Tanque T-55. Caracteristicas
Tanque T-55. Caracteristicas
Tanque T-55. Caracteristicas
1. ANTIGUIDADE
É claro que esta trilogia tem subjacente uma interdependência em que o desenvolvimento
de um dos factos provoca, necessariamente, a evolução dos outros.
Ao longo da história houve muitos exemplos do uso de carros de tracção animal, para se
obter vantagem sobre o inimigo. No séc. XVIII A.C, os faraós egípcios utilizavam carros
de guerra construídos em madeira e couro e que transportavam um condutor e um
combatente armado de lança ou arco. No séc. XII A.C, os chineses usavam carros de
quatro rodas que transportavam sob uma cobertura de couro quatro guerreiros.
Os elefantes do general cartaginês Aníbal foram usados pela primeira vez e como arma
da decisão na batalha de Cannas, no ano de 216 A.C.
O elefante, com a sua pele rija conferia protecção.
Também possibilitava a mobilidade, o comando e a
acção de choque.
A utilização de armaduras que conferissem maior
protecção ao cavaleiro e à sua montada,
começaram a prejudicar a mobilidade e a rapidez
do combate.
A evolução da protecção impunha e imprimia um desenvolvimento da mobilidade.
NA IDADE MÉDIA
Em pleno século XVII, Frederico II acabou com as acções de fogo a cavalo e fixou a
missão dos cavaleiros, considerando-os “olhos e ouvidos” do exército prussiano.
Apesar da grandes potência de tracção desenvolvida por estes motores, esta potência
continuava a não ser suficiente para rebocar a blindagem do veículo desenhado em 1903
por Daimler (Austria). O desenvolvimento dos motores abria portas à concepção de
outros protótipos como; Renault MGE BRN, o veículo francês Charron, Girardot et Voigt
e etc.
Surge, então, a guerra de 1914-18. Esta guerra caracterizava-se por um predomínio das
armas automáticas e que interditavam a manobra apeada; por combates estáticos onde se
procurava o desgaste inimigo; e pela inoperância da artilharia face à guerra das
trincheiras. Cada vez mais se sentia a necessidade de se ultrapassar toda esta estaticidade
para se obter a decisão.
Algumas características do T-
54:
- 36 Toneladas de peso;
- Motor a gasóleo de 520
cavalos;
- 50 km/h de velocidade
máxima;
- Autonomia de 400 km (sem Carro de combate T-54.
depósito auxiliar);
- Armamento: Um canhão estriado de calibre 100 mm, 1 metralhadora de torre de
calibre 12,7 mm para luta antiaérea e uma metralhadora coaxial 7,62 mm;
- 4 Homens como Tripulação.
Este CC, desde que entrou ao serviço em 1949 até ser substituído, tornou-se nos anos
60 o CC mais difundido no mundo socialista, atingindo cerca de 70.000 exemplares.
Em 1958, face à evolução em algumas das suas características, passou a ser designado
por T-55.
ARMAMENTO - GENERALIDADE
. 1.Armamento do Carro de combate
Actualmente devido à complexidade do armamento pesado, fala-se em "sistema de
armas" no sentido de uma arma ser um conjunto de partes complexas (órgãos,
aparelhos, mecanismos) e dependentes umas das outras, com o único fim de
realização do tiro. Os elementos essenciais do sistema são:
- Órgão de lançamento
- Sistema de comando de tiro (inclui os aparelhos de pontaria)
- Munições
O armamento dos carros de combate deve ser potente preciso e adequado aos alvos a
destruir. As munições usadas devem ser diversificadas, dependendo dos alvos a ser
abatidos.
a. Tipos de armamento:
(1) Peça/canhão é uma boca de fogo, de alta velocidade inicial, de trajectória tensa
e grande alcance. O comprimento do tubo é superior a 30 calibres.
(2) Morteiro - é uma boca de fogo, de pequena Vo, pequeno alcance e de
trajectória curva. O comprimento do tubo é inferior a 12 calibres
(a) Representação do calibre e comprimento da boca de fogo: Exemplo:
105/30 mm
Quer dizer que o calibre da peça é de 105 mm e que tem o comprimento de
30 calibres ou seja 105 x 30 = 3150 mm = 3,150 metros.
100mm
Д10Т2С
43 Munições de Canhão.
-22 De estilhaços
-6 Perfurantes de carga retardada (acumulativos)
-15 Perfurantes sub calibrados.
Legenda
Д10 – Numero do canhão
T – Tanque
2 – Em dois planos (horizontal e Vertical)
C – Estabilizador
O canhão do Tanque com uma Estabilização nos dois planos
superficiais; horizontal e vertical.
5. MEIO DE COMUNICAÇÃO.
2. CARACTERÍSTICAS
600-900
20m
1100m
- Calibre – 100mm
- Estrias e Ranhuras – 40x40
- Comprimento do corpo – 5508mm
- Comprimento Do Cano – 4450mm.
- Comprimento Da Câmara Da Carga – 721mm
- Ângulo de pontaria no plano vertical - -5°±1° até 18°±1°
- Plano horizontal - 360˚
- Carregamento do canhão – Unitário
- Comprimento do Retrocesso – 490 – 550mm (normal).
- limite máximo do retrocesso – 570mm (STOP)
- Peso da culatra – 63kg.
3. PARTES PRINCIPAIS.
METRALHADORA PKT
Metralhadora PKT (ПКТ) de calibre 7,62mm foi construída na antiga URSS pelo
Construtor de Armamento Micail Kalashnikov . Kalashnikov serviu o exército
vermelho como comandante de tanque. Em 1941, durante a II Guerra Mundial foi
ferido no combate, e aproveitando se da licença médica, acabou pensando como
construir uma Pistola metralhadora que pudesse responder as necessidades
combativas. Em 1949 é exposta a pistola metralhadora denominada por AK de
7,62mm e mais tarde, com a sua modernização passou a se chamar por AKM.
A Metralhadora PKT (ПКТ) é montada nos tanques desde1961. Ela é leve e sua
constituição é muito simples. Realiza o tiro em várias condições meteorológicas e
é considerada como a melhor em relação as outras. Ela foi montada nos tanques
desde1961. Serve para aniquilar forças vivas do inimigo, destruir blindagens
leves, fortificações e resistência de fogo na distância de 1000m.
Suporte traseiro:
É executado através do retrocedimento da armadura da culatra e o seu
encaixe na bloqueador localizado na caixa da culatra.
IV. CONSTITUIÇÃO
Cano
Caixa da culatra
Nota importante
Durante o carregamento da metralhadora, é preciso abrir a tampa da culatra
colocando a 1ª bala no receptor e fechar a tampa, deixando a corrente (fita) das
munições ao lado direito.
Modo de eliminação:
-Substituir a mola
-Limpar as partes sujas e pôr massa.
Normativas
MUNIÇÕES
I.GENERALIDADES: O factores primordial da potência de fogo é a eficácia do tiro
condicionada pelo tipo de granada utilizada no armamento principal dos tanques.
As munições utilizadas nos carros classificam-se em dois grandes grupos:
Munições Convencionais - São disparadas pelas peças de alma lisa ou estriada;
constituídas por:
Caixa de cartucho ou invólucro
Projéctil
-- Espoleta
- Ogiva
- Faixa de centragem ou engrossamento
- Corpo
- Cinta (ou anel) de rotação
/travamento
- Base – tracejante
Espoleta Percussao
Mísseis guiados - São lançados dos carros de combate por canhões, ou a partir de
rampas ou bases de lançamento coexistentes com a peça dos carros.
Utilização
Evolução dos projécteis perfurantes: 1 – Perfurante normal (AP); 2 – Perfurante com falsa ogiva
(APBC); 3 – Perfurante com capacete ou coifa (APC); 4 - Perfurante com capacete e falsa ogiva (APCBC);
5 – Perfurante de alta velocidade (HVAP); 6 – Perfurante sub-calibrado (APDS); 7 – Perfurante sub-
calibrado estabilizado por empenagem (APFSDS)
Perfurantes cumulativos
Este projéctil, depende de uma carga explosiva para provocar efeitos no alvo. É
utilizado contra carros de combate, e o projéctil é de carga oca.
ALCANCE DO
COR DA
PROJÉCTIL
TIPO DE MUNIÇÃO PONTA DO
12,7 mm 7,62
PROJÉCTIL
mm
perfurante preto ----- -----
perfurante/incendiária prateada ------ -----
Vermelho e
Perf./incend./tracejante 2.250 m -----
prateado
Tracejante vermelho 1600 m 900 m
Normal Não pintada ----- -----
Franjáveis Verde e branco ----- -----
MEDIÇÃO DE ÂNGULOS
I. INTRODUÇÃO
Div. milésima
Fig.1 O B
AB ≈ 1 AB
1000
Uma circunferência tem: 360o ou 21600’ ou 6000 divisoes de milésimas. Nisto, uma
divisão de milésimas é igual a
Exemplos de deduções
1. O ângulo pelo qual é visto o objecto 1 é de 2°12’. Transforme-o em milésimas.
Solução:
2°12’=132’ → 132 : 3,6’=36,6 ≈ 17 milésimas
2. O objecto 2 é visto num ângulo de 80 milésimas. Deduza o valor de milésimas em
graus.
Solução:
3,6’x 80 = 288’= 4º48’
Para melhor articulação (Principalmente ao dar ordem de comando) foi aceite que o
valor angular da divisão de milésimas seja dado em dois agrupamento:
- Grupo de Centenas,
- Grupo de Dezenas e unidades.
Exemplo:
Angulo Escrita Transmissão verbal
1 0-01 Zero zero um
10 0-10 Zero dez
100 1-00 Um zero
1000 10-00 Dez zero
3000 30-00 Trinta zero
6000 60-00 Sessenta zero
16 0-16 Zero dezasseis
245 2-45 Dois quarenta e cinco
Imaginemos que um objecto A que se encontra numa distância D é visto a partir do ponto
0. Deve se definir o ângulo pelo qual é visto o referido objecto. Simbolizemos o ângulo
procurado por Y. No entanto que, o ângulo duma divisão de milésimas existe com o valor
de 1 D. Nisto, o ângulo Y será tantas vezes maior que a divisão milesimal assim
1000 como o objecto A será maior que 1 D, ou melhor:
1000
A 1000 . A
Y= = - Ângulo
1/1000.D D
1 D
fig.2 Y div. milésimas 1000
D=1000.A/Y - distância
A= Y.D/1000 – Grandeza do Objecto (largura, altura ou comprimento)
3m
Fig.3 0 0-03
D
Solução
D=1000.A/Y = 1000.3/3=1000
1200m
0-15 7m
A=Y.D/1000=15.1200/1000=18m
1400
fig.4 Y
fig.5
Y=A.1000/D=7.1000/1400=5milesimas
Nota Importante: deve se tomar em conta que todos os resultados obtidos são
relativamente maiores em 5% devido o arredondamento de 1/955 para 1/1000.
Para se relacionar um sistema com outro, é necessário que se ache o coeficiente isto é:
6000 = 15
6400 16
- Punho = 0-50
- dedos = 0-20, 0-30, 0-40.
- lápis = 0-12
I. INTRODUÇÃO
Chama-se sistemas de tiro aos sistemas vocacionados para o tiro directo, isto é, utilizam
os aparelhos de pontaria de visão directa. Se existir mais do que um, o mais preciso será o
principal e o outro será o secundário.
Os restantes tipos de tiro são executados com os equipamentos auxiliares de tiro. esses
tipos de tiro são o mascarado, o referenciado e o indirecto.
No tiro indirecto o alvo não é visto pelo apontador, sendo o tiro conduzido por um
observador colocado a grandes distâncias do CC e nas proximidades desse alvo. Este tiro
só é realizado excepcionalmente pelos CC.
A Alça Tsh2B-22 serve para realizar a pontaria do Canhão e metralhadora coaxial PKT.
Ela é um sistema óptico – telescópico com ampliação mutável. No seu campo visual
encontram se as seguintes escalas:
Escala „OФ” - Tiro com munição Estilhaçado.
Пoлн
Dento do campo de visão da alça existe também uma outra escala denominada por escala
de pontaria de longo alcance para os alvos com uma altura até 2,7m.
10
14
18 22
26
30
Protector ocular
Protector Superior
Ocular
Filtro da luz
Lentas retrovisores de x 7
Lentas retrovisores de x 3, 5
Quatro Espelhos retrovisores
Condensador
Escala da alça
Objectiva
Aquecedor
Vidro da segurança
PROTECÇÃO
I. INTRODUÇÃO
A protecção de um carro de combate é a combinação das suas aptidões para evitar a
detecção, evitar de ser batido pelo fogo inimigo, resistir aos efeitos do fogo inimigo e de
suportar os danos sofridos, de modo a poder continuar a sua missão, ou ao menos
permitir a sobrevivência da sua tripulação.
– Medidas Passivas:
• Blindagem
• Camuflagem
• Redução das Vulnerabilidades
- Medidas Activas:
• Fumos
• Contra -Medidas Electrónicas
• Mobilidade (Agilidade do CC)
II. BLINDAGEM
1. Características de blindagens:
• O titânio tem maior dureza e menor peso que o aço, mas por ser muito caro, quase
não tem sido utilizado. Em contrapartida, o urânio empobrecido tem-se tornado
numa opção cada vez mais frequente em combinações com outros materiais.
O T-64 soviético terá sido o primeiro CC a utilizar uma blindagem composta por
camadas de plástico reforçado por fibra de vidro, intercaladas com outras de aço.
Posteriormente, os soviéticos introduziram camadas de uma cerâmica extra dura
(carboneto de boro).
afectada pelo tempo a seguir a uma explosão nuclear e pelos materiais que
atravessa.
5. Outras Blindagens
Redução da Vulnerabilidade –
- Supressão do lugar do metralhadora da proa, obtendo-se pela fundição uma
forma ovóide do casco.
- Flancos do casco menos verticais.
- Condutor numa posição recostado, para abaixamento e inclinação do casco .
- Suspensão hidropneumático que permite reduzir a silhueta.
- Desaparecimento do cofre de munições debaixo do cesto da torre.
- Motores mais compactos ocupando menos volume, ou à frente.
- Torres arredondadas, boleadas, inclinadas e de menores silhuetas.
- Compartimentos de combate mais exíguos. Nalguns casos até com sacrifício do
conforto das guarnições.
- Redução da altura dos membros de guarnição.
- Limitação dos ângulos de inclinação da peça para tornar as torres menores.
- Carro desprovido de torre
ESTABILIZADOR
I. INTRODUÇÃO
Ao longo de todas estas sessões temos visto que, cada vez mais, um carro imobilizado, no
campo de batalha, é um alvo fácil. Impunha-se, assim, reduzir ou até, se possível, anular
os períodos de tempo em que um CC se encontre imobilizado para municiar, apontar,
disparar, determinar o grau de eficácia do seu tiro, determinar, se necessário, os factores
de correcção, introduzi-los, e disparar novamente.
Esses sistemas permitiriam, reduzir vulnerabilidades que poderiam ser nefastas para um
CC.
O T-54 utilizava um sistema deste tipo. Também, os EUA no fim da 2ª GGM possuía um
CC com este tipo de sistema: o M3.
1. FINALIDADE
2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
2. Deveres Individuais.
3. Procedimentos do Chefe CC
Para além das vozes de comando, o chefe CC executa as tarefas específicas sobre
os componentes que estão à sua disposição para a execução de tiro.
Adquirir o alvo
Colocar a peça na direcção geral do alvo
Determinar a distância ao alvo
Dar a voz de fogo
Observar e ajustar o tiro
Mandar cessar fogo após destruição do alvo
Fazer fogo e ajustar o tiro da sua posição, se o apontador não conseguir
identificar o alvo
“Fazer fogo com a sua metralhadora”
“Descarregar, resolver interrupções de tiro e pequenas avarias na sua
metralhadora”.
4. Procedimentos do apontador
5. Procedimentos do municiador
1. Generalidade
O campo de batalha moderno exige que as tripulações dos CC se movimentem e se
empenhem com rapidez, espontaneidade e concisas;
O ritmo das operações leva as tripulações de CC se confrontem com cenários irregulares,
em constante e imprevisível mudança, onde potenciais ameaças se misturam com forças e
veículos amigos ou neutrais (civis);
A sobrevivência e eficiência dos CC no campo de batalha depende da eficiência das
guarnições na imediata aquisição das ameaças como alvos, da sua antecipação no
empenhamento pelo fogo e da eficácia na sua destruição;
2. Definição
Aquisição de alvos é série de acções progressivas e interdependentes, pelas quais uma
tripulação de CC adquire alvos inimigos, com vista à sua destruição ou neutralização
através de:
Observação/Pesquisa;
Detecção;
Localização;
Identificação;
Classificação;
Confirmação.
a. Observação/pesquisa de alvos
Acto de observar ou monitorizar cautelosamente o campo da batalha,
usando técnicas de vigilância e observação, em sectores de observação,
para adquirir alvos;
Carro desenfiado
Torre desenfiada
Casco desenfiado
Sempre que possível o chefe de carro e o municiador devem manter as suas escotilhas
abertas, permitindo uma melhor observação para adquirirem alvos:
-A observação inicial deve ser feita à vista desarmada, se possível, e só depois com o
auxílio de um sistema óptico (binóculos, periscópio, alça) ou outros;
-Os aparelhos de pontaria são necessários para adquirir alvos a grandes distâncias;
a. Mais Perigoso – Tem possibilidade de nos destruir e parece preparar-se para fazer
fogo.
b. Perigoso – Tem possibilidade de nos destruir mas não parece estar a ver-nos.
c. Menos Perigoso – Não tem possibilidade de nos destruir mas pode comunicar a nossa
presença.
Quando se apresentam vários alvos simultaneamente, devem ser batidos pela
ordem indicada (o mais perigoso primeiro);
Quando estiverem mais de um alvo da mesma classificação,
deve ser batido primeiro o que estiver mais próximo.
5. INDÍCIOS DE ALVOS
a. Indícios de tropas:
d. Indícios de artilharia:
1. Deveres Gerais
2. Deveres Individuais.
3. Procedimentos do Chefe CC
Para além das vozes de comando, o chefe CC executa as tarefas específicas sobre
os componentes que estão à sua disposição para a execução de tiro.
Adquirir o alvo
Colocar a peça na direcção geral do alvo
Determinar a distância ao alvo
Dar a voz de fogo
Observar e ajustar o tiro
Mandar cessar fogo após destruição do alvo
Fazer fogo e ajustar o tiro da sua posição, se o apontador não conseguir
identificar o alvo
“Fazer fogo com a sua metralhadora”
“Descarregar, resolver interrupções de tiro e pequenas avarias na sua
metralhadora”.
4. Procedimentos do apontador
5. Procedimentos do municiador
I. GENERALIDADE
Preparação do Tanque para o tiro prático ou combate, consiste em realização de várias
actividades com objectivo de assegurar a prontidão combativa da tripulação assim como
o veículo e armamento. Porém, preparação técnica e psico-moral do pessoal ou tripulação
é um elemento essencial na execução dessas actividades.
Nisto, a preparação do tanque para o tiro, inclui:
Preparação do armamento
Preparação da automotora
Outras actividades:
Verificação do estado técnico do armamento, munições, aparelhos de observação
e pontaria e estabilizador.
Ajustamento de alça e armamento.
Controlo da alça
Determina-se o ponto da pontaria (no alvo).
Coloca-se o tanque no plano horizontal (inclinação lateral ate 2o );
Coloca-se na boca do canhão a linha preta de forma cruzada;
No lugar da agulha de percussão, coloca-se o aparelho TBT-57 ou PPL-1;
Direcciona-se o cano ao alvo (1,5mx1,5m), na distância de 1000m.
Coloca se a linha de ajustamento da distâncias da alça na escala zero.
Se o ponto da pontaria observado através da alça coincide com o da pontaria visto
através do canal do canhão, termina se o reajuste.
Se não coincidir, através do mecanismo de medição dos ângulos e das correcções
laterais, regula se até adquirir o mesmo ponto.
INDICAÇÃO DE ALVOS
No tanque a indicação de alvos executada através de:
Ponto de referência pré seleccionadas ou objectos naturais;
Direccionar do canhão ao objectivo;
Através do azimute;
Através de balas tracejantes.
Ordens de combate
Ordens de combate inclui:
Tipo de arma, carga e projéctil;
Indicação do objectivo;
Modalidade do tiro;
Comando de execução (normalmente é “Fogo!”);
Exemplo de ordem de combate para destruir alvos blindados:
Perfurante! [municiador carrega o canhão com projéctil perfurante e declara
a prontidão (perfurante pronto!)].
Ponto de referência 20 tanque, 1500m, em movimento” fogo!”
MOBILIDADE
I. Generalidades
Mobilidade é uma sinergia resultante da interacção do aumento da velocidade, com a
capacidade de manobra do CC, vulgarmente conhecida por agilidade, e com as
possibilidades da viatura. O aumento da mobilidade traduz-se numa maior
disponibilidade de emprego e numa maior capacidade de sobrevivência.
Agilidade é a aptidão de CC, em que num curto espaço de tempo, pode executar várias
manobras ou mutação da direcção
1. Tipos de Mobilidades
1.1 Estratégica/operacional
Mobilidade Operacional é a possibilidade das grandes unidades de CC, terem
maior ou menor capacidade de se deslocarem no campo de batalha de modo a
influenciar a decisão estratégica, através da aplicação dos princípios da guerra, em
especial a surpresa, a massa, a ofensiva e a segurança.
1.2. Táctica
Mobilidade táctica é a maior ou menor capacidade que um CC possui para se
deslocar no campo de batalha, em quaisquer condições meteorológicas, de terreno
ou de combate.
- Tipos de Motores
Gasolina
Diesel
Turbina a Gás
a. Os ciclos de 4 tempos
1º Tempo - Admissão
O êmbolo ao descer, aspira a mistura gasolina-ar para o cilindro através da válvula de
admissão aberta.
2ºTempo – Compressão
A válvula de admissão fecha-se, o êmbolo sobe comprimindo a mistura e salta uma faísca
na vela.
3ºTempo - Expansão
A mistura inflamada pela faísca da vela, explode e empurra o êmbolo para baixo.
4ºTempo - Escape
2ºTempo – Compressão/Escape
A janela de transferência é aberta, passando a mistura para a parte superior do cilindro o
que ajuda a expulsar os gases. O êmbolo sobe, fechando a janela de escape e
comprimindo a mistura. Na vela salta a faísca
c. Número de cilindros
Os motores de movimento alternativo podem ser constituídos por apenas um cilindro
(mono cilíndricos) ou por vários cilindros (poli cilíndricos).
d. disposição de cilindros.
Os cilindros dos motores de movimento alternativo podem ter disposições diferentes.
4. Motor Diesel
Este motor, inventado pelo engenheiro alemão Rodolfo Diesel, é, do ponto de vista
estrutural igual ao motor a gasolina. Nestes motores, de ignição por compressão, a
mistura ar/combustível é feita na câmara de combustão. O ar, que entra na câmara de
combustão na fase de admissão, é submetido a uma elevada compressão, seguindo-se a
entrada de combustível, que inflama, ao contactar com o ar quente comprimido.
BALÍSTICA
I. Balística é a ciência que estuda o movimento dos projécteis, especialmente das armas
de fogo, seu comportamento no interior destas e também no seu exterior, como a
trajectória, impacto, marcas, explosão, etc., utilizando-se de técnicas próprias e
conhecimentos de física, química e outros, além de servir a outras ciências.
Sendo esta a definição de Balística, então estamos em presença de uma Ciência que
estuda os movimentos dos projecteis que utilizamos nas nossas armas de fogo.
Para isso, esta Ciência divide-se em quatro grandes áreas:
1. Balística Interna, que estuda os fenómenos que ocorrem dentro do cano de uma arma
de fogo durante o seu disparo; mais especificamente, estuda as variações de pressão
dentro do cano, as acelerações sofridas pelos projécteis, a vibração do cano, entre outras
coisas.
2. Balística Intermédia, que estuda os fenómenos que acontecem aos projécteis desde o
momento em que saem do cano da arma até o momento em que deixam de estar
influenciados pelos gases remanescentes à boca da arma.
1. Curva de Pressões
Curva de pressão é a variação de pressão de gases ao longo do eixo.
4o Período – Este é o período em que os gases que saem do cano com uma velocidade
superior a do projéctil, ainda exercem sua influência sobre ele, aumentando assim a sua
velocidade. Esta velocidade é conhecida por Velocidade Inicial do projéctil (vo). A
velocidade inicial (vo) é um indicador muito importante da potência do canhão/arma, pois
ela determina a distância do voo, trajectória, alcance máxima e a acção do choque do
projéctil. A pressão dos gases tende a igualar com a de atmosfera. É neste período onde
se regista o fenómeno recuo das armas, devido a saída brusca dos gases que seguem o
projéctil, e a sua expansão na boca da arma.
IP II P III P IV P.
T3 P
T1 T4 T5 V
TO T2
0 X
P1
Pmx2 P2 V2
Pmx1
V1
0 X
A Energia Potencial da carga combativa pode ser determinada com a seguinte formula;
Epot=427ωQ kgf.m.
Onde; Epot - Energia potencial da carga, kgf.m
427 – Equivalente termo-mecânico
ω – Massa da carga, kg
Uma parte da Energia desses gases, aquecem as paredes do corpo do cano, invólucro e o
projéctil, para além da acção de dilatação do canal.
O Trabalho Útil dos gases é dado enquanto a realização dos trabalhos A1 e A2.
O outro dado importante é a Energia Cinética (Energia da Boca) achada a partir do
momento em que o projéctil é lançado fora do cano.
qvo²
EB= 2g ;
Ctu =EB
Epot
vo ;
n= ld
A4= 1 . ω . A1;
3 q
Onde; A4 – trabalho efectuado durante a mistura dos gases e pólvora não queimado em
tf.m;
ω – massa da carga propulsora em kg;
q – massa de projéctil em kg;
A1 – trabalho principal em tf.m
Para diminuir a acção destrutiva dos gases, é necessário tomar em consideração algumas
medidas de prevenção:
-Medidas Construtivas (técnica)
Escolha do metal resistente
Polimento da superfície do canal
Escolha da pólvora que resulte temperaturas um pouco baixas durante a sua
combustão.
Escolha racional das medidas das estrias e ranhuras assim como a cinta de
travamento.
Quanto a escolha do metal, é importante conhecer o valor da sua resistência elástica que é
a função da coesão molecular, pois quanto maior for o seu valor, maiores serão as
pressões internas que o cano pode suportar. O metal deve possuir um limite de rotura
muito superior ao limite de elasticidade. A diferença entre estes dois limites determina o
grau de tenacidade do metal.
- Medidas de Exploração
Conservação das normas do regime do disparo.
Manutenção técnica do canhão (Inspecção, lavagem, limpeza, lubrificação).
Inspecção do canal e munições antes do tiro.
O uso de munições com cargas diminutas.
S= vo.t,
onde S – Percurso do projéctil;
vo – Velocidade inicial do projéctil, m/s
t – tempo, s
gt2
h= 2 ;
onde, h – depressão do projéctil
g – força da gravidade, igual a 9,81m/s
t – tempo.
M
A5
A4
A3
A2 h4 h5
h3
A1
h2
h1 B2 B3
B1 B4
O B5
Fig.4 – Formação de trajectória
Trajectória no
vácuo e sem força
da gravidade
Trajectória no vácuo com
força de gravidade
Trajectória na
atmosfera
α β αI βI
O Q1 Q2
Fig.5 – As diferentes trajectórias no espaço.
1. Elementos da Trajectória
Os elementos da trajectória são os pontos característicos encontrados na trajectória do
projéctil a partir da sua origem ou ponto de partida até ao seu ponto da queda.
μ
B
γ A V D1
Obj.
hs θc1 C1
α θo μ Q D
φ ε θC
O H C
Fig.6 – Elementos da trajectória.
b) Projécteis explosivos
Os projécteis carregados com explosivos químicos podem actuar:
A massa de gases libertados pela expansão da carga, para além de provocar
estilhaçamento do projéctil; produz uma onda de choque com efeitos demolidores
principalmente nos espaços fechados ( trincheiras, abrigos, etc.). Além desta onda de
choque temos ainda a considerar os efeitos dos gases.
• Pelos efeitos dos estilhaços
Quando o projéctil explode, os estilhaços são projectados quase perpendicularmente as
parede do corpo a que pertenciam.
Desde que o projéctil expluda no ar, o feixe lateral provoca no terreno, a machadada.
Rebentamento no solo
O formato da zona batida varia entre uma elipse até a um quase círculo se o ângulo de
chegada for quase recto.
Os valores médios das zonas batidas para alguns calibres consta do seguinte quadro:
Rebentamento no ar
Quando o projéctil explode no ar , a sua eficácia depende:
- Da sua inclinação;
- Da altura de rebentamento.
- Estes projécteis formados por paredes espessas e ogivas maciças tem pequenas cargas
explosivas e espoleta de fundo.
- São utilizados contra couraças e actuam principalmente pelo choque.
São destinados a romper couraças mas em vez de actuarem pelo choque actuam por
acção da carga explosiva de formato especial com que são carregados.
f) Projécteis de fumos
g) Projécteis iluminantes
h) Projecteis nucleares
i) Projécteis especiais
j) Importância da balística
A importância do estudo da balística externa é para elaboração de tábuas de tiro.
A finalidade de uma tábua de tiro é a de fornecer os elementos de tiro necessários para
bater os objectivos com precisão, em quaisquer condições.
Na prática , denomina se alcance, a distância correspondente a elevação com que deve ser
efectuado o disparo para atingir o objectivo.
Há necessidade de calcular correcções para compensar os desvios verificados a partir das
condições padrão visando a precisão do tiro.
P2 Dpobj. P1
Dpobj.- Distância percorrida pelo objectivo (alvo) durante a introdução de dados iniciais
do tiro.
P1- Posição inicial do objectivo.
P2 – 2a posição do objectivo.
d – Distância inicial.
Objectivo – Tanque
Vobj.- 10km/h
qobj - 0º → cos0° =1
t – 15s
Exemplo 2:
Objectivo – Tanque
Vobj.- 20km/h
qobj - 0º → cos0° =1
t – 15s
Consequentemente;
- Os alvos que se movimentam frontal ou obliquamente com uma velocidade ate 15km/h,
a Dpobj. é menor que 50m, logo os dados iniciais não se alteram.
- Os alvos que se movimentam frontal ou obliquamente com uma velocidade acima de
15km/h à 30km/h, a Dpobj. é maior que 50m, logo adiciona-se 1 divisão de milésima.
0-09 0-09
1o tiro 2o tiro
0-18
A determinação do outro sinal viável.
0-18
A utilização do outro sinal de pontaria
Ex:
Pontaria 1
Pontaria 2
1 14 +
(longo)
2 12 -
(curto)
3 13 Objectivo
Pontaria 2 Pontaria 1