339-Texto Do Artigo - 11544-1-10-20131010
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Artigo
Resumo Pharmacovigilance:
a Regulatory Approach
O progresso tecnológico no setor farmacêutico trouxe excelentes
benefícios à sociedade, mas existe a necessidade de a indústria farma- Abstract
cêutica e de os profissionais da saúde estarem inseridos num sistema The technological progress in the pharmaceutical industry has brou-
de vigilância de medicamentos ante os efeitos indesejáveis que esses ght great benefits to society; however, there is a need for the pharmaceu-
produtos possam apresentar. Neste sentido, torna-se fundamental a tical industry and health professionals to be included in a surveillance
compreensão da evolução histórica e os artifícios regulatórios da far- system for drugs against the undesirable effects that these products might
macovigilância pelo profissional da saúde. Este trabalho, portanto, teve have. In this sense, it is essential to understand the historical evolution
como objetivo reunir informações, mediante uma revisão bibliográfica, and the wiles of regulatory Pharmacovigilance by health professionals.
para um maior entendimento da farmacovigilância enfatizando questões Therefore, this study aimed to gather information through a literature
históricas e regulatórias desta ciência, cuja metodologia consistiu ini- review to a greater understanding of pharmacovigilance emphasizing
cialmente numa pesquisa sistemática nas bases de dados específicos, historical and regulatory issues of this science, whose methodology was
utilizando alguns termos previamente levantados no sistema denomi- initially a systematic survey in specific databases, using some terms
nado Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) relativos ao estudo. previously raised in DeCs for the study. The conclusion of this work that
Conclui-se com este trabalho que a farmacovigilância é um instrumento the Pharmacovigilance is a powerful tool for ensuring a good policy for
poderoso para assegurar uma boa política de acompanhamento do uso monitoring the use of medicines outside the limited role of the clinical
de medicamentos, diante do papel limitado dos ensaios clínicos. trials.
Palavras-chave: Farmacovigilância. Medicamentos. Legislação. Keywords: Pharmacovigilance. Medicines. Legislation.
123
1
Farmacêutica Industrial. E-mail: alinefries@ibest.com.br
2
Farmacêutica Industrial, responsável técnica da Farmácia Universitária da Unijuí.
3
Farmacêutica Bioquímica, Doutora em Ciências Biológica pela UFSM, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde de Ijuí.
REVISTA CONTEXTO & SAÚDE IJUÍ EDITORA UNIJUÍ v. 11 n. 22 jAN./JUN. 2012 p. 40-49
42 Aline Tais Fries – Daniela Cristina Pereira – Vanessa Battisti
Congresso americano assinou o “The Federal Food, des relacionados ao uso da talidomida começaram a
Drug and Cosmetic Act”, estabelecendo que novos aparecer na Europa (Ansel; Popovich; Allen Junior,
medicamentos, para serem registrados, deveriam 2007; Silveira et al., 2001).
comprovar sua segurança (Bueno, 2005). Segundo
A talidomida gerou cerca de 500 mortes em
Ansel, Popovich e Allen Junior (2007), a necessi-
neonatos e 4 mil casos de focomelia, responsável
dade de uma formulação adequada e da realização
pelo nascimento de crianças com braços e pernas
de ensaios farmacológicos e toxicológicos dos fár-
em forma de nadadeiras de foca. Em 1961 o pedia-
macos, adjuvantes e produtos acabados foi a partir
tra alemão Widekund Lenz associou a doença ao
desse momento reconhecido.
consumo do sedativo por gestantes. Como conse-
A maior repercussão em casos de teratogenicida- quência, em 1962 foi aprovada nos EUA a emenda
de na medicina ocorreu em relação ao uso da talido- Kefauver-Harris, que ampliou o poder da FDA,
mida, que foi sintetizada em 1953 nos laboratórios e tornou mais rigorosas as exigências legais para
da Ciba, e no ano seguinte sintetizada pela empresa comprovação da segurança dos fármacos. Tal acon-
alemã Chemie Grunenthal tendo como objetivo ini- tecimento fez história e mostrou a necessidade de
cial a sua utilização como anti-histamínico. Estudos maior controle, de vigilância cada vez mais rigorosa
realizados em animais falharam em confirmar esse e critérios mais restritos de segurança (Said, 2004;
efeito, mas demonstraram as propriedades sedativas Sevalho, 2001).
e hipnóticas da substância. Assim, o principal efeito No Brasil a talidomida tornou-se disponível em
demonstrado nos estudos realizados pela Grunen- março de 1958 e comercializada por vários labo-
thal foi a capacidade da talidomida de provocar um ratórios, com diferentes nomes comerciais, sendo
sono profundo e duradouro sem ocasionar efeitos utilizada, mesmo após a sua retirada do mercado
indesejáveis no dia seguinte. Outra importante ca- mundial, até junho de 1962. Naquele ano o governo
racterística detectada naquela época foi a alegada federal, por meio do Serviço Nacional de Fiscali-
baixa toxicidade. Os experimentos realizados em zação de Medicina e Farmácia (SNFMF) cassou
ratos, cobaias e coelhos não mostraram taxas de a licença dos produtos contendo talidomida. Ofi-
letalidade significativas, mesmo utilizando altas cialmente, esses medicamentos não poderiam estar
doses. Generalizando para humanos os resultados sendo comercializados no final de 1962, conforme
obtidos em animais de laboratório, a Grunenthal o Termo de Inutilização do Medicamento, datado de
lançou o medicamento no mercado em outubro de 13 de novembro de 1962, porém o ato só foi formal-
1957 (Oliveira; Bermudez; Souza, 1999). mente estabelecido em 30 de junho de 1964. Após
1965 surge a chamada segunda geração de vítimas
Rapidamente a comercialização da talidomida
da talidomida, ou todos os casos que ocorreram
se expandiu, passando a ser comercializada em
após 1965. Nessa ocasião o medicamento começou
países europeus, asiáticos, Canadá e América do
a ser utilizado exclusivamente para o tratamento da
Sul, tornando-se o medicamento mais vendido na
hanseníase (Silveira et al., 2001).
Alemanha Ocidental para o tratamento da insônia.
Apesar da ampla comercialização nos continentes É importante salientar que os primeiros casos de
europeu e asiático, em diferentes especialidades far- focomelia causados pela talidomida foram descritos
macêuticas (Kavadon,® Sedalis,® Softenon,® Distaral,® pelo médico Widekund Lenz por meio de carta a
Contergan®), este fármaco não obteve licença da uma revista médica internacional, e de forma in-
Food and Drug Administration (FDA), órgão re- dependente, no mesmo período o médico austra-
gulador dos Estados Unidos da América (EUA) liano W. G. McBride havia enviado um artigo ao
(Ferreira et al., 2009). A companhia farmacêutica The Lancet. Esse tipo de comunicação de reações
Merrel, nos Estados Unidos, aguardava a aprovação adversas perdurou por muitos anos (Ugalde; Home-
para comercialização, quando relatos de toxicida- des, 2007; Sevalho, 2001).
Em 1963, a 16ª Assembleia Mundial em Saúde tência da farmácia hospitalar participar dos estudos
reafirmou a necessidade de ação imediata ante as de ensaios clínicos e do programa de farmacovigi-
reações adversas a medicamentos, o que levou à lância do hospital (Brasil, 1976, 1994, 1997).
criação do projeto-piloto da OMS para monitori-
As ações em farmacovigilância foram ampliadas
zação internacional de medicamentos iniciado em
pela Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998,
1968 com o objetivo de promover rápida dissemi- afirmando que as ações de farmacovigilância, além
nação da informação. Dessa forma, iniciou-se a de tratar dos efeitos adversos, serão utilizadas tam-
prática e ciência da farmacovigilância (Carvalho et bém para assegurar o uso racional de medicamen-
al., 2005). tos. Deverão ser desenvolvidos estudos, análises, de
modo a reorientar procedimentos de registros, nor-
O projeto-piloto foi primeiramente efetivado em
mas de comercialização, prescrição e dispensação
dez países que dispunham de um sistema nacional
de produtos. E em 1999 cita-se a farmacovigilância
de notificação de reações adversas. Os países que
para medicamentos sujeitos a controle especial, pela
participaram inicialmente foram: Austrália, Cana-
Portaria nº 6, de 29 de janeiro de 1999, em seu arti-
dá, Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Holanda, Nova go 89, corroborando que a autoridade sanitária local
Zelândia, Suécia, Reino Unido e EUA. Atualmente, deve estabelecer mecanismos para efetuar a farma-
86 países participam do programa da OMS, que é covigilância dos medicamentos à base de substân-
coordenado pelo Centro Colaborador do Uppsala cias sujeitos à Portaria 344/98. E finalmente define-
Monitoring Centre, em Uppsala, Suécia, com a su- se as atribuições do profissional farmacêutico na
pervisão de um comitê internacional. Destes, 75 são farmacovigilância, por meio da RDC nº 44, de 17
membros oficiais, caso do Brasil, e 11 são consi- de agosto de 2009, atestando que são inerentes ao
derados membros associados. Outra função deste profissional farmacêutico as seguintes atribuições:
centro colaborador é receber notificações de todos participar de estudos de farmacovigilância com
os países que mantêm a base de dados denominada base em análise de reações adversas e interações
Vigibase, sobre reações adversas aos medicamentos medicamentosas, informando a autoridade sanitária
(Mendes et al., 2008). (Brasil, 1998, 1999a, 2009c).
diado na Unidade de Farmacovigilância (Ufarm), cerca de 190 serviços de saúde em todos os Esta-
responsável pela coordenação do fluxo nacional dos brasileiros, abrangendo hospitais universitários,
de notificações de suspeitas de reações adversas a públicos, privados, de grande porte e alta comple-
medicamentos. O Brasil, como já citado, foi inseri- xidade (Vicente, 2012).
do nesse mesmo ano no programa internacional de
Estes hospitais ficaram responsáveis pelo con-
monitorização de medicamentos da OMS como o
trole de riscos mediante notificações, informando
62º membro oficial, um dos passos iniciais para a
sobre possíveis alterações maléficas ou inespera-
consolidação do sistema de farmacovigilância bra-
das a que estão expostos determinados grupos de
sileiro (Brasil, 2001; Carvalho et al., 2005; Mendes
pessoas (Spadoti et al., 2010). Para os serviços de
et al., 2008).
saúde a notificação compulsória está enfatizada
A metodologia adotada para a farmacovigilân- na RDC nº 2, de 25 de janeiro de 2010, no artigo
cia consiste na coleta e comunicação de reações 20, determinando que o estabelecimento de saúde
indesejadas que se manifestam após o uso dos me- deve notificar à Anvisa os eventos adversos e quei-
dicamentos, com base na notificação voluntária e xas técnicas envolvendo as tecnologias em saúde,
compulsória, para distintos notificantes (Vicente, conforme disposto em normas e guias específicos.
2012). Quanto à responsabilidade de encaminha- Os critérios para notificação foram delineados pela
mento da notificação voluntária, no Brasil, a Anvisa Unidade de Tecnovigilância da Anvisa, alinhados
a aceita de todos os profissionais de saúde, assim com o proposto para os detentores de registro de
como de usuários de medicamentos, no entanto as produtos para a saúde por meio da RDC nº 67, de
notificações advindas de usuários de medicamen- 21 de dezembro de 2009 (Brasil, 2010, 2009e; Vi-
tos que passam pelo profissional de saúde devem cente, 2012).
ser analisadas previamente antes da notificação. O Segundo Mendes et al. (2008), o projeto Hospi-
profissional de saúde deve estar atento para uma tais Sentinelas prevê atender à necessidade da Anvi-
possível relação entre um evento indesejável e o sa de obter informações qualificadas, enquanto cria
uso de medicamento. Embora o método de notifica- um meio intra-hospitalar favorável ao desenvolvi-
ção voluntária apenas gere hipóteses que devem ser mento de ações de vigilância sanitária em hospitais.
testadas por meio de outros estudos, como ensaios Essas ações resultam em ganhos significativos de
clínicos, estudos de coorte e caso controle, deve qualidade para os serviços e pacientes, pois a noti-
ser entendido como uma importante fonte de dados ficação espontânea não tem atingido o volume e o
(Mendes et al., 2008). grau de confiança desejável para embasar a regula-
As informações sobre medicamentos disponibi- rização e as reavaliações futuras de um determinado
lizadas na página da Unidade de Farmacovigilância produto.
no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) propõem-se O Sistema Nacional de Notificações para a Vi-
não apenas a orientar e estimular o exercício das gilância Sanitária (Notivisa) foi criado por meio da
atividades de rotina inerentes à prática da notifica- Portaria n° 1.660, de 22 de julho de 2009. Segundo
ção, mas a disseminar informações sobre a eficácia a referida Portaria, o Notivisa é um sistema desen-
e segurança dos medicamentos para a população em volvido em plataforma web para notificações on-
geral (Souza et al., 2002). line de eventos adversos e queixas técnicas (Brasil,
2009b). Atualmente o sistema visa a fortalecer a
Em parceria com os hospitais a Anvisa, por meio
vigilância pós-uso e pós-comercialização, passando
da Portaria nº 777, 28 de abril de 2004, criou os
a ser conhecido como Vigipós (Anvisa, 2012).
Hospitais Sentinelas, rede de hospitais preparada
para notificar eventos adversos e queixas técnicas Em 10 de fevereiro de 2009 a Anvisa institui a
de produtos para a saúde, medicamentos, insumos, RDC nº 4, que dispõe sobre as normas de farmaco-
saneantes e equipamentos médico-hospitalares vigilância para detentores de registro de medica-
(Brasil, 2004). A Rede Sentinela é constituída por mentos para uso humano. Tal legislação representou
uma grande evolução para a farmacovigilância, pois aprovado de medicamentos; (d) interações medi-
tornou obrigatória a notificação por parte das empre- camentosas; (e) inefetividade terapêutica, total ou
sas farmacêuticas. A RDC, em seu artigo 4º, definiu parcial; (f) intoxicações relacionadas a medicamen-
que estas empresas devem possuir um sistema para tos; (g) uso abusivo de medicamentos; (h) erros de
o registro sistemático, atualizado e rotineiro das ati- medicação, potenciais e reais (Brasil, 2009a).
vidades e informações relacionadas às notificações
de eventos adversos recebidas. Além disso, institui
a inspeção em farmacovigilância, em seu artigo 13,
afirmando que sempre que houver necessidade de Eventos Adversos x Ensaios Clínicos
avaliação do cumprimento dessa Resolução, os de-
tentores de registro de medicamentos poderão ser
O estudo sistemático de RAM e da farmaco-
submetidos à inspeção em farmacovigilância pelo
vigilância tem por objeto a detecção, avaliação,
SNVS, e a obrigatoriedade da autoinspeção, em seu
compreensão e prevenção dos riscos dos efeitos
artigo 16, em que fica estabelecido que os deten-
adversos dos medicamentos. Seus instrumentos
tores de registro de medicamentos devem realizar,
de investigação podem ser clínicos, epidemiológi-
no mínimo uma vez por ano, uma autoinspeção em
cos, experimentais ou diagnósticos. Esses conhe-
relação às ações de farmacovigilância, mantendo
cimentos são importantes para que se possa usar
em seu poder o registro da autoinspeção com a des-
um fármaco de modo racional, promovendo-se uma
crição das ações corretivas necessárias. A RDC nº
terapêutica mais adequada às necessidades dos pa-
4/2009 demandou a necessidade do desenvolvimen-
cientes e evitando-se riscos desnecessários (Ferreira
to de guias para complementação da norma. Por
et al., 2009).
meio da Instrução Normativa nº 14, de 27 de outu-
bro de 2009, as guias foram publicadas, visando a Os ensaios clínicos são parâmetros experimen-
fornecer orientações práticas para a monitorização tais constituídos pelas Fases I, II e III para verificar
do cumprimento das obrigações regulatórias em a eficácia e segurança dos medicamentos durante
farmacovigilância e inspeção em farmacovigilân- a pré-comercialização. Nessas fases pode-se tam-
cia (Brasil, 2009d). bém identificar os eventos adversos que porventura
possam ocorrer. Os testes clínicos iniciam-se com
Dentre os eventos adversos a medicamentos,
voluntários saudáveis e número limitado de pacien-
suas reações são de particular interesse para a indús-
tes. À medida que a segurança do medicamento é
tria farmacêutica. De acordo com a OMS, Reação
estabelecida nesse grupo, buscam-se informações
Adversa aos Medicamentos (RAM) é definida como
adicionais em um número maior de indivíduos, in-
sendo qualquer evento nocivo e não intencional que
cluindo aqueles que apresentam a doença que se
ocorreu na vigência do uso de um medicamento,
deseja tratar e outra grande variedade de proble-
utilizado com finalidade terapêutica, profilática ou
mas clínicos. O número de pacientes submetidos
diagnóstica, em doses normalmente recomenda-
aos estudos nas Fases I a III, contudo, é limitado,
das. As reações adversas a medicamentos também
e a seleção e tratamento dos pacientes geralmente
representam um problema de saúde pública, pois
diferem dos métodos utilizados na prática clínica.
ainda que, em geral, possam ser de caráter leve ou
Os estudos pós-comercialização, também chama-
moderado, também podem levar à morte ou ser res-
dos de estudos de Fase IV, apresentam limitações
ponsáveis por lesões irreversíveis (Ferreira et al.,
como: número de pacientes e tempo de duração do
2009; Freitas; Romano-Lieber, 2007).
tratamento reduzido; exclusão de pacientes de risco
Conforme a RDC nº 4/2009, os eventos adver- (idosos, grávidas, crianças, hepatopatas, nefropatas
sos são classificados como: (a) suspeita de Reações e pacientes polimedicados), e reações adversas de
Adversas aos Medicamentos (RAM); (b) eventos baixa frequência podem não ser detectadas (Men-
adversos por desvios de qualidade de medicamen- des et al., 2008). Neste sentido é importante
tos; (c) eventos adversos decorrentes do uso não que se reconheça o papel limitado dos ensaios clí-
nicos realizados com os medicamentos antes de sua BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 83, de 16
comercialização e que esses testes não conseguirão de agosto de 1994. Institui ações com vistas à des-
abranger todos os seus potenciais efeitos. A farma- concentração, agilidade o eficiência do Sistema Na-
cional de Vigilância. Diário Oficial da União, Poder
covigilância surge desta forma como um valioso
Executivo, Brasília, DF, 17 de agosto de 1994.
instrumento para a proteção da saúde, auxiliando
na identificação e na avaliação dos efeitos do uso, BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolu-
agudo e crônico, dos tratamentos farmacológicos ção nº 300, de 30 de janeiro de 1997. Regulamenta
o exercício profissional em Farmácia ou unidade
no conjunto da população ou em subgrupos (Gava,
hospitalar, clínicas e casa de saúde de natureza pú-
2005). blica ou privada. Diário Oficial da União, Poder
Executivo, Brasília, DF, 30 de janeiro de 1997.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 3.916, de
30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional
Considerações Finais de Medicamentos. Diário Oficial da União, Poder
Executivo, Brasília, DF, 10 de novembro de 1998.
Diante dos dados apresentados, conclui-se que
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 6, de 29
os consumidores de medicamentos não devem ser de janeiro de 1999. Aprova a Instrução Normativa
vítimas da tecnologia, mas beneficiários dela. A da Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998
população espera que lhe sejam oferecidos medi- que institui o Regulamento Técnico das substâncias
camentos que correspondam as suas respectivas e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário
fórmulas, capazes de proporcionar a atividade te- Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2
de janeiro de 1999a.
rapêutica anunciada, ou seja, medicamentos que
tenham boa qualidade e apresentem segurança. BRASIL. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999.
Isto é assegurado por uma boa política de acompa- Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária,
nhamento do uso de medicamentos, revelando-se a cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Diário Oficial da União, Poder Executi-
farmacovigilância um instrumento poderoso.
vo, Brasília, DF, 27 de janeiro de 1999b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 593, de
25 de agosto de 2000. Aprova o regimento interno
e o quadro demonstrativo de cargos em comissão
Referências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diário
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 28
ANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JU- de agosto de 2000.
NIOR, L. V. Formas farmacêuticas e sistemas de
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 696, de
liberação de fármacos. 8. ed. Porto Alegre: Artmed,
7 de maio de 2001. Institui o Centro Nacional de
2007. Monitorização de Medicamentos (CNMM) sediado
ANVISA. Boletim de fármaco vigilância, Brasília, na Unidade de Farmacovigilância da Anvisa. Diário
ano I, n. 2, out./Nov./dez. 2012. Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 08
de maio de 2001.
BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 777, 28
Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam
de abril de 2004. Dispõe sobre os procedimentos
sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos técnicos para a notificação compulsória de agravos
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes à saúde do trabalhador em rede de serviços senti-
e outros produtos, e dá outras providências. Diário nela específica, no Sistema Único de Saúde – SUS.
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 21 Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília,
de setembro de 1976. DF, 29 de abril 2004.