TCC Colação Ufpe
TCC Colação Ufpe
TCC Colação Ufpe
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
RECIFE
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
RECIFE
2020
AGRADECIMENTOS
Sou grato a Deus por me permitir uma construção profissional e pessoal muito
honesta, feliz e honrada. A Ele dedico todos os momentos de glória e bençãos da minha vida,
desde o meu primeiro minuto de existência.
Agradeço minha avó, Alice Pires, por todo o amor e consideração direcionados a mim,
pelo apoio em todos os momentos difíceis e por sempre ter acreditado e confiado em mim.
Também destaco a relevância de minha mãe, Lucia Lopes, que é um verdadeiro anjo
enviado por Deus para caminhar ao meu lado, guardando e direcionando os meus passos. Ela
que tanto orou e fez promessas para que eu terminasse a minha graduação, certamente estará
muito feliz por meu objetivo alcançado.
Obrigado ao meu pai, irmão, sobrinha, tia e primos, pelo suporte emocional e por
todos conselhos positivos, emanados afim de que eu buscasse sempre a minha melhor versão.
Sem dúvidas, vocês são indispensáveis para mim!
Aos meus amigos, que se tornaram irmãos, Jefferson Luan, Reginaldo Isídio e Marllon
Rérrison meus sinceros agradecimentos, pois saibam que vocês são o apoio e sustento
contínuo para que eu possa driblar todos os desafios que surgem no dia a dia.
Agradeço imensamente à minha orientadora, Profª MsC. Silvana Cabral Maggi, por
todo o cuidado e confiança dados a mim, pelos grandiosos ensinamentos e por sempre estar ao
meu lado, quando necessário. Saiba que serei eternamente grato!
No mais, direciono meu reconhecimento a todos os professores do curso de
bacharelado em farmácia, da Universidade Federal de Pernambuco, pelo grande esforço,
conhecimento, paciência e trabalho que empenham sob todo o corpo discente da instituição,
para que possamos nos tornar profissionais éticos, compreensivos e humanos.
“Há medicamentos para toda a espécie de
doenças, mas, se esses medicamentos não forem
dados por mãos bondosas, que desejam amar,
não será curada a mais terrível das doenças: a
doença de não se sentir amado.”
(Madre Teresa de Calcutá)
RESUMO
Drug prescriptions are very common in the hospital environment and can contain several
types of errors, ranging from the wrong pharmaceutical form, to changing the patient's name
or route of administration. Thus, any inconsistency in this document can have serious
consequences for the patient, health professionals, the dynamics of the institution and the
health system itself. In this sense, this research is taking place with the general objective to
carry out an integrative review of the literature on the main vulnerabilities and consequences
related to drug prescription. As an methodology, an integrative literature review was used,
with an exploratory approach. The following databases were consulted: Scielo, Lilacs,
Pubmed, CAPES journals and Digital Bank of Theses and Dissertations (BDTD), from which
24 articles were extracted for textual inclusion.
Results: Throughout the selection of the contents covered, in the last 05 years, in the period
from 2015 to July 16, 2020, by the world literature, the described authors mostly
contemplated the incongruencies present in the construction of prescriptions, factors that
trigger human failures, its consequences and necessary interventions to be implemented in the
therapeutic routine. However, there was a small number of studies that included the
importance of pharmacists in the daily hospital complex.
Conclusion: It was observed that the occurrence of errors in drug prescriptions is still a very
frequent reality in health institutions, however, with the continuing education of health
professionals, implementation of technologies, union of the multiprofessional team and
appreciation of the pharmacist as a professional involved in the process of prescription
validation, distribution of medications and care for patients, this scenario can be modified.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10
2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 12
2.1 Objetivo Geral................................................................................................................ 12
2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 12
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 13
4 RESULTADOS ............................................................................................................... 13
5 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 20
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 23
7 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 24
10
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
oxycodone/nalo
xone
necessárias as
observações de
farmacêutico para a
detecção destes erros,
solicitação de correções
e prevenção de riscos
para o paciente
Prescription XU, Lin et 2017 Amostragem por A prática de prescrições
practice of anti- al. conglomerados de medicamentosas não
tuberculosis múltiplos estágios coerentes em relação as
drugs in da doença usando necessidades dos
Yunnan, China: proporção de pacientes com
A clinical audit probabilidade tuberculose podem
causar implicações
significativas
Sistemas de SOUTA, 2015 Estudo Alguns serviços de
medicação e Maristela transversal, tipo internação psiquiátrica
erros em survey, apresentam
unidades de exploratório, vulnerabilidade quanto
psiquiatria de abordagem na segurança terapêutica
um município quantitativa medicamentosa dos
paulista pacientes
5 DISCUSSÃO
Nessa seção, serão comentados os principais pontos observados após a leitura dos
itens supracitados no Quadro 1.
Como bem realçam Vieira (2019), Henrique (2018) e Almeida (2017), ao longo dos
últimos anos muito tem se discutido em relação a segurança do paciente. Descrições, relatos,
análises e atividades voltadas à prevenção de erros assistenciais, que poderiam ter sido
prevenidos, tem sido exaustivamente trabalhados, afim de assegurar um melhor atendimento
aos pacientes.
Um exemplo muito claro e frequente dentro das unidades de saúde, que está
diretamente interligado a segurança do paciente, é justamente o erro em prescrições
medicamentosas. Que de acordo com Gomes, Galato e Silva (2017), podem causar confusões
devido ao uso de abreviações, letras ilegíveis, omissão de informações e ausência do sistema
métrico. Não obstante do que Almeida (2017),considerou ao longo de um estudo num hospital
de alta complexidade do Recife (PE), quando observou nas prescrições: interações
medicamentosas, incompatibilidade com sonda, diluição inadequada e duplicidade
terapêutica.
Assim também se assemelharam os estudos de Costa et al. (2018), ao constatar numa
clínica pediátrica, de um hospital escola, que haviam prescrições incorretas nos seguintes
pontos: nome incompleto do usuário, ausência do número do prontuário, identificação da ala,
leito e/ou enfermaria, forma farmacêutica ausente, concentração de fármacos não
especificadas, tempo de tratamento não evidenciado, velocidade e tempo de infusão não
descritos, assim como volume e tipo de diluentes.
Além disso, Henrique (2018), Lisboa et al. (2018), Lima (2016) e Souta (2015)
revelam que a ocorrência dos erros no aprazamento de horários para ingesta ou aplicação dos
medicamentos, bem como a rasura dos conteúdos escritos e o fato de alguns modelos de
prescrição não contemplarem todos os campos de informações necessárias, são pontos de
vulnerabilidade em relação a segurança terapêutica em serviços de internação.
Por isso, inconformidades nas prescrições medicamentosas podem agravar os quadros
fisiopatológicos dos pacientes. Pois, como descrevem Silva et al. (2020), Ávila et al. (2019),
Santana (2019), Lisboa et al. (2018), Piltcher et al. (2018), Haeseler (2017), Xu (2017) e
Silva (2016), esses erros comprometem a efetividade dos medicamentos, assim como
também podem causar ineficácia analgésica, demora no processo de cicatrização e resistência
microbiana, o que predispõe o aumento das infecções e elevação dos índices de mortalidade.
21
Para melhor ilustrar essa realidade Morschel, Mafra e Eduardo (2018) relata que a
prescrição inadequada de fármacos pode custar a saúde renal do paciente. Nos casos em que
os inibidores da bomba de prótons são indicados de forma errônea, existem fortes
probabilidades de ocorrer nefrite intersticial aguda, uma consequência potencialmente grave,
que pode cursar com o desenvolvimento de lesão renal aguda.
Mesmo assim, considerar os fatores que corroboram para a ocorrência dos erros em
prescrições medicamentosas é algo de extrema valia para compreender a logística na qual os
sistemas de saúde se enquadram. Assim, Bertol e Fabbro (2016), avaliam que dentre esses
fatores negativos estão a intensidade da carga de trabalho, o elevado número de pacientes
atendidos, a necessidade de atuar em mais de um vínculo empregatício, a constante
modificação dos protocolos e medicações ofertadas, a falta de informação em relação aos
fármacos potencialmente inadequados para públicos específicos, como idosos e gestantes,
preocupação com os custos e o tempo de atuação (que nos anos iniciais de trabalho, podem
estar relacionados a incerteza no momento de prescrever).
Perante esse cenário, a tendência de aliar a prática farmacêutica ao maior contato com
os pacientes, tem ganhos novas perspectivas, porque fortalecem o bom senso da equipe e a
implementação dos cuidados da maneira mais saudável possível. Pois, como relatam Lima et
al. (2020), Silva et al. (2020), Souza e Silva (2018), Rêgo e Comarella (2015), Jacobsen,
Mussi e Silveira (2015), é através da análise e validação das prescrições, leitura e
interpretação dos registros documentais, que o farmacêutico facilita a racionalização
terapêutica, eficácia e segurança clínica para o desenvolvimento do plano construído pela
equipe multiprofissional.
As intervenções farmacêuticas devem estar sempre pautadas no conhecimento
científico adquirido ao longo da graduação e das experiências extracurriculares, pois
consoante Rêgo e Comarella (2015) na demanda hospitalar deve ser levado em consideração
os detalhes dos medicamentos, mais prescritas em seu setor, vias de administração,
reconstrução, diluição, farmacocinética e farmacodinâmica, interações (fármaco-fármaco ou
fármaco-nutriente), indicações, contraindicações e toxicidade (a exemplo de superdosagens e
envenenamentos).
Além da valorização e contratação do farmacêutico nas unidades hospitalares, para
fins de ações administrativas, organizacionais e assistenciais, outras medidas também podem
ser adicionadas para minimizar os erros relacionados a medicações. Pois, segundo os estudos
de Henrique (2018) e Lima (2016) a padronização dos processos de prescrição, implantação
sistemas tem se mostrado como fortes aliados do cotidiano clínico, porque, na maioria das
22
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que devemos saber sobre medicamentos. Brasília: Ministério da
Saúde, 2010.
ÁVILA, Fernanda et al. Changes in prescriptions and antibiotic consumption after the implementation of
recommendations for use: experience in a university hospital. Rev. Chilena Infectol., Santiago, v. 36, n. 3, p.
253 – 264, 2019.
BERTOL, Eduardof; FABBRO, Amaury. Estudo indireto sobre as práticas de prescrição de médicos de Curitiba,
Paraná. Rev. APS., Curitiba, v. 19, n.3, p. 412 - 422, 2016.
COSTA, Daiane et al.. Medication prescription errors: an assessment of prescription in the pediatrics of a school
hospital, Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúd., João Pessoa, v. 9, n. 2, p. 1 - 5, 2018.
GOMES, Andressa; GALATO, Dayani; SILVA, Emília. Erros de prescrição de medicamentos potencialmente
perigosos em um hospital terciário. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, Brasília,
v. 8, n. 3, p. 42-47, jul. 2017.
HAESELER, Gertrud et al. Combatting pain after orthopedic/trauma surgery- perioperative oral extended-
release tapentadol vs. extended-release oxycodone/naloxone. BMC Anesthesiology, Marl, v. 91, n. 17, p. 1 - 15,
2017.
JACOBSEN, Thiely; MUSSI, Miriam; SILVEIRA, Marysabel. Análise de erros de prescrição em um hospital da
região sul do Brasil. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo, São Paulo, v. 6, n. 3, p. 23 – 26, set.
2015.
LIMA, Antônio. Erro de medicação: o custo e o impacto das tecnologias preventivas na cadeia
medicamentosa. 2016. 185f. Dissertação (mestrado) – Curso de Enfermagem, Faculdade de Medicina de São
José do Rio Preto, São José do Rio Preto, 2016.
LIMA, Maria et al. Perfil do consumo de pacientes e erros nas prescrições de benzodiazepínicos atendidas em
farmácia privada no Sertão de Pernambuco. Brazilian Journal of Development, Serra Talhada, v. 6, n. 8, p.
55297-55307, aug. 2020.
LIMA, Thiago. Prescriptions errors in a drugstore. Infarma Ciências Farmacêuticas, São José do Rio Preto, v.
28, n. 1, p. 16 - 21, mar. 2016.
LISBOA, Sheila et al. Errors in Antibiotic Therapy: Study with Dentist's Prescriptions in a Large Brazilian City.
Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clinica Integrada, v. 18, n.1, p. 1 - 5, abr. 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o regulamento técnico sobre
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasília.
MORSCHEL, Carine Franco; MAFRA, Denise; EDUARDO, José Carlos Carraro. The relationship between
proton pump inhibitors and renal disease. Revista Brasileira de Nefrologia, São Paulo, v. 40. n.3, p. 301 – 306,
2018.
PILTCHER, Otávio et al. How to avoid the inappropriate use of antibiotics in upper respiratory tract infections?
A position statement from an expert panel. Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology, São Paulo, v. 84, n. 3, p. 265 - 279, jun. 2018.
RAMOS, Albenides. Metodologia da Pesquisa: como uma monografia pode abrir o horizonte do conhecimento.
São Paulo: Atlas, 2009.
REZENDE, Luiz et al. Prescrição de medicamentos: uma análise para a implantação da prescrição eletrônica
ambulatorial. Electronic Journal Collection Health, São Paulo, v. 12, n. 9, p. 1 - 10, 2020.
RÊGO, Marília; COMARELLA, Larissa. O papel da análise farmacêutica da prescrição médica hospitalar.
Caderno saúde e desenvolvimento, São Paulo, v.6, n.4, p. 17 - 31, 2015.
SILVA, Auricélia et al. Perfil de erros de prescrição em antibioticoterapia da cidade de Triunfo-PE. Revista
Brasileira de educação e saúde, Pombal, v. 10, n. 1, p. 115-121, mar. 2020.
SILVA, Nice. Erros de prescrição e intervenção farmacêutica em uma unidade de internação obstétrica de
alto risco: uma questão de segurança no uso de medicamentos. 2016. 96f. Dissertação (Mestrado) –
Tocoginecologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.
SOUTA, Maristela Monteschi et al. Sistema de medicação: análise das prescrições dos profissionais em unidades
de internação psiquiátrica. Texto Contexto Enferm, Santa Catatina, v. 25, n. 4, p. 1-9, mai. 2016.
SOUZA, Ani; SILVA, Trajano. The impact on patient safety in cases of dose error on medical prescription.
Revista Saúde e Desenvolvimento, São Paulo, v. 12, n. 11, p. 245 - 269, 2018.
SOUZA, Mônica Jordão de et al. Práticas seguras para administração de medicamentos construção e validação
de instrumento. Enferm. em Foco, São Paulo, v. 4, n. 8, p. 20-25, dez. 2017.
TAKARASHI, Mônica et al. Evaluation of the prescription: illegibility of prescriptions served in a pharmacy.
Brazilian Journal of Health Review, São Paulo, v.2, n.2, p. 2117 - 2123, mar./abr. 2019.
VIEIRA, Isabela Rufo. Segurança do paciente: diagnóstico dos erros de prescrição em um hospital
microrregional. 2019. 54 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro
Preto, 2019.
VIEIRA, Sandra; HOSSNE, William Saad. Metodologia científica para a área da saúde. 2.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
VILELA, Renata et al. Cost of the medication error and adverse drug events in the
medication therapy chain: review literature as a topic. J. bras. econ. saúde (Impr.), São José
do Rio Preto, v. 10, n. 2, p. 179 - 189, ago. 2018.
XU, Lin et al. Prescription practice of anti-tuberculosis drugs in Yunnan, China: A clinical
audit. Plos One, Taiwan, v. 12, n. 10, out. 2017.