2022 JessicaTsai TCC

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA

AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS: PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM GUIA

DE PRÁTICA CLÍNICA PARA O CUIDADO FARMACÊUTICO E OU A SUA

EQUIPE DE SAÚDE

Jessica Tsai
Orientador: Prof. Dr. Rafael Santos Santana
Co-orientadora: Profª Drª Ana Paula de Oliveira Barbosa

Brasília - DF
2022
JESSICA TSAI

AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS: PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM GUIA DE

PRÁTICA CLÍNICA PARA O CUIDADO FARMACÊUTICO E OU A SUA EQUIPE DE

SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Departamento de Ciências Farmacêuticas da
Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de
Brasília como requisito parcial para a obtenção do
título de bacharel em Farmácia.

Orientador: Prof. Dr. Rafael Santos Santana

Co-orientadora: Profª. Drª. Ana Paula de Oliveira


Barbosa

Brasília - DF
2022
JESSICA TSAI

Apresentação em 27 de setembro de 2022.

Banca Examinadora:

Orientador: Dr. Rafael Santos Santana - UnB

Co-orientadora: Drª Ana Paula de Oliveira Barbosa - UnB

Membro: Drª Chiara Ermínia da Rocha - UFS

Membro: Dr. Genival Araújo dos Santos Júnior - UFES


Dedico este trabalho,

Aos meus pais, Chiu Hsiao Fang e Tsai Ker Shih, que
com toda dedicação e garra me deram suporte e
ferramentas para que eu conseguisse chegar até aqui.

Ao meu namorado e grande amor, Gabriel Jun Kim,


meu maior apoio e incentivo, que me faz acreditar
todos os dias que sou capaz de conquistar o que eu
quiser com o meu esforço e que independente da
minha escolha, sempre estará ao meu lado.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de ter conseguido completar


mais uma fase da minha jornada. E principalmente por ter colocado pessoas tão incríveis
ao meu redor que me deram suporte para alcançar esta conquista.

Aos meus pais Fang e Jorge e minha irmã Jenny, pela paciência e compreensão, sou
imensamente grata por tudo que me proporcionaram.

Ao meu namorado Gabriel, pelos sinceros sentimentos de amor, incentivos e apoio


que sempre demonstrou. Pelas longas conversas e conselhos, você é o meu maior motivo
para querer ser a melhor versão da minha pessoa. Amo nosso companheirismo, te amo pelo
teu esforço e pelo teu coração grande.

Aos meus amigos e colegas, que mais considero como irmãos, por sempre estarem
por perto, ouvirem meus desabafos, e por terem compartilhado momentos inesquecíveis.

Agradeço especialmente ao professor Rafael e a professora Ana Paula por terem


aceitado o convite para realizar este trabalho de conclusão de curso em conjunto, mesmo
com inúmeros projetos em andamento. Agradeço também a banca examinadora pela
disponibilidade e pelas contribuições.

Agradeço à instituição de ensino, Universidade de Brasília – UnB, pelo espaço de


aprendizagem. E por me proporcionar de certa forma momentos de crescimento e
amadurecimento, além de ter me dado a oportunidade de conhecer pessoas incríveis que
irei levar para a vida toda. Destaco minhas amadas amigas que me acompanharam desde o
início do curso, Taís, Bárbara, Clara, Ana Paula e Beatriz.

Enfim, me faltam espaço e palavras para expressar o quão grata sou por todos que
em algum momento cruzaram meu caminho, e que certamente fazem parte de quem eu sou
e quem eu me tornei. Com toda certeza foram e são essenciais para mim! Muito obrigada
do fundo do meu coração!
RESUMO

A avaliação dos sinais vitais faz parte da rotina de muitos serviços de saúde, eles
descrevem a performance das funções corporais básicas e tem como finalidade, prevenir
danos e identificação precoce de eventos que podem afetar a qualidade de vida do paciente.
Além disso, a identificação desses parâmetros ajuda a reduzir o risco de danos
desnecessários associados à prestação de cuidados de saúde a um nível aceitável.

Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo propor um guia prático na
aferição dos sinais vitais, para auxiliar na conduta dos farmacêuticos e ou à sua equipe em
seu estabelecimento de saúde sob a sua supervisão quanto à prestação de cuidado direto ao
paciente.

Para cada tipo de serviço, são apresentados termos relacionados encontrados na


literatura, a metodologia utilizada para as buscas foi baseada na metodologia ADAPTE. A
princípio foi realizada uma busca mais ampla sobre o monitoramento dos sinais vitais e em
seguida foram abordados tópicos específicos para cada um dos sinais vitais, a saber:
pressão arterial; frequência cardíaca; frequência respiratória; oximetria de pulso;
temperatura corporal; e dor. A avaliação consistiu na busca eletrônica nas seguintes bases
de dados: Cochrane Library, Dynamed, Embase, Google Acadêmico, Medline (Via
PubMed), National Guideline Clearinghouse, Trip Database e Up To Date. Para a
localização dos termos e estratégia de busca, foi realizada a pesquisa nos Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS) e os termos localizados foram combinados utilizando-se os
operadores booleanos "AND", "OR" ou "NOT". As buscas que apresentavam mais de 1.000
resultados, foi utilizado o filtro por data de publicação, considerando o período de 2020 a
2022, e para aquelas que mesmo utilizando o filtro por período de publicação
apresentavam resultados acima de 10.000, foram considerados somente os resultados
ordenados por relevância.

Durante a realização do guia, foram encontrados poucos trabalhos com temas


relacionados voltados aos cuidados farmacêuticos, a maioria dos achados eram voltados
aos profissionais de enfermagem. E considerando a importância da atuação clínica do
farmacêutico em prol da saúde da população, isto evidencia a necessidade de um guia
sobre o assunto supracitado e consequentemente a relevância para tal serviço. Os
resultados de buscas apresentados foram somente um demonstrativo de uma pesquisa
ampla quanto aos assuntos abordados, para a elaboração do guia foram escolhidos de 4 a 5
principais documentos para cada um dos sinais vitais mencionados, os demais documentos
referidos foram utilizados para complementar e embasar este guia.

Sendo assim, com os tópicos apresentados neste trabalho, espera-se que possa
contribuir para que os farmacêuticos tenham informações e colaborem, tanto nos aspectos
técnicos e operacionais, subsidiando-os na tomada de decisões e ações, consolidando os
vínculos entre os serviços e a população, promovendo, além do acesso, uma atenção
contínua e integral a diferentes grupos populacionais.

PALAVRAS-CHAVES: Aferição; Assistência Farmacêutica; Cuidado Farmacêutico; Guia


de Prática Clínica; Exames Físicos; Sinais Vitais.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 10
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
GUIA DE PRÁTICA PARA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS POR
FARMACÊUTICOS E OU A SUA EQUIPE DE SAÚDE……………………………… 14
VISÃO GERAL ................................................................................................................. 15
1. Finalidade do guia ............................................................................................. 15
2. Grupos interessados a quem o guia se destina .................................................. 15
3. Metodologia utilizada ........................................................................................ 16
ORIENTAÇÕES PARA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS EM FARMÁCIAS ............ 18
1. Conceitos gerais de sinais vitais ......................................................................... 19
2. Objetivo do cuidado farmacêutico ..................................................................... 19
3. Pressão arterial .................................................................................................. 22
3.1 Definição e fisiologia da pressão arterial ............................................. 22
3.2 Procedimentos para mensuração da pressão arterial ............................ 23
3.3 Técnicas de medição da pressão arterial .............................................. 25
3.4 Monitoramento e identificação de sinais de alertas para encaminhamento
da pressão arterial ....................................................................................... 27
3.5 Aparelhos de aferição de pressão disponíveis no mercado .................. 27
4. Frequência cardíaca ............................................................................................ 29
4.1 Definição e fisiologia da frequência cardíaca ...................................... 29
4.2 Técnicas de aferição da frequência cardíaca ........................................ 32
4.2.1 Técnica de aferição por ausculta cardíaca ............................. 34
4.2.2 Técnica por palpação do ictus cordis .................................... 36
4.2.3 Técnica por pulsação ou frequência de pulso ........................ 37
4.3 Valores normais de pulsação ................................................................ 37
4.4 Sinais e alerta para encaminhamento da frequência cardíaca .............. 38
5. Frequência respiratória ....................................................................................... 38
5.1 Técnica de aferição da frequência respiratória ..................................... 39
5.2 Materiais e procedimentos necessários para aferição da frequência
respiratória .................................................................................................. 40
5.3 Valores de referência de acordo com a faixa etária .............................. 41
5.4 Classificação de respiração .................................................................. 41
6. Oximetria de pulso ............................................................................................. 42
6.1 Materiais e procedimentos necessários para aferição da oximetria de
pulso ........................................................................................................... 44
6.2 Monitoramento e identificação de sinais de alerta para encaminhamento
..................................................................................................................... 47
7. Temperatura corporal ......................................................................................... 47
7.1 Conceito da temperatura corporal ........................................................ 49
7.2 Fatores que afetam a temperatura corporal .......................................... 50
7.3 Procedimentos necessários para aferição da temperatura .................... 51
7.4 Diferentes instrumentos para mensuração da temperatura corporal .... 53
7.5. Monitoramento e identificação de sinais de alerta para encaminhamento
..................................................................................................................... 56
8. Dor ...................................................................................................................... 57
8.1 Mensuração da dor ............................................................................... 58
8.2 Diagnóstico de cuidado com a dor ....................................................... 59
8.3 Classificação da dor .............................................................................. 62
8.4 Sinais de alerta para encaminhamento ................................................. 63
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 63
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 70
DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE ........................................... 70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 71
GLOSSÁRIO……………………………………………………………………...84
ANEXO……………………………………………………………………………86
APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem como intuito elaborar um guia para orientar os


farmacêuticos e a sua equipe de saúde na aferição dos sinais vitais dos pacientes. Sendo
assim, para uma melhor compreensão e direcionamento, o tema foi dividido em tópicos
abordando os principais sinais vitais.

Desta forma, para cada tópico, há uma parte teórica que descreve conceitos e
fundamentos de cada medidas corporais básicas, essenciais para elucidar o entendimento
dos profissionais e consequentemente um melhor conhecimento durante a aplicação das
técnicas na prática.

Em seguida, são descritos os procedimentos de como avaliar os sinais vitais,


técnicas de mensuração, materiais necessários para realizá-los e os sinais de alerta para
encaminhamento, caso necessário.

Com os tópicos apresentados neste trabalho, espera-se que possa contribuir para
que os farmacêuticos tenham informações e colaborem, tanto nos aspectos técnicos e
operacionais, subsidiando-os na tomada de decisões e ações, consolidando os vínculos
entre os serviços e a população, promovendo, além do acesso, uma atenção contínua e
integral a diferentes grupos populacionais.

É importante salientar a necessidade de aperfeiçoamento contínuo com busca de


novas estratégias e atualização sobre o tema, uma vez que esta proposta de guia tem como
intuito a promoção da saúde nos estabelecimentos públicos e privados que desempenhem
atividades farmacêuticas.

10
INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Segundo a Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014, às farmácias e drogarias

passaram a ser vistas como um estabelecimento de saúde e não um simples comércio. Em

unidades de prestação de serviços destinadas a prestar assistência farmacêutica, assistência

à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. Esta lei tornou o farmacêutico como

ator principal nas farmácias, dando autonomia técnica ao profissional.1

Entende-se por assistência farmacêutica o conjunto de ações e de serviços que

visem assegurar a assistência terapêutica integral e a promoção, a proteção e a recuperação

da saúde nos estabelecimentos públicos e privados que desempenhem atividades

farmacêuticas.1

Entre as funções e atribuições do farmacêutico, está a promoção e educação em

saúde, o manejo de problemas de saúde autolimitado, rastreamento em saúde,

acompanhamento da terapêutica farmacológica por meio de protocolos

farmacoterapêuticos. Sendo um dos procedimentos prestados na referida lei a aferição dos

sinais vitais.2

A avaliação dos sinais vitais faz parte da rotina de muitos serviços de saúde, eles

descrevem a performance das funções corporais básicas e tem como objetivo, prevenir

danos e identificação precoce de eventos que podem afetar a qualidade de vida do paciente.

Além disso, a identificação desses parâmetros ajuda a reduzir o risco de danos

desnecessários associados à prestação de cuidados de saúde a um nível aceitável, ao

alcançar a qualidade da assistência e a segurança do paciente.3

11
Os sinais vitais são importantes informativos do estado de saúde no qual o

indivíduo se encontra, uma vez que, por meio deles torna-se possível avaliar as funções

cardíacas, respiratórias, neurais e endócrinas do corpo humano.4 A medição dos sinais

vitais faz parte principalmente do primeiro atendimento na atenção básica, auxiliando na

triagem dos pacientes, um modo eficiente e rápido de monitorar as suas condições. Cada

um dos sinais mede funções fundamentais para a manutenção à vida, cabe ao profissional

de saúde mensurar de forma correta, para que quando detectado alguma anormalidade ser

tratado de forma precoce, com maiores chances de cura, redução das sequelas e tempo de

recuperação.5

A detecção e o tratamento precoces de doenças em pessoas assintomáticas ou sob

risco de desenvolvê-las, constituem estratégias importantes para a redução da

morbimortalidade. A presença do farmacêutico é fundamental para análise de parâmetros

clínicos, quanto à verificação do estado clínico do paciente, da efetividade e segurança do

tratamento, o direcionamento de uma terapia ou o monitoramento do paciente e o

rastreamento para identificação dos fatores de risco na promoção da saúde e na prevenção

da doença.2

Nesse sentido, a aferição dos sinais vitais, por muitas vezes, é um desafio aos

profissionais da saúde, visto que sua técnica e registro correto exigem precisão, pois

facilitam a interlocução multiprofissional entre os trabalhadores inseridos em uma equipe

de saúde. Além disso, apesar de parecer simples, uma técnica mal realizada ou anotações

rasuradas tendem a comprometer a assistência clínica do paciente.4

Outros determinantes, como a complexidade do paciente, estrutura disponível para

a prestação do serviço, a competência clínica do farmacêutico, entre outros, podem

influenciar na provisão do serviço para o paciente. Medidas preventivas ou encaminhar os

12
casos suspeitos a outro profissional ou serviço de saúde para elucidação diagnóstica e

tratamento, também fazem parte da estratégia, de modo a contribuir para a promoção da

saúde, prevenção e controle de doenças, e melhoria da qualidade de vida. É importante

destacar, que os serviços devem ser ofertados de acordo com as necessidades de saúde de

cada paciente.2

Conforme a resolução nº 44 de 2009, o farmacêutico deve orientar o usuário a

buscar assistência de outros profissionais de saúde, quando julgar necessário, considerando

as informações ou resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica.6 Além disso,

o aumento da oferta deste serviço no sistema de saúde poderá contribuir para minimizar o

subdiagnóstico médico, assim como as inúmeras oportunidades de prevenção e promoção

de saúde.

Diante disto, este trabalho tem como finalidade propor um guia para orientar os

farmacêuticos e a sua equipe de saúde na aferição dos sinais vitais. Tendo em vista que há

poucos documentos relacionados à aferição dos sinais vitais voltados a tais profissionais

publicados, o que evidencia a importância para a elaboração deste guia e a relevância deste

serviço.

Contudo, tais técnicas podem corroborar para uma participação mais ativa do

farmacêutico no processo de cuidado ao paciente, à família e à comunidade.Visando a

contribuir para o aprimoramento dos farmacêuticos que assumem o cuidado como o seu

modelo de prática profissional.2

13
GUIA DE PRÁTICA CLÍNICA PARA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS
VOLTADO AOS CUIDADOS FARMACÊUTICOS E OU A SUA EQUIPE DE
SAÚDE

Jessica Tsai, Ana Paula de Oliveira Barbosa, Rafael Santos Santana

2022

14
VISÃO GERAL

1. Finalidade do guia

O guia de prática clínica tem como finalidade orientar os farmacêuticos e a sua

equipe de saúde na aferição dos sinais vitais dos pacientes, a saber: pressão arterial;

frequência cardíaca; frequência respiratória; oximetria de pulso; temperatura corporal; e

dor. Apresentar recomendações elaboradas de forma sistemática para auxiliar as decisões

do farmacêutico e/ou a sua equipe de saúde acerca dos cuidados do paciente.

Este instrumento foi realizado a partir de uma busca estratégica sobre o tema por

meio de literaturas bibliográficas em diferentes bases de dados. Desta forma, buscou-se dar

foco em assuntos relacionados à abordagens e orientações para a aferição dos sinais vitais

ou exames físicos voltados aos farmacêuticos, uma proposta de guia prático de como

realizar estes exames físicos.

É importante salientar que, este guia deverá ser adaptado de acordo com a realidade

de cada um e aperfeiçoado de forma contínua com busca de novas estratégias e

atualizações sobre o tema.

A proposta do guia busca fornecer subsídios para a implementação de serviços

voltados aos cuidados farmacêuticos, devendo, para tanto, de profissionais capacitados

para a realização da aferição dos sinais vitais. Neste contexto, o farmacêutico deve

organizar informações para conhecer o estado de saúde de seu paciente e traçar a relação

entre os problemas de saúde e o plano de cuidado e/ou intervenção.

2. Grupos interessados a quem o guia se destina

15
O guia destina-se a todos os profissionais de saúde, principalmente aos

farmacêuticos e/ou equipe de farmácia sob supervisão dos farmacêuticos, que desejam

buscar orientações acerca de como realizar a aferição dos sinais vitais de forma prática.

3. Metodologia utilizada

A metodologia utilizada para o guia foi baseada nas recomendações utilizadas da

metodologia ADAPTE (DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Ferramentas para adaptação

de diretrizes clínicas) do Ministério da Saúde - Secretaria de Ciência, Tecnologia e

Insumos Estratégicos, Departamento de Ciências e Tecnologia. A ferramenta ADAPTE se

propõe a adaptar diretrizes clínicas existentes para um diferente contexto ou situação,

resultando em melhores práticas clínicas e de gestão em saúde para realidades locais.7

As recomendações são baseadas nos resultados de uma avaliação conduzida sobre a

versão preliminar do manual e do conjunto de ferramentas. A avaliação consistiu na busca

eletrônica sistematizada nas seguintes bases de dados: Cochrane Library, Dynamed,

Embase, Google Acadêmico, Medline (Via PubMed), National Guideline Clearinghouse,

Trip Database e Up To Date.

Para a identificação da pergunta e estratégia de busca, foi utilizado a ferramenta

PIPDS:

(P) - População: população em geral, não foi especificado nenhuma orientação

sexual, identidade de gênero ou idade.

(I) - Intervenção: a intervenção de escolha foi o monitoramento dos sinais vitais

ou a aferição dos sinais vitais.

16
(P) - Profissionais: todos os profissionais de saúde, para não restringir as buscas,

optou-se por não limitar apenas aos farmacêuticos.

(D) - Desfechos e medições de desfecho: buscou-se por guias e/ou protocolos

clínicos de monitoramento de cada um dos sinais vitais abordados.

(S) - Sistema de Saúde: qualquer estabelecimento de saúde aplicável para

aferição e/ ou monitoramento dos sinais vitais.

Utilizando o PIPDS, foi possível chegar na seguinte estratégia de busca: Quais as

principais técnicas de monitoramento e/ou aferição dos sinais vitais voltado aos

profissionais de saúde?

Para a fase de adaptação do guia foram realizados uma busca abrangente sobre o

tema, de modo que fosse possível identificar e incluir estudos relevantes sobre o assunto.

Nesta etapa buscou-se por revisões sistemáticas, protocolos clínicos, dados de diretrizes de

práticas clínicas baseadas em evidências, guias específicas de cada sinal vital e

documentos relacionados, não sendo limitados por determinados períodos de publicações,

mas priorizando os estudos encontrados nos anos de 2020 a 2022.

Para a localização dos termos, foi realizada a pesquisa nos Descritores em Ciências

da Saúde (DeCS), do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da

Saúde (BIREME). O DeCS é uma tradução expandida do Medical Subject Headings

(MeSH), o vocabulário controlado do PubMed. Pesquisando-se no DeCS, pode-se inserir a

palavra em português ou espanhol e obter o descritor em inglês. Os termos científicos

localizados no MeSH para os componentes da pergunta de pesquisa foram:

17
Quadro 1. Termos encontrados no MeSH para componentes da pergunta

Componente da pergunta Termos em inglês (MeSH)

Monitoramento/ Aferição Monitoring

Sinal vital Vital signs

Alterações na temperatura corporal Body temperature changes

Frequência cardíaca Heart rate determination

Determinação da pressão arterial Blood pressure determination

Frequência respiratória Respiratory rate

Dor Pain measurement

Oximetria de pulso Pulse oximetry

Os termos localizados foram combinados utilizando-se os operadores booleanos

"AND", "OR" ou "NOT", para compor a estratégia de busca. Entre termos distintos,

utilizou-se o "AND", para localizar estudos sobre os dois temas (intersecção). Entre os

sinônimos de um componente da busca, utilizou-se o "OR", recuperando-se artigos que

abordam um ou outro tema (soma). O operador "NOT" foi utilizado para excluir um

assunto da busca.

Desta forma, optou-se por empregar estratégia simples e direta, assegurando-se da

relevância de cada termo inserido e seu impacto na busca. Foram feitas combinações com

os componentes localizados no MeSH representados no quadro acima, de modo que para a

busca inicial de identificação foi utilizado o termo “Monitoramento de sinais vitais” e, em

seguida, para a triagem e filtro dos dados encontrados foram utilizados termos específicos

para cada componente dos sinais vitais. Foram utilizados de 4 a 5 documentos principais

para elaboração de cada técnica, sendo os demais documentos relevantes encontrados na

busca, utilizados para compor ou embasar na elaboração do guia.

18
ORIENTAÇÕES PARA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS EM FARMÁCIAS

1. Conceitos gerais de sinais vitais

Os sinais vitais (SSVV) são indicadores do estado de saúde e da garantia das

funções circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo. Podem servir como

mecanismos de comunicação universal sobre o estado do paciente e a gravidade da doença.

Além disso, podem fornecer evidências objetivas da resposta do corpo ao estresse físico e

psicológico ou alterações na função fisiológica. Esses parâmetros, medidos de forma

seriada, contribuem para que os profissionais de saúde identifiquem os diagnósticos, avalie

as intervenções implementadas e tome decisões sobre a resposta do paciente à terapêutica.8

Os sinais vitais consistem em temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial e

frequência respiratória. Embora haja uma variedade de parâmetros que podem ser úteis

junto com os quatro parâmetros tradicionais de sinais vitais, foram incluídos neste trabalho

levando em consideração a sua importância e significância, a oximetria de pulso e a dor.9

2. Objetivo do cuidado farmacêutico

A segurança do paciente é uma preocupação fundamental em qualquer organização

de saúde, e a detecção precoce de qualquer deterioração clínica é de suma importância.10

Sendo desta forma, uma das atribuições do farmacêutico, realizar procedimentos como

avaliação dos sinais vitais e o acompanhamento da terapêutica por meio de protocolos e

guias farmacoterapêuticas.1

O presente trabalho representa um resumo esquemático dos principais sinais vitais

e visa fornecer recomendações para o uso adequado dessas técnicas na prática diária ou

quando necessária por profissionais farmacêuticos e/ou para a sua equipe sob a sua

supervisão.

19
Para realizar a análise desses dados é importante que o farmacêutico conheça as

metas terapêuticas para o tratamento de doenças, pois essas informações deverão ser

correlacionadas com os dados coletados do paciente. O farmacêutico verifica essas

informações no processo de semiologia farmacêutica. A verificação desses parâmetros

pode ser o motivo que levou o paciente ao serviço farmacêutico ou pode fazer parte de uma

avaliação global do paciente durante as consultas farmacêuticas de acompanhamento.11

É pertinente observar como a avaliação dos sinais vitais pode fornecer inúmeras

informações ao farmacêutico. Por conseguinte, consta uma lista de aplicabilidade da

avaliação dos sinais vitais no método de raciocínio clínico do farmacêutico.

Quadro 2. Aplicabilidade da avaliação dos sinais vitais.

SINAL VITAL APLICABILIDADE

➔ Avaliação da terapêutica da hipertensão arterial;


➔ Rastrear possíveis pacientes com hipertensão arterial;
➔ Hipotensão e pressão elevada podem ser efeitos adversos
de medicamentos (eritropoietina e corticoides aumentam
valores de PA);
➔ Pressão arterial elevada pode indicar falha na efetividade
Pressão arterial dos anti-hipertensivos;
➔ Hipotensão pode indicar dose elevada do fármaco
anti-hipertensivo;
➔ Hipotensão pode indicar associação desnecessária de
anti-hipertensivo; e
➔ Hipotensão pode indicar não adesão ao tratamento
medicamentoso (paciente utiliza doses superiores às
prescritas).

➔ Avaliação da terapêutica da hipertensão e da


insuficiência cardíaca;

20
➔ Bradicardia e taquicardia podem ser efeitos adversos de
Frequência cardíaca medicamento (exemplo: beta-bloqueadores causam
bradicardia); e
➔ Taquicardia pode indicar um quadro infeccioso, sendo
necessário o encaminhamento ao médico.

➔ Avaliação da terapêutica da asma e doença pulmonar


obstrutiva crônica;
➔ Rastreamento de possíveis pacientes com problemas
Frequência respiratória pulmonares (quadros asmáticos, infecciosos ou
metabólicos); e
➔ Taquipnéia pode indicar falha na efetividade dos
medicamentos para o tratamento da asma.

➔ Avaliação da terapêutica do uso de antipiréticos;


➔ Avaliação da efetividade do uso de antibióticos;
Temperatura corporal ➔ Alerta para encaminhamento ao médico; e
➔ Hipertermia pode ser um efeito adverso a medicamentos.

Dor ➔ Avaliação da terapêutica ao uso de analgésicos.

Fonte: Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica : aplicação do método clínico / Ministério


da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Para obtenção dos sinais vitais mais precisos deve-se considerar condições

ambientais, tais como: temperatura e umidade do local, que podem causar variações nos

valores; condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e

alimentação, que também podem causar variações nos valores; e condições do

equipamento, que devem ser apropriados e calibrados regularmente, de preferência a cada

seis meses. O farmacêutico deve estar atento, pois o uso de equipamentos inapropriados ou

descalibrados podem resultar em valores errôneos.12

21
Em seguida são abordados os procedimentos para mensuração dos sinais vitais,

além de uma breve explicação sobre o tema de cada um, e alertas para encaminhamento.

3. Pressão arterial

A aferição da pressão arterial permite guiar condutas terapêuticas individuais,

monitorar prevalências populacionais e identificar fatores de risco associados à hipertensão

arterial. A adequação das condutas terapêuticas e a validade das inferências

epidemiológicas dependem essencialmente da acurácia dos métodos e procedimentos de

aferição da pressão arterial. Assim, a minimização de erros de aferição é crucial, e é

buscada por meio de aparelhos calibrados, utilizados por aferidores bem treinados. 13

3.1 Definição e fisiologia da pressão arterial

A pressão arterial é definida pela força exercida pelo sangue contra a parede das

artérias, por sua força elástica, sobre o sangue. Divide-se em pressão arterial sistólica

(PAS), pressão mais elevada observada nas artérias durante a fase sistólica do ciclo

cardíaco. E pressão arterial diastólica (PAD), pressão mais baixa detectada na aorta e seus

ramos durante a fase diastólica do ciclo cardíaco.4 Esta força nós chamamos de pressão ou

tensão e, com ela, o sangue atravessa os capilares com uma pressão média de 30 mmHg,

ideal para as trocas entre o conteúdo sanguíneo e o tecido intersticial, colocando à

disposição das membranas celulares todas as substâncias necessárias ao seu equilíbrio

metabólico. 14

Já a pressão arterial normal segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão

Arterial de 2020, são definidas como aqueles indivíduos que apresentam a PAS entre 120 a

129 mmHg e PAD entre 80 a 84 mmHg. 15

22
E por fim, a hipertensão arterial, trata-se de uma condição multifatorial, que

depende de fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais e sociais caracterizada por elevação

persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140

mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg. 15

3.2 Procedimento para mensuração da pressão arterial

A pressão arterial (PA) pode ser medida usando o método auscultatório (medição

manual), esse método utiliza um estetoscópio e um aparelho denominado

esfigmomanômetro, composto por um manguito inflável de braço conectado a uma coluna

de mercúrio ou a um marcador aneróide (ponteiro). 16 Ou técnica oscilométrica (dispositivo

automáticos ou semiautomáticos), este método mede a amplitude de oscilação que aparece

no sinal de pressão da braçadeira que é criado pela expansão da parede cada vez que o

sangue é forçado pela artéria. 17

Figura 1. Estetoscópio e esfigmomanômetro, respectivamente, fonte Google

Imagens.

No método auscultatório, a medida ocorre através da oclusão arterial pela inflação

do manguito, correlacionando a ausculta dos batimentos cardíacos com o valor registrado

na coluna de mercúrio ou pelo ponteiro. Os sons ouvidos durante o procedimento de


23
medida são denominados ruídos de Korotkoff, sendo classificados em cinco fases,

conforme o quadro representado abaixo. 16

Quadro 3. Fases, características e significados dos sons de Korotkoff.


Fases, características e significados dos sons de Korotkoff

Fases dos sons de Características e significados


Korotkoff

FASE 1 Primeira aparição de ruídos rítmicos, de forma clara e


repetitiva, coincidindo aproximadamente com a identificação
do pulso palpável. Correspondente ao valor da pressão
sistólica.

FASE 2 Os ruídos são mais leves e longos, com a qualidade de um


murmúrio intermitente.

FASE 3 Os ruídos tornam-se novamente firmes e altos

FASE 4 Ruídos abafados, pouco distintos e leves. Corresponde ao valor


da pressão diastólica.

FASE 5 O som desaparece completamente


Fonte: POLITO, M. D.; FARINATTI, P. DE T. V. Considerações sobre a medida da pressão
arterial em exercícios contra-resistência. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 9, n.
1, p. 25–33, fev. 2003.

Já no método oscilométrico, a insuflação e a desinsuflação das braçadeiras são

obtidas de forma automática. Depois da pressão da braçadeira aumentar acima da PA

sistólica, esta diminui a uma taxa constante. Durante a desinsuflação, o sinal referente à

medição de pressão da braçadeira começa a oscilar, com uma amplitude crescente a partir

da pressão sistólica, atingindo o máximo de oscilação quando atinge a PA média. À medida

que a pressão de insuflação da braçadeira continua a descer, a amplitude das oscilações

baixa proporcionalmente, até que a braçadeira esteja totalmente vazia. 18

24
3.3 Técnicas de medição da pressão arterial

Observações antes da aferição da pressão arterial:

A medição precisa da pressão arterial envolve o uso de equipamentos regularmente


inspecionados e validados;
O profissional responsável pela aferição deve ser treinado, deve-se utilizar técnicas
padronizadas;
O manguito deve ser do tamanho adequado;
O paciente deve ficar sentado tranquilamente por pelo menos 5 minutos em uma
cadeira com os pés no chão e as costas apoiadas;
O braço a ser aferido deve ser apoiado ao nível do coração;
As pernas não devem ficar cruzadas;
Evitar interferências durante a medição, evitar falar ou conversar;
Utilize a média de pelo menos 2 medições;
Aferir a pressão arterial em ambos os braços e usar o braço que tem a pressão
consistente mais alta.
É recomendado evitar cafeína, exercícios e fumar por aproximadamente 30
minutos antes da medição;
Garantir que o paciente esvaziou a bexiga e que nem o paciente nem o observador
deve falar durante o período de repouso ou durante a medição;
Fonte: DynaMed. Blood Pressure Measurement and Monitoring. EBSCO Information
Services.

Procedimento da técnica:

AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

1. Apoie o braço do paciente e posicione no meio do manguito no braço do paciente

ao nível do átrio direito (ponto médio do esterno);

2. A bexiga inflável do manguito deve circundar 80% da circunferência do braço do

paciente (a roupa deve ser removida do local de colocação do manguito);

3. Observe o tamanho do manguito, se foi usado um manguito maior ou menor que o

normal;

4. O diafragma do estetoscópio ou a campânula podem ser usados para leituras

auscultatórias;

5. Separar medições repetidas por 1-2 minutos para determinações auscultatórias;

25
6. Usar estimativa palpada da pressão de obliteração do pulso radial para estimar a

pressão arterial sistólica (PAS);

7. Inflar o manguito 20-30 mmHg acima deste nível para determinação auscultatória

da pressão arterial;

8. Esvazie a pressão do manguito 2 mmHg por segundo e ouça os sons de Korotkoff.

9. A pressão arterial sistólica e diastólica deve ser registrada como início do primeiro

som de Korotkoff e desaparecimento de todos os sons de Korotkoff,

respectivamente (use o número par mais próximo);

10. Use um dispositivo de medição de pressão arterial validado e certifique-se de que

o dispositivo seja calibrado periodicamente;

11. Documente adequadamente as leituras precisas da pressão arterial, registre a

pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD), se estiver

usando técnica auscultatória, registre PAS e PAD como início do primeiro som de

Korotkoff e desaparecimento de todos os sons de Korotkoff, respectivamente (use

o número par mais próximo);

12. Anote a hora da medicação de pressão arterial mais recente tomada antes das

medições;

13. Para o cálculo da média das leituras, use média de ≥ 2 leituras obtidas em ≥ 2

ocasiões para estimar a pressão arterial; e

14. Explique os resultados ao paciente de PAS/PAD.

15. Fazer as orientações pertinentes; e

16. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Ministério da Saúde - Linhas de Cuidado. Técnica de aferição da Pressão Arterial


(PA).

26
Circunferência do braço:

➔ Tamanho pequeno do manguito adulto: 22 a 26 cm;

➔ Tamanho normal do manguito adulto: 27 a 34 cm;

➔ Tamanho grande do manguito adulto: 35 a 44 cm.

3.4 Monitoramento e identificação de sinais de alertas para encaminhamento


da pressão arterial

Quadro 4. Valores de referência e sinais clínicos consultado na base de dados Dynamed e


Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2020.

VALOR PA POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS

< 100/60 mmHg Hipotensão, síncope do vasovagal, desidratação, problemas


cardíacos como Insuficiência Cardíaca Crônica

> 120/80 mmHg até Pré-hipertensão, encaminhamento para nutricionista para dieta
140/100 mmHg hipossódica e se houver condições genéticas para hipertensão
encaminhar para cardiologista para exames com maiores
precisões de diagnóstico.

> 140/100 mmHg Hipertensão, encaminhar para cardiologista para realizar


até 160/120 mmHg exames com MAPA (Holter), ecocardiograma e
eletrocardiograma com diagnóstico adequado e tratamento
anti-hipertensivo com diuréticos ou inibidores de ECA.
Orientar o monitoramento domiciliar (medir a PA em casa) e
oferecer serviços de telemonitoramento à distância.

> 160/120 mmHg Hipertensão grave, riscos de AVC, encaminhamento urgente

3.5 Aparelhos de aferição de pressão disponíveis no mercado

27
Existem aparelhos com tecnologias e recursos diferentes para cada tipo de

necessidade, como local de aferição, memória de aferições e até detector de arritmias. No

mercado, existem aparelhos que fazem a aferição no braço ou no pulso, o que muda em

cada modelo é a tecnologia utilizada, segue alguns exemplos no quadro 5. No entanto, há

situações que impossibilitam a verificação da pressão arterial em membros superiores,

como a presença de acesso venoso, cirurgia no local, lesão, fraturas, enxerto, mastectomia

bilateral ou amputação. Sendo indicada a mensuração em membros inferiores, na artéria

tibial posterior e poplítea, de preferência na perna, em razão da melhor correlação com os

valores braquial, pela possibilidade de uso do manguito de tamanho padrão e pela posição

supina, mais confortável para o paciente.19

Quadro 5. Aparelhos de aferição de pressão disponíveis no mercado

APARELHOS DISPONÍVEIS DESCRIÇÃO

Aparelho de pressão digital de pulso O medidor de pressão de pulso é ideal para


monitorar a pressão de forma prática. Por ser
compacto, ele pode ser transportado com
facilidade para qualquer lugar e cabe em
bolsas e gavetas de todos os tamanhos. Por ser
digital, os resultados da aferição são simples
de interpretar e visualizar.
Como a medição é realizada no pulso, os
resultados desses aparelhos de pressão digitais
não são tão precisos e podem variar de acordo
com o posicionamento do braço e ajustes de
monitoramento. No entanto, para evitar isso,
basta seguir corretamente as instruções de
uso.

28
As braçadeiras inflam automaticamente e os
resultados podem ser conferidos em menos de
Aparelho de pressão digital de braço 1 minuto, em modernos visores digitais.
Por serem fáceis de usar, são os aparelhos
ideais para idosos ou para quem não tem
prática em aferir a pressão. Eles costumam ter
uma boa capacidade de armazenamento das
aferições e preços acessíveis, sendo ótimos
para quem sofre com doenças
cardiovasculares e precisa de um
monitoramento diário.

Esfigmomanômetro Os esfigmomanômetros são manuais. O


método consiste em inflar manualmente a
braçadeira para comprimir a artéria braquial e
depois desinflar, usando um estetoscópio para
auscultar a artéria. Ouve-se os batimentos e
verifica no manômetro os níveis de pressão
sistólica e diastólica.
Apesar de complexo, é importante destacar
que esse é considerado o método mais seguro
para determinar o nível da pressão arterial.
Para fazer aferições precisas, também é
preciso calibrar o equipamento de tempos em
tempos. Esse processo é realizado em lojas
especializadas.

4. Frequência cardíaca

Fatores de riscos associados às condições cardiovasculares, como a redução do

tônus vagal cardíaco, arritmias ou eventos cardíacos isquêmicos, podem representar um

importante indicador do estado de saúde e fator prognóstico e influenciador independente

da morbi-mortalidade.20 A partir disto, verifica-se a importância da aferição da frequência

cardíaca, uma vez que benefícios podem ser obtidos com determinado procedimento.

4.1 Definição e fisiologia da frequência cardíaca

29
Durante o ritmo sinusal normal, o valor da frequência cardíaca (FC) resulta da

influência dinâmica de vários mecanismos fisiológicos que a regulam instantaneamente.

Neste curto período de tempo entre batimentos, a FC é controlada pela atividade simpática
21
e parassimpática. O débito cardíaco aumenta com o aumento da estimulação simpática e

diminui com o aumento da estimulação parassimpática. Essas alterações sobre o nodo

sinoatrial, provocadas pela estimulação nervosa, resultam de alterações na frequência

cardíaca e na força contrátil do coração, modulando sua função e adaptando-se à demanda

tecidual. 22

O ritmo cardíaco adequado é o ritmo regular, compassado. A frequência dos

batimentos cardíacos depende da atividade que o indivíduo está realizando (repouso ou em

exercício) e é medida pelo número de contrações do coração por uma unidade de tempo,

geralmente por minuto. Por isso é expressa em BPM (batimentos por minuto). A

frequência cardíaca pode variar muito, mas normalmente situa-se entre 60 bpm e 100 bpm

num indivíduo em repouso ou atividades habituais.23

Para um indivíduo adulto em repouso, uma frequência cardíaca de 100 bpm,

persistentemente, pode ser considerada alta. Em algumas situações, como durante

exercícios físicos de alta intensidade, estes batimentos podem atingir até mesmo 180 bpm.

Por outro lado, quando dormimos ou estamos em repouso, a frequência pode ficar abaixo

dos 60 bpm e isso é considerado normal.23

A aferição da frequência cardíaca tem como objetivo avaliar e monitorar as

condições hemodinâmicas do paciente, detectar e monitorar arritmias cardíacas. Além de

avaliar os efeitos de medicamentos que alteram a frequência cardíaca e verificar a

frequência, ritmo e amplitude do pulso.24

30
A FC pode ser aferida sobre artéria periférica, geralmente pulso radial, ou

auscultada com estetoscópio acima do ápice cardíaco, também chamado de pulso apical ou

a pulsação no ápice do coração. Esta pulsação é percebida como uma onda de sangue

sendo bombeado na circulação arterial, pela contração do ventrículo esquerdo.

Características das pulsações como frequência, qualidade, ritmo, e volume dão

informações sobre a eficácia do coração como uma bomba e a adequação do fluxo

sanguíneo periférico.24

A frequência das pulsações aumenta ou diminui em relação a uma variedade de

mecanismos fisiológicos. Pode ainda alterar-se devido a atividade, medicamentos,

emoções, dor, calor, frio e doenças em curso.24

Em seguida, alguns conceitos sobre o ciclo cardíaco e o Ictus Cordis para melhor

entendimento da frequência cardíaca:

O ciclo cardíaco é a sequência de eventos que ocorre a cada batimento cardíaco

para que o sangue seja bombeado pelo corpo. O coração ciclicamente se contrai e relaxa.

Quando se contrai, ejeta o sangue em direção às artérias, na fase chamada de sístole.

Quando relaxa, recebe o sangue proveniente das veias, na fase chamada diástole.25

Figura 2. Sístole e diástole, respectivamente, fonte Google Imagens.

31
Já o Ictus Cordis, a ponta do coração é formada pelo ápice de ventrículo esquerdo

(VE) e se encontra no hemitórax esquerdo. É estudado através da investigação da sua

localização, extensão, mobilidade, intensidade e tipo de impulsão, ritmo e frequência. Sua

localização varia com o biotipo do paciente e é avaliada com o paciente em decúbito dorsal

com ou sem a elevação da cabeceira a 30º. Em pacientes mediolíneos, em geral, está

situado no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda (LHE) com o 5º espaço intercostal

(EI); brevilíneos, desloca-se cerca de dois centímetros para cima e para fora, ficando no

4ºEI; e nos longilíneos, habitualmente está no 6ºEI, 1 ou 2 cm para dentro da LHE. Seu

deslocamento pode indicar patologia associada, como dilatação e/ou hipertrofia de VE. 26

Figura 3. Ictus Cordis, fonte Google Imagens.

4.2 Técnicas de aferição da frequência cardíaca

Atualmente as principais técnicas para aferição da frequência cardíaca são a

ausculta cardíaca e a pulsação ou frequência de pulso:

A ausculta cardíaca é a técnica que escuta os sons gerados pelo ciclo cardíaco e os

sopros cardíacos.27-29 A técnica envolve uma sequência lógica e sistematizada de

procedimentos direcionados no sentido de se obter o conjunto de informações fisiológicas

32
que seja a mais abrangente possível. As áreas clássicas de ausculta cardíaca são: aórtica -

segundo espaço intercostal direito; mitral - ápice; pulmonar - segundo espaço intercostal

esquerdo; tricúspide - quarto espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno (Figura 3).30-31

Ainda que a ausculta cardíaca seja um método limitado para o diagnóstico preciso

de arritmias cardíacas, é possível, mediante uma descrição detalhada do ritmo, reunir

informações importantes para a caracterização de arritmias cardíacas.

Figura 4. Focos de ausculta cardíaca, fonte Google Imagens.

Já a pulsação ou frequência de pulso, é a técnica que avalia o coração por meio do

ciclo de expansão e relaxamento de uma artéria. 32-33 O pulso pode ser encontrado em locais

como: na lateral do pescoço, no interior do cotovelo ou no pulso. As respostas da pulsação

dependem de diversos fatores, como a posição corporal, o estado clínico, a volemia, faixa

etária e as condições ambientais. 34

33
Figura 5. Locais para aferição da pulsação, fonte Google Imagens.

Materiais necessários para aferição da frequência cardíaca: Relógio de pulso

ou parede que possuam o demonstrador de segundos e estetoscópio.

4.2.1 Técnica de aferição por ausculta cardíaca:

Observações antes da aferição da frequência cardíaca:

Os locais para a verificação dependem da condição clínica do usuário. As artérias


de eleição são: radial, braquial, poplítea, pediosa, temporal, carótida e femoral;
Em lactentes e crianças pequenas, posicionar o estetoscópio no tórax, no ápice do
coração. Contar o número de pulsações por um minuto em função de possíveis
irregularidades de ritmo.
Atentar para os fatores que afetam as frequências cardíacas: idade, ritmo
circadiano (diminui pela manhã e aumenta no final do dia), gênero (mulheres tem
de 7-8 batimentos a mais por minuto), exercício físico, dor, febre, calor, uso de
drogas e marcapasso cardíaco.
Fonte: Prefeitura de Canoas. Fundação Municipal de Saúde de Canoas. Procedimento
Operacional Padrão (POP) de Enfermagem. POP 10 - Verificação de Frequência Cardíaca,
2010.

Procedimento da técnica:

AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

1. Higienizar as mãos;

2. Colocar o paciente em posição confortável, preferencialmente sentado e orientá-lo

quanto ao exame;

34
3. Realizar a desinfecção das olivas do estetoscópio com algodão ou gaze embebida

de álcool 70%;

4. Introduzir as olivas nos ouvidos com as extremidades curvadas para frente, em

direção à face;

5. Identificação e palpação do pulso carotídeo (artéria carótida comum) que será

utilizado, imediatamente à esquerda da linha hemiclavicular no quarto espaço

intercostal esquerdo;

6. Coloque o estetoscópio no quinto espaço intercostal, na linha clavicular média, ou

seja, acima do ápice cardíaco, (no adulto abaixo da linha mamária, na criança na

linha mamilar);

7. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o local;

8. Aproximar o cronômetro ou relógio do local;

9. Realizar a contagem dos batimentos cardíacos por 1 minuto;

10. Observar o ritmo e a qualidade do som;

11. Comunicar ao usuário ou acompanhante sobre o resultado;

12. Realizar a higienização das mãos;

13. Fazer as orientações pertinentes; e

14. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Prefeitura de Londrina. Secretaria Municipal da Saúde. Procedimento Operacional

Padrão (POP). POP 38 - Aferição da Frequência Cardíaca, 2021.

35
Figura 6. Informações do estetoscópio, fonte Google Imagens.

O ESTETOSCÓPIO

O estetoscópio acústico, o mais comum, possui um mecanismo amplificador conectando


as partes auriculares por meio de uma sonda. Os dispositivos amplificadores são o
diafragma e as campânulas. O diafragma é mais utilizado para a escuta de sons de alta
frequência como os sons respiratórios, filtrando os sons de baixa frequência. Já a
campânula filtra os de alta e permite a ausculta de sons de baixa frequência como os
produzidos pelo coração e pelo sangue no interior dos vasos.
Fonte: Prefeitura de Londrina. Secretaria Municipal da Saúde. Procedimento Operacional

Padrão (POP). POP 38 - Aferição da Frequência Cardíaca, 2021.

4.2.2 Técnica por palpação do ictus cordis:

AFERIÇÃO POR PALPAÇÃO DO ICTUS CORDIS

1. Lavar as mãos;

2. Colocar o paciente em posição confortável e orientá-lo quanto ao exame;

3. Identifique o local do ictus cordis;

4. Informe ao paciente que você irá palpar o coração (região do Ictus cordis);

5. Coloque a região central da sua palma na região, que é a única que deverá ter

contato com a pele da região. Os seus dedos deverão estar em hiperextensão;

36
6. Cada impulsão do ictus corresponde a uma sístole. Contar o número de sístoles

durante um minuto;

7. Lavar as mãos ao término.

8. Fazer as orientações pertinentes; e

9. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Universidade Federal de Ouro Preto. Semiologia Médica UFOP. Frequência

Cardíaca.

4.2.3 Técnica por pulsação ou frequência de pulso

AFERIÇÃO POR PULSAÇÃO OU FREQUÊNCIA DE PULSO

1. Lavar as mãos;

2. Colocar o paciente em posição confortável e orientá-lo quanto ao exame;

3. Apalpar os locais onde se encontram a artéria;

4. Contar quanta pulsação há durante 1 minuto (60 segundos);

5. Lavar as mãos ao término;

6. Anotar a frequência cardíaca caso necessário.

7. Fazer as orientações pertinentes; e

8. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Universidade Federal de Ouro Preto. Semiologia Médica UFOP. Frequência

Cardíaca.

4.3 Valores normais de pulsação

Quadro 6. Valores de referência de frequência de pulso; Gelbcke (2013)


IDADE BATIMENTOS CARDÍACOS POR MINUTO

37
10 – 20 anos 70 a 90 bpm

20 – 60 anos 60 a 90 bpm

> 60 anos - 70 bpm

4.4 Sinais e alerta para encaminhamento da frequência cardíaca

Quadro 7. Valores de referência e sinais clínicos da frequência cardíaca consultado na


base de dados Dynamed.
VALOR FC POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS

< 90 bpm Bradicardia, arritmia cardíaca, outros problemas cardíacos


congênitos como tetralogia de Fallot, más formações de válvulas
cardíacas

> 120 bpm Taquicardia, insuficiência cardíaca, problemas cardíacos congênitos

5. Frequência respiratória

A frequência respiratória é determinada pelo número de movimentos respiratórios

por minuto. É a verificação do mecanismo que o organismo utiliza para trocar os gases

entre a atmosfera e o sangue, bem como entre o sangue e as células. E tem como objetivo

incluir aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho respiratório, como alterações

da coloração da pele e mucosas, baqueteamento digital, formato do tórax, tipo de

respiração, ritmo e amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura acessória,

expansibilidade, palpação, percussão e ausculta do tórax.30-31

A respiração é uma função fisiológica vital do corpo humano, além de garantir as

trocas gasosas, regula o equilíbrio ácido-base e outras funções homeostáticas mesmo sob

condições de estresse.5

O sistema respiratório humano é formado por fossas nasais, faringe, laringe,

traquéia e pulmão, sendo o pulmão constituído de brônquios, bronquíolos e alvéolos. As

fossas nasais aquecem e retêm as impurezas do ar. De lá, ele passa pela faringe e pela
38
laringe seguindo para a traqueia, brônquios e bronquíolos, e na ponta destes, os alvéolos. É

nos alvéolos onde ocorrem as trocas entre oxigênio (O2) e o dióxido de carbono ou gás

carbônico (CO2). 35-36

O sangue é oxigenado através dos mecanismos de ventilação, perfusão e transporte

dos gases respiratórios, realizados através da respiração. Já o controle das respirações se dá

no centro respiratório localizado na medula do tronco cerebral. É estimulada por uma

concentração aumentada de CO2 e por quimiorreceptores no arco aórtico e no corpo

carotídeo (localizado na lateral do pescoço) que são sensíveis aos níveis de gases (O2 e

CO2) podendo ativar a medula.35-36

5.1 Técnica de aferição da frequência respiratória

Umas das técnicas de aferição da frequência respiratória é observar o número de

vezes que a pessoa respira por minuto, um ciclo completo, composto por uma inspiração e

uma expiração (Figura 7). Observa-se a expansibilidade e retração da parede torácica e

abdominal.30-31

Figura 7. Frequência respiratória (inspiração e expiração), fonte Google Imagens.

39
5.2 Materiais e procedimentos necessários para aferição da frequência
respiratória

Materiais: Relógio com marcador de segundos, luvas de procedimento, caneta e

formulário de registro. 40-41

Descrição do procedimento:

Observações antes da aferição da frequência respiratória:

Atentar para os fatores que afetam a frequência respiratória:


- Exercícios físicos: aumenta a efetividade do bombeamento do sangue pelo
coração e as células teciduais tornam-se mais capazes de utilizar o
oxigênio;
- Anemia: a diminuição das hemoglobinas diminui consequentemente o
transporte de oxigênio;
- Hemorragia: a perda de sangue resulta em diminuição do volume de sangue
no coração, e diminuição da oxigenação, para compensar há aumento da
FR.
- Idade: quanto menor o organismo, frágil ou com sistema respiratório menos
desenvolvido maior será a FR;
- Opióides: medicamentos como morfina, demerol afetam o centro
respiratório medular;
- Estilo de vida: pessoas sedentárias e/ou obesas não estimulam a expansão
dos alvéolos, mantendo uma respiração mais superficial. O mesmo para
tabagistas;
- Estresse: pessoas estressadas tendem a suspirar em excesso ou apresentar
hiperventilação (aumento da FR profundidade acima do necessário); e
- Ansiedade: pode causar broncoespasmo e episódio de asma brônquica,
resultando na hipóxia (diminuição da perfusão tecidual).
Fonte: Prefeitura de Londrina. Secretaria Municipal da Saúde. Procedimento Operacional

Padrão (POP). POP 37 - Aferição da Frequência Respiratória, 2021.

Procedimento da técnica:

AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

1. Explicar o procedimento ao paciente;

2. Determinar necessidade de avaliar a respiração do paciente;

3. Contar o pulso, depois a frequência respiratória;

40
4. Colocar os dedos na artéria radial, como se fosse contar o pulso, a fim de distrair a

atenção do paciente, para que não haja mudança do ritmo respiratório;

5. Observar os movimentos respiratórios por ¼ de minuto, se for rítmico e

multiplicar por 4;

6. Contar por 1 minuto, se a respiração for arrítmica;

7. Ocorrendo dificuldade respiratória, verificar se há algum objeto obstruindo as vias

aéreas; e

8. Verificar além da frequência a profundidade e ritmo da respiração.

9. Fazer as orientações pertinentes; e

10. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina. Hospital Universitário Polydoro Ernani de

São Thiago. Procedimento/Rotina - Verificação de Sinais Vitais no Adulto, 2020.

5.3 Valores de referência de acordo com a faixa etária

Quadro 8. Valores de referência de movimentos respiratórios por minuto, Gelbcke (2013).

IDADE MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS POR


MINUTO (mrm)

Adolescente 16 - 19
Adulto 12 - 20
(20 a 40 anos)
Adulto 16 - 25
(+ 40 anos)

5.4 Classificação de respiração:

Quadro 9. Classificação de respiração, Gelbcke (2013)

41
Classificação Definição Descrição

Normopneia ou Respiração normal Normal


eupneia

Bradipneia Frequência regular, abaixo de 12 < 12 mrm


incursões por minuto; pode ocorrer na
fase tardia de uma insuficiência
respiratória antecedendo uma apnéia
por fadiga muscular respiratória, em
situações de alcalose respiratória,
após anestesia ou sedativos, lesões do
sistema nervoso central, entre outros.

Taquipneia Frequência regular, rápida, acima de > 25 mrm


20 incursões por minuto; pode ocorrer
em caso de febre, esforço ou
exercício físico, doenças pulmonares
diversas, anemia grave, entre outros.

Dispneia Sensação de respiração Aumento do esforço


desconfortável ou desagradável, inspiratório e expiratório
respiração difícil, trabalhosa ou curta.
É sintoma comum de várias doenças
pulmonares e cardíacas; pode ser
súbita ou lenta e gradativa.

Apneia Interrupção da respiração por vários Interrupção persistente de


segundos. Períodos curtos de apneia
são normais em recém-nascidos. movimentos respiratórios

6. Oximetria de pulso

A oximetria de pulso arterial (OPA) fornece informações de relevância clínica

sobre a saturação de oxigênio carreado pelas hemoglobinas presentes no sangue arterial e

permite analisar a amplitude e a frequência de pulso, tanto na fase de repouso como de

42
atividade, de indivíduos de qualquer faixa etária, em instituições de saúde, no cuidado

domiciliar ou em unidades móveis de cuidados à saúde.42

Ademais, a oximetria de pulso é um método não-invasivo utilizado para avaliar a

oxigenação do paciente. A saturação de oxigênio do oxímetro de pulso (SpO2), muitas

vezes referida como o quinto sinal vital, é amplamente utilizada para monitorar o estado de

oxigenação e orientar o tratamento da disfunção respiratória. 43

SpO2 fornece uma aproximação rápida da saturação de oxigênio arterial com base

na absorção de luz vermelha e infravermelha relativa da hemoglobina oxigenada (saturada)

e desoxigenada (reduzida), este princípio é denominado espectrofotometria.44

O sangue saturado de oxigênio tem um espectro de absorção de luz diferente do

sangue não saturado de oxigênio. Assim, a quantidade de luz no espectro vermelho e

infravermelho absorvida pelo sangue, pode ser utilizada para calcular a taxa da

hemoglobina oxigenada em relação à hemoglobina total no sangue arterial, sendo

apresentada no monitor do equipamento como a porcentagem de SpO2.44

A oxihemoglobina ou hemoglobina saturada: absorve mais a luz infravermelha e

permite que mais luz vermelha passe por meio dela. A luz infravermelha se encontra na

faixa de 850 a 1000 nanômetros (nm).42,44-45

A desoxihemoglobina ou hemoglobina reduzida: absorve mais a luz vermelha e

permite que mais luz infravermelha passe através dela. A luz vermelha se encontra na

faixa de comprimento de onda de 600 a 750 nm.42,44-45

43
A OPA é medida por equipamentos denominados oxímetros de pulso. Estes

equipamentos utilizam sensores emissores e detectores de luz nos comprimentos de onda

vermelha e infravermelha. Os LEDs (Light-Emmiting Diode) emissores de luz vermelha e

infravermelha emitem luz nos comprimentos de onda aproximados de 660 e 940 nm. Ao

serem instalados em uma superfície com bom fluxo sanguíneo, promovem a passagem de

luz que será mais ou menos absorvida em dependência da quantidade de hemoglobina

saturada e reduzida presente na área.42

As medições de SpO2 podem ser intermitentes ou contínuas tomadas em diferentes

locais do corpo, incluindo ponta do dedo, testa, lóbulo da orelha e dedo do pé. Os dados

coletados por este instrumento são aferidos em porcentagem, acuradas entre 80% e 100%,

sendo considerados os índices de melhor perfusão sanguínea os valores próximos a 100%.


46

Tal técnica tem como objetivo verificar a saturação parcial de oxigênio nos tecidos

através de uma monitorização não invasiva. Aprimorar a técnica de aferição de saturação

de oxigênio fornecendo informações de relevância clínica sobre a oximetria arterial,

permitindo ainda analisar a frequência do pulso do paciente.47

Vale ressaltar que a qualidade das medições de SpO2 depende de diversos fatores,

como o posicionamento e o tamanho correto do sensor, do fluxo sanguíneo no local de

aplicação do sensor e da exposição à luz ambiente.42,44-45

6.1 Materiais e procedimentos necessários para aferição da oximetria de pulso

Observações antes da aferição da oximetria:

Verifique primeiro as condições do paciente;


Inspecione o oxímetro de pulso para verificar o seu funcionamento;
Alguns fatores podem ocasionar problemas na verificação da SpO2:

44
- Movimentação do paciente;
- Baixa perfusão periférica;
- Hipoxemia local;
- Baixa saturação de O2 (inferior a 70%);
- Carboxihemoglobina;
- Meta-hemoglobina;
- Alterações nos níveis de bilirrubina;
- Anemia;
- Hiperpigmentação da pele;
- Convulsão;
- Pulsação venosa;
- Congestão venosa;
- Interferência luminosa: fonte de luz de xenon, fototerapia, luzes
fluorescentes, lâmpadas com raios infravermelhos ou a incidência direta
dos raios solares;
- Esmalte de unhas;
- Vasoconstrição periférica;
- Utilização incorreta do sensor;
- Corantes intravasculares (indocianina verde ou azul de metileno);
- Posicionamento de sensor em extremidade com manguito para pressão
arterial ou cateter arterial; e
- Oclusão arterial próxima ao sensor.
Fonte: CARRARA, D.; et al. Artigo de atualização: Oximetria de Pulso Arterial.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Câmara Técnica do
Coren SP, 2009.

Materiais: Aparelho de Oximetria de Pulso; álcool a 70%; e algodão

Procedimento da técnica:

AFERIÇÃO DA OXIMETRIA DE PULSO

1. Higienizar as mãos;

2. Explicar o procedimento ao paciente;

3. Verificar se as unhas estão sem esmalte e se os dedos estão limpos e secos;

4. Verificar se o lóbulo auricular se está livre de acessórios (brincos);

5. Realizar a higienização do local onde será feita a aferição com álcool a 70%;

45
6. Realizar a desinfecção do sensor com álcool a 70%;

7. Colocar o sensor adequado na polpa digital dos dedos do membro superior ou

inferior ou lóbulo auricular;

8. Não exercer pressão sobre o dedo;

9. Orientar o paciente quanto a não bater com o oxímetro em superfícies duras ou

balançar o mesmo durante a verificação;

10. Aguardar a apresentação do valor no painel do oxímetro;

11. Se a exatidão da leitura for suspeita, verifique primeiro a condição clínica e os

sinais vitais do paciente. Em seguida, inspecione o oxímetro de pulso para

verificar o seu funcionamento;

12. Realizar a desinfecção do aparelho e guardar em local adequado, em caso de uso

não contínuo; e

13. Realizar a higienização das mãos.

14. Fazer as orientações pertinentes; e

15. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde. Procedimento Operacional Padrão (POP)

- Aferição de saturação (oximetria de pulso), 2022.

46
Figura 8. Oxímetro de pulso, fonte Google Imagens.

6.2 Monitoramento e identificação de sinais de alerta para encaminhamento

Quadro 10. Valores de referência de saturação consultado na base de dados Dynamed.


Valor saturação Definição

Menor 85 % Hipóxia grave

86 - 90 % Hipóxia moderada

91 - 94 % Hipóxia leve

95 - 100 % Normal

A insuficiência respiratória aguda é a incapacidade do sistema respiratório em


manter a oxigenação e/ou ventilação, ocasionando falha no suprimento das demandas
metabólicas do organismo. A principal medida para a identificação do risco é a realização
da oximetria de pulso com imediato encaminhamento se SpO2 < 95% (Saturação de
Oxigênio menor que 95%). 48

7. Temperatura corporal

A temperatura corporal passou a ser utilizada como um método de estimativa da

temperatura central. O centro regulador da temperatura é o hipotálamo. Nele encontramos

os termorreceptores que o auxiliam nessa função. A temperatura corporal de um indivíduo

pode sofrer variações durante as 24 horas devido a vários fatores como: alterações

emocionais, influência da temperatura ambiente, atividade física, roupas inadequadas,

47
processos patológicos e ritmo circadiano. No entanto, independente da temperatura do

ambiente, a temperatura corporal central de uma pessoa saudável é mantida dentro de uma

pequena variação. Isto se dá graças ao trabalho do centro de termorregulação do

hipotálamo que recebe mensagens dos receptores do frio e calor que estão localizados em

todo o corpo. Assim, diante da mudança de temperatura se inicia reações para produzir,

conservar calor ou aumentar a perda de calor no organismo, de forma a preservar a vida.36

Mecanismo para aumentar a produção de calor corporal:

Liberação de hormônios: ex. epinefrina, provoca a redução da produção de energia e

aumento da produção de calor;

Calafrios: que resulta em expansão e contração muscular repetidamente para gerar

calor;

Exercício físicos: são formas voluntárias de aumentar a produção do calor e

consequentemente a temperatura corporal.36

O mecanismo de perda do calor corporal se dá através da pele por meio de

conexões, desvios arteriovenosos que se abrem ou fecham de forma com que o calor se

dissipe para o ambiente externo. Isso ocorre por meio da evaporação da transpiração;

aquecimento e umedecimento do ar inspirado; eliminação de urina e fezes.36

A temperatura corporal central é rigidamente regulada e normalmente é mantida

dentro de alguns décimos de grau Celsius, a temperatura central deve ser mantida em pelo

menos 35,5 °C.49-50 Em humanos, a temperatura considerada normal para adultos saudáveis

compreende valores próximos aos 37 ºC. Valores abaixo de 35 ºC (hipotermia) ou acima de

48
38 ºC (hipertermia) podem trazer problemas de saúde e devem ser acompanhados e

evitados. O monitoramento da temperatura do corpo pode ser feito através de termômetros,

sejam estes preenchidos com mercúrio ou eletrônicos. Este controle é de extrema

importância, uma vez que algumas doenças apresentam como sintoma a alteração da

temperatura corporal, como é o caso de infecções que causam febre. 51

Sendo assim, a mensuração da temperatura corporal por meio de um termômetro

clínico tem como objetivo auxiliar no esclarecimento do diagnóstico, acompanhar a curva

de variação da temperatura e alertar para possível presença de infecção ou outras reações

sistêmicas.

7.1 Conceito da temperatura corporal

É a diferença de quantidade de calor produzido e a quantidade de calor perdido pelo

corpo através da taxa metabólica basal, de modo que o hipotálamo é o responsável por

fazer o equilíbrio entre o ganho e a perda de calor.10

A condição normal de temperatura varia de 36ºC a 38ºC, porém estas condições

dependem de alguns fatores, tais quais são apresentadas no Quadro 11. Além disso, a

figura abaixo representa um mapa de temperatura corporal, onde as partes mais frias estão

destacadas com as cores azul e verde e as partes mais quentes estão representadas em

vermelho e rosa. É importante ter conhecimento sobre essas partes para escolha da área

que possa dar um resultado mais preciso da temperatura.

49
Figura 9. Mapa de temperatura corporal, fonte Google Imagens.

7.2 Fatores que afetam a temperatura corporal

Quadro 11. Fatores que afetam a temperatura corporal

FATORES MOTIVOS

Idade Recém-nascido: mecanismos de controle de temperatura são


imaturos.
Idoso: possui uma faixa de regulação mais estreita, menos
tecido adiposo no corpo e uma fina camada de epiderme.

Exercícios Aumenta o metabolismo, atividade muscular (exercícios


enérgicos de longo período ex: corrida de longa distância,
podem elevar a temperatura corporal).

Nível hormonal Variações hormonais durante o ciclo menstrual. Quando o nível


de progesterona está baixo, a temperatura da mulher se
encontra mais baixa do que o valor basal até que a ovulação
ocorra aumentando o nível de progesterona subindo a
temperatura para o nível basal ou superior. Ocorrem também na

50
menopausa (“ondas de calor”) devido à instabilidade dos
controles de vasodilatação e vasoconstrição

Estresse Estresse físico ou emocional eleva a temperatura do corpo


através de estímulos hormonal e neural. Aumento do
metabolismo.

Ambientes Ambientes muito frio ou muito quentes influenciam na nossa


regulação. Lactentes e idosos são mais afetados, pois seus
mecanismos reguladores estão menos eficientes.

Febre (pirexia) Aumento anormal da temperatura corporal devido à produção


excessiva de calor e incapacidade dos mecanismos de perda de
calor acompanharem o ritmo da produção de calor.
Mecanismos de defesa importantes, a ativação do sistema
imune reduz concentração de ferro no plasma sanguíneo
suprimindo o crescimento de bactérias. Altera outros sinais
vitais, como a frequência cardíaca e respiratória.

Hipotermia Redução da temperatura corporal para valores menores que


35°C, classificada em acidental (primária) ou devido disfunção
do centro regulador hipotalâmico (secundária).

Hipertermia Elevação da temperatura corporal acima do ponto de regulação


térmica. Classificada em acidental (primária) ou devido
disfunção do centro regulador hipotalâmico (secundária).

Ciclo circadiano Ritmo em que o organismo realiza suas funções ao longo de


um dia, período em que o relógio biológico interno mantém as
atividades e os processos biológicos do corpo como
metabolismo, sono e vigília, e é influenciado pela exposição a
diferentes tipos de luminosidade ao longo do dia.

Fonte: Brunello EF, Lettiere A. Sinais Vitais.

7.3 Procedimentos necessários para aferição da temperatura

51
Observações antes da aferição da temperatura:

Em caso de termômetro auricular ou de testa, o tempo de aferição é menor;


Não utilizar em locais com processo inflamatório e cirurgias recentes;
Especial atenção para pacientes em precaução de contato. Nesse caso, o
termômetro é individual e de uso exclusivo desse paciente;
Não utilizar na axila se houver lesões em pele; e
Atentar a privacidade do paciente quando na necessidade da exposição do tórax.
Embora o termômetro digital infravermelho de testa permite que se faça
verificação da temperatura corporal em qualquer parte do corpo livre de roupas
(procedimento bastante utilizado atualmente para rastreamento em portarias de
locais públicos). Os valores podem não ser fidedignos, uma vez que se distanciam
da zona central e servem apenas para rastreamento.
Fonte: Rio de Janeiro. Hospital Universitário Gaffreé e Guinle. Procedimento Operacional
Padrão (POP). POP ENF 1.2. Aferição da temperatura corporal, 2018.

Procedimento da técnica:

AFERIÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL

1. Higienizar as mãos.

2. Informar ao acompanhante e paciente do procedimento.

3. Reunir material necessário e levá-los a unidade, colocando materiais o mais

próximo ao local de atendimento;

4. Posicionar o paciente de acordo com o local de aferição escolhido; e

5. Secar a axila com algodão seco;

6. Fazer as orientações pertinentes; e

7. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Método axilar ou retal:

1. Ligar o termômetro e verificar se na tela aparece o número zero;

52
2. Colocar a ponta do termômetro debaixo da axila ou introduzir cuidadosamente no

ânus, depois de lubrificar a ponta do termômetro com vaselina, lidocaína geléia ou

gel hidrossolúvel;

3. No caso de medição no ânus, deve-se ficar deitado de costas e contrair as nádegas;

4. No caso de medição axilar, posicionar o bulbo do termômetro no oco axilar (ponto

central da cavidade);

5. Aduzir e fletir o braço, posicionando-o transversalmente sobre o tórax;

6. Esperar alguns segundos até ouvir um sinal sonoro;

7. Retirar o termômetro e ler o valor da temperatura na tela;

8. Limpar a ponta metalizada com algodão ou gaze molhada em álcool;

9. Recompor a unidade do paciente;

10. Colocar o paciente em posição confortável, adequada e segura;

11. Dar destino adequado aos materiais;

12. Higienizar as mãos.

13. Fazer as orientações pertinentes; e

14. Realizar os registros necessários (modelo de documento em anexo).

Fonte: Rio de Janeiro. Hospital Universitário Gaffreé e Guinle. Procedimento Operacional


Padrão (POP). POP ENF 1.2. Aferição da temperatura corporal, 2018.

7.4 Diferentes instrumentos para mensuração da temperatura corporal

Quadro 12. Diferentes instrumentos para mensuração da temperatura corporal.

53
TIPOS DE VANTAGENS X
PROCEDIMENTOS TEMPERATURA
TERMÔMETROS DESVANTAGENS

1) Lubrifique a ponta
Vantagens: expressa os
do termômetro com
valores mais precisos em
vaselina;
relação a temperatura
2) Deite a criança
central e é capaz de medir
virada para baixo no
a temperatura visceral,
colo ou coloque-a de
além de possuir
Termômetro retal barriga para cima e
facilidade na introdução.
dobre suas pernas em
Desvantagens:contraindi
direção ao peito;
cado em neonatos, sob
3) Insira o 36,6 ºC a 38ºC
risco de perfuração
termômetro até 2,5
intestinal ou clientes com
no reto;
trauma retal ou alguma
4) Segure-o até o
doença local. causa
sinal e o
desconforto físico e
aparecimento da
emocional, e podem ter
temperatura.
presença de fezes no reto,
5) Desinfete com
que afeta a exatidão da
sabão e álcool antes e
medida
depois do uso.
1) Suavemente puxar Vantagens: fácil de usar
o lobo da orelha para especialmente para
abrir o canal crianças, rápida medição
Termômetro
auditivo; (leitura de temperatura
timpânico
2) Insira o sensor em apenas 4 segundos), e
gentilmente; proximidade com o 35,7 ºC a 37,8ºC
3) Segure-o até o hipotálamo, capaz de
sinal e o detectar hipotermia.
aparecimento da Desvantagens: alto
temperatura. custo, pode haver
variedade nas medições

54
em razão da estrutura do
canal auditivo e da
posição do sensor, e a
medida é influenciável
pela quantidade de
cerume.
1) Não beber ou Vantagens: mensuração
comer nada de 15 a rápida e fácil,
30 minutos antes; comodidade para uso
2) Colocar a ponta do pediátrico, leitura de fácil
termômetro abaixo visão, e crianças não
da língua; seguram facilmente o
3) Manter a boca termômetro na boca, o
fechada, respirando que pode afetar a medida.
pelo nariz; Desvantagens: a
4) Segure-o até o temperatura via oral tem
sinal e o influência da ingestão
Termômetro oral aparecimento da recente de alimentos ou
temperatura. bebidas frias e quentes,
do uso de cigarro, da
35,5 ºC a 37,5ºC
posição do termômetro e
da respiração. Exige que
o paciente esteja sentado,
acordado e consciente.
No caso do termômetro
tipo chupeta tem alto
custo
1) Não utilize após Vantagens: baixo custo e
Termômetro axilar
atividades físicas ou fácil de usar.
banhos; Desvantagens: 35,5°C a 37°C
2) Coloque o necessidade de troca de
termômetro na axila bateria, exige contato
limpa e seca; físico com o usuário, tem

55
3) Certifique-se que forte influência de fatores
está tocando do meio ambiente, não
diretamente a pele; reflete a temperatura
4) Segure-o até o central, e é questionável
sinal e o exatidão em pacientes
aparecimento da com hipotermia.
temperatura.
1) Cheque as
instruções do Vantagens: mensuração
fabricante a fim de rápida, leitura de fácil
averiguar a distância visão, comodidade para
que o termômetro uso pediátrico, mais
deve estar do higiênico, e pode ser mais
Termômetro sem
paciente; preciso do que a medida
contato
2) Limpe sujeiras, timpânica, se utilizado na
(infravermelho)
suor e mova qualquer região temporal
34,7ºC a 37,4 ºC
cabelo ou roupa do Desvantagens:
paciente do local; necessidade de
3) Não faça a leitura calibração, necessidade
em tecidos com de troca de bateria, alto
cicatrizes, abrasões custo, necessidade de ser
ou feridas; colocado a uma distância
4) Não faça a leitura adequada para garantir a
em locais externos precisão
com luz solar direta.
Fonte: Prefeitura de Londrina. Procedimento operacional padrão - POP.32 - Aferição da
temperatura corporal, 2021

7.5. Monitoramento e identificação de sinais de alerta para encaminhamento

Quadro 13. Monitoramento e identificação de sinais de alerta de temperatura para


encaminhamento.
VALOR POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS
TEMPERATURA

56
< 37ºC Hipotermia devido a desidratação, frio, anorexia, outras
patologias que levam a temperatura basal diminuir de forma
grave.

> 37ºC até 38ºC Estado febril, antipiréticos como dipirona, paracetamol e
ibuprofeno podem ser administrados para diminuir a temperatura
basal e, se aumentar imediatamente, sugerir um encaminhamento
médico.

> 38ºC até 39ºC Febre alta, monitorar a febre e caso persistente sugerir um
encaminhamento médico.

> 39ºC Convulsão, alerta de alta gravidade da febre.

8. Dor

A dor é na atualidade um critério obrigatório para avaliação de pacientes, por se

tratar de sintoma prevalente no decurso da maioria das doenças. A inclusão da dor como

sinal vital, com apropriado registro e consequente intervenção, assegura que todos os

pacientes tenham acesso a medidas eficazes para o controle da dor. 52-53

Mais do que um sintoma, a dor é um evento orgânico subjetivo, difícil de aferir e o

seu controle é o objetivo do tratamento. Quem sofre com a dor tem alterações biológicas,

psicossociais e psicossomáticas. Em relação aos sintomas orgânicos comuns pode-se

relatar perda do sono, prejuízo no trabalho, na movimentação, deambulação, ocorre

alteração do humor, da capacidade de concentração, do relacionamento familiar, da

atividade sexual e outras questões que englobam a saúde mental.54

Apesar de estudos apontarem com enfoque na mensuração e registro da dor pela

equipe de saúde como uma intervenção imprescindível para a terapêutica, ainda existe

grande dificuldade por parte dos profissionais na valorização da dor sofrida pelos

indivíduos.52-53

57
Por ser a dor definida como uma experiência subjetiva e multidimensional cuja

mensuração e manuseio dependem tanto da sensibilidade do profissional em percebê-la no

sujeito com dor quanto da escolha de estratégias para alívio dos sintomas, o despreparo do

profissional na identificação da dor ou a negligência do seu diagnóstico pode desqualificar

o processo de cuidar.52-53

De modo que a dor não pode ser objetivada, mas como um evento orgânico, ela,

assim como o peso corporal, a temperatura, a altura, a pressão sanguínea e o pulso, podem

ser captados pela alteração dos dados vitais e outras alterações orgânicas. O paciente “sem

dor” experimenta o bem-estar do equilíbrio sistêmico, que pode ser considerado uma

experiência interna, complexa e pessoal.55

8.1 Mensuração da dor

A despeito dessas dificuldades intrínsecas, a mensuração da dor é importante, pois

torna possível ao profissional de saúde utilizar uma medida sobre a qual irá basear o

tratamento ou a conduta terapêutica da dor, acertando na prescrição e determinando até o

tempo de tratamento ou quando se deve interrompê-lo.55

A terapêutica deve ser empregada para o alívio da dor e do sofrimento do paciente,


26
permitindo um cuidado integral. Em 2000, a Joint Commission on Accreditation on

Health Care Organizations (JCAHO) preconizou que a dor fosse avaliada e registrada em

conjunto com os demais dados vitais, validando-a como 5º sinal vital. A uniformidade da

conduta valoriza e respeita a queixa de dor e o desconforto que esta provoca no paciente e

consequentemente produz um cuidado integral e mais humano.56

8.2 Diagnóstico de cuidado com a dor

O exame físico ajuda a certificar o profissional acerca da existência da dor, através

da localização, duração, periodicidade, evolução e resposta aos fatores externos que atuam

58
como agravantes ou atenuantes da dor e outros sintomas associados. No entanto, toda dor

deve ser considerada real e ter validade diagnóstica simplesmente pelo relato do paciente

de que ela existe. Nos casos em que existe dor, mas não há relatos verbais para expressá-la,

urge o esforço do profissional na detecção de possíveis indícios reveladores de experiência

dolorosa.57

A experiência dolorosa de uma pessoa é influenciada por inúmeros fatores,

incluindo as experiências pregressas com a dor, ansiedade, idade e expectativas a respeito

do alívio da dor (efeito placebo). Esses fatores podem aumentar ou diminuir a percepção

da dor da pessoa, aumentar ou reduzir a tolerância para a dor. 46

A dor pode ser avaliada por meio do relato do paciente, observação do seu

comportamento e das respostas fisiológicas à dor.58 As escalas de avaliação são

instrumentos para mensurar a dor e podem ser classificadas em uni ou multidimensionais.

As escalas unidimensionais avaliam somente uma das dimensões da experiência dolorosa,

e dentre as mais usadas, destacam-se as escalas visuais numéricas (EVN) e a escala

analógica visual (EAV). A EVN é graduada de zero a 10, onde zero significa ausência de

dor e 10 a pior dor imaginável. A vantagem desse instrumento é a sua familiaridade com os

participantes, uma vez que o ser humano utiliza números desde a infância. A EAV consiste

em uma linha reta, não numerada, indicando-se em uma extremidade a marcação de

“ausência de dor”, e na outra, “pior dor imaginável”.55,59

59
Figura 10. Escala visual de dor, fonte Google Imagens.

Há ainda escalas quantitativas não numéricas, de expressões faciais de sofrimento

crescente ou de “sequência de copos” e a escala das mãos. A primeira gradua a intensidade

da dor por meio de um copo de água, sendo o copo vazio equivalente a nenhuma dor, copo

contendo mei conteúdo equivalente a dor moderada e o copo transbordando, equivalente a

dor intensa; e a segunda seguindo a posição das mãos, o afastamento das mãos da posição

de oração evidencia aumento da dor. Essas escalas são úteis em pacientes com baixa

escolaridade e naqueles com dificuldade em compreender a escala numérica.60-61

Figura 11. Escala “sequência de copos”, fonte Google Imagens.

Figura 12. Escala das mãos, fonte Google Imagens.

Outra forma de graduação da dor é a escala comportamental, na qual se dá uma

nota questionando diretamente o paciente sobre sua lembrança de dor em função de suas

atividades cotidianas. A nota zero é atribuída quando o paciente está sem dor; nota três

quando a dor está presente, havendo períodos em que é esquecida; nota seis quando a dor

60
não é esquecida, mas também não é impeditiva das atividades da vida diária; nota oito

quando a dor não é esquecida e atrapalha todas as atividades, exceto alimentação e higiene,

e por último, nota 10, quando a dor persiste mesmo em repouso, está presente e não pode

ser ignorada.62

Figura 13. Graduação de dor, fonte Google Imagens.

8.3 Classificação da dor

A dor pode ser classificada em aguda ou crônica. A aguda se traduz numa dor

breve, caracterizada por pontadas, midríase, sudorese, esforço cardíaco, fraqueza, dentre

outros sintomas, exigindo abordagem quase que puramente sintomática relacionada ao

desequilíbrio apresentado; o tratamento analgésico adequado e intervenções específicas

levam ao desaparecimento do quadro álgico e de suas consequências. Já a dor crônica e

persistente, de difícil localização, causando insônia, anorexia, diminuição da libido,

desesperança e ansiedade.63

Além da categorização em aguda e crônica, a dor pode ser classificada em

nociceptiva e por desaferentação. Essa diferenciação é importante, pois define as


61
diferenças do tratamento. Dor nociceptiva é aquela onde há elevada síntese de substâncias

algiogênicas e intensa estimulação das fibras nociceptivas, tal como ocorre nas situações

de doenças inflamatórias, traumáticas ou isquêmicas. A dor neuropática ou por

desaferentação ocorre quando há lesão parcial ou total das vias nervosas do sistema

nervoso periférico ou central, como a decorrente de neuropatia dolorosa por diabetes,

herpes zoster, acidente vascular encefálico, invasão de estruturas por tumores, entre outras

situações.8

A dor é uma sensação, mas também um fenômeno emocional que leva a um

comportamento de fuga e proteção; deve ser entendida como um fenômeno muito

complexo e de variações biológicas, intelectuais, emocionais e culturais.63

A dor é reconhecidamente o principal fator estressor, o que justifica uso de

protocolo de controle da dor, como alternativa para ajudar e promover algumas

intervenções para seu alívio, como: avaliação da ocorrência da dor em intervalos regulares

a cada seis horas ou de acordo com aferição de dados vitais; utilização de escalas

específicas para a avaliação da intensidade da dor de acordo com as necessidades de cada

paciente.51

8.4 Sinais de alerta para encaminhamento

Quadro 14. Sinais de alerta para encaminhamento de intensidade da dor.


INTENSIDADE DURAÇÃO DA DOR
DA DOR

Mais de 3 semanas, para exames como radiografia, ressonância


3-5 magnética e prescrição de fisioterapia, acupuntura

62
Menos de 3 semanas para analgesia da dor aguda e mais de 3
semanas para exames de ressonância magnética, tomografia para
6 - 10 diagnóstico de dores crônicas provindas de reumatismo, artrite,
artrose, fibromialgia ou sequelas mais graves de traumas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a elaboração deste guia, foram encontrados poucos documentos de referência

voltados aos profissionais farmacêuticos, sendo a maioria dos protocolos e procedimentos

voltados aos profissionais de enfermagem. Desta forma, foi preciso adaptar os achados na

literatura.

Os resultados consistiram na busca eletrônica sistematizada, o método utilizado foi

baseado nas recomendações da metodologia ADAPTE. Para a estratégia de busca, foi

utilizado o PIPDS “Quais as principais técnicas de monitoramento e/ou aferição dos

sinais vitais voltado aos profissionais de saúde?”

Primeiramente foi realizada uma busca mais abrangente sobre o tema, sendo

empregue como termo de pesquisa “monitoramento de sinais vitais”, e em seguida, foi

realizado o processo de filtragem para cada componente dos sinais vitais.

De início, foi avaliada somente a quantidade de documentos disponíveis em cada

um dos bancos de dados escolhidos. Nesta etapa buscou-se por revisões sistemáticas,

protocolos clínicos, dados de diretrizes de práticas clínicas baseadas em evidências, guias

específicas de cada sinal vital e documentos relacionados.

Após o processo de filtragem, foram selecionados os principais documentos

(Quadro 15), tendo em vista sua relevância para a elaboração do guia. As buscas foram

realizadas entre maio e setembro de 2022, com os termos MeSH mencionados no Quadro 1

63
e operadores booleanos "AND", "OR" ou "NOT". Para as buscas que apresentavam mais de

1.000 resultados, foi selecionado o filtro por data de publicação, considerando o período de

2020 a 2022, e para aquelas que mesmo utilizando o filtro por período de publicação

apresentavam acima de 10.000, foram considerados somente aqueles ordenados por

relevância.

Para o termo “Vital signs monitoring” foram encontradas cerca de 13.682 buscas,

nos seguintes banco de dados “TripDatabase, Cochrane Library, Embase, Pubmed,

National Guideline Clearinghouse, DynaMed e Google acadêmico”. E para cada

componente de sinais vitais: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória,

oximetria de pulso, temperatura corporal e dor, considerando os mesmos bancos de dados,

sendo os termos utilizados para busca “Blood pressure determination/ monitoring, Heart

rate determination/ monitoring, Respiratory rate, Pulse oximetry, Body temperature e Pain

mensurement” foram encontrados, respectivamente, cerca de 35.474, 19.636, 50.798,

16.076, 36.105 e 27.360 documentos.

A seguir um fluxograma que representa o raciocínio e os resultados de busca dos

principais bancos de dados:

64
Quadro 15. Lista de documentos selecionados como fonte para adaptação da diretriz

SINAIS VITAIS REFERÊNCIAS

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Monitoring:

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Diante do exposto, é possível notar que há um grande número de dados sobre cada

parâmetro de sinais vitais, tais dados são representativos, somente para demonstrar o

quantitativo de bibliografias encontradas nas principais bases de buscas para revisões

sistemáticas. Essas buscas tiveram como finalidade, avaliar a viabilidade do guia e obter

maior subsídio com o tema.

Desta forma, o presente trabalho foi elaborado levando em consideração a

importância do papel do farmacêutico no processo de cuidado ao paciente e à comunidade.

Sendo o foco da proposta do guia trazer orientações ao profissional de forma prática,

didática e com informações necessárias para instruí-los. Além de destacar o papel chave do

68
farmacêutico, trazer à tona o reconhecimento e a importância da profissão, como

profissionais prestadores de cuidado direto ao paciente. Que possuem competência para

atuar na promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como na prevenção de doenças e

de seus agravos.

Deve-se ressaltar que os protocolos e guias terapêuticos devem acompanhar a

evolução do conhecimento técnico e científico a ser, de maneira contínua, atualizados.

Caracterizando a necessidade de contínuo aprendizado e treinamento, para se obter

procedimentos terapêuticos satisfatórios.

As premissas para a definição e priorização dos serviços propostos no documento

visam responder às necessidades do sistema de saúde e dialogar com o papel atual dos

profissionais de saúde, mas também contribuir para a consolidação dos serviços

farmacêuticos resolutivos, integrados e voltados para a melhoria da vida das pessoas.

Espera-se obter como resultado deste trabalho, a aferição dos sinais vitais precisos

para que os farmacêuticos possam orientar no diagnóstico e acompanhar a evolução do

quadro clínico dos pacientes, caso necessário. É neste contexto que se insere a utilização

adequada da tecnologia disponível, visando ao aprimoramento da qualidade

técnico-científica, sendo a proposição de protocolos e guias uma das ferramentas

fundamentais neste processo.

CONCLUSÃO

Considerando a falta de diretrizes e protocolos de aferição dos sinais vitais voltados

aos farmacêuticos, este documento foi elaborado com intuito de ser um guia referencial

para o atendimento ao público e o cuidado prestado à saúde dos pacientes.

69
Proporcionar um atendimento em condições seguras, garantir o cuidado do

paciente, como também a otimização dos procedimentos da farmacoterapia, com vistas a

melhorar o controle das suas condições de saúde e possibilitar o encaminhamento precoce

ao médico, quando houver necessidade de diagnóstico.

A ampliação da atuação desse profissional nos diferentes sistemas de saúde tem

resultado na melhoria dos indicadores de saúde, uma oportunidade ímpar para o

reconhecimento da relevância da atuação clínica do farmacêutico em prol da saúde da

população brasileira.

Vale ressaltar a importância do aperfeiçoamento continuado das práticas de

aferição, com finalidade de adequar as rotinas para responder ao perfil do serviço às

necessidades dos usuários.

Nesse contexto, os sistemas de atenção à saúde devem estar organizados para

oferecer uma atenção contínua e integral a diferentes grupos populacionais, considerando

suas características singulares de saúde, que envolvem fatores sociais, econômicos e

culturais.

DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES

Declaro que não há conflitos de interesses ou vínculos com demais organizações de

interesse.

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(POP) - Aferição de saturação (oximetria de pulso), 2022. Disponível em:
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121. Prefeitura de Londrina. Procedimento operacional padrão - POP.32 - Aferição
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122. Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica : aplicação do método clínico /


Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de
Promoção da Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:
https://assistencia-farmaceutica-ab.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/02/C
uidado_Farmaceutico_metodo_clinico_vol4.pdf

GLOSSÁRIO

Expiração: A expiração de repouso é um processo predominantemente passivo. Nesse

momento, os músculos inspiratórios relaxam promovendo uma retração da caixa torácica e

do pulmão. Esse processo é auxiliado por forças de retração elástica pulmonar. Assim,

ocorre uma diminuição do volume da caixa torácica com consequente aumento da pressão

intra-torácica o que promove a saída do ar para a atmosfera.37-39

Inspiração: A inspiração é um processo ativo da respiração que resulta da contração dos

músculos diafragma e músculos intercostais externos. O diafragma é o principal músculo

da respiração, sendo sua contração responsável por 75% do aumento do volume da caixa

torácica e, por consequência da expansão pulmonar, numa inspiração em repouso. Isso

reduz a pressão intra-torácica provocando o influxo de ar para os pulmões.37-39

Perfusão: O processo com que o sangue oxigenado passa dos capilares aos tecidos do

corpo. A perfusão dos tecidos é dependente do suporte sanguíneo adequado e do

funcionamento cardiovascular, mas também do grau de atividade da pessoa e posição da

mesma, sentada, deitada ou em pé.35-36

84
Respiração: A respiração é o mecanismo que o corpo usa para promover trocas gasosas

entre a atmosfera e o sangue, e o sangue e as células. Dos alvéolos o O2 é transportado

para células, tecidos e órgãos de duas formas, através da dissolução no plasma, mas

principalmente através da ligação com a hemoglobina. Este processo só é possível graças à

diferença de pressão pulmonar, que é feita com ajuda dos músculos diafragma e

intercostais. Na inspiração estes músculos se contraem e o ar entra, na expiração estes

músculos se relaxam e o ar é expelido.35-36

Ventilação: Movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões. O processo tem duas

fases: inspiração (entrada do ar) e expiração (saída do ar dos pulmões).35-36

ANEXO

Modelo de encaminhamento e documentação (registro do estabelecimento de saúde e via


do paciente):

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Nome: Telefone:

Idade: Peso:

Data: Hora:

AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Pressão arterial (mmHg)

Frequência cardíaca (bpm)

Frequência respiratória (mpm)

85
Oximetria de pulso - Saturação de oxigênio (%)

Temperatura corporal (ºC)

Dor - Escala de dor (0-10)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Notas complementares e observações:

Farmacêutico responsável

Nome:________________________ Carimbo/Assinatura:______________________

86

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