Apostila QUI02023 - Profa. Jessie
Apostila QUI02023 - Profa. Jessie
Apostila QUI02023 - Profa. Jessie
INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA
MANUAL DE EXPERIMENTOS
Sumário
• PREFÁCIO ................................................................................................................................................... 4
2.3. EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE DOS CONSTITUINTES DO ÓLEO DE CRAVO (Código Arraste II)
.......................................................................................................................................................................... 21
3. DESTILAÇÃO ................................................................................................................................................ 26
5. CROMATOGRAFIA ....................................................................................................................................... 45
6. HIDRÓLISE DE AMIDO E ANÁLISE DE AÇÚCARES POR CCD (Código Cromato II) ..................... 55
Experimento 2: Separação dos produtos por Cromatografia (Código Cromato III) ............................. 63
Experimento 3: Purificação da α-feniletilamina por destilação fracionada (Código Alfa II) ................ 75
Professores(as) da QUI02023
• NORMAS DE SEGURANÇA
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A utilização de um guarda-pó ou avental, de preferência de algodão, é
OBRIGATÓRIO nas aulas de QUI02023, pois confere proteção contra respingos de
substâncias tóxicas e/ou corrosivas. O USO DE ÓCULOS DE PROTEÇÃO É
OBRIGATÓRIO NOS LABORATÓRIOS DE QUI02004, mesmo que você não esteja
executando nenhum experimento. Seus olhos são especialmente susceptíveis a sofrerem
danos por qualquer uma das classes de perigos acima citadas.
Nunca trabalhe sozinho no laboratório, pois em caso de acidente ninguém poderá lhe
ajudar ou socorrer.
O laboratório químico é um lugar que potencialmente oferece perigos, que podem ser
divididos em três categorias:
- FOGO E EXPLOSÃO;
-VIDRARIA FRÁGIL.
1. Não permitir que reagentes e solventes entrem em contato com a sua pele e, em caso de
contaminação, lavar a parte afetada com água e sabão. Não utilizar nesta lavagem
solventes orgânicos, tais como acetona ou etanol, porque o resultado será o aumento da
absorção do contaminante através da pele. A transferência de sólidos deve ser efetuada
com o auxílio de espátulas, líquidos devem ser transferidos com o auxílio de provetas ou de
pipetas (JAMAIS FAZER SUCÇÃO COM A BOCA!)
2. Não degustar nada no laboratório, exceto se for especificamente orientado para fazê-lo.
5. Cuidar para que um líquido, ao ser vertido do frasco que o contém, não escorra sobre o
respectivo rótulo, danificando-o.
- não transfira ou verta líquidos inflamáveis de um recipiente para outro nas proximidades de
uma chama;
- a destilação de líquidos inflamáveis altamente voláteis (especialmente éter etílico) deve ser
feita com manta elétrica ou, na sua ausência, com água quente;
- verifique a localização dos extintores de incêndio e informe-se acerca de sua operação.
7
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
8
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
9
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
1.2.1. Cafeína
A Cafeína é um composto químico de fórmula C8H10N4O2, classificada
como alcaloide do grupo das xantinas e nomeado (IUPAC usual) como 1,3,7-
trimetilxantina. É encontrada em certas plantas e usada para o consumo como
estimulante em bebidas, na forma de infusão.
10
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Cafeína
Fórmula: C8H10N4O2
Massa molar: 194,19 g.mol-1
Nome Sistemático IUPAC:
1,3,7-Trimetilpurina-2,6-diona
Ponto de fusão: 235 °C
Densidade: 1,23 g/cm³
Cafeína pura
Entre o grupo das xantinas, a cafeína é a que mais atua sobre o sistema
nervoso central. Atua ainda sobre o metabolismo basal e aumenta a produção
de suco gástrico. Doses terapêuticas de cafeína estimulam o coração aumentando
a sua capacidade de trabalho, produzindo também dilatação dos vasos periféricos.
Uma xícara média de café contém, em média, 100 mg de cafeína. Já numa xícara
de chá ou um copo de alguns refrigerantes encontram-se quarenta miligramas da
substância. Sua rápida ação estimulante faz dela poderoso antídoto à depressão
respiratória em consequência de intoxicação por drogas como morfina e barbitúricos.
A ingestão excessiva pode provocar irritabilidade, ansiedade, dor-de-
cabeça ou insônia. Os portadores de arritmia cardíaca devem evitar o uso desta
substância. Altas doses de cafeína excitam demasiadamente o sistema nervoso
11
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
12
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
13
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
A B
A B
14
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
do solvente. A quantidade de agente secante deve ser suficiente até que o sólido
fique solto pelo fundo do Erlenmeyer.
10. Deixe em repouso por cerca de 10 minutos e filtre a solução para balão de fundo
redondo de 100 mL (previamente pesado) e evapore o solvente em evaporador
rotatório até a saída de todo o solvente (CH2Cl2).
11. Pese a cafeína bruta e calcule o rendimento em massa (Massa de
Cafeína/Massa de Erva Mate)
12. Analisar a cafeína em um espectrofotômetro de infravermelho e discutir o
resultado.
15
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
OH O
OH
Ácido
or to-hidróxi-benzoico
16
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
4. Transfira cada uma das fases (orgânica e aquosa) líquidas para 2 frascos de
Erlenmeyer rotulados.
5. Titule cada uma das soluções conforme os itens a e b abaixo, tomando o cuidado
de utilizar primeiro a solução de NaOH mais diluída.
a. Retire uma alíquota de 10mL da fase aquosa e titule com uma solução de
NaOH (de concentração mais diluída), utilizando solução de fenolftaleína (3 gotas)
como indicador. Fazer em duplicata.
b. Retire uma alíquota de 10mL da fase orgânica e titule com uma solução
de NaOH (mais concentrada), utilizando solução de fenolftaleína (5 gotas) como
indicador. Fazer em duplicata.
.
6. Utilize as médias dos resultados obtidos para cada fase para calcular o
Coeficiente de Partição do ácido salicílico nos dois solventes.
7. Descarte: Transferir o resíduo de titulação da fase orgânica para um funil de
decantação grande, disponível na capela. Transferir o resíduo de titulação da fase
aquosa para o frasco de rejeitos aquosos disponível na capela.
1. Montar um conjunto extrator de Soxhlet. Obs. 1: Pese o balão que será utilizado
na montagem da aparelhagem, já com as pedras-de-ebulição (aprox. 3-4 pequenas
lascas de cerâmica disponíveis na bancada do laboratório). Obs. 2: coloque as
pedras-de-ebulição com delicadeza dentro do balão, inclinando-o e largando-as
pelas laterais, para evitar quebrar o fundo do mesmo.
2. Triturar as sementes (caso ainda não estejam trituradas) para facilitar o contato
com o solvente. Colocar no cartucho próprio (veja a seguir). Tampar o cartucho com
um chumaço de algodão para evitar que parte das sementes caia para o balão e/ou
venha a entupir a tubulação do sifão.
3. Pesar uma quantidade de sementes de amendoim (ou qualquer oleaginosa à sua
disposição) compatível com o tamanho do extrator Soxhlet.
a) Faça um “cartucho” com diâmetro um pouco menor do que o diâmetro do soxhlet.
b) Use grampos para prender o “cartucho” de papel.
17
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
4. Colocar hexano no balão até atingir 2/3 de sua capacidade, aquecendo o balão
com manta de aquecimento. Deixar que o conjunto realize ciclos durante
aproximadamente 1 h e 30 min.
5. Interromper o aquecimento e evaporar o solvente em evaporador rotatório.
6. Determinar a massa do óleo obtido para os cálculos de rendimento em massa.
7. Transferir para o frasco correspondente, adequadamente rotulado (descarte).
8. Calcular o rendimento percentual do óleo com relação à massa de sementes
utilizadas para a extração.
18
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
19
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
20
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
2. Adicionar água destilada no funil de adição (+/- 100 mL) e montar a aparelhagem
conforme o desenho anteriormente apresentado.
3. Aquecer o balão com a mistura cravo/água até iniciar a destilação e deixar
destilando até obter cerca de 110 mL de destilado.
4. Adicionar a água do funil de adição em pequenas porções (quando necessário),
de maneira a deixar sempre o volume de água no balão próximo ao volume inicial
(+/- 100 mL). O destilado possui odor agradável e característico do cravo e contém
parte do óleo como sobrenadante e parte disperso na água.
5. Em um funil de separação, extrair a suspensão com duas porções de 25 mL de
diclorometano (Cloreto de Metileno, CH2Cl2). Agitar gentilmente para não formar
emulsão, deixar separar as fases e recolher a fração orgânica.
6. Reunir os extratos orgânicos e reservar para a aula seguinte. Obs.: se a tampa
utilizada for de borracha (como os septos ou rolhas), forrá-la com papel-alumínio. A
borracha tende a absorver diclorometano e inchar, dificultando a sua retirada.
7. Descartar a fase aquosa adequadamente.
21
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
H3CO H3CO
NaOH
HO Na O
HCl
Eugenol Eugenolato de Sódio
(Insolúvel em H2O) (Solúvel emH2O)
Procedimento Experimental
1. Transferir o extrato orgânico contendo o óleo de cravo obtido na aula
anterior para um funil de separação de capacidade adequada. Obs.:
Caso o volume do extrato orgânico tenha reduzido consideravelmente,
adicionar em torno de 10-15 mL de diclorometano no recipiente para
auxiliar na transferência para o funil de separação.
2. Seguir o fluxograma abaixo:
Descarte
Encaminhar para a
Espectroscopia de
Infra-Vermelho
FLUXOGRAMA:
3. A Fase Orgânica: Extrair a fase orgânica de diclorometano (CH2Cl2) com duas
porções de 25 mL de Solução de Hidróxido de Sódio 10% (NaOH 10%). O
22
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Eugenolato de Sódio vai para a fase aquosa na forma de sal. O acetileugenol não
reage com base e permanece na fase orgânica. (*Obs.:Para a segunda lavagem
com NaOH, retorne a fase orgânica (CH2Cl2) para o funil de separação e proceda a
lavagem com a solução Básica)
4. Transfira a fase orgânica para um Erlenmeyer, adicione porções de Sulfato de
Sódio ou Sulfato de Magnésio (Na2SO4 ou MgSO4) para a secagem da solução.
5. Filtre a fase orgânica seca (filtração simples) e transfira o filtrado para um balão,
previamente pesado. Evapore o solvente em rotaevaporador e pese o balão
novamente para determinar a massa de Acetileugenol isolado. (*Obs.:Teste com
FeCl3 deverá ser negativo).
6. A Fase Aquosa: Acidifique a fase aquosa com Ácido Clorídrico concentrado (HCl)
até observar turvamento da solução. Aguarde até a mistura alcançar a temperatura
ambiente (pode-se utilizar um banho de água fria para facilitar o resfriamento).
7. Extrair a fase aquosa acidificada com duas porções de de 25 mL de
diclorometano (2 X 25 mL de CH2Cl2). Agitar gentilmente para não formar emulsão,
deixar separar as fases, recolher a fração orgânica. (*Obs. A fase aquosa deve
permanecer no funil de separação para ser extraída uma segunda vez).
9. Reunir os extratos orgânicos em um Erlenmeyer, adicionar porções de Na2SO4
ou MgSO4 para a secagem da solução.
10. Filtrar a fase orgânica seca (filtração simples) e transferir a solução para um
balão, previamente pesado. Evaporar o solvente em rotaevaporador e pesar o
balão novamente para determinar a massa do Eugenol isolado. (*Obs.:Teste com
FeCl3 deverá ser positivo).
11. Faça o cálculo das proporções de Eugenol e Acetileugenol isolados do óleo de
Cravo.
Espectros no Infra-Vermelho
24
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
25
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
3. DESTILAÇÃO
Para que dois compostos possam ser separados eficientemente por destilação
simples, é necessário que a diferença entre seus pontos de ebulição seja superior a
80°C.
27
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
mistura sofre uma elevação gradual uma vez que a composição do vapor se torna
cada vez mais rica no componente menos volátil.
Para purificar estas misturas separam-se as primeiras frações do destilado,
ricas no componente mais volátil.
28
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
29
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Misturas azeotrópicas
A maior parte das misturas líquidas homogêneas se comportam como soluções
ideais. Há desvios da lei de Raoult decorrentes de forte atração entre moléculas, os
quais podem ser positivos ou negativos.
-Desvios positivos: ocorrem quando a pressão de vapor da solução é maior do que a
esperada porque as forças de atração entre as moléculas dos componentes são
mais fracas do que entre moléculas idênticas.
-Desvios negativos: ocorrem quando as forças de atração entre as moléculas dos
componentes são mais fortes do que entre moléculas idênticas, ocorrendo um
decréscimo da pressão de vapor da mistura em relação ao esperado.
30
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
31
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
uma pressão total de vapor igual à soma das pressões de vapor se cada
componente puro.
Bomba de vácuo
O sistema deve sofrer algumas adaptações, tais como, a substituição das
"pedras de ebulição" por um microcapilar conectado ao exterior (ou submetendo o
líquido a uma agitação enérgica) e o fechamento do sistema (o sistema coletor não
mais poderá ficar aberto ao ar), entre outras.
32
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
250mL
Figura 1
Refratômetro de Abbe
34
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Fator de correção:
Leitura aqui!
2. Uma vez conhecida a densidade da amostra, essa pode ser convertida no teor
alcoólico pela relação
y = - 0,0014x + 1,0018
35
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
3.5 BIBLIOGRAFIA
Ntamila, M. S.; Hassanali, A. J. Chem. Educ. 53(4), 263 (1976).
36
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
4.1 CRISTALIZAÇÃO/RECRISTALIZAÇÃO
Cristalização é o processo em que átomos ou moléculas se organizam em
uma estrutura de cristais rígida e bem definida para minimizar seu estado
energético. A menor parte da estrutura de um cristal é chamada de célula unitária,
que pode aceitar átomos ou moléculas para crescer em um cristal macroscópico.
Durante a cristalização, átomos e moléculas se unem em ângulos bem definidos
para formar uma forma de cristal característica com bordas e faces lisas.
38
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
a) Escolha do Solvente:
O solvente deve atender a certos critérios para ser usado na recristalização
de um dado composto:
- O composto a ser purificado deve ser bastante solúvel em um determinado
solvente a quente e relativamente insolúvel a frio, enquanto que as impurezas
devem ser solúveis a frio. Se as impurezas forem insolúveis no solvente a quente,
elas devem ser separadas por filtração a quente.*
- O solvente deve ser inerte frente ao soluto.
- A temperatura do ponto de ebulição do solvente deve menor que a temperatura do
ponto de fusão do soluto, evitando que o soluto sofra fusão. Caso o composto seja
conhecido, uma consulta à literatura pertinente informará o solvente a utilizar. Se for
desconhecido, será necessário determinar o melhor solvente por tentativas,
utilizando pequenas quantidades de material.
*OBS.: Filtração a quente - Se uma porção de material permanecer insolúvel a
quente, faz-se uma filtração simples para remover as impurezas sólidas com funil
pré-aquecido. Se ocorrer cristalização no papel-filtro, dissolver os cristais com
solvente quente.
b) Dissolução
O sólido a ser purificado é colocado em frasco de Erlenmeyer de tamanho
apropriado, juntamente com um pequeno volume do solvente escolhido. O frasco é
então aquecido (chapa elétrica ou banho de água quente) com agitação,
adicionando-se lentamente pequenas quantidades de solvente à mistura em
ebulição, até que todo sólido seja dissolvido. No caso de uma pequena porção de
material permanecer insolúvel faz-se uma filtração simples. *OBS.: Essa etapa deve
ser executada em capela para evitar a inalação de vapores voláteis.
c) Cristalização
Deixar a solução resfriar lentamente, sempre em frasco de erlenmeyer,
permitindo que os cristais cresçam bem formados. Se não ocorrer a cristalização,
esta poderá ser induzida com a adição de alguns cristais puros do composto ou por
atrito das paredes do frasco com um bastão de vidro. Algumas vezes será
necessário completar a cristalização imergindo o frasco num banho de gelo-água.
39
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
40
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Figura 1a Figura 1b
Figura 1. Esquema geral (1a) e foto (1b) para Refluxo em Banho-Maria.
4. Transcorrido o período de aquecimento, verificar a conversão completa do
ácido salicílico testando a presença de hidroxila fenólica (*OBS.: veja item 4.4
abaixo).
5. Se a reação estiver concluída, resfriar o frasco de reação em banho de
gelo e adicione lentamente 100 mL de água destilada gelada.
6. Agitar gentilmente para suspender o produto sólido e filtrar em funil de Büchner,
lavando-o com pequenas porções de água destilada gelada (2 X ~5 mL).
42
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
11. Repetir o teste para hidroxila fenólica para certificar-se de que não ocorreu
hidrólise durante a recristalização.
12. Após o produto estar seco, pese-o e faça o cálculo de rendimento.
ANÁLISE DA PUREZA
13. Determine o ponto de fusão, comparando-o com o valor descrito na literatura.
Descarte: Ao final do processo, transfira o AAS para o frasco adequadamente
rotulado na capela.
43
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
MATERIAL CONSULTADO
https://www.mt.com/br/pt/home/applications/L1_AutoChem_Applications/L2_Crystallization.html
44
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
5. CROMATOGRAFIA
45
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
46
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
47
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
48
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
de emissão de luz UV (Figura 6d) para a iluminação da superfície da placa com luz
Ultar-Violeta, mostrada na Figura 6e.
6a 6b 6c 6d 6e
Figura 6. Revelações em Cuba de Iodo e com Lâmpada de UV
49
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
.
Figura 7. Cromatografia em Coluna de Silica-Gel
Fig. 8b. Cromatógrafo à Gás; Fig.8c. Forno do Cromatógrafo; Fig.8d. Coluna capilar de
Sílica Fundida para Cromatógrafo à Gás.
51
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
O
OH
Azobenzeno 4-Dimetilamino-
azobenzeno
D
E
1. Aplique sobre a linha de base de uma mesma placa, uma alíquota de cada um
dos compostos A a E, aplicados em posições equidistantes.
*OBS.: Não esqueça de anotar a posição de cada substância na placa
cromatográfica.
2. Escolha uma das cinco misturas eluentes (hexano/acetato de etila (v/v), 95:5,
90:10, 80:20 ou hexano/tolueno (v/v), 80:20, 50:50) e adicione em um Becker de 50
mL. Obs.: Considere o hexano como o componente mais apolar e acetato de etila ou
tolueno como os componentes mais polares das misturas.
3. Introduza a Placa Cromatográfica no Becker com a mistura eluente designada e
observe visualmente o solvente eluindo na Placa até chegar no topo.
*OBS.: 1) Ajuste a quantidade de solvente no Becker, de forma que a superfície do
líquido não ultrapasse a altura dos pontos de aplicação das substâncias. 2) Retire a
placa da cuba imediatamente depois do solvente ter chegado no topo.
52
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
53
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
54
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
56
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Experimento 1: Impregnação das placas de cromatografia em camada delgada
com NaH2PO4
57
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
A B
3. Decorrido este tempo, testar se a hidrólise do amido foi completa. Para isto,
colocar 4-5 gotas da mistura reacional em um tubo de ensaio e 10-15 gotas de
solução de Lugol (I2/KI), disponível no laboratório. A permanência da coloração
castanho-clara típica da solução de I2/KI indica que todo o amido foi consumido. Ao
contrário, uma coloração violeta ou azul mostra a existência de amido não-
convertido (Ver imagem a seguir); neste caso deixar a reação de hidrólise prosseguir
por mais 10 minutos na faixa de temperatura indicada.
58
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
1. Preparar uma cuba cromatográfica (de tamanho adequado para conter as placas
cromatográficas preparadas no Experimento 1) utilizando de 5-10 mL de uma
mistura de n-butanol/acetona/água na proporção 4/5/1, volume/volume.
59
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
B C
7. Aquecer a superfície das placas com soprador térmico até que as manchas
correspondentes aos açúcares se tornem visíveis.
BIBLIOGRAFIA
Ghebregzabher, M.; Rufini, S.; Monaldi, B.; Lato, M.; Thin-layer Chromatography of
Carbohydrates; Journal of Chromatography 1976, 127, 132.
Ovodov, Yu. S.; Evtushenko, E. V.; Vaskovski, V. E.; Ovodova, R. G.; Soloveva, T.
F.; Journal of Chromatography 1967, 26, 111.
60
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Segurança
61
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
OH OH OH
NO2
HNO3
+
NO 2
fenol 1g 10,6
HNO3 3 mL ~50
4. Após adicionar toda solução de ácido nítrico, retirar do banho e agitar manual e
vigorosamente o Erlenmeyer.
62
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Hexano/Acetato de etila
Fase móvel para coluna:
Primeira: 95:5, 200 mL
(modo gradiente)
Segunda: 90:10, 200 mL
6. Dissolva a mistura bruta com algumas gotas de acetato de etila (3-5 gotas), para
facilitar o uso de pipeta Pasteur, e aplique esta mistura na superfície da fase
estacionária. Espere alguns instantes para que a amostra penetre na camada de
adsorvente.
7. Uma vez adicionada toda a quantidade de amostra, inicie então a eluição
preenchendo a coluna com fase móvel aos poucos.
8. Utilize Erlenmeyers (de 125 ou 250 mL) para coletar frações de ~80 mL.
9. Assim que toda fase móvel de 95:5 tiver sido usada e o menisco tiver atingido a
superfície da sílica novamente, proceder à eluição com a segunda fase móvel
(90:10), continuando a coleta conforme item anterior.
1 2 3
Algodão:
Para não
prejudicar a
superfície
da FE
Orto
Para
Orto
10. Finalizada a eluição, realize as análises por CCD e verifique o conteúdo das
frações.
11. Una as frações correspondentes a cada isômero em balões previamente
pesados. Tampe e identifique os balões, e reserve para a aula seguinte.
64
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Obs.: o isômero orto interage menos com a sílica, por ter ligação-de-hidrogênio
intramolecular. Sendo assim, elui primeiro na cromatografia em coluna e possui o
maior Rf na CCD.
HA H+ + A-
pK a = − log K a
65
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
A = εbC
EXPERIMENTAL:
1. Pese 70 mg (0,0700 g) de 4-nitrofenol comercial (disponível no laboratório
próximo das balanças) em um Becker de 50 mL.
2. Dissolva em ~10 mL de etanol e transfira para um balão volumétrico de 50 mL.
Lave o Becker mais duas vezes com 10 mL de etanol, transfira para o balão e
complete até a marca com etanol.
3. Transfira 1,00 mL (com pipeta volumétrica) desta solução de cerca de 10-2 mol.L-1
e transfira para um balão volumétrico de 100 mL. Leve até a marca com água
destilada. A concentração da solução resultante é de 10-4 mol.L-1, e será utilizada
para determinar o pKa.
4. Separe oito copos de Becker (de 50 ou 100 mL) para a preparação das soluções
tampão, e identifique-os de 1 a 8. Estas soluções serão a combinação de uma
solução de di-hidrogenofosfato com sua base-conjugada, conforme a tabela a
seguir. Obs.: Meça os volumes correspondentes com pipetas graduadas.
66
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
Volumes (mL)
Becker H2PO4- HPO4-2 Solução de nitrofenol NaOH
pH calculado
0,1 mol.L-1 0,1 mol.L-1 10-4 mol.L-1 0,1 mol.L-1
1 10 0 10 0 4,6
2 8 2 10 0 6,2
3 6 4 10 0 6,5
4 5 5 10 0 6,8
5 4 6 10 0 7,1
6 2 8 10 0 7,4
7 0 10 10 0 9,0
8 0 0 10 10 12,7
67
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
68
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
BIBLIOGRAFIA
69
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
O Aminação NH 2
redutiva
R R' R R'
H
H O NH 4+ NH 2
O
R R' R R'
H
70
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
H2O
Sempre que uma reação é conduzida sob condições aquirais, não existe a
predominância de um dos enantiômeros no produto final, isto é, se forma uma
mistura racêmica. A separação de uma mistura racêmica nos respectivos
enantiômeros é conhecida como resolução. Pasteur desenvolveu no século passado
a separação enantiomérica de uma mistura racêmica deixando a mesma reagir com
um auxiliar quiral, o que converte os dois enantiômeros em dois diastereoisômeros,
que apresentam propriedades físico-químicas distintas, e podem ser separados
através de técnicas como cristalização fracionada ou cromatografia. Essa separação
é eficiente porque as propriedades físico-químicas dos diastereoisômeros são
diferentes entre si, permitindo sua separação. A purificação dos diastereoisômeros
seguida pela decomposição de cada um separadamente permite isolar ambos os
enantiômeros.
• reagir quantitativamente;
• os diastereoisômeros obtidos devem ser separáveis por algum método
71
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
prático;
• os diastereoisômeros separados devem ser facilmente reconvertidos aos
enantiômeros de partida.
[α ]D 25 = [α ]
l (dm).[ A]
72
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
PARTE EXPERIMENTAL
74
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
NH3 Cl NH2
NaOH
CH3 CH3
Cloreto de
α-Feniletilamônio (+/-) α-Feniletilamina
7. Faça uma filtração simples para retirar o NaOH remanescente e filtre diretamente
para um balão de 250 mL, que será conectado ao sistema de destilação. Com
cuidado, coloque algumas pedras de ebulição dentro deste balão.
8. Monte o sistema de destilação fracionada dentro de uma capela. Dica: a
destilação fracionada foi empregada durante a prática do Vinho.
76
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
12. Dissolva (misture) 6,0 g de ácido tartárico (enantiômero natural - 2R, 3R) em 85
mL de metanol em um Erlenmeyer de 500 mL.
13. Aqueça suavemente a mistura, em capela, até a dissolução total do ácido
tartárico.
12. A seguir, adicione lentamente (3-5 min), 5 mL de α-feniletilamina racêmica, que
foi destilada na aula de hoje, sob agitação constante. Obs.: o ácido tartárico é um
diácido, mas deseja-se que a reação seja na proporção de 1:1 entre o ácido tartárico
e a amina; por isso é necessário manter a concentração deste diácido mais elevada
que a da amina.
13. Tampe o frasco da solução resultante com papel-filme e identifique
adequadamente. Reserve em local indicado pelo(a) professor(a) para a aula
seguinte.
4. A mistura resultante deve ser agitada por 5 minutos e depois transferida para um
funil de separação de capacidade adequada.
5. Separar as fases e extrair a fase aquosa com éter etílico (fase superior) (3 x 15
mL).
77
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
6. A fase orgânica (em éter etílico) retorna ao funil de separação para ser lavada
com 15 mL de solução aquosa saturada de cloreto de sódio. Obs.: este processo
auxilia na remoção do excesso de água da fase orgânica por osmose.
78
QUI 02023 – DQO-IQ – UFRGS Química Orgânica Experimental IB
__________________________________________________________________________________
BIBLIOGRAFIA
INGERSOLL, A.W.; FUSON, R.C.; ROSS, E. Organic Synthesis, Collective Vol. 2, 503-506.
Assymetric Synthesis, Ed. Morrison, J.D.; Academic Press, Vol. 1 a 5.
79