TRAB. de Etica Social
TRAB. de Etica Social
TRAB. de Etica Social
Código: 708210420
Língua Portuguesa
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
1.1.3 METODOLOGIAS.........................................................................................................................3
2.6. RELAÇÃO ENTRE LIBERDADE E A VERDADE TENDO EM CONTA A LEI NATURAL ...9
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1. INTRODUÇÃO
O trabalho aborda acerca da liberdade sob a óptica do filósofo Jean-Paul Sartre, a partir de sua
obra filosófica mais importante O Ser e o Nada. Assume-se o objectivo de esclarecer a
construção deste conceito com base no ensaio do autor sobre ontologia fenomenológica. Desse
modo, apresenta-se resumidamente as principais categorias que são utilizadas nesta análise da
liberdade e que se constituem em noções fundamentais do pensamento existencialista. Porém,
a liberdade é condição existencial do homem. Sendo assim, admite-nos apresentar as razões
para sustentar que o homem está condenado a ser livre e que é a partir dessa liberdade
inexorável que ele poderá realizar a si mesmo. Para alcançar os objectivos propostos,
utilizaremos os comentários que versam sobre a obra de Sartre. Ao final da pesquisa, foi
possível observar que o ser humano é um ser factual e histórico, e a liberdade é uma condição
existencial dele e o motivo de sua angústia. Além do esclarecido acima, falaremos também da
da importância e limites da liberdade, assim como outros assuntos pertinentes à matéria que
não fizemos menção nesta fase introdutória.
O trabalho compõe de uma estrutura simples: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e
Bibliografia.
1.1 OBJECTIVOS
1.1.1. Geral:
✓ Perceber até que ponto a liberdade faz ligação com a verdade e a lei natural.
1.1.2. Específicos:
✓ Esclarecer o termo “liberdade”;
✓ Revelar a importância da liberdade e seus limites;
✓ Separar os termos “liberdade” e “libertinagem”;
✓ Expor a relação entre liberdade e verdade tendo em conta a lei natural;
✓ Frisar sobre a dignidade da pessoa humana.
1.1.3 METODOLOGIAS
Para fazer fácila a este trabalho, recorreu-se a pesquisa bibliográfica e exploratória baseada na
consulta dos manuais, por meio dos quais, exploramos o que foi da relevância conforme o
trabalho.
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2. MARCO TEÓRICO
2.1 O CONCEITO DA LIBERDADE EM DIFERENTES OLHARES
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Implica também que toda consciência é intencional, que a prova ontológica que Sartre irá nos
mostrar posteriormente é que toda consciência, é sempre consciência de algo, este algo são os
objectos que estão no Ser e que são aquilo que se apresentam em si mesmos, em sua aparência
e plenitude.
Daí a concepção especial que se deve dar ao “é” da frase “o ser é o que é”, que
existem seres que hão de ser o que são, o facto de ser o que se é não constitui de
modo algum característica puramente axiomática: é um princípio contingente do
ser-Em-si. Opacidade que não depende de nossa posição com respeito ao Em-si,
no sentido de que seriamos obrigados a apreendê-lo ou observá-lo por estarmos
“de fora”. O ser-Em-si não possui um dentro que se oponha a um fora e seja
análogo a um juízo, uma lei, uma consciência de si. O Em-si não tem segredo: é
maciço. (SARTRE, 2012a, p. 39)
O ser-em-si é aquilo que é em sua aparência, irreversivelmente, sem abertura para que possa
modificar-se. Seu fenómeno de ser é justamente sua aparição, de modo que, não podendo não
ser algo além daquilo que é, fixa-se em si mesmo como condição irremediável. Vejamos outra
reflexão de Sartre sobre o ser-em-si:
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O em-si, como Sartre se refere, é determinante de si mesmo, ele é incondicionado, em sua
aparência preenche a si mesmo, não implica nenhuma negação é plena positividade. Não é
passividade ou actividade, o ser é em si mesmo. A respeito do em-si, Bornheim nos deixa a
seguinte reflexão:
“O ser não é relação a si, ele é ele mesmo e, é uma imanência que não se pode realizar, uma
afirmação que não se pode afirmar, uma actividade que não pode agir, porque é empastado de
si mesmo” e ainda este é o sentido que tem a expressão “o ser é em-si” (BORNHEIM, 1971,
p. 34)
O ser-em-si, é o conceito pelo qual Sartre nos explica a existência dos objectos com essência
predefinida. O em-si é, pois, o ser cuja essência precede a existência, não tendo a possibilidade
de fazer a si mesmo, é aquilo que se apr senta à realidade em sua própria aparência, sem algo
por trás que possa dar um sentido transcendente. É aquilo que é e nada mais. Opaco e fechado
em si mesmo, maciço, incapaz de ter o nada dentro de si, pois sua existência é determinante de
si mesma.
O homem é o ser cujo Nada vem à realidade humana, carregando dentro de si mesmo o nada.
É preciso o Ser para que o nada possa existir, origina-se no coração do Ser. É este nada que
possibilita a liberdade, o fazer a si mesmo do ser humano. Sem o nada dentro do Ser, tudo seria
em-si e o para-si desapareceria. Entretanto, o para-si, é a negação que possibilita o nada, é a
consciência vazia em si mesma, ela tem dentro de si a liberdade. O ser humano é liberdade
justificada em o nada de ser que o homem é. O homem, portanto, carrega o nada dentro de sua
cabeça, trazendo-o para o mundo objetivo, e a partir disso, a liberdade que está intrínseca a
esse vazio, a esse nada de ser do homem, se manifesta à existência. Vejamos uma reflexão
sobre o nada a seguir:
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“O Nada não se nadifica, o Nada é nadificado”. “Deve, pois, existir um Ser – que
não poderia ser o Em-si – que tenha a propriedade de nadificar o Nada, [...] um ser
pelo qual o nada venha às coisas.” [...] A conclusão salta aos olhos: o nada se
manifesta no mundo através daquele ser que se pergunta sobre o nada de seu
próprio ser, ou que deve ser o próprio nada. Esse ser bizarro é o homem: “O homem
é o ser pelo qual o nada vem ao mundo”. (BORNHEIM, 1971, p.43).
Temos o conceito do nada em Sartre, como um ser que vem ao mundo a partir do homem. O
nada habita o Ser, pois sem este o mesmo não poderia existir, é uma contraposição ao Ser. Ele
é aquilo que está dentro do ser como um verme em seu coração. Um vazio e negação de si
mesmo. Nesse contexto, Bornheim diz que:
O nada não se reduz a um mero conceito vazio, desprovido de sentido. Não basta
insistir, como faz Bergson, que se trata de um pseudoconceito por ser conceito de
nada. [...] “O nada só se pode nadificar sobre um fundo de ser; se o nada pode ser
dado, não é nem antes nem depois do ser, nem, de modo geral, fora do ser, mas
deve ser dado no seio mesmo do ser, no seu coração, como um verme”.
(BORNHEIM, 1971, p. 44).
De acordo com o que foi dito acima, o nada não é apenas um conceito sem sentido, pelo
contrário, é sem sombra de dúvida, o conceito pelo qual é engendrado a liberdade do ser
humano. É neste nada que o homem é liberdade, é no para-si, onde é vazio e negação de si
mesmo, que manifesta os seus possíveis. O nada é aquilo que está dentro do Ser, permeia-o
como se fosse uma secreção do homem possibilitada pela consciência.
A liberdade em Sartre está como substância, sendo assim, o ser humano, a partir do momento
em que nasce, nasce livre, carrega em si mesmo esta liberdade durante toda sua existência. O
ser humano vem ao mundo com essa possibilidade. É dentro dessas possibilidades que pode
escolher como conceber a si mesmo no mundo.
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Esta liberdade existencial do homem é constituída pelo vazio que é o ser humano, no que diz
respeito a sua própria essência, pois o ser humano é o único ser cuja existência precede a
essência, diferente do ser-em-si, que é opaco e incapaz de fazer a si mesmo. O ser-para-si,
sendo negação de si mesmo, abre a entrada do fazer-se a si mesmo.
Liberdade é o direito de ir e vir, porém, com certo limite, assim como tudo no
universo. Algo sem limites é destrutivo em qualquer lugar, e por isso, uma
sociedade não foge da regra. Assim, para nossa sociedade e o convívio terem o
mínimo de “harmonia”, temos que nos limitar baseando-nos em regras morais,
éticas, nas leis, etc. Ao passo que Libertinagem é a pratica da liberdade sem
consciência, respeito; é transgredir o direito alheio e criar mal a si mesmo (assim
como aos outros), pois transgredindo o direito alheio, o libertino abre margem para
ter seus direitos (sua liberdade) transgredida, privada, enfim (SARTRE, 2012, p.
24).
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2.5. COMO É ENTENDIDA A LIBERDADE NOS DIAS DE HOJE?
A liberdade nos dias de hoje encontra-se no Cristianismo visto que o homem não é simples
animal, ele é criação à imagem e semelhança de seu Criador e, portanto, um ser doptado de
dignidade. Além disso, o ser humano será considerado individualmente, sendo o único
responsável por seus actos e por eles será julgado.
Daí a idéia de que “as escolhas fundamentais feitas pelas pessoas devem ser respeitadas”
(MORANGE, 2004, p. 29, 30).
No entanto, não apenas a teologia cristã, mas especialmente as teorias filosóficas do século
XVIII contribuíram para a afirmação histórica da liberdade individual como direito do homem.
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Diferenciar o verdadeiro do falso “não é simplesmente ideológico ou superestrutural; foi uma
condição de formação e desenvolvimento do capitalismo” (FOUCAULT, 2007, p. 14), uma
vez que a verdade é necessária para fazer funcionar o poder político e a economia.
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“Todas as leis naturais são apenas relações de um x com y e z, e definimos leis naturais como
a relação com um xyz, cada uma das quais, por sua vez, só é conhecida por nós como relação
com outro xyz” (GIACÓIA, 2013, P. 32).
2.7.1. CONCEITO
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual foi adotada e proclamada através da
Assembleia Geral das Nações Unidas 1948, define a dignidade como um direito inalienável.
Logo no art. I, da Declaração estabeleceu-se que “Todas as pessoas nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. São doptadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às
outras com espírito de fraternidade.
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3.1 CONCLUSÃO
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3.1 BIBLIOGRAFIA
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