Sifilisadquiridaparao 3 Webinar 14 Deabril 2021 Ccdfinal
Sifilisadquiridaparao 3 Webinar 14 Deabril 2021 Ccdfinal
Sifilisadquiridaparao 3 Webinar 14 Deabril 2021 Ccdfinal
4-tratamento e seguimento .
Discussão de caso
J.R, homem cis, 30 anos, solteiro,
profissional de saúde, queixa-se de ferida
no pênis há 7 dias.
História clínica
-Não lembra ao certo como a lesão era no início, mas parece que às
vezes fica coberta por um discreto fluido claro;
-Até onde ele sabe, nenhum dos dois últimos parceiros recentes
teve sinais ou sintomas de IST;
Exame genital
a. Sífilis primária
b. Cancro mole
c. Herpes genital
c. o grau de escolaridade
d. o estado civil
APRENDIZADO
Características favorecem a hipótese de sífilis primária:
1. história clínica
Parcerias sexuais
Práticas sexuais
Prevenção de IST/HIV
Passado de IST
Evolução crônica
Alta patogenicidade
gardenrain.wordpress.com -
CLASSIFICAÇÃO
Segundo as manifestações clínicas
Sífilis primária
Sífilis adquirida recente
Sífilis secundária (<1 ano de evolução)
• Úlcera indolor (90 a 95% genital), com adenomegalia unilateral não supurativa,
discreto, elástico e livre de fixação à pele ou aos tecidos subjacentes.
Homem
- sulco bálano-prepucial
- glande
- perianal
- boca
Manifestações Clínicas
• Mulher
– pequenos lábios
– parede vaginal
– colo uterino (erosão)
– perianal
– boca
Cancro duro
Herpes genital
Cancro mole
Linfogranuloma venéreo
Donovanose
Voltando ao caso clínico
Exame direto
Campo escuro: Negativo
Bacteriscópico: Resultado no dia seguinte
c. Tratar donovanose
d. Aguardar a bacterioscopia
Anafilaxia
• Evento raro
• Ocorre entre 0,5 a 1 por 100.000 por injeções
Comparação
• Vacina contra sarampo: 18,9 por 100.000 doses
• Vacina contra rubéola: 22,4 por 100.000 doses
b. Repetir o VDRL após 3 semanas, pois pode ter sido falso negativo.
c. Enfatiza que caso não use o preservativo vai acabar adquirindo HIV.
2-Contato sexual com pessoa com diagnóstico de sífilis primária, secundária ou latente precoce > 90
dias antes do diagnóstico:
Se os resultados dos testes sorológicos não estiverem imediatamente disponíveis e o
acompanhamento é incerto→Tratar presumivelmente para sífilis precoce.
Se os testes sorológicos forem negativos → nenhum tratamento é necessário.
Se os testes sorológicos forem positivos → o tratamento deve ser baseado na avaliação clínica
e sorológica e no estágio da sífilis.
4-Parceiros sexuais de longo prazo de pessoas com sífilis latente tardia devem ser avaliados clínica e
sorologicamente para sífilis e tratados com base nos achados da avaliação.
Voltando ao caso clínico
• Bacterioscopia: negativa
• Sorologias para HIV, Hepatite C: não reagentes
• Colhido novo VDRL e HIV (janela)
• VDRL: + 1/16
• HIV: não reagente
Roséola
Manifestações Clínicas
Manifestações Clínicas
Placas mucosas
Manifestações Clínicas
Condilomas planos
Foto: cortesia Dra Ariane C. Coelho
Manifestações Clínicas
Diagnósticos diferenciais mais relevantes
Gomosa
Diagnóstico laboratorial
Exame direto da lesão Testes sorológicos
OBS: Pode ser difícil diferenciar por anátopatológico a sífilis nodular do Lúpus
vulgare a Gomosa do escrofuloderma (TB ganglionar)
Sífilis cardiovascular
Cardiovascular (aparece após
10 a 30 anos de evolução):
• Aneurisma da aorta
• Insuficiência aórtica
• Estenose coronária
(a) RX de tórax mostrando aorta dilatada com calcificação
linear na parede da aorta ascendente
(b) RX de tórax mostrando um inchaço aneurismático (A) da
aorta ascendente.
SÍFILIS OCULAR
• A sífilis ocular é muito rara e não há sinais patognomônicos
Exceto neurossífilis
Notas: A regra é que o intervalo entre as doses seja de 7 dias para completar o tratamento. No entanto, caso esse intervalo ultrapasse 14 dias, o
esquema deve ser reiniciado (WHO,2016).
Neurossífilis
História natural da neurossífilis
INFECÇÃO
30%- ?100%
MENINGITE PERSISTENTE
NEUROSSÍFILIS ASSINTOMÁTICA RECENTE
• Níveis de proteína no LCR não são nem sensíveis nem específicos para
neurossífilis, mas sua normalização é importante para o monitoramento pós
tratamento
Indicação de punção lombar
• Gestantes
• Vítimas de violência sexual
• Pessoas com chance de perda de seguimento
• Pessoas com sinais/sintomas de sífilis primária ou
secundária
Coinfecção
Sífilis - HIV
O curso clínico da sífilis pode ser alterado pela
coinfecção HIV, com a ocorrência de manifestações
atípicas ou mais agressivas, tais como:
• Cancros múltiplos e profundos ou atípicos, com resolução
mais lenta;
2-Anualmente:
-Adolescente/jovens ≤ 30anos, com vida sexual ativa.
Paciente tem história e/ou registro de tratamento prévio para sífilis? Provável falso-reagente no
primeiro teste (teste
Não SIM rápido) realizado
• Se o paciente apresenta
Paciente tem VDRL/RPR após tratamento prévio, para comparação? úlcera anogenital ou teve
parceria sexual (nos
Não SIM últimos 3 meses) com
diagnóstico de sífilis:
VDRL/RPR atual tem titulação pelo menos 2 diluições - Tratar para sífilis recente ,
maior que o último VDRL/RPR realizado após tratamento se ainda não tratado.
prévio adequado para sífilis? - Realizar teste rápido para
(ex.: VDRL/RPR atual 1:16 e anterior 1:4) sífilis após 30 dias.
SIM Não
Paciente tem úlcera anogenital ou sinais/sintomas de sífilis Paciente tem úlcera anogenital ou sinais/sintomas de sífilis
secundária? secundária?
Febre, dor de cabeça, dor muscular e rash podem ocorrer após tratamento e melhoram em
1-2 dias, espontaneamente (Reação de Jarish-Herxheimer). Prescrever paracetamol ou
dipirona 500mg 6/6h, se necessário.
Tratar parceria(s) (dos últimos 3 meses) para sífilis recente (independentemente de
sintomas/resultado dos testes) e testar para sífilis na mesma semana. Interpretar resultados
para decidir continuar tratamento para sífilis tardia.
A regra é de que o intervalo entre as doses seja de 7 dias para completar o tratamento. No
entanto, caso esse intervalo ultrapasse 14 dias, o esquema deverá ser reiniciado.
Em caso de sinais e sintomas neurológicos/oftalmológicos ou sífilis terciária ativa: solicitar
punção lombar e investigar neurossífilis.
Não SIM
SIM Não
• Se HIV positivo, retratar paciente e parceria(s) para sífilis recente ou Repetir VDRL/RPR trimestralmente
tardia (de acordo com cada caso), solicitar punção lombar e investigar até completar 12 meses. Se não
neurossífilis. houver aumento de titulação em
• Se HIV negativo, retratar paciente e parceria(s) para sífilis recente ou pelo menos 2 diluições (ex.:
tardia (de acordo com cada caso). Em caso de tratamento completo e sem anterior 1:4, atual ≥1:16) e persistir
nova exposição, também solicitar punção lombar e investigar neurossífilis. assintomático no período, dar alta.
Se houver qualquer VDRL/RPR com pelo menos 2 diluições maior que anterior ou persistência/novos sinais de sífilis:
investigar reexposição/tratamento incompleto e retratar paciente e parceria(s) para sífilis recente ou tardia (de
acordo com cada caso).
Se tratamento completo e sem nova exposição confirmada, também solicitar punção lombar e investigar neurossífilis
1 Contraindicação à benzilpenicilina benzatina: presença de silicone (prótese ou silicone líquido industrial) nos locais recomendados para aplicação IM da medicação e
alergia/anafilaxia após uso da penicilina.
2 Em caso de diagnóstico de neurossífilis, encaminhar/discutir com especialista para internação hospitalar e tratamento.
3 Os testes não treponêmicos laboratoriais (VDRL/RPR/USR/TRUST) são os testes utilizados para o monitoramento do tratamento de sífilis. Orienta-se realizar a mesma
metodologia durante todo o período de monitoramento.
OBRIGADO!!!