"Desconfortá vel como uma tuba enferrujada
tocando desafinadamente . .. " (A)
A tradu ção preserva o significado, mas muda a forma. Pode ser necessá ¬
ria para que as pessoas possam compreender umas às outras. Por exemplo,
uma pessoa com um sistema preferido cinestésico pode não perceber o quanto
uma sala bagun çada pode distrair uma pessoa visual, a n ã o ser que possa
traduzir, então você poderá dizer: "Estar em uma sala bagunçada desvia mi ¬
nha aten çã o da mesma forma que sentar em uma cadeira desconfortá vel
desvia a sua..."
A tradu çã o é uma habilidade de comunicaçã o importante nos negócios.
Às vezes, gerentes podem parecer estar discordando, mas estão discordando
apenas quanto à expressã o de uma id éia, n ão quanto à idéia em si. Uma vez
traduzida a id éia, concordarão. Por exemplo, um gerente com um sistema pre ¬
ferencial auditivo pode gostar de conversar com seus colegas gerentes para
explicar o que estão fazendo. Um colega gerente que prefere o sistema visual
provavelmente desejará ver algo por escrito e, até que tal ocorra, de alguma
forma não parecerá "real".
Eis um exemplo com os predicados em itá lico. O primeiro gerente está
falando principalmente de forma cinestésica, o segundo está falando visual ¬
mente. Ambos concordam que algo deve ser feito, mas as palavras estã o atra ¬
palhando a boa comunica ção.
"Não consigo captar sua opinião sobre o
departamento de contabilidade..."
" Olhe, está perfeitamente claro, precisam
os ver o que está acontecendo com
um relatório, antes de decidirmos."
" Bem , n ã o estou à vontade
com essa abordagem. Vamos sentar com o David
e destrinchar o assunto, pessoalmente."
70 JOSEPH O'CONNOR
Sistema Um
^ Sistema Dois
Eu compreendo. Estou vendo o que Isso soa bem . Sinto que está
quer dizer. certo.
Entendi o quadro. Captei sua
id éia .
Eu penso. Minha visã o é... Alguma coisa me Segure essas
diz que... imagens...
Superposição
A superposição é um exemplo de estabelecimento de acompanhamento e
condução utilizando a linguagem dos sistemas representacionais. Você usa um
sistema representacional bem desenvolvido para passar para outro menos de¬
senvolvido . Por exemplo, a superposição é utilizada para induzir um transe:
À medida que sente o peso de seu corpo na cadeira e as roupas em sua pele, você
ouve minha voz e os outros ruídos leves na sala . Esses ruídos leves podem ajudá-
lo a se tornar mais confortável e a relaxar. Ao olhar em redor da sala e ver os ob¬
jetos familiares, você poderá querer fechar os olhos para ficar mais confortável e
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 71
se concentrar mais nos ruídos que está ouvindo para ficar mais relaxado, para
que possa repassar o dia em sua mente e aprender facilmente a partir disso...
( Essa sequência é C, A, C, V, C, A, V.)
Eis um exemplo de vendas:
Esse computador parece ser potente e é potente. O monitor é maravilhosamen¬
te projetado para ser bonito em seu espaço de trabalho. Tudo que ouvirá ao li ¬
Sinestesid
A cor era dor para ele, calor, frio, pressão; sensações de intoleráveis alturas e
enormes profundezas, de tremendas acelerações e compressões esmagadoras...
O tato era degustação para ele ... a textura da madeira era acre e parecia calcário
em sua boca, metal era sal, pedra tinha um sabor agridoce ao toque de seus dedos,
e o toque de vidro estragava seu paladar como um doce excessivamente doce...
Alfred Bester, The Stars my Destination , 1956
Sinestesias são as met áforas dos sentidos e temos que utilizar met áforas
literá rias para descrevê-las. A poesia e a boa reda ção evocam sinestesias atra ¬
vés da linguagem usada.
Sinestesias são usadas com frequência na propaganda:
"Osabor macio de geleia de morango . . ."
"Uma bebida borbulhante que desce como veludo . . ."
"Os ú ltimos sons quentes . . ."
cia externa dos sentidos perpassava os diferentes sentidos. O homem que sen ¬
tia o sabor das formas realmente sentia seu gosto; os sabores eram tão reais
quanto seu jantar ( mas sem o mesmo valor nutricional, é claro!). Nossas des¬
botadas experiê ncias com sinestesia mediadas através de linguagem e metá fo ¬
ra eram experiê ncias sensoriais verdadeiras para essas pessoas. Cytowic ficou
suficientemente intrigado para investigar a sinestesia extensamente e concluiu
que é função natural de nossa neurologia humana, mas que geralmente ocor¬
re no nível do inconsciente.
Pistas de acesso oculares nem sempre mostram as sinestesias, embora as
vezes uma pessoa olha fixamente para um determinado ponto no espaço en ¬
quanto está claramente sob influência de alguma emoção. Freqúentemente,
as pessoas acessarão sinestesias de forma cinestésica porque o tato é a parte
mais importante da experiê ncia. Muitas vezes nã o estarão conscientes das ou ¬
Parte Um
Peça à outra pessoa que esvazie sua mente e siga o curso de seu dedo com
os olhos sem mover a cabeça. Ligue as posições de acesso oculares com o
movimento de seu dedo, passando pelas posi ções superiores, do meio e infe¬
riores em todas as combinações em frente ao rosto da pessoa, a uma distâ n¬
cia de aproximadamente 70 centí metros.
Alternativamente, poderá manter dois dedos em duas posições diferen¬
tes e pedir à pessoa que olhe de um para outro sem mexer a cabeça . Dê à pes¬
soa tempo para pensar. Mantenha o processo lento e simples e deixe que des¬
canse durante os padrões se precisar.
Quando tiver terminado, fa ça algumas perguntas:
Quais os movimentos mais suaves?
Quais os mais fáceis de realizar? ( Isso poderá mostrar as sinestesias mais
f áceis ou o sistema condutor em rela çã o ao preferencial . )
Quais os mais dif íceis? ( Esses mostram as áreas com maior potencial . )
Quais os movimentos mais irregulares?
Como essas indicações neurológicas se conformam com a experiência da
pessoa em sua maneira de pensar e as sinestesias e as associações que fazem?
Parte Oo/s
Peça à pessoa que pense em um problema ou questã o dif ícil em rela çã o
à qual gostaria de ser mais criativa. Observe para onde dirigem os olhos.
Agora repita todos os movimentos, ligando todas as posições, como
antes.
Observe quais os lugares desprovidos de recursos e quais os que têm
recursos.
Repita quaisquer ligações que pareçam especialmente dif íceis. Ao fazê-
lo, peça que a pessoa imagine que todos os seus recursos, sua criatividade e
diferentes modos de pensar estão sendo integrados e aplicados na questão.
Dê a ela tempo para integrar e depois peça que pense na questã o nova ¬
mente.
O que mudou para ela ?
Esse exercício focaliza muitos recursos e maneiras de pensar em um pro ¬
blema em combinações diferentes e criativas. Também embaralha o modo de
pensar habitual da pessoa em relação ao problema .
74 JOSEPH O'CONNOR
Linguagem Sensorial
Palavras ligadas a um determinado sistema representacional são conhe¬
cidas como " predicados" na terminologia da PNL. Predicados são o resultado
de pensar com um determinado sistema representacional . Sã o como pistas de
acesso verbais. Por exemplo: "Vejo o que está querendo dizer " implica o siste ¬
ma visual. Uma vez sensível a predicados, você começará a notar como as pes ¬
mentos. Gritei até ficar rouco. Ouvi o comentá rio em meu Walkman, e isso foi
legal també m."
O terceiro diz : "Foi um jogo estonteante! O primeiro tempo foi duro, mas
no final nosso time venceu confortavelmente. O outro time não chegou a entrar
no jogo no segundo tempo. As cadeiras nã o eram lá muito confortáveis, no en¬
tanto. Vou pegar o jogo pela TV hoje à noite."
Esses sã o exemplos exagerados, mas podem ver que o primeiro exemplo
usa muitos predicados visuais, o segundo, muitos auditivos, e o terceiro, mui¬
tos predicados de tato, ou cinestésicos.
Estamos em sintonia .
Vivemos em harmonia .
O local zumbia com a atividade .
Isso tudo é grego para mim .
N ã o dar ouvidos .
Isso faz soar o sino ! A campainha !
É m ú sica para meus ouvidos .
Terminou , n ã o com um estrondo , mas com um ganido .
-
Exemplos de Palavras Não Especificadas
Decida, pense, lembre, saiba, meditar, reconhecer, atender, compreender,
avaliar, processar, decidir, aprender, motivar, mudar, consciente, considerar,
supor, escolher, resultado, meta, modelo, programa, recursos, coisa, teoria, idéia,
representação, sequência, lógica, memória, futuro, passado, presente, condi ¬
Ponte ao Futuro
Utilizamos nossos sistemas representacionais para nos lembrar do passa ¬
do e també m para imaginar o futuro. Podemos ensaiar mentalmente como de¬
sejamos que o futuro seja. Isto se chama "ponte ao futuro", na terminologia
da PNL.
Quando fazemos ponte ao futuro, ensaiamos um resultado mentalmente
para nos assegurarmos de que ocorra e para descobrirmos se parece correto.
A mudança pessoal começa com um objetivo ou resultado. Você tem um pro ¬
blema ou deseja que a situação seja diferente. Então, determina um estado de¬
sejado - o que você quer em vez da situação atual. Depois aplica uma técnica
ou um padrão para realizar essa mudança . Muitas abordagens psicológicas ter¬
minam a í. Mas, às vezes, a mudança é f ácil no momento, mas dif ícil na situa-
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 77
ção real, dias ou semanas depois. A ponte ao futuro lida com esse problema e
é parte de todas as técnicas de mudança de PNL. Você pode fazer ponte ao fu ¬
turo de seus próprios resultados e a ponte ao futuro dos outros quando traba ¬
lha com eles para ajud á-los a alcan çar os seus resultados.
Sempre que tiver trabalhado em um problema, ensaie mentalmente sua
soluçã o. Por exemplo, suponha que tem tido problemas em se comunicar com
-
outra pessoa e que você tem novos recursos para ajudá la. Faça a ponte ao
futuro pensando em quando você encontrar a outra pessoa da próxima vez.
Imagine-a o mais claramente possível, ou ça sua voz mentalmente e depois
imagine-se respondendo a ela da forma que deseja. Verifique como se sente.
Imagine a resposta possível. Quando sentir-se bem, e a situa çã o ocorrer sa ¬
ximo efetivamente a encontrar-se com a pessoa . Se não sentir que está bem ,
provavelmente n ão funcionará na vida real. Às vezes uma pessoa pode de¬
sempenhar o papel da outra para que a ponte ao futuro seja mais realista .
A ponte ao futuro é a verificação de seu resultado em realidade virtual .
ria, mas quando faz ponte ao futuro, você percebe que não est á exata ¬
mente certo. Então precisa voltar e fazer mais mudanças.
2. Como teste de que a mudança realmente funcionará.
3. Como ensaio mental de seu resultado desejado. Quanto mais você
ensaiar mentalmente seu resultado, mais familiar ele se tornará e mais
f ácil será .
4. Como meio de generalizar as lições que aprendeu, levando-as para o
mundo real. Quando você levar o que aprendeu e o aplicar em qual¬
quer lugar, independentemente de contexto, terá o maior impacto so ¬
bre você mesmo e sobre outros.
todo treinamento empresarial deve ter sua ponte ao futuro rigorosamente esta ¬
belecida em relação ao ambiente de trabalho e deve funcionar lá se for ter al ¬
gum impacto.
-
A PNL é bastante pragmá tica. O teste para a interven ção de PNL bem su ¬
cedida é que funcione no mundo real. Fazer ponte ao futuro pode fazer a dife¬
rença entre uma que funciona e uma que não funciona .
A simulaçã o em computadores é outra maneira de fazer ponte ao futuro
utilizada nos negócios. Os resultados que as pessoas desejam alcançar sã o in ¬
guir:
O Comece pela sua meta.
Imagine como seria alcan çá -la. Veja-a em detalhes para que esteja ab¬
solutamente claro quanto ao que terá que fazer para alcançá -la .
O Focalize o processo, não o resultado.
Use seus sistemas representacionais para ver como atinge o objetivo.
Desde que esteja claro quanto à meta, ela fluirá naturalmente desse pro¬
cesso da qualidade. O ú ltimo passo é ver a meta alcan çada como re ¬
Plano de flçã o
1. Quando assistir a programas de atualidades na televisão, observe as
pistas de acesso de políticos e especialistas quando respondem a per¬
guntas. O que pode dizer a respeito da maneira pela qual utilizam seus
sistemas representacionais? Sua linguagem se equipara a suas pistas de
acesso?
( Nota importante: Uma pista de acesso visual constru í da nã o significa
que a pessoa está mentindo. Significa que está pensando através da cons¬
tru çã o de imagens, que pode ser parte de sua estratégia de memória . )
2. Olhe atentamente para o livro que está lendo atualmente. Qual o estilo
predominante ? O que pode observar quanto à maneira preferida de
pensar do autor a partir do equilíbrio de predicados no texto?
80 JOSEPH O'CONNOR
.
3 Jogos de predicados.
Escolha uma conversa casual na qual o conte ú do nã o é importante e pro¬
-
cure ouvir predicados. Quando ouvir um predicado, equipare o à frase
seguinte que disser em resposta (acompanhamento) .
Quando for capaz de fazer isso com confian ça, equipare o predicado e
-
siga o com outra frase ou sentença que utilize um predicado de outro
sistema (acompanhando e liderando ). Seu companheiro segue a sua li¬
derança usando predicados daquele sistema em sua resposta ?
Você visualiza ? ( V)
Você se lembra da sensação tá ctil ? (C)
Conheça seu sistema preferido.
Escreva durante aproximadamente cinco minutos sobre algo que gosta
de fazer. Escreva rapidamente sem pensar. Depois, reveja o que escre¬
veu. Qual o equilíbrio de predicados?
Você poderá preferir falar no microfone de um gravador por alguns mi ¬
nutos em vez de escrever. ( Isso, em si, pode ser uma dica de que você
prefere o sistema auditivo.)
6. Qual o seu sistema representacional mais fraco ?
Exercite sua parte fraca e use os exercícios nas pá ginas 62-7 para desen ¬
volver esse sentido. Seu pensamento se tornará mais criativo e flexível.
7 . Eis um exercício que pode tornar sua maneira de pensar mais criativa,
estimulando todos os sistemas representacionais e que també m é bom para
os m úsculos oculares .
Escolha qualquer objeto longe de você e imagine que é o centro de um gran¬
de relógio. Mantenha sua cabeça e seus ombros parados e mova seus olhos
cuidadosamente até onde puder para a posição de 9h, como se estivesse que¬
rendo ver sua orelha esquerda. Mantenha os músculos esticados por alguns
segundos, sem olhar para algo especí fico e depois retorne os olhos para o
centro do relógio. Agora, faça o mesmo para as posições de Wh, llh e 12h.
Nesta última estará olhando para cima, em direção a sua testa. Continue
ao redor de todo o relógio até ter olhado para todas as horas. Faça isso deva¬
gar e com cuidado; não tente forçar o que quer que seja, e se sentir dor ou
qualquer desconforto, pare, descanse e continue em outra ocasião.
Capítulo 6
Estado Emocional
sidade, dura çã o e familiaridade. Quanto mais calmo o estado, mais f á cil é pen ¬
sar de forma racional. Quanto mais violento ou intenso o estado, mais o racio¬
cí nio é conturbado e mais energia emocional ter á . Estados sempre têm um
componente emocional: n ós os descrevemos normalmente em termos
cinestésicos.
Embora acreditemos que estados sejam causados por eventos fora de nosso
controle, nós mesmos os criamos. Um dos maiores benef ícios que a PNL tem a
84 JOSEPH O'CONNOR
Estados e Capacidades
Estados afetam nossas capacidades. Um m ú sico pode ter ensaiado uma
apresentaçã o muitas vezes e ser capaz de realizá-la com perfeição - quando
ningu é m estiver assistindo. Diante de uma platéia, pode n ão se desempenhar
tã o bem . Dizemos que sofre de "ansiedade de desempenho". A ansiedade de
desempenho pode reduzir seu desempenho em 20 ou 30 por cento. Algumas
pessoas ficam de tal forma paralisadas de medo que sã o incapazes de qualquer
tipo de desempenho. Não são incapazes nem incompetentes; precisam apren ¬
der a gerenciar seu estado.
soas sã o atraídas por qualquer um que possa fazer com que se sintam bem. A
emoçã o é contagiosa (ver o livro Emotional Contagion , de Elaine Hatfield e John
Cacioppo, Cambridge University Press, 1994). Nós normalmente pensamos que
a emoção vem de dentro para fora . Em outras palavras, sinto-me feliz por den ¬
Seja qual for a tarefa que tiver que desempenhar, seja o que for que quiser
aprender, seja qual for o resultado que desejar, pergunte-se: "Em que estado
quero estar para fazer com que isso seja mais f ácil?"
Seu Sstddo-Bãse
Seu estado-base é aquele no qual você se sente mais em casa. Não é ne ¬
Uma vez que esteja consciente de seu estado-base, poderá pensar nele de
forma mais crítica . Está satisfeito com seu estado-base? O que poderia fazer para
torná -lo um estado mais saud á vel, mais equilibrado e mais bem provido de re ¬
cursos?
Associação e Dissociação
Essa é uma distin çã o crucial para todos os estados. Para entender isso já,
feche os olhos e imagine-se flutuando para cima em direção ao teto. Agora, se
imagine olhando para baixo a partir de seu novo ponto de observa çã o. Você
n ã o vê seu corpo na cadeira porque está supondo que está em seu corpo. Ima ¬
gine-se flutuando de volta novamente, vendo a cadeira chegar cada vez mais
perto até que esteja de volta de onde começou. Quando estiver dentro de seu
corpo, vendo imagens através de seus próprios olhos, então estará associado.
Agora, se imagine flutuando para fora de seu corpo, vendo seu corpo sen
¬
tado na cadeira. Suponha que pode fazer uma "viagem astral pela
" sala , ven ¬
do seu corpo a partir de diferentes â ngulos. Flutue de volta para baixo. Seu
corpo n ão saiu da cadeira, mas parece que você o fez. Quando estiver se ven
¬
ASSOCIADO DISSOCIADO
Âncoras
 ncoras sã o gatilhos visuais, auditivos ou cinestésicos que se tornam as ¬
ma representacional. Quando algo que você vê, ouve, sente, saboreia ou chei
¬
Estabelecendo Encoras
Uma experiê ncia intensa pode estabelecer uma â ncora. É assim que as
fobias começam - um trauma emocional intenso pode criar um medo para a
vida toda.
Se as emoções envolvidas forem menos intensas, â ncoras podem ser igual¬
mente estabelecidas pela repetição. A maioria das âncoras são criadas de for¬
ma aleatória através da repetição. Passamos o dia respondendo a pessoas, even ¬
tos, sons e vozes, objetos e m úsica sem pensarmos nisso. Não prestamos aten¬
ção à s â ncoras em nossas vidas.
 ncoras são atemporais . Uma vez estabelecidas, podem dirigir nossas vidas
a partir daquele momento .
dade emocional nã o significa jamais sentir estados negativos, e sim ser capaz
de senti-los de forma limpa, lidar com eles e escolher a sua resposta . Todos nós
experimentamos estados desprovidos de recursos. Alguns estados sã o de tal
forma desagradá veis que o auxílio profissional se faz necessá rio. A depressão
profunda pode precisar ser tratada com medicamentos; todos os estados têm
um componente psicol ógico, e todos têm um componente bioqu ímico sã o
-
produzidos por certas substâ ncias qu í micas no corpo e, assim, medicamentos
os influenciarão. No entanto, isso n ão quer dizer que você esteja à mercê de
tais estados. N ã o são "causados" por essas substâ ncias neuroqu ímicas, porque
apenas suscitam a pergunta: "O que causa a produção de substâ ncias neuro¬
qu ímicas?" Pode ser sua forma de pensar. Corpo e mente podem ser duas pa ¬
lavras, mas sã o um só sistema . Estados sã o associados a padrões de pensam
ento,
fisiologia e substâ ncias neuroqu ímicas. Mudar qualquer um destes pode influ ¬
enciar seu estado.
Quando você se vê em um estado desprovido de recursos em sua vida
diá ria, aceite-o como parte normal da vida. Dizer a si mesmo que "n o
ã deve¬
ria" sentir-se assim ou que há algo de errado com você, ou que é fraco
por sen ¬
-
tir se dessa forma apenas fará com que as coisas fiquem piores. á é ruim
J o
-
suficiente sentir-se mal, sem sentir se mal por estar se sentindo mal!
Acompanhe seu ritmo. Você se sente como se sente. E o estado de estar
consciente de seu estado começará a mud á -lo por si só.
Em seguida , conscientize-se de que tem escolha . Você pode permanecer
-
nesse estado ou mud á lo. Você quer mudar o seu estado?
Se deseja mud á-lo, h á muitas maneiras de fazê-lo. À medida que a mente
e o corpo são um só sistema, você pode modificar o seu estado atrav
és de sua
fisiologia ou através de sua maneira de pensar. Use qualquer dos mé todos
que
funcione para você. Se estiver em um estado muito negativo, poderá
precisar
quebrar o estado primeiro, antes de tentar entrar em um estado que tenha
re ¬
cursos.
Use quebras de estado quando quiser que uma pessoa esteja em um esta ¬
do neutro porque precisa testar uma â ncora e quando uma pessoa estiver dis¬
tra ída e desejar chamar a atençã o dela.
Use interrupções de padrão quando desejar quebrar um forte estado nega ¬
tivo, pois ir diretamente para um estado positivo seria um passo grande demais.
Há muitas maneiras de quebrar um estado:
O Conte uma piada. O riso é a melhor maneira de quebrar um estado -
muda o pensamento, a fisiologia e a respira çã o.
O Diga o nome da pessoa .
O Peça a ela que se movimente ou ande, para mudar seu posicionamento.
O Distraia-a:
visualmente - mostre algo interessante a ela
auditivamente - fa ça um barulho ou toque m úsica
cinestesicamente - toque-a (se isso for apropriado)
Quebras de estado e interrupções de padrã o são ú teis para sair de es¬
tados emperrados. Você pode reconhecer um estado emperrado em
alguém quando:
3 A pessoa tem uma fisiologia fixa.
O Ela sempre senta ou vai para o mesmo lugar em uma sala.
O Ela pouco se movimenta.
O Ela diz a mesma coisa ou repete movimentos.
O Ela fica dando voltas em uma discussã o ou debate.
Uma criança que chora está em um estado emperrado e frequentemente
n ã o possui os recursos necessá rios para escapar dele. Para quebrar esse tipo de
estado emperrado, as interrupções de padrã o são mais eficazes. Dizer a uma
criança que pare de chorar geralmente não é eficaz. Ela o faria se soubesse como.
Quando você usar uma quebra de estado ou uma interrupção de padrã o,
deverá estar preparado para levar a pessoa para um estado melhor, do contrá ¬
rio, é provável que ela recaia no estado emperrado.
fincoragem de Recursos
Você pode utilizar a "ancoragem de recursos" para mudar de estado. Isso
é quando você deliberadamente estabelece uma â ncora que não existia antes
para ajud á -lo ou, a outra pessoa, a passar para um estado com mais recursos.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL
93
Cábrando o Estãdo
Uma vez que tenha eliciado um estado, precisa saber como ele parece e
soa em termos sensoriais específicos. "Confuso", "feliz", " triste", etc. nã o sã o
descrições sensoriais específicas. São adivinhações e leitura mental. Podem ser
totalmente precisas, mas n ã o o ajudam a reconhecer o estado. Uma descriçã o
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 95
sensorialmente específica deve consistir no que você pode ver, ouvir e sentir.
Portanto, preste atençã o em:
tom e volume de voz
postura
colora çã o facial
pistas de acesso oculares e dilatação de pupilas
tensã o muscular na face e testa
â ngulo da cabeça
equil í brio e peso na cadeira ou no chão
tamanho do lá bio inferior (o l á bio inferior pode expandir quando o sangue
flui para o rosto)
padrã o de respiraçã o
ífncordr o Cstãdo
Você pode ancorar um estado de recursos visual, auditiva ou cinestesica-
mente. Por exemplo, um gesto com a mão seria uma â ncora visual, uma pala ¬
vra ou frase em determinado tom de voz seria uma â ncora auditiva, e um to ¬
leste d Uncord
Sempre teste a â ncora que estabelecer. Pergunte à pessoa o que sente e
cheque sua fisiologia com sua calibração anterior. Você poderá precisar anco¬
rar novamente ou repetir a mesma â ncora v á rias vezes. Não desista até que
tanto você quanto a outra pessoa possam ver, ouvir e sentir uma diferença .
Âncoras devem ser usadas para que sejam eficazes. Quando uma pessoa
usa uma â ncora umas 20 vezes, a â ncora será confiável. Â ncoras que não são
reforçadas logo esvanecem, exatamente como qualquer lembran ça.
coras para trazer a pessoa através da série para o estado desejado. A repetição
da cadeia vá rias vezes d á à pessoa um caminho para sair de seu estado sem
recursos.
Fmpdhdmento de Pncoros
O empilhamento dc âncoras utiliza mais de um recurso para intensificar o efeito.
Às vezes, um estado de recursos por si só não é o bastante para mudar uma
situa ção. Ent ã o você "empilha" estados, colocando mais de um estado com
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 97
Encadeamento de â ncoras
t % 1- *
- $ — <D — (D
Colapso de âncoras
*
Coldpso de Hncorãs
* +
# *k
d} = (D
O colapso de â ncoras é quando você dispara duas âncoras diferentes simultanea
¬
mente.
O estado resultante é geralmente diferente de ambos os dois estados ori ¬
ginais. O colapso de â ncoras é como uma rea ção qu í mica na qual dois produ ¬
tos qu ímicos reagem para produzir um terceiro que é uma combina ção dos dois,
mas diferente.
Renovação do Passado
Esse padrã o é també m conhecido como "Mudança de histó ria pessoal".
Ajuda a quebrar antigas crenças e comportamentos limitadores. Funciona
melhor se você selecionar um problema que continua recorrente e parece ter
uma causa ou um gatilho original no passado.
1. O cliente identifica uma questão que tem sido uma fonte recorrente
de problemas. Ele pensa em uma situaçã o típica na qual experimenta
o estado sem recursos e especifica a sensa ção.
2. Calibre o estado e ancore-o cinestesicamente. Mantenha a â ncora ne ¬
Cncãdeãwento de ífncords
Nós nos movemos entre diferentes estados emocionais ao longo do dia.
Às vezes, uma â ncora será o suficiente para mudar nosso estado, mas na
maior parte do tempo â ncoras funcionam em cadeias - uma leva à outra até
que, imperceptivelmente, nos encontramos em um estado diferente.
Precisamos reconhecer quando essas cadeias nos levam a estados sem re¬
-
cursos. Assim, podemos impedir que operem ou reprojetá las para que nos
levem a uma conclusã o com mais recursos. Também podemos projetar nossas
próprias cadeias como caminhos em direção aos estados que desejamos.
100 JOSEPH O'CONNOR
Estãdos e tííetãestãdos
As emoções sã o inegá veis. Sabemos quando nos sentimos felizes, tristes,
zangados ou aborrecidos. Emoções se conectam com eventos reais puramente
sem pensar - por exemplo, seu parceiro está atrasado, e você começa a se preo ¬
cupar com o que poderia ter acontecido a ele . Você começa a imaginar alguns
cená rios ruins e a se sentir ansioso. Então você o ouve à porta e se sente alivia ¬
do. Jamais houve qualquer perigo real, mas mesmo assim entrou em estado de
preocupaçã o. Entã o poderá ficar zangado por ele ter chegado tarde sem avi¬
sar. Pode també m haver estados sobre nossos estados, ou o que poderia ser de¬
nominado " metaestados". També m podemos nos sentir rid ículos por nos preo ¬
cuparmos tanto. Podemos sentir vergonha por estarmos felizes ou zangados
por nos sentirmos aborrecidos por acreditarmos demonstrar nossa preocupa ¬
ção. Podemos responder a nossos próprios estados ao percebê-los por um ou ¬
tro estado, um metaestado.
Metaestados têm vá rias características:
3 São reflexivos. Em outras palavras, você responde a sua pró pria reali ¬
dade, ao seu próprio estado, nã o a algo no mundo exterior. Nesse sen ¬
tido, metaestados estão a um passo da experiê ncia sensorial primá ria .
3 Geralmente sã o menos intensos do que o estado primá rio que os evo ¬
cou. O estado original de felicidade ou raiva ou depressã o, por exem ¬
plo, engajará mais fisiologia do que quaisquer pensamentos sobre esse
estado.
3 Podem ser infinitamente recursivos. É possível ( pelo menos em teoria )
termos estados sobre estados sobre estados. Você pode se sentir curio ¬
so quanto a sentir-se triste com seu sentimento rid ículo em rela çã o a
sua preocupação com sua raiva em relação a sua burrice, etc. Cada um
é mais distanciado do sentimento original.
3 Geralmente são mais cerebrais do que o estado original; envolvem mais
raciocínio do que sentimento.
102 JOSEPH O'CONNOR
ciam do estado prim á rio. Fazendo uma avalia çã o, você se afasta do estado ori ¬
ginal, e isso pode dar uma certa liberdade emocional. Utilizar metaestados para
fugir do estado original não é, entretanto, uma boa idéia - se tornarã o uma fuga
do sentimento para os corredores vazios e ecoantes da mente. Quando você
engajar um metaestado, certifique-se sempre de ter sentido o sentimento ori ¬
vés da assunção de uma alegria forçada que mexe com os nervos de todos.
No entanto, h á muitas maneiras para mudar seu estado se assim o dese¬
jar. Eis um resumo de como mudar de estado:
O Conscientize-se de seu estado.
Observe-o friamente. Interesse-se por ele. Como é? Sua observa çã o dis¬
tanciada por si só começará a mudar seu estado. Essa posição de " tes¬
temunha" é um dos recursos mais poderosos que você tem para a li ¬
berdade emocional. Quando o tiver, ancore-o, para que se torne mais
f á cil da próxima vez.
O Mude sua maneira de pensar.
Como quer se sentir? Pense em um momento em que se sentiu dessa
forma. Associe-se, esteja lá novamente, vendo através de seus pró pri ¬
Plano de Rção
1. Você ancora outras pessoas através daquilo que faz e das mensagens que
envia . Explore como poderia ser uma â ncora para outras pessoas - use a
segunda posi ção para descobrir como pessoas significativas em sua vida
profissional e pessoal reagem a você. Que estados você elicia nelas?
Como poderia mudar seu comportamento de forma a ser uma â ncora po ¬
sitiva para muitas pessoas?
-
Quando tiver identificado um momento, imagine se nele, associe-se à
lembran ça e experimente o novamente, o mais plenamente que puder.
-
3 Estabeleça uma â ncora para esse estado.
Enquanto estiver associado àquele estado:
Escolha uma palavra ou uma frase que se une fortemente a esse estado;
-
por exemplo: "foco" ou "posso fazê lo!" ou "sim!"
Escolha uma â ncora visual. Isso pode ser algo que você sabe ser capaz de
ver naquela situação, ou uma imagem da recordação, ou um símbolo.
Escolha uma â ncora cinest ésica. Inspirar profundamente é um bom
exemplo, como o é expirar com força. O gatilho deve ser um movimento
natural que possa realizar com facilidade; a única aten çã o que deseja
atrair é a sua própria, não a de curiosos que estejam querendo saber o
que está fazendo!
Quebre o estado.
Em seguida, teste a â ncora. Diga a frase a si mesmo, veja a pista visual
-
ou, se isso for impossível, imagine a em sua mente e fa ça o gesto. Ob¬
serve como isso muda seu estado para o estado que deseja.
Se o gatilho n ã o funcionar, volte para o terceiro passo. Associe-se à que¬
le estado o mais plenamente que puder, esteja inteiramente de volta
à quele momento, ouvindo o que ouviu, vendo o que viu, sentindo o que
sentiu. Entã o estabeleça suas â ncoras novamente. O motivo de se esta ¬
belecer três é que isso utiliza todos os sistemas representacionais. A
â ncora mais eficaz geralmente é a de seu sistema representacional pre¬
ferido.
3 Quando tiver testado a â ncora e verificar que funciona, ensaie usá -la
mentalmente. Imagine-se enfrentado esse desafio no futuro e usando a
â ncora. Ensaie mentalmente aquilo que deseja que aconteça. Assegure -
se de que esteja associado.
3 Pratique! Pratique sua â ncora pelo menos 20 vezes. Quanto mais prati ¬
car, mais as â ncoras passarã o para a competência inconsciente, e você as
fará automaticamente quando delas necessitar. Al é m disso, funcionarão
automaticamente. Â ncoras de recursos são in ú teis se você esquece de
-
usá las.
5. Assista ao filme The Shawshank Redemption no vídeo, mesmo que já o
tenha visto. Qual o estado característico da personagem desempenhada
por Tim Robbins? Qual estado de recursos ela é capaz de comandar para
atravessar seu período na prisã o? Que â ncoras ela tem para ajud á-lo com
esse estado?
Capítulo
Suas imagens mentais, seus sons e sentimentos todos possuem determinadas qua¬
lidades. Suas imagens, por exemplo, têm brilho e cor, seus sons têm ritmo e tom,
seus sentimentos, certa textura e temperatura. Em PNL, essas qualidades são co¬
nhecidas como “ submodalidades". Os sentidos são as "modalidades' que usamos
para pensar; assim, as qualidades da experiê ncia sensorial são submodalidades.
Embora sejam conhecidas como submodalidades, não são inferiores, subordinadas
ou abaixo das modalidades, e sim uma parte integrante destas. N ão se pode ter uma
experiência sensorial sem essas qualidades.
Submodalidades Visuais
associada/ dissociada: vista atrav és de nossos pró prios olhos ou olhando para
n ós mesmos.
cor : em cores ou em preto e branco.
limite: com moldura ou sem moldura .
profundidade: bi ou tridimensional.
localização: esquerda ou direita , para cima ou para baixo.
distância: perto ou longe.
brilho: brilhante ou escuro.
contraste: bem ou maldefinido.
foco: nítido ou emba çado.
movimento: parado, suave ou espá stico.
velocidade: rá pido ou lento.
nú mero: imagens em tela ú nica, tela dividida ou telas m ú ltiplas.
tamanho: grande ou pequeno.
Submodãhdãdes (luditms
verbais ou não-verbais: palavras ou sons.
direção: esté reo ou mono.
volume: alto ou baixo.
tom: suave ou estridente.
timbre: fino ou som completo.
localização: para cima, para baixo, esquerda ou direita.
110 JOSEPH O'CONNOR
SubmodãlidãdesCinestésicãs
O sistema representacional cinest ésico abrange as seguintes submo-
dalidades:
vestibular (equilíbrio)
proprioceptivo (consciência corporal)
tá ctil ( toque)
gorias:
localização: onde no corpo.
intensidade: alta ou baixa.
pressão: forte ou suave.
extensão: grande ou pequena.
textura: áspera ou lisa .
peso: leve ou pesado.
temperatura: quente ou fria.
duração: longa ou curta, contínua ou descontínua.
forma: regularidade.
movimento: parado ou em movimento.
respondentes aos sete tipos de receptores de odores das células olfativas. Es¬
ses poderiam ser os equivalentes à s submodalidades do odor.
No entanto, falamos principalmente de sabor e odor atrav és de metá fo¬
ras - "o gostinho da boa vida" ou "o doce cheiro do sucesso", por exemplo.
Avaliamos sabores e odores em um metanível através do sentido cines-
tésico. Experimentamo- nos como agrad á veis ou desagrad á veis, e as submo ¬
dalidades desse metanível de avaliação cinestésica (por exemplo, o quanto você
gosta desses sabores e odores) são outra forma de discriminar entre odores e
sabores.
112 JOSEPH O 'CONNOR
Submodalidades Críticas
Mudar algumas submodalidades tem pouco ou nenhum efeito. Outras,
no entanto, podem fazer uma enorme diferença . Estas são as "submodalidades
críticas". O tamanho e o brilho de uma imagem são críticos para muitas pes¬
soas, então fazer suas imagens mentais maiores e mais brilhantes aumenta
muito o impacto. Os "sensíveis comuns" são freqiientemente importantes.
Por exemplo, mover uma voz interna para mais longe geralmente reduz o seu
efeito, enquanto mudar a localização de uma imagem freqiientemente altera
por completo o significado.
Embora as submodalidades crí ticas tenham mais alavancagem para a
mudança do que as demais, submodalidades trabalham em conjunto como um
sistema:
O Mudar uma submodalidadc pode fazer com que outras mudem . Mudar uma
submodalidade crítica pode provocar uma reorganiza çã o espontâ nea
das outras.
O A consciência pode mudar o sistema . Estar consciente de submodalidades
pode mudar a sua estrutura .
3 Submodalidades críticas mostram efeitos de limiar . Por exemplo, aumentar
-
o tamanho de uma imagem pode torná la mais agrad á vel, mas só até
certo ponto. Além desse ponto, aumentar o tamanho nã o terá qualquer
efeito ou pode tornar a imagem menos atraente.
O Medições são relativas ao sistema em si. Submodalidades sã o subjetivas,
portanto compara ções são dif íceis de serem realizadas. Quando algué m
torna uma imagem maior ou mais brilhante, o faz em termos do qu ão
grande ou brilhante era antes, nã o em termos absolutos. Medimos a
maioria das distinções de submodalidades em termos daquilo que se¬
ria normal na vida real, porque essa é a fonte dessas distinções para
in ício de conversa . Assim, uma imagem grande é uma maior do que a
real, uma imagem brilhante é uma mais brilhante do que a da vida real
e assim por diante. No entanto, sempre verifique se não tiver certeza.
Todos t ê m autoridade sobre suas pró prias experiê ncias subjetivas.
O Mudanças de submodalidades oferecem evid ê ncia para outras mudanças .
Quando uma pessoa soluciona um problema, você pode verificar se
mudou, checando se as submodalidades do problema foram alteradas.
Linguagem e Submodalidades
Frases de predicados e met á foras n ã o só indicam o sistema represen -
tacional que a pessoa está utilizando, como também oferecem dicas quanto às
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 113
submodalidades envolvidas. Por exemplo: "Tenho uma visã o sombria a esse res ¬
peito" nã o apenas lhe diz que a pessoa está usando o sistema visual, mas tam ¬
bé m que o brilho é crítico para aquela imagem. A submodalidade de brilho in ¬
fluencia como uma pessoa julga a idéia. ("Essa é uma id éia luminosa!") Quan ¬
do algu ém fala de " tomar uma posiçã o firme quanto à situação", está pensan ¬
Cliciando Submoddlidades
Descobrir quais submodalidades as pessoas estão usando é uma habilida ¬
de-chave em PNL e é utilizada em modelagem, trabalho estratégico e an á lise
de contraste de experiências diversas.
Quando você elicia submodalidades, vê as pessoas usando pistas de aces¬
so. Para interpretá-las, pergunte a si mesmo o que a linguagem corporal signi-
114 JOSEPH O 'CONNOR
clinarã o a cabeça para o lado e ouvirã o na direção de onde seus sons mentais
parecem vir. Provavelmente se inclinarão para a frente quando se associam, e
para trás quando se dissociam. A linguagem corporal não só lhe diz a respeifo
do sistema representacional que a pessoa est á usando, mas às vezes també m
pode lhe mostrar quais as distinções de submodalidades cr íticas que estã o fa ¬
zendo.
O Estabeleça rapport .
O Use linguagem apropriada ao contexto.
Submodalidades são experiências do dia-a-dia; portanto, use lingua ¬
gem e exemplos do dia -a -dia para ajudar as pessoas a verem, ouvirem
e sentirem suas submodalidades.
O Seja direto.
Ajude a pessoa a ver, ouvir e sentir as distinções de submodalidades.
Peça a ela que veja o que viu e que ou ça o que ouviu . Evite dizer coisas
como:
"Tente criar uma imagem maior ". A palavra " tente" elicia dificuldade
e esforço.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSUCA - PNL 115
lonãhdãde
Um padrã o universal de linguagem corporal é relacionado à tonalidade.
Se você aumentar a inflexão de sua voz no fim de uma sentença, será geral¬
mente percebido como pergunta.
116 JOSEPH O'CONNOR
>
OK
EXPE RI Ê NCIA
DOIS
DIFER EN ÇAS
CR ÍTICAS
O Agora faça a mesma coisa para algo em que não acredita - por exem¬
plo, que a lua é feita de queijo verde ou que todos os políticos são pes¬
soas honestas e tementes a Deus.
O Mais uma vez, olhe para, ouça e sinta a maneira pela qual você ¬
re
presenta essa crença .
O Relacione novamente as submodalidades das imagens, dos sons
e dos
sentimentos que você tem e que representam essa não-crença .
0 Sunsh
O swish é uma técnica que utiliza mudan ças de submodalidades cr íticas.
Ela muda comportamento ou há bitos indesej á veis ao estabelecer um novo
direcionamento. Aquilo que costumava disparar o comportamento antigo in ¬
citará um movimento na nova direçã o. Isso é mais poderoso do que simples¬
mente mudar o comportamento.
O swish pode ser usado em qualquer sistema representacional . Eis os pas¬
sos para o swish visual.
1. Identifique o problema.
Este pode ser um comportamento ou hábito que deseja mudar, ou qual¬
quer situação a que deseje responder com mais recursos.
2. Identifique a imagem que dispara o problema .
Trate esse problema como uma realiza çã o. Como saberá quando fazê-
lo? Quais as pistas específicas que sempre o precedem? Procure um ga ¬
tilho visual específico para o problema . Pode ser um gatilho interno
(algo que vê em sua mente) ou externo ( algo que vê no mundo exteri ¬
or). Considere esse gatilho como imagem associada.
3. Identifique duas submodalidades críticas da imagem- pista que lhe conferem
impacto.
As mais comuns são tamanho e brilho. Se aumentar o tamanho e o
brilho da imagem a tornar mais eficaz, serão essas as submodalidades.
Essas duas submodalidades precisam ser submodalidades analógicas,
como tamanho e brilho, que podem ser continuamente aumentadas
ao longo de uma faixa.
4. Quebre o estado.
5. Crie a imagem de uma auto-imagem desejada.
Como você se veria se n ã o tivesse esse problema ? Que tipo de pessoa
seria facilmente capaz de solucionar tal questã o ou nem mesmo teria
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUíSTICA - PNL
119
esse problema ? Você teria mais escolhas e seria mais capaz. Fa ça com
que essa imagem seja equilibrada e cr ível e n ã o a conecte a qualquer
contexto específico. Certifique-se de que seja ecológica . Ela precis
a ser
motivadora e muito atraente. Torne-a uma imagem dissociada.
6 . Quebre o estado.
7. Coloque as imagens na mesma moldura.
Volte para a imagem do problema. Torne-a uma imagem grande e bri¬
lhante caso essas sejam suas submodalidades. Certifique-se de que
seja
uma imagem associada. Em um canto da imagem, coloque sua auto
imagem desejada nas submodalidades opostas - como imagem peque¬
-
na e escura, dissociada.
8 . Faça o "swish" das duas imagens.
Rapidamente transforme a imagem pequena e escura em grande e bri¬
lhante e a expanda até que preencha a moldura. Faça com que a
ima ¬
gem do problema fique escura e encolha-a ao nada . Faça isso muito ra ¬
pidamente. Ao mesmo tempo, imagine algum som que se encaixe com
-- -
o movimento (como s w i-s h\ )
9. Quebre o estado visualmente.
Abra os olhos se os tiver fechado e fa ça com que o quadr
o fique em
branco. Olhe para uma outra coisa qualquer.
10. Repita o swish e quebre o estado.
Fa ça isso pelo menos três vezes, muito rapidamente.
Certifique se de-
quebrar o estado entre cada swish ou estará se arriscando a fazer o sivish
do problema de volta novamente!
11. Teste e faça ponte ao futuro.
Tente acessar o problema mais uma vez. O que está difere
nte? Às ve¬
zes, você não conseguirá obter a imagem-pista novamente da mesm
a
forma. Às vezes, você começará a falar a respeito do proble
ma usando
o tempo do verbo no passado.
Solução de Problemas
Se o swish nã o funcionar:
O Você pode n ã o ter o gatilho correto.
O Você pode n ã o ter a submodalidade crítica.
O A auto-imagem pode não ser forte ou atraente o
suficiente.
JOSEPH O 'CONNOR
120
dalidades opostas.
O Rapidamente substitua a representa ção da pista pela auto-represen ¬
tação desejada.
3 Quebre o estado e repita pelo menos cinco vezes, quebrando o estado
entre cada szvish.
O Teste.
, sã o
sas que de maneira alguma queremos nos lembrar delas. Ocasionalmente
de tal forma ruins que bloqueamos completamente todo o sistema representa
¬
cional visual para que jamais encontremos aquela imagem específica novamen
¬
r imagens internas .
te. Entã o, dizemos que não temos consciê ncia de quaisque
Isso nos protege da dor, mas sacrifica as possibilidades de trabalha rmos com
um sistema representacional inteiro.
A dissocia çã o visual/cinestésica separa os sentimentos das imagens para
que se possa lidar com ambos. Tem sido usada com sucesso para lidar com:
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUíSTICA - PNL 121
acidentes e ferimentos
fobias
disfunções de estresse pós- traumático
vítimas de guerra traumatizadas
(foi usada em Sarajevo em 1999 para ajudar ví timas de guerra)
abusos emocionais e sexuais.
ência.
Parte Pm
O Recorde-se de um evento desagrad á vel em sua vida .
O Ao fazê-lo, certifique-se de que se vê nessa situação como se na tele
¬
Parte Dois
i¬
Ao pensar naquela experiência, o que gostaria que tivesse acontec
do? Com o benef ício da visão retroativa, como deveria ter agido para
alcançar aquilo que desejava?
,
Z> Imagine-se fazendo isso agora em sua mente . Permaneça dissociado
para que possa se ver agindo na situação em uma tela mental .
O Reviva o incidente em sua imaginaçã o, mas agora se veja fazendo algo
de forma diferente e observe como a situaçã o se resolve de uma for
¬
ma melhor.
o viven-
3 Se estiver satisfeito com isso, imagine-se voltando à situa çã e
ciando como deseja agir de forma associa Esteja
da . de volta à situa ¬
ção, olhando através de seus próprios olhos, agindo da forma pela
qual deveria ter agido e obtendo o resultado que desejava.
O Entã o esvazie sua tela mental.
O Faça isso pelo menos dez vezes, revivendo o evento da forma pela qual
você preferiria que tivesse ocorrido e entã o esvaziando sua tela
men¬
tal ao final de cada replay . ( Pode ser rá pido. )
Leve o que aprendeu com o incidente para ajudá-lo no futuro. Deixe
a dor do incidente no passado . Trate outras má s experi ê ncias da
mes¬
ma forma .
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 123
PãrteJrês
O Agora pense em uma situa çã o que foi boa para você.
3 Retorne a essa situação agora, vendo através dos próprios olhos e
sen¬
tindo as boas sensações mais uma vez. Esteja associado à situa
çã o.
O Desfrute da recordaçã o.
O Observe o que fez que contribuiu para seu sucesso.
O Exatamente o que fez para que fosse bem-sucedido?
Em quantas situa ções como essa você pode pensar ? Elas tê
m algo em
comum ? Como pode aprender com esses eventos para realizar ainda
mais deles no futuro? Há alguma situação iminente da qual
possa se
beneficiar da mesma forma ? O qu ão bom seria fazer isso consist
en¬
temente?
0 Processo de Curo íí
f pidã de Fobiã / Irãumã
Uma fobia é uma resposta presente a uma experiência intensamente
trau ¬
m á tica do passado. O medo está ancorado no objeto, animal ou
situa çã o que o
causou inicialmente. A pessoa sabe que a fobia não faz sentido,
mas a sensa ¬
ção de ansiedade é de tal forma intensa que se sente compe
lida a evitar o gati ¬
lho.
Fobias são realizações consideráveis. São respostas fortes basead
as em uma
ú nica experiência. É possível utilizar a mesma estrutura para
obter sensa ções
fortes e boas a respeito de uma pessoa ou um objeto com base
em uma ú nica
boa experiê ncia de aprendizagem.
Esse processo aplica dissocia çã o V/C a uma fobia ou a um
trauma . É des¬
crito aqui do ponto de vista de trabalho com outra pessoa
.
1. Estabeleça rapport com seu cliente.
2. Peça que pense em sua fobia de forma rá pida e fugaz. Isso
é para que
possa calibrar o estado observando sua fisiologia.
3. Quebre o estado!
4. Estabeleça uma "â ncora de segurança". Elicie um
forte estado positi ¬
vo a partir de uma experiê ncia lembrada, na qual tenha se
sentido se-
124 JOSEPH O'CONNOR
me. Peça a ele que se veja na tela desde um pouco antes do in ício do
incidente (quando ainda estava seguro) até depois de o incidente ter
ocorrido ( quando estava novamente seguro). Pode ser ú til ver o filme
em preto e branco em uma tela pequena se tamanho e cor forem
submodalidades críticas. Se necessá rio, dissocie o cliente duplamente
- peça que ele se veja vendo a si mesmo na tela. Mantenha o estado utili¬
zando a linguagem correta : "Aqui e agora, observando a pessoa na tela
lá e naquele momento..."
Esse passo estará completo quando o cliente puder ver esse incidente
na tela sem entrar em um estado de fobia. Observe-o cuidadosamen ¬
Linhas de Tempo
Uma das aplica ções mais fascinantes de submodalidades é a nossa ex ¬
periência do tempo. O que é tempo? A pergunta tem ocupado as maiores
mentes ao longo de toda a história e provavelmente continuará a ocupá -las
por algum tempo ainda, até que n ã o haja mais tempo para se degladiar com
a questã o.
Como experienciamos o tempo? Como lidamos com ele? Quando ouvi¬
mos como descrevemos o tempo, parece que o experimentamos como uma li¬
nha correndo do passado para o futuro. Falamos de "um longo tempo", " um
curto tempo", de "tempo se perdendo no futuro"... Temos o " passado distan ¬
te" e o futuro "imediato".
Subjetivamente , experimentamos o tempo como dist â ncia .
lar em uma direçã o determinada. A maioria das pessoas não tem consci
ê ncia
de sua linha do tempo a não ser que tenham tido treinamento em PNL .
"atrav és do tempo".
"
Uma linha "no tempo" passa através de seu corpo. Pessoas com linhas no
tempo" est ão associadas a suas linhas do tempo no agora . Freqiientemente
" "
Futuro
Linha no tempo
Passado
Uma linha " no tempo" ou uma "atravé s do tempo" s ão escolhas, embora
muitas pessoas tendam a usar uma de forma predominante .
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL
127
Uma vez que tenha consciência de sua linha do tempo e for flexível quan ¬
to a como a utiliza, poderá escolher para quais atividades você usa cada uma.
Linguagem do Tempo
Você pode descobrir muito a respeito de como as pessoas pensam sobre
tempo em conjunto com suas submodalidades críticas, ouvindo sua linguagem .
Por exemplo:
"Foi no passado obscuro e distante . "
"Ele tem um futuro brilhante . "
olhando para frente e esperando pelas f érias ."
" Estou
"Ponha o caso atrá s de você ."
Plano de flção
i. Às vezes parece que a PNL diz respeito à solu çã o de problemas. N ã o é
verdade. "Problema" é geralmente uma palavra negativa . Significa ape¬
nas que há uma diferen ça entre o que você tem e o que você quer. Quan ¬
do você n ã o gosta do que tem e deseja se afastar disso, ent ã o você tem
um problema remediativo. Muitas pessoas pensam que "problema" se
refere a problemas remediativos. No entanto, quando você gosta do que
tem mas deseja algo melhor, tem uma classe diferente de " problema"
- um problema generativo. Problemas generativos sã o muito melho ¬
res de se ter.
Quando você tem algo bom, ainda poderá torná-lo melhor mudando as
submodalidades.
O Pense em uma recorda ção agrad á vel. Observe as submodalidades.
-
Você pode torná la ainda mais agradável?
O Mude as submodalidades. Observe o efeito.
O Torne a imagem maior, mais brilhante, mais próxima . Isso torna a re¬
cordaçã o mais agradável?
O Experimente com as submodalidades da recorda çã o até que se torne
a mais agradá vel possível.
2. Encontre sua própria linha do tempo.
Enquanto observa sua linha do tempo, como ela o ajuda a compreender
como você pensa no passado e no futuro?
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 131
Por exemplo, algu é m que tenha uma linha de tempo passado curta ter á
que amontoar muitos eventos em um espa ço curto e pode ter dificulda ¬
des em se lembrar exatamente a quanto tempo algo aconteceu. Algu é m
com uma linha de tempo futuro curta pode ter dificuldade em olhar para
a diante, ou poderá amontoar o futuro em um espa ço curto e perder pers-
pectiva. ( A extensã o de sua linha de tempo futuro n ã o tem qualquer li ¬
ga çã o esot é rica com quanto tempo você viverá! Se for curta, significará
apenas que poderá ter dificuldades em planejar o futuro.)
Sua linha do tempo n ã o foi fixada para sempre quando você nasceu . Você
-
a criou . Pode mud á la. Busque escolha e flexibilidade - você desejará ser
"no tempo" para muitas atividades agrad á veis, mas "através do tempo"
para o planejamento de atividades no futuro.
Quer seja "no tempo" ou "através do tempo", experimente com ambos
como segue:
Z) Imagine entrar em sua linha do tempo.
O Se for "através do tempo", imagine entrar em sua linha do tempo de
forma que passe através do centro de seu corpo. Como é a sensa çã o ?
Você poderá se sentir mais embasado, mais no momento. Agora saia
novamente da linha .
-
O Se for "no tempo", imagine se saindo de sua linha do tempo e ven ¬
-
do a passar por fora de seu corpo. Poderá se sentir um pouco mais ob ¬
jetivo, um pouco mais capaz de adotar uma visã o geral . Agora entre
nela outra vez.
O Você tem a escolha . Estar "no tempo" ou "através do tempo" sã o es¬
tados e recursos, dependendo daquilo que deseja fazer.
3. Assista ao v í deo do filme Sociedade dos Poetas Mortos , estrelado por
Robin Williams e Ethan Hawke, mesmo que já o tenha visto. Como o per¬
sonagem desempenhado por Robin Williams muda o significado da
poesia para seus alunos ? Como as suas submodalidades alteram o sig ¬
nificado da id éia de " poesia" à medida que o filme avan ç a ?
4. Ou ç a sua voz interna. É sua voz ? De que direçã o parece vir ? O qu ã o alta
é ? Como você a tornaria mais agrad á vel para que seja uma alegria ouvi
la ? Você fala com você mesmo como se gostasse de você ?
-
Cap ítulo
Estratégias
A PNL utiliza a ideia de uma estratégia de forma muito particular. N ão tem seu
significado usual de plano bem elaborado de longo prazo. Em PNL, estratégias são
como fazemos o que fazemos para alcançar nossos resultados.
Uma estrat é gia é uma sequê ncia de representa ções que levam a um
resultado .
A PNL consiste em três elementos:
Representa ções
internas
Estado interno
Comportamento
externo
134 JOSEPH O'CONNOR
mos uma estratégia de tomada de decisã o que usamos para cada decisã o, des¬
de as triviais sobre o que iremos vestir hoje até as importantes como uma mu
¬
dan ça de carreira.
Existem cinco principais categorias de estratégias:
Estratégias de decisão: como decidimos um curso de a çã o a partir de vá rias
escolhas.
Estratégias de motivação: como nos motivamos para agir.
Estratégias de realidade: como decidimos o que é real e em que acreditar.
Estratégias de aprendizagem: como aprendemos um material novo.
Estrat égias de memória: como nos recordamos.
Estrat égias explicam as diferenças entre pessoas. Uma pessoa pode pare
¬
cer ter uma memória melhor do que a outra, e isso pode ser por estar usando
uma estratégia de mem ória melhor do que a da outra pessoa . Algumas pesso
¬
as sã o muito boas ao tomar decisões enquanto outras não. O que é mais, suas
decisões são boas. Com a PNL você pode modelar a estratégia de tomada de
decisões de bons líderes e ensiná -la a quem quiser aprender.
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROLINGU íSTICA - PNL 135
Usando Estratégias
Trabalhar com estratégias propicia mudanças poderosas e generativas tan ¬
to para você quanto para outros, já que lidam com como você faz alguma coi¬
sa. Quando você muda de estratégia, muda sua resposta a muitas situações di ¬
ferentes. Estratégias sã o usadas para :
3 Modelagem. Uma grande parte da modelagem envolve descobrir a es¬
tratégia mental que a pessoa está utilizando. Essa estratégia, juntamen ¬
Ú TOTSdiPUL
O TOTS é o padrã o básico de estratégia da PNL. Todas as estratégias se
encaixam em um padrão TOTS.
Se a comparaçã o
1 1í
Teste novamente
mostrar uma diferença . . . em busca da diferença . . .
1 l
Opera çã o : Agir
para reduzir
a diferença
O TOTS da PNL
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUí STICA - PNL 137
duzir essa diferença. Opera ções geram alternativas, coletam dados e alteram
o estado presente para aproximá -lo do estado desejado.
Para descobrir quais as opera ções que uma pessoa utiliza, você tem que
fazer perguntas como:
"O que você faz para obter sua meta ou resultado ? "
"Que passos e está gios específicos você realiza ?"
"Que outras escolhas você tem se nã o tiver sucesso da primeira vez ? "
"Quando você experiencia problemas ou dificuldades inesperados
,
o que faz? "
O segundo Teste é a verifica çã o de se a a çã o reduziu a diferen ça entre
o estado presente e o estado desejado .
A Sa í da é quando nã o mais há diferen ça adicional entre o estado presente
e o desejado - a meta foi alcan çada .
Contrastando Tots
Esta é uma maneira de aplicar a aná lise contrastante à maneira pela
qual você lida com duas situações: uma na qual você atinge seu re¬
sultado e uma na qual não o alcança . A primeira utiliza um TOTS
ineficaz; a segunda, um TOTS eficaz. Comparando e contrastando os
dois, você pode mapear recursos do segundo para o primeiro.
É possível realizar esse exercício sozinho, embora seja mais fácil com
a ajuda de outra pessoa .
3 Primeiro, pense em uma situação insatisfatória. Esse padrã o funcio ¬
na melhor se envolver outra pessoa com a qual está tendo problemas.
O que você está tentando alcançar aqui ? Escreva seu resultado - pelo
menos um, talvez mais.
Como você julga se está atingindo aquilo que deseja? Em que sinais
você presta atenção? Em que feedback você está prestando atençã o ?
Que ações você está empreendendo para obter o que deseja ?
Como você vê a outra pessoa na situa çã o?
3 Em segundo lugar, pense em uma situa ção similar na qual você te¬
nha alcanç ado o que desejava e a situação transcorreu bem. Pode ser
com a mesma pessoa, mas pode ser uma situação inteiramente dife¬
rente com uma outra pessoa.
Escreva suas respostas às mesmas perguntas com relação a essa si ¬
tua çã o.
3 Agora compare os dois conjuntos de respostas.
Como você poderia usar os recursos da situação bem-sucedida na si ¬
tua ção malsucedida?
Que metas adicionais poderia estabelecer na situa ção dif í cil que po ¬
deriam fazer uma diferença?
A que novo feedback você prestaria atençã o?
Em quantas maneiras diferentes você consegue pensar para obter o
que deseja naquela situação?
Como pode pensar na outra pessoa de forma positiva?
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 139
Clicidção de Estratégias
Haverá ocasiões nas quais você desejará descobrir a estratégia que outra
pessoa está usando, quer para modelá-la porque é boa, quer para mud á -la
porque não está obtendo os resultados que aquela pessoa deseja . Os passos são
os seguintes:
1. Associe a pessoa à estrat égia - ou oferecendo um contexto no qual
possa demonstrá-la já, se for apropriada ( por exemplo, se for uma es¬
tratégia de decisão, peça à pessoa que tome uma decisão sobre algu ¬
ma coisa trivial, aqui e agora ), ou associe-a a um momento passado no
qual estava usando a estratégia . Seja o que for que fizer, mantenha a -
associada na estratégia com o uso de linguagem no particí pio presen ¬
te. Isso permite filtrar as partes de qualquer estratégia de memória que
a pessoa estiver usando para pensar em uma experiê ncia passada da
estratégia . Quando a pessoa estiver associada à estratégia, suas pistas
de acesso serã o para a estratégia, nã o para se lembrar dela .
2. Peça à pessoa que o guie através de sua estratégia, passo a passo. Use
todas as pistas possíveis para mapear sua estratégia - movimentos ocu ¬
lares laterais, posturas, gestos, linguagem corporal e pistas de acesso,
respostas verbais diretas e predicados.
3. Fa ça a distin ção entre passos sequenciais e passos simultâ neos. Passos
sequenciais são separados por "então", passos simultâ neos, por "e".
4. Preste atenção no processo da estratégia. Não se deixe atrair para o
motivo para o qual a estratégia está sendo usada. Isso é conte ú do, e é
irrelevante à estratégia . A estratégia é como um trem - os vagões po ¬
dem carregar qualquer coisa .
5. Use perguntas do TOTS para encontrar os detalhes da estratégia - a
pista, operações, testes e ponto de saída. Identifique as submodalidades
crí ticas envolvidas.
Primeiro pergunte pelo resultado: "O que você está tentando alcan çar
ao fazer isso?"
140 JOSEPH O'CONNOR
Mação de Cstrãtégiãs
Quando você elicia uma estratégia, você desejará uma maneira f ácil de
anotá-la .
Ao eliciar, fa ça as seguintes perguntas a si mesmo sobre cada passo da es¬
tratégia e então codifique o passo de acordo.
ífesumo
V VISUAL
V' Visual interno (o que você vê internamente)
Ve Visual externo (o que você vê externamente)
V'| Visual interno lembrado (imagens lembradas)
V'c Visual interno construí do (imagens construí das)
Vd Visual digital - ver palavras (podem ser construídas ou lembradas,
por exemplo, ler um livro)
A AUDITIVO
A' Auditivo interno (o que você ouve internamente)
Ae Auditivo externo (o que você ouve de fora)
A' | Auditivo interno lembrado ( sons lembrados)
A'c Auditivo interno construído (sons construídos, jamais ouvidos)
A '
Auditivo tonal (sons que você ouve)
Ad Auditivo digital (palavras que você ouve)
Ad; Auditivo de diá logo interno (falar consigo mesmo)
C CINESTÉSICO
C Cinest ésico interno (o que você sente internamente)
Ce Cinestésico externo (sua consciência corporal externa)
C' c Cinestésico interno construí do ( o que você imagina sentir)
C'| Cinestésico interno lembrado (o que você lembra ter sentido)
C + Cinestésico positivo (sensações agradá veis, confortáveis)
C Cinestésico negativo (sensações desconfortáveis, desagradáveis)
'
Outros Símbolos
— Leva ao próximo passo .
(Exemplo: V'| — C- Memória visual leva a uma sensação desagradá vel .)
/ Comparação.
(Exemplo: A'|/Ae comparando um som lembrado com um som externo. )
(?) Indecisão
Simultâ neo.
(Exemplo: Imagem e som internos simultâneos.)
,
V1
{ } Sinestesia .
(Exemplo: { A' c V'| A + } VAC sinestesia positiva .
samente possível.
Projetando Estratégias
Uma vez que tenha eliciado uma estratégia, você pode reprojetá-la, subs ¬
sa, embora isso possa não ser o que você deseja. Uma estratégia de decisão toma
uma decisão; não há qualquer garantia de que seja uma boa decisão. Para que
uma estratégia seja eficaz, ela precisa atender a certas condições:
Instãlãndo Estratégias
Poderá ser necessá rio que você instale uma nova estrat égia . Se for esse o
caso, você vai querer que funcione tão depressa e tão automaticamente quan ¬
to a estrat égia antiga . H á cinco maneiras principais para instalar estrat é
gias.
Para melhores resultados, use uma combina ção de todas as cinco.
3 Ancoragem
Estratégias são uma sequ ência de representa ções, portanto você pode
usar â ncoras para encadear um passo ao seguinte. À medida que for
disparando as â ncoras, você quer que o cliente atravesse rapidamente
os passos da nova estratégia . Você pode usar â ncoras espaciais e lite ¬
ralmente mover o cliente para a frente, passo a passo, à medida que
ele vai de um passo da estratégia para o próximo. Ent ã o é possível
"guiá-lo" através da estratégia finalizad
a cada vez mais rá pido.
3 Pistas de acesso
Ao instalar a estratégia, direcione as pistas de acesso do cliente
para
que sua linguagem corporal seja congruente com o passo e o torne mais
144 JOSEPH O'CONNOR
f á cil de acessar. Por exemplo, se estiver instalando uma voz (diálogo in¬
terno) para questionar se um curso de ação é ecológico, peça ao cliente
que olhe para baixo e para a esquerda ao empreender aquele passo.
O Repetição
Aprendemos rapidamente quando percebemos ser de nosso próprio
-
interesse fazê lo, e uma nova estratégia é uma forma poderosa de nos
tornarmos eficazes. Ainda assim, é ú til guiar o cliente através da nova
estratégia vá rias vezes até que tenha certeza de que funcionará auto ¬
3 Posição do realista
Nesta posiçã o, você organiza seus planos, avalia aquilo que é realmen ¬
te possível, pensa de forma construtiva e elabora um plano de a çã o.
A posiçã o do realista geralmente usa o sistema representacional
cinestésico.
Pergunte a si mesmo: "O que farei para tornar esse plano realidade ?"
O Posição do cr
í tico
Esta é a posição onde você testa seu plano. Você está procurando pro ¬
blemas, dificuldades e consequências inesperadas. Pense no que pode
dar errado, no que está faltando e quais os resultados positivos.
A posição do crítico geralmente usa o sistema representacional audi ¬
tivo (diá logo interno ).
Pergunte a si mesmo: "O que pode dar errado?"
Se não tiver experiências pessoais desses estados, entã o:
O Use o quadro "como se". Como seria ser assim ?
O Ou pense em um modelo que seja bom no estado e coloque se em -
segunda posiçã o com essa pessoa.
Uma vez que tenha decidido as três posições, siga os seguintes passos:
1. Pense em um momento em que você foi muito criativo sem restrições
e entã o entre no local do sonhador. Reviva aquele momento. Isso an ¬
Você pode querer ter mais recursos em uma determinada situa ção, ou
pode querer melhorar suas habilidades nos esportes ou ao fazer trei ¬
namentos ou apresenta ções.
O O primeiro passo é o diálogo interno (A'a ). Pergunte-se: "O que dese¬
jo fazer de forma diferente ? Como eu pareceria e soaria se estivesse
fazendo isso exatamente como desejo fazê-lo?"
Z> Relaxe. Deixe as imagens e os sons emergirem. Olhe para cima e veja
( V'c) a si mesmo desempenhando a habilidade exatamente como de¬
seja faz ê-lo. Se isso for dif ícil, pense em algu é m que fa ça isso muito
bem e olhe e ou ça essa pessoa em sua imaginação. Finja que é diretor
de seu pró prio filme. Você deseja fazer com que esse filme seja o
melhor possí vel. Edite-o até que esteja completamente satisfeito.
O Quando estiver satisfeito, associe-se à imagem. Agora imagine que
está efetivamente fazendo o que viu. Olhe para baixo e acesse o sis¬
tema cinestésico (C ). Como se sente ? Se nã o lhe parecer certo, volte
para o passo três e fa ça ajustes adicionais. Se outras pessoas estive¬
rem envolvidas, qual será o efeito sobre elas? Verifique a ecologia.
O Quando estiver satisfeito com seu desempenho de uma perspectiva
associada, pense em que pista ou gatilho o lembrará de usar essa nova
habilidade no futuro.
3 Fa ça uma ponte ao futuro. Imagine o gatilho disparando. Imagine-se
respondendo de sua nova maneira e desfrute da sensa ção que tem em
relação a isso.
ÍJlodelagem
A PNL é uma estratégia de aprendizagem acelerada para a detecção e utiliza ¬
Sc uma pessoa pode fazer alguma coisa, então é possível modelar isso e ensiná-
lo a outros.
Um modelo é uma cópia resumida, distorcida e generalizada do original
e, portanto, jamais poderá haver um modelo completo. Um modelo nã o é ver¬
dadeiro. Um modelo pode apenas funcionar - ou n ão. Se funcionar, permite
148 JOSEPH O'CONNOR
que uma pessoa obtenha a mesma classe de resultados atingida pela pessoa
de quem o modelo foi tomado. Você jamais poderá obter exatamente os mes¬
mos resultados - porque todo mundo é diferente, cada pessoa reunirá os ele¬
mentos de sua própria forma singular. A modelagem não cria clones - ela ofe¬
rece uma oportunidade de ir alé m de suas limitações atuais.
A modelagem de pessoas excepcionais criou os padrões básicos de PNL.
O primeiro modelo da PNL foi o Metamodelo ( modelado de Virginia Satir e
Fritz Peris e refinado com o uso de idéias da Gram á tica Transformacional de
Chomsky). O segundo modelo foi o dos sistemas representacionais, e o tercei¬
ro foi o Modelo Milton ( modelado de Milton Erickson ). Para que a PNL sobre¬
viva como disciplina, corpo de conhecimento e metodologia, ela precisa conti¬
çã o de filhos e sa ú de.
As possibilidades são ilimitadas. Você pode modelar:
O a manutenção de boa sa ú de ou a supera ção de uma doença
O excelentes habilidades em vendas
O habilidades de liderança
O realiza ções excepcionais em esportes
O professores excelentes
O pensamento estratégico
... e mais.
Um modelo na PNL normalmente consiste em:
3 estratégias mentais
3 crenças e valores
3 fisiologia (comportamento externo)
3 contexto no qual a pessoa sendo modelada está operando
O processo completo de modelagem envolve:
Eliciação: a descoberta de padrões da experiência
Codificação: a descriçã o desses padrões em termos de distinções da PNL,
criando novas distinções ou usando as distinções tiradas da pessoa que está
sendo modelada
Utilização: a exploração de meios para usar esses padrões
Propagação: a criação de um mé todo de ensino para transferir o modelo a
outros
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROLINGU íSTICA - PNL 149
Plano de flção
1 . Certamente existe algu é m que você admira e que tenha uma habilidade
que você gostaria de ter. Escolha uma simples habilidade interpessoal -
talvez a capacidade de imediatamente deixar uma pessoa à vontade, de
contar piadas bem ou de obter a confian ça de crian ças.
3. Você pode tentar isso consigo mesmo, com sua estratégia para comprar
roupas.
O O que acontece primeiro?
O Você tem uma imagem de você mesmo nessas roupas?
Z> Você imagina sua aparê ncia da perspectiva de outra pessoa ?
O Você imagina o que as outras pessoas estã o dizendo?
O O qu ã o importante é a sensa çã o t á ctil das roupas ?
O Qual é a ú ltima coisa que tem que acontecer para que você compre?
Linguagem
Sempre que palavras o impedirem de fazer aquilo que é importante para você
as palavras . - mude
Moshe Feldenkreis
às
pensamentos, e segundo, outros podem não atribuir o mesmo significado
diferentes e diferentes experi
palavras que nós atribuímos, porque t ê m vidas
¬
l
ê ncias. A linguagem é compartilhada, mas o significado é criado individua
¬
Por exemplo, eu poderia dizer: "Está ventando, e isso faz as folhas ca í rem
das á rvores". Estou isolando determinadas correntes de ar e tornando-as
a
causa da queda das folhas. A causa efetiva é mais complicada . Poderia dizer
"Você me entristece." Mais uma vez, estou atribuindo a você a causa ú nica de
minha tristeza quando a realidade é muito mais complexa.
Dizemos que consistimos em duas partes: mente e corpo. Essas são duas
palavras. Nós nos experimentamos como um só sistema; nem mente nem cor
¬
entendidos:
1. Traduzimos nossa experiê ncia para linguagem e confundimos a linguagem com
a experiência quando são apenas um reflexo incompleto. Podemos achar que
nossa experiência é construída da mesma maneira que é a linguagem que usa-
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU í STICA - PNL 153
mos para falar a respeito e agir dentro desses limites. Permitimos que as pa
¬
lavras nos limitem. Estas nos barram de escolha, ação e compreensão mais
amplas.
2. Podemos supor erradamente que outros compartilham nossas suposições e as¬
sim omitirmos partes vitais de nossa mensagem. Isso confundirá outras pes ¬
tamos, quer existam, quer náo. Por exemplo, posso falar de um saltitante ele¬
fante verde, e você pode imaginar um tal animal, muito embora jamais o v á
ver a nã o ser que se pinte um elefante verdadeiro de verde e o coloque em uma
cama elá stica especialmente reforçada!
Palavras são â ncoras para a experiência - induzem estados e refletem idéias
e compreensão. A linguagem també m pode ser vista como uma met á fora -
aponta coisas além de si mesma, como um dedo apontando para a lua, e é sem ¬
pre a lua que é mais importante que o dedo. Jamais confunda a placa de sina ¬
lização com o destino.
Deleção ou Omissão
Não podemos transmitir tudo sobre uma experiê ncia em palavras. Omiti ¬
mos algumas partes por não termos palavras para expressá-las, outras por pen ¬
sarmos serem menos importantes e ainda outras porque sequer as notamos no
momento. Estou usando a deleção enquanto escrevo - de todas as coisas que
poderia dizer sobre a deleçã o, estou selecionando algumas e descartando ou ¬
tras. Às vezes, deletamos informa ções cruciais (mas espero que eu não o tenha
feito ).
A deleção é essencial, caso contrá rio seríamos sobrepujados pela nossa
experiê ncia. Um dos problemas com a World Wide Web é que há informa ções
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROLINGU íSTICA - PNL 155
demais. Uma busca descobrirá milhares de respostas possíveis; a Web não tem
um senso de deleçã o bom o suficiente para ser verdadeiramente ú til. Sem
deleçã o, ficamos parados, atordoados, confusos e paralisados em um mundo
rico demais em informações; nã o sabemos o que fazer primeiro.
A deleçã o nã o é nem boa nem ruim em si mesma. Depende daquilo que
deletamos. Quando alguém est á postulando entediantemente sobre algo tri ¬
vial, você poderá desejar que a pessoa use um pouco mais de deleção, mas
pessoas que usam muita deleção em seu processo de raciocínio tendem a dar
grandes saltos de lógica, e pode ser dif ícil acompanhar sua linha de argumen ¬
ta çã o. Tais pessoas també m podem ser capazes de se concentrar muito bem,
no entanto, porque são capazes de eliminar as distrações. Algumas pessoas vão
além e deletam tudo que nã o desejam ouvir!
Para compreender o que seja deleção, olhe para o ponto abaixo. Mante ¬
nha o papel a cerca de 15 cent í metros de seu rosto. Feche o olho esquerdo e
olhe para o ponto com o olho direito apenas. Continue a olhar diretamente para a
frente e lentamente mova o papel para a sua direita. Após um curto espa ço de
tempo, o ponto desaparecerá, porque a imagem do ponto está entrando no
ponto cego de seu olho direito, onde o nervo óptico entra na retina vindo do
cé rebro, e essas células nã o são sensíveis à luz.
GenerdhzãÇâO
Generalizamos quando consideramos um só exemplo como represen ¬
tati
vo de todo um grupo. Por exemplo, vemos como nossos pais tratam
um ao
outro e tomamos isso como modelo de como homens e mulheres convive
m.
Criamos categorias, classes e pedaços de informa ções a partir de
exemplos
ú nicos e entã o utilizamos essas mesmas categorias para processar novas
infor¬
ma ções. Sempre que passamos de exemplos ú nicos para conclusões
gerais,
utilizamos a generalizaçã o.
A generaliza çã o é a base da aprendizagem . Aprendemos
regras a partir
de exemplos representativos cuidadosamente selecionados e
aplicamos esses
exemplos para compreendermos novos exemplos. Nossas cren ças sã o
liza ções; elas nos dão meios de prever o mundo com base
genera¬
Distorção
de
A distorçã o é como mudamos nossa experiência . Podemos distorcer
muitas maneiras. Podemos florear uma experiência torn -
, á la maior , menor , mais
diluída, mais concentrada; podemos "inflá -la fora de toda proporção pode
", ¬
...
mos alterar a sequê ncia de eventos, acrescentar coisas que não aconteceram
Se alguma vez já vislumbrou uma pilha de roupas pelo canto do
olho e por
um instante pensou se tratar de um animal, você sabe o que é distorçã
o.
Eis outro exemplo de como a distorçã o funciona na prá tica. Voc chega
ê
atrasado para uma reuniã o de negócios e sabe que seu chefe n ã o gosta
disso.
falar rapidam ente com
Um pouco mais tarde, você o vê olhar em sua direção e
á fazen
outro gerente. Você supõe que estão falando de você e que o chefe est
¬
do um comentá rio pouco lisonjeiro sobre sua pontua lidade . No dia seguin te,
ele lhe d á um projeto muito dif ícil para gerenciar. Você poderá supor que ele
o
-
fez isso para puni lo. Entã o, você poderá dizer a seus amigos que seu chefe n ã
. Isso distorc eria sua
gosta de você e lhe d á trabalho extra que você n ão merecia
e ao
experiência em dois níveis: ao supor que seu chefe estava falando de você
supor que ele o estava punindo. Você poderá espalhar uma história longe de
ser verdadeira .
A distorção, como a deleção, não é boa nem má. Depende do que e do como
você distorce. A distorção pode torná -lo infeliz e paranoico. També m é a base
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUíSTICA - PIML
157
Palavra s faladas
Deleção/distorção/generaliza çã o
( Representações
internas
T
Deleçã o/distorçã o /generalizaçã o
T
Experiência sensorial
158 JOSEPH O'CONNOR
colha de palavras para descrever essas experiê ncias deleta, distorce e generali ¬
tras partes terão distinções para as quais não temos palavras descritivas. A partir
Estrutura
Superficial
(consciente)
í
Generaliza ção
í
Distorçã o
í
Deleçã o
I
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PIML 159
cias em busca de algo que permitirá fazer sentido da pergunta. Nesse sentido,
a forma da pergunta estabelece limites à extensão de sua busca .
Perguntas podem ser feitas a partir de diferentes posicionamentos per-
ceptuais. Elas tê m um foco e uso diferentes dependendo do posicionamento
perceptual a partir do qual você as faz. Podem ser internas (dirigidas a você
mesmo) ou externas (dirigidas a outros). Podem ser diretas (buscando a ver¬
dade ) ou manipuladoras ( tentando obter uma resposta específica em prol de
seus próprios propósitos). Contêm suposições. Essas podem abrir á reas de ex¬
periência ou então fechá las. -
Perguntas podem ser fechadas ou abertas. Perguntas fechadas são pro ¬
dem ser respondidas com um simples "sim" ou "n ã o". Perguntas abertas co ¬
meçam com "o que", "quem", " por que", "quando", "onde" e "como":
O quê?
busca informações
elicia resultados
Quem ?
busca informações sobre pessoas
160 JOSEPH O'CONNOR
Por quê?
busca justificativas e motivos para ações
busca valores
atribui culpa
busca significado
procura causas passadas
Quando?
orienta no tempo
busca informações limitadas pelo tempo ( passado, presente ou futuro)
pede gatilhos ou pistas para ação
Onde?
pede informações sobre locais
Como?
explora o processo
modela o processo
elicia estratégias
pede qualidade e quantidade (Quantos? Quanto?)
O oferecer estratégias
O construir ( ou quebrar ) rapport
O resumir
O eliciar valores
0 ÍMamodelo
Generaliza ções
Um exemplo é considerado como representativo de uma classe de forma
que estreita possibilidades.
Os padrões de generalização do Metamodelo são:
operadores modais de necessidade
operadores modais de possibilidade
universais ou quantificadores universais
Distorções
Informações são distorcidas de uma forma que limita a escolha e leva a
problemas e dor desnecessá rios.
Os padrões de distorçã o do Metamodelo sã o:
nominaliza ções
leitura mental
causa e efeito
equivalentes complexos ou equivalência complexa
pressuposi ções
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 165
"V á e faça isso ." " Exatamente o que você quer que
eu faça?"
" Me sinto mal ." " Exatamente em relação a que você se sente mal ?"
Procure e ouça palavras como "melhor", "pior", "mais fácil", "bom" e "ruim".
Certifique-se de que exista uma base para comparação. Quando não hou¬
ver, pergunte a respeito da comparação, por exemplo:
" Ele é melhor jogador." " Melhor do que quem?"
" Eu fiz isso mal ." " Mal em comparação a quê?"
"A PNL é mais eficaz ." " Mais eficaz do que o quê?"
168 JOSEPH O'CONNOR
não é bom o suficiente ." "Você acha? Que padrão você est á usando
" Isso
para julgar se é bom ou não?"
"Crianças devem ser vistas e não ouvidas ." " Isso é um cliché . Quem est á
dizendo isso e qual a sua experi ê ncia para alegar isso?"
Todas as palavras que falamos poderiam ser precedidas pelas palavras "Eu
acho que..." ou "Em minha opinião..." N ão fazemos isso, mas frequentemente
é óbvio que os julgamentos são nossos.
Julgamentos não necessariamente estão errados, mas alguns flutuam livres
de qualquer experiência real ou pensamento coerente e vagam pelas nossas men ¬
tes, esperando que algo se junte a eles. Procure ouvir clichés que fluem da lín¬
gua sem pensamento, especialmente se lidam com como criar filhos, onde os
erros de uma geração são o conhecimento especializado da próxima .
Essas afirmações podem estar claras e óbvias para quem fala, mas você não
tem que aceitar que sejam claras e óbvias para você.
Você poderá questioná-las, dizendo: " Não está claro para mim. Como você
sabe que n ã o é verdade?" ou "Não é óbvio para mim. Por que ele terá que re ¬
nunciar?"
No cerne do julgamento está a suposição de que o ouvinte compartilha o
modelo de mundo de quem fala em algum aspecto importante.
170 JOSEPH O'CONNOR
* Peterson. C., Seligman. M „ e Valliant , G „ “ Pessimistic explanatory style is a risk factor for physical illness : a thirty-
five year longitudinal study". Journal of Personality and Social Psychology 55 ( 1988 ), 23-7 .
172 JOSEPH O'CONNOR
Quando alguém diz que pode fazer alguma coisa, isso é direto e geralmente
não limitador. Você não desafiaria a pessoa em bases lingu ísticas, e sim com base
em competê ncia. Quando alguém alega que não pode fazer algo, poderá estar
se limitando desnecessariamente com base em fracassos passados. Às vezes,
alega conhecer o futuro! A verdade é que as pessoas freq ú entemente não têm
qualquer idéia de se podem ou n ã o fazer alguma coisa a não ser que tenham
tentado. Apenas pensam que nã o podem . Podem estar erradas e podem estar
deixando de perceber recursos que tê m ou podem adquirir.
Outra possibilidade é que uma pessoa tem uma regra que a proíbe de fa ¬
zer algo em razão das consequê ncias possíveis. No entanto, essa regra pode
ser imaginá ria ou derivada de uma proibiçã o da inf â ncia que jamais foi atuali¬
O Aplique o quadro "como se" dizendo algo como: "Apenas suponha que
nã o tivesse que fazer isso, como seria ?"
Exemplos:
"Tenho que ir agora ." "O
que o força a isso?"
"Tenho que fazer melhor. " "O que aconteceria caso nã o fa ça ? "
Uma vez que as consequ ê ncias, regras e razões por trá s de ambos os tipos
de operadores modais tenham sido esclarecidos e criticamente avaliados, a
pessoa que fala pode decidir se deseja seguir a regra ou não. Existem regras
morais e éticas que sã o mais freqiientemente expressas em operadores morais,
mas às vezes nossas regras internas possuem um tom moral não apropriado.
Há uma grande diferença entre: "Você não deveria roubar " e: "Você não deve¬
ria criar caso". A palavra "deveria" é a mesma, mas a base da regra é diferente .
A pergunta: "O que aconteceria se fizesse?" é a base de toda criatividade e
descoberta. É a pergunta que gera curiosidade e exploração. Operadores
modais anulam isso tudo e são contrá rios ao espí rito da PNL.
Questione operadores modais , perguntando :
"O que aconteceria se o fizesse/ nã o o fizesse ?"
( Desafiando consequê ncias imaginadas . )
" Porque não/O que o obriga ?"
( Desafiando a pressuposi çã o de impossibilidade . )
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 175
tado presente), seu resultado (estado desejado) e a forma pela qual estará rea ¬
dem existir porque os índices referenciais foram deletados - quem est á fazen ¬
do o que a quem. Você precisa recuperar estes para esclarecer por completo uma
nominalização.
Nominalização
'r
Verbo - o que est á Sujeito - quem Objeto - a quem
sendo feito ? est á fazendo isso ? isso est á sendo feito ?
riores:
"Tenho muito temor." "Do que você tem medo ? " ou
"Como está assustando a si mesmo ? "
"Quero dar uma boa impressã o." "Como você irá impressionar as
pessoas da maneira certa e a quem você quer impressionar ? "
"Minha crenç a é de que nã o vai funcionar."
"Como acreditar nisso contribuirá para que nã o funcione ? "
"O estresse é demais para mim." "Como est á ficando estressado ?" ou
"Como você está se estressando ? "
"Nosso relacionamento está indo morro abaixo." "O que está causando
problemas na maneira pela qual você est á se relacionando ? "
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 177
"O fracasso é assustador." "Do que você tem medo de fracassar ao fazer
e como você acha que vai fracassar ? "
"Sofro de depressã o . " "Com o que você está deprimido ?"
"Tenho péssima mem ória . " "Do que você tem dificuldade de lembrar
e como está memorizando ?"
"Temos que fazer uma mudan ça aqui . " " Exatamente o que você está
planejando mudar, qual o seu resultado e como está planejando mudar ? "
Duplas nominalizações são possíveis. Parecem impressionantes ao mes¬
mo tempo em que dizem quase nada . Por exemplo:
Disfun çã o de aprendizagem .
(Quem n ã o está aprendendo o quê ? Como apresenta a disfun ção ? )
Gestã o do conhecimento .
( Quem sabe o qu ê sobre o qu ê e como é gerido ? E por quem ? )
Pensar em nominalizações é rígido e está tico.
Tente este pequeno exercício.
O Pense na palavra "comunica çã o". O que traz à mente ?
O Observe seus pensamentos.
Z> Quais sistemas representacionais estã o ativos?
O Observe as submodalidades de seus sistemas representacionais.
O Observe especialmente as qualidades de suas imagens.
3 Agora pense na comunica çã o entre você e outra pessoa.
O Observe as submodalidades desse pensamento.
O Por fim, pense em se comunicar com essa outra pessoa .
O Que imagens, sons e sentimentos você tem ?
gens mentais (ou seja, você recupera uma das deleções), poderá verificar que
as submodalidades mudam mesmo que a nominalização permaneça intacta .
Quando a transforma em verbo, o pensamento ganha vida, e as imagens ga ¬
nham movimento e, às vezes, se tornam mais coloridas.
Pensar com nominalizações pode fazer com que você se sinta indefeso. Se
você pensa ter um mau relacionamento, então ficará preso. Quando você pensa
na maneira pela qual você está se relacionando com outra pessoa e como po ¬
derá mudar aquilo que está fazendo, ganha algum grau de escolha e de con ¬
trole sobre a situação.
178 JOSEPH O'CONNOR
" Vocêdeveria saber que n ã o gosto disso ." "Como deveria saber ? N ã o sei
ler mentes ."
Fazemos leitura mental o tempo todo e às vezes podemos estar certos, mas
por que supor quando podemos verificar?
Questione a leitura mental perguntando :
"O que o faz acreditar nisso? ou "Como exatamente você sabe disso?
Questionar
"Elame assusta." "Por que você escolheu ficar com medo dela ?"
"A notícia me deixou aborrecido." "Você escolheu ficar aborrecido por
causa da not ícia ?"
"Nã o posso evitar. Apenas me sinto mal sempre que fazem isso ." "Você
escolhe sentir-se mal? Gostaria de escolher outra reação?"
-
O Você poderia até mesmo usar o padrão causa efeito como uma pergunta em si
mesmo:
"Estou aborrecido por sua causa." "Como eu fa ço com que você fique
aborrecido?"
Esse desafio provavelmente confundirá a pessoa que fala por alguns
segundos!
Causa-Efeito Inversa
Causa e efeito podem ser aplicados de forma inversa. Aqui, você assume
responsabilidade inadequada por ser a causa de estados emocionais e compor¬
tamentos de outras pessoas. Uma pessoa não controla o estado emocional de
outra.
"Eu fiz com que ele ficasse aborrecido ."
" Eu o ajudaria, mas estou muito ocupado ."
Às vezes, a palavra "mas" implica causa e efeito ao introduzir um motivo
para o efeito.
Questione causa e efeito inversa questionando a ligaçã o ou suposição de
que nã o há escolha .
"Eu fiz com que ele ficasse aborrecido . "
" Exatamente como você o aborreceu ? " ou "Você fez o que fez, mas mesmo
assim ele optou por responder daquela forma . "
" Eu o ajudaria , mas estou muito ocupado . " "Sei que está ocupado, mas voc ê
ainda tem uma escolha quanto a me ajudar ou não ."
Se você desafiar o relacionamento causa -efeito na linguagem de outras
pessoas, terá que desafiá-lo em sua pró pria linguagem, também. Você não pode
ser a causa ú nica das ações de outra pessoa.
Pensamento causa-efeito pertence ao mundo não-vivo. Um objeto não tem
escolha que não a de obedecer à s leis de Newton. As pessoas tê m escolha . N ão
existem leis de Newton obrigatórias para emoções.
Questione causa e efeito perguntando o quã o exatamente uma coisa cau ¬
sa a outra ou desafie - a substituindo causa - efeito por escolha .
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUí STICA - PNL 183
quer lugar da estrutura superficial da linguagem, mas tem que ser aceita como
verdadeira para que as palavras fa çam sentido . Pressuposições que limitam a
liberdade de escolha, de pensamento e de ação precisam ser questionadas . Por
exemplo:
"Quantas vezes preciso lhe dizer até que você pare de fazer isso ?"
( Eu terei que lhe dizer vá rias vezes até que você pare.)
"Quando é que você vai passar a agir com responsabilidade "
?
(Você n ã o está agindo de forma responsá vel agora .)
"Você n ã o vai me contar outra mentira , vai ?" (Você j á me contou
mentiras.)
"O qu ã o ruim isso pode ficar ? " ( J á est á ruim . )
"N ã o tenho certeza de que poderei consertar meu modo
de ser."
( Meu modo de ser precisa ser consertado . )
"Quanto você quer me magoar? " (Você deseja me magoar. )
"Não gosto da maneira pela qual você me desconsidera ."
(Você me desconsidera .)
"Quando é que você gostaria de discutir o contrato de servi ços ?"
( N ós discutiremos o contrato de servi ços. )
"O qu ã o feliz você ficará quando comprar este carro ? "
(Você comprará este carro e ficará feliz .)
0 (Mainodelo: Resumo
Deteções
Deleção ou Omissão Simples
Faltam informações.
Exemplo: "Isso é importante."
Qucstionamento: Recupere as informações fazendo perguntas abertas:
"O que, exatamente, é importante?"
-
Verbo N ão Especificado
Algo foi feito, mas n ão está claro como foi feito.
Exemplo: "Eu falhei."
Questionamento: Descubra exatamente como a a çã o foi realizada .
"Exatamente como você falhou?"
Compara ção
Uma comparação está sendo feita, mas o padrão utilizado não está claro.
Exemplo: "Eu fiz aquilo muito mal."
Questionamento: Descubra a base e o padrão da comparação.
"Malcomparado com o quê?"
Julgamento
Algo est á sendo julgado, mas nã o está claro quem está fazendo o julga ¬
Generalizações
Universais
Palavras como "nunca", "todo mundo" e "ningu ém" sã o usadas como se
nã o houvesse exceções.
Exemplo: "Sempre tenho razão."
Distorções
Equivalentes Complexos
Duas afirmações são tidas como significando a mesma coisa, embora es¬
tejam em diferentes níveis neurológicos.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 187
Exemplo: " Ela está sempre atrasada (assim ) ela não se importa."
Questionamento: Questione a equivalência. " Exatamente como o atraso dela sig¬
nifica que ela não se importa?"
Dê um exemplo contrário. " John se atrasou, mas ele é claramente
comprometido, não é?"
Inverta. A pessoa que fala peitsa que funciona ao contrário?
“ Então vocc pensa que alguém que não se importa estará sem-
pre atrasado?"
Pergunte se isso se aplica à pessoa que fala. " Se você não se im¬
portasse, estaria sempre atrasado?"
Nominalização
Um processo se transformou em um substantivo.
Exemplo: “ Tenho medo do fracasso."
Questionamento: Transforme o substantivo em verbo e expresse o pensamento
como um processo. " Do que tem medo de fracassar fazendo?"
Leitura Mental
O estado interno de outra pessoa é suposto sem evidê ncia.
Exemplo: " Ele não gosta de mim " .
Questionamento: Peça evidências. "Como sabe que ele não gosta de você?”
-
Causa Efeito
-
Supõe se que o comportamento de uma pessoa automaticamente causa o
estado emocional ou o comportamento de outra.
Exemplo: " Ele faz com que me sinta mal. "
Questionamento: Pergunte exatamente como uma coisa causa a outra. " Exatamen¬
te como você pensa que ele o faz sentir-se mal?"
Explore a possibilidade e a escolha. " Então você se sente mal
quando ele está por perto. Como gostaria de se sentir? Gostaria
de ter uma escolha quanto a como se sentir?"
188 JOSEPH O'CONNOR
-
Suponha cjue a pessoa escolheu sentir se assim. " Por que você
escolheu se sentir mal quando ele está por perto?"
Causa-Efeito Inversa
Responsabilidade descabida é suposta para os estados e comportamento
de outros.
Exemplo: " Eu fiz com que ele se sentisse mal."
Questionamento: Pergunte exatamente como uma coisa causa a outra. "Como, exa¬
tamente, você pensa que fez com que ele se sentisse mal ?"
Explore a possibilidade de escolha. " Então você fez o que fez . Você
acha que ele tinha escolha quanto a como se sentir?"
-
Suponha que a pessoa escolheu sentir se dessa forma. " Por que
você pensa que ele escolheu responder dessa maneira?"
Pressuposição
Uma suposição descabida e limitadora é implícita, mas não abertamente
afirmada.
Exemplo: você não consegue fazer nada certo?"
" Por que
dem ser classificados sob outro título. Por exemplo, nominaliza ções são às ve ¬
Usando o ÍMamodelo
O Metamodelo é uma ferramenta poderosa para coletar informa ções,
possibilitar escolhas e esclarecer significados. Eis algumas instruções de ope¬
ração para ajud á-lo a obter os melhores resultados.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 189
Você não precisa ser capaz de citar todos os padrões para usar o Metamodelo.
À medida que se tornar mais familiarizado com o Metamodelo, você po ¬
derá ouvir padrões que precisa desafiar, mas pode não ser capaz de cit á-los.
Os nomes sã o a parte menos importante do Metamodelo. A parte mais impor¬
tante é saber quando precisa recuperar informações, esclarecer significado ou
possibilitar escolhas. Ouça seu próprio discurso e o discurso de outros com cui¬
dado e você treinará sua intuição para reconhecer padrões. Quando estiver fa ¬
miliarizado com os padrões, verá que seus nomes se tornam óbvios.
portantes.
O Procure ouvir repetição. Padrões recorrentes serão importantes.
3 Desafie pressuposições e causa e efeito em primeiro lugar. São frequen ¬
temente os mais importantes.
O Em seguida, desafie a leitura mental, operadores modais e equivalen ¬
tes complexos.
O Depois, desafie universais, comparativos, nominaliza ções e julgamen ¬
tos.
0 Por fim, desafie deleções simples, verbos não-especificados e índices
referenciais n ão-epecificados. Geralmente, sã o os menos importantes.
Desafiar deleções normalmente não vai muito longe a n ão ser que te¬
nham sido deletadas informações das quais você precisa para concluir
a tarefa .
N ão deixe que o Metamodelo o leve a um pensamento inflexível - não é
necessá rio especificar tudo em seus m í nimos detalhes. Lembre-se da história
dos três filósofos que compartilhavam uma cabine em um trem , viajando pelo
campo escocês a caminho de uma conferê ncia em Edimburgo.
Olhando pela janela, o primeiro filósofo disse: "Vejam, há vacas na Escócia."
"Sejamos mais precisos, por favor ", disse o segundo filósofo. "Há vacas
pretas e brancas na Escócia."
"Huuum", resmungou o terceiro filósofo, " para sermos exatos, na verda ¬
de h á vacas pretas e brancas de um lado na Escócia".
Plano de Ação
1. Uma forma fácil de se familiarizar com deleções importantes é procurar
ouvir uma sentença na voz passiva . "Algo foi feito" é passivo. N ão há
quem fez. "Alguém fez alguma coisa" é ativo. H á um sujeito. Ouça pro ¬
gramas de atualidades (especialmente sobre pol í tica ) e maravilhe-se com
as mágicas de desaparecimento. Muitas coisas terã o acontecido, mas as
pessoas que as fizeram terã o miraculosamente desaparecido (pelo me¬
nos da estrutura superficial da sentença ) .
2. Descubra sua hierarquia pessoal de operadores modais de necessidade .
O Pense em algo que deseja fazer.
192 JOSEPH O'CONNOR
.
O Agora, diga a si mesmo: " Eu deveria fazer isso " Observe como você se
sente em relação às imagens, sons e sensações internas que gera.
O Então, diga a si mesmo: "Eu tenho que fazer isso." Observe sua respos¬
ta.
.
O Em seguida, diga a si mesmo: "Preciso fazer isso " Mais uma vez, obser
¬
sas e em seu di á logo interno. Dã o as pistas para onde voc ê est á se limi ¬
,
tando. Cada vez que ouvir um questione o-.
3. Da próxima vez que ouvir alguém falando sobre uma doença, procure
ouvir as palavras que a pessoa usa. N ós rotineiramente dizemos estou
"
" ou " tenho dor de cabe ç a ", mas a doença é um pro ¬
com um resfriado
cesso que est á ocorrendo em nossos corpos. A maioria dos sintomas de
uma doen ç a sã o as tentativas de nossos corpos para se curarem ( por
exemplo, ná useas, dores de cabeça, febre, inflamações). Não podemos
" ter " uma doen ça. Quando você pensar em um diagn óstico como nomi -
.
nalizaçã o, poderá saber que tem o poder de influenciá-lo Nã o precisa
esperar que vá embora.
4. Teste de pressuposi ção.
Leia este conto uma vez e depois veja as 12 afirma ções abaixo.
Com base nas informações contidas na histó ria:
Se achar que uma afirma çã o é verdadeira, marque-a com um tique.
Se achar que é falsa, marque-a com uma cruz.
Se n ã o tiver certeza ou achar que nã o há informações suficientes na his
¬
trar sua chave. Tocou a campainha, e sua mulher atendeu. O homem iniciou
uma discussão com outro homem e houve uma briga. A polícia foi chama¬
da, mas chegou tarde demais.
Afirma ções possíveis sobre a história:
O homem esqueceu a sua chave .
O homem estava trabalhando .
Estava escuro quando o homem chegou em casa.
Sua mulher o aguardava.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 193
Respostas:
Falso. Ele poderia n ã o ter sua chave para in ício de conversa.
Verdadeiro ( provavelmente).
Falso. O homem poderia estar no turno da noite.
N ã o necessariamente nesse momento.
Informa ções insuficientes.
Falso. N ã o é especificado se o homem entrou ou n ã o na casa.
Falso. Havia pelo menos três pessoas como descrito, mas poderia haver
mais. També m n ã o é dito que estavam dentro da casa.
N ã o necessariamente. A histó ria n ã o diz isso.
Nã o necessariamente.
N ã o necessariamente. N ã o é dito quem brigou. Podem ter sido os dois
homens, mas a mulher poderia estar envolvida també m.
Talvez nã o. Um vizinho pode ter chamado a polícia ao ouvir o barulho.
N ã o necessariamente. N ã o é dito para que a pol ícia chegou tarde demais.
Eis um cen á rio possí vel:
O homem chega do trabalho. Ele combinou encontrar com sua amante
em sua casa porque acredita que sua mulher está fora. Ele procura sua
chave e se lembra de que a deu a sua amante para que ela pudesse en ¬
trar na casa primeiro. Ele espera que ela atenda a porta, mas sua mu ¬
lher chegou em casa cedo, descobriu o caso e está esperando por ele.
Ela n ã o o deixa entrar, e sua gritaria através da porta fechada incomo ¬
da um vizinho, que vem investigar. O vizinho e o homem brigam, e
outro vizinho chama a pol ícia. O homem foge, e a pol ícia chega dez
minutos depois.
Quanto mais vaga a linguagem, mais inferimos a partir dela, com ba ¬
se em nossas expectativas. Quanto mais deleções houver em uma sen -
194 JOSEPH O'CONNOR
0 ÍTlodelo ÍMon
A Mente Inconsciente
A PNL utiliza a palavra "inconsciente" para significar qualquer coisa que
n ã o está na consciência do momento presente. A mente inconsciente é com¬
posta de todos aqueles processos mentais que continuam sem nosso conhe ¬
cimento. A frase "mente inconsciente" é uma nominalização. O inconsciente
nã o é uma coisa, e sim um processo. Ele lida com todas as profundas fun ¬
ções de sustenta çã o da vida e com todos os processos de pensamento que
irrompem na mente consciente como bolhas estourando na superf ície de
um lago. A mente consciente é aquilo de que temos consciência, mas, como
o mar, ela tem profundezas ocultas que a sustentam .
sando-se de formas indiretas, divertidas e com trocadilhos. Como não usa lin ¬
guagem diretamente, não processa negativos. Assim, "Não faça ' X'" e "Fa ça 'X'"
sã o a mesma coisa para o inconsciente, porque 'X' é representado em ambos.
É por isso que objetivos expressos no negativo n ão funcionam bem . Conscien ¬
temente, queremos evitar algo, mas no nível inconsciente aquilo que queremos
evitar é conscientemente tido como ideia e, portanto, continua a influenciar
nosso pensamento.
De algumas maneiras, o inconsciente é como um amigo e servente fiel
e poderoso, trabalhando nos bastidores para apoiá -lo. Ele merece respeito.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUíSTICA - PNL 197
Ganhe rapport com seu inconsciente cuidando de seu corpo e prestando aten ¬
Transe
Como acessamos os recursos do inconsciente? Através do estado de tran ¬
se. O transe é um estado de consciê ncia com um foco interno de atençã o. Quan ¬
to mais você focaliza o mundo interior de seus pró prios pensamentos e senti ¬
-
O sono é o downtime extremo o mundo externo nã o mais existe para você,
e o mundo interno dos sonhos parece ser completamente real.
A consciência normal acordada é uma mistura sem costuras de uptimes e
downtimes .
Uptime e downtime não são nem bons nem ruins em si mesmos, depende
do que estiver fazendo. Atravessar a rua, dar uma palestra, calibrar a fisiologia
e praticar um esporte são todas atividades uptime (especialmente atravessar a
rua!) Planejar, trabalhar resultados, fantasiar, jogar xadrez, meditar e relaxar
são principalmente atividades downtime.
O transe é também uma espécie de estado hipnótico. "Hipnose" significa
sono. Uma pessoa que está em transe pode parecer estar dormindo para o
mundo externo, mas a experiência subjetiva de algu ém em transe é um estado
rico e criativo de consciê ncia interna .
Pessoas è m transe est ão mais acordadas para si mesmas .
198 JOSEPH O'CONNOR
Indicações de Transe
O transe possui v á rios marcadores fisiológicos. Os mais comuns sã o:
O Relaxamento muscular
Pessoas em transe geralmente se movem muito pouco. Seus movimen¬
tos podem ser mais lentos do que o normal e ter uma qualidade flu ída.
Também são capazes de ficar imóveis por longos per íodos. Às vezes isso
resulta em catalepsia, estado em que os m ú sculos est ão equilibrados, e
a pessoa pode manter a mesma posição do corpo por longos períodos
sem se cansar, porque não estão tentando mantê-la conscientemente.
O Qualidade de voz mais profunda.
Como os m úsculos da garganta estã o relaxados, a voz ter á um timbre
mais profundo.
O Relaxamento dos músculos faciais.
As linhas da face se suavizarã o à medida que os m ú sculos se relaxa ¬
na mesa bem a nossa frente. Podemos olhar diretamente para elas e não vê-
las. N ã o fomos hipnotizados, estamos apenas sujeitos a um transe normal do
dia -a -dia.
Catalepsia pode ser vista quando uma pessoa está profundamente envol ¬
vida assistindo à televisã o. Pode esticar a mã o para pegar uma bebida e depois
esquecê-la porque está entretida com a ação na tela. Sua mão permanecerá
"
parada a meio caminho de sua boca. Então, repentinamente "acordará e to ¬
mará um gole.
Regressão ocorre sempre que agimos de forma infantil sob influência de
forte emoçã o.
A distorção de tempo é uma ocorrê ncia do dia-a -dia. Situa ções entediantes
parecem se estender infinitamente. Experiências excitantes e agrad á veis pare ¬
cem terminar cedo demais. Jogar um game de computador é quase sempre uma
experiê ncia que distorce o tempo. Passam-se horas no que parece minutos.
pre que focalizamos nossa atenção para dentro e damos mais atenção a nosso
mundo interno do que ao externo. Às vezes, voltamos ao presente com um
susto e percebemos que estivemos entregues a devaneios.
O transe é um estado excelente para muitas atividades - meditar, relaxar,
fantasiar e planejar. É geralmente um estado repousante e relaxante. També m
"
entramos numa espécie de transe quando estamos com o "piloto automá tico
ligado, fazendo coisas do dia-a-dia, nos vestindo, tomando caf é da manhã e
indo para o trabalho.
Podemos realizar atividades complexas enquanto estamos em transe.
Nosso inconsciente cuida de nós. Mesmo assim, é preocupante pensar que
enquanto você dirige pelas ruas de uma grande cidade, muitos de seus cole¬
gas motoristas estão em transe.
Também podemos ser sugados para transes do dia -a -dia que não sã o t ã o
agrad á veis e ú teis. Algo acontece, ficamos aborrecidos e desdobramos as con ¬
sequências em uma série de fantasias que nos deixa ainda mais aborrecidos. O
gatilho pode ser qualquer coisa, qualquer ofensa real ou imaginá ria. Nosso mau
estado resultante pode não dizer tanto respeito ao que aconteceu quanto a
nossos pensamentos sobre o que aconteceu ou poder á acontecer. Podemos
entrar em transe e reagir a nossos pensamentos e sentimentos internos, não
ao mundo real.
Esses transes do dia -a -dia podem ser cansativos e, na pior hipó tese, ob¬
sessivos. A preocupação é um bom exemplo de transe do dia -a -dia desprovi-
MANUAL DE PROGRAMA çã O NEUROLINGU í STICA - PNL 201
do de recursos. Preocupamo-nos com nossa pró pria imaginação com relação ao que
poderia ter acontecido, não com que efetivamente aconteceu (geralmente, nada!)
-
Esses transes do dia-a dia sem recursos são às vezes chamados de "fugas".
Você sabe que entrou em uma de suas fugas habituais quando sente que
não está no controle. Você nã o está obtendo o que quer e parece que outros
são culpados. Você está preso em seus próprios pensamentos e sentimentos e
é dif ícil adotar uma terceira posiçã o. Sua imaginação o suga de volta como areia
movediça, e tudo parece terrivelmente familiar.
É dif ícil sair de uma dessas fugas uma vez que tenha começado. É melhor
estar consciente das âncoras que o levam a elas e então fazer, logo de in ício, a
escolha de não entrar ali.
També m entramos em uma espécie de transe quando estamos feridos ou
em choque. Sentimo-nos atordoados ou confusos e incapazes de nos concen ¬
trar. Nossas mentes estão tentando processar a situa çã o, e nosso pensamento
consciente está disperso e desfocado. Se você tiver sofrido um choque, a me¬
lhor coisa a fazer é deixar que sua mente divague, deixar que seu inconsciente
ordene as informa ções e você encontrará uma resposta sem ter que pensar nisso
conscientemente.
Mon Erickson
Milton Erickson (1901-1980) foi um terapeuta excepcional, tendo sido pio ¬
neiro na abordagem à hipnoterapia que ainda leva o seu nome ( hipnoterapia
ericksoniana) e é praticada em todo o mundo. Embora confinado a uma cadeira
de rodas durante a parte final de sua vida, Erickson continuou a ser extrema ¬
mente ativo e animado, atendendo muitos clientes, escrevendo, viajando, en¬
sinando e dando seminá rios. Sempre foi generoso com seu tempo e seu conhe¬
cimento.
A abordagem de Erickson foi muito mais permissiva do que os estilos an ¬
teriores de hipnoterapia. Ele usou um mé todo naturalista e flexível para a
202 JOSEPH O'CONNOR
indu çã o de transe que trabalhava com o cliente, não no cliente. Variava sempre
sua abordagem, dependendo do problema e da personalidade individuais do
cliente. Esse estilo coloca exigê ncias maiores sobre os terapeutas; não podem
usar o mesmo roteiro para todos.
Erickson coletava informações sobre o cliente através de perguntas e ob ¬
servaçã o para descobrir o que queriam e que tipo de pessoa eram . Entã o sabe¬
ria a melhor maneira de induzir o transe para aquela pessoa e podia trabalhar
com ela em seus pró prios termos.
Erickson não reconhecia a resistência; usava tudo que o cliente dizia e fa ¬
zia para ajud á -lo a acessar recursos. "Resistência", dizia," é apenas o resultado
de nã o ser suficientemente flexível como terapeuta". Acreditava que todos
podiam entrar em transe. Desde então, demonstrou-se que embora algumas
pessoas o fa çam com mais facilidade que outras, entrar em transe é uma habi ¬
lidade que se torna mais f ácil com a prá tica. Resultados estatísticos que alegam
mostrar que algumas pessoas não podem ser hipnotizadas apenas comprovam
que algumas pessoas n ão podem ser hipnotizadas pelos m é todos abordados
naquele estudo.
Erickson sempre se encontrava com os clientes no modelo de mundo de¬
les, e acreditava que já possuíam todos os recursos de que necessitavam, ape ¬
nas nã o sabiam como acessá-los. Via seu trabalho como uma maneira de colocá-
los em contato com seus recursos e dar a eles mais escolhas. Supunha que, se
lhes fosse oferecida uma escolha melhor, optariam por ela. As pessoas fazem
as melhores escolhas que podem, dado o que sabem no momento. A aborda ¬
gem de Erickson é agora amplamente aceita como sendo a mais eficaz para
hipnoterapia.
Erickson era extremamente pragm á tico; n ão estava interessado em clas¬
sifica ção e diagnóstico, e sim em obter a mudança desejada pelo cliente. Sua
linguagem hipnó tica era habilidosa e multinível. Era excelente em metá foras
e ia ao cerne do problema do cliente. Era também um observador arguto sen ¬
do capaz de calibrar mudanças muito pequenas na fisiologia do cliente e de
entendê-las.
As idéias, os valores, as crenças e as habilidades de Erickson tiveram um
profundo efeito na maneira pela qual a PNL se desenvolveu. Os seminá rios
originais da PNL foram constru ídos em torno da hipnose utilizando os padrões
de linguagem de Erickson.
nar sua linguagem vaga, para que o cliente tenha liberdade para acessar
seus pró prios recursos inconscientes. Padrões do Modelo Milton levam os
clientes a fazerem uma busca transderivacional para encontrar o signifi ¬
Deleções
Deleção simples
"Você pode aprender confortavelmente..."
A deleçã o permite ao cliente pensar em o que e como é mais apropriado
aprender.
índice referencial não-especificado
"Haverá pessoas que significaram muito para você e que lhe ensinaram
muito..."
O cliente sabe quem são e pensará nelas.
-
Verbo não especificado
"À medida que fizer sentido disso de sua pró pria maneira..."
Distorções
Equivalentes complexos
"À medida que fecha os olhos, você se torna mais confortá vel..."
Fechar os olhos torna-se equivalente a ficar mais confortá vel.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 205
Leitura mental
"Você é facilmente capaz de fazer sentido disso à medida que se torna mais
curioso sobre exatamente o que você irá aprender..."
Isso sugere uma curiosidade natural que ajudará o cliente.
Nominalização
"À medida que se aprofunda no relaxamento e seu conforto aumenta, a faci¬
lidade de sua aprendizagem pode se tornar uma fonte de deleite..."
Essas nominalizações são de tal forma multinível que levam a mente cons¬
ciente a uma série de buscas transderivacionais. Não tê m qualquer informa ¬
ção específica, assim o cliente faz sentido delas da forma que melhor lhe con¬
vier.
-
Causa efeito
"Ao
respirar profundamente e com facilidade, cada respira ção o deixará
cada vez mais relaxado..."
Causa -efeito liga o que está acontecendo naturalmente (acompanhando)
com o resultado que você deseja (conduzindo). A causa-efeito é a transição en ¬
Generaliza ções
Universais
"Tudo que sabe está disponível a você em algum lugar de seu inconsciente..."
ment .
rupta . Também implicam causa e efeito fraca. Você pode sugerir padrões mais
fortes de causa e efeito que levam ao transe com palavras que implicam tem¬
po, como " quando", " durante", "antes" e " desde". Por exemplo:
Antes de entrar em um estado relaxado, e ao se tornar mais e mais confor ¬
tável, apenas acomode- se em sua cadeira e comece a pensar em algo sobre o qual
gostaria de aprender mais... e quando estiver pronto...
Ambigiiidade fonológica
Usar palavras diferentes que tem o som parecido, por exemplo,"here/ hear *
minhas palavras e à medida que sua mente começar a "wander1'wonder..."** Ou ¬
tros exemplos são “ in security/ insecurity"* ** , “ right/ rite/ write" * * * * e, é claro, a
ambiguidade fonológica favorita de vendas: " Buy/ by now* * *** , já deve saber
o que quer..."
Ambiguidade sintática
Aqui, uma palavra é usada e o contexto n ã o torna claro qual a sua função .
Essa forma de ambiguidade geralmente consiste em um verbo, mais i«g ("'ando")NT,
de forma que pode ser algo diferente de um verbo. Por exemplo:
" Desafiando padrões de Metamodelo . . . "
(Você os desafia , ou eles o desafiam ? )
" Fascinando pessoas em seu entorno . . ."
(Você as fascina ou elas lhe são fascinantes ? )
Ambiguidade de escopo
Esse padrão obscurece o quanto de uma sentença é referido por uma de
suas frases, por exemplo:
" Falandocom você como pessoa inteligente . . ."
( Quem é a pessoa inteligente , eu ou você , ou ambos? )
"Jovens homens e mulheres. . . "
(São as mulheres ou os homens que sã o jovens ? Ou ambos ? )
"Clientes que pensam que nossos garçons sã o mal - educados devem falar
com o gerente . . ." ( Visto no restaurante de um hotel ) .
Ambiguidade de pontuação
Essas ambiguidades são criadas ao se fundirem duas sentenças separadas
em uma só podem levar muito tempo para entender no mundo real você pro ¬
vavelmente n ão as perceberia.
Outro exemplo: "Há muitas coisas que n ão sei se você pode aprender isso
hoje..."
Duplo vínculo
Essas oferecem uma escolha, mas dentro de um conjunto predetermina ¬
do de opções. Seja o que for que você escolher, estará coberto. Por exemplo:
"Você pode querer aprender algo agora ou mais tarde , ou nunca ,
nã o importa . . ."
"Nã osei se você quer fechar os olhos ou mantê - los abertos . Pode fazer qual ¬
quer das duas coisas para entrar em transe . . . "
Além de todos esses padrões, todos os padrões de deleções, distorções e
generalizações do Metamodelo são ambíguos e manterão a mente consciente
completamente ocupada em buscas transderivacionais.
Acessando Recursos Inconscientes
Os Padrões do Modelo Milton são projetados para oferecer muitas esco ¬
lhas ao cliente. Também dão ao cliente sugestões para acesso a recursos incons¬
cientes que nã o serão interpretadas como ordens. O cliente pode escolher se e
como o fará.
Postulados conversacionais
Esta é uma forma de pergunta que convida a uma resposta "sim" ou "não"
na superf ície, mas que pode ser entendida como um comando em um nível
mais profundo. Evita dar instrução direta e oferece uma escolha de resposta.
Por Exemplo:
"Você pode imaginar isso?"
"Você sabe relaxar?"
"Você sabe que horas são ?"
Perguntas finais
Uma pergunta final é uma que é acrescentada ao final de uma afirmaçã o,
de forma que convida à concord â ncia. Se fizer vá rias seguidas, elas estabele¬
cerão o que se chama de um "conjunto de sim", no qual a pessoa que respon ¬
de se acostuma a concordar, e isso faz com que seja mais f ácil concordar com a
sugestã o seguinte. Por exemplo:
"Você pode relaxar, nã o pode ? "
"Isso foi fácil , n ã o foi ?"
"Essas perguntas finais sã o f á ceis de usar, nã o sã o ?"
"Você seria capaz de usá - las com facilidade , n ã o seria ?"
Perguntas finais também podem ser utilizadas para confundir e distrair a men¬
te consciente e orientar a pessoa de modo diferente no tempo. Por exemplo:
"Você pode mudar isso , nã o pôde ? "
"Você esteve em transe , nã o está ?"
" Isso é um problema , n ã o foi ?"
Perguntas embutidas
São perguntas indiretas que surgem no fluxo da conversa . A outra pessoa
responde internamente como se a pergunta tivesse sido feita de forma direta.
Por exemplo:
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUí STICA - PNL 209
Comandos embutidos
Comandos também podem ser embutidos em uma sentença mais longa:
"Nã o sei se você entrar á em transe dentro de poucos momentos "...
" Fique confortável . As pessoas aprendem facilmente como relaxar e a
acessar recursos inconscientes..."
Perguntas e comandos embutidos precisam ser destacados do restante da
sentença de alguma forma, caso contr ário nã o ter ã o qualquer impacto. Use
" marcaçã o analógica" para indicar comandos ou perguntas embutidas:
tença.
w Fazendo uma ligeira pausa após ter dado o comando ou feito a per ¬
gunta.
Z> Alterando seu tom de voz, tornando- o mais grave ou agudo para a
parte da sentença que você quer destacar.
O E- s- t-i-c-a-n- d- o ou comprimindo as palavras que deseja destacar.
O Abaixando um pouco seu tom de voz no final de um comando ou ele ¬
Citações
Esse padr ã o freqúentemente oferece uma sugestã o ou ideia como se
viesse de outra pessoa e, portanto, voc ê nã o tem responsabilidade por ela.
Por exemplo:
"Milton Erickson costumava dizer que todo mundo podia entrar em transe..."
"Minha amiga Elizabeth foi capaz de aprender vá rios idiomas em transe..."
"Minha irmã certa vez encontrou uma pessoa que havia viajado para a í n ¬
Metáfora
Histórias, analogias e par ábolas são a melhor forma de acessar recursos
inconscientes, e Erickson era mestre em contar histórias que não só engajavam
210 JOSEPH O'CONNOR
sível.
Vendedores també m utilizam padrões do Modelo Milton. Às vezes, os pa ¬
drões lhes são ensinados para ajud á-los a aumentar as vendas - como se o cli ¬
ente tivesse que ser colocado em transe para que compre um produto para in í¬
cio de conversa! Padrões do Modelo Milton são parte importante da mensa ¬
gem de vendas. No entanto, acredito ser bastante d ú bio e antié tico utiliz á-los
-
para tentar confundir o cliente e manipulá lo para uma situaçã o ganha -perde.
Vender diz respeito a descobrir os valores do cliente e apresentar os benef ícios
do produto ou serviço, não é a respeito de tentar enganar o cliente. Como sem ¬
pre, o conhecimento exige responsabilidade.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 211
ÍMáfora
tar para baixo). N ã o entram em classes mais gerais ou aspectos mais amplos
(segmentar para cima ). Comparam um aspecto a outro para iluminar. Uma me ¬
t á fora é como um holofote dirigido a um objeto, fazendo com que pareça ser
de cor diferente, ou transpor uma partitura para outra escala ao mesmo tem ¬
rente. Uma met á fora pode ser como uma lufada de ar fresco em uma sala de
aula abafada .
ções sobre como sã o as costas de sua mã o. Agora mova seu dedo ao longo das
costas de sua mã o. Você obtém muito mais informa ções a partir das diferen ¬
ças. Precisamos da diferença para compreendermos qualquer coisa, e a dife ¬
doria, a ciê ncia, a lei e as id éias políticas e económicas, são passadas adiante.
Numa empresa, a cultura é elaborada a partir de histórias - histó rias so ¬
bre os gerentes e os diretores, hist órias sobre como a empresa foi fundada, como
chegou onde está hoje. H á també m as hist ó rias contadas na hora do cafezinho,
as histórias que os gerentes seniores jamais ouvem mas que afetam profunda ¬
mente como as pessoas respondem a eles e como trabalham. Se um consultor
quiser compreender uma empresa, precisa ouvir as histó rias contadas pelos
funcion á rios. Verdadeiras ou nã o, elas definem a cultura.
Organiza ções inteiras tê m met á foras de identidade. Claramente, uma or¬
ganiza ção que se vê como " um negócio familiar " fará negócios de forma dife ¬
rente e tratar á seus funcion á rios de forma diferente de uma organiza çã o que
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 217
pensa em si mesma como uma "implacá vel má quina de luta" ou "uma organi ¬
tosamente sugestivas, e muitas podem ter algum efeito em algum n ível. Sabe ¬
mos de pessoas com postura curvada que n ão "lutam por si mesmas" e algu ¬
mas situa ções podem lhes causar n á useas. Deepak Chopra tem um ditame in ¬
teressante em seus livros sobre a sa ú de: "Seu sistema imunológico está bisbi ¬
lhotando seu diá logo interno." Isso em si é uma metá fora evocativa e sugere
que podemos nos convencer a ficarmos doentes ou saudá veis. Na verdade, n ã o
é surpreendente, porque esperamos totalmente que m édicos, terapeutas e psi ¬
quiatras o fa çam .
Assim , metá foras nã o sã o boas nem m ás, mas tê m consequ ê ncias relati¬
vas a como nos relacionamos com o mundo, com outras pessoas e com nosso
218 JOSEPH O 'CONNOR
próprio corpo. Uma metá fora que confere empozoerment o ajudará . Uma metá ¬
Chuang Tzu retrucou: "Mas você precisa compreender o in ú til antes que
possa falar daquilo que é ú til. A Terra é vasta, embora um homem não utilize
mais dela do que a á rea em que coloca seus pés. Se, no entanto, você fosse ca ¬
var e remover a terra em torno de seus pés até chegar ao Submundo, o homem
ainda poderia fazer uso dela?"
" Não, seria in ú til", respondeu Hui Tzu.
" Entã o é óbvio", disse Chuang Tzu, "que o in ú til tem sua utilidade"
.
Metá foras emocionais
O A principal finalidade desse tipo de metáfora é eliciar um estado emo ¬
cional no ouvinte, embora todas as metáforas façam isso até certo pon ¬
to. Essas metáforas podem funcionar de uma de duas formas. Você
pode contar uma história de maneira tal que faça o ouvinte se identifi¬
car com uma situa ção descrita e, assim, sentir a emoção que ela gera ¬
ria, ou entã o pode descrever uma situa çã o, e o ouvinte se emocionará
com o que está sendo descrito. Por exemplo:
Estava com pressa ontem e tinha que pôr um pacote realmente impor¬
tante no correio. Fui aos correios e entrei na fila. A mulher à minha fren ¬
te era muito lerda e não conseguia encontrar seus documentos e co ¬
meçou a esvaziar sua bolsa . Você tem id éia de como é estar tão perto e
ao mesmo tempo tã o longe quando está com pressa? Tive que esperar
e esperar, e meu carro estava no parqu ímetro...
Você pode utilizar uma combina çã o de metá foras cognitivas e emoci ¬
onais para ensinar estratégias. Você faz isso repetindo uma sé rie de
metáforas que têm a mesma sequência de estados. Por exemplo, para
estabelecer uma estrat égia para ir de frustra ção para curiosidade:
Frustração: Ofereça uma metáfora que elicie frustra ção ( por exem ¬
plo, o citado acima sobre a fila dos correios).
Equanimidade: Ofereça uma metáfora que elicie equanimidade e uma
que estabeleça motiva ção distanciada de frustra çã o ( por
exemplo, o estresse fazer mal à sa ú de) ou próxima à
equanimidade ( por exemplo, a alegria de sentir-se bem ).
Curiosidade: Ofereça uma metá fora que elicie curiosidade juntamente
com uma que mostre como a curiosidade é um bom re ¬
Metáforas ligadas
O Aqui, você oferece vá rias metá foras aparentemente nã o-relacionadas
que tê m todas algo em comum - uma distinção ou informaçã o que
deseja transmitir ou enfatizar. Por exemplo, uma viajem de avião, su ¬
bir em um elevador, ver um formigueiro e o primeiro pouso na lua, to ¬
dos dizem respeito a obter uma perspectiva de cima .
Como você pode fazer com que suas metá foras sejam eficazes?
Z> Use predicados sensoriais, n ão linguagem digital. Você quer que o
ouvinte veja, ou ça e sinta a hist ória em sua mente. Você deve engajar
os sistemas representacionais dele.
O Use suspense. O ouvinte desejará saber o que acontece a seguir e es¬
perará uma solu ção satisfató ria para a história .
O Encoraje o ouvinte a se identificar com um personagem para que seja
levado pela história.
Z> Use piadas e humor que estabeleçam as expectativas do ouvinte e en ¬
tão mude subitamente de significado de forma inesperada e incongru ¬
ente.
Duâs Históriãs
Em seu livro Steps to an Ecology of Mind , Gregory Bateson relata o caso do
homem que queria saber a respeito da mente, o que realmente era e se com
-
222 JOSEPH O'CONNOR
putadores algum dia seriam tão inteligentes quanto os humanos. Ele digitou a
pergunta a seguir no computador mais poderoso da é poca (que ocupava um
andar inteiro do departamento da universidade): "Você computa que algum
dia pensará como um ser humano?"
A má quina roncou e resmungou ao começar a analisar seus próprios há ¬
bitos computacionais . Por fim, imprimiu sua resposta . O homem foi correndo,
empolgado, e encontrou essas palavras ordenadamente impressas: "Isso me
lembra uma história . . ."
Eis outro exemplo de metá fora da obra de Chuang Tzu, o sábio chinês .
0 nadador e o Arqueiro
Um bom nadador adquiriu sua habilidade através da prática repetida. Isso significa
que se esqueceu da água.
Se um homem pode nadar embaixo d'água, pode jamais ter visto um barco antes e
-
mesmo assim saberia como manejá lo. Isso é porque ele vê a água como terra firme e con¬
sidera o soçobrar do barco como consideraria a capotagem de uma carroça.
Tudo pode estar soçobrando e capotando ao mesmo tempo bem diante dele c não pode
-
atingi lo e afetar o que está por dentro, então onde poderia ir e não estar à vontade?
Quando est á apostando fichas em um concurso de arco e flecha, você atira com habili¬
dade. Quando está apostando fivelas de cinto elaboradas , você se preocupa com sua pon¬
taria. E quando está apostando ouro de verdade, seus nervos viram frangalhos. Sua ha¬
bilidade é a mesma em todos os três casos, mas por um prémio significar mais para você
do que o outro, você permite que considerações exteriores pesem em sua mente. Aquele
que olha demais para o exterior se torna desajeitado no interior.
Plano de Ação
1. Se tivesse que descrever sua vida no momento como um livro, uma sé¬
rie de TV uma peça ou um filme:
Seria uma comédia, uma tragédia, uma comédia de humor negro, uma
obra de suspense, uma farsa ?
Qual seria o tí tulo? Pesadelo na Rua Elm ? Caçadores da Arca Perdida?
Missão Impossí vel? Harry Potter e a Taça de Fogo ?
Quais as implicações do título que você escolheu?
Por que escolheu esse tí tulo?
Quais as similaridades que você viu entre o tí tulo e sua situação no mo¬
mento?
Como termina o filme ou o livro?
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLí NGUí STICA - PNL 223
Que recursos o protagonista possui que lhe permitem resolver seu pro ¬
blema ?
-
Você pensa que esse recurso específico pode ajud á lo també m ?
Como poderia desenvolver esse recurso?
Que filme, sé rie de TV, livro ou peça gostaria de ter como vida no mo ¬
mento? Por qu ê?
Redação
dos e e-mails. Quando essas pá ginas não são claras, são ambíguas ou simples¬
mente dif íceis de ler, os custos podem ser altos.
A redação clara não é um luxo, não é dif ícil e não exige anos de ensino para
alcançar.
Redação Clara
Eis aqui oito regras simples a serem seguidas para que sua reda ção seja
de f ácil leitura, um prazer para se ler, clara e compreensível.
1 . Conheça seu resultado.
Para se assegurar de que sua reda çã o obtenha a resposta que deseja,
você primeiro tem que saber qual é. O que você deseja alcançar com
sua redação? O que deseja que o leitor obtenha dela? Quando tiver
-
acabado de escrever, coloque se em segunda posição com o leitor, leia
o que escreveu e veja se a mensagem foi, de fato, transmitida. Lembre-
se da pressuposição da PNL de que "o significado da comunica ção é a
resposta que ela obtém".
2. Cuide do básico .
Verifique sua ortografia e sua pontuação. Erros são embaraçosos e pre¬
judicam sua credibilidade junto ao leitor. Não dependa de um proces¬
sador de texto para verificar esses itens. Ele tem apenas inteligência
artificial. Você tem inteligência real.
3. Use substantivos e verbos preferencialmente a adjetivos e advé rbios .
São quase sempre mais fortes. Advérbios (palavras que descrevem ver¬
bos) e adjetivos ( palavras que descrevem substantivos) podem ser ú teis,
mas use-os com parcimónia.
4 . Cuidado com as nominalizações .
São fracas, porque não são sensorialmente específicas. Ler um pará gra ¬
fo cheio de nominalizações é como andar através de gelatina. Somen ¬
te use muitas nominalizações se quiser colocar o leitor em transe.
5. Use detalhes específicos a sentidos quando possível .
Ilustre pontos abstratos com metáforas concretas. Fa ça com que as me ¬
0 Ind/ce de Herniro
O í ndice de nevoeiro é uma maneira bem -estabelecida de medir a clareza
de um texto. Ele trabalha com base no princí pio de que senten ças longas e
palavras compridas tornam o texto mais dif ícil de ser entendido.
Para calcular o índice de nevoeiro de sua redação:
O Tome uma seçã o t í pica de cerca de 100 palavras.
O Conte o n ú mero de palavras, sem considerar nomes próprios e con ¬
tando palavras hifenizadas como uma só.
O Conte o n ú mero de sentenças e divida-o pelo n ú mero de palavras para
obter o n ú mero médio de palavras por sentença. Chame esse n ú mero
de "X".
228 JOSEPH O'CONNOR
Lmgudgem úigitdl
Linguagem digital é a linguagem com poucas ou nenhuma palavra sen¬
sorial. Soa mais significativa do que na realidade é. Ela gera textos dif íceis de
se ler, soa extremamente impressionante e o coloca em transe. É muito f ácil de
elaborar usando nominalizações.
Lmgudgem Sensoriãl
Suas palavras em uma página podem detonar fogos de artif ício linguísticos
que espoucam com significados m ú ltiplos na mente de seu leitor. Mas para que
as id éias vivam, devem ser descritas na linguagem dos vivos, na linguagem dos
sentidos. Quando você descreve algo de forma que o leitor possa ver, ouvir ou
tocar, entã o você está usando linguagem sensorial. Quando usa abstrações
como "compreender ", "pensar ", "educação", "interessar ", não está. Alguma
linguagem não-sensorial se faz necessá rio, dependendo do assunto, mas n ã o
deixe que predomine.
Na ficção, a regra de ouro é: "Mostre, não conte." Deixe que o leitor veja,
ou ça e sinta a sua história. Esse princí pio se aplica à não-ficção sempre que
possível.
Leia os dois pará grafos seguintes e observe as suas reações:
A educação é repleta de empolgação para as escolas primárias de hoje. Seja qual forem
as condições do tempo, crianças com idade entre cinco e 15 anos estão demonstrando gran¬
de interesse em estudos de Tl. Suas dedicação e concentração são dignas de muitos adul¬
tos. Na escola primária Mount Ararat , elas ganharam um prémio especial por seus pro¬
jetos de TI em uma competição nacional .
Afronte de Peter se enruga enquanto olha para a tela do computador. Aqui na escola
primária Mount Ararat , os raios de sol que irrompem pelas janelas mostram os grãos de
poeira dançando no ar da velha sala de aula onde Peter e seus amigos estão abrindo mão
de seu intervalo para aperfeiçoar um programa de computador no qual estão trabalhan¬
do. ]á ganharam um prémio que reside na prateleira do meio de sua sala e estão clara ¬
po ê lutaria com ele para fazer com que entregasse seus segredos?
voc
Agora, em vez daquilo, tente isto:
É um enigma porque autores educacionais fazem redação tão abstrata. A redação abs¬
trata é como atravessar fusos horários - advém de passar tempo demais nas nuvens e
tempo insuficiente com os pés no chão. Em demasia, faz com que o mundo fique nublado
e nos faz dormir em momentos estranhos quando deveríamos estar acordados. Mante ¬
Mantenha um equilíbrio entre metá fora e descriçã o direta. Use metá foras
como sá l e pimenta na comida. Eles adicionam sabor, mas se os puser demais,
estragam a comida .
Evite jargões a n ã o ser que sejam absolutamente necessá rios.
Jargões são sempre n ã o-sensoriais porque têm que encapsular id éias com ¬
plexas em poucas palavras. A intençã o positiva dos jargões ou da linguagem
técnica é permitir que pessoas que compartilham os mesmos conhecimentos
bá sicos se refiram a conceitos de forma rá pida e f ácil. Sem a experiência neces¬
sá ria para preencher as inevitá veis deleções, o jargão nada significa ou, o que
é pior, confunde.
Palavras de jargã o sã o â ncoras de grupo. O jargã o també m cria rapport
de grupo e pode criar uma barreira a quem é de fora. Grupos freq ú entemente
sujeitam recém -chegados a "cerim ónias de inicia çã o" com o jargã o.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 231
A PNL tem mais do que seu justo quinhão de jargões, portanto desenvol ¬
va maneiras de se referir aos conceitos de PNL que sejam facilmente compre ¬
Plano de Açã o
1. Da próxima vez que escrever alguma coisa, seja uma carta, um relató rio
de negócios, um conto ou um artigo:
Calcule o í ndice de nevoeiro. Est á abaixo de 10?
Conte os substantivos abstratos ( nominaliza ções ). Você pode eliminar
algum deles com palavras ou met á foras baseadas em sentidos?
Observe o comprimento de suas senten ças. Vinte palavras devem ser o
m á ximo absoluto a n ã o ser que haja boas razões em contrá rio. A maio¬
ria das senten ças deve ter menos do que 18 palavras.
Fa ça uma busca pelas palavras " é" e "sã o". Isso lhe dirá se o verbo "ser "
está excessivamente representado. Essas palavras sã o parte de um ver ¬
bo mais complexo ? Se n ã o forem, refraseie tantas quantas puder.
2. Pegue um artigo ou conto de que gosta e fa ça um pouco de modelagem
informal.
Como o autor estruturou a obra ?
Quais as met á foras utilizadas?
H á uma metá fora organizadora ?
O texto foi escrito predominantemente na primeira posiçã o ( experiê n ¬
cia pessoal ), na segunda ( falando de outros ) ou na terceira ( objetivo e
geral ) ?
Cap í tulo
Compreensão
periê ncia.
Imagine-se em uma reuniã o com vá rias pessoas. Todas est ã o contribuin ¬
do. O que você acompanha ? No que você presta aten çã o? Do que se lembra ?
Nossa atençã o é limitada . Temos que selecionar dentre todas as experiê n ¬
cias sensoriais dispon íveis. Fazemos isso com base em crenças, valores, estado
de consciê ncia, sa ú de f ísica, preocupações e hora do dia . Ent ã o interpretamos
essa seleçã o. Algumas dessas interpreta ções serã o baseadas em nossa pró pria
234 JOSEPH O'CONNOR
experiê ncia anterior; algumas serão interpreta ções culturais. Por exemplo, quan ¬
do alguém boceja, você poderá achar que está entendiado. Poderá tirar con ¬
clusões disso. Poderá considerar que a pessoa é mal-educada e ficar aborreci ¬
do com ela. Você poderá se sentir desconfortá vel porque não está prendendo
sua atenção. Poderá então fazer uma inferência quanto a que tipo de pessoa
você é e que tipo de pessoa ela é. Poderá ficar zangado, deprimido ou desalen¬
tado. Poderá esperar um pedido de desculpas. Poderá concluir que a pessoa
simplesmente estava cansada. Poderá optar por descartar o incidente inteira ¬
^^
y Sele çã o da experi ência : O que observo e lembro
\ Sentimentos e emoções
Açã o
Segmentação [ Chunking]
Segmenta çã o é um termo vindo do mundo dos computadores, que signi ¬
fica organizar informações em grupos. Um grupo consiste em peda ços, blocos
ou segmentos de informações ("chunks" ), todos com algo em comum. Você de¬
cide exatamente o que têm em comum.
Por exemplo, o que os n ú meros 1, 7, 253, 11 e 23 têm em comum ? Há v á ¬
rias respostas, incluindo "Quem se importa ?", também:
ciente parece ser capaz de lidar com cerca de cinco a nove blocos ou pedaços
de informações de uma só vez. George Miller foi quem primeiro passou à frente
essa idéia em seu trabalho clá ssico, The Magic Number Seven, Plus or Minus Two,
publicado em 1956.
O que é um pedaço de informação? Pode ser simples ou complexo, depen ¬
dendo de como você o agrupa . Pode ser uma palavra, uma sentença ou um
parágrafo. Cinco a nove blocos de informações podem ser muito ricos e de¬
-
talhados se usarmos categorias e relacionamentos bem definidos, ricos e deta ¬
lhados. O quanto você recorda depende de como agrupa informações em
blocos.
A segmenta çã o també m define os relacionamentos entre pedaços de in ¬
formações. Algo n ã o é geral, específico, grande ou pequeno por si só, apenas
em rela ção a outro bloco que pode contê-lo ou que ele pode conter.
Você precisa segmentar ou agrupar informações para reter tanto qualida ¬
Você pode segmentar para baixo de uma classe para um membro especí ¬
Meios de
transporte
Carro
Presidentes Cidades
dos EUA inglesas
Volante
Linguagem de Segmentaçã o
O Modelo Milton é um exemplo de segmentaçã o de linguagem para cima;
vai do específico para o geral.
O Metamodelo segmenta linguagem para baixo: vai do geral para o es ¬
pecífico.
A metá fora é um exemplo de segmentaçã o de linguagem para o lado: com ¬
para uma experiê ncia a outra através da metá fora, símile ou analogia .
Modelo Milton
í
Segmentação para cima
ílegociação e (Macao
Todos nós vemos o mundo de forma diferente. Todos temos diferentes ex ¬
periências de vida e, portanto, atribuímos diferentes significados ao que acon ¬
tece. Todos estamos perseguindo nossos resultados e freqiientemente entramos
em conflito com outros que perseguem os seus resultados. No entanto, todos
temos que conviver. Assim, quando duas pessoas desejam coisas diferentes, elas
negociam, se engajam em uma busca conjunta por uma solução que esperam
satisfaça a ambas, em contrapartida a uma composição, que deixará ambas in ¬
satisfeitas mas que não obstante pode ser o melhor resultado oferecido. A ne¬
gocia çã o apara as arestas de nossos resultados à medida que nos movemos pelo
mundo de outras pessoas e de seus resultados. A negociação é central para a
boa comunicação.
Uma negociação ou mediação é uma busca conjunta por uma solução. Você
negocia quando defende seu caso; você media quando facilita a busca por uma
solução entre outras partes. Na negociaçã o, seu objetivo é obter o que deseja
de outros, dando-lhes o que querem. Na media çã o, seu resultado é que as
outras partes cheguem a um acordo e obtenham o que desejam.
Sem um acordo para buscar um acordo, tanto a negociação quanto a me ¬
dia çã o são in ú teis. Sã o mais bem conduzidas como um jogo de soma não-zero;
em outras palavras, algu é m nã o precisa perder para que outra pessoa ganhe.
Ganhar e perder não se anulam dando zero. Ambos podem ganhar.
Eis algumas diretrizes para negociação.
Antes da Negociação
cursos.
Durante a Negociação
O Mantenha um estado com recursos.
Use âncoras e mantenha uma fisiologia com recursos. Se a negocia ção
parecer estar indo mal, atente para seu estado em primeiro lugar.
O Estabeleça e mantenha rapport .
Use equiparação corporal e de voz se for apropriado. Faça o acompa ¬
nifica que você tenha que concordar com a outra pessoa em questão
alguma, apenas que respeita e reconhece a posição dela.
3 Use posições perceptuais diferentes.
Seja claro quanto à sua primeira posição. Use a segunda posição para
obter compreensão e a terceira posição para rastrear o relacionamento
e o curso da negociação.
O Faça perguntas e busque compreensão.
Compreender a posição da outra pessoa lhe dá uma melhor chance de
encontrar uma solução.
O Segmente para cima para uma área de entendimento comum e acordo no nível
mais elevado que for necessário.
Essa é uma habilidade-chave em negociação. Você segmenta para cima
partindo dos pontos específicos do desentendimento para algo com o
qual ambos possam concordar. A não ser que ambos possam encon ¬
dada ao fracasso.
O Segmente para baixo partindo do entendimento comum e acordo para questões
específicas.
Uma vez que tenham essa área compartilhada de entendimento, você
pode segmentar para baixo, para questões menores à luz daquele en ¬
Após a Negocia çã o
_ A
Desentendimentos
Espec íficos
A Acordos
Específicos
Hãbilidãdes de flegociação
O Estabeleça um quadro de resultado claro. Vá em direção a um acordo
em vez de se distanciar de problemas.
O Se possível, escolha a disposição da sala e onde as pessoas irão sentar.
Devem sentar em â ngulo em vez de diametralmente opostas. A ma ¬
neira pela qual as pessoas sentam é uma metá fora espacial sobre como
se relacionam.
O Procure enquadrar a negocia ção como um problema compartilhado.
Ancore-a em frente a ambas as partes. Melhor ainda, escreva-a em um
flipchart ou projete-a para que ambas as partes estejam diante dela. Isso
dará uma sensação de estarem "enfrentando" um problema compar¬
tilhado.
O Seja claro quanto ao que é relevante. Qualquer contribuição poderá
ser desafiada com uma referê ncia ao resultado acordado como meio
MANUAL DE PROGRAMA çãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 243
de evitar engodos e manter a reunião nos trilhos. Esse desafio pode ser
ancorado a um gesto.
O Use o backtracking para resumir o progresso, manter rapport e testar
concordâ ncia.
O Use o condicional para explorar possibilidades: " Se tal e tal aconteces¬
Bdcktrãchmg
Uma das maneiras pelas quais negociações dã o errado é quando uma das
partes interpreta mal as palavras da outra pessoa. Dão a elas significado do seu
pró prio modelo de mundo em vez de tentar saber o que elas significam no
modelo de mundo da outra pessoa .
Uma das maneiras pela qual isso acontece é quando você parafraseia. A
pará frase utiliza suas pró prias palavras em substituiçã o às palavras da outra
pessoa. Suas palavras podem ser uma reafirmaçã o adequada para você, mas
podem nã o significar a mesma coisa para a outra pessoa .
Você pode evitar muitos desses tipos de mal-entendido realizando o
backtracking . Este é a habilidade de reafirmar pontos-chave utilizando as pala¬
vras da outra pessoa e freqiientemente equiparando seu tom de voz e sua lin ¬
guagem corporal. Acompanha a outra pessoa, sendo uma habilidade extrema ¬
mente ú til em negociações para:
244 JOSEPH O'CONNOR
resumir
desenvolver rapport
oferecer evidê ncias tang í veis de que está ouvindo
trabalhar em prol de um acordo
ver lidando com outra pessoa para obter seu resultado - vale a pena manter
essas distinções em mente.
O Jogos sem fim não têm regras para mudar suas regras. Os participantes
n ã o têm uma perspectiva externa do jogo e de suas ações. Quando
enfrentarem uma situaçã o na qual as regras existentes forem inadequa¬
das, continuarão com as mesmas respostas. Isso é como aprendizagem
de loop simples (ver Capítulo 3). Uma das regras de um jogo sem fim é
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUí STICA - PNL 245
que não é um jogo - é coisa séria. Outra regra é que você não pode
mudar as regras. Jogos sem fim podem se tornar armadilhas duplas,
onde não há escolhas, mas todas as escolhas levam a um resultado in ¬
desejá vel - e você tem que jogar.
Participantes desses jogos jogam dentro de limites bem-definidos.
O Metajogos têm metaregras adequadas - ou seja, regras para mudar suas
regras. Isso quer dizer que quando uma organiza ção ou pessoa se de¬
para com uma situação na qual as regras (e, portanto, as ações) forem
inadequadas, poderá mudá-las ou formular novas regras. Isso permi¬
te evolu çã o e resolu ção.
Metajogos implicam uma terceira posição percentual - uma posição ex¬
terna a qualquer posição de conflito. Um á rbitro ou mediador pode
assumir essa posiçã o.
Participantes de metajogos jogam com limites. Isso se assemelha à
aprendizagem generativa ( ver Capí tulo 3).
3 Jogos de soma zero devem ter um vencedor e um perdedor. O vencedor
vence à s custas do perdedor. Portanto, os recursos são percebidos como
escassos, quer sejam ou não. Exemplos de jogos de soma zero são o
xadrez, eleições, póquer e corridas de cavalos. Qualquer comunica çã o
pode ser percebida como um jogo de soma zero. Em um jogo de soma
zero você sempre procura ocultar sua estratégia. Seja o que for que
prejudique o outro participante é bom para você . Jogos de soma zero
tendem a acabar por se tornarem jogos de ganhar- perder, perder-ga-
nhar ou perder-perder.
O Jogos de soma não- zero não tê m perdedor nem vencedor. Todos os parti ¬
-
Agora imagine-se em primeira posiçã o na situa çã o problema.
Verifique todos os seus sistemas representacionais.
Veja através de seus próprios olhos.
Ou ça através de seus pró prios ouvidos.
248 JOSEPH O'CONNOR
Muitas pessoas notaram que antes de realizarem esse exercício, sua terceira
posição não era tão ú til quanto poderia. Normalmente, a outra pessoa apare¬
ceria maior, "mais sólida" e mais perto de seu ponto de observação. Da mesma
forma, frequentemente percebiam que não estavam equilibradas na terceira po ¬
sição, mas inclinadas para o lado.
Integração de Partes
A resolução de conflitos envolve encontrar á reas de concordâ ncia por trás
de desentendimento aberto. O mesmo princípio se aplica quer seja o conflito
entre duas pessoas quer seja entre duas "partes" de você mesmo. Negociamos
com outras pessoas para obtermos aquilo que queremos, mas também negocia ¬
mos com nós mesmos. Experimentamos partes de nós mesmos como desejo ¬
sas de coisas diferentes e frequentemente incompatíveis. Pechinchamos e im ¬
ploramos, tudo isso dentro do limite de nossas próprias mentes. "Devo comer
aquele peda ço adicional de torta ? E como fica meu objetivo de ser mais saud á ¬
vel e não comer torta ? Deveria ir à academia, mas nã o estou com vontade. Pre¬
firo ficar em casa e ver televisão, mas fui convidado para tomar um drinque e
gostaria de ir... Quero comprar aquela calça da moda, mas a í nã o poderei com ¬
prar aquela camisa que também quero..." E assim vai.
Somos uma pessoa inteira, na verdade não temos partes, mas colocamos
nossa energia em diferentes expressões de nós mesmos e em resultados dife -
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 249
fante, mas não nos sentimos à vontade - a parte derrotada perdeu a batalha,
mas continua a guerra . Essa parte ainda é nossa e tem necessidades que de ¬
tivo, organize o seu tempo, seu esforço e seus recursos para que ambas
Possam trabalhar em conjunto, obter o que querem e não frustrar uma
à ctutra .
Você também poderá querer integrar as partes . Traga as partes juntas
para dentro de você mesmo da forma que parece ser mais apropria ¬
da:
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUí STICA - PNL 251
Congruência e Incongruência
Às vezes, todas as nossas " partes" concordarão quanto a alguma coisa e
teremos certeza do que fazer. Seremos congruentes. Em outras ocasiões, osci ¬
laremos entre exigências conflitantes e não saberemos o que fazer. Entã o, sere ¬
mos incongruentes.
O dicioná rio define congru ência como "a qualidade ou estado de corres ¬
nia, como uma boa refeição na qual a comida e a bebida combinam com a quan ¬
cia que nos avisa que não estamos prontos para nos comprometermos intei¬
ramente
« *
Incongruê ncia é o " mas" em: " Sim, mas . .."
lógico:
3 Você pode estar precisando de mais informações. (Ambiente.)
3 Você pode ter as informações, mas nã o saber como agir. (Comporta ¬
mento.)
3 Você pode saber o que fazer, mas duvida de sua habilidade. (Capaci¬
dade. )
3 Você pode ter a habilidade, mas não acreditar no projeto ou pode nã o
ser prioridade para você. (Crenças e valores.)
3 Você pode acreditar nele, mas pode não se encaixar com o senso de
quem você é. (Identidade.)
-
A incongru ê ncia pode manifestar se externamente no duelo entre pala ¬
vras e linguagem corporal ( por exemplo, dizer "sim" em um tom de voz duvi¬
doso). També m pode manifestar-se internamente entre sistemas representa -
cionais ( por exemplo: "Posso ver que é uma boa id éia, mas algo me diz que n ão
vai funcionar...")
Se você estiver incongruente é melhor que saiba disso. Incongru ê ncia
desapercebida fará com que você sabote sua própria chance de sucesso. Por
exemplo, dormir demais e perder uma importante entrevista de emprego que
você pensava que queria mas sabe que significaria deixar a seguran ça do em ¬
prego que tem agora.
MANUAL DE PROGRAMAçã O NEUROLINGU íSTICA - PNL 253
Smd! de Incongruência
Encontre seu sinal de incongruência da mesma forma. Escolha três
ocasiões em que se sentiu incongruente quanto a um curso de ação.
Qual o sinal confiavelmente presente que você não pode fabricar
conscientemente? Esse é seu sinal de incongruência . Esse sinal é um
amigo poderoso, lhe manterá fora de muitos problemas e pode lhe
poupar muito dinheiro!
Ambos os sinais podem ser digitais ou analógicos. Podem ser sinais
definitivos do tipo tudo ou nada ( digitais ) ou poderá ter um sinal que
lhe dê graus de congruência, dependendo do quão forte for ( anal ó¬
gico ) .
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUISTICA - PNL 255
Plano de Ação
1. O significado que apreendemos de um evento depende de como nos re¬
lacionamos a ele. Consideramos muitas coisas pessoalmente que nada
tê m a ver conosco. També m nos aborrecemos quando objetos inanima ¬
dos n ã o cooperam e consideramos isso pessoalmente também. Amal ¬
diçoamos o computador quando ele d á pau; um carro que n ã o pega é
enfurecedor. Quanto mais dependemos de nossa tecnologia e quanto mais
amigá vel for ao usu á rio, mais irritante é quando n ão funciona direito. A
tecnologia na verdade somente é realmente amigável ao usuário quando
funciona. Quando n ão funciona torna se "hostil ao usu á rio"
- .
Da próxima vez que um objeto inanimado nã o cooperar, pare.
Respire fundo.
Entenda que não está querendo agredi lo. -
N ã o tem qualquer inten çã o, nem positiva nem negativa.
Quais os passos você precisa dar para desenrolar a situação?
2. Nossa própria experi ê ncia é freqiientemente fragmentada, e as diferen ¬
tes partes parecem querer coisas diferentes. Na verdade não temos par¬
tes, mas despejamos nossa própria energia em diferentes formas de per ¬
ceber o mundo com resultados diferentes.
Esse é um processo natural, e você pode usá-lo como recurso.
Crie um "painel consultivo" interno para ajud á-lo em qualquer á rea da
vida.
Escolha um consultor para as seguintes á reas de sua vida:
autodesenvolvimento
sa ú de
carreira ou trabalho profissional
diversão e recreação
vida espiritual
dinheiro
relacionamentos
Você pode escolher quem quiser - uma pessoa de verdade, quer a conhe¬
ç a ou n ã o, uma personagem mitológica, um livro, um autor ou uma
personagem de um filme ou de um livro. Sempre que precisar de con ¬
selhos, volte-se para aquela "parte" e peça. Como responderiam ?
Você n ã o precisa seguir o conselho, mas pode ser ú til.
Ao fazer isso você está criando símbolos poderosos nos quais coloca sua
energia como recursos em vez de como frustra ções. Quando experimen
-
256 JOSEPH O'CONNOR
tar um conflito entre fazer uma de duas coisas, pense em que á rea de sua
vida elas estã o e em vez de fazer com que essas duas partes briguem,
substitua-as pelos dois consultores que representam essas partes de sua
vida. Terã o uma negocia çã o muito mas civilizada.
3. "Partes" se expressam naquilo que você diz. Você pode fazer uma decla ¬
raçã o e ent ã o outra parte de você a descartar em uma demonstraçã o de
incongru ê ncia sequencial. A palavra " mas" é a principal maneira pela
qual isso acontece. A palavra "mas" tem dois gumes. Ela imediatamen ¬
te age contra aquilo que a precede e introduz conflito. Por exemplo, se
você diz "tentarei fazer isso, mas será dif ícil", você terá tomado o poder
da primeira parte da sentença. "Mas" é o sinal de que outra " parte" de
você está ativa e em oposiçã o ao que acabou de dizer.
Elimine o " mas" de sua maneira de falar. Substitua " mas" por "e". Diga
"Tentarei fazer isso e será dif ícil". "E" é mais neutro, mostra coopera çã o
entre as duas metades da senten ça em vez de conflito.
Se for usar o " mas", mude a ordem das sentenças buscando uma forma
mais positiva de se expressar. Comece pelo negativo e depois o descarte
-
com o positivo: Será dif ícil, mas tentarei fazê lo". Isso faz uma enorme
diferen ça.
Imagine pedir a duas pessoas que o ajudem. A primeira diz: "Será dif í ¬
-
cil, mas tentarei fazê lo".
A segunda diz: "Tentarei fazê-lo, mas será dif ícil".
Quem você acha que será mais prová vel de ajud á-lo ?
4. Use seu sinal de congru ê ncia. Comece com pequenas decisões e teste-o
-
para ver o qu ã o confiá vel é. Quanto mais usá lo, mais f á cil e confiá vel
se tornará.
Quando perceber que está incongruente, isso é uma informa çã o muito
valiosa. Se algo importante estiver em jogo, n ã o v á adiante antes de ter
resolvido a dificuldade.
5. Qual sua estratégia quando tem uma discussã o?
Você quer vencer o debate ?
Você quer provar que a outra pessoa está errada e fazer com que admita
isso ?
Se uma dessas duas hipótese estiver correta, você está em um jogo de
soma zero.
Você quer compreender o argumento da outTa pessoa ?
Você quer uma melhor compreensã o da questã o?
Essas o levarã o para um jogo de soma n ã o-zero.
Qual você prefere?
Muitas discussões nã o são a respeito de pontos de vista opostos. Uma
pessoa nã o discute com outra pessoa. Discute sobre sua compreensã o e
sua interpreta çã o dos pontos de vista da outra pessoa.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 257
-
7. Quando estiver envolvido em desentendimentos, lembre se desses prin ¬
cípios:
Você tem o direito de ser quem você é e de sentir o que sente e de acre¬
ditar no que crê.
Você tem direito a querer o que quer.
Você n ã o necessariamente tem o direito de obter o que quer.
A maneira pela qual obtém o que quer é dar à outra pessoa o que ela quer,
se possível. ( E isso pode nã o ser exatamente o que ela está pedindo.)
Cap í tulo 15
Cnquadramento
N ão há nada que seja bom item mau , mas o pensamento o faz assim .
William Shakespeare
bre o que acontece, como você se sente a respeito, como reage e como lida com
ele.
Perguntas são uma forma poderosa de estabelecer enquadramentos, por ¬
Principais Enquadramentos da P Í1 L
Há sete enquadramentos importantes usados em PNL.
OSnquadramento da Scologta
O enquadramento ou perspectiva da ecologia examina o longo prazo. Ava ¬
lia eventos em termos de um significado mais amplo - você olha para além dos
limites que normalmente estabeleceria em tempo, espaço e pessoas. Você jul ¬
0 Cnquadramento do ífesultado
Esse avalia eventos com base em se o trazem mais para perto de seus re¬
sultados. Para aplicar esse enquadramento ou perspectiva, julgue cada ação em
termos de se o aproxima daquilo que você quer. (Aviso: Não use o enquadra ¬
mento sem referência à ecologia! Se o fizer, sofrerá o efeito Rei Midas. O rei
Midas queria que tudo que tocasse se transformasse em ouro. Ao esquecer da
perspectiva da ecologia, esqueceu-se de que teria que tocar comida e pessoas. )
Você pode usar o enquadramento de resultados n ã o só para ver como se
comporta no dia -a -dia, mas també m como meio de planejar o que faz. Não é
apenas um enquadramento, é uma maneira deliberada de viver.
Aplique o enquadramento de resultados fazendo as seguintes perguntas:
"O que estou tentando realizar agora ?"
"O que desejo ? "
"O que isso me proporciona que seja valioso ?"
262 JOSEPH O'CONNOR
0 Cnquadramento do Backtracking
O backtracking é a habilidade de reafirmar pontos-chave utilizando as pa ¬
lavras de outra pessoa, frequentemente equiparando seu tom de voz e lingua ¬
to de outra pessoa.
As pessoas escolhem uma palavra em vez de outra por um motivo. Esco ¬
lhem as palavras que mais exatamente traduzem seus pensamentos. Uma pa ¬
lavra pode ter um significado ligeiramente diferente para ela do que tem para
você, e isso pode se mostrar extremamente significativo.
É importante fazer o backtracking das palavras-chave que mostram os va ¬
lores da outra pessoa . Tais palavras geralmente são destacadas por tom de voz
ou por gestos enf á ticos.
Perguntas de backtracking são simples:
"Posso me certificar de que compreendi . . . ?"
" Posso resumir as coisas até agora . . . ?"
0 Enquadramento do Contraste
Este avalia por diferenciação. Não qualquer diferenciaçã o, mas "a diferença
que faz a diferen ça" A PNL começou a partir de um quadro de contraste.
Richard Bandler e John Grinder começaram modelando comunicadores exce¬
lentes, sabendo que estavam fazendo algo diferente, algo fora do comum . Es¬
sas diferenças se tornaram a base dos primeiros modelos explícitos da PNL.
Poderiam ter abordado o problema de outra forma, examinando uma série de
comunicadores excepcionais e descobrindo quais os padrões que tinham em
comum.
Muitos padrões da PNL utilizam um quadro de contraste como forma de
aná lise de contraste. Examinam uma situa ção sem recursos e a contrastam com
uma situaçã o similar que tinha recursos. As diferenças significativas podem ser
usadas como recursos e trazidas para a situação sem recursos.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 263
Esse enquadramento avalia fingindo que algo é verdade para explorar pos ¬
sibilidades. Usa "façamos de conta" para explorar o que poderia ser, um tanto
como planejamento através de cená rios.
Ele tem muitas utilidades. É melhor usado para a solu ção criativa de pro¬
blemas. Você finge que algo aconteceu para explorar possíveis consequê ncias
e antecipar informações importantes. Por exemplo, uma pessoa-chave pode
faltar a uma reuniã o. Em vez de perder completamente aquilo com que ela
poderia ter contribu ído, você pode perguntar: "O que vocês acham que ela teria
dito se estivesse aqui ?" Para fazer isso, você convida à segunda posição com a
pessoa ausente.
"Como se" pode ser usado para acessar sua intuiçã o. Você pode n ão saber
a resposta, mas às vezes seus palpites serã o surpreendentemente precisos -
desde que você os enquadre como palpites.
O "como se" é um pouco parecido com um jogo em realidade virtual. Você
sabe que nã o é real, mas ainda assim pode aprender muito e testar seus refle¬
xos enquanto joga.
Perguntas para o "como se":
"Como seria se . . . ?"
"Você pode adivinhar o que aconteceria ?"
"Podemos supor que . . . ?"
O oposto do enquadramento "como se" é o do "indefeso": "Se não sei, en ¬
tão não há nada que possa fazer a respeito".
0 Enquadramento Sistémico
Esse enquadramento avalia através de relacionamento. Você não focaliza
o evento ú nico, mas como ele se relaciona a outros eventos. Um sistema é um
264 JOSEPH O'CONNOR
grupo de elementos conectados e que influenciam uns aos outros com uma
finalidade. Assim, quando você aplica esse enquadramento, está procurando
conex ões e relacionamentos. O pensamento sisté mico olha para como os fato ¬
res se combinam e afetam uns aos outros para explicar o que está acontecendo.
Sistemas sã o est á veis e resistem à mudan ça . Portanto, quando você aplica
o enquadramento sisté mico, pergunta o que impede a mudan ça e se concen ¬
tra em remover obstá culos em vez de agir diretamente para alcançar a mudança
que você quer.
Perguntas para o enquadramento sistémico:
"Como isso se encaixa com o que sei ?"
"Como isso se conecta ao sistema maior ?"
"Qual o relacionamento entre esses eventos ?"
"O que impede a mudan ça ?"
"Como o que estou fazendo manté m as coisas como sã o ? "
0 Enquadramento da Pegociação
Esse enquadramento avalia por acordo. Supõe que você está engajado
em uma negocia çã o e que todos prefeririam chegar a um acordo. També m su ¬
põe que isso é possível e que os recursos estã o dispon íveis. A maneira para
obter o que você quer é segmentar para cima para encontrar á reas de con ¬
cord â ncia e atingir seu resultado, dando à outra pessoa aquilo que ela quer
ao mesmo tempo.
A pergunta -chave é:
"Em que podemos concordar?"
"
Como em vez de Por Quê
" ' "
Quando você supõe, você não faz perguntas, porque você pensa que já
sabe as respostas.
(
^ T)
( Resultado )
^^ ^^ ^^ ^^
Como?
^^ ^^ ^^ ^^
ossibilidad
^^ ^^ ^^ ^^
Feedback
^^ ^^ ^^ ^^
uriosidad
A coisa é assim .
Enquadramentos
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUí STICA - PNL 269
sultado para parar de fumar deve levar isso em conta e encontrar um meio de
manter e ou intensificar a criatividade sem cigarros. Fumar é apenas um dos
meios para ser criativo (e na verdade nã o é l á um meio muito bom ).
Quando você explora qualquer comportamento, verifica que há uma in ¬
tenção positiva por trás dele.
Intenção
Comportamento
270 JOSEPH O'CONNOR
Ressignificacão ou Reenquadramento
A experiência pura não tem qualquer significado. Apenas é. Atribuímos
significado a ela de acordo com nossas crenças, valores, preocupações, gostos
e desgostos.
O significado de uma experiê ncia depende do contexto .
ca ção é a base para piadas, mitos, lendas, contos de fadas e a maioria das for¬
mas criativas de pensamento.
Existem dois tipos principais de ressignificação:
1. Ressignificação de contexto.
2. Ressignificação de conte ú do.
Ressignificação de Contexto
A ressignifica ção de contexto trabalha com base em generalizações com ¬
parativas. Quando você ouve uma queixa na forma de "Estou ... demais" ou
" Aquela pessoa está ... demais", você pode usar a ressignificação de contexto.
A pessoa está se queixando porque colocou aquele comportamento em um
contexto no qual está em desvantagem. Deletou o contexto da sentença. Mude
o contexto e irá alterar o significado.
Ressignifique o contexto perguntando: "Em que contexto esse comporta¬
mento teria valor?"
Coloque o comportamento naquele contexto e o que era uma desvanta ¬
gem se torna um recurso.
Às vezes, isso é tão simples quanto renomeá-lo; por exemplo:
"Sou obsessivo demais com pequenos detalhes . " "Você é um verdadeiro per-
feccionista , nã o?"
"Sou teimoso demais . " "Aposto que isso é ú til quando precisa defender seu
ponto de vista naquelas reuni ões de neg ócios dif í ceis ."
"Sou mand ã o demais ." "Você deve ser bom em conduzir reuni ões ."
"Nã o sou suficientemente implacá vel . " "Será um pai melhor por causa disso . "
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 271
ífessignificdção de Conteúdo
Isso é utilizado quando uma pessoa não gosta da maneira pela qual reage
a um evento ou classe de eventos. Ela vê sua reaçã o como um erro ou uma
desvantagem.
Para ressignificar, pense:
"O que isso poderia significar?"
"O que gostaria que isso significasse ?"
"Em que enquadramento isso poderia ser positivo ou ser um recurso ? "
O padrão de ressignificação de conte údo pode ser usado para mudar sua
percepção de qualquer coisa que possa ser julgada como negativa. Por exem ¬
plo:
"Seu namorado é grosso; n ão tem educa ção ."
"Isso significa que ele poderia cuidar bem de mim se houvesse qualquer
barulho. "
"Tive que comprar um carro menor. "
"Legal ! Economizará uma fortuna em gasolina ."
"Minha televisã o quebrou ontem à noite . "
"Aposto que isso lhe deu uma boa oportunidade para começar a ler al ¬
guns daqueles livros que sempre reclama não ter tempo para ler."
ífessigmficaçãode Crenças
A ressignificação também pode ser usada para desafiar crenças limitadoras.
Crenças limitadoras são geralmente equivalentes complexos com a forma: Com¬
portamento X significa Y . A ressignificação desafia esses equivalentes complexos
e causa-efeito, colocando-os em um enquadramento diferente e dando a eles
um significado diferente.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGUíSTICA - PNL 273
Quadro 1 Quadro 2
Ressignificaçã o
mas
Por exemplo:
"Aprender
ressignificação é dif ícil ." (Quadro 1 )
"Essa cren ça pode torná - lo dif ícil de qualquer jeito ." (Quadro 2 )
Eis algumas maneiras de gerar ressignifica ções para crenças. São freqiien-
temente chamadas de "padrões de prestidigitação linguística ou verbal".
"Aprender ressignificação é dif ícil ."
1. Redefina as palavras.
"Você não precisa aprender , apenas se familiarizar com ela."
"Aprender a ressignificar nã o é dif ícil, só exige um pouco mais de es¬
forço."
2. Mude o quadro de tempo. Avalie a afirmação em uma escala de tempo diferen ¬
te, mais longa ou mais curta.
"Quanto mais rá pido o fizer, mais f á cil lhe parecerá."
3. Explore as consequências do comportamento.
"A nã o ser que tente, jamais saberá o qu ã o é dif ícil ou nã o."
guagem ?"
6 . Peça evidência.
"Como sabe disso?"
274 JOSEPH O'CONNOR
Você pode realizar esse padrã o sozinho, mas é mais f ácil quando algu ém
o ajuda.
Os Seis Passos
1 . Identifique o problema .
O problema - por exemplo, fumar, roer as unhas, ansiedade, dor e des¬
conforto sem qualquer causa f ísica aparente - será tipicamente na for¬
ma de: "Quero fazer isso, mas algo me impede..." ou " Não quero fa ¬
zer isso, mas parece que o faço de qualquer jeito..."
2. Estabeleça comunicação com a parte que é responsável pelo comportamento .
Entre em sua mente e peça àquela parte que se comunique com você
usando um sinal do qual terá conhecimento consciente. Diga algo co ¬
mo: "A parte responsá vel por esse comportamento pode me dar um
sinal agora ?" Ou ça, observe e sinta por um sinal. Pode ser visual, au ¬
te. Se não, continue a perguntar até que obtenha um sinal confiá vel
que possa calibrar de forma consciente. Se n ão puder obter um sinal,
continue assim mesmo - pressuponha um sinal, mas um que nã o seja
sensível o suficiente para calibrar.
3. Estabeleça a intenção positiva da parte e separe-a do comportamento indesejado .
Pergunte à parte se está disposta a revelar sua intenção positiva . Se ob¬
tiver um sinal "sim", deixe que essa intenção positiva se torne clara para
você. Pode ser uma surpresa. O que a parte está tentando alcançar que
tenha valor? Se obtiver uma inten çã o positiva negativa, por exemplo:
" Não quero que sinta medo", segmente para cima até que seja expres¬
sa de forma positiva; por exemplo: "Quero que se sinta seguro". Sepa ¬
re a intenção positiva do comportamento. Você pode detestar o com ¬
portamento, mas a intençã o vale a pena . Agradeça a parte por deixá-
lo conhecer a sua inten ção positiva.
Se nã o obtiver um sinal e não tiver certeza de uma intenção positiva,
presuma uma e passe para o passo seguinte. Tem que haver uma - sua
mente inconsciente não é burra e aleatória, e nenhum comportamen ¬
to pode existir sem um benef ício positivo.
4. Peça a sua parte criativa que gere novos meios de satisfazer a intenção positiva .
Todos temos uma parte criativa e cheia de recursos. Essa parte é prin ¬
cipalmente inconsciente, porque é dif ícil ser criativo sob comando - isso
é como tentar ser espontâ neo por ordem.
276 JOSEPH O'CONNOR
Interiorize-se e peça à sua parte criativa que apresente pelo menos três
escolhas que satisfaçam a intençã o positiva de uma forma diferente.
Peça para que sejam pelo menos tão boas quanto o comportamento ori¬
ginal, se não melhores. (Caso contrá rio você se arrisca a saltar da frigi¬
deira para o fogo!)
Peça à parte criativa que lhe avise quando tiver feito isso e agradeça. A
parte criativa pode não avisá-lo dessas escolhas de forma consciente,
e você não precisa conhecê-las para que o processo funcione.
5. Obtenha a concordâ ncia da parte original de que ela usará uma ou mais dessas
escolhas em vez do comportamento original .
Essa é uma forma de fazer ponte ao futuro. Pergunte a ela diretamen ¬
Plano deflção
1. Considere um importante relacionamento em sua vida no momento.
Em qual enquadramento o está colocando?
Como mudaria se você aplicasse qualquer desses enquadramentos:
Enquadramento do resultado. ( Pense no relacionamento em termos de
como realiza seus resultados. )
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 277
tes são conectadas, propriedades que você não pode prever a partir da soma
das partes. É isso que distingue um sistema de um amontoado. Seu carro é um
amontoado quando não funciona; é apenas uma coleção de partes. Todas as
partes lá estão, mas porque não estão conectadas da maneira correta, nada fun ¬
ciona. É preciso apenas que uma parte não funcione para que o sistema intei ¬
ro n ã o funcione.
Da mesma forma, no entanto, uma pequena mudança pode fazer o siste¬
ma funcionar novamente ou funcionar ainda melhor. Esse é o princípio da ala -
vancagem. Significa obter o má ximo de resultado em troca do menor esforço.
Lembra-se do assim-chamado "efeito borboleta"? Padrões meteorológicos são
um sistema de tal forma complexo que, pelo menos em teoria, uma borboleta
que bate suas asas no Rio poderia causar uma corrente de ar que por sua vez
reforçaria condições do tempo até se tornar uma tempestade na Inglaterra. Sis ¬
temas complexos não podem ser exatamente previstos, e você pode obter um
resultado enorme com muito pouco esforço.
Pensamento sistémico é a arte e a ciê ncia de compreender como um siste¬
ma opera. Você pode aplicar o pensamento sistémico a qualquer sistema, seja
f ísico, social, vivo ou mecâ nico.
PNL é o estudo da estrutura da experi ê ncia subjetiva .
Portanto, PNL é a aplicação do pensamento sisté mico à experiê ncia subjetiva .
-
Você é um sistema. Vive em um mundo de sistemas. Lembre se, no entanto,
de que um sistema é uma nominaliza ção - um sistema é na verdade um pro ¬
cesso. Você é um processo que o manté m vivo e pensante. Seja o que for que
estiver fazendo e pensando, seja qual for seu estilo de vida, quaisquer que se¬
jam os problemas que você pensa que tem, é preciso mantê-los no momento
presente. Caso contrá rio, como poderiam persistir?
Mudar é descobrir como você está mantendo o problema no presente e
entã o aplicar alavancagem. Uma vez que tenha compreendido a estrutura do
problema, poderá descobrir o que impede a mudança e encontrar o ponto de
alavancagem para realizar a mudança que você deseja . Se for uma mudança
ecológica, levará a melhorias. Se não for ecológica, então você encontrará mais
problemas.
Há dois tipos de mudança que você pode fazer.
dança ser de primeira ordem depende até certo ponto de sua perspectiva de
tempo.
A melhor definição de mudança de primeira ordem é quando a mudança
não é necessariamente generativa, e os efeitos colaterais imediatos são míni ¬
• • •
• • •
• • •
Uma das maneiras pelas quais podemos compreender a diferença en ¬
• • X• .
•< • •
Isso é mudança de primeira ordem . A mudan ça de segunda ordem seria
perguntar: Que outras solu ções são possíveis? É possível ligar os pontos com
menos de quatro linhas sem tirar a caneta do papel? (Sim.) Que suposições
estou fazendo quanto ao quebra-cabeças que me impedem de chegar a uma
solução? Que estratégia poderia criar que levaria a mais soluções para esse
quebra-cabeças?
fl Estrutura da PflL
estado presente estado desejado
í
recursos
7. Teste
Use as evidências que eliciou no seu resultado ou no do cliente. Houve
mudança de:
288 JOSEPH O'CONNOR
Linguagem ?
Fisiologia?
Representações?
Principais habilidades utilizadas:
calibração
8. Faça Ponte ao Futuro
Como a mudança generalizará para o futuro? Como você e seu cliente
saberão que a mudança ocorreu e quais os seus efeitos?
Principais habilidades utilizadas:
ensaio mental associado e dissociado
linguagem do Modelo Milton
Estado
Ponte ao futuro Congru ê ncia
Teste Rapport
l
Padrã o Informa ções
Recursos Objetivo
^
ífecursos
Recursos são o que o moverá do estado presente para o estado desejado.
Encontrar o recurso certo é a chave para qualquer intervenção de PNL bem -
sucedida. Recursos podem ser externos ou internos e em diferentes n íveis neu ¬
rológicos.
Ambiente
Objetos podem ser necessá rios (ex.: computador, etc.).
Pessoas podem ser necessá rias (amigos, familiares, coach , professores e
mentores).
Modelos podem ser necessá rios ( pessoas que você conhece, personagens
de um filme, da TV e de livros).
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 289
Comportamento
Acesse uma experiência poderosa de referência.
Use associação e dissociação para pensar de forma diferente.
Use perguntas de Metamodelo para obter as informações de que necessita.
Capacidade
Mude o estado através de:
mudança de sua fisiologia
utilização de uma âncora
Use análise de contrastes - pense em uma situação semelhante na qual
você não tem esse problema .
Quais as diferenças cr íticas?
Use a automodelagem - onde você tem recursos em outra parte de sua
vida?
Use uma estratégia diferente ou projete uma estratégia eficaz.
Use a primeira, segunda e terceira posições.
Crenças e Valores
Use pressuposições da PNL.
Mude de posições perceptuais.
Use a ressignificação.
Identidade
Crie uma metáfora potendalizadora.
Use o quadro "como se".
Além da identidade
Olhe para seus relacionamentos e crenças espirituais em busca de orien ¬
tação e inspiração.
lacuna entre onde você está (estado presente) e onde deseja estar (estado de¬
sejado). Essa lacuna é o problema. Mesmo assim, isso nã o seria um proble¬
ma se você soubesse como chegar ao estado desejado. Seria apenas uma ques¬
tão de tempo.
Um problema é quando o estado presente é diferente do estado desejado
e você duvida de seus recursos para se mover de um para outro .
A PNL soluciona problemas oferecendo mais escolhas e mais recursos no
estado presente .
A PNL n ão garante que você jamais terá problemas novamente, mas ofe ¬
rece mais escolhas e recursos. Também pode ampliar seu modelo de mundo
para que seja capaz de realizar mais.
Nenhum problema existe isoladamente. Problemas necessitam de pessoas
que os tenham. Uma banheira de água muito quente não é um problema a não
ser que você esteja dentro dela e queira sair! Portanto, duas pessoas diferentes
podem estar na mesma situação mas reagir a ela de formas diferentes. Preci ¬
neira pela qual pensam e agem e seu modelo de mundo. Problemas não são
distribu ídos como camisetas baratas - de tamanho ú nico.
Esses senões à parte, é ú til fazer algumas generaliza ções sobre a gama de
possíveis problemas e quais padrões e intervenções de PNL são mais prov á ¬
veis de funcionar com quais problemas.
Problemas podem ser divididos em uma série de categorias sobrepostas:
Estáveis e instá veis
Um problema está vel permanece o mesmo. Quase n ão muda com o tem¬
po. Por exemplo, uma fobia ou uma obsessão.
Um problema instá vel muda ao longo do tempo e parece ter facetas dife¬
rentes. Por exemplo, dificuldades de aprendizagem.
Gerais ou específicos ao contexto
Um problema geral afeta á reas mais amplas da vida de uma pessoa; por
exemplo, dores de cabeça crónicas ou falta de confiança. Esses sã o também
conhecidos como "problemas complexos", e é necessá ria uma mudança de se¬
gunda ordem para solucioná-los.
Um problema específico ao contexto afeta apenas um contexto específico,
por exemplo medo de voar. Esses tipos de problema são també m conhecidos
como " problemas simples". Podem precisar apenas de mudança de primeira
ordem para fazer uma diferença .
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 291
Emocionais e cognitivos
Um problema emocional é exatamente isso - um no qual há muita emo ¬
ção envolvida; por exemplo, mudan ças de humor, ataques de pâ nico ou de¬
pressão.
Um problema cognitivo tem pouca emoção envolvida, se é que tem algu ¬
ma, embora a pessoa possa ter sentimentos fortes a respeito dele. Exemplos
seriam problemas de memória ou confusão quanto a papéis e limites.
De tarefas e de relacionamento
Problemas de tarefas dizem respeito a metas e tarefas e ocorrem princi ¬
palmente no contexto profissional. Por exemplo, escrever um relatório ou a
gestã o de projetos.
Problemas de relacionamento são exatamente isso - problemas relativos
a outras pessoas (o que também pode tornar certas tarefas mais dif íceis).
Ophcando os Padrões
O qu ão bem-sucedido você será na solução de problemas depende de sua
congru ência. Em um amplo estudo de hipnoterapia, verificou-se que o fator
com maior influência no sucesso do tratamento foi o quão congruente era o
terapeuta . Em outras palavras, quanto mais você acredita no que faz, melho ¬
res ser ã o os resultados que obterá. A incongru ê ncia parece ser percebida em
um nível inconsciente pelo seu cliente. Se estiver trabalhando em você mes¬
mo, não terá qualquer chance de mudança a não ser que seja congruente. Desde
o in ício de qualquer intervenção de PNL, você precisa gerenciar seu pró prio
estado e estabelecer e manter rapport.
Use apenas aqueles padrões com os quais seja congruente ao usá - los .
zação.
Todos os padrões da PNL podem ser realizados em transe.
292 JOSEPH O 'CONNOR
deiras em sua vida, além de algumas ações que são o oposto das pressuposições.
1. As pessoas respondem a suas experiências, não à realidade em si.
Ação: Respeitar os valores e as crenças dos outros. Permitir que tenham
suas próprias opiniões ao mesmo tempo certificando-se de que cuida
se si mesmo.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 295
ten ções.
9. Nós já possu ímos todos os recursos de que necessitamos ou ent ão po ¬
demos criá-los.
Ação: Dar a outros o espaço e a ajuda para encontrar suas próprias so¬
luções. Saber que não é indefeso, sem esperança ou desmerecedor.
Oposto: Acreditar que é completamente dependente de outros para mo¬
tivação, conhecimento e aprovaçã o. Tratar a educação como transfe ¬
íf ífegrã 80:20
Oitenta por cento de seus resultados vê m de 20 % de seu esforço e a PNL
nã o é exceçã o, mas quais 20 % ? Para ser mais produtivo:
3 Focalize o resultado, não o esforço.
3 Procure padrões em seus resultados excelentes. Como os produziu?
3 Seja seletivo em seus esforços, não exaustivo.
3 Concentre-se em produtividade excepcional. N ão busque esforço mé¬
dio.
-
3 Faça networking isso multiplica seus resultados sem esforço adicional.
3 Busque ser excelente em poucas coisas em vez de competente em
muitas.
3 Identifique suas capacidades essenciais e as desenvolva.
3 Delegue o mais que puder. (Por que fazer as coisas nas quais nã o é
bom ?)
3 Faça apenas as coisas que faz melhor e de que mais gosta.
3 Objetive um n ú mero limitado de oportunidades bem -escolhidas em
vez de perseguir todas as oportunidades disponíveis.
3 Tenha uma ampla gama de projetos em qualquer dado momento, mas
não concentre esforços neles a não ser que mostrem resultados.
3 Aproveite ao má ximo os momentos de sorte - você provavelmente os
criou.
3 Desengaje-se de momentos de má sorte - você provavelmente os criou .
298 JOSEPH O'CONNOR
a 666
66
o
o
A vida é uma série de pequenas decisões que levam a grandes mudan ças.
Plano de flção
1. Anote suas respostas às seguintes perguntas:
O que aprendi com a PNL que é novo para mim ?
O que aprendi que tenha reforçado o que já sabia ?
O que está faltando? Sobre o que gostaria de ter lido mais?
-
Seu feedback será muito bem vindo.
-
Mande um e mail para lambent@ bigfoot.com (se quiser ).
3. Quantas coisas de que realmente gosta você faz com frequ ê ncia ? Você
as está aproveitando ao m á ximo? Fa ça uma lista sob alguns cabeçalhos
gerais, por exemplo:
relacionamentos (amigos e pessoas que ama)
família, pais e filhos
recrea çã o (esportes, passatempos, entretenimento )
m úsica, artes, TV cinema, teatro
sucessos nos negócios e solu çã o de problemas
relaxamento
comida, comer em casa, comer fora e cozinhar
dar e receber presentes
roupas
atividade religiosa e espiritual
Sob cada tí tulo, relacione duas atividades de que gosta. Seja razoavel ¬
mente espec ífico, porque os prazeres sã o muito específicos. A felicida ¬
de n ã o é algum estado nebuloso que você pode alcançar diretamente, e
sim resultado de incontá veis prazeres e de tempo bem gasto. Por exem ¬
plo, sob "roupas", você poderia relacionar comprar um terno novo, ves¬
tir um agasalho para sair no frio ou desfrutar da sensação de um par de
sapatos confortá vel.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU íSTICA - PNL 301
Se isso for dif ícil, você pode estar pensando em segmentos grandes
demais. Atividades prazerosas nã o tê m que ser momentâ neas ou arre¬
batadoras para se qualificarem como tal. Pense pequeno. Pense na pri¬
meira xícara de caf é do dia ou naquele momento lânguido antes de ador¬
mecer. Os dias estã o repletos de pequenos momentos de prazer que
nã o são reconhecidos. Você tem que estar lá, associado ao momento, pa ¬
-
ra aproveitá los.
Atribua um n ú mero a cada atividade:
1. Se você n ã o a praticou no ú ltimo mês.
2. Se a praticou algumas vezes no ú ltimo m ês.
3. Se você a praticou várias vezes no último mês.
Isso lhe d á um m á ximo possível de 60.
O qu ã o perto está do má ximo? O que pode fazer para aumentar sua pon ¬
tua çã o no m ês que vem ?
Agora multiplique a pontua çã o de cada item por dois se for moderada ¬
mente agrad á vel e por três se for muito agrad á vel. Entã o, terá um total
possível de 180.
O que você pode fazer para obter uma pontua çã o mais alta no próximo
mês? Lembre-se de estar plenamente presente (e alegre) nessas expe¬
riê ncias.
Padrões da P Í1L
Linguagem
backtracking
Metamodelo
Modelo Milton
metá fora
predicados
ressignifica ção simples
304 JOSEPH O'CONNOR
Pensamento
associa çã o/dissocia çã o
segmenta çã o
níveis neurológicos
integra ção de partes
ressignifica çã o em seis passos
estratégias
submodalidades
linha de tempo
TOTS
transe e estados alterados
Fisiologia
pistas de acesso
â ncoras
empilhamento
encadeamento
colapso
calibra ção
inventá rio
estados
caminhar pela linha de tempo
As Principais Influências no
Oesenuoluimento da PflL
A PNL não apareceu inteiramente formada a partir do nada . Tem uma hist ó ria in¬
telectual c uma base filosófica . Os dcsenvolvedores da PNL reuniram muitos fios
diferentes para tecer a tapeçaria da PNL.
observação externa dos fenô menos mentais, como dados científicos que podi ¬
am ser medidos. James examinou a experiê ncia pelo lado interno, não como
dados objetivos que poderiam ser medidos por um observador, e sim como era
estar dentro de uma experiê ncia. Foi um dos pioneiros pela validade da expe¬
riê ncia subjetiva.
Reference
William James, Principles of Psychology ,1890.
Construtiuismo
Construtivismo é o argumento intelectual e filosófico de que não somos
receptores passivos de um mundo já existente, somos co-criadores dele. O que
experimentamos, experimentamos através de nossos sentidos. Portanto, só po¬
demos ter consciê ncia daquilo que nos é mostrado por nossos sentidos - uma
versão necessariamente limitada daquilo que poderíamos ser. Vemos, ouvimos
e sentimos apenas aquilo que nossos sentidos permitem. Alé m disso, nossa
cultura, nossos valores, nossas expectativas, preocupa ções e sociedade també m
filtram o que e como experimentamos. Portanto, cada um de nós cria um mapa
diferente da realidade, e ele se torna nossa realidade. Construtivismo não é a
mesma coisa que solipsismo, que nega a realidade de tudo que não a sua pró¬
pria existência. Construtivismo n ã o nega que existe uma "realidade l á fora ,
"
apenas que não podemos conhecê-la plenamente e que somos ativos na cria ¬
çã o daquilo que a realidade é para nós. Somos responsá veis por como percebe¬
mos e como agimos com base nessa percepção.
Referência
Paul Watzlawick (org.), The Invented Reality , W. W. Norton , 1984.
nhou a frase "O mapa nã o é o territ ório", em outras palavras, o mapa (lingua ¬
gem ) n ã o é a coisa mapeada (experiência ). Palavras não são os objetos que re ¬
Referências
Alfred Korzybski, Science and Sanity , Institute of General Semantics, 1994,
publicado pela primeira vez em 1933.
George Lakoff e Mark Johnson, Metaphors We Live By , University of Chi ¬
ífeferênc/d
Carl Rogers, Freedom to Learn , Merrill, 1983.
fleferêncids
Eric Berne, Transactional Analysis in Psychotherapy , Souvenir Press, 1961.
Eric Berne, Games People Play , Penguin, 1964.
ífeferênciãs
Karl Pribram, George Miller e Eugene Gallanter, Plans and the Structure of
Behaviour , Prentice-Hall, 1960.
George Miller, "The Magic Number Seven, Plus or Minus Two", Journal of
the American Psychological Society,1956.
As quatro pessoas que tiveram maior influência no desenvolvimento da
PNL foram Gregory Bateson, Friedrich ( Fritz ) Peris, Milton Erickson e Virginia
Satir.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGU íSTICA - PNL 311
Referência
Gregory Bateson, Steps to an Ecology of Mind , Ballantine Books, 1972.
ífeferênciã
Fritz Peris, Gestalt Therapy Verbatim, Real People Press, 1969.
ífeferênciã
Virginia Satir, Richard Bandler e John Grinder, Changing with Families ,
Science and Behaviour Books, 1976.
derá veis habilidades com linguagem para induzir transe em seus dois livros,
Patterns of Hypnotic Techniques of Milton H . Erickson, MD, Vols. I e II .
Erickson tinha o maior respeito pela singularidade de cada pessoa e uma
curiosidade ilimitada sobre como eram capazes de fazer o que faziam. Desa ¬
provava as teorias psicológicas generalizadas e não usava qualquer abordagem
sistemá tica . Em vez disso, permitia que o cliente ditasse a forma da terapia. Seu
estilo permissivo de hipnoterapia e sua linguagem aberta e ambígua permiti¬
am aos clientes interpretarem o que ele dizia da forma que fazia mais sentido
para eles. Esse estilo de hipnoterapia hoje tem o seu nome - hipnoterapia
ericksoniana - e seus padrões de linguagem são ensinados em PNL como o
Modelo Milton.
ífeferêncids
Richard Bandler e John Grinder, The Structure of Magic I , Science and
Behaviour Books, 1975.
John Grinder e Richard Bandler, The Structure of Magic 2, Science and
Behaviour Books, 1976.
Richard Bandler e John Grinder, Trance- Formations , Neuro- Linguistic
Programming and the Structure of Hypnosis, Real People Press, 1981.
Richard Bandler e John Grinder, The Patterns of Hypnotic Techniques of Mil
ton H . Erickson, MD, Vol . I, Meta Publications, 1975.
-
John Grinder, Richard Bandler e Judith DeLozier, The Patterns of Hypnotic
Techniques of Milton H . Erickson, MD, Vol . II , Meta Publications, 1977.
Bibliografia
Geras e Introdutórios
BANDLER, Richard . Using Your Brain for a Change. Real People Press, 1985.
BANDLER , Richard e GRINDER, John. Frogs into Princes. Real People Press,
1979.
O CONNOR , Joseph. Extraordinary Solutions to Everiday Problems. Thorsons,
'
1999.
O' CONNOR, Joseph e SEYMOUR, John . Introducing NLP. Thorsons, 1990.
Revisado em 1994.
ífegóaos
CHARVET, Shelle Rose. Words that Change Minds. Kendall/Hunt, 1995.
KNIGHT, Sue. NLP at Work . Nicholas Brealy, 1995.
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LABORDE, Genie. Influencing with Integrity Syntony Publishing Co., 1984.
McDERMOTT, Ian e O'CONNOR, Joseph. Practical NLP for Managers. Gower,
1996.
O'CONNOR, Joseph. Leading with NLP. Thorsons, 1998.
316 JOSEPH O'CONNOR
Educação
DILTS, Robert e EPSTEIN, Todd . Dynamic Learning. Meta Publications, 1995.
O'CONNOR, Joseph. Not Pulling Strings. Lambent Books, 1987.
Jremamento
O'CONNOR, Joseph e SEYMOUR, John . Training with NLP. Thorsons, 1991.
OVERDURF, John e SILVERTHON, Julie. Training Trances. Metamorphous Press,
1994.
DILTS, Robert, HALLBOM, Tim e SMITH, Suzi. Beliefs: Pathways to health and
Well Being. Metamorphous Press, 1990.
O'CONNOR , Joseph e McDERMOTT, Ian . NLP and Health. Thorsons, 1996.
Esporte
O'CONNOR, Joseph. NLP and Sports: Winning the Mind Game. Thorsons, 2000.
dendas
ASPROMONTE, Don e AUSTIN, Diane. Green Light Selling. Cahill Mountain
Press, 1990.
DROSDEK, Steve, YEAGER, Joseph e SOMMER, Linda. What They Don' t Teach
You in Sales 101. McGraw-Hill, 1991.
O'CONNOR, Joseph e PRIOR, Robin. Successful Selling with NLP. Thorsons,
1995.
Jerapia
ANDREAS, Connirae e ANDREAS, Tamara. Core Transformation. Real People
Press, 1994.
ANDREAS, Steve e Connirae. Change Your Mind and Keep the Change. Real People
Press, 1987.
ANDREAS, Steve e Connirae. Heart of the Mind. Real People Press, 1990.
BANDLER, Richard e GRINDER, John. The Structure of Magic 1. Science and
Behavior Books, 1975.
BANDLER, Richard e GRINDER, John. The Structure of Magic 2. Science and
Behavior Books, 1976.
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROUNGUíSTICA - PNL 317
-
GRINDER, John e BANDLER, Richard. Trance Formation, Neuro- Linguistic Pro¬
gramming and the Structure of Hypnosis. Real People Press, 1981 .
GRINDER, John e BANDLER, Richard. The Patterns of Hypnotic Techniques of
Milton H . Erickson, MD, Volume 2 . Meta Publications, 1975.
GRINDER, John, BANDLER, Richard e DeLOZIER, Judith . The Patterns of Hy¬
pnotic Techniques of Milton H . Erickson, MD, Volume 2. Meta Publications, 1977.
HELLER, Steven e STEELE, Terry. Monsters and Magical Sticks. Falcon Press, 1987.
Letturd ífdicionãl
Os livros a seguir n ã o sã o especificamente sobre PNL, mas sã o ú teis para
ampliar sua aprecia çã o sobre PNL.
BATESON, Gregory. Steps to an Ecology of Mind . Ballantine, 1972.
BATESON, Gregory. Mind and Nature. Bantam, 1972.
CARSE, James. Finit and Infinit Games. Penguin, 1986.
CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly. The Evolving Self. HarperCollins, 1993.
CHOPRA, Deepak. Quantum Healing. Bantam, 1990.
De BECKER, Gavin. The Gift of Fear. Bloomsbury, 1997.
GILOVICH, Thomas. How We Know What Isn't So. Macmillan, 1991.
GLADWELL, Malcolm. The Tipping Point . Little, Brown and Company, 2001.
HATFIELD, Elaine e CACIOPPO, Jonh Emotional Contagion . Cambridge
.
lares da PNL.
Além de identidade O nível de experiência no qual você é mais
Você e mais conectado aos outros. Um dos
níveis neurológicos. Frequentemente cha ¬
mado de n ível espiritual.
Ambiente O onde, o quando e as pessoas com quem
.estamos. Um dos níveis neurológicos.
Ambiguidade de pontua ção A ambiguidade causada pela fusã o de duas
senten ças separadas em uma só sempre
pode tentar fazer sentido delas. Por exem ¬
plo: esta ú ltima sentença.
Ambiguidade fonológica Duas palavras que soam iguais mas cuja di ¬
ferença é clara.
Ambiguidade sintá tica Uma sentença ambígua com um verbo no
ger ú ndio que pode ser um adjetivo ou um
verbo.
320 JOSEPH O'CONNOR
bais.
Capacidade -
Uma estratégia bem sucedida para realizar
uma tarefa . Uma habilidade ou um há bito.
Também uma maneira habitual de pensar.
Um dos n íveis neurológicos.
Cinestésico O sentido do tato. Sensações t ácteis e sen ¬
sações internas como sensa ções e emoções
lembradas e o senso de equilíbrio.
Citações Algué m me disse que isso significa "Padrão
lingu ístico através do qual você expressa a
sua mensagem como se viesse de outrem".
Comando embutido Um comando que est á embutido em uma
sentença mais longa. É demarcado por tom
de voz ou gestos.
Como se Usar a imaginação para explorar as conse¬
quências de pensamentos ou a ções "como
MANUAL DE PROGRAMAçãO NEUROLINGU í STICA - PNL 321
cimentos futuros..
Comportamento Qualquer atividade, inclusive pensar. Com¬
portamento é um dos níveis neurológicos.
Condições de boa formação Um conjunto de condições para expressar e
pensar a respeito de um objetivo ou resul ¬
ton Erickson.
Mudança de primeira ordem Uma mudança que n ão tem ramificações
futuras.
Mudan ça de segunda ordem Mudança que tenha extensas ramificações
para á reas outras que n ã o aquela onde a
mudança ocorreu.
326 JOSEPH O'CONNOR
panhamento.
• Todas as técnicas básicas da PNL e exercícios de treinamento.
• Um guia de técnicas a serem usadas e em que situações devem ser
aplicadas.
Recursos Humanos
- -
ISBN: T?8 8S 7303-83b-
3 7A 8S73 3 8 3 b1