Conforto Térmico - Pt2
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Arquitetura para Concursos - Curso
Regular - 2022
Autor:
Moema Machado
28 de Março de 2022
Oi pessoal!
Tudo bem?
Como vão os estudos?
Gosto muito desse tema, além de ser primordial para o exercício da nossa profissão com consciência
e qualidade.
Hoje, só exercícios!
Lembre-se:
“Treinamento difícil, combate fácil”
1 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
segundo a parede seja clara ou escura e, no caso de construção térrea, o solo seja pouco
ou muito refletor.
No caso de sombreamento de cobertura, a transmissão térmica se dá à semelhança da
proteção de paredes verticais, sendo que a ventilação entre a cobertura e a placa de
proteção pode produzir melhores efeitos.
Gabarito: alternativa A
Comentários
(A) A umidade relativa varia de maneira inversamente proporcional à temperatura do ar
diminuindo, conforme ocorre o aumento desta. Segundo Lamberts, a umidade relativa tende
a aumentar quando há diminuição da temperatura e a diminuir quando há aumento da
temperatura.
(B) A latitude de uma região, associada à época do ano, vai determinar o ângulo de incidência
dos raios de sol com relação ao plano do horizonte do lugar.
Segundo Romero, a latitude, a longitude e a altura sobre o mar são as coordenadas que determinam
a posição de um ponto da superfície terrestre. A latitude sempre é referida à linha do Equador
terrestre. Tomando como ponto de partida o Equador, a temperatura média do ar esfria-se
paulatinamente para os Pólos, mas o esfriamento não é constante. As isotermas não seguem
rigorosamente os paralelos, desviando-se pelo efeito da altura, ventos, correntes marinhas e outros
fatores do clima.
Segundo Fitch (1971), o principal fator geográfico no meio é expresso pela latitude, já que sua
distância a partir da linha do Equador determina a quantidade de energia solar que cada ponto vai
receber. A longitude, diz o autor, não possui a mesma importância, pois se refere muito mais à
localização e nunca ao clima (Figura 7).
A latitude é medida de 0º a 90º a partir do Equador, sendo Norte, se estiver acima da linha do
Equador e Sul, se estiver abaixo. Ela determina o ângulo de incidência dos raios solares em relação
ao plano do horizonte. Quanto maior for a latitude, menor será a quantidade de radiação solar
recebida.
Relembrando, são fatores climáticos:
Latitude
Altitude
Ventos
Massas de água e ar
Topografia
Vegetação
Superfície do solo.
(C) Quando o ar, contendo uma certa quantidade de água, é esfriado, sua capacidade de reter
água é reduzida, aumentando a umidade relativa até se tornar saturado. Segundo Lamberts,
quanto maior a temperatura do ar, menor a sua densidade e, em consequência, maior
quantidade de água poderá conter. Se o conteúdo de água evaporada no ar é o maior
possível para aquela temperatura, diz-se que o ar está SATURADO. Nessa condição, qualquer
quantidade de água a mais em estado de vapor condensará. Deste fenômeno se originam a
névoa, o orvalho e a chuva. Quando o conteúdo de vapor de água no ar é menor que o
máximo possível para aquela temperatura, diz-se que esta proporção (em percentual) é a
umidade relativa do ar.
(D) Correta. Podemos observar esse efeito da umidade também nos climas. Segundo Lamberts,
em locais com ar muito seco, os dias tendem a ser muito quentes e as noites frias, já em
locais úmidos, as temperaturas extremas tendem a ser atenuadas.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
3.1.5 Longitude
A posição de uma localidade A sobre a Terra pode ser especificada a partir de sua latitude
e de sua longitude. A longitude é medida com relação ao Meridiano de Greenwich. Esse
meridiano é, por definição, o semicírculo que passa pelos pólos e pelo observatório de
Greenwich, situado na Inglaterra. Assim, a longitude do ponto A é indicada na Figura 12
pelo ângulo φ1. As longitudes são medidas de 0° a 180°, a leste ou a oeste do Meridiano
de Greenwich.
3.1.6 Latitude
A latitude é medida a partir do Equador, imaginando-se que cada ponto da superfície da
Terra esteja contido em um semicírculo paralelo ao Equador e distante deste segundo um
ângulo definido pela altura do círculo, ou seja, pelo ângulo φ2. Mede-se a latitude de 0°
a 90° e se dirá que ela é Norte, se estiver acima da linha do Equador, e Sul, se estiver
abaixo.
3.1.8 Influência da latitude
A latitude de uma região, associada à época do ano, vai determinar o ângulo de
incidência dos raios de sol com relação ao plano do horizonte do lugar. Tomemos como
exemplo as localidades A e B indicadas no esquema simplificado do movimento aparente
do Sol, representado na Figura 14.
Admitindo-se a lei da Física, segundo a qual a quantidade de radiação solar recebida por
uma superfície é proporcional ao cosseno do ângulo que os raios solares fazem com a
normal ao plano desta superfície, é evidente que, para o sol na posição I, a localidade A
receberá maior quantidade de radiação que a B. Do mesmo modo, a localidade A
receberá maior radiação quando o Sol estiver, numa determinada época do ano, na
posição I, do que quando em outra data, localizado na posição II. Pode-se então afirmar
que quanto maior for a latitude de um local, menor será a quantidade de radiação solar
recebida e, portanto, as temperaturas do ar tenderão a ser menos elevadas.
3.1.13 Revestimento do solo
O revestimento do solo interferirá nas condições climáticas locais, pois quanto maior for
a umidade do solo, maior será a sua condutibilidade térmica. O ar é um mau condutor
térmico, de modo que um solo pouco úmido se esquenta mais depressa durante o dia,
mas à noite devolverá o calor armazenado rapidamente, provocando uma grande
amplitude térmica diária.
Este fato é bastante significativo nas modificações climáticas sentidas a nível urbano,
uma vez que os materiais de revestimento do solo, não só nos calçamentos das ruas, mas
a nível das edificações, alteram sobremaneira as condições de porosidade e,
consequentemente, de drenagem do solo, acarretando alterações na umidade e
pluviosidade locais.
3.1.14 Umidade atmosférica
A umidade atmosférica é consequência da evaporação das águas e da transpiração das
plantas.
Como definição de umidade absoluta tem-se que é o peso do vapor de água contido em
uma unidade de volume de ar (g/m3), e a umidade relativa é a relação da umidade
absoluta com a capacidade máxima do ar de reter vapor d’água, àquela temperatura.
Isto equivale a dizer que a umidade relativa é uma porcentagem da umidade absoluta de
saturação.
3.1.15 Ponto de orvalho
A umidade relativa varia com a temperatura do ar, diminuindo com o aumento desta.
Quando o ar contendo uma certa quantidade de água é esfriado, sua capacidade de reter
água é reduzida, aumentando a umidade relativa até se tornar saturado — com umidade
100%. A temperatura na qual esse ar se satura é denominada temperatura do ponto de
orvalho — na linha de umidade 100% nas cartas psicrométricas, Anexos 4 e 5. Qualquer
esfriamento abaixo dessa temperatura causa condensação de vapor.
Gabarito: alternativa D
Comentários
Pessoal, a questão é bem grande, mas, vamos convir que as características de topografia,
temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento dizem respeito à localização da obra.
Logo, a alternativa correta só pode ser a (C):
“O desempenho térmico depende de diversas características da localização da obra (topografia,
temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e da edificação (materiais
constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos, pé direito, orientação das fachadas
etc.). A sensação de conforto térmico depende muito das condições de ventilação dos ambientes,
com grande influência do posicionamento e dimensões das aberturas de janelas, o que é considerado
pela NBR nº 15.575. O nível de satisfação ou insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades
no interior do imóvel, quantidade de mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, idade, sexo
e condições fisiológicas e psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de conforto
térmico está se referindo sempre a uma condição média, que atende à maior parte das pessoas
expostas a uma determinada condição.”
No Desempenho Térmico, inicialmente, deve-se esclarecer que a norma NBR 15575 não
trata de condicionamento artificial (refrigeração ou calefação), ou seja, todos os critérios
de desempenho foram estabelecidos com base em condições naturais de insolação,
ventilação e outras. O desempenho térmico depende de diversas características do local
da obra (topografia, temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e
da edificação (materiais constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos ,
pé direito, orientação das fachadas, etc.). A sensação de conforto térmico depende muito
das condições de ventilação dos ambientes, com grande influência do posicionamento e
dimensões das aberturas de janelas, o que é considerado pela Norma. O nível de
satisfação ou insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades no interior do imóvel,
quantidade de mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, idade, sexo e
condições fisiológicas e psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de
conforto térmico está se referindo sempre a uma condição média, que atende à maior
parte das pessoas expostas a uma determinada condição. A Norma permite que seja feita
a avaliação térmica de um sistema de diferentes formas, com os procedimentos descritos
passo-a-passo.
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/4371190/resumo---nbr-15575---norma-de-desempenho
Gabarito: alternativa C
Comentários
ORIGEM ÁRABE-ISLÂMICA
A etimologia da palavra muxarabi (do árabe, mashrabiya) provém do verbo "beber", que
originalmente significava o lugar (janela) onde eram dispostos jarros com água para que
fossem resfriados.
A solução chegou ao Brasil em 1530 através dos colonizadores portugueses de origem
árabe. Muito dos artífices coloniais que construíram as habitações nas primeiras cidades
brasileiras foram educados conforme a tradição muçulmana e introduziram traços da
arquitetura moura na arquitetura colonial.
De acordo com Heloisa, o elemento deixou de ser adotado por volta de 1808. “Os
muxarabis foram se extinguindo da paisagem brasileira, principalmente das cidades que
surgiram a partir do século XIX”, explica a historiadora.
OBS.: Atento para o fato de que as denominações de gelosias e rótulas não são unânimes.
devastador sobre os muxarabis. No Rio de Janeiro não restou nenhum. “A impressão era
que se tinham deixado as casas em trajes menores”
Fonte: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-iii/
Não resisti e, a seguir, inseri algumas fotos. O Muxarabi vermelho é do edifício do Sesc
Pompeia de Lina Bo Bardi!
Fonte: http://othaudoblog.blogspot.com.br/2014/07/muxarabi.html
Comentários
(A) Errada. Para se controlar ganhos de calor, é necessário minimizar a energia solar que entra
pelas aberturas, tendo em vista que a radiação solar é uma das variáveis climáticas que mais
afetam o desempenho térmico.
(B) Certa. O ideal é que as paredes externas reflitam mais do que absorvam a energia solar.
(C) Errada. O ideal é trabalhar com o sombreamento do envelope do edifício.
(D) Errada. Colocar isolantes térmicos nas paredes externas.
(E) Errada. As cores escuras absorvem mais calor o que não é recomendado para se controlar
ganhos de calor. Segundo Frota e Schiffer, a pintura externa das construções em climas
quentes deve ser preferivelmente de cores claras, pois essas refletirão mais a radiação solar
e, portanto, menos calor atravessará os vedos.
Fonte: Livro Eficiência Energética na Arquitetura – Roberto Lamberts, Luciano Dutra e Fernando O. R. Pereira.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Gabarito: alternativa B
Comentários
Nesta de ficar pesquisando a fonte das bancas, descobri uma fonte das fontes. Rs. Vou explicar, na
maioria das bibliografias dos livros que venho citando há o nome de Victor Olgyay e eu comprei o
ebook, no Google Play, Design with Climate, Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism –
Victor Olgyay. Além de poder me aprofundar mais no assunto, vou conseguir imagens melhores
para nossa aula. E essas, abaixo, dizem tudo:
(A) Certa. A disposição intercalada, conforme a figura 199 acima, permite que o vento flua por
entre as edificações.
(B) Errada. As edificações implantadas à 45º em relação à direção do vento dominante são as
que recebem 50% da velocidade desse.
(C) Errada. As edificações implantadas em linha são que precisam ter uma distância entre elas
correspondente a 7 vezes sua altura.
(D) Errada. Com a implantação intercalada, conseguimos mais densidade e melhor
aproveitamento dos ventos.
(E) Errada.
Vamos ao Livro Design with Climate, Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism – Victor
Olgyay
Wind Direction and Housing Layouts. Buildings positioned perpendicular to the wind direction receive on their
exposed side the full sweep of the velocities. Positioned at 45° the wind velocity is reduced to 50%; some calculations
use 66% as the correction factor. Building rows spaced at a distance equal to seven times their respective heights
secure satisfactory ventilation effect for each unit. The wind has a tendency, however, to leap-frog long parallel unit
arrangements. Buildings planned in row arrangements cause a wind shadow over the subsequent units, which is
reinforced by the tendency of the wind to channel through free spaces and pass by the later units. An arrangement
of staggered units takes advantage of the bouncing pattern of the wind since the houses direct the flow to
subsequent structures. Note that the direction of flow is perpendicular to the third row of houses. The first type of
lay out is desirable for avoiding winter wind effects; the second pattern secures equal summer breeze distribution.
As winter winds and summer breezes more often than not come from different directions, both conditions may be
satisfied.
Gabarito: alternativa A
Sob a ótica do conforto térmico, os movimentos de ar aceleram as trocas de calor das pessoas
com o ambiente por convecção e por evaporação. Sua consideração em climas de tensão
térmica positiva é fundamental para obtenção das condições de conforto. É também elemento
de controle térmico dos ambientes e de salubridade. (Mascaró, 1985.) salienta que é
“indispensável conhecer e aplicar técnicas de projeto e cálculo de ventilação natural dos
edifícios; com a dupla finalidade de oferecer conforto ao usuário e otimizar o uso da energia
na edificação”.
Os fatores que condicionam a ventilação são:
I. Forma e características da edificação e do entorno (topografia natural e edificada).
II. Localização e orientação do edifício.
III. Posição e tamanho das aberturas.
IV. Direção, velocidade e frequência dos ventos.
V. Diferença de temperaturas interiores e exteriores.
Estão corretas as alternativas
(A) I, II, III, IV e V
(B) I, II e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV, apenas.
Comentários
Todas estão corretas. Antes de analisarmos os fatores que condicionam a ventilação, quero que
vocês compreendam os 3 princípios que governam o movimento do ar: (Sol, Vento & Luz)
1. Como resultado da fricção, a velocidade do vento é menor próxima à superfície da terra do
que nas partes mais altas da atmosfera.
2. Como resultado da inércia, o ar tende a continuar movendo-se na mesma direção quando
encontra um obstáculo. Portanto, ele flui ao redor dos objetos.
3. O ar flui de áreas de alta pressão a áreas de baixa pressão.
Complementarmente a estes princípios de movimento do ar, há diversos fenômenos
microclimáticos que ocorrem em sítios edificados.
A ventilação é uma das estratégias, mais antigas de resfriamento passivo e após o sombreamento,
é a estratégia bioclimática mais importante para o Brasil.
Segundo Lamberts, a ventilação natural é recomendada para temperaturas entre 20ºC e 32ºC (carta
bioclimática). Pois, a partir daí os ganhos térmicos por convecção funcionariam mais como
aquecimento do ambiente, que como resfriamento. E entre 27ºC e 32ºC a ventilação só é eficiente
se a umidade relativa do ar tiver valores entre 15% e 75%.
Fatores que condicionam a ventilação:
I. Como o ar é um fluido, como a água, o mesmo terá sua direção e velocidade afetados pelas
formas e características da edificação e do entorno.
II. Segundo Lamberts, a ventilação natural em ambientes é indissociável da orientação e da
implantação do edifício no terreno. Elementos como vegetação e superfícies edificadas
influenciam no ângulo de incidência e na intensidade com a qual o vento atinge a
edificação. Deve-se atentar para a orientação da edificação voltando as aberturas para a
direção das brisas do verão.
III. A posição e o tamanho das aberturas são muito importantes para o conforto térmico do
ambiente pela ventilação natural, sendo a mesma o deslocamento do ar através do edifício,
através das aberturas. Umas, funcionando como entrada, e outras, como saída.
O fluxo de ar que entra e sai do edifício depende:
Da diferença de pressão entre os ambientes externos e internos.
Da resistência ao fluxo de ar oferecida pelas aberturas.
Pelas obstruções internas.
De uma série de implicações relativas à incidência do vento e forma do edifício.
A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada:
Pelo vento.
Pela diferença de densidade do ar interno e externo. (ar quente menos denso, ar frio mais
denso)
Por ambas as forças.
Tendo em vista esse conhecimento, algumas técnicas são recomendadas para o resfriamento
passivo de uma edificação, levando-se em conta a localização e tamanho das aberturas:
Localizar aberturas de entrada voltadas para zona de alta pressão e de saída para zona de
baixa pressão (sucção). Romero chama de ventilação por ação dos ventos.
Localizar as aberturas de entrada mais baixas e as de saída mais altas, já que o ar quente
tende a subir. Romero chama de ventilação por efeito chaminé.
Ocorre maior fluxo de ar quando são posicionadas aberturas de igual tamanho em fachadas
opostas.
Se produz maior velocidade interna quando se combina uma pequena entrada de ar com uma
saída grande de ar.
Se as aberturas não estiverem centralizadas, se produzirá um fluxo interno assimétrico.
Quando algum obstáculo exerce pressão lateral sobre o fluxo inicial, o fluxo resultante será
assimétrico.
Se houver obstáculo interno paralelo ao fluxo de ar, esse se dividirá, mas, não perderá
velocidade.
Se o obstáculo for perpendicular, a velocidade do fluxo será reduzida.
(...)
IV. Correta. Direção, velocidade e frequência do vento são fatores variáveis dos quais a
ventilação natural depende.
V. Como vimos no terceiro princípio, do movimento do ar, acima, o ar flui da área de alta
pressão para área de baixa pressão. O ar quente, tem baixa pressão, e o ar frio, alta
Gabarito: alternativa A
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Todas corretas!
I. Correta. Os elementos construtivos têm desempenhos diferentes em relação à radiação
térmica incidente, transmitindo, refletindo ou absorvendo e reemitindo esta radiação para o
interior. De acordo com Lamberts, a radiação incidente num material construtivo terá uma
parcela refletida, uma absorvida e, se for um material translúcido, também uma parcela
transmitida diretamente para o ambiente interior.
A cor utilizada na fachada é de extrema importância, pois as cores claras refletem mais que as
escuras.
A emissividade é uma propriedade física dos materiais que diz qual a quantidade de energia térmica
é emitida por unidade de tempo e pertence à camada superficial do material emissor.
II. Correta. Alguns exemplos:
A exposição efetiva das paredes ao sol é maior à medida que aumenta a altura da edificação.
A transmissão de calor do exterior para o interior diminui proporcionalmente à diminuição
da exposição solar da cobertura.
A ventilação é bem-vinda para o resfriamento da envoltória do edifício, logo, deve-se
verificar a influência da forma e altura do entorno em relação à direção dos ventos
dominantes e o edifício. Segundo Lúcia Mascaró, as superfícies do envolvente do edifício
expostas a radiações intensas são aquecidas por parte da radiação que não foi refletida, mas
absorvida. Esse calor tenderá a ser conduzido para o interior do edifício, se não for eliminado
de outra forma. Como a temperatura da superfície que está recebendo muita radiação,
geralmente, é maior que a do ar, o movimento do ar sobre essa superfície leva parte do calor
que acaba chegando em menor quantidade no interior do edifício.
A orientação solar influencia a quantidade de radiação solar incidente na edificação.
III. Correta.
IV. Correta.
Gabarito: alternativa A
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Gabarito: alternativa A
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Gabarito: alternativa A
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Vamos direto à Frota e Schiffer!
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Gabarito: alternativa E
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Todas corretas!
De acordo com Brown e Decay (livro Sol, Vento & Luz), o esfriamento de uma edificação através da
ventilação noturna de massas térmicas depende de um processo em duas etapas:
1. Durante o dia, quando a temperatura está elevada demais para a ventilação, as aberturas
são fechadas e o calor excessivo é armazenado na massa da edificação.
2. À noite, quando a temperatura está mais baixa, permite-se que o ar externo circule pela
edificação para remover o calor armazenado na massa.
Para que isso ocorra, deverá haver massa suficiente para armazenar o calor e amplas aberturas para
a ventilação noturna poder remover o calor armazenado.
A inércia térmica deve ser utilizada de forma diferente em climas com grandes amplitudes térmicas
(os quais teriam uma média diária da temperatura confortável) e em climas com pequenas
amplitudes térmicas, com calor excessivo durante o dia e com um resfriamento noturno que não
justifique a necessidade de aquecer o ambiente interno. No clima com grande amplitude térmica, a
arquitetura deve possibilitar, durante o dia, temperaturas internas abaixo das externas e, durante
a noite, acima. Logo, já passa a ser importante a transmissão do calor armazenado durante o dia
para o interior da edificação.
Segundo Frota e Schiffer, à inércia térmica estão associados dois fenômenos de grande significado
para o comportamento térmico do edifício: o amortecimento e o atraso da onda de calor, devido
ao aquecimento ou ao resfriamento dos materiais. A inércia térmica depende das características
térmicas da envolvente e dos componentes construtivos internos. Para a avaliação da inércia
térmica da construção, recorre-se ao conceito de superfície equivalente pesada — que é igual à
somatória das áreas das superfícies de cada uma das paredes interiores, inclusive piso e teto,
multiplicadas por um coeficiente que será função do peso da parede e da resistência térmica de
seus revestimentos — em relação à área do piso do local.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
que quanto mais seco for o clima, mais acentuadas serão suas temperaturas extremas
(mínimas e máximas).
Este fenômeno se dá em função de as partículas de água em suspensão no ar terem a
capacidade de receber calor do Sol e se aquecerem.
Quanto mais úmido estiver o ar, maior será a quantidade de água em suspensão. Essas
partículas, além de se aquecerem pela radiação solar que recebem, também funcionam,
de dia, como uma barreira da radiação solar que atinge o solo e, à noite, ao calor
dissipado pelo solo.
Nesse sentido, um solo em clima mais seco recebe mais radiação solar direta que em
clima mais úmido.
À noite, a temperatura do ar é mais baixa do que a do solo, e este, então, tenderá a entrar
em equilíbrio térmico dissipando o calor armazenado durante o dia. Se o ar for úmido,
aquelas partículas de água em suspensão que de dia armazenaram calor vão também
devolver ao ar o calor retido, além de dificultar a dissipação do calor do solo. Parte desse
calor será devolvido na direção do solo, e a outra parte para a atmosfera. Assim, as
temperaturas noturnas do ar vão resultar não muito diversas das diurnas.
Em um clima quente seco, o solo pode perder, à noite, esse calor armazenado durante o
dia com muito mais facilidade, pois não terá muitas partículas de água em suspensão
agindo como barreira térmica.
Do mesmo modo, o calor adicional transmitido por essas partículas de água no período
noturno também não será significativo. Isto vai tornar, em climas secos, a temperatura
diurna bastante afastada da noturna, ou seja, com uma grande amplitude térmica.
3.2.5 Clima quente seco: a Arquitetura e o Urbano
As diferenças quanto à umidade relativa do ar vão requerer partidos arquitetônicos
distintos em função da consequente variação da temperatura diária, a qual,
basicamente, definirá as vantagens ou não da ventilação interna.
Tomando-se como referência a amplitude climática de um clima seco, por
exemplo, o da cidade de Brasília, onde a mínima (noturna) é de 15,4°C e a máxima
(diurna) de 30,7°C, vê-se que, idealmente, a arquitetura nestes climas secos e quentes
deveria possibilitar, durante o dia, temperaturas internas abaixo das externas e, durante
a noite, acima. A ventilação não seria útil, pois o vento externo estaria, em um mesmo
instante, ou mais frio ou mais quente que a temperatura do ar interno.
Nesse sentido podem-se adotar partidos arquitetônicos que tenham, primordialmente,
uma inércia elevada (vide capítulo 2), a qual acarretará grande amortecimento do calor
recebido e um atraso significativo no número de horas que esse calor levará para
atravessar os vedos da edificação. Assim, é possível obter-se um desempenho térmico tal
do espaço construído, de modo que o calor que atravessa os vedos só atinja o interior da
edificação à noite, quando a temperatura externa já está em declínio acentuado. Por isto,
parte do calor armazenado pelos materiais durante o dia será devolvido para fora, não
penetrando na edificação.
Outro fator a se considerar no projeto é o tamanho das aberturas. Já que não há
conveniência de ventilação, pode-se ter pequenas aberturas, o que também facilitará a
sua proteção de excessiva radiação solar direta.
Gabarito: alternativa E
(A) F – V – F;
(B) F – V – V;
(C) V – F – F;
(D) V – V – F;
(E) F – F – V.
Comentários
(A) As paredes expostas ao vento estarão sujeitas a pressões positivas, enquanto as paredes
não expostas ao vento e à superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões
negativas.
(V) Quanto mais perpendicular for a direção do vento em relação à fachada, mais pressão será
exercida.
(V) Correta. O ar, como fluido, “procura” os espaços vazios.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
A diferença de pressão exercida sobre o edifício pode ser causada pela ação dos ventos.
O vento, considerado aqui como o ar que se desloca paralelamente ao solo em
movimento lamelar, ao encontrar um obstáculo — o edifício — sofre um desvio de seus
filetes e, ultrapassando o obstáculo, tende a retomar o regime lamelar.
Segundo ilustra a Figura 63, as paredes expostas ao vento estarão sujeitas
a pressões positivas (sobrepressões), enquanto as paredes não expostas ao vento e à
superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões negativas (subpressões).
Essa situação proporciona condições de ventilação do ambiente pela abertura de vãos
em paredes sujeitas a pressões positivas (sobrepressões) para entrada de ar e em paredes
sujeitas a pressões negativas (subpressões) para saída de ar, segundo esquematizado na
Figura 64.
A distribuição das pressões sobre o edifício depende da direção dos ventos
com relação ao edifício e do fato de estar exposto às correntes de ar ou protegido por
outros edifícios ou qualquer obstáculo. A pressão exercida sobre um determinado ponto
do edifício depende também da velocidade do vento e do seu ângulo de incidência.
O fluxo da ventilação devido à ação dos ventos pode ser calculado por meio da seguinte
expressão:
Ao lidar com edificações situadas na área urbana, o efeito da ação dos ventos pode ser
pequeno em razão da proximidade entre as construções. Outra alteração previsível se
refere à direção do vento, que não se mantém a nível intraurbano, tendendo a seguir o
traçado viário.
Na eventualidade de construções espaçadas, até mesmo por exigência climática (vide
capítulo 3), o fator preponderante quanto à ação dos ventos é a determinação do sentido
do fluxo de ar no interior das edificações. Obstáculos, produzidos por construções
vizinhas, muros ou mesmo vegetação, podem inverter este sentido, modificando as
pressões do ar sobre as superfícies externas, conforme Figura 65.
As inversões de sentido do fluxo interno podem levar odores, vapores, etc. De cozinhas ou
banheiros para o interior das edificações em vez de para o exterior.
Gabarito: alternativa B
Comentários
I. Errada. “Detwyler (1974) trata das alterações climáticas provocadas pela urbanização. Segundo
ele, as alterações são três:
1. mudança da superfície física da terra, pela densa construção e pavimentação, fazendo
com que a superfície fique impermeável, aumentando sua capacidade térmica e
rugosidade e, ao mesmo tempo, alterando o movimento do ar;
2. aumento da capacidade armazenadora de calor com a diminuição do albedo;
3. emissão de contaminantes, que aumentam as precipitações e modificam a
transparência da atmosfera.
Estas três alterações resultantes da urbanização, aliadas ao fluxo material de energia,
produzem um balanço térmico especial nos centros urbanos, que é visível em muitas
cidades: o domo urbano. Este domo contém uma circulação de ar típica, fazendo com que
a cidade se pareça com uma ilha quente rodeada por um entorno mais frio. Daí o efeito
ser conhecido como “ilhas de calor”.” Romero, “Princípios Bioclimáticos para o Desenho
Urbano”
Várias pesquisas demonstram que a ilha de calor urbana, dentre outros fatores, tem uma
forte relação com a morfologia urbana, está entendida como a combinação das formas
construídas com o relevo e a paisagem natural (geomorfologia), ou com a forma
resultante da ocupação urbana (Villas Boas, 1986).
Entretanto, os efeitos das ilhas de calor podem ser mitigados por uma série de medidas,
como: o uso de cores claras nas fachadas dos edifícios, aumentando a capacidade de
reflexão da radiação e reduzindo as absorções de calor; o aumento da massa de
vegetação com o plantio de árvores (com o cuidado de que essas não se tornem um
impedimento para a ventilação urbana), entre outras (Gartland, 2008). O uso de concreto
claro em vez de asfalto, por exemplo, aumenta a reflexão da radiação global incidente
em aproximadamente 50%, reduzindo a quantidade de energia absorvida e
posteriormente reemitida pelo material (Gartland, 2008). Indo mais além,
transformações na configuração física da forma urbana, como a criação de espaços
abertos, ou a inserção de edifícios novos, também guardam o potencial de melhorar a
qualidade do clima urbano e, com isso, melhorar o desempenho ambiental dos edifícios.
(Fonte: Edifício Ambiental - Joana Carla Soares Gonçalves, Klaus Bode)
II. Errada. A inércia térmica faz com que o calor forte que incide durante o dia demore a entrar no
interior da edificação, fazendo com que a temperatura interna fique mais fresca durante o dia
e favorecendo o seu aquecimento durante à noite, quando a temperatura externa sofre grande
queda.
“Assim, verifica-se no vale das Casbás, onde o clima quente árido (pela proximidade do
deserto do Saara ao Sul) solicita um tecido urbano compacto, para minimizar a exposição
das superfícies à radiação solar direta, e para aproveitar a grande inércia térmica da
massa das construções (barro e troncos de palmeira para as estruturas e piso) que
retardam a passagem de calor durante o dia e deixam passar à noite o calor acumulado
durante o dia.” Romero, “Princípios Bioclimáticos para o Desenho Urbano”
III. O gabarito da questão é que essa afirmativa é a única correta, sendo a alternativa (C). Porém,
achei que faltaram dados suficientes para se chegar a essa conclusão. E, apesar de ter
pesquisado várias bibliografias, não encontrei essa afirmativa. Logo, aproveito a questão para,
abaixo, trazer várias informações de modo a enriquecer o conhecimento sobre o assunto.
A velocidade do vento é afetada pela rugosidade da superfície e pela distância vertical acima da
superfície, assim, quanto maior é o efeito do atrito, menor a velocidade. Quanto maior a altura do
obstáculo, maior altura do gradiente de velocidade.
A velocidade do vento aumenta com a altura, em função da redução do atrito conforme o fluxo de
ar se distancia da superfície.
A velocidade de deslocamento das massas de ar sobre a cidade é menor do que sobre a área rural.
Isto se dá em função do incremento da rugosidade do solo, que modifica o movimento e a
velocidade dos ventos, dando-lhes características próprias.
A velocidade do vento também é alterada pela superfície das massas edificadas, a rugosidade nas
cidades altera significativamente a forma de deslocamento das massas de ar, mudando o seu
movimento natural – laminar (em lâmina), para um movimento turbilhonar, que se caracteriza por
uma série de fluxos ascendentes e descendentes, rotacionais ou não rotacionais que, se
corretamente utilizado, se introduz no interior da massa edificada, aumentando as perdas de calor
por convecção das superfícies da massa edificada com a atmosfera.
Quanto maiores os contrastes entre as alturas dos elementos da massa edificada, maior o
turbilhonamento dos ventos; melhor ventilação se combinada com porosidade; maior a velocidade
dos ventos em parte da massa edificada próxima dos volumes mais altos; e maiores as trocas
térmicas com o ambiente atmosférico, ocasionando menores ganhos térmicos, consequentemente,
menores temperaturas do ar”. (Oliveira,1988).
A ventilação, com a renovação do ar, representa uma forma de retirada de calor do ambiente que
abriga cargas térmicas significativas e pode resultar em consequente melhoria das condições
térmicas, mas, também, pode ser responsável pela retirada de umidade, que pode ser desejável em
climas quentes-úmidos, mas, em outros não. Logo, temos que analisar a ventilação necessária para
um melhor conforto térmico de acordo com as condições climáticas.
O impacto dos edifícios altos vai depender de quão altos eles são, de quantos e quão distantes estão
um do outro.
Enquanto por um lado as paredes dos canyons podem representar barreiras para a ventilação
urbana, por outro lado, a rugosidade da forma urbana criada pelas diferenças de altura entre
edifícios próximos favorece a ventilação, trazendo benefícios para o conforto do pedestre
(especialmente em cidades de clima quente), a ventilação natural no interior dos edifícios e, ainda,
para a dispersão de poluentes do ambiente urbano (Givoni, 1998). Isso significa que, dependendo
do clima local, determinadas características da forma urbana podem ser positivas para os
microclimas urbanos. Por exemplo, situações de turbulência de vento podem ser desejáveis em
climas quentes, enquanto causam desconforto em climas mais frios.
Segundo o Livro “Edifício Ambiental”:
A inserção do edifício no terreno, incluindo o tratamento de sua base, são fatores cruciais
para o impacto ambiental desse edifício sobre os espaços abertos do entorno imediato.
Nesse sentido, pódios, pilotis, marquises e articulações da forma arquitetônica são
algumas medidas estratégicas de projeto para aproximar o edifício da escala humana,
enquanto oferecem proteção para o nível térreo contra o sol, a chuva e o vento. Pódios e
pilotis tiveram um papel central na inserção urbana dos edifícios do apogeu do período
modernista brasileiro (1930-1960). Como resposta às condições climáticas dos trópicos,
espaços abertos no térreo foram projetados para serem protegidos pelo sol e pela chuva,
enquanto permitem a passagem do vento ao redor dos edifícios.
Logo, em decorrência de sua forma e altura, o edifício alto tem um grande potencial de
modificar o microclima do entorno. Nesse sentido, os impactos mais relevantes são a
projeção de sombras e a criação de turbulências de vento.
Em se tratando do impacto específico na ventilação urbana, as diferenças de altura,
somadas às distâncias entre os edifícios, definem o nível de rugosidade da forma urbana,
que tem uma relação direta com os padrões de ventilação no ambiente urbano. De
acordo com Givoni (1992), o posicionamento estratégico de edifícios altos, mantendo
certa distância entre os mais altos, aumenta a rugosidade da forma urbana, acelerando
os fluxos e criando turbulências (Tab. 7.1). Nesses casos, a ventilação urbana pode ser
melhorada de 35% a 70% em decorrência de variação de altura entre edifícios altos
próximos (Ng, 2010).
O potencial de dispersão da poluição no nível da rua em função da ventilação urbana é
outra vantagem associada ao impacto dos edifícios altos, em centros urbanos
congestionados. Voltando às particularidades do clima quente-úmido, o incremento da
ventilação urbana é favorável ao conforto térmico em espaços abertos. No entanto, deve
ser destacado que as vantagens do impacto ambiental dos edifícios altos no ambiente
urbano, mais especificamente no conforto térmico do pedestre, não podem ser
generalizadas, estando atreladas às características do clima local. Enquanto sombras e
ventos são favoráveis para o conforto térmico em lugares de clima quente e úmido, os
mesmos efeitos são desfavoráveis nos climas mais frios.
Nas regiões de clima quente-seco, a forma deve ser compacta, a radiação evitada com a
exposição mínima de superfícies à radiação solar, a ventilação minimizada, uma vez que
carrega ar aquecido, e a forma dos lotes estreita e longa. Os espaços públicos devem ser
pequenos, sombreados e com presença de água. As ruas devem ser estreitas e curtas e a
vegetação deve comparecer em maior proporção nos espaços privados.
Nas regiões de clima quente-úmido, a forma deve ser aberta, sombreada, a excessiva
radiação evitada, em especial a difusa, através da utilização de materiais pouco
refletivos, a ventilação favorecida em todos os ambientes e a forma dos lotes mais larga
do que comprida, a fim de aproveitar ao máximo a ventilação conduzida pelas ruas. Os
espaços públicos não devem ser de grandes dimensões, já que a sombra é um elemento
fundamental. As ruas curtas e com um lado que dê sombra. A umidade deve ser reduzida
através da abertura de espaços e a vegetação não deve interferir com a ventilação.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Gabarito: alternativa C
Comentários
Segundo Lamberts, Le Corbusier, com a utilização de pilotis, permitia à arquitetura descolar-se do
solo, incrementando a permeabilidade à circulação de pedestres e à ventilação no térreo.
Analisando a figura abaixo, podemos perceber que os espaços abertos sob o edifício direcionam
mais o fluxo de ar quando orientados face à direção do vento. Logo, a alternativa (A) é a correta.
(C) A saída de ar do espaço sob o edifício se faz sob a forma de jato localizado quando os orifícios
de saída são pequenos em relação aos de entrada.
(D) Quanto maior é a altura dos pilotis, maior é o efeito da zona de baixa pressão (ou sucção). No
inverno do clima composto, provoca desconforto ao usuário, sendo porém, agradável nos climas
quente-úmidos, permitindo ventilar o entorno do prédio, já que sua ação se exerce sobre uma
distância da ordem do tamanho da cavidade ou pilotis.
(E) Até uma altura de cinco andares, o fenômeno se produz, isto é, sente-se a passagem do ar
através dos pilotis. Mas, a partir de sete andares, o efeito começa a ser secundário em relação à
ação da maior zona de baixa pressão (ou sucção), devido à maior altura do edifício,
independentemente de seu comprimento.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
Gabarito: alternativa A
III. A conversão de energia elétrica em luz gera calor sensível, que é dissipado,
especificamente, por radiação e por condução.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários
I. Errada. A quantidade de calor dissipada pelo organismo humano para o ambiente depende
da atividade desenvolvida pelo indivíduo.
II. Correta.
III. Errada. O erro está no “especificamente”, já que o calor é dissipado, também, por convecção.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Gabarito: alternativa B
Comentários
Quanto mais clara a cor da superfície externa de um elemento, menor seu coeficiente da radiação
solar. Como a questão nos pede os materiais com maior coeficiente de absorção solar, eu já ficaria
entre a alternativa (A) e a (E), analisando só o revestimento da parede. Analisando os materiais de
pavimentação, já mataríamos a questão, alternativa (E)!
Vamos ao Manual de Conforto Térmico, de Frota e Schiffer
Gabarito: alternativa E
Comentários
Se o efeito convecção é desejável, não devemos ter barreiras contra os ventos dominantes
favoráveis...
Resposta, alternativa (D)!
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
Convecção sobre superfícies expostas à radiação (condição de verão nas regiões sul e
sudeste)
Nos climas quentes e úmidos, o efeito convecção em superfícies expostas à radiação é
desejável, porque o movimento do ar tende a esfriá‐las por evaporação, já que estas
estão frequentemente úmidas.
Por isso, deve-se aproveitar qualquer mecanismo que facilite o movimento do ar sobre as
superfícies expostas à radiação ou, pelo menos, aproveitar plenamente os ventos da
região.
Nos capítulos dedicados ao estudo do sítio e da ventilação são apresentadas diversas
propostas para se obter esse efeito, destacando-se:
Escolha de lugares altos ou nas encostas;
Orientação da declividade da cobertura para os ventos dominantes;
Evitar barreiras contra ventos dominantes favoráveis;
Evitar as zonas neutras (ou de calmaria) entre edificações adjacentes;
Preservar os canais de ventilação entre conjunto de edifícios próximos;
Verificar a influência da forma e altura do entorno em relação à direção dos ventos
dominantes e o edifício em estudo.
Gabarito: alternativa D
Comentários
(A) Não oferecer grande resistência à passagem do vento.
(B) Correta.
(C) Aumentar a formação de redemoinhos ao nível do solo.
(D) Possuir grande parte de suas sacadas protegidas da ação do vento.
(E) Apresentar zonas críticas nos cantos do edifício.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
Efeito Pirâmide
O edifício de forma piramidal, devido a sua geometria aerodinâmica, não oferece grande
resistência à passagem do vento. Suas características irregulares (diferenças de níveis e
sacadas) dissipam a energia do vento em todas as direções. A formação de redemoinhos
ao nível do solo é grande em massas edificadas dessa forma.
As zonas críticas situam-se nos cantos dos edifícios piramidais. Sobre as sacadas
orientadas na direção do vento, na proximidade das cristas e a partir do nono andar, a
ação do vento já começa a ser agradável, mas de acentuada percepção nas regiões
quente-úmidas. Verifica-se, entretanto, que 80% das sacadas do edifício (levando-se em
consideração as diferentes fachadas) estão protegidas da ação do vento.
A proposta é usar os edifícios de forma piramidal para melhorar as condições de
ventilação do edifício e do entorno, otimizando as vantagens de sua forma aerodinâmica
e reduzindo sua capacidade de obstrução à ação do vento, interior e exteriormente.
Gabarito: alternativa B
Comentários
I. Segundo Frota e Schiffer, o sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifício
representando sempre um certo ganho de calor, que será função da intensidade da
radiação incidente e das características térmicas dos parâmetros do edifício. Logo, a
proteção com elementos externos, tais como brise-soleil e vegetação, são muito
importantes evitando a incidência da radiação direta. Aumentar a resistência térmica do
elemento, substituindo o material ou acrescentando material isolante térmico também
reduz as perdas e a alteração merece ser analisada quanto à sua real vantagem.
II. Correta. A energia metabólica de uma pessoa pode contribuir substancialmente à
quantidade de energia gerada na edificação, sendo a quantidade de calor e umidade
gerada, função do seu sexo, atividade e outros fatores. Também a iluminação elétrica e
os equipamentos produzem ganhos térmicos internos. Sendo as paredes boas condutoras
de calor, vão evitar que esse calor interno tenha dificuldade para sair do interior da
edificação.
III. Correta. Quando há temperaturas durante o dia muito altas e, durante à noite, muito
baixas, é interessante usar-se materiais pesados, ou seja, com alta inércia térmica, a fim
de que promovam o amortecimento e o atraso da onda de calor. A inércia térmica da
construção é igual à somatória das áreas das superfícies de cada uma das paredes
interiores, inclusive piso e teto, multiplicado por um coeficiente que será função do peso
da parede e da resistência térmica de seus revestimentos. Segundo Frota e Schiffer, os
revestimentos desempenham um papel importante, pois, se forem isolantes, diminuirão
as trocas térmicas com a parede e, consequentemente, sua inércia térmica.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
O Edifício
Os quatro fatores dinâmicos do clima também afetam o desempenho térmico do edifício.
As taxas de ganho ou perda de calor do edifício dependem de um conjunto de fatores,
tais como:
diferença entre a temperatura interior e exterior. O ganho (ou perda) de calor radiante
também está vinculado às características do material e da cor das superfícies que
constituem o envolvente do edifício;
localização, orientação (ao sol e aos ventos), forma e altura do edifício;
características do entorno natural e construído (sítio);
ação da radiação solar e térmica e, consequentemente, das características isolantes
térmicas do envolvente do edifício;
ação do vento sobre as superfícies interiores e fachadas e nos locais do edifício;
desenho e proteção das aberturas para iluminação e ventilação, assim como sua
adequada proteção;
localização estratégica dos equipamentos de climatização artificial, tanto dentro,
como fora do edifício, assim como dos principais aparelhos eletrodomésticos.
Gabarito: alternativa D
Comentários
(A) A ventilação natural relaciona-se principalmente com o estado do ar, ou seja, com sua
temperatura, umidade e velocidade.
(B) O ar quente tende a subir e o ar frio, a baixar.
(C) Duas massas de ar, postas em contato através de uma abertura, se mesclarão lentamente,
caso tenham a mesma temperatura e umidade.
(D) Temperaturas distintas geram duas correntes: uma de ar quente, que sobe num sentido, e
outra de ar frio, que baixa em sentido oposto.
(E) Correta.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
e sua função é a de retirar a umidade do corpo, facilitando a troca térmica entre o usuário
e seu entorno através da convecção.
A de manter a qualidade do ar. Esta não só é necessária nos climas quente-úmidos, mas
também nos climas compostos úmidos por estação fria, durante o inverno. É chamada de
ventilação higiênica e sua função é renovar o ar do local. Deve ser produzida na parte
superior do local (onde está o ar aquecido), longe do usuário para lhe evitar desconforto.
Resfriamento das superfícies interiores do local (especialmente do forro) por convecção,
durante o período quente dos climas úmidos. (Ver no Capítulo 4 – calor, efeito da troca
térmica por convecção, coberturas com câmara de ar ventilada).
Gabarito: alternativa E
I. a variação da temperatura diurna e noturna é maior do que a dos climas quentes e secos.
II. a quantidade de calor transmitida pela cobertura terá uma redução proporcional.
III. o isolamento do calor, sem armazená‐lo, é prejudicial à manutenção do conforto térmico
das edificações.
Assinale:
(A) se somente a justificativa I estiver correta.
(B) se somente a justificativa II estiver correta.
(C) se somente a justificativa III estiver correta.
(D) se somente as justificativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as justificativas estiverem corretas.
Comentários
I. Errada. Lembrem-se:
Climas quentes e secos – grande amplitude térmica diária;
Climas quentes e úmidos – pequena amplitude térmica diária.
Acho que já deve estar “tatuado no cérebro”. Rs
II. Correta!
III. Errada. O isolamento do calor, sem armazená-lo, é benéfico à manutenção do conforto
térmico das edificações nos climas quentes e úmidos. Tendo em vista que a queda da
temperatura à noite, não justifica o armazenamento de calor e sua posterior transmissão
para dentro da edificação.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
Gabarito: alternativa B
Comentários
Já vimos que o nome desse efeito é efeito pirâmide.
Para entendermos melhor os conceitos segundo Lúcia Mascaró, que trago para comentar as
alternativas, vou trazer também algumas breves explicações de Brown e DeKay, retiradas do livro
“Sol, Vento & Luz”, do item sobre princípios do movimento do ar.
“Quando o vento atinge um anteparo como uma edificação ou colina, ele cria uma zona
de alta pressão e velocidade crescente a barlavento do objeto (no lado que está sendo
atingido pelo vento) e uma zona de baixa pressão e velocidade menor a sotavento do
anteparo. A velocidade aumenta à medida que o vento contorna os lados e o topo do
anteparo.”
“O vento é acelerado quando tem que passar por uma área mais estreita, de acordo com
o efeito Venturi, por exemplo quando ele flui através de uma brecha entre duas
construções ou através de uma depressão entre duas dunas, ou quando canalizado ao
fluir paralelamente às bordas de um cânion.”
“Na maioria dos casos, a alta pressão ocorre no lado à barlavento e a baixa pressão, a
sotavento, enquanto o vento que é direcionado ao passar pelas arestas de uma edificação
aumenta sua velocidade.”
(A) Barreira: Segundo Lúcia Mascaró, é a influência de um edifício laminar no entorno imediato.
O edifício laminar, sob o ponto de vista da ventilação, é um prédio estreito, 10 m, de altura
até 30 m e comprimento mínimo igual a 8 vezes a altura. Quando há lâminas paralelas
próximas, produz o efeito barreira nas seguintes. Quando há incidência de vento a 45º em
uma fachada com altura entre 15 a 25 m, o fluxo de ar passa por cima e cai em parafuso
atrás, criando zona de turbulência e redemoinhos.
(B) Venturi: Segundo Lúcia Mascaró, fenômeno de funil formado por dois edifícios próximos
cujos eixos formam um ângulo agudo ou reto.
(C) Canto: Segundo Lúcia Mascaró, efeito resultante da união dos ângulos do edifício formado
por fachadas em pressão positiva e em sucção (pressão negativa). O efeito aumenta com a
altura do edifício e se acentua no caso de conjunto de edificações próximas entre si. Deve-se
otimizar as relações de forma e distância de maneira a aproveitar o efeito canto para ventilar
o entorno (construído ou aberto), diminuindo, assim, a sua temperatura e umidade, e
favorecendo a ventilação dos locais do edifício nos climas quente-úmidos.
(D) Malha: Segundo Lúcia Mascaró, chama-se malha a uma justaposição de construções de
quaisquer alturas, formando um alvéolo (ou bolso), cujo número de lados não é limitado, e
onde a abertura (ou aberturas) da malha não excede 25% do seu perímetro. Uma malha,
conforme suas medidas e orientação em relação à direção do vento, estará protegida, ou
não, da entrada do fluxo de ar.
(E) Correta.
Vou aproveitar a questão e trazer um quadro contido no Livro “Princípios Bioclimáticos para o
Desenho Urbano”
Efeito Pirâmide
O edifício de forma piramidal, devido a sua geometria aerodinâmica, não oferece grande
resistência à passagem do vento. Suas características irregulares (diferenças de níveis e
sacadas) dissipam a energia do vento em todas as direções. A formação de redemoinhos
ao nível do solo é grande em massas edificadas dessa forma.
As zonas críticas situam-se nos cantos dos edifícios piramidais. Sobre as sacadas
orientadas na direção do vento, na proximidade das cristas e a partir do nono andar, a
ação do vento já começa a ser agradável, mas de acentuada percepção nas regiões
quente-úmidas. Verifica-se, entretanto, que 80% das sacadas do edifício (levando-se em
consideração as diferentes fachadas) estão protegidas da ação do vento.
A proposta é usar os edifícios de forma piramidal para melhorar as condições de
ventilação do edifício e do entorno, otimizando as vantagens de sua forma aerodinâmica
e reduzindo sua capacidade de obstrução à ação do vento, interior e exteriormente.
Gabarito: alternativa E
Comentários
(A) Errada. Devemos propiciar a formação de corrente de ar no seu interior, no período do dia
em que isso seja desejado.
(B) Errada. Pelo contrário, deve-se favorecer a entrada do vento na edificação. E a ventilação
cruzada, segundo Lamberts, é uma das técnicas mais eficazes de ventilação num ambiente,
pois exige, basicamente, duas aberturas em paredes diferentes e certo conhecimento da
orientação dos ventos desejáveis nos períodos quentes.
(C) Correta. Segundo Lúcia Mascaró, persianas e venezianas que possam fechar-se quase
totalmente e abrir-se segundo as circunstâncias, sempre protegidas da radiação solar e
térmica, possuem a vantagem não só de controlar a entrada do ar quente nas horas críticas,
mas também de permitir um mínimo de ventilação (indispensável nos climas quente-úmidos)
e de iluminação nesse período do dia.
(D) Errada. Pelo contrário, deve-se evitar obstáculos internos à circulação do ar.
(E) Errada. O efeito termossifão (ou de chaminé) é uma aplicação do princípio de Arquimedes, o
qual afirma que a massa de ar aquecida recebe um impulso, de baixo para cima, igual ao peso
da massa de ar frio deslocada. Segundo Frota e Schiffer, a ventilação natural de edifícios se
faz através de dois mecanismos, ventilação por ação dos ventos e, por efeito chaminé.
Segundo Brown e Decay, o vento pode não estar disponível em certos horários, como à noite,
pode ser fraco demais em certos climas ou a condição urbana ou do sítio pode barrar o acesso
de uma edificação ao vento. Sob tais condições, a ventilação por efeito chaminé, que não
necessita dos ventos para que o ar se mova através de uma edificação, pode proporcionar
um efeito semelhante. Há também a vantagem de independência com relação à orientação.
A estratégia de ventilação por pátios internos também utiliza o efeito de termossifão. Para acelerar
as correntes de convecção são criados dois pátios, de um lado um pátio sombreado com fontes de
água para resfriar o ar e do lado oposto, um pátio exposto à radiação solar, promovendo o efeito
de termossifão.
Fonte: http://projeteee.mma.gov.br/implementacao/ventilacao-em-patios-internos/
Vamos a algumas imagens, que falam mais que palavras, do livro Design with Climate de Victor
Olgyay
Gabarito: alternativa C
Comentários
I. Correta. Lembrem-se que a cor da superfície externa é muito importante. Quanto mais
absorver calor, mais calor será transmitido para o interior do ambiente.
II. Errada. A radiação solar que penetra através do vidro de cor escura é maior, porque ele
absorve grande parte da energia.
III. Errada. O vidro escuro diminui bastante a transmissividade visível (visibilidade).
Tabela 1 do anexo 11 do Manual de Conforto Térmico de Frota e Schiffer
Gabarito: alternativa A
Comentários
(A) Errada. Para combater o ganho de calor devido à radiação solar, deve-se posicionar o edifício
de modo que não receba a máxima térmica devido à energia solar.
(B) Errada. As aberturas que permitem a entrada da luz solar, aumentam muito o ganho de calor
por radiação solar dentro do edifício.
Comentários
A CESPE sempre cobra alguma questão sobre Geometria Solar. Vamos lembrar que o azimute e a
altura solar determinam a localização do sol na abóboda celeste. Sendo:
Azimute (A) é o ângulo que a projeção do sol faz com a direção Norte.
Altura solar (H): é o ângulo que o sol faz com o plano horizontal.
A altura solar, o ângulo que o Sol faz com o plano horizontal, é representada por α, enquanto
β diz respeito ao azimute, ângulo que a projeção solar faz com a direção norte.
Comentários
Correta, conforme explicação da questão anterior.
Vamos ao Livro Eficiência Energética na Arquitetura, de Dutra, Lamberts e Pereira
Comentários
Correta. Segundo Frota e Schiffer, se traçarmos uma linha que passa pelo observador e é
perpendicular ao seu plano do horizonte, ela encontrará a esfera celeste em dois pontos: o que se
situa acima do observador é denominado Zênite (Z) e aquele abaixo, Nadir (Z′).
Abaixo, aproveito para trazer a utilidade do Nadir na confecção das cartas solares.
Para que as proteções solares internas ― persianas e cor nas ― adquiram certa eficiência, é
importante que as superfícies viradas para o exterior sejam brancas ou muito claras. Assim,
boa parte da radiação solar incidente será devolvida para o exterior, por reflexão.
Comentários
Correto! De novo a eficiência da cor branca ou off-white.
Vamos ao Livro Design with Climate, Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism – Victor
Olgyay
A radiação incidente (I) é igual à soma da radiação transmitida (T) e da radiação refletida (R),
isto é, I = T + R.
Comentários
Errada. Pela própria ilustração da questão, podemos perceber que para o I, temos o T, o R e o A,
está faltando na fórmula a radiação absorvida. Logo, o correto seria: I= T + R + A
Vamos ao Livro Eficiência Energética na Arquitetura, de Dutra, Lamberts e Pereira
Comentários
Correta! Lembram-se dos três princípios do movimento do ar?
1. Como resultado da fricção, a velocidade do vento é menor próxima à superfície da terra do que
nas partes mais altas da atmosfera.
2. Como resultado da inércia, o ar tende a continuar movendo-se na mesma direção quando
encontra um obstáculo. Portanto, ele flui ao redor dos objetos.
Achei interessante trazer para vocês a estratégia, abaixo, de design de wing walls, a qual pode ser
utilizada quando o vento não vem de uma direção perpendicular às janelas. Perceberemos que
pode-se usar o paisagismo ou as wing walls para alterar as zonas de pressão positiva ou negativa
em torno da edificação e induzir fluxos de ventos através de janelas paralelas às direções dos ventos
predominantes.
Comentários
Correta! As árvores de copas altas são as indicadas para o clima quente-úmido, pois oferecem
sombra e não bloqueiam a ventilação tão necessária nesses climas.
Influência da Vegetação
A colocação correta da vegetação, composta de arbustos e árvores de caule liso e copas
altas, permite a absorção solar e o esfriamento do ar que penetra no edifício.
Comentários
Errada. A forma de transmissão de calor explicada na questão é convecção, e não condução.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
RADIAÇÃO
Qualquer objeto pode radiar calor da mesma forma que o sol. Ao colocar a mão perto de
uma lâmpada acesa, sente-se o calor irradiado por ela. Essa sensação térmica pode ser
amenizada pondo-se um pedaço de papel entre a mão e a lâmpada.
Da mesma maneira, num local onde as paredes, cobertura e aberturas não estão
devidamente desenhadas e protegidas, facilmente se ganha ou se perde calor (no verão
ou inverno, respectivamente) do interior para o exterior, aumentando consideravelmente
o consumo de energia, como foi visto no início deste capítulo.
Comentários
Como já vimos, a construção sobre pilotis, provoca um efeito aerodinâmico no vento chamado
“Efeito pilotis”.
Segundo Romero, os edifícios com pilotis são aconselháveis para áreas densamente construídas,
uma vez que, através das aberturas destes, os fluxos de ar atingem outros edifícios localizados
sotavento (Figura 61).
Os efeitos indesejáveis do efeito de pilotis (jatos de ventos) podem ser atenuados:
- Se os edifícios procuram uma orientação paralela ao vento dominante;
- Se a base do edifício é forrada com vegetação ou construção;
- Se se evitam os pilotis de forma contínua;
- Se se dividem os fluxos de ar à beira das construções, através do aumento da porosidade do
edifício.
Devem, no entanto, ser tomados cuidados para que os procedimentos para a atenuação do efeito
de pilotis não venham reduzir sobremaneira a sua porosidade e impedir a passagem do vento.
Comentários
A Carta Solar é um instrumento criado para representar a direção dos raios do Sol em relação a um
ponto na Terra durante todo o ano solar, de maneira a podermos transferir tais medidas para a
representação arquitetônica nos planos horizontal e vertical, visualizando assim a insolação em
planta e corte. O desenho da carta solar é feito a partir da observação quanto à posição do Sol na
Notem que, conforme a localização da cidade vai se distanciando da linha do equador, ou seja, sua
latitude vai aumentando, a trajetória do sol vai ficando mais inclinada e, por consequência, vai
recebendo menos quantidade de radiação solar. Isso se dá porque quanto mais inclinado estiver o
sol, mais distante ele estará.
Vou aproveitar e trazer a leitura da carta solar de Porto Alegre retirada da apostila de geometria
solar da UFRGS
Comentários
Errada. Os efeitos de ventilação variam de intensidade conforme o tamanho das aberturas nas suas
respectivas fachadas.
Vamos ao Livro Energia na Edificação de Lúcia Mascaró
O ruído de tráfego de veículos poderia ser sensivelmente atenuado por uma formação vegetal
de médio e grande porte em torno do edifício.
Comentários
Errada. A vegetação não possui, por si mesma, um efeito de barreira significativo.
A atenuação provocada por uma faixa de cem metros de vegetação densa é de apenas
10dB(A), ou seja, 1 dB(A) para cada 10 metros de vegetação, o que pode ser considerado
insignificante (Fig. A18).
O uso de vegetação sobre taludes de terra, nas bordas das vias de tráfego, é eficiente,
mas são os taludes e não a vegetação, que se opõem à propagação do ruído.
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica – ouvindo a Arquitetura”, de Léa Cristina Souza,
Manuela de Almeida e Luís Bragança
Os vidros duplos insuflados podem diminuir a percepção, em decibéis, das fontes emissoras
de ruído, como as de tráfego aéreo.
Comentários
Correta. Os vidros insulados têm propriedades termoacústicas.
Fonte: http://www.glassec.com.br/insulado
Verifica-se que o isolamento acústico melhora com o aumento da câmara de ar, para um
mesmo tipo de material.
Vidros duplos com câmaras de ar pequenas, entre 4 e 8 mm, têm pouco efeito no
isolamento acústico, são mais adequadas para isolamento térmico.
Fonte: Procel Edifica – Acústica Arquitetônica.
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica – ouvindo a Arquitetura”, de Léa Cristina Souza,
Manuela de Almeida e Luís Bragança
A radiação recebida por determinado edifício será menor se diminuída a carga térmica na
envoltória. O dimensionamento correto das aberturas e a orientação solar adequada são
essenciais para atingir tal objetivo.
Comentários
Com certeza! Segundo Frota e Schiffer, considerando que as diferenças climáticas da Terra são
basicamente advindas da energia solar, torna-se indispensável a posse de elementos para avaliar
qual a carga térmica que determinada edificação ou espaço ao ar livre receberá nas diversas horas
do dia e nas várias épocas do ano.
Essa análise das cargas térmicas, tanto as externas, quanto as internas, são essenciais para se definir
um projeto com bom desempenho térmico.
(...)
Baseando no conhecimento do clima (meso e micro) e nos métodos de redução do
consumo de energia (localizar, orientar, plantar, proteger, abrir e fechar) pode-se esboçar
o projeto do edifício e estabelecer as características do entorno, da forma e minimizar as
perdas e os ganhos térmicos e, consequentemente, a energia consumida no uso do
edifício.
Comentários
Creio que a ergonomia deve considerar aspectos relativos ao conforto térmico, e, não, ao
desempenho térmico, que seria o conforto térmico aliado à economia de energia.
A ergonomia se preocupa com o desempenho do sistema produtivo, focando no bem-estar do
trabalhador.
O "mesmo" no enunciado faz com que a questão esteja incorreta, pois, de qualquer forma, o
desempenho térmico não está relacionado ao desenho dos objetos. Creio que o correto seria dizer
que a ergonomia deve considerar aspectos relativos a conforto térmico, quando não estiver
relacionada diretamente ao desenho dos objetos.
Mas, o que significa o termo Ergonomia? No seu estudo etimológico, Ergo vem de trabalho e Nomos
significa lei ou regra. Fazendo ligação com sua função, seu conceito está relacionado a leis ou regras
que proporcionam o melhor desenvolvimento, conforto e satisfação no trabalho e,
consequentemente, a obtenção de melhor produtividade, com baixos índices de retrabalho e
doenças ocupacionais.
A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existente, às
características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente,
confortável e seguro (ABERGO, 2000).
Nos aspectos físico-ambientais do ruído, da temperatura, da umidade, da luminosidade e das cores
do ambiente dentro dos seus limites, a harmonia é de extrema importância para o bom
desenvolvimento do trabalho.
A Norma Regulamentadora NR-17 visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, incluindo os aspectos
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas
de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível
de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído
(NC) de valor não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de
trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis
na altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita
no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4,
este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
Gabarito: alternativa ERRADA
Comentários
O termo IRRADIÂNCIA se refere à densidade de fluxo de radiação incidente sobre uma superfície
(W/m2; cal/cm2.min). Resposta: alternativa (D).
Vamos à NBR 15220-1 - Desempenho térmico de edificações
Parte 1: Definições, símbolos e unidades
Gabarito: alternativa D
(A) claraboia.
(B) shed.
(C) brise.
(D) lanternim.
(E) light-shelf.
Comentários
SHEDS
O shed é muito utilizado em fábricas, especialmente quando não é possível obter luz lateral, ou está
deficiente pela excessiva largura do corpo do edifício.
Caracteriza-se por telhados em forma de dentes de serra (faces de pouca inclinação alternadas com
outras quase verticais). Essas últimas são envidraçadas.
Pede uma estruturação mais elaborada da cobertura. Pois, para proporcionar iluminação e
ventilação precisam ser guarnecidos com caixilhos ou com algo que possibilite essas funções,
impedindo a penetração de chuvas.
Foto: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-belo-horizonte/
Gabarito: alternativa B
A seta, que indica a direção dos ventos predominantes, demonstra claramente a presença de
um fenômeno conhecido como efeito
(A) de malha.
(B) barreira.
(C) Venturi.
(D) de esteira.
(E) Wise.
Comentários
Efeito Venturi! Alternativa (C).
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró
Efeito Venturi
O efeito Venturi é um fenômeno de funil formado por dois edifícios próximos cujos eixos
formam um ângulo agudo ou reto.
A zona crítica para o conforto (máxima aceleração) situa-se no estrangulamento ou
garganta Venturi. Para que o efeito Venturi exista, é preciso que a altura dos prédios seja
maior que 15 m (cinco andares), a soma do comprimento dos edifícios tenha pelo menos
200 m, e a parte superior e inferior da fachada maior, que forma o efeito Venturi, esteja
livre de qualquer construção numa superfície da mesma ordem de grandeza do funil.
Quando a largura da garganta de Venturi é de duas a três vezes sua altura média, se
produz a passagem do fluxo máximo de ar pelo funil.
Gabarito: alternativa C
Na figura que mostra a máscara produzida por obstáculos externos (em planta e corte
esquemáticos) a uma determinada abertura (O) e a área de eficiência total de sombreamento,
correspondem a X, Y, Z os ângulos verticais:
(A) 𝛼 3, 𝛼 1, 𝛼 2.
(B) 𝛼 3, 𝛼 2, 𝛼 1.
(C) 𝛼 2, 𝛼 1, 𝛼 3.
(D) 𝛼 2, 𝛼 3, 𝛼 1.
(E) 𝛼 1, 𝛼 3, 𝛼 2.
Comentários
Vamos supor que não saibamos trabalhar com máscaras e estamos fazendo a prova. Primeiro passo,
não se assustar com a questão, depois, respirar fundo e interpretá-la. Muitas das vezes, as questões
que parecem mais difíceis, na realidade, podem ser resolvidas por um raciocínio lógico.
A questão nos pede para relacionarmos os ângulos 𝛼1, 𝛼2 e 𝛼3, com as curvas X, Y e Z, sendo que
nomeia os pontos dos vértices, na planta, no corte e na máscara.
Observando-se o corte, o ângulo 𝛼1 passa pelos vértices A e B, o 𝛼2, pelos vértices C e D, e o 𝛼3,
passa pelo ponto F.
Observando-se a máscara a curva X passa pelo ponto F, a Y, pelo pontos A e B, e a Z, pelos pontos C
e D.
Logo, a curva X corresponde ao ângulo vertical 𝛼3, a curva Y, ao ângulo vertical 𝛼1 e a curva Z, ao
ângulo vertical 𝛼2.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Gabarito: alternativa A
Comentários
Pessoal, essa foi por eliminação!
(A) Radiação solar: nas escalas meso e microclimáticas a radiação solar pode ser interceptada
pelos elementos vegetais e topográficos do local. Em locais arborizados a vegetação pode
interceptar entre 60% e 90% da radiação solar, causando uma redução substancial da
temperatura do solo. Isto acontece porque o vegetal absorve parte da radiação solar para
seu metabolismo (fotossíntese). Além disso o movimento do ar entre as folhas retira
grande parte do calor absorvido do sol.
(B) Pintar as superfícies externas com cores escuras vai fazer com que as fachadas absorvam
mais calor e, por conseguinte, o transmita para o interior da edificação.
(C) Nas regiões quente-secas, não é aconselhável ventilar a edificação descontroladamente,
pois o ar vai carregar calor e poeira.
(D) Deve-se sombrear a edificação para que se diminua a radiação incidente.
(E) Não se deve usar grandes superfícies envidraçadas, o vidro transmite muito calor para
dentro da edificação. O ideal é usar materiais com grande inércia térmica. Já que esses
climas quente-secos se caracterizam por grandes amplitudes térmicas, esses materiais
fazem com que o calor chegue dentro da edificação só à noite, quando a temperatura
externa já teve uma queda brusca.
Abaixo, trago a NBR 15220-3 com as diretrizes construtivas de Brasília, a qual tem um clima quente-
seco.
Vamos à NBR 15220-3 - Desempenho térmico de edificações
Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares
de interesse social
Gabarito: alternativa A
Comentários
Essa é a definição dada pela NBR 15220 para conforto térmico.
Segundo Lamberts, conforto térmico é uma sensação humana fortemente relacionada à
subjetividade, e depende, principalmente, de fatores físicos, fisiológicos e psicológicos. Os fatores
físicos são aqueles que determinam as trocas de calor do corpo com o meio; já os fatores fisiológicos
referem-se às alterações na resposta fisiológica do organismo, resultantes da exposição contínua a
determinada condição térmica (aclimatação humana); e finalmente, os fatores psicológicos, que são
os que se relacionam às diferenças na percepção e na resposta aos estímulos sensoriais, frutos da
experiência passada e da expectativa do indivíduo.
Segundo a ASHRAE Standard 55 conforto térmico é definido como “O estado de espirito que
expressa satisfação com o ambiente térmico”.
Vamos à NBR 15220-1 - Desempenho térmico de edificações
Parte 1: Definições, símbolos e unidades
Gabarito: alternativa E
Comentários
Se a própria questão nos diz que a ventilação do ático reduz os ganhos de calor, podemos deduzir
que são desejáveis em climas quentes. A alternativa (B) é a correta.
Vamos à NBR 15220-2 Desempenho térmico de edificações
Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade
térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações:
Nota: No caso de coberturas, a câmara de ar existente entre o telhado e o forro pode ser
chamada de ático.
5.3.4 Considerações quanto à ventilação de áticos
A ventilação do ático em regiões quentes é desejável e recomendável. Isto aumenta a
resistência térmica da câmara de ar e, consequentemente, reduz a transmitância térmica
e os ganhos de calor.
Porém, alerta-se que em regiões com estação fria (inverno) a ventilação do ático provoca
perdas de calor pela cobertura, o que não é desejável.
Gabarito: alternativa B
1. Dormitório
Considerando-se a adequada disposição dos quartos quanto à insolação, a orientação solar
Norte a ser incluída na planta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Comentários
Sem saber a localização da casa, fica difícil, não é? Achei essa questão mal elaborada... mas, vamos
lá! Estamos aqui para tirar proveito de tudo, erros, acertos, potencializar nosso lado interpretativo,
etc.
Em primeiro lugar, gostaria de relatar as conclusões do estudo de Olgyay que aborda o impacto do
clima sobre a forma das plantas:
1. O edifício (ou casa) quadrado não é a forma ideal em nenhum lugar.
2. Todas as formas alongadas no eixo norte-sul são menos eficientes do que a forma quadrada.
3. A forma mais eficiente em todos os casos foi a alongada no eixo leste-oeste.
Olgyay estudou 4 cidades, cada uma representando um tipo de clima diferente, frio, temperado,
quente-seco e quente-úmido.
A forma ideal foi definida como aquela que tem o menor ganho de calor no verão e a menor perda
de calor no inverno. Portanto, a forma das casas deve variar com a região e efeitos das forças
térmicas.
Podemos observar, na implantação das casas, que o eixo norte-sul “corta” as mesmas
transversalmente.
Para essa questão, esse estudo não adiantou muito, pois não temos nenhuma hipótese na qual a
casa citada ficasse alongada na direção do eixo norte-sul, para que a eliminássemos, mas achei
interessante trazer para vocês.
Também achei bastante interessante esses exemplos de edifícios, abaixo, que Olgyay correlacionou
com diferentes regiões climáticas. Principalmente, por estar o Pedregulho, localizado no Rio de
Janeiro e projetado por Affonso Reidy e muito cobrado em concursos.
Bom, levando-se em conta a insolação da piscina e que os quartos têm varanda, eu até marcaria a
(D)...
Através de leitura direta na carta solar representada na Figura 34, vê-se que a superfície
voltada para NE, se estiver livre de obstáculos externos, receberá radiação direta do Sol,
por exemplo, no dia 22 de dezembro desde o nascer do sol até o meio-dia e em 3 de abril
até aproximadamente 13 horas e 45 minutos.
O procedimento é o mesmo para se determinar o horário de insolação para superfícies
verticais com orientação distinta daquela acima considerada. Deve-se apenas cuidar em
marcar corretamente a normal à superfície, que deve apontar para a sua orientação
particular.
Realmente, é a melhor orientação! A fachada Sul, nesse caso, não teria insolação nos meses mais
frios, sendo importante em São Paulo.
São Paulo está na Zona Bioclimática 3 e vamos ver abaixo, quais são as diretrizes construtivas de
acordo com a NBR 15220-3. Reparem que a norma pede para permitir sol durante o inverno.
Reparem também, que a insolação nos meses de dezembro e janeiro para a fachada Sul,
praticamente, é a mesma que para a fachada Nordeste. Viram como é importante a Carta Solar?
Vamos à NBR 15220-3 - Desempenho térmico de edificações
Gabarito: alternativa D
Comentários
(A) A ocupação dos edifícios por pessoas, máquinas e equipamentos e a exposição à radiação
solar vão ocasionar, nos ambientes internos, temperaturas superiores às do ar externo.
(B) A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada pelo vento
ou pela diferença de densidade do ar interno e externo, ou por ambas as forças agindo
simultaneamente.
(C) O efeito da diferença de densidade provoca o chamado efeito chaminé. Assim, a
ventilação natural de edifícios se faz através desses dois mecanismos:
ventilação por ação dos ventos;
ventilação por efeito chaminé.
(D) A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas,
umas funcionando como entrada e outras, como saída. Assim, as aberturas para
ventilação deverão estar dimensionadas e posicionadas de modo a proporcionar um fluxo
de ar adequado ao recinto.
(E) Correta.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Gabarito: alternativa E
III. Pelo estudo da insolação, pode-se definir a boa orientação de uma construção e seus
ambientes, controlando a incidência dos raios solares através de beirais, varandas, brises-soleil
e toldos, entre outros recursos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa II estiver correta.
Comentários
Todas corretas!
I. Olgyay. Observem a variação da ventilação interna em função da posição e tipo das janelas:
Frota:
III. Lamberts:
Segundo Frota e Schiffer, o sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifício representando
sempre um certo ganho de calor, que será função da intensidade da radiação incidente e das
características térmicas dos paramentos do edifício. Logo, a proteção com elementos externos, tais
como brise-soleil e vegetação, são muito importantes evitando a incidência da radiação direta.
A orientação do edifício influi sensivelmente na quantidade de calor por ele recebida. Com
suas fachadas maiores orientadas favoravelmente, o edifício recebe, na latitude 30º S
(correspondente a Porto Alegre), 1,7 milhão de quilocalorias/dia, ao passo que, orientado
desfavoravelmente, a carga térmica recebida é da ordem de 4,2 milhões de
quilocalorias/dia. Ou seja, o aumento da carga térmica recebida por um edifício mal
orientado é de quase 150%.
O Edifício
Os quatro fatores dinâmicos do clima também afetam o desempenho térmico do edifício.
As taxas de ganho ou perda de calor do edifício dependem de um conjunto de fatores,
tais como:
Diferença entre a temperatura interior e exterior. O ganho (ou perda) de calor radiante
também está vinculado às características do material e da cor das superfícies que
constituem o envolvente do edifício;
Localização, orientação (ao sol e aos ventos), forma e altura do edifício;
Características do entorno natural e construído (sítio);
Ação da radiação solar e térmica e, consequentemente, das características isolantes
térmicas do envolvente do edifício;
Ação do vento sobre as superfícies interiores e fachadas e nos locais do edifício;
Desenho e proteção das aberturas para iluminação e ventilação, assim como sua
adequada proteção;
Localização estratégica dos equipamentos de climatização artificial, tanto dentro,
como fora do edifício, assim como dos principais aparelhos eletrodomésticos.
Gabarito: alternativa C
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.
Comentários
A primeira afirmativa está errada, pois é necessário o controle da luminância da luz refletiva pelo
entorno.
Vamos ao livro “Energia na Edificação”:
(Mascaró, 1985)
Gabarito: alternativa B
Considerando os gráficos acima, que representam a incidência da luz solar sobre as três
cidades indicadas, julgue os itens seguintes, a respeito de conforto térmico.
A ventilação de um ambiente por meio de shed ocorre por sucção. Assim, no hemisfério Sul,
quando o vento dominante vem do leste, a abertura do shed deverá estar virada para oeste,
podendo expor esse ambiente ao sol poente.
Comentários
A princípio, pensei estar errada essa afirmativa, tendo em vista que a ventilação por shed ocorre
pela diferença de densidade do ar, o ar quente, menos denso, sobe e sai pela abertura superior,
sendo esse efeito conhecido como efeito chaminé. Esse fenômeno ocorre, independentemente, da
ação dos ventos, podendo ou não, ser conjugado com esse tipo de ventilação. Além disso, a abertura
do shed para oeste causa mais ganho térmico, pela radiação solar direta, à edificação.
Acontece que a questão nos diz que o vento dominante vem do leste. Se as aberturas são localizadas
no lado da cobertura voltado para os ventos ou em área de turbulência o efeito chaminé pode ser
revertido, onde as saídas de ar passam a agir como entradas de ar de pouca eficiência. A geometria
da abertura de saída deve oferecer uma resistência mínima ao fluxo de ar ascendente, para permitir
que o ar flua livremente para fora do edifício e o desempenho da saída de ar pode ser melhorado
se posicionado em uma zona de sucção.
A tendência natural do vento é entrar pela zona de alta pressão e sair pela de baixa pressão por
sucção.
Segue trecho de um trabalho de graduação:
“..., quando se deseja extrair o ar interno por meio de aberturas no forro/cobertura, estes elementos
são posicionados contra o sentido predominante do vento, ou são vazados em todas as suas
orientações - aproveitando a diferença de pressão entre o ar interno e a cobertura. Gandemer e
Barnaud (1989) realizaram um estudo em túnel de vento quantificando os efeitos da utilização de
aberturas (shed) para captação e para exaustão do ar. Com a função de permitir a entrada de ar, e
em ambientes com ventilação cruzada, o shed proporcionou aumento de 15% na velocidade interna
do vento. Para a exaustão do ar, foi constatado um aumento aproximado de 40% em sua velocidade
(Figura 1. 29).
http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/22747/1/2016_GustavodeLunaSales.pdf
Tanto a fachada sul, em janeiro, quanto a fachada norte, em julho, da cidade de Belém,
localizada próxima à linha do Equador, recebem a mesma insolação, o que se denomina
equinócio, caracterizado como a inexistência de verão ou de inverno definidos.
Comentários
“Tanto a fachada sul, em janeiro, quanto a fachada norte, em julho, da cidade de Belém, localizada
próxima à linha do Equador, recebem a mesma insolação”, até aí, OK. Porém, a isso não se
denomina equinócio.
Equinócio é a denominação que se dá àquelas datas do ano onde o dia tem a mesma duração que
a noite. Ocorre 3 meses após cada um dos solstícios (extremos de maior e de menor trajetória solar).
No verão em Brasília, a fachada sul recebe insolação pela manhã e à tarde; em Miami, a
insolação no verão atinge a fachada sul durante todo o dia.
Comentários
Pegadinha, pessoal!
O inverno em Miami se dá nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e, o verão, nos meses de
junho, julho e agosto.
Dá para perceber que, na carta solar apresentada, de Miami, a trajetória maior do sol está acima,
em junho, e a menor trajetória solar está abaixo, em dezembro.
Dito isso, podemos perceber que a fachada sul não é banhada pelo sol, durante o verão, durante
todo o dia, sendo banhada pelo sol somente entre 12:00 h e 15:00 h.
Já no verão em Brasília, a fachada sul recebe insolação durante todo o dia.
Comentários
Vamos analisar as alternativas?
(A) Incorreta. Os estudos de sombreamento (diagramas de sombra) ajudam a controlar com
maior eficácia a radiação direta, não é pessoal? Para essa, temos dados de altura e ângulo
solar.
http://www.labeee.ufsc.br/antigo/pos-graduacao/ecv_4247/arquivos/02_Clima_Homem_Arquitetura.pdf
(B) Correta.
(C) Incorreta. Quando o ar entra em contato com uma superfície mais quente, ele se aquece, se
eleva e é substituído por ar mais frio, gerando um movimento denominado convecção
natural.
(D) Incorreta. A transmissão de calor por radiação está diretamente ligada às propriedades
superficiais dos materiais, como absorção e reflexão.
(E) Incorreta. A ventilação é o fator preponderante para a existência do fenômeno de
evaporação.
Gabarito: alternativa B
Abraço,
Profa. Moema Machado
2 – LISTA DE QUESTÕES
(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)
A incidência solar sobre as edificações traz certo ganho de calor que se dá em “função da
intensidade da radiação incidente e das características térmicas dos paramentos do edifício”
(Frota e Schiffer, 2001, p. 41). Elementos de proteção solar, a exemplo do quebra-sol (“brise-
soleil”), são dispositivos importantes ao controle da insolação no “projeto do ambiente
térmico”. A respeito das características dos elementos de proteção solar na edificação,
assinale a alternativa correta.
A) No caso de sombreamento de cobertura a ventilação entre a cobertura e a placa de
proteção pode produzir melhores efeitos.
B) A continuidade da proteção horizontal maximiza a ventilação da camada de ar próxima à
parede, melhorando a eficiência da proteção.
C) O quebra-sol pode ser utilizado apenas para a proteção de paredes opacas, não tendo
eficiência em paredes transparentes ou translúcidas.
D) O beiral deve ser analisado sob o ponto de vista de fatores como absorção, isolação e
emissividade, de modo que sua eficiência geométrica tenha menor importância.
III. As flutuações nas temperaturas internas podem ser amortecidas pela inércia térmica
disponível dentro do edifício como uma função de seus materiais e acabamentos internos
empregados.
Está correto o que se afirma em:
(A) somente I;
(B) somente II;
(C) somente III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.
III. Os edifícios altos apresentam uma variedade de superfícies, que servem para reduzir a
velocidade do vento, causando menor difusão do vapor e, consequentemente, maior umidade
nas áreas urbanizadas com edifícios altos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
I. a variação da temperatura diurna e noturna é maior do que a dos climas quentes e secos.
II. a quantidade de calor transmitida pela cobertura terá uma redução proporcional.
III. o isolamento do calor, sem armazená‐lo, é prejudicial à manutenção do conforto térmico
das edificações.
Assinale:
(A) se somente a justificativa I estiver correta.
(B) se somente a justificativa II estiver correta.
(C) se somente a justificativa III estiver correta.
(D) se somente as justificativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as justificativas estiverem corretas.
(E) coibir o uso de ventilação por termossifão, mesmo em partes do edifício protegidas por
vento externo.
Com base na figura acima, que ilustra uma abóboda celeste, julgue os itens seguintes.
A altura solar, o ângulo que o Sol faz com o plano horizontal, é representada por α, enquanto
β diz respeito ao azimute, ângulo que a projeção solar faz com a direção norte.
Para que as proteções solares internas ― persianas e cor nas ― adquiram certa eficiência, é
importante que as superfícies viradas para o exterior sejam brancas ou muito claras. Assim,
boa parte da radiação solar incidente será devolvida para o exterior, por reflexão.
A radiação incidente (I) é igual à soma da radiação transmitida (T) e da radiação refletida (R),
isto é, I = T + R.
O ruído de tráfego de veículos poderia ser sensivelmente atenuado por uma formação vegetal
de médio e grande porte em torno do edifício.
Os vidros duplos insuflados podem diminuir a percepção, em decibéis, das fontes emissoras
de ruído, como as de tráfego aéreo.
A radiação recebida por determinado edifício será menor se diminuída a carga térmica na
envoltória. O dimensionamento correto das aberturas e a orientação solar adequada são
essenciais para atingir tal objetivo.
A seta, que indica a direção dos ventos predominantes, demonstra claramente a presença de
um fenômeno conhecido como efeito
(A) de malha.
(B) barreira.
(C) Venturi.
(D) de esteira.
(E) Wise.
Na figura que mostra a máscara produzida por obstáculos externos (em planta e corte
esquemáticos) a uma determinada abertura (O) e a área de eficiência total de sombreamento,
correspondem a X, Y, Z os ângulos verticais:
(A) 𝛼 3, 𝛼 1, 𝛼 2.
(B) 𝛼 3, 𝛼 2, 𝛼 1.
(C) 𝛼 2, 𝛼 1, 𝛼 3.
(D) 𝛼 2, 𝛼 3, 𝛼 1.
(E) 𝛼 1, 𝛼 3, 𝛼 2.
1. Dormitório
Considerando-se a adequada disposição dos quartos quanto à insolação, a orientação solar
Norte a ser incluída na planta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Considerando os gráficos acima, que representam a incidência da luz solar sobre as três
cidades indicadas, julgue os itens seguintes, a respeito de conforto térmico.
A ventilação de um ambiente por meio de shed ocorre por sucção. Assim, no hemisfério Sul,
quando o vento dominante vem do leste, a abertura do shed deverá estar virada para oeste,
podendo expor esse ambiente ao sol poente.
Tanto a fachada sul, em janeiro, quanto a fachada norte, em julho, da cidade de Belém,
localizada próxima à linha do Equador, recebem a mesma insolação, o que se denomina
equinócio, caracterizado como a inexistência de verão ou de inverno definidos.
No verão em Brasília, a fachada sul recebe insolação pela manhã e à tarde; em Miami, a
insolação no verão atinge a fachada sul durante todo o dia.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
D) 4, 3, 2, 1
E) 2, 3, 4, 1
(Frota e Schiffer. Manual de Conforto Térmico. São Paulo, Studio Nobel, 2003. pág. 33)
A) Radiação.
B) Condução.
C) Evaporação.
D) Convecção.
E) Implantação.
C) madeira
D) tijolo maciço
E) argamassa
D) em lugares de clima quente e úmido, tirar partido da vegetação para proporcionar conforto
através da ventilação adequada é fazer bom uso dos princípios da arquitetura bioclimática.
E) todas as afirmativas estão corretas.
Lote B
Analisando a figura, conclui-se que:
A) O prédio situado no lote B nunca recebe sol na fachada A, o que é benéfico, pois evita raios
solares prejudiciais à saúde.
B) O playground está bem disposto, pois permanece na sombra o dia todo, o que é adequado
para as crianças e idosos.
C) As árvores existentes no lote A prejudicam a manutenção da piscina e das áreas comuns do
lote B.
D) A implantação dos edifícios situados no lote C preserva as qualidades ambientais dos
espaços livres do lote B, assegurando-lhes adequada proteção em termos de insolação.
E) A piscina está bem disposta em termos de insolação, na medida em que recebe insolação
plena durante o dia.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Legenda:
eixo vertical esquerdo – g/kg
eixo vertical direito – umidade em porcentagem
eixo horizontal – temperatura de bulbo seco
Com base nos gráficos acima, que ilustram aspectos climáticos das cidades X e Y, e
considerando a aspectos bioclimáticos, clima e zona de conforto, assinale a opção correta.
Ainda que haja diferença considerável entre a latitude dos dois municípios, é correto afirmar
que para uma fachada noroeste, nas duas cidades, o desenho dos brises poderá ser de certa
forma semelhante, ainda que estes possuam tamanhos diferentes e sejam desenhados de
acordo com aspectos de plasticidade, visibilidade e ventilação distintos.
A exaustão feita pelo uso de ventilação por efeito chaminé através de recintos é incrementada
com a diminuição da distância entre as aberturas altas (por onde o ar quente sai) e as baixas
(por onde o ar frio entra).
De acordo com as cartas solares acima, para as duas cidades, nas fachadas leste e oeste, que
recebem, respectivamente, o Sol da manhã e o Sol da tarde, devem ser empregados brises
com aletas verticais. Na fachada norte, que recebe Sol durante todo o dia na maior parte do
ano, mas em uma posição mais a pino, são mais adequados os brises horizontais. Para a
fachada sul, os brises são de muito pouca utilidade.
Em uma habitação construída em regiões sob climas quentes e úmidos, deve-se evitar a
ventilação natural em seu interior, para, com isso, impedir a umidade excessiva e assegurar a
ventilação cruzada.
A partir da figura acima, julgue os itens a seguir, relativos a conforto nas edificações.
O plantio de árvores ao redor de uma edificação térrea ameniza o efeito da radiação refletida
pelo meio e pelo entorno, diminuindo a sensação térmica do ambiente.
A potência dissipada por equipamentos, inclusive por sistemas de iluminação, deve ser
considerada no cálculo de potência a ser admitida em determinado ambiente condicionado.
A máscara de sombra mostrada abaixo indica a necessidade de proteção solar em grelha, cujo
estudo deve ser feito a partir dos desenhos em planta e corte.
O estudo dos brises horizontais é feito a partir dos desenhos em planta, já que é nessa
representação que se obtém a verdadeira grandeza do ângulo de sombra horizontal.
Com base na ilustração abaixo, que apresenta a eficiência de alguns tipos de controle solar
para redução de carga térmica em um edifício, é correto afirmar que a eficiência das proteções
internas, assim como a dos vidros especiais, é reduzida se comparada à eficiência das
proteções externas.
Considere que, em uma oficina de carpintaria, para amenizar os efeitos do pó gerado pela
atividade ali desenvolvida, o arquiteto tenha optado por vedar as fachadas leste e oeste com
veneziana de chapa metálica com lamelas a 45º. Nesse caso, a abertura total de ventilação
permaneceu praticamente a mesma, descontando-se apenas a soma das espessuras das
chapas, o que representa uma porcentagem mínima.
A ventilação de um ambiente é influenciada pelo tipo de janela. Por exemplo, a janela do tipo
guilhotina, muito comum em casas antigas, não é atualmente recomendada, porque, quanto
à ventilação, é menos eficiente que a janela de correr.
45 A luz refletida pelo entorno do edifício ou por outras superfícies exteriores representam
dados fundamentais para o projeto de iluminação natural. A este respeito, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Diferentemente das outras fontes de luz, não é preciso que a luminância da luz refletida
pelo entorno seja controlada.
( ) A luz refletida pelo entorno em regiões ensolaradas representa, no mínimo, 10 a 15% do
total da luz diurna recebida pelas janelas.
( ) Para locais cujas superfícies exteriores não estão dispostas ao Sol, a luz refletida pelo
entorno chega a ser maior que 50% da luz recebida pelas janelas localizadas em superfícies
sombreadas.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.
4 – GABARITO