Maria Muianga Novembro
Maria Muianga Novembro
Maria Muianga Novembro
Maputo - 2021
I
Maria Joana Jussubo Muianga
Maputo - 2021
II
Declaração de Honra
Declaro por minha honra que esta Monografia, no presente momento, submeto a Universidade São
Tomas de Moçambique, em cumprimento dos requisitos para a obtenção do grau de licenciatura em
Gestão de Empresas Turisticas, nunca foi apresentada para a obtenção de qualquer outro grau
académico e que, o mesmo constitui resultado da minha investigação, tendo indicado na pesquisa as
fontes bibliográficas utilizadas por mim, para este efeito.
A Candidata
-------------------------------------------
III
DEDICATÓRIA
Dedico a minha dissertação aos meus pais, Ruben Lourenço Muianga e Elisa Justino
Hassamo Jussubo, que com muito amor incentivo e esforço deram o melhor de si para que me
tornasse licenciada, o meu muito obrigada pela atenção, força, dedicação, compreensão que
sempre me deram desde o princípio.
Palavras não são suficientes para mostrar a eles o quão sou grata, pelo belo trabalho que
fizeram para que me tornasse essa pessoa que sou hoje, com carácter, personalidade única,
determinada, que de forma honesta luta e procura alcançar os seus objectivos, e hoje graças a
esses ensinamentos aqui estou! obrigada meu Rei onde quer que estejas sei que estas
orgulhoso de mim e a si minha Rainha muito obrigada.
4
AGRADECIMENTOS
A DEUS
Em primeiro lugar agradecer a Deus, por me ter abençoado com saúde, sabedoria e força,
pois sem ele não teria chegado ate aqui.
À FAMÍLIA
Aos meus pais Ruben Lourenco Muianga e Elisa Justio Hassamo Jussubo, obrigada por tudo.
AO SUPERVISOR
Ao Msc. Leonel Matsumane o meu muito obrigado por ter aceite ser o meu supervisor, em
especial pela disponibilidade, confiança, apoio e dedicação durante esta caminhada.
Ao dr. Benisio Machungo obrigado pela ajuda e suporte durante a realização do presente
trabalho.
5
6
RESUMO
A presente Monografia subordinada ao tema “Infraestruturas como Factor determinante para
o Desenvolvimento do Turismo em Macaneta - Maputo, 2017 – 2018, tem com objectivos:
7
ABSTRACT
The present Dissertation on the theme “Infrastructures as a determining factor for the
Development of Tourism in Macaneta - Maputo, 2017 - 2018, with the following objectives:
To present the contribution of infrastructures to the development of tourism in Macaneta;
Identify the basic and supportive infrastructure crucial for the development of tourism in the
Macaneta region; Mentioned the importance of infrastructure in Macaneta for the promotion
of tourism and local development. The main methodologies used by the study were
documentary research and analysis for the characterization of the study area, population and
its economic activities; questionnaire survey, consisting of closed-answer questions addressed
to Macaneta residents, treated by statistical analysis. As a result of this study, it was noted
that the infrastructures are very important for the development of tourism and produce
diverse benefits for the local environment, concluding in this way that the infrastructures
promote tourism in Macaneta and they appear as catalysts of local development, valuing the
elements that distinguish it and contribute to the conservation of local habits and
environment. However, it is also necessary to mention some aspects that stand as obstacles to
the development of tourism, so a number of recommendations are presented in the study.
8
ÍNDICE
Índice de Gráficos................................................................................................................10
Índice de Figuras..................................................................................................................11
Índice de Tabelas..................................................................................................................11
Lista de abreviaturas............................................................................................................12
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...........................................................................................13
1.1. Introdução.....................................................................................................................13
1.7. Geral..............................................................................................................................15
1.8. Específicos....................................................................................................................16
1.9. Justificativa...................................................................................................................16
1.10. Hipóteses...................................................................................................................17
9
2.6. Infraestrutura de apoio......................................................................................................30
CAPITOLO IV - METODOLOGIA....................................................................................43
4.5.1. População.......................................................................................................................44
4.5.2. Amostra..........................................................................................................................45
Conclusão.................................................................................................................................74
10
11
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Sexo........................................................................................................................49
Gráfico 2: Idade........................................................................................................................49
Gráfico 3:Nível Académico.....................................................................................................50
Gráfico 4:Profissão...................................................................................................................51
Gráfico 5:Tempo de Residência...............................................................................................52
Gráfico 6: Envolvimento no Turismo......................................................................................53
Gráfico 7:Tipo de envolvimento..............................................................................................54
Gráfico 8: Opinião Sobre o desenvolvimento Turismo...........................................................55
Gráfico 9: Relevância das infraestruturas para o desenvolvimento do turismo.......................56
Gráfico 10: Actividades mais praticadas em Macaneta..........................................................57
Gráfico 11: Importância da infraestrutura para o Turismo......................................................58
Gráfico 12: Relação do turismo e a implementação de infraestruturas...................................59
Gráfico 13: Infraestruturas relevantes para o turismo..............................................................60
Gráfico 14: Contributo da comunidade para conservação.......................................................61
Gráfico 15: Infraestruturas Necessárias...................................................................................62
Gráfico 16: Criação de Emprego..............................................................................................63
Gráfico 17: Bens e serviços......................................................................................................64
Gráfico 18: Alteração de comportamento e modo de vida da comunidade.............................65
Gráfico 19: Promove o acesso a educação...............................................................................66
Gráfico 20: Processo migratório dos animais selvagens..........................................................67
Gráfico 21: Aumento de investimento.....................................................................................68
Gráfico 22: Turismo e Conservação da Paisagem...................................................................69
Gráfico 23: Turismo e residuos solidos...................................................................................70
Gráfico 24: Degradação do ambiente natural...........................................................................71
Gráfico 25: Oportunidade de Negócios....................................................................................72
Gráfico 26: Ordenamento do Território e Qualidade do Ambiente.........................................73
Gráfico 27: Envolvimento da comunidade..............................................................................74
Gráfico 28: Envolvimento da Comunidade no Planeamento...................................................75
Gráfico 29: Autoridades locais e a gestão de infraestruturas de suporte.................................76
12
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
Tabela 1: Áreas Prioritárias para o Investimento em Turismo................................................37
Tabela 2: Distribuição populacional........................................................................................40
13
Lista de abreviaturas
14
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O desenvolvimento do turismo no município remete-nos a questões de infraestrutura local,
regional e de apoio ao turismo, fundamentais para ele se desenvolver de forma saudável tanto
para os turistas quanto para a população local. As ações apontadas poderão trazer benefícios
não apenas para a preservação da localidade receptora, mas também para um atendimento
eficiente aos turistas, com base num diagnóstico local da actual existência de infraestrutura
em cada potencialidade turística do município (OMT)
O Posto Administrativo de macaneta e uma zona turística com potencial, por apresentar
lindas praias e boa comodidade. No entanto, ate há pouco tempo era difícil chegar ao local
por ser de difícil acesso. Com a construção da ponte sobre o rio Incomáti, em 2016, a
população esta satisfeita, mas refere que persistem alguns problemas como, as vias de acesso,
a construção de unidades sanitárias, escolas de ensino secundário e transportes.
A estrada que parte da ponte para as praias de Macaneta é terra plena e encontra-se em mau
estado, o que dificulta a circulação de viaturas sobretudo em dias chuvosos. E com a
construção da ponte aumentou o caso de roubo de gado bovino e resíduos sólidos espalhados
nas praias e vias publica. O Ex Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, defende a
necessidade de se planificar a localidade de Macaneta que com a nova dinâmica, novas
infraestruturas turísticas nascem de forma acelerada a cada dia com vista a acompanhar o
plano de desenvolvimento e gestão sustentável e harmonioso do destino turístico de
Macaneta.
Podendo assim identificar que tipo de negocio se faz, quem faz e como faz para evitar
sobrecargas de determinadas áreas que possam conflituar com o almejado desenvolvimento
sustentável e harmonioso Não obstante o otimismo, há desafios por superar, nomeadamente a
ausência de um plano de desenvolvimento urbano para Macaneta, a necessidade de criação de
infraestruturas básicas de apoio, a necessidade de melhorar a manutenção das vias de acesso,
15
a fraca qualidade de energia elétrica, a fraca distribuição de água potável, a necessidade de se
ordenar melhor o mercado informal.
A presente pesquisa decorreu na Localidade de Macaneta por ser um local de referência que
agrega valores turísticos de grande potencial que transmite a identidade e cultura da
comunidade local.
O estudo irá centrar-se no horizonte temporal 2017- 2018. Este horizonte temporal foi
definido considerando que no ciclo de governação passado, o turismo ganhou uma dinâmica
diferente na medida em que esta, se juntou com sector cultural, ganhando assim maior
visibilidade como produto turístico em Moçambique. limitando-se ao estudo do turismo na
dinamização socioeconómica de Macaneta, assim como a verificação dos benefícios que esta
actividade gera para a comunidade local.
16
desenvolvimento e aparecimento de novas infraestruturas, como por exemplo a ponte que
tornou as viagens mais flexíveis e rápidas fazendo com que o destino seja mais acessível a
todos, evitando longas filas e demoras que se verificavam na travessia do rio Incomáti para
outra margem que da acesso a Macaneta, as vias de acesso ( estradas ) em construção que
permitem a movimentação da população local no seu dia a dia, a construção do Mercado
comunitário que evita com que os turistas se desloquem a Marracuene para faz as suas
compras e possibilita a venda de produtos locais tornando a comercialização organizada e os
Resorts e Hotéis implantados na Orla marítima que gera atração turística.
Supõe-se que esse destino conseguia receber pouco mais de 100 mil turistas por ano (de
acordo com estimativas dos empresários locais), mesmo com todas as questões relacionadas
com a transitabilidade, acredita-se que hoje o número quase tenha triplicado, visto que os
lugares de atracão de turistas é o que mais abunda na pequena localidade, entre os que estão
em funcionamento ou os que ainda estão em fase de projeto.
Deste modo supõe-se que a implementação das bases (infra-estrutura básica), bem como o
desenvolvimento de infra-estruturas pode estar contribuindo para o aumento da procura para
Macaneta como destino para a prática do turismo. De acordo com Beni (2002) afirma que a
infraestrutura “consiste na rede viária e de transportes, no sistema de telecomunicações, de
distribuição de energia, de água, de captação de esgotos e outros, sem os quais nenhuma
classe de consumidor disporia dos serviços públicos básicos”.
1.7. Geral
Perceber de que formas as infraestruturas podem contribuir para o desenvolvimento
do Turismo em Macaneta.
17
1.8. Específicos
1.9. Justificativa
A escolha do tema surge com a necessidade de compreender a fundo a temática de estudo, no
sentido de perceber melhor o impacto da ponte no desenvolvimento socioeconómico desta
região sendo que a infraestrutura representa um acréscimo e grande contributo na forma
como os visitantes e residentes chegam a Macaneta bem como na transação de bens e
divulgação dos serviços oferecidos, proporcionam melhores condições em termos de
organização , planificação e estruturação das infraestruturas básicas necessárias . É
importante salientar que o turismo gera benefícios económicos e sociais que ajudam a
impulsionar a economia de um destino, sendo uma fonte de renda importante para muitos
países. Por outro lado, também gera impactos negativos, que afectam directamente os
recursos naturais e culturais, e cada sociedade deve tomar a melhor decisão para garantir o
bem-estar e a qualidade de vida de seus cidadãos. Pois há opções complexas envolvidas, nas
quais, actualmente devem ser levados em conta, os impactos de uma obra; idealmente, os
impactos económicos, socioculturais e ambientais.
18
A localidade de Macaneta foi escolhida como área de estudo pelo simples facto de ser um dos
pontos de referência do país com mais impactos positivos quando se trata de lazer a nível de
Maputo, e dispõe de diversos recursos para o desenvolvimento desta mesma régiao. Podendo
tornar-se num destino no topo, com maior excelência devido ao fluxo de entradas e saídas de
visitantes.
Assim o presente estudo irá despertar o impacto, consequências do nível decisório sobre o
papel que as infraestruturas, pode desempenhar para mudar ou desenvolver o meio local,
através da conciliação dos outros sectores, produzindo desta forma benefícios locais.
1.10. Hipóteses
H1: O desenvolvimento de infraestruturas em Macaneta contribui positivamente para o
desenvolvimento do turismo.
19
CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo MEC, 1998, Contextualização é a forma pela qual o professor pode dar sentido ao
conteúdo específico de sua área e integrá-lo às demais disciplinas do currículo escolar. O
tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno
da condição de espectador passivo e, dessa forma, estimulá-lo “a fazer” e “a recriar” através
da invenção ou reconstrução de contextos que o levam à compreensão do conteúdo
específico.
É importante para que haja um correcto entendimento sobre certo assunto, visto que são
apresentadas, neste caso, as circunstâncias que ajudam a formar uma compreensão total a
respeito de um tema e não de modo fragmentado.
2.1. Turismo
Para o presente trabalho será usada a definição proposta pelo autor Ignarra (2003) denota, de
forma inequívoca, o carácter multifacetado desta actividade: “O turismo é uma combinação
de atividades, serviços e indústrias que se relacionam com a realização de uma viagem:
transportes, alojamento, serviços de alimentação, lojas, espetáculos, instalações para
atividades diversas e outros serviços receptivos disponíveis para indivíduos ou grupos que
viajam para fora de casa. O turismo engloba todos os prestadores de serviços para os
visitantes ou para os relacionados com eles” (Ignarra, 2003).
20
uma variedade de definições e descrições. O conceito de turismo sofreu grandes alterações ao
longo dos tempos, tendo surgido pela primeira vez em 1910 com o autor austríaco Herman
Von Schullern Schrattenhoffen. No entanto, foram os professores Valter Hunziker e Kurt
Krapf, em 1942, que estabeleceram a definição mais elaborada, considerando o turismo como
o conjunto das relações e fenómenos originados pela deslocação e permanência de pessoas
fora do seu local habitual de residência, desde que estas deslocações e permanências não
sejam utilizadas para o exercício de uma atividade lucrativa principal.
Do ponto de vista conceptual, os autores Mathieson e Wall (1990) propuseram uma definição
mais esclarecedora considerando o turismo como “o movimento temporário de pessoas para
destinos fora dos seus locais normais de trabalho e de residência, as atividades desenvolvidas
durante a sua permanência nesses destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas
necessidades”.
Segundo esta definição o turismo é considerado como uma vasta e variada atividade que
engloba as deslocações das pessoas e de todas as relações que estabelecem nos locais
visitados, tal como os serviços desenvolvidos para responder às suas necessidades. É um
conceito que abrange em simultâneo a oferta e a procura turística (Cunha, 2009).
Do ponto de vista técnico, pode ser referenciada a definição da OMT – Organização Mundial
do Turismo, que considera o turismo como “o conjunto de atividades desenvolvidas por
pessoas durante as viagens e estadas em locais situados fora do seu ambiente habitual por um
período consecutivo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, negócios e outros”.
21
classificações recomendáveis, que foram também ratificadas por seu Conselho Económico e
Social. Essas definições oficialmente adotadas pela ONU e publicadas pela OMT (1995)
pretendem unificar critérios e estabelecer um sistema coerente de estatísticas turísticas que
permita:
Posteriormente definiu-se o turismo como “Os deslocamentos curtos e temporais das pessoas
para destinos fora do lugar de residência e de trabalho e as atividades empreendidas durante a
estada nesses destinos” (Burkart e Medlik, 1981).
22
na definição o fundamento de toda atividade turística: a satisfação das necessidades dos
turistas/clientes.
Finalmente há que se destacar a definição que foi adotada pela OMT (1994) que salienta que
“o turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas
em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano,
com finalidade de lazer, negócios ou outras”.
A OMT (1995) esclarece que o entorno habitual de uma pessoa consiste em certa área que
circunda sua residência mais todos aqueles lugares que visita frequentemente. Trata-se de
uma definição ampla e flexível que concretiza as características mais importantes do turismo.
São elas:
O autor jafari (1977) defende o “turismo como o estudo do homem longe do seu habitat, e da
indústria que responde às suas necessidades, e dos impactos que ambos, ele e a indústria têm
no meio de acolhimento sob o ponto de vista sociocultural, económico e físico”. Ou seja, para
este autor, o turismo envolve diversas dimensões e elementos. Por sua vez, Sharpley (2002)
refere que é preferível apresentar uma definição abrangente e holística do fenómeno, ou seja,
apresentar o turismo como um sistema. Deste modo, um dos sistemas de turismo diz respeito
ao modelo sugerido por Leiper em 1979 e atualizado, posteriormente, em 2004.
A realização da atividade por parte dos visitantes que saem fora do seu ambiente e
habitual, com exclusão da rotina normal de trabalho e das práticas sociais;
A viagem e, normalmente, algum meio de transporte para o destino;
23
O destino, que é o espaço de concentração das facilidades que suportam aquelas
atividades.
Viajante – aquele que viaja, isto é, aquele que gosta de explorar e conhecer novos
lugares, dento ou fora do pais. Ele tem o prazer de caminhar em direção ao novo,
deseja conhecer novas culturas e novos povos.
Visitante – pessoa que se desloca temporariamente para fora da sua área, ou seja, para
lugar diferente de onde mora. Que passa por alguns lugares sem a intenção de la
permanecer, com tempo inferior a 12 meses.
Estas recomendações têm por objetivo a adoção de uma linguagem comum, em matéria de
estatísticas do turismo, que facilite a sua comparabilidade à escala internacional.
24
A OMT começou a desenvolver o quadro conceptual destinado a elaborar a Conta Satélite do
Turismo (CST) (OMT, 1999), a qual constitui “um instrumento de normalização
internacional de conceitos e de classificação, que permite fazer comparações válidas entre
dois países ou entre grupos de países” (OMT, 1999).
A CST inclui uma lista das atividades e dos produtos característicos do turismo e serve de
norma internacional para a compilação de informação económica relativa ao turismo (OMT,
1999). Ao elaborar a árvore de domínio, respeitou-se a hierarquia do sistema estatístico do
turismo proposta pela ONU e pela OMT (UN e WTO, 1994; WTO, 1995), tendo-se
considerado “visitante” como o conceito básico da procura turística, tal como evidencia o
seguinte excerto da árvore de domínio:
25
própria hospitalidade das pessoas são recursos que podem concorrer para a criação de um
produto turístico.
Segundo Bull (1995), estes podem dividir-se em dois tipos, os recursos livres ou banais e os
recursos escassos, sendo que os livres são os que existem em abundância que não é
necessário usar qualquer tipo de mecanismo para os distribuir pelos utilizadores e os escassos
são aqueles em que o seu escoamento é limitado. O turismo é frequentemente desenvolvido
com base em recursos livres, onde se incluem os recursos culturais, com uma sobreposição de
recursos escassos públicos e privados, que definem e filtram os públicos entre a
democratização e a elitização. A esta combinação de recursos chamamos produto turístico.
Um produto turístico é algo que se encontra no mercado como produto vendável. Deste
modo, um destino, por si só, não será um produto turístico, capaz de responder à procura, se
não tiver acessos, alojamento, infraestruturas de apoio, para além daquele que é o seu recurso
mais importante: a atracão turística. Todavia, um destino turístico é também um concentrado
de produtos turísticos que, através das suas características, determinam a capacidade de
atracão turística do destino.
Já Mill e Morrison (1984), referem também a hospitalidade como um recurso essencial para a
criação de um produto turístico, sendo que esta hospitalidade deve ser entendida tanto ao
nível do ato profissional do técnico de turismo, como ao nível da boa aceitação da presença
dos turistas por parte das populações autóctones.
Leno Cerro (1992), esta avaliação realiza-se através de uma série de fatores que se agrupam
em duas grandes categorias: fatores internos, sendo estes graus de utilização do recurso e
26
características intrínsecas, e fatores externos, sendo esta acessibilidade, proximidade a
centros emissores, especificidade do recurso e importância do recurso.
Para Cunha (1997) oferta turística “é o conjunto dos fatores naturais, equipamentos, bens e
serviços que provoquem a deslocação de visitantes, satisfaçam as suas necessidades de
deslocação e de permanência e sejam exigidos por estas necessidades”. Ignarra (2003) por
sua vez define oferta turística como um conjunto de elementos que conformam o produto
turístico, os quais, isoladamente, possuem pouco valor turístico (ou nenhum) ou têm utilidade
para outras atividades que não o próprio turismo. Esta é composta por um conjunto de
elementos que podem ser divididos em alguns grupos: atrativos turísticos, serviços turísticos,
serviços públicos, infraestrutura básica, gestão, imagem da marca e preço.
27
Nestas três abordagens esta patente que a oferta turística é um conjunto composto por
elementos naturais e artificiais que o homem aproveita para atrair e depois satisfazer a
demanda turística. Salientar que os atrativos (naturais e culturais), equipamentos (básicos e
específicos) e serviços (turísticos, públicos, dentre outros) mostram-se como elementos
indispensáveis na constituição da base da oferta turística de um destino turístico.
Ignarra (2003) entende infraestrutura básica como uma pré-condição para o desenvolvimento
turístico. Esta engloba os acessos, saneamento, energia, comunicações, vias urbanas de
circulação, abastecimento de gás, controle de poluição e capacitação de recursos humanos. A
existência de infraestrutura básica numa localidade pode em grande medida aumentar o grau
de motivação e interesse por parte dos turistas e investidores no sector do turismo. Uma
infraestrutura, que atenda da melhor forma as necessidades da comunidade local e da corrente
turística, representa um dos elementos determinantes na eleição do destino.
Outra forma de classificação de infraestrutura básica é dada por Beni (2002) ao afirmar que a
mesma “consiste na rede viária e de transportes, no sistema de telecomunicações, de
distribuição de energia, de água, de captação de esgotos e outros, sem os quais nenhuma
classe de consumidor disporia dos serviços públicos básicos”. Como se pode observar em
todas abordagens destes autores sobre a infraestrutura existem muitos pontos semelhanças e
poucas diferenças.
De modo geral, podemos dizer que a infraestrutura é o conjunto de elementos que estimula o
desenvolvimento socioeconômico de uma região.
Suas quatro áreas macro influenciam no deslocamento de pessoas e mercadorias e também no
processo produtivo do local, o que resulta no crescimento económico. São eles:
Saneamento: aqui, podemos incluir a coleta de lixo, o fornecimento de água tratada, a coleta
e o tratamento do esgoto doméstico e industrial, além da limpeza de vias públicas. Esses
serviços são fundamentais para a prevenção de doenças e o aumento da qualidade de vida e
bem-estar da população
28
Transporte: o investimento em mobilidade urbana e na construção de estradas, aeroportos,
ferrovias, hidrovias e portos é fundamental para o desenvolvimento econômico, uma vez que
repercute no deslocamento de pessoas e mercadorias
Energia: esse é um dos principais serviços de infraestrutura, tanto a geração quanto a
distribuição dela, visto que a energia é importante para o abastecimento de residências,
empresas e indústrias, além de propriedades do campo e veículos
Telecomunicação: é essencial para a troca de informações entre pessoas e empresas de
diversas localizações, ou seja, para a realização de negócios. Isso pode ser feito através de
celular, telefone fixo, internet, rádio e outros meios.
Para que o país tenha uma economia mais produtiva e inovadora, é preciso atuar em duas
frentes:
1. Superação das deficiências que comprometem a produtividade (como a má qualidade da
educação e o alto valor de tributos).
2. Desenvolvimento de competências, focado no aumento da capacidade de inovação.
29
coletiva, com a instalação de equipamentos de combate a incêndio e outros. Segundo Beni
(2002, p.129) “o padrão que se deseja atingir é o abastecimento de 80% da população urbana
com água tratada, na proporção de 250 litros diários por habitante”.
30
2.5.5. Sistema de Transporte
Para Beni (2002), o sistema de transporte é de vital importância para o desenvolvimento
económico visto que promove a expansão e o desenvolvimento do Turismo.
31
não, o critério deve ser o da utilização, isto é, por exemplo a rede gastronómica de um destino
pode ser equipamento turístico ou equipamento de apoio, se atende
turistas esporadicamente será um equipamento de apoio e se atende frequentemente turistas
será um equipamento turístico.
Todavia, Morrison (2002, p.3) em clara contradição com Burkat e Medlik (1981) cit. Hall
(2003, p.41), considera “turismo” como uma indústria de maior extensão, preferindo usar o
termo “sistema” termo mais abrangente, do que o termo “indústria” para designar o turismo
como uma atividade que se interliga a outras atividades e que se complementam em serviços
para atingir um objetivo comum constituindo-se em sistemas de turismo. A abordagem do
sistema de turismo está baseada em teorias gerais sobre sistemas do biólogo Ludwingvon
Bertalanfly que definiu “sistema” como um conjunto de elementos estabelecidos em
interligação entre si e com o ambiente Morisson 2006 (pag.7).
32
interrelacionados. Para Leiper (1979) “o sistema abrange a viagem discricionária e a estadia
temporária de pessoas fora do seu lugar habitual de residência por uma ou mais noites,
excetuando-se as viagens feitas com a principal intenção de obter uma remuneração.
Segundo Barretto (2005), Planejar turismo significa planejar para todos os envolvidos no
fenómeno: os que realizam turismo (os turistas)- que são pessoas que muitas vezes sonharam
a vida inteira com essa viagem-, os empresários que a comercializam, os que atendem às
diversas instalações no local, como os funcionários desses estabelecimentos, sem esquecer os
moradores locais que não estão ligados à atividade turística, mas que compartilham o espaço
físico e social com os visitantes e o próprio espaço físico, que tem uma capacidade limitada.
Concordando com a perspetiva de Barretto (2005) e sendo o turismo uma atividade que
essencialmente faz uso do espaço para desenvolver-se, inserir a comunidade local dos
destinos turísticos no planeamento da atividade se tornou uma das premissas básicas para se
desenvolver o turismo com bases sustentáveis. Essa linha de pensamento se fundamenta no
pressuposto de que a atividade turística tende a ocasionar mais benefícios quando a
comunidade tem seus interesses contemplados no desenvolvimento da atividade. Nesse
sentido, os autores Cabral e Cyrillo (2008) pontuam como elemento importante o facto de
que “os moradores locais tenham um olhar participativo no processo de desenvolvimento da
atividade junto ao órgão público, dando assim seu parecer no que tange às influências que os
turistas e o turismo em si podem trazer para o núcleo recetor”.
33
No meio académico, tem-se notado uma pequena tendência dos pesquisadores em abordar o
fenómeno turístico através do viés social, ou seja, busca-se o entendimento de como a
comunidade local interpreta e participa do turismo em sua localidade. Apesar da realização de
alguns estudos académicos sobre planeamento participativo, na realidade pouco é posto em
prática. São incipientes os casos de turismo realizado por meio do planeamento part icipativo.
De acordo com Dias (2013), “O importante para ser assimilado é que os encontros pessoais
entre turistas e residentes envolvem um contacto humano direto, que pode ser positivo,
negativo ou simplesmente superficial, indiferente para ambos os lados”. Dessa forma, se o
morador local não estiver satisfeito com o rumo que a atividade turística segue no seu
destino, ele pode se sentir desconfortável para rececionar o visitante, podendo assim surgir
um conflito.
A participação comunitária envolve diferentes pontos de vista e interesses, haja vista dentro
de uma mesma comunidade existirem grupos distintos. De acordo com Krippendorf (2009),
existem quatro grupos de autóctones (termo usado para se referir aos moradores locais de um
destino turístico). O primeiro grupo é composto por aquelas pessoas que têm contacto direto
com os turistas (trabalhadores do sector hoteleiro, guias de turismo etc.). Eles dependem
da atividade turística e para eles o turismo é bem-vindo porque gera trabalho e traz retorno
financeiro.
O segundo grupo é formado por proprietários de empresas turísticas ou indústria local, que
não possuem contacto direto com os visitantes. Estes veem o turismo somente pelo olhar
comercial e económico.
O terceiro grupo é composto pelos moradores que têm contacto direto e frequente com os
visitantes, mas que o turismo não representa papel principal em sua renda. Pode-se citar como
exemplo as pessoas que moram próximas a atrativos que compõem roteiros turísticos.
O quarto e último grupo é formado por pessoas que não possuem contacto com os visitantes.
Elas não participam do desenvolvimento da atividade em suas localidades e, por isso, são
indiferentes ao turismo. Tendo em vista a dicotomia de interesses na própria comunidade,
bem como no sector público e privado, e que “cada um desses grupos tem perceções
diferentes e participa de maneiras diferentes da construção do espaço turístico, pois eles têm
atitudes e condutas diferentes” (Xavier, 2007), torna-se fundamental analisar a perceção de
cada um de acordo com seu papel desempenhado na comunidade e no turismo.
34
2.9. Turismo e Desenvolvimento Local
O termo “desenvolvimento” está ligado ao planeamento e a realizações futuras. Começou a
ser usado principalmente após o fim da Segunda Guerra Mundial com o intuito de separar os
países que possuem mais riquezas daqueles não possuem tanta. Desse modo, os primeiros
eram considerados países desenvolvidos, enquanto os segundos eram considerados em
desenvolvimento ou não desenvolvidos (Oliveira, 2002).
Vale salientar que essa lógica perdura até os dias atuais. Ao contrário do que pensa o senso
comum, desenvolvimento não é apenas sinónimo de crescimento económico, ou seja, geração
de emprego e renda. Ele também engloba, entre outros fatores, a qualidade de vida, o bem-
estar da sociedade e um meio ambiente ecologicamente equilibrado (Oliveira, 2002).
Nesse sentido Oliveira (2002) ressalta que, o desenvolvimento nada mais é que o crescimento
– incrementos positivos no produto e na renda – transformado para satisfazer as mais
diversificadas necessidades do ser humano, tais como: saúde, educação, habitação, transporte,
alimentação, lazer, dentre outras.
No turismo não é diferente. Krippendorf (2009) afirma que “outro argumento que, em geral, é
apresentado como prioritário, é o efeito benéfico do turismo sobre o padrão dos empregos e
salários. A justificativa do desenvolvimento da atividade turística constantemente está
baseada nos pilares de geração de emprego, o que consequentemente tende a ocasionar
melhorias na qualidade de vida das pessoas que conseguem se inserir nesse processo.
esse contexto, Azevedo (2014) declara que o desenvolvimento deve estar entrelaçado às
melhorias sociais e às liberdades, contemplando principalmente a qualidade de vida dos
indivíduos e o seu bem-estar. Buscando a promoção de melhorias no que diz respeito ao bem-
estar de comunidades, surge como alternativa o desenvolvimento local que busca em
primeiro lugar proporcionar benefícios para comunidade local, sendo esses de ordem
económica, social e também ambiental.
Sobre isso Xavier (2007) destaca que, comumente, há também a expectativa do aumento da
oferta de empregos e consequentemente, aumento de renda das pessoas, além de melhorias na
qualidade de vida da população local.
35
Porém, é frequente os casos onde o turismo se desenvolve de maneira desorganizada, sem
planeamento. Tendo em vista que o meio em que o turismo se desenvolve e as expectativas
da comunidade local acerca do desenvolvimento da atividade, Mariani (2012) enfatiza que
“no desenvolvimento do turismo não basta ter o enfoque do governo e da iniciativa privada,
mas tanto quanto, o olhar dos primeiros, é indispensável à visão da comunidade local face ao
processo de planeamento e implantação”. A atividade turística, se bem planejada, pode gerar
benefícios para a comunidade local, seja por meio de:
ii) da inserção dos moradores locais no trade turístico, pela abertura de pequenos
empreendimentos turísticos, como pousadas, campings, restaurantes, lanchonetes,
passeios guiados, produção e venda de artesanato, entre outras.
Moçambique é famoso por oferecer uma combinação entre o turismo de sol e praia com o
safári. Muitos turistas procuram as águas do Oceano Índico para mergulhar em lugares como
Pemba, Tofo, Macaneta ou Ponta de Ouro.
Moçambique é dotado de uma variedade de sistemas ecológicos que são ricos em espécies
endémicos, com elevado potencial para o desenvolvimento do ecoturismo devido a existência
de áreas de conservação por todo país. O seu invejável conjunto diversificado de recursos
naturais com níveis de conservação digno de realce na região austral da África pode
promover o desenvolvimento de uma indústria de turismo baseada na natureza. Este país
concentra ainda um conjunto de belezas cénicas com paisagens terrestres e marinhas de valor
excecional, tornando-se ideal para desenvolvimento de várias atividades turísticas com
destaque para observação de animais de grande porte, pássaros, pesca desportiva, mergulho,
canoagem, trilhas ecológicas e ainda apreciação de manifestações culturais das comunidades
locais.
36
Sendo assim, o Programa do Governo para o quinquénio de (1995 – 1999) definiu o turismo
como um sector para maximizar a entrada de divisas e geração de emprego, e promover uma
maior participação do empresariado nacional em empreendimentos turísticos. (MITUR,
2006). Uma das consequências desta perspetiva foi a elaboração da Política do Turismo
aprovada pelo governo através da Resolução nº.14/2003, de 14 de abril. Ela identifica os
princípios gerais, os objetivos do turismo e as estratégias que consistem numa série de
diretrizes cuja finalidade é orientar a implementação das ações com vista o alcance dos
objetivos e princípios estabelecidos na política, através de medidas estratégias essenciais tais
como:
O objectivo geral do presente plano estratégico para o desenvolvimento do turismo (PEDT ll)
é de fornecer ao ministério da cultura e turismo (MICULTUR) um plano e estratégia de
implementação para o desenvolvimento da área do turismo como vector fundamental para o
rápido crescimento económico e a geração de emprego durante o período de 2016 a 2025, em
apoio ao plano de redução da pobreza (PARP) do governo.
37
Incrementar o número de turistas e receitas com vista a promover o crescimento económico e
o PIB per capital;
Estabelecer firmemente a marca Moçambique como o destino mais atrativo para uma
experiência autêntica de sol e praia e da natureza africanas, complementadas por uma gama
de opções de atrativos relacionados com a vida selvagem, aventura, cultura e muito mais;
Nos últimos dez anos foi alcançado um progresso significativo a nível de formulação de
políticas e regulamentação. A politica do turismo e estratégia de implementação aprovado em
2003 estabelece seis objectivos gerais, nomeadamente: a) elevação e Moçambique em destino
38
turístico de classe mundial, b) criação de emprego, c) desenvolvimento do turismo
sustentável, d) a conservação da biodiversidade, e) preservação dos valores e orgulho
culturais, e f) melhorar a qualidade de vida dos Moçambicanos são destacadas catorze áreas
de intervenção prioritária, traduzidas numa vasta gama de 125 directivas estratégicas
especificas
Unidade de coordenação
Implementação do PEDTM ll
39
A implementação e feita com base num plano de acção que periodiza as acções em
40
Deve haver iteração regular com as DPECULTURs, avaliando as acções que são da sua
directa responsabilidade, constantes dos planos estratégicos;
41
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO DO CAMPO EMPIRICO
42
A Localidade de Macaneta, situa-se a 6km da sede do Distrito de Marracuene, onde é
banhada pelo rio Incomáti, a Este pelo Oceano Indico, a Sul pela Ponte de Macaneta e a
Norte pela Localidade de Taula.
Tem uma população de 5.604 habitantes, segundo censo populacional de 2017, dos quais
2.761 homens e 2.843 mulheres.
Macaneta forma a península de Marracuene e é constituída por uma estreita faixa de terreno
arenoso, estendendo-se numa direção norte-sul com aproximadamente 12km de
comprimento, 2km de largura, e uma altitude 65 metros, forma a barreira entre o estuário do
rio Incomáti e o canal de Moçambique (MAE, 2005).
A praia de Macaneta é magnifica e longa com 33,8 km junta ao Oceano Indico, razão pela
qual foi considerada um destino turístico muito popular, e favorito para férias durante o
tempo colonial, e numa curta viagem ate ao sul da ilha na ponta de Macaneta, encontra-se um
velho navio naufragado e também se pode vislumbrar a ilha de Xefina (MAE, 2005).
Fonte: Autor
43
Tabela 1: Distribuição populacional
Macaneta dispõe de vários recursos, dentre eles existem recursos de atracão turística bem
como os recursos de apoio para suprir as necessidades básicas da população da localidade
(Recursos Habitacionais e Recursos de Turismo) e é em meio desta que se fazem sentir as
infraestruturas locais que visam contribuir ou impulsionar no desenvolvimento
socioeconómico do turismo em Macaneta.
A localidade de Macaneta dispõe de vários recursos turísticos ponte que liga o distrito de
Marracuene a localidade de Macaneta, logo apos o perímetro urbano e possível verificar a
feira informal de pequenos agricultores, em sua maioria mulheres que comercializam os
produtos de suas machambas, de seguida temos a praia de Macaneta onde pude observar a
44
pratica da atividade de pesca da região, feita pelos pescadores para o comercio local e do
distrito de Marracuene, em meio desta foi possível perceber que há um grande crescimento
no numero de hotéis e pousadas na região, e grande parte dos donos são estrangeiros de
nacionalidade sul-africana.
Nas estâncias turísticas temos algumas feitas de caniço e palha, como também temos
construção de quartos definitivos, até o momento o máximo que tem é um hotel quatro
estrelas. Entre eles destacam-se:
Jays Beach Lodge; Surise Lodge Macaneta, Macaneta Resort, Macaneta Holiday Resort;
Lugar do Mar; Tan’n Biki, Cova do Tubarão, Lodge Quinta do Lourenço e Pisane Lodge.
Fonte: Autor
45
Fonte: Autor
Figura 7: Canoagem
46
Fonte: Autor
Fonte: Autor
47
CAPITOLO IV - METODOLOGIA
Desta forma, importa destacar que, o presente estudo possui um carácter misto pelo facto de
combinar abordagens de natureza quantitativa e qualitativa.
Creswell (2003) sustenta que a abordagem mista se caracteriza pela coleta e análise de dados
qualitativos e quantitativos para estudar um fenómeno num único trabalho de pesquisa. Trata-
se de um estudo descritivo que pretende, a partir da observação e da análise objetiva, chamar
à consciência as autoridades locais sobre a importância do turismo no desenvolvimento local.
O estudo será descritivo a medida em que será feito o levantamento das características do
publico alvo, assim como dos aspetos tidos como relevantes para técnicas de observação,
buscando-se uma inteiração direta com as entidades locais podendo fornecer dados
padronizados referentes a população local.
1. de uma amostra;
Por isso, de acordo com Gil (2007, p. 52) os estudos descritivos são os que mais se adéquam
aos levantamentos. Exemplos são os estudos de opiniões e atitudes.
4.5.1. População
A pesquisa foi realizada na localidade de Macaneta, assim, para o presente estudo, foi
assumido a população de 5604 indivíduos dos quais são compostos pelos residentes da
Localidade de Macaneta, distrito de Marracuene, sem distinção da sua nacionalidade, raça ou
religião.
49
Gil (2003), afirmam que a população é o conjunto de indivíduos, casos ou observações onde
se quer estudar o fenómeno.
4.5.2. Amostra
Como amostra para o estudo, numa base de amostragem não probabilística por conveniência,
foram assumidos para o estudo 2% da população existente. Esta técnica consiste em
selecionar uma amostra da população que seja acessível. Ou seja, os indivíduos empregados
nessa pesquisa são selecionados porque eles estão prontamente disponíveis, não porque eles
foram selecionados por meio de um critério estatístico.
A amostra será de 112 indivíduos, dos quais são compostos por: residentes da localidade de
Macaneta e Visitantes.
50
a) Questionário
Estes serão aplicados em alguns dias da semana e no final de semana, tanto no período da
manhã quanto da tarde, porém não em dias consecutivos para perceber a dinâmica da região.
O questionário será destinado aos Visitantes e Moradores locais com idade igual ou superior
a 18 anos, no qual serão feitas perguntas (fechadas) e eles responderam sem influência
externa.
51
Capítulo V - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Neste capítulo apresentam-se e descrevem-se os resultados obtidos, bem como se procede à
análise e discussão dos dados mais relevantes. Num primeiro ponto, denominado “Perspetiva
da População de Macaneta” apresentam-se os dados obtidos através do inquérito por
questionário e num segundo ponto denominado’’ Opinião sobre as Infraestruturas e
desenvolvimento do Turismo na localidade de Macaneta, apresentam-se os dados obtidos
através da entrevista semiestruturada dirigida ao responsável das atividades económicas no
distrito de Marracuene.
Para a leitura dos dados recolhidos no âmbito do inquérito realizado à população residente,
foi feita a codificação do questionário no programa informático SPSS.
5.1.1. Sexo
No que respeita a variante Sexo, de acordo com o estudo feito na localidade de Macaneta, foi
possível apurar o seguinte resultado: 41.38% (correspondente a 12 pessoas) são do sexo
masculino enquanto 58.62% (correspondente a 17 pessoas) são do sexo feminino, que totaliza
29 casos que correspondem a 100%, deste modo verifica-se que o sexo predominante é o
feminino como se pode apurar no gráfico abaixo representado:
52
Gráfico 1: Sexo
Fonte: Autor
5.1.2. Idade
No que concerne à idade apuramos os seguintes dados, que 65.52% tem idade entre 18 a 28
anos, 13.79% com idades entre 29 e 39 anos, 10.34% tem idades entre os 40 e 50 anos.
10.34% Possuem idades acima de 62 anos de idade; deste modo verifica-se que a maior parte
da população desta região é composta pelos jovens que tem a maior percentagem e de
seguida a faixa dos 29-39, como se pode apurar no gráfico abaixo representado:
Gráfico 2: Idade
Fonte: Autor
53
5.1.3. Nivel Acadêmico
No que diz respeito às habilitações literárias do total de casos inquiridos, foi possível notar
que 24.14% não possuem nenhum nível de escolaridade; 41.38% têm o ensino primário,
34.48% com o ensino secundário. O que totaliza a 29 inquiridos que correspondem a 100%.
Portanto a maior parte da população desta região frequenta o nível primário e tem
dificuldades em aderir ao ensino secundário, e boa parte permanecem sem nenhum nível de
escolaridade. como se pode apurar no gráfico abaixo representado:
Fonte: Autor
Na caracterização geral dos inquiridos, foi analisado o grupo profissional, notou-se que
24.14% são estudantes; 27.59 % são trabalhadores de pesca e agricultura; destaca-se ainda
para os 31.3% correspondem aos desempregados, e por fim outros com 17.24%.
Ainda nesta questão, nota-se que o nível de escolaridade influencia no fator profissional,
como se pode notar no gráfico anterior. O nível de desemprego tem relação com o nível
académico dos inqueridos neste estudo como se pode conferir no gráfico que consta para a
questão em análise:
54
Gráfico 4:Profissão
Fonte: Autor
Para finalizar a caracterização geral dos inquiridos, o estudo assumiu o tempo de residência
no concelho. Assim, do universo de pessoas inquiridas destacam-se pessoas com mais de 10
anos de residência em Macaneta, com uma percentagem de cerca de 93.1% que corresponde a
27 inquiridos. Em segundo lugar com cerca de 6.9% que corresponde a 2 inquiridos, figuram
indivíduos que residem em Macaneta num período entre 6 a 10 anos, conforme o gráfico
representado a seguir:
55
Fonte: Autor
5.2. Opinião sobre as Infraestruturas e o Turismo em Macaneta
O estudo considera o envolvimento pessoal no turismo como especto que pode de certa forma
influenciar a opinião que se pode ter relativamente as infraestruturas e o turismo em
Macaneta por parte dos inquiridos.
Ainda no âmbito da recolha de dados para o suporte do estudo, o segundo subgrupo visava
fazer a recolha da opinião dos entrevistados sobre as Infraestruturas no desenvolvimento do
Turismo na localidade de Macaneta, baseado nas diferentes questões colocadas que a seguir
se apresentam:
56
Fonte: Autor
57
Fonte: Autor
Maior percentagem foi para os que consideram muito bom o estágio do desenvolvimento do
turismo com 44.8% correspondente a 13 inquiridos, e 20.7% correspondente a 6 inquiridos,
considera bom. Como se pode apurar no gráfico que fazemos constar abaixo:
58
Fonte: Autor
Dentre varias opinioes verificou-se que a maior parte da populacao local, com 75.9% que
corresponde a 22 inquiridos, considera que as infraestruturas são sim relevantes para o
desenvolvimento do turismo em Macaneta, e a menor parte com 24.1% que corresponde a 7
inquiridos discorda do mesmo, conforme mostra o grafico abaixo:
Fonte: Autor
59
Dentre varias actividades que o turismo propociona aos turistas em Macaneta, segundo a
opiniao dos locais foi visto que os turistas fazem mais caminhadas com uma percentagem de
40.0% que correspondem a 34 inquiridos, de seguinda destacou-se a pratica de desportos
aquaticos com 29.4% que corresponde a 25 inquiridos, a pesca desportiva com 15.3%, e
menoria destacou pratica de outras actividades com 12.9% com 11 inquiridos, conforme
mostra o grafico abaixo:
Fonte: Autor
Na mesma sequência, o estudo procurou saber dos residentes o grau de importância que
atribuíam as infraestruturas para o desenvolvimento de Macaneta. A este propósito as opções
de resposta colocadas variavam de nada importante para muito importante, sendo que a maior
parte com 55.2% equivalente a 16 inquiridos respondeu que a infraestrutura assume um
papel importante para o desenvolvimento de Macaneta, enquanto 20.7% equivalente a 6
inquiridos, considera nem pouco e nem muito importante a importância das infraestruturas, e
por fim a menor parte com 24.1% equivalente a 7 inquiridos, considera a infraestrutura
pouco importante para o desenvolvimento de Macaneta. conforme ilustra os dados no gráfico
abaixo:
60
Gráfico 11: Importância da infraestrutura para o Turismo
Fonte: Autor
Desta forma temos a maior parte com 34.5% equivalente a 10 inquiridos, considera a
acessibilidade; 20.7% equivalente a 6 inquiridos, considera a comunicação; 24.1%
equivalente a 7 inquiridos, considera a rede de estabelecimento de luz, e por fim 20.7%
equivalente a 6 inquiridos, considera a rede de estabelecimento de água. conforme ilustra os
dados no gráfico abaixo:
61
Fonte: Autor
Deste modo a que frisar que uma das maiores dificuldades desta localidade e são as vias de
acesso e de seguida a comunicação de acordo com o gráfico anterior e dos dados ilustrados
no gráfico abaixo:
62
Fonte: Autor
63
Fonte: Autor
Dentre varias necessidades que a localidade tem, segundo a opiniao dos locais foi visto que
há uma grande necssidade de implementacao de infraestruturas basicas que podem melhorar
muito o fluxo de entradas e saidas dos visitante bem como a convivencia local. Contudo
temos 27.6% que correspondem a 8 inquiridos, optam por Escola secundaria; de seguinda
6.9% que corespondem a 2 inquiridos, que optam por Hospital publico; 20.7% que
corresponde a 6 inquiridos, optam por Mercado ; 34.5% que corresponde a 10 inquiridos,
optam por Estradas alcatroadas; 6.9% que corresponde a 2 inquiridos optam por Bancos e
ATM, e por fim a menoria de 3.4% que corresponde 1 inquirido, que optam por Posto
policial. Conforme mostra o grafico abaixo:
64
Fonte: Autor
5.3. Opinião dos Residentes de Macaneta Relativamente à Vida Social e Cultural, Área
Ambiental e Envolvimento da Comunidade Local
No âmbito da recolha de dados para sustentar o estudo, buscando a perspetiva dos residentes
locais sobre a infraestrutura e turismo como fator do desenvolvimento local, tema central da
presente dissertação, foi recolhida a opinião dos inquiridos relativamente à vida social, área
ambiental assim como o seu envolvimento no desenvolvimento e planeamento do turismo, as
quais passamos a detalhar de forma pormenorizada:
65
inquiridos, concordam e por fim 27.6% concordam plenamente que a infraestrutura e turismo
criam emprego para os residentes locais, como se pode confrontar no gráfico que se segue:
Fonte: Autor
Colocada esta questão notou-se com base nas respostas dadas que os residentes de Macaneta
consideram que o turismo tem utilizado bens e serviços locais, visto que 13.8% (4 pessoas)
discorda completamente, 13.8% (4 pessoas) discorda, 27.6% (8 pessoas) concorda, 20.7% (6
pessoas) concordam plenamente. Porém há que referenciar que uma percentagem
considerável de inquiridos, correspondente a 24.1% (7 pessoas) conforme o gráfico
representado abaixo, mostrou dúvida em termos de opinião tendo assim considerado que não
concorda nem discorda com a afirmação feita.
66
Gráfico 17: Bens e serviços
Fonte: Autor
No que diz respeito a alteração dos hábitos, costumes e modo de vida da comunidade, 10.3%
(3 pessoas) discorda, 24.1% (7 pessoas) não concorda e nem discorda, 31% (9 pessoas)
concorda, a maior parte com percentagem considerável de inquiridos, correspondente a
34.5% (10 pessoas) conforme o gráfico representado abaixo concorda plenamente com a
afirmação feita.
67
Gráfico 18: Alteração de comportamento e modo de vida da comunidade
Fonte: Autor
Na mesma sequência, o estudo procurou saber dos residentes o grau de importância que este
aspecto tem perante a educação e formação profissional dos residentes locais. tendo assim,
51.7% (15 pessoas) discorda completamente, 20.7% (6 pessoas) discorda, 17.2% (5 pessoas)
não concorda e nem discorda, 6.9% (2 pessoas) concorda, 3.4% (1 pessoa) concordam
plenamente com afirmação feita conforme o gráfico representado abaixo:
68
Gráfico 19: Promove o acesso a educação
Fonte: Autor
69
Gráfico 20: Processo migratório dos animais selvagens
Fonte: Autor
No que se refere a esta questão, procuramos saber dos residentes da localidade de Macaneta
qual era o nível de investimento na mesma região e qual eram ponto de vista sobre a situação
em questão. De acordo com as respostas fornecidas pelos inquiridos, 31% (9 inquiridos)
discordam com a afirmação, 24.1% (7 inquiridos) não concordam e nem discordam, 34.5%
(10 inquiridos) concordam com a afirmação em questão e por fim 10.3% (3 inquiridos)
concordam plenamente com se pode verificar no gráfico abaixo:
70
Gráfico 21: Aumento de investimento
Fonte: Autor
71
Gráfico 22: Turismo e Conservação da Paisagem
Fonte: Autor
No que diz respeito à gestão de residuos sólidos na Localidade, o estudo procurou entender
até que ponto o turismo tem contribuido para a produção de mais lixo. Assim, em resposta a
esta questão, ha que referir que 24.1% (7 inquiridos) discordam plenamente que haja mais
lixo na localidade por conta do turismo, sendo que 17.2% (5 inquiridos) não concordam e
nem discordam, a maior parte do universo inquirido com 51.7% (15 inquiridos) concordam
haver mais lixo na localidade pela prática da actividade turística e 6.9% (2 inquiridos )
concordam plenamente, conforme fazemos constar do gráfico representado abaixo:
72
Gráfico 23: Turismo e Residuos solidos
Fonte: Autor
73
Gráfico 24: Degradação do ambiente natural
Fonte: Autor
Assim, procurou-se saber dos residentes locais se havia mais oportunidades de negócio
criadas na localidade devido ao turismo e implementação de infraestruturas, tendo sido
apurado que 44.8% (13 indivíduos) concorda que as oportunidades de negócio têm vindo a
crescer por conta do potencial turístico local. Embora a este número acrescente-se 34.5% (10
inquiridos) de indivíduos que concordam plenamente com a questão colocada, 20.7% (6
74
inquiridos) considerou não concordar e nem discordar que o turismo em Macaneta crie
oportunidades.
Fonte: Autor
75
Gráfico 26: Ordenamento do Território Qualidade do Ambiente
Fonte
: Autor
A comunidade tem se mostrado apta a colaborar com as devidas entidades que promovem o
desenvolvimento local, deste modo 3.4% correspondente a 1 inquirido discorda
completamente co esta afirmação, 10.3% correspondente a 3 casos discorda, importante
referir que um percentagem significativa com 20.7% (6 inquiridos)não concorda e nem
discorda, 24.1% (7 inquiridos) concorda e a percentagem mais elevada com 41.4% que
corresponde a 12 inquiridos, concorda plenamente com esta afirmação como podemos
verificar no gráfico abaixo:
76
Gráfico 27: Envolvimento da comunidade
Fonte: Autor
77
significativa, relevando a importância do papel do planeamento da atividade para a
maximização dos benefícios do turismo.
Fonte: Autor
78
Gráfico 29: Autoridades locais e a gestão de infraestruturas de suporte
Fonte: Autor
79
Conclusão
De acordo com os objectivos inicialmente traçados e após apresentados e discutidos os
resultados deste estudo referente à localidade de Macaneta apresentam-se de seguida as
conclusões obtidas:
Macaneta concentra certos valores naturais de capital importância para o turismo, que
potenciam um conjunto de actividades que concorrem para o desenvolvimento daquela
localidade.
Constatou-se ainda que algumas infraestruturas como a Ponte, Energia Electrica, rede de
abastecimento de água, comunicação, são aspectos que influenciaram o desenvolvimento
rápido da localidade em termos de surgimento de mais instancias turísticas
Percebe-se também através dos dados recolhidos que a comunidade local está disposta a
aceitar e apoiar o turismo como vector principal do desenvolvimento local de Macaneta de
forma particular. Este processo deve ser combinado com outras actividades de incidência
local que possam motivar a melhoria da qualidade de vida local e retorno aos valores locais
que se estabelecem como atributos de atracção turística.
Verificou-se igualmente no decorrer do estudo que o turismo não tem produzido impactos
negativos visíveis a olho nú em Macaneta (o lixo, a construção desordenadae a rosao),
conforme dados apresentados na presente dissertação. Por outro lado, os dados recolhidos
afirmam que o turismo não provoca problemas sociais na vida dos residentes, facto que deve
ser preservado para assegurar a sustentabilidade do mesmo.
80
Referencias Bibliográficas
2. Beaver, A. (2002). A Dictionary of Travel and Tourism Terminology. New York: CABI
Publishing.
4. Bull, A. (1995). The Economics of Travel and Tourism, 2nd edition, Longman,
Melbourne.
9. Fosters, D. (1991). Travel and Tourism Management. Hong Kong: Macmillan Education.
10. https://www.economiaemercado.co.mz/artigo/macaneta-ganhou-vida-com-a-ponte.
11. Ignarra, L. (2003). Fundamentos de turismo (2ºed.). São Paulo: Thomson Learning.
12. Jafari, J. (1977). Editor's page. Annals of Tourism Research, 5 (Supplement 1), 6-11.
13. Leiper, N. (1979). The framework of tourism: Towards a definition of tourism, tourist,
and the tourist industry. Annals of Tourism Research, 6(4), 390-407.
15. Mathieson, A e Wall, G. (1990). Tourism: Economic, Physical and Social Impacts. New
York: John Wiley & Sons.
16. Mill, R., Morrison, A. (1985). The Tourism System - An introductory text, Prentice-Hall,
New Jersey.
17. Mill, R., Morrison, A. (2002). The tourism system. Dubuque: Kendall/ Hunt Publishing
Company.
81
19. MINISTERIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL. Perfil do Distrito de Marracuene
Província de Maputo. Serie: Perfis Distritais, 2005.
23. Oliveira, S. (2002). Tratado de Metodologia Cientifica: Projectos de pesquisa, TGI, TCC,
monografias dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
24. OMT – Organização Mundial do Turismo (1999), Conta Satélite do Turismo (CST),
Quadro Conceptual. Trad. Direcção Geral do Turismo. Madrid: Organização Mundial do
Turismo.
25. OMT – Organización Mundial del Turismo (1998), Introducción al Turismo. Madrid:
Organización Mundial del Turismo.
26. OMT - Organización Mundial del Turismo, (1995). Concepts, Definitions and
Clasifications for Tourism Statistics: a Technical Manual, Madrid.
27. Sharpley, R. (2002). Tourism: a vehicle for development. In Sharpley & Telfer (Eds.),
Aspects of tourism Tourism and development Concepts and issues (pp. 11-34). Clevedon:
Channel View Publications.
28. Theobald, W. (1998). The meaning, scope and measurement of Travel and Tourism.
Boston: Butterworth-Heinemann.
29. https://pt.scribd.com/presentation/476827127/APRESENTACAO-PEDTII-2016-2025 .
82
ANEXOS
83
Figura das Placas indicativas de hotéis em Macaneta. Autor: MORETTI, E. C., 2014.
84
APENDICES
85
Apêndice II: Questionário para população residente
Estimado Senhor (a), o presente questionário tem como objectivo obter informação
relacionada com a analise da infra-estrutura como factor de desenvolvimento do turismo e
tem como caso de estudo a localidade de Macaneta., por razão de ética o seu nome não será
divulgado e as informações por si fornecidas serão apenas para esta pesquisa.
Antecipadamente agradecemos a sua colaboração que poderá nos ser útil.
1. Faixa Etária:
Menor de 18 anos ( ) Dos 18 aos 28 ( )
86
Dos 29 aos 39 ( ) Dos 40 aos 50 ( )
Dos 51 aos 61 ( ) Mais de 62 ( )
2. Sexo:
Masculino ( ) Feminino ( )
3. Habilitações literárias:
2) 4) Mais de 10 anos ( )
PARTE 2: QUESTIONARIO
87
Não ( )
4. Você considera que a comunidade tem sido benificiada para a conservação das
infraestruturas locais? De que forma?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
88
10 Aumento da caça furtiva
19 Aumento de investimentos
89
7. Até que ponto as infraestruturas locas impactam no desenvolvimento socioeconómico da
população local?
Bem ( )
Mal ( )
Estimado Senhor (a), o presente questionário tem como objectivo obter informação
relacionada com a analise da infra-estrutura como factor de desenvolvimento do turismo e
tem como caso de estudo a ponte de Macaneta., por razão de ética o seu nome não será
divulgado e as informações por si fornecidas serão apenas para esta pesquisa.
Antecipadamente agradecemos a sua colaboração que poderá nos ser útil.
1. Faixa Etaria:
Menor de 18 anos ( ) Dos 18 aos 28 ( )
Dos 29 aos 39 ( ) Dos 40 aos 50 ( )
Dos 51 aos 61 ( ) Mais de 62 ( )
90
2. Sexo:
Masculino ( ) Feminino ( )
3. Local de proveniência
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4. Habilitações literárias:
5. Profissão:
________________________________________________________________________
PARTE 2 QUESTIONARIO
Vezes ( )
91
Descanso
Lazer
4. Como é que tomou
Curiosidade
conhecimento
sobre a Estar próximo da natureza existência deste
local?
Conhecer outras culturas
Sugestão de amigos ou
Saúde
familiares ( ) Sugestão de
agências de Religião viagem ( )
Outros
_______________________________________________________________________
Indique __________________________________
92
9. Como considera que a comunidade local cuida da conservação das infraestruturas em
Macaneta?
Bem ( ) Mal ( )
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
1.1. Sexo
1) Masculino ( ) 2) Feminino ( )
93
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
94