Romance Memorial Ou Familiar e Memoria C
Romance Memorial Ou Familiar e Memoria C
Romance Memorial Ou Familiar e Memoria C
Zilá Bernd1
2 Passado fixado, conservado, magnificado, comemorado; passado odiado que queremos esquecer,
que reprimimos; contra-memória que opomos à memória nacional, á memória oficial, tirando
nossa identidade do “nós” que é oposta a “eles”, passado opressivo (ROBIN, 1989, p. 59).
3 Trad. de Z. B.
4 Roman fleuve: Roman très long, présentant de nombreux personnages de plusieurs générations.
(Romance muito longo, apresentando numerosos personagens de várias gerações.) ROBERT,
Paul. Le Petit Robert, 1, Paris, 1984. p. 1726.
5 Sobre a apelação « Literatura Negra », Zilá Bernd em Introdução à Literatura Negra
(Brasiliense, 1988) a definiu como aquela que “não se atrela nem à cor da pele do autor nem
apenas à temática por ele utilizada, mas emerge da própria evidência textual cuja consistência
é dada pelo surgimento de um eu enunciador que se quer negro” (1988, p. 22). A denominação
“literatura afro-brasileira ou afro-descendente”, foi definida por Eduardo de Assis Duarte:
“literatura é discursividade e a cor da pele será importante enquanto tradução textual de uma
história própria ou coletiva” (2010, p. 127).
o branco é que gosta. Você pode dizer que estou fazendo isto
agora deixando tudo escrito para você, mas esta é uma história
que eu teria te contado aos poucos, noite após noite, até que
você dormisse. E só faço assim por escrito, porque sei que já não
tenho mais esse tempo. Já não tenho mais quase tempo algum,
a não ser o que já passou e que eu gostaria de te deixar como
herança. (GONÇALVES, 2010, p. 617)
BIBLIOGRAFIA
6 La transmission, comme la mémoire, résulte toujours d´une réappropriation, donc d´une re-
création, donc d´une re-invention, pouvant aussi conduire à des déplacements comme à des
inversions de sens, d´espaces ou de temporalités ».