Administracao RibeiroRM 1
Administracao RibeiroRM 1
Administracao RibeiroRM 1
Belo Horizonte
2011
Regina Martins Ribeiro
Belo Horizonte
2011
Regina Martins Ribeiro
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
É sempre bom lembrar aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão
deste trabalho. Assim, agradeço primeiramente a Deus, por me dar forças para seguir meu
caminho.
Agradeço aos meus pais, Joaquim e Graça, pelos primeiros ensinamentos recebidos e
pelos grandes exemplos a me guiar, por terem acreditado em mim e me incentivado à
formação continuada. Não posso deixar de agradecer aos meus irmãos, Cândido e Rejane, e
ao meu cunhado, Emerson, por torcerem por mim.
Agradeço ao Antônio Augusto, pelo amor e pela amizade constantes em nosso dia a
dia, pelas inúmeras renúncias em razão da necessidade da minha dedicação a este estudo, e
ainda pela compreensão e pelo perdão nos momentos de angústia e apreensão, no decorrer
desse percurso.
Agradeço aos meus familiares e aos meus verdadeiros amigos, por compreenderem
minha ausência constante e pela participação, mesmo que indireta, mas sobretudo pela torcida
em favor do meu sucesso.
Agradeço à Simone pela orientação acadêmica, pelos ensinamentos e pela dedicação
dispensados no auxílio à concretização desta dissertação. Ainda agradeço aos professores, aos
colegas e aos demais funcionários do curso de Mestrado em Administração da PUC-MG.
Agradeço à empresa participante e àqueles que me permitiram desenvolver esta
pesquisa, pela liberação parcial da minha presença para maior dedicação ao mestrado. Aos
respondentes e entrevistados, pela disponibilidade em dividir informações e emoções, e aos
colegas de trabalho que me ajudaram de alguma forma e sempre se mostraram interessados no
estudo desenvolvido, além de também me incentivarem, reafirmando o quanto este estudo
seria importante.
“Todas as organizações costumam dizer que as pessoas
são nosso maior ativo. Poucas delas, contudo, praticam o
que pregam, que dirá realmente acreditar nisso.”
Peter Drucker
RESUMO
Diante do novo contexto empresarial, em que as pessoas são o foco principal na criação de
vantagem competitiva, o atual desafio das organizações gira em torno da busca pela retenção
de seus profissionais qualificados. E esse cenário não é diferente na Administração Pública;
pelo contrário, esse setor tem investido esforços para a retenção de pessoal por meio da
implantação de uma política remuneratória, de progressões funcionais e de valorização dos
funcionários com vistas à manutenção de seus profissionais. Diante desse contexto, propõe-se
neste trabalho identificar e analisar a percepção dos profissionais de uma empresa pública do
Estado de Minas Gerais quanto às variáveis de influência na retenção dos funcionários e a sua
contribuição para a permanência desses na instituição. Para tanto, utilizou-se o método de
estudo de caso de natureza descritiva e foram adotadas duas estratégias de coleta e tratamento
dos dados: a quantitativa e a qualitativa. Foram aplicados 26 questionários junto a
empregados e a ex-empregados da empresa, cujos dados foram analisados por meio de
técnicas estatísticas. Posteriormente, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com um
grupo de nove empregados. Os dados obtidos nas entrevistas passaram por análise qualitativo-
descritiva. Com a triangulação dos dados obtidos, identificou-se que a demanda por um plano
de carreiras e por reconhecimento e crescimento profissional são algumas das variáveis que se
destacam positivamente na permanência dos empregados, porém, constatou-se um
distanciamento entre a avaliação dessas variáveis presentes na empresa e a importância dessas
para a retenção de pessoal.
In the new business context, where people are the main focus in the creation of competitive
advantage, the current challenge of the organizations rotates around the search for the
retention of its qualified professionals. And that scenery is not different in Public
Administration; on the contrary, that sector has been investing efforts for personnel retention
through the implantation of remuneration policy, professional growth and personnel valuation
in order to maintain its professionals. Before that context, this paper intends to identify and
analyze the professionals’ perception of a public company of the State of Minas Gerais
regarding the influence variables in personnel retention and its contribution on the
permanence of those in the institution. For that, the case study method of descriptive nature
was used and two collection and data processing strategies were adopted: quantitative and
qualitative. Twenty-six questionnaires were applied to employees and former employees,
whose data were analyzed through statistical techniques. Subsequently, semi-
structured interviews were conducted with a group of nine employees. The data obtained in
the interviews went through qualitative-descriptive analysis. With the triangulation of the
obtained data, it was identified that the demand for a career plan and for recognition and
professional growth are some of the variables that stand out positively in the permanence of
employees, however, it was found a distancing between the assessment of these
variables present in the company and their importance for personnel retention.
Quadro 3: Correlação dos itens com as variáveis estudadas para as escalas de influência e
permanência............................................................................................................................ 119
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................. 21
2.1 Gestão estratégica de pessoas ............................................................................................. 21
2.1.1 Processo evolutivo no Brasil ........................................................................................... 21
2.1.2 RH estratégico ................................................................................................................. 24
2.2 Retenção de pessoal............................................................................................................ 27
2.2.1 Variáveis de influência na retenção ................................................................................ 31
2.2.1.1 Desenvolvimento profissional e continuado................................................................. 31
2.2.1.2 Treinamento.................................................................................................................. 32
2.2.1.3 Carga horária e flexibilidade nos horários.................................................................... 33
2.2.1.4 Ritmo de trabalho ......................................................................................................... 34
2.2.1.5 Variedade de tarefas ..................................................................................................... 35
2.2.1.6 Criatividade .................................................................................................................. 36
2.2.1.7 Remuneração e benefícios ............................................................................................ 37
2.2.1.8 Plano de cargos e salários e critérios de ascensão ........................................................ 38
2.2.1.9 Clima organizacional e relacionamento interpessoal ................................................... 40
2.2.1.10 Satisfação pelo trabalho.............................................................................................. 41
2.2.1.11 Reconhecimento profissional ..................................................................................... 42
2.2.1.12 Comunicação interna e abertura para o diálogo ......................................................... 43
2.2.1.14 Autonomia e nível de desafio no trabalho .................................................................. 45
2.2.1.15 Envolvimento e participação nos processos de decisão ............................................. 46
2.2.1.16 Condições físicas e recursos materiais ....................................................................... 47
2.2.1.17 Imagem da empresa .................................................................................................... 48
2.3 Administração Pública........................................................................................................ 50
2.3.1 Características e particularidades .................................................................................. 50
2.3.2 Retenção de pessoal no setor público ............................................................................. 52
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Operacional Estratégico
Policiamento Parceria
Administrativo Consultivo
Reativo Preventivo
Não obstante, Ulrich (1998) afirma que os papéis assumidos pelos recursos humanos
tornam-se múltiplos. Assim, ao mesmo tempo em que a área de RH assume atribuições de
agente fiscalizador do cumprimento das políticas e das normas, as forças competitivas exigem
excelência organizacional, imputando-lhe uma perspectiva estratégica (CANÇADO et al.,
2005). Trata-se, portanto, de uma ampliação das demandas e perspectivas dos profissionais de
RH, os quais devem continuar a responder por atividades de âmbito operacional, mas passam
também a desempenhar papéis diversos, cada vez mais complexos e, algumas vezes, até
paradoxais (ULRICH, 1998).
24
2.1.2 RH estratégico
reconhecimento do elemento humano como vital para o sucesso das organizações, resgatando
o saber e a capacidade humana de trabalho. (SARSUR, 1999). Para isso, as pessoas tornam-se
um dos principais fatores na busca por competitividade, uma vez que são consideradas
recursos estratégicos da empresa e representam um capital raro, capaz de gerar valor
(CÉSAR; BIDO; SAAD, 2006). Assim, pode-se dizer que, “transformar a força de trabalho
passou a ser o maior desafio estratégico enfrentado pelas empresas que esperam ter sucesso
no próximo século [...] sendo provavelmente necessário redefinir a missão da área de recursos
humanos das empresas (GONÇALVES, 1997, p. 16).
Diante disso, Fischer (1998, p. 112) afirma que as empresas modernas deverão ser
capazes de “transmitir a sua estratégia para as pessoas e, através do exercício destas
estratégias, transformar estas pessoas em agentes de competitividade”. Sob esse aspecto, o RH
deve tornar-se um elemento estimulador de ambientes voltados para a criação, a
aprendizagem e o compartilhamento de conhecimentos.
A tendência de mudança, para um modelo estratégico, nas práticas de gestão de
pessoas no caso das empresas brasileiras, é confirmada por Fischer (1998), que enfatiza um
princípio de gestão marcado por incentivos e valorização ao desenvolvimento e ao
comprometimento das pessoas com a contrapartida de exigência crescente de resultados. O
autor ressalta, porém, que as tendências de mudanças não podem ser generalizáveis para o
conjunto das empresas brasileiras, que, em sua maioria, ainda se defrontam com modelos
tradicionais de gestão de pessoas (FISCHER, 1998).
Nessa direção, Kilimnik (2000) observa que uma quantidade significativa das
empresas com modelos mais tradicionais está caminhando para uma configuração
intermediária, incorporando alguns traços das tendências atuais. A referida autora indaga se
esses resultados revelam a implementação de modelos mais atuais de gestão ou representam
apenas uma solução intermediária no intuito de sustentar as vantagens dos modelos
tradicionais e, concomitantemente, atenuar as ameaças que poderiam advir de transformações
mais radicais.
Todavia, Fleury e Fleury (1995) apontam a dificuldade de encontrar políticas e
práticas de gestão de pessoas que se configurem como uma referência para as novas
tendências. Segundo os autores, o que se percebe são alguns pressupostos que norteiam a
busca por novas formas organizacionais, como agir de forma estratégica, integrar os processos
de decisão e usar de modo inteligente a informação e o conhecimento.
Mas, de fato, as organizações estão tentando alcançar suas vantagens competitivas por
meio da valorização de sua força de trabalho e da ampliação do conhecimento, visto que é no
26
capital intelectual que estão as principais vantagens que as empresas poderão usufruir
(ALBUQUERQUE, 1999). Além disso, a mudança de postura das organizações vem da
percepção de que quanto mais elas buscam flexibilidade e velocidade decisória, mais elas
dependem das pessoas; como implicação, tornam-se mais dispostas a atender às expectativas e
às necessidades que as pessoas manifestam (DUTRA, 2004).
Desse modo, diante do desafio de gerar e sustentar o comprometimento das pessoas
com os objetivos e as estratégias da empresa, cabe ao RH ser capaz de reconhecer, envolver-
se e atender a demandas, anseios e necessidades dos funcionários, bem como prover meios e
condições propícias que levem as pessoas a dar sua máxima contribuição para o sucesso da
organização (ULRICH, 1998). Para tanto,
Contudo, vale lembrar que a maneira como geriam as pessoas sempre foi importante,
mas eram os recursos físicos e o dinheiro que influenciavam no sucesso de uma empresa;
hoje, a habilidade de gerir seu pessoal determina o sucesso ou o fracasso final de uma
organização. Os ativos intelectuais assumiram papel dominante na economia, nas empresas e
no trabalho (GUBMAN, 1999). Assim,
o atual dono dos meios de produção passa a ser quem detém o conhecimento. Não
será mais, como no passado, o dono da terra, das máquinas ou do capital. O
conhecimento é cada vez mais portátil e migra com quem tem a capacidade de criá-
lo. A gestão de pessoas passou assim a ter proeminência (SOUZA, 2000, p. 75).
porém, que se trata de manter as pessoas consideradas interessantes para a empresa, uma vez
que, diante do alto número de profissionais disponíveis no mercado de trabalho, as
organizações podem optar por desligar aqueles que não proporcionam resultados satisfatórios
ao esperado por elas (SARSUR, 1999).
De fato, em virtude de maior oferta de recursos humanos do que de oportunidades de
emprego, aumenta a concorrência entre os profissionais – o que gera trabalhadores mais
qualificados –; por conseguinte, cresce a demanda entre as empresas pelos melhores
profissionais (CÉSAR; BIDO; SAAD, 2006). Como consequência dessa dinâmica, ocorre
uma disputa por mão de obra qualificada entre as empresas, já que o mercado de trabalho
tornou-se mais seletivo, e os requisitos para contratação ficaram mais exigentes, sobretudo
quanto à formação e à experiência que são cada vez mais valorizadas. Portanto, as
organizações estão procurando pessoas que agreguem valor à sua missão e aos seus objetivos,
refletindo na busca de candidatos mais qualificados, uma vez que essas pessoas são
consideradas fator decisivo para assegurar o sucesso organizacional (ALMEIDA, 2008).
Nesse sentido, a função de apoio pertencente ao RH tende a assumir novo
posicionamento na sua esfera de ação, diante da necessidade de valorizar os profissionais, que
são elementos diferenciados para melhor desempenho organizacional (SARSUR, 1999).
Logo, faz-se necessária uma atuação da área de recursos humanos no desenvolvimento das
estratégias da organização, na medida em que essa cuida com mais propriedade de atrair,
manter e desenvolver as competências indispensáveis voltadas para a missão e os objetivos
organizacionais (FLEURY; FLEURY, 2001; ALMEIDA, 2008).
Assim sendo, as empresas que conseguirem desenvolver seus funcionários, torná-los
comprometidos e fazê-los perceber o seu papel dentro da organização poderão obter
resultados bastante favoráveis. Entretanto, não basta atrair talentos ou mesmo desenvolvê-los
se a organização não mantiver uma política de reconhecimento capaz de reter essas pessoas e
mantê-las atualizadas quanto aos seus conhecimentos e competências (BROCK et al., 2006).
Corroborando essa ideia, Fischer e Albuquerque (2001) apontam resultados
importantes acerca dos principais desafios estratégicos da gestão de pessoas nos próximos
anos. Caracterizado como de alta relevância, o desafio de atrair e manter talentos1 aparece
como destaque absoluto, haja vista que, para 64,2% dos respondentes, esse será o grande
objetivo da gestão de pessoas nas empresas competitivas (FISCHER; ALBUQUERQUE,
2001).
1
Observa-se que, quando os entrevistados enfatizam os talentos, eles estão ressaltando a necessidade de
diferenciar pessoas, atraindo e retendo apenas os que apresentam uma atuação de destaque.
29
2.2.1.2 Treinamento
Para Robbins (2002), o horário flexível é um período compulsório por dia ou por
determinados dias, no qual é permitido que os empregados escolham o horário mais adequado
para eles e/ou que é mais produtivo para desenvolverem suas funções.
A flexibilidade no horário de trabalho e a existência de uma carga horária equilibrada
são respostas às necessidades dos empregados para que esses tenham maior controle sobre seu
tempo, além de tornar-se um aspecto importante no rol de benefícios não remunerados e
concedidos aos empregados, visto que essa flexibilidade pode ajudar a equilibrar ou a facilitar
a vida deles (GUBMAN, 1999; BRANHAM, 2002). As pessoas buscam inúmeras formas de
satisfação pessoal e conciliação com o trabalho, e uma delas é um horário mais favorável de
trabalho (LEONARDO, 2002; CHAMBEL; SANTOS, 2009).
34
problemas que afetam diretamente a empresa, como desgaste, absenteísmo e, por fim,
culminar no desligamento do funcionário.
2.2.1.6 Criatividade
Chang Jr. et al. (2007) defendem a ideia de que os empregados desejam ter um
ambiente de trabalho que promova a iniciativa criativa, e que essa qualidade do ambiente de
trabalho é um fator que conserva os profissionais na empresa.
trabalho e aos objetivos da empresa em troca de uma retribuição que seja adequada e justa
(MACHADO, 2005).
A satisfação com a remuneração, os benefícios e o reconhecimento financeiro são
fatores que determinam o engajamento dos empregados, daí a importância em manter um
sistema de remuneração simples e compreensível, que permita sustentar a competitividade da
empresa no mercado de trabalho, pagar salários mais altos às pessoas mais qualificadas (de
maiores realizações) e proporcionar incentivos para o desempenho mais eficaz (GUBMAN,
1999). Quando os empregados assimilam que um projeto resultará em retorno financeiro para
eles, a tendência é que trabalhem mais e melhor (ULRICH, 1988).
A prática remuneratória deve ser estruturada de maneira que reforce valores e
comportamentos alinhados com as atuais demandas da organização e com seu direcionamento
estratégico; fomente a busca por obtenção e estruturação de conhecimento; sirva de elemento
atrativo para a retenção de talentos; e sustente o comprometimento e estimule ações que
estejam de acordo com os objetivos da organização (HIPOLITO, 2001).
Contudo, na literatura pesquisada, não há indicação de um único modelo a ser seguido
visando à estruturação de programas de remuneração. Sua efetividade depende, em grande
parte, da integração e do alinhamento com outras práticas de gestão de pessoas e deve atender
tanto à empresa quanto ao empregado; assim, garantirá o atendimento das necessidades
básicas e auxiliará na redução do estresse e do absenteísmo e na manutenção dos empregados
(MARRAS, 2000).
Algumas são as definições para um Plano de Cargos e Salários. Pontes (1996), por
exemplo, define o Plano de Carreiras como o instrumento que determina a trajetória de
carreiras existentes na empresa. Outra definição encontrada é “o processo pelo qual o
empregado identifica e implementa os passos necessários para atingir as metas da carreira”.
(MILKOVICH; BOUDREAU, 2000, p. 301). Já para Dutra (1996), carreira pressupõe
desenvolvimento profissional gradativo, fruto da relação estabelecida entre a pessoa e a
empresa, atendendo à perspectiva de ambos.
Ao propor um Plano de Carreiras, a organização está estimulando as pessoas e
concedendo-lhes instrumentos para que planejarem o seu desenvolvimento pessoal e
39
profissional, assim como adquirindo os conceitos e as ferramentas necessárias para gerir seus
recursos humanos de forma estratégica (DUTRA, 2002). Para Milkovich e Boudreau (2000),
carreira pressupõe desenvolvimento profissional gradativo e cargos crescentemente mais
elevados e complexos.
Na perspectiva de Schein (1996), um Plano de Cargos e Salários ou um Plano de
Carreiras torna os indivíduos mais autoconfiantes e capazes de assumir maior
responsabilidade pelo seu desenvolvimento. Ratificando a visão do autor, Dutra (2001)
preconiza que a gestão de carreiras deve configurar-se como um processo em contínua
construção, envolvendo a empresa, os gestores e os empregados, tendo em vista que “a gestão
de carreiras está encarregada de fazer frutificar melhor os interesses da empresa e de seu
pessoal” (CHANLAT, 1995, p. 69).
De modo geral, ao entrarem na organização, os indivíduos criam a imagem de um
Plano de Cargos e Salários que os conduzirá ao sucesso e à satisfação profissional. A
realidade das empresas, porém, denuncia muitas incertezas e acontecimentos inesperados,
fazendo-se necessário o diálogo aberto e franco sobre as expectativas e as possibilidades dos
empregados e dos empregadores (DUTRA, 2001; SCHEIN, 1996).
Assim, Dutra (2001) propõe que os gestores criem um processo de discussão e a
prática do diálogo permanente diante da clara visão dos critérios de ascensão e de carreiras
oferecidos pela empresa e das expectativas dos empregados em relação ao futuro deles na
organização. A mobilização de pessoal é necessária; portanto, resta à empresa conhecer os
anseios e as necessidades de cada empregado (CHANLAT, 1995).
Um aspecto que deve ser administrado com seriedade pela empresa é o nível de
expectativa em relação ao crescimento de carreira, ritmo de progresso e oportunidades futuras
que os empregados possuem, já que, se essas expectativas não forem realistas, podem, em
algum momento, constituir-se em elementos de uma frustração dificilmente reversível. Assim,
ao se buscar profissionais com elevado potencial de crescimento, se assume que as
organizações propiciarão oportunidades concretas de ascensão profissional, uma vez que a
existência de um plano de carreira é considerada o elemento-chave nas ações de retenção dos
jovens talentos (SARSUR; PEDROSA; SANT’ANNA, 2003).
Por meio dos resultados de uma pesquisa realizada por Beyda e Wetzel (2008), os
autores perceberam que os empregados que aspiram a carreiras em longo prazo desenvolvem
compromissos e expectativas diferentes daqueles que pretendem permanecer na empresa por
pouco tempo, almejando outros empregos (BEYDA; WETZEL, 2008). Nessa mesma direção,
40
O conteúdo do trabalho tem sido considerado como importante fator para a satisfação
do empregado, capaz de reduzir as taxas de absenteísmo e rotatividade, aumentar a
produtividade e o desempenho dos trabalhadores. Esse fato se dá porque as características da
tarefa promovem a emergência de sentimentos ligados à motivação e à satisfação do indivíduo
no trabalho, relacionado com o grau de importância com que a pessoa percebe seu trabalho,
compreende-o e sente-se responsável pelos resultados (SANT’ANNA, 2002).
Assim, as pessoas que estão satisfeitas no trabalho tendem a permanecer em seus
postos atuais, ao passo que, em situação contrária, em sua maioria, elas deixam a organização
em busca de um trabalho mais satisfatório. Findando, é certo que “pessoas satisfeitas no
trabalho estão menos vulneráveis a possíveis ofertas de trabalho, o que significa que são mais
fáceis de reter” (YUZURU; MENERGON; MIYAZAKI, 2003, p. 7).
3
A tradução da palavra feedback pode ser considerada como “retorno”, “resposta”, entre outros significados.
45
desafiadores condizentes com seu nível profissional é o que se espera de uma empresa
(YAMASHITA, 2008). Segundo Michaels, Handfield-Jones e Axelrod (2002), as pessoas
precisam constantemente de novos desafios, uma vez que elas aprendem, principalmente, por
meio de tarefas desafiadoras e fazendo coisas que nunca haviam feito anteriormente.
Na perspectiva de Gubman (1999), um dos fatores determinantes para o engajamento
dos empregados na empresa é um trabalho desafiador e interessante. As empresas que
desejam manter seus empregados motivados devem estar orientadas para a busca de desafios
constantes (RODRIGUES et al., 1996).
Conforme pesquisa realizada por Sarsur, Pedrosa e Sant’Anna (2003), a principal
variável para a retenção de jovens talentos é o envolvimento desses em projetos que sejam
desafiadores (83,8%). Os achados de Vieira e Silva (2008) retratam ainda que a falta de
desafios pode tornar algumas pessoas aborrecidas, irritadas e frustradas, transformando, então,
em um dos principais fatores que motivam os empregados a sair da empresa (VIEIRA;
SILVA, 2008).
condições de limpeza e higiene, bem como ser compatível com a saúde e segurança dos
trabalhadores.
Nesse contexto, Ulrich (2000) defende que há uma preocupação por parte das
empresas com o bem-estar das pessoas e com um ambiente de trabalho agradável e seguro,
aproximando, assim, do conceito de qualidade de vida no trabalho, que tem influência direta
no desempenho das tarefas, no rendimento e na satisfação dos empregados. Tem-se, então,
que, como fator importante para a manutenção dos empregados em uma organização, é
necessário adotar medidas relacionadas com fatores materiais, espaço físico, higiene e
segurança do trabalho (LEONARDO, 2002).
sua cultura organizacional, suas políticas de RH, seu código de ética, entre outros
(ALMEIDA, 2008).
A título de síntese, autores como Sarsur et al (2003) e Ferreira (2008) afirmam que a
imagem atrativa que as empresas projetam de si mesmas para obter os melhores profissionais
faz com que a relação entre a organização e esses profissionais se estabeleça a partir de
imagens idealizadas. Essa idealização, porém, em confronto com uma realidade diferente,
pode levar à frustração e influenciar negativamente na retenção do profissional na
organização.
As empresas geralmente têm grande dificuldade em definir com clareza o que esperam
das pessoas e apuro ainda maior para definir os horizontes profissionais que podem oferecer.
O grande desafio que os contextos atual e futuro impõem à empresa é o de criar condições
para que as pessoas possam atender a suas expectativas de realização profissional (DUTRA,
2001).
Sem dúvida, as discussões sobre a importância do capital humano como fonte de
vantagem competitiva para as organizações vêm sendo evidenciadas, indicando a necessidade
de que as empresas revejam suas formas de lidar com esse elemento como diferencial
competitivo (SARSUR, 1999). “Em toda a história do mundo empresarial, nunca houve tanta
preocupação e cuidados com a retenção dos talentos de uma organização” (LEONARDO,
2002, p. 43).
Assim, para reter os profissionais que apresentam atuação de destaque, acredita-se que
a organização deva conceder a seus empregados um pacote de benefícios materiais e
imateriais, estrategicamente elaborado para torná-la atraente diante da concorrência (FARIA;
FERREIRA; CARVALHO, 2008). Todavia, as empresas que estiverem gerenciando as
pessoas de modo oportunista, utilizando os conceitos estratégicos apenas para extrair delas
sua potencialidade, sem preocupação com o desenvolvimento de seu pessoal, estarão
direcionando sua gestão apenas para o curto prazo e poderão ter dificuldade em reter
profissionais que são importantes para a organização (DUTRA, 2008).
Para tanto, um dos desafios enfrentados pelas empresas será o de tornar-se capaz de
encontrar, absorver, desenvolver, remunerar e reter esses profissionais considerados
essenciais (ULRICH, 2000), bem como identificarem, entre uma variedade de práticas em
termos de recursos humanos e suas possíveis formas de atuação, qual é a mais adequada à
realidade vivida pela empresa (SARSUR, 1999).
Neste sentido, para analisar a retenção de pessoal no setor público, tomando como
referência uma empresa do Estado de Minas Gerais, o próximo passo será o de discutir o setor
50
4
O regime estatutário vincula-se juridicamente ao direito público e está subordinado à legislação específica, e o
celetista é regido pela CLT e de natureza contratual, ou seja, é celebrado um contrato de trabalho.
52
por meio do estágio probatório,5 o desafio do Estado é adotar uma política de gestão de
pessoas que possa identificar, evidenciar e valorizar o talento de seus empregados
(ALMEIDA, 2008).
A gestão de pessoas, na maioria das organizações públicas brasileiras, pautou-se,
durante muitos anos, pela realização de tarefas rotineiras e emergenciais. O fato de não existir
uma definição de diretrizes gerais para as políticas de recursos humanos, aliada à falta de
informatização, faz com que a área de RH no setor público continue com uma imagem
associada à ineficiência. Contudo, esse panorama vem-se alterando, na medida em que os
gestores públicos têm atentado para a importância da área (MARCONI, 2005).
Assim, a valorização da área de recursos humanos nas últimas décadas expandiu-se,
mesmo que lentamente, para o contexto do setor público (FREITAS; JABBOUR, 2010). A
gestão planejada de recursos humanos nesse setor, com vistas a manter um quadro funcional
de modo amplamente habilitado e efetivo, dá-se não apenas por uma atenção cada vez maior
dos dirigentes públicos acerca do papel da área, mas também em razão da busca pela
modernização do Estado, objetivando cumprir seu papel perante a sociedade (PEREIRA;
WILHEIM; SOLA, 1999).
5
O estágio probatório é uma avaliação que o servidor de cargo efetivo se submete para verificar se ele merece ou
não se estabilizar no serviço público, mas o prazo de duração desse estágio pode variar de um ente federativo
para outro.
53
público voltem a ficar desfalcadas (ALMEIDA, 2008). Apesar de vivenciarem relações menos
instáveis de trabalho, os profissionais do setor público estão expostos a uma política de
desvalorização do sujeito. Essa se torna visível por meio do achatamento dos salários e da
deterioração das condições de trabalho, evidenciadas na diminuição da quantidade e da
qualidade dos materiais de consumo, da manutenção e aquisição de equipamentos (NUNES;
LINS, 2009).
Esses efeitos, somados ao engessamento dos cargos, têm levado profissionais do
serviço público a submeterem-se a concursos públicos de outras instituições, visando à troca
de posição e nível de carreira de forma jamais vista (BALASSIANO, 2008). Dessa maneira,
muitas pessoas utilizam o concurso público para entrar em uma empresa, temporariamente,
enquanto aguardam oportunidades melhores no próprio setor público (ALMEIDA, 2008).
Assim, a pretensa flexibilização da alocação dos recursos humanos nas novas carreiras do
setor público, notadamente a partir de 2000, não vem alcançando os efeitos desejados
(BALASSIANO, 2008). Em verdade, “há que se avaliar os reais motivos que levam os
talentos a mudarem de cargos e carreiras da forma que vem ocorrendo. Sem uma resposta
concreta para essa pergunta, ações bem intencionadas podem se transformar em verdadeiras
falácias com consequências nefastas e custosas para o setor público” (BALASSIANO, 2008,
p. 4).
Consequentemente, a memória das instituições perde-se a cada empregado que deixa a
organização, uma vez que informações, aprendizados e estoque de conhecimento não são
transferidos nem incorporados imediatamente pelos que permanecem ou pelos que chegam, e
isso resulta em repensar e, às vezes, reiniciar processos, ações e projetos que já estavam em
andamento, mas que foram perdidos (SANTOS, 2006).
Para tanto, os esforços dos Departamentos de Recursos Humanos do setor público
vêm-se dando no sentido não apenas de oferecer um conjunto de planos de salários em uma
política remuneratória, atenta ao mercado e ao reconhecimento dos profissionais, mas também
nas progressões funcionais, na sistematização de aprendizado constante para a alteração de
posições, no estabelecimento de desafios profissionais quando do lançamento de novos
projetos, prêmios de produtividade, estruturação de sistêmicas avaliações de desempenho
funcional, entre tantas outras estratégias para a retenção do corpo funcional (BALASSIANO,
2008). Assim, o desafio a ser enfrentado pela Administração Pública é [...] prover os meios
para que a satisfação do trabalhador extrapole os limites da repartição, dotando os
profissionais de vantagens, não necessariamente pecuniárias, mas que auxiliem o processo de
54
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho, optou-se pelo método de estudo de
caso único, entendido como uma categoria de pesquisa, cujo objeto é uma unidade que se
analisa em profundidade. Para Goode (1973), o estudo de caso reúne o maior número de
informações detalhadas, por meio de diferentes técnicas de pesquisa, com o objetivo de
apreender a totalidade de uma situação e descrever a complexidade de um fato concreto.
Na perspectiva de Eishenhardt (1989), as pesquisas de estudos de casos enfocam o
entendimento da dinâmica existente em determinado contexto. Yin (2001) afirma que esse
método de estudo permite a investigação de um fenômeno contemporâneo no contexto da vida
real e possui a capacidade de lidar com ampla variedade de evidências, como documentos,
entrevistas, questionários e observações. Assim, por meio dessas fontes de evidências, os
dados deverão convergir em formato de triângulo, beneficiando-se do desenvolvimento prévio
de proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise de dados (YIN, 2001).
As estratégias de coleta e tratamento de dados adotadas nesta pesquisa foram a
quantitativa e a qualitativa. Os dados foram coletados por meio de questionário e de
entrevistas.
A estratégia quantitativa é frequentemente aplicada nos estudos descritivos e
representa a “intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e
interpretação, possibilitando, consequentemente, uma margem de segurança quanto às
inferências” (RICHARDSON, 1985, p. 29). Sua aplicação é utilizada nos estudos que
procuram descobrir e classificar a relação entre variáveis e investigar a relação de causalidade
entre fenômenos.
A opção pela utilização do questionário como instrumento de coleta de dados deveu-se
ao fato de esse se adequar aos objetivos especificados para este estudo e poder gerar respostas
mais fáceis de ser comparadas e assegurar certa uniformidade de uma situação de mensuração
para outra (SELLTIZ et al, 1972).
Já a utilização da estratégia qualitativa justificou-se em razão do interesse em
identificar, de modo mais aprofundado, as razões que levam os profissionais a permanecer na
empresa pesquisada. Pela pesquisa qualitativa, conforme destaca Goldenberg (1999), podem-
58
O caso proposto nesta pesquisa refere-se a uma grande empresa pública do Estado de
Minas Gerais, criada na década de 1970. Trata-se de uma empresa pública de economia mista6
que tem como objetivo fundamental desenvolver atividades de pesquisa em busca de soluções
tecnológicas para o agronegócio.
A justificativa para a escolha dessa empresa como objeto deu-se, por um lado, por sua
legitimidade, porte, representatividade e história, e, por outro, por sua preocupação em manter
em seu quadro profissionais qualificados. Este estudo teve como fim a análise em
6
Empresa dotada de personalidade de direito privado, mas submetida a certas regras especiais decorrentes da
sua natureza auxiliar da atuação governamental, ou seja, há colaboração entre Estado e particulares.
59
TABELA 1
Dados da coleta
Dados da coleta Número de Quantidade de Quantidade de Representação do
profissionais no questionários retorno dos retorno em
universo distribuídos questionários percentual
pesquisado
Empregados
20 19 18 94,74%
Ex-empregados
13 10 8 80%
coletados para o estudo de caso, tornando-os disponíveis para consultas posteriores; e, (3)
manter um encadeamento de evidências, permitindo que um observador externo possa
perceber que qualquer evidência, proveniente de questões iniciais da pesquisa, leva a
conclusões finais do estudo de caso.
Primeiramente, foi utilizado um questionário fechado (APÊNDICES B e C), como
instrumento básico de coleta de dados, visando conhecer os fatores que influenciam ou
influenciavam a permanência dos pesquisados na empresa, bem como a avaliação que esses
fazem das políticas e das práticas de retenção existentes. A justificativa pelo uso do
questionário se dá pelo fato de ser um meio rápido e de baixo custo para obtenção de
informações, bem como a possibilidade de ser enviado por e-mail e ter mais chances de
retorno.
O questionário foi validado por dois professores doutores em Administração antes de
ser efetuado o pré-teste, objetivando verificar se as questões elaboradas estavam
compreensíveis, se a sequência das questões estava bem delineada e ainda identificar
possíveis lacunas no questionário. O pré-teste do questionário foi realizado com um total de
três empregados, em que foram observados aspectos como clareza das questões, facilidade do
preenchimento e entendimento, bem como sugestões ou críticas dos participantes convidados
a participar do teste. Vale ressaltar que não houve alterações sugeridas pelos participantes do
pré-teste.
As variáveis utilizadas no questionário e que influenciam na retenção de pessoal estão
dispostas no Quadro 2.
62
coletadas de outras fontes. Assim, na análise documental desta pesquisa, foram considerados
documentos administrativos, Fichas de Registro que continham os dados de admissão e
demissão dentro do período estabelecido, propostas de desenvolvimento do potencial humano,
regulamentos, normas de conduta, Plano de Cargos e Salários, acordos coletivos assinados
com os sindicatos, descrição dos benefícios oferecidos, entre outros.
Para Yin (2001), o tratamento dos dados exige do pesquisador analisar e interpretar as
informações, procurando estabelecer a correlação entre o objeto e as questões de pesquisa,
além de manter uma atitude de abertura, considerando o surgimento de novas oportunidades e
ideias. O autor acredita ainda que essa etapa consiste em examinar, categorizar, classificar,
testar e recombinar as evidências em função das proposições iniciais do estudo. Dessa forma,
a triangulação dos dados obtidos por meio dos múltiplos métodos de coleta de dados cria
oportunidades no sentido de fortalecer os resultados e as conclusões da pesquisa (SOY, 1997).
As estratégias utilizadas na análise forçam os pesquisadores a ir além das impressões
iniciais, buscando melhorar a exatidão e a confiabilidade dos resultados Soy (1997) considera
que estudos de caso deverão organizar os dados de várias formas diferentes, expondo ou
criando outros insights e procurando por dados conflitantes que possam colocar em dúvida o
processo de análise.
O método utilizado para a análise dos dados obtidos nas entrevistas foi a análise de
conteúdo. Segundo Flick (2004), essa análise é um dos procedimentos utilizados em pesquisas
qualitativas, para tratar dados textuais provenientes, desde materiais impressos, observação da
comunicação não verbal até transcrições das entrevistas, objetivando a descrição do conteúdo
das mensagens. Desse modo, permite inferir conhecimentos relativos ao estudo em questão,
buscando-se melhor compreensão de uma dada realidade, além de extrair os aspectos mais
relevantes dessas mensagens.
Entre as diversas técnicas de análise de conteúdo, optou-se pela análise por categoria
temática, por ser a mais rápida e eficaz. Essa técnica consiste em isolar temas de um texto e
extrair as partes utilizáveis, de acordo com o problema pesquisado, para permitir sua
comparação com outros textos escolhidos da mesma maneira.
64
8
O software utilizado na análise foi R versão 2.11.1; conheça o software em www.R-project.org.
66
TABELA 2
Frequência para os itens “empregado”, “sexo”, “filhos”, “estabilidade” e “ainda presta concurso público”
dos pesquisados possuem filhos. Destaca-se ainda o grande número de entrevistados que
buscam a estabilidade no emprego como prioridade na escolha de uma organização (80,8%),
bem como os 76,9% da amostra que ainda prestam concursos públicos para outros órgãos e
setores do funcionalismo público.
Com relação aos itens “faixa etária”, “estado civil” e “escolaridade”, esses foram
descritos, cada um, separadamente, conforme os gráficos dos valores absolutos e relativos,
respectivamente, mostrados a seguir (GRAF. 1, GRAF. 2 e GRAF. 3).
Assim, em relação à faixa etária, a maioria dos participantes deste estudo compõe a
faixa etária entre 26 e 30 anos (42,3%), seguidos pelos 23,1% que estão entre 31 e 35 anos.
Os demais estão divididos em 15,4% de 36 a 40 anos, 11,5% de 51 a 55 anos, 3,8% de 46 a 50
e, por fim, 3,8% com mais de 56 anos (GRAF. 1).
E, por fim, para o último item de caracterização dos entrevistados, temos o tempo que
os respondentes permaneceram ou que ainda estão vinculados à empresa. Vale lembrar que
não há possibilidade de esse tempo ultrapassar os seis anos, uma vez que esta amostra
representa os empregados e os ex-empregados que foram contratados a partir de concurso –
Edital n°. 02/2004. Desta forma, na primeira extremidade apenas 15,4% dos respondentes
estão ou permaneceram menos de 1 ano na empresa e, na outra ponta, têm-se 7,7%, que estão
ou permaneceram entre
TABELA 3
Frequência para “tempo de trabalho”
TABELA 4
Contingência entre “sexo” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
TABELA 5
Contingência entre “filhos” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
TABELA 6
Contingência entre “estado civil” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
Ficou constatado que 72,7% dos respondentes, entre 26 e 30 anos, são empregados
atualmente da empresa e que 75% dos que compõem a faixa etária entre 36 e 40 anos são ex-
empregados da empresa pesquisada (TAB. 7).
TABELA 7
Contingência entre “idade” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
TABELA 8
Contingência entre “escolaridade” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
Empregado
Escolaridade Total
Não Sim
Graduação 0 0,0% 2 100% 2 100%
Especialização incompleta 1 25,0% 3 75,0% 4 100%
Especialização completa 6 33,3% 12 66,7% 18 100%
Mestrado incompleto 0 0,0% 1 100% 1 100%
Mestrado completo 1 100% 0 0,0% 1 100%
Fonte: Dados da pesquisa
TABELA 9
Contingência entre “tempo de trabalho” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
Empregado
Tempo de trabalho Total
Não Sim
Até um ano 4 100% 0 0,0% 4 100%
Entre 1 e 2 anos 3 60,0% 2 40,0% 5 100%
Entre 2 e 3 anos 0 0,0% 6 100% 6 100%
Entre 3 e 4 anos 0 0,0% 4 100% 4 100%
Entre 4 e 5 anos 0 0,0% 5 100% 5 100%
Entre 5 e 6 anos 1 50,0% 1 50,0% 2 100%
Fonte: Dados da pesquisa
TABELA 10
Contingência entre “estabilidade como prioridade” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
Nos resultados da correlação entre ser empregado e “ainda prestar outros concursos
públicos”, destacam-se os valores dos atuais empregados com 65% de resposta positiva (sim).
Vale o registro de que os ex-empregados, em maioria, também continuam prestando concurso
público (TAB. 11).
TABELA 11
Contingência entre “ainda presta outros concursos públicos” e “relação com a empresa”
(empregado ou ex-empregado)
Neste item serão analisadas as variáveis abordadas pela pesquisa, quais sejam:
“desenvolvimento profissional”, “desenvolvimento continuado”, “oportunidades de
treinamento”, “flexibilidade no trabalho”, “carga horária”, “ritmo de trabalho”, “variedade de
tarefas”, “criatividade”, “salário”, “remuneração justa”, “seguro de vida”, “auxílio-
alimentação”, “previdência privada”, “assistência médica”, “plano de cargos e salários”,
“critérios de ascensão”, “clima organizacional”, “relacionamento interpessoal”, “satisfação
pelo trabalho”, “reconhecimento profissional”, “comunicação interna”, “abertura para o
diálogo”, “feedback”, “relacionamento com a chefia”, “autonomia”, “nível de desafio”,
“envolvimento e participação nas decisões”, “condições físicas”, “recurso material”, “imagem
da empresa” e “retenção de pessoal”.
73
TABELA 12
Frequência para fatores de influência na retenção
TABELA 13
Frequência para os fatores de permanência em uma instituição
próximo de 1.0 estiver o ponto da variável, mais bem avaliada ela foi. E, do contrário, quanto
mais próximo o ponto da variável estiver de –1.0, menor foi a avaliação recebida por ela.
Lembrando que 0.0 é o valor central considerado nulo.
As três variáveis que se destacaram e foram mais bem avaliadas são, em ordem
crescente: “imagem da empresa”, “relacionamento com a chefia” e “relacionamento
interpessoal”. Por outro lado, as três variáveis que evidenciaram as avaliações mais baixas
são, em ordem crescente: “retenção de pessoal”, “critérios de ascensão” e “plano de cargos”.
“plano de cargos”. Com relação às três variáveis consideradas menos importantes para a
permanência em uma empresa, tem-se, em ordem crescente: “comunicação interna”,
“previdência privada” e “seguro de vida”.
TABELA 14
Escala de influência da variável “desenvolvimento profissional”
TABELA 15
Escala de permanência da variável “desenvolvimento profissional”
TABELA 16
Escala de influência da variável “desenvolvimento continuado”
TABELA 17
Escala de permanência da variável “desenvolvimento continuado”
TABELA 18
Escala de influência da variável “oportunidades de treinamento”
TABELA 19
Escala de permanência da variável “oportunidade de treinamento”
TABELA 20
Escala de influência da variável “flexibilidade no trabalho”
TABELA 21
Escala de permanência da variável “flexibilidade no trabalho”
Para as escalas de influência (TAB. 22) e permanência (TAB. 23) da variável “carga
horária”, não foram encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-
empregados da empresa, em nenhum dos itens analisados.
TABELA 22
Escala de influência da variável “carga horária”
TABELA 23
Escala de permanência da variável “carga horária”
Para as escalas de influência (TAB. 24) e permanência (TAB. 25) da variável “ritmo
de trabalho”, não foram encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-
empregados da empresa, em nenhum dos itens analisados.
TABELA 24
Escala de influência da variável “ritmo de trabalho”
TABELA 25
Escala de permanência da variável “ritmo de trabalho”
TABELA 26
Escala de influência da variável “variedade de tarefas”
TABELA 27
Escala de permanência da variável “variedade de tarefas”
4.3.8 Criatividade
TABELA 28
Escala de influência da variável “criatividade”
TABELA 29
Escala de permanência da variável “criatividade”
4.3.9 Salário
Verifica-se que tanto a escala de influência (TAB. 30) quanto a escala de permanência
(TAB. 31) da variável “salário” são afetadas pelo item “empregado”. Contudo, para a escala
de influência, os ex-empregados atribuem menos importância a essa variável, ou seja,
avaliaram negativamente a variável “salário” em comparação aos atuais empregados. Já na
escala de permanência, os ex-empregados atribuem mais importância a essa variável, o que
significa que, para eles, o “salário” é um fator que influencia sua retenção em uma
organização, muito mais do que para os empregados atuais.
TABELA 30
Escala de influência da variável “salário”
TABELA 31
Escala de permanência da variável “salário”
Verifica-se que tanto a escala de influência (TAB. 32) quanto a escala de permanência
(TAB. 33) da variável “remuneração justa” são afetadas pelo item “empregado”. Todavia,
para a escala de influência, os ex-empregados atribuem menos importância a essa variável, ou
seja, avaliaram negativamente a variável “remuneração justa” em comparação aos atuais
empregados. Já na escala de permanência, os ex-empregados atribuem mais importância a
essa variável, significando que para esses a “remuneração justa” é um fator que influencia em
sua retenção em uma organização, muito mais do que para os empregados atuais.
TABELA 32
Escala de influência da variável “remuneração justa”
TABELA 33
Escala de permanência da variável “remuneração justa”
Para a escala de influência (TAB. 34) da variável “seguro de vida”, não foram
encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-empregados da empresa,
em nenhum dos itens analisados.
Já na escala de permanência (TAB. 35), essa variável é influenciada pelo item
“empregado”, uma vez que o p-valor do teste Mann-Whitney é de 0,018, e os indivíduos que
são ex-empregados atribuem menos importância ao “seguro de vida”, ou seja, para os ex-
empregados ter seguro de vida não influencia na permanência em uma instituição, tanto
quanto para os empregados.
TABELA 34
Escala de influência da variável “seguro de vida”
TABELA 35
Escala de permanência da variável “seguro de vida”
4.3.12 Auxílio-alimentação
TABELA 36
Escala de influência da variável “auxílio-alimentação”
TABELA 37
Escala de permanência da variável “auxílio-alimentação”
Verifica-se que tanto a escala de influência (TAB. 38) quanto a escala de permanência
(TAB. 39) da variável “previdência privada” são afetadas pelo item “empregado”. Na escala
de influência, os indivíduos empregados atribuem mais importância a essa variável, ou seja,
os empregados avaliaram melhor tal variável em relação aos ex-empregados.
Já na escala de permanência, os ex-empregados são os que atribuem menos
importância, ou seja, para esses o fato de a empresa oferecer um plano de previdência privada
não influencia em sua permanência em uma instituição. Ainda na escala de permanência, essa
variável é afetada pelo item “filhos”, e aqueles que têm filhos consideram a variável
“previdência privada” como menos importante para sua permanência na empresa, do que os
entrevistados que não têm filhos.
TABELA 38
Escala de influência da variável “previdência privada”
Caracterização Medidas descritivas Mann-Whitney
Média E. P 1ª Quartil 2ª Quartil 3ª Quartil P-valor
Não 0,000 0,089 -0,08 0,00 0,08
Empregado 0,0306
Sim 0,278 0,062 0,00 0,33 0,33
Masc. 0,286 0,077 0,00 0,33 0,58
Sexo 0,1181
Fem. 0,083 0,073 0,00 0,00 0,33
Ainda presta outros Sim 0,183 0,057 0,00 0,17 0,33
0,8457
concursos públicos Não 0,222 0,165 0,00 0,17 0,58
Sim 0,222 0,075 0,00 0,17 0,33
Filhos 0,7215
Não 0,167 0,084 0,00 0,17 0,33
Estabilidade como Sim 0,159 0,059 0,00 0,00 0,33
0,2982
prioridade Não 0,333 0,149 0,00 0,33 0,67
Fonte: Dados da pesquisa
93
TABELA 39
Escala de permanência da variável “previdência privada”
TABELA 40
Escala de influência da variável “assistência médica”
TABELA 41
Escala de permanência da variável “assistência médica”
Pode-se verificar que a escala de influência (TAB. 42) da variável “plano de cargos e
salários”, é marginalmente influenciada pelo item “empregado”, uma vez que o p-valor do
teste foi de 0,056. Os ex-empregados consideram essa variável menos importante, ou seja,
avaliaram pior em comparação aos atuais empregados.
Já para a escala de permanência (TAB. 43) da variável “plano de cargos e salários”,
não foram encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-empregados da
empresa, em nenhum dos itens analisados.
TABELA 42
Escala de influência da variável “plano de cargos e salários”
TABELA 43
Escala de permanência da variável “plano de cargos e salários”
Para a escala de influência (TAB. 44) da variável “critério de ascensão”, não foram
encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-empregados da empresa,
em nenhum dos itens analisados.
Já a escala de permanência (TAB. 45) dessa variável é influenciada pelo “sexo”, e os
indivíduos do sexo feminino atribuem mais importância aos “critérios de ascensão”, ou seja,
para o sexo feminino esse tipo de critério é um fator que influencia sua permanência em uma
empresa.
TABELA 44
Escala de influência da variável “critérios de ascensão”
TABELA 45
Escala de permanência da variável “critérios de ascensão”
Para as escalas de influência (TAB. 46) e permanência (TAB. 47) da variável “clima
organizacional”, não foram encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-
empregados da empresa, em nenhum dos itens analisados.
TABELA 46
Escala de influência da variável “clima organizacional”
TABELA 47
Escala de permanência da variável “clima organizacional”
TABELA 48
Escala de influência da variável “relacionamento interpessoal”
TABELA 49
Escala de permanência da variável “relacionamento interpessoal”
TABELA 50
Escala de influência da variável “satisfação pelo trabalho”
TABELA 51
Escala de permanência da variável “satisfação pelo trabalho”
TABELA 52
Escala de influência da variável “reconhecimento profissional”
TABELA 53
Escala de permanência da variável “reconhecimento profissional”
TABELA 54
Escala de influência da variável “comunicação interna”
TABELA 55
Escala de permanência da variável “comunicação interna”
Para a escala de influência (TAB. 56) da variável “abertura para o diálogo”, não foram
encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-empregados da empresa,
em nenhum dos itens analisados.
Já a escala de permanência (TAB. 57) dessa variável é afetada pelo item “empregado”,
uma vez que o p-valor do teste é menor que 0,05, e os indivíduos empregados consideram
esse fator mais importante e, assim, de influência na permanência deles em uma instituição.
TABELA 56
Escala de influência da variável “abertura para o diálogo”
TABELA 57
Escala de permanência da variável “abertura para o diálogo”
4.3.23 Feedback
TABELA 58
Escala de influência da variável “feedback”
TABELA 59
Escala de permanência da variável “feedback”
TABELA 60
Escala de influência da variável “relacionamento com a chefia”
TABELA 61
Escala de permanência da variável “relacionamento chefia”
4.3.25 Autonomia
TABELA 62
Escala de influência da variável “autonomia”
TABELA 63
Escala de permanência da variável “autonomia”
TABELA 64
Escala de influência da variável “nível de desafio”
TABELA 65
Escala de permanência da variável “nível de desafio”
TABELA 66
Escala de influência da variável “participação nas decisões”
TABELA 67
Escala de permanência da variável “participação nas decisões”
Para a escala de influência (TAB. 68) da variável “condições físicas”, não foram
encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-empregados da empresa,
em nenhum dos itens analisados.
Já para a escala de permanência (TAB. 69), essa é influenciada pelo item
“empregado”, de forma significativa, uma vez que os ex- empregados atribuem menos
importância a essa variável.
TABELA 68
Escala de influência da variável “condições físicas”
TABELA 69
Escala de permanência da variável “condições físicas”
Para as escalas de influência (TAB. 70) e permanência (TAB. 71) da variável “recurso
material”, não foram encontradas diferenças significativas entre os empregados e os ex-
empregados da empresa, em nenhum dos itens analisados.
TABELA 70
Escala de influência da variável “recurso material”
TABELA 71
Escala de permanência da variável “recurso material”
Pode-se verificar que a variável “imagem da empresa” é influenciada pelo item “sexo”
na escala de influência (TAB. 72) e pelo item “empregado” na escala de permanência (TAB.
73), uma vez que o p-valor do teste é menor que 0,05 nos dois casos. Assim, na escala de
influência, o sexo masculino atribui mais importância a essa variável, enquanto, na escala de
permanência, os empregados atribuem mais importância à “imagem da empresa”.
TABELA 72
Escala de influência da variável “imagem da empresa”
TABELA 73
Escala de permanência da variável “imagem da empresa”
TABELA 74
Escala de influência da variável “retenção de pessoal”
TABELA 75
Escala de permanência da variável “retenção de pessoal”
TABELA 76
Correlação e teste de Spearman para a correspondência dos escores de influência e permanência entre
“idade”, “escolaridade” e “tempo de trabalho”
Idade Escolaridade Tempo de trabalho
Variáveis Rho P-valor Rho P-valor Rho P-valor
I.R.- Desenvolvimento profissional 0,111 0,589 -0,424 0,031 -0,148 0,470
P.I.- Desenvolvimento profissional 0,227 0,264 0,348 0,081 -0,017 0,936
I.R.- Desenvolvimento continuado 0,091 0,658 -0,380 0,055 -0,015 0,941
P.I.- Desenvolvimento continuado 0,020 0,923 0,356 0,074 -0,308 0,126
I.R.- Oportunidades de treinamento 0,144 0,481 -0,241 0,236 -0,275 0,174
P.I.- Oportunidades de treinamento 0,317 0,114 -0,103 0,618 0,061 0,769
I.R.- Flexibilidade no trabalho -0,175 0,392 -0,098 0,634 0,079 0,702
P.I.- Flexibilidade no trabalho 0,194 0,343 -0,026 0,901 0,194 0,343
I.R.- Carga horária -0,078 0,705 -0,211 0,301 -0,245 0,227
P.I.- Carga horária -0,129 0,529 0,106 0,607 -0,049 0,814
I.R.- Ritmo de trabalho 0,242 0,234 -0,152 0,458 -0,210 0,303
P.I.- Ritmo de trabalho -0,232 0,255 -0,074 0,719 0,051 0,806
I.R.- Variedade de tarefas -0,079 0,702 -0,398 0,044 0,195 0,341
P.I.- Variedade de tarefas -0,011 0,959 -0,105 0,609 -0,087 0,673
I.R.- Criatividade -0,008 0,288 -0,371 0,225 0,054 0,562
P.I.- Criatividade 0,076 0,428 0,094 0,044 -0,111 0,436
I.R.- Salário -0,173 0,963 -0,356 0,002 0,234 0,917
P.I.- Salário 0,134 0,693 0,364 0,321 -0,240 0,848
I.R.- Remuneração justa 0,152 0,458 -0,673 0,000 0,212 0,299
P.I.- Remuneração justa 0,132 0,522 0,472 0,015 -0,483 0,012
I.R.- Seguro de vida -0,120 0,560 -0,018 0,930 -0,191 0,350
P.I.- Seguro de vida -0,441 0,024 0,081 0,694 0,114 0,580
I.R.- Auxílio-alimentação -0,191 0,351 -0,072 0,726 0,031 0,881
P.I.- Auxílio-alimentação -0,017 0,935 -0,122 0,552 -0,431 0,028
I.R.- Previdência privada -0,337 0,093 -0,110 0,592 0,144 0,484
P.I.- Previdência privada -0,240 0,237 -0,183 0,371 -0,048 0,815
I.R.- Assistência médica 0,096 0,642 -0,143 0,487 0,484 0,012
P.I.- Assistência médica -0,039 0,849 0,130 0,526 -0,075 0,717
I.R.- Plano de cargos 0,234 0,251 -0,405 0,040 0,130 0,528
P.I.- Plano de cargos -0,216 0,290 0,130 0,526 -0,099 0,631
I.R.- Critérios de ascensão 0,175 0,392 -0,426 0,030 0,092 0,656
P.I.- Critérios de ascensão -0,349 0,081 0,180 0,380 -0,143 0,487
I.R.- Clima organizacional 0,091 0,659 -0,431 0,028 -0,497 0,010
P.I.- Clima organizacional -0,031 0,882 -0,309 0,125 0,068 0,740
I.R.- Relacionamento interpessoal -0,216 0,288 -0,246 0,225 -0,119 0,562
P.I.- Relacionamento interpessoal -0,162 0,428 -0,397 0,044 0,160 0,436
I.R.- Satisfação pelo trabalho -0,010 0,963 -0,572 0,002 -0,021 0,917
P.I.- Satisfação pelo trabalho -0,081 0,693 -0,202 0,321 -0,040 0,848
I.R.- Reconhecimento profissional -0,082 0,690 -0,588 0,002 0,026 0,901
P.I.- Reconhecimento profissional -0,120 0,561 0,178 0,385 0,215 0,292
I.R.- Comunicação interna -0,195 0,339 -0,594 0,001 -0,057 0,781
P.I.- Comunicação interna 0,037 0,858 0,131 0,522 -0,151 0,462
I.R.- Abertura para o diálogo 0,093 0,652 -0,609 0,001 -0,076 0,712
P.I.- Abertura para o diálogo -0,161 0,431 -0,224 0,271 0,250 0,218
I.R.- Feedback 0,191 0,351 -0,492 0,011 -0,132 0,520
P.I.- Feedback -0,136 0,508 -0,133 0,517 -0,009 0,965
I.R.- Relacionamento com a chefia -0,123 0,548 -0,435 0,026 -0,069 0,738
P.I.- Relacionamento com a chefia 0,015 0,941 -0,224 0,272 0,108 0,600
I.R.- Autonomia -0,119 0,562 -0,417 0,034 0,066 0,749
P.I.- Autonomia -0,154 0,453 -0,017 0,933 -0,070 0,733
I.R.- Nível de desafio 0,176 0,390 -0,401 0,042 0,019 0,928
P.I.- Nível de desafio 0,098 0,634 0,102 0,621 0,005 0,980
I.R.- Participação nas decisões -0,189 0,354 -0,437 0,026 0,098 0,633
P.I.- Participação nas decisões -0,333 0,097 0,165 0,421 -0,081 0,694
I.R.- Condições físicas -0,014 0,947 -0,342 0,088 -0,196 0,337
P.I.- Condições físicas -0,189 0,356 -0,043 0,834 0,186 0,363
I.R.- Recurso material 0,171 0,404 -0,115 0,576 -0,039 0,851
P.I.- Recurso material -0,315 0,116 0,135 0,509 0,181 0,375
I.R.- Imagem da empresa 0,293 0,147 -0,323 0,107 0,126 0,539
P.I.- Imagem da empresa 0,064 0,756 -0,306 0,129 0,395 0,046
I.R.- Retenção de pessoal 0,223 0,273 -0,504 0,009 -0,243 0,231
P.I.- Retenção de pessoal -0,113 0,583 0,399 0,044 -0,244 0,229
Fonte: Dados da pesquisa
113
(continua)
Para a escala de
profissional
feminino dá menos
importância a esta
Desenvolvimento
influência, o sexo
Para a escala de
continuado
variável
prestam concurso
permanência, os
Para a escala de
a esta variável
treinamento
Flexibilidade
no trabalho
horária
Carga
Ritmo de
trabalho
Seguro de vida Remuneração justa Salário Criatividade Variedade de tarefas
variável
Filhos
variável
a esta variável a esta variável
Para a escala de permanência, quanto
menor o tempo de trabalho na organização,
maior a importância atribuída a esta
trabalho
Tempo de
variável
como
prioridade
Estabilidade
públicos
concursos
Ainda presta
115
(continua)
Clima organizacional Critérios de ascensão Plano de cargos Assistência médica Previdência privada uxílio-alimentação
públicos
concursos
Ainda presta
116
(continua)
Abertura para o Comunicação Reconhecimento Relacionamento
Relacionamento com a chefia Feedback Satisfação pelo trabalho
diálogo interna profissional interpessoal
Para a escala de
permanência, os
empregados atribuem
mais importância a
Empregado
esta variável
Para a escala de
influência, o sexo
masculino dá mais
Sexo
importância a esta
variável
Idade
Filhos
Para a escala de Para a escala de Para a escala de Para a escala de Para a escala de
Para a escala de influência, Para a escala de influência, quanto
influência, quanto influência, quanto influência, quanto influência, quanto permanência, quanto
quanto maior o grau de maior o grau de
maior o grau de maior o grau de maior o grau de maior o grau de maior o grau de
escolaridade, menos escolaridade, menos
escolaridade, menos escolaridade, menos escolaridade, menos escolaridade, menos escolaridade, menos
importância atribuída a esta importância
importância atribuída a importância atribuída importância atribuída importância atribuída a importância atribuída a
atribuída a esta
Escolaridade
variável esta variável a esta variável variável a esta variável esta variável esta variável
trabalho
Tempo de
como
prioridade
Estabilidade
Para a escala de
permanência, os indivíduos
que ainda prestam concurso
atribuem mais importância a
públicos
concursos
Ainda presta
117
(continua)
esta variável
Recurso
Imagem da empresa Condições físicas Participação nas decisões Nível de desafio Autonomia
material
Para a escala de
permanência, os ex-
Para a escala de permanência, os
empregados
empregados atribuem mais
atribuem menos
importância a esta variável
importância a esta
Empregado
variável
Para a escala de
Para a escala de influência, o influência, o sexo
sexo masculino dá mais feminino dá menos
Sexo
Para a escala de
Para a escala de Para a escala de influência,
influência, quanto
influência, quanto maior o quanto maior o grau de
maior o grau de
grau de escolaridade, menos escolaridade, menos
escolaridade, menos
importância atribuída a esta importância atribuída a
importância atribuída a
Escolaridade
variável
como
prioridade
Estabilidade
públicos
concursos
Ainda presta
118
(continua)
119
(conclusão)
Estabilidade Ainda presta
Tempo de
Empregado Sexo Idade Filhos Escolaridade como concursos
trabalho
prioridade públicos
variável
variável
Quadro 3: Correlação dos itens com as variáveis estudadas para as escalas de influência e permanência
Fonte: Produzido pela autora
Eu não tive um motivo específico, estava no bolo dos concursos que eu estava
fazendo e fiz esse. Na época eu fazia vários concursos. (E1)
120
[...] para quem já passou de uma determinada idade e pretende continuar no mercado
de trabalho, é simplesmente uma necessidade [...] meu foco foi o serviço público.
(E6)
Em seguida, foi questionado aos entrevistados como é, para eles, trabalhar na empresa
em questão. A intenção foi compreender a satisfação deles com o trabalho e oportunizar
espaço para se expressarem. Assim, percebe-se que a maioria dos empregados gosta de
trabalhar na empresa, indicando o relacionamento interpessoal como o principal fator de
contentamento. A Tabela 12 do item 4.1 confirma o “relacionamento interpessoal” como uma
variável que foi muito bem avaliada pelos entrevistados.
Não obstante, alguns pontos, como as políticas de desenvolvimento profissional,
valorização e reconhecimento por parte da empresa, são considerados como limitadores da
satisfação profissional, influenciando negativamente no desejo de permanência desses na
empresa. Corroborando com os dados fornecidos pelas Tabelas 12 e 13 do item 4.1, as
variáveis existentes na empresa, como “desenvolvimento profissional” e “reconhecimento
profissional”, foram avaliadas negativamente pelos entrevistados; porém, também foram
consideradas de suma importância para a permanência deles em uma instituição.
É bom. Eu gosto do pessoal daqui, mas acho que a empresa deveria apresentar maior
clareza nos critérios de distribuição de cargos. Valorizar mais os empregados da casa
e dar mais reconhecimento para nós. (E1)
[...] tem os seus altos e baixos. Eu gosto das pessoas, da convivência, dos meus
colegas. Gosto também do que faço. Recebo para tanto um salário razoável, que não
é dos melhores, mas também não é dos piores. Contudo, o grande problema é a falta
de reconhecimento. Trabalho muito e sinto que não tenho a devida recompensa. (E3)
[...] o ambiente é bom, fui bem recebido, algumas divergências acontecem pelo
pouco preparo de empregados assumirem cargos não condizentes com sua
capacidade. Na média, as pessoas são bem cordiais. (E7)
Alguns pontos relatados na questão anterior foram ratificados nas duas questões a
seguir, tratando dos pontos fortes e fracos da instituição pesquisada. Entre os pontos positivos,
foram citados pelos entrevistados: o “relacionamento com os colegas”, o “clima
121
[...] as pessoas daqui são o ponto mais positivo. E também tem lugares piores para
trabalhar, aqui ainda não está tão péssimo. (E1)
Nós somos empregados públicos e temos uma certa estabilidade [...] a empresa não
atrasa o pagamento, a questão do plano de saúde que ela oferece aqui em Belo
Horizonte, nós somos bem atendidos, a questão da Previdência Complementar eu
acho que é bom. (E2)
Os amigos que fiz e a estabilidade que tenho, com o salário, mesmo que baixo, mas
em dia. (E4)
[...] muita gente aqui recebe as coisas porque é amigo de fulano de tal, e isso é
totalmente desmotivante. (E2)
Não tem plano de carreira adequado, falta de preparo de alguns contratados, RA,9 e
desvalorização do empregado. (E4)
Não existe na empresa uma política para a retenção de talentos nem incentivos para
o crescimento profissional. Além disso, há uma grande burocracia que adia ou
impede a realização de projetos simples. (E9)
9
A expressão “RA” é uma sigla que se refere à “Recrutamento Amplo”; cargo comissionado contratado, sem
concurso público, a critério do presidente da empresa.
123
Não. Porque aqui não tem possibilidades de crescimento. Eu tenho mais de quatro
anos de empresa e sinto que estou na mesma situação, estagnado. (E1)
Não, eu desejo fazer outros concursos, pois do jeito que está aqui eu não vejo
perspectivas para carreira aqui não, só se mudar muito [...] do jeito que está não tem
como fazer carreira aqui não. (E2)
Não. Porque a empresa não valoriza os empregados, ela não possui um Plano de
Cargos e Salários adequado e justo. Ela não investe em desenvolvimento, em
treinamento e em melhorias diversas. Aqui é passageiro. (E5)
124
Me vejo fora daqui, em outro emprego melhor e com melhor salário e com um plano
de desenvolvimento e crescimento dos empregados. (E5)
Pretendo me preparar mais e procurar desenvolver novas aptidões, se não puder ser
aqui eu buscarei outro lugar para trabalhar. (E8)
Não tenho planos a curto prazo, minha ideia é prosseguir com meus estudos e dar
sequência a meus projetos paralelos. Para o futuro, espero conseguir equilibrar meus
trabalhos na área de consultoria, com um emprego fixo, talvez com uma carga
horária menor que a atual. (E9)
[...] salário não é tudo, preciso de um ambiente que me propicie trabalhar sem
estresse, planejar a minha vida fora do ambiente profissional, que quanto mais a
idade avança, maior a necessidade de planejamento com os pés no chão. Em uma
possível nova atividade, iria procurar: realização profissional, melhoria salarial,
estabilidade e planos outros que beneficiassem ainda mais os meus familiares. (E6)
Ter poucas chances de carreira e não ter reconhecimento. Aqui na empresa somente
quem tem indicação política é que tem cargos com melhores salários e
reconhecimento. (E5)
de crescimento” foram citados nessa questão, aliados ainda aos aspectos como melhorias no
Plano de Cargos e Salários, adoção de avaliação de desempenho, transparência nos processos,
estabelecimento de canais de comunicação mais efetivos, assim como espaço para que os
empregados possam participar ativamente das decisões da empresa, entre outros.
Autores como Yamashita (2006), Sarsur (1999) e Pedrosa (2005) corroboram da
mesma opinião e afirmam que fatores como (1) programa de integração e definição clara do
que se espera do corpo funcional; (2) programa de treinamento e desenvolvimento
continuado; (3) perspectivas de crescimento profissional; (4) reconhecimento do valor dos
empregados; e, (5) gestão de carreira são práticas consideradas determinantes e que
influenciam na retenção de pessoal.
Acho que deveria valorizar mais os empregados da casa, ter um bom Plano de
Cargos e Salários e se preocupar com o desenvolvimento dos funcionários, pois a
empresa também ganha com tudo isso. (E1)
Acho que são itens e valores como: transparência administrativa; oportunizar voz ao
funcionário, para que ele mostre o que está errado e o que pode melhorar; um bom
Plano de Cargos e Salários; uma boa avaliação de desempenho. A empresa pode
fazer muita coisa, basta ter uma administração mais clara e participativa, além de um
Departamento de Recursos Humanos mais atuante [...] (E3)
Por fim, buscou-se verificar o quanto o empregado se vê retido na empresa. Foi pedido
que esse avaliasse de 0 a 10 seu grau de retenção na instituição. Conforme ilustrado na Tabela
77, os entrevistados se veem, em média, 66% retidos na empresa. Contudo, percebe-se que os
empregados tiveram dificuldades em fazer essa mensuração, haja vista a linha tênue entre a
necessidade em permanecer empregado e o desejo de continuar nessa instituição.
Se fosse pela vontade uns três, mas como preciso do emprego e tenho estabilidade
acho que sobe para sete. (E1)
Eu estou retida na empresa por necessidade. Eu me vejo retida aqui uns 75%. Eu não
sairia porque a estabilidade conta. (E2)
Acho que sete porque eu preciso do emprego. Mas pretendo fazer outros concursos
em breve. (E5)
128
TABELA 77
Grau de retenção na empresa
Entrevistado 1 (E1) 70
Entrevistado 2 (E2) 75
Entrevistado 3 (E3) 60
Entrevistado 4 (E4) 50
Entrevistado 5 (E5) 70
Entrevistado 6 (E6) 80
Entrevistado 7 (E7) 60
Entrevistado 8 (E8) 70
Entrevistado 9 (E9) 60
Média 66,11
Fonte: Elaborado pela autora
(continua)
Pontos abordados Impacto Variáveis relacionadas
Ritmo de trabalho; plano de cargos e
Burocracia Limitações no desempenho de tarefas; limitação
critérios de ascensão; comunicação interna
para a ascensão profissional
e abertura para o diálogo
Desmotivação em razão da falta de clareza nos
Critérios de ascensão Plano de cargos e critérios de ascensão;
critérios e da ascensão de profissionais em razão de
reconhecimento profissional
fatores externos, como as indicações políticas
Indicações políticas se sobrepõem ao
Relações políticas reconhecimento do desempenho dos funcionários, Reconhecimento profissional; plano de
gerando desmotivação e desligamento dos cargos e critérios de ascensão
funcionários
Desmotivação em função não só do
Valorização e Reconhecimento profissional; feedback e
reconhecimento ao desempenho, mas da falta de
reconhecimento relacionamento com a chefia; plano de
valorização dos empregados efetivos – em
cargos e critérios de ascensão
detrimento dos cargos de recrutamento amplo
Falta de clareza acerca dos critérios de ascensão, da
dinâmica do Plano de Cargos e Salários, e outras
Transparência nos Comunicação interna e abertura para o
nuances das perspectivas organizacionais
processos diálogo
interferem negativamente na retenção dos
funcionários
Falta de recursos materiais são aspectos limitadores
Falta de recursos para o desempenho das atividades, gerando Condições físicas e recursos materiais
desmotivação
129
(conclusão)
Pontos abordados Impacto Variáveis relacionadas
Falta de clareza sobre o atual Plano de Cargos e de
informações sobre a sua existência, bem como Plano de cargos e critérios de ascensão;
Plano de Cargos e
necessidade de sua modernização, interferem na comunicação interna e abertura para o
Salários
motivação e, consequentemente, na retenção dos diálogo
profissionais da empresa estudada
Os funcionários reconhecem a necessidade de
Desenvolvimento treinamentos e capacitações profissionais como Desenvolvimento profissional e continuado;
profissional fatores importantes, mas não percebem a empresa treinamento
estudada investindo nessa prática
Desmotivação em razão da subutilização dos
Incompatibilidade das
recursos humanos, no que concerne a cargo, Criatividade; plano de cargos e critérios de
atribuições com as
formação acadêmica e experiência profissional ascensão
funções/cargos
prévia
Os funcionários devem Comunicação interna e abertura para o
Condições que podem fazer com que os
ser ouvidos e participar diálogo; autonomia e nível de desafio no
funcionários sejam retidos na empresa – prática que
do processo de tomada de trabalho; envolvimento e participação nos
não está sendo realizada de modo satisfatório
decisão processos de decisões
Os salários são considerados razoáveis, mas o fato
de serem pagos em dia e estarem equiparados com
Salário referências de comparação dos entrevistados não Remuneração e benefícios
denotam negatividade, tão pouco positividade para
a retenção
Desequilíbrio no ritmo de trabalho do setor público
Ritmo de trabalho com a iniciativa privada gera desmotivação em Ritmo de trabalho
alguns funcionários
Relacionamento O relacionamento entre os funcionários é um dos Clima organizacional e relacionamento
interpessoal principais pontos de retenção da empresa estudada interpessoal
O clima organizacional positivo interfere
Ambiente de trabalho Clima organizacional
positivamente na retenção
A estabilidade é vista como diferencial para
manutenção do corpo funcional, ainda que os
Estabilidade empregados busquem outros concursos, em outras _
instituições públicas, com melhores condições de
trabalho
Benefícios Os benefícios da empresa estudada atuam
Remuneração e benefícios
complementares positivamente para a retenção dos funcionários
Quadro 4: Síntese dos achados nas entrevistas
Fonte: Elaborado pela autora
130
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Charles Chaplin
Percebe-se que o relacionamento na empresa, seja com os colegas, seja com a chefia,
constitui-se hoje no principal sustento da retenção dos profissionais da empresa estudada, e
que a referida variável foi uma das mais bem avaliadas para a permanência dos profissionais
em uma instituição. Essa interseção não deve ser menosprezada pela empresa, mas, sim,
valorizada e reforçada diariamente.
Não obstante, a variável “plano de cargos e salários” foi a pior avaliada entre as
estudadas e assimetricamente, uma das consideradas mais importantes pelos respondentes
para a permanência em uma instituição. O Plano de Cargos e Salários está relacionado
também com fatores como “remuneração financeira”, “investimento em crescimento
profissional” e “ascensão na empresa”; variáveis essas que receberam as piores avaliações e,
no entanto, foram considerados dentro do escopo daquelas de maior importância para a
permanência em uma instituição. Esse fato demonstra que a empresa poderá ter dificuldades
para reter os respondentes, caso não invista, em curto e médio prazos, em políticas de
remuneração e desenvolvimento profissional.
Vale o registro de que a empresa estudada depende de um alinhamento com as
políticas do governo estadual e nem sempre pode agir de forma deliberada. Contudo, ao que
se pode ver com base nas entrevistas e na análise do histórico da instituição, a situação acerca
do Plano de Cargos e Salários persiste há alguns anos, perdurando ainda o Plano de Cargos e
Salários de 1998. Além de mal divulgado internamente, esse plano está defasado e não
condizente com a realidade da empresa, gerando dessimetrias não só entre cargos e funções,
mas também entre funcionários.
Percebe-se que algumas variáveis, como “desenvolvimento profissional”,
“desenvolvimento continuado”, “oportunidade de treinamento”, “salário”, “remuneração
133
Como limitações do estudo, poder-se-ia citar o tamanho da amostra, uma vez que, com
o aumento da quantidade de respondentes, há a possibilidade de elevar o nível de
confiabilidade dos resultados. E ainda a ausência de entrevistas realizadas com os ex-
empregados, visto que as observações deles poderiam ratificar pontos de vistas daqueles que
se desligaram da empresa.
Além disso, não se pode tomar este trabalho como uma referência absoluta para o
estudo do setor público, já que este trata apenas de uma empresa do Estado de Minas Gerais e
que não abrangeu toda a instituição, restringindo-se apenas aos profissionais com nível
superior e aprovados pelo concurso público Edital n°. 02/2004.
O trabalho poderá servir como uma das bases para trabalhos porvindouros, que
poderão analisar de forma mais ampla o setor público e a retenção de pessoal. Ainda assim,
poderia despertar intenção de outros pesquisadores em aprofundar nas diferenças dos níveis
de escolaridade, bem como nas diversas faixas etárias existentes, fazendo uma caracterização
por gerações.
A contribuição desse estudo para as organizações mostra como a retenção de pessoas
está relacionada ao nível de satisfação, motivação e confiança dos empregados, e que depende
da qualidade das relações de compromisso e dos vínculos construídos. Dessa forma, a
empresa através do RH precisa, cada vez mais, de estudos, referências e metodologias sobre
os processos humanos e sobre as peculiaridades de cada negócio, de cada segmento, obtendo,
assim, sustentação estratégica para obter a retenção de seus profissionais qualificados.
Vale aqui o registro de que as expectativas de contribuição desta pesquisa para o
avanço nas discussões envolvendo as políticas e as práticas de retenção de pessoas no setor
público e especificamente na empresa estudada despertaram interesse por parte do
Departamento de Recursos Humanos da organização em questão. Os dados levantados na
pesquisa foram apresentados ao setor, visando ao surgimento de melhor atuação com vistas à
manutenção dos profissionais qualificados.
136
REFERÊNCIAS
BERGUE, Sandro T. Gestão de pessoas nas organizações públicas. São Paulo: Educs,
2005.
BUTLER, T.; WALDROOP, J. Job sculpting: the art of retaining your best people. Harvard
Business Review, Boston, v. 77, n. 5, p. 146-152, Sep./Oct. 1999.
BRANHAM, Leigh. Motivando as pessoas que fazem a diferença. Rio de Janeiro: Campus,
2002.
CANÇADO, Vera L. et al. Novos papéis de recursos humanos: velhas fórmulas em novas
embalagens?. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ADMINISTRAÇÃO, 29, 2005, Brasília. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2005.
CÉSAR, Ana Maria Roux; BIDO, Diógenes de Souza; SAAD, Sheila Madrid. “O discurso se
aplica na prática?”: uma discussão sobre o papel estratégico da área de recursos humanos. In:
ENCONTRO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO, 30, 2006, Salvador. Anais... Salvador: [s.n.], 2006.
CÔRTES, Leonardo Lopes; SILVA, José Roberto Gomes da. Construção do contrato
psicológico de indivíduos que ingressam em organizações do setor público no atual contexto
brasileiro: estudo de caso em uma empresa estatal. In: ENCONTRO NACIONAL DE
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 30, 2006, Salvador.
Anais... Rio de Janeiro: ANPAD,, 2006.
FADUL, Élvia Mirian Cavalcanti; SILVA, Mônica de Aguiar Mac-Allister da. Limites e
Possibilidades Disciplinares da Administração Pública e dos Estudos Organizacionais.
Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 13, n. 3, art. 1, p. 351-365, jul./ago.
2009.
FARIA, Marina Dias de; FERREIRA, Daniela Abrantes; CARVALHO, José Luis Felício.
Responsabilidade Social Empresarial: um fator de atração para novos talentos? In:
ENCONTRO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO, 32, 2008, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2008.
139
FERNANDES, Maria Elizabeth Rezende; CARVALHO NETO, Antônio Moreira de. Gestão
dos Múltiplos Vínculos Contratuais nas Grandes Empresas Brasileiras. Revista de
Administração de Empresas: Edição especial Minas Gerais, v. 45, 2005.
FERREIRA, André; FUERTH, Leonardo Ribeiro; ESTEVES, Rodrigo Clebicar Pereira Mota.
Fatores de Motivação no Trabalho: o que pensam os líderes. In: ENCONTRO NACIONAL
DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 30, 2006, Salvador.
Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2006.
FREITAS, Wesley Ricardo de Souza; JABBOUR, Charbel José Chiappetta. Rumo à Gestão
Estratégica de Recursos Humanos?: Estudo de Caso em uma Organização Pública Paulista.
Revista de Ciências da Administração, v. 12, n. 26, p.163-188, jan./abr. 2010.
FRIEDMAN, Brian; HATCH, James; WALKER, David M. Como atrair, gerenciar e reter
capital humano: da promessa à realidade. São Paulo: Futura, 2000.
140
GELMAN, Andrew; HILL, Jennifer. Data analysis using regression and multilevel/
hierarchical models. New York: Cambridge University Press, 2007.
GOODE, W. J.; HATT, P. K. Métodos em pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Nacional, 1973.
IZAWA, Maria Cristina; SILVA, Simone Alves da; SCHOLTZE, Sirlei. As Políticas e
Práticas de Retenção de Talentos em uma Organização Varejista. In: SEMINÁRIOS EM
ADMINISTRAÇÃO – SEMEAD FEA/ USP, 9, 2006, São Paulo. Anais... São Paulo: USP,
2006.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo. Saraiva. 2005.
141
LACOMBE, Beatriz Maria Braga; TONELLI, Maria José. O Discurso e a Prática: O que nos
dizem os Especialistas e o que nos mostram as Práticas das Empresas sobre os Modelos de
Gestão de Recursos Humanos. Revista de Administração Contemporânea, São Paulo, v. 5,
n. 2, maio/ago. 2001.
MARCONI, Nelson. Políticas Integradas de Recursos Humanos para o Setor Público. In:
LEVY, Evelyn; DRAGO, Pedro Aníbal. (Org.). Gestão Pública no Brasil Contemporâneo.
São Paulo: Fundap, 2005.
MAYO, Andrew. O valor humano da empresa: valorização das pessoas como ativos. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, Prentice Hall, 2003.
MORIN, Estelle; TONELLI, Maria José; PLIOPAS, Ana Luisa Vieira. O trabalho e seus
sentidos. Revista Psicologia & Sociedade, Edição Especial, v. 19, p. 47-56, 2007.
MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 15. ed.
Rio de Janeiro: Record, 2004.
MUCHIELLI, A.. Lês Méthodes Qualitatives. Paris: Presses Universitaires de France, 1990.
(Coleção Que sais-je?)
NUNES, Aline Vieira de Lima; LINS, Samuel Lincoln Bezerra. Servidores públicos federais:
uma análise do prazer e sofrimento no trabalho. Revista de Psicologia Organizações e
Trabalho, v. 9, n. 1, jan./jun. 2009.
PAROLIN, Sonia Regina Hierro; ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão de. Gestão de pessoas
para a criatividade em organizações inovativas. Revista Eletrônica de Administração, ed.
67, v. 16, n. 3, set./dez. 2010.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser; WHILHEIM, Jorge; SOLA, Lourdes (Org.). Sociedade e
Estado em Transformação. São Paulo: UNESP, 1999.
REIS NETO, Mário Teixeira; ASSIS, Luis Otávio Milagres de. Principais características do
sistema de remuneração variável no choque de gestão em minas gerais: o acordo de resultados
e o prêmio por produtividade. Gestão & Regionalidade, v. 26, n. 76, p.75-90, jan./abr. 2010.
RICHARDSON, R. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.
SÁ, Maria Auxiliadora Diniz de et al. Buscando a Valorização Humana: Mito ou Realidade?
In: ENCONTRO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO, 26, 2002, Salvador. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2002.
SANT’ANNA, Anderson de Souza; MORAES, Lúcio Flávio Renault de; KILIMNIK, Zélia
Miranda. Competências individuais, modernidade organizacional e satisfação no trabalho: um
estudo de diagnóstico comparativo. Revista de Administração de Empresas, v. 4, n. 1,
jan./jul., 2005.
SARSUR, A. M.; PEDROSA, R. R.; SANT’ANNA, A. S. Onde estão os talentos? Onde está
a gestão de recursos humanos? In: ENCONTRO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 27, 2003, Atibaia. Anais... Rio de Janeiro,
ANPAD, 2003.
SCHEIN, Edgar H. Identidade profissional: como ajustar suas inclinações a suas opções de
trabalho. São Paulo: Nobel, 1996.
SELLTIZ, C. et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder,1972.
SILVA, José Roberto Gomes da; CUNHA, Paula Cristina da. “Junte-se a Nós”: o Discurso da
Gestão de Recursos Humanos em Sites Corporativos Utilizados para Recrutamento no Brasil.
In: ENCONTRO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO, 32, 2008. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2008.
SOY, S. K. The case study as a research method. [S.l.]: University of Texas. 1997.
145
TANURE, B.; EVANS, P.; PUCIK, V. A gestão de pessoas no Brasil: virtudes e pecados
capitais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
VIEIRA, Adriane; SILVA, Cléber Jorge de Mello. Por que deixar a empresa quando tudo
indica que o melhor é ficar? Revista de Ciências da Administração, v. 10, n. 20, p. 37-58,
jan./abr. 2008.
ZANINI, Marco Túlio. Confiança: o principal ativo intangível de uma empresa. Campus,
2007.
146
ZARIFIAN, Philippe. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.
147
APÊNDICES
APÊNDICE A
Roteiro de Entrevista
ONDENTE
1. Por qual motivo você fez o concurso público para vir trabalhar nesta instituição?
2. Havia algo que fazia esta instituição distinta de outras organizações para ter sido
definida por você como escolha profissional?
3. Como é trabalhar nesta instituição?
4. O que você destacaria como pontos positivos da instituição?
5. O que você destacaria como pontos negativos da instituição?
6. Quais eram as suas expectativas profissionais ao entrar nesta instituição? Elas foram
alcançadas?
7. Você deseja fazer carreira na empresa? Por quê?
8. Como você se vê daqui a um ou dois anos, em termos profissionais?
9. Se você fosse procurar outro emprego, hoje, o que mais iria considerar como
diferencial para que tomasse a decisão de sair desta instituição?
10. O que reforçaria a sua vontade de permanecer nesta instituição?
11. O que leva as pessoas a querer sair desta instituição?
12. Quais práticas você acredita que esta instituição deveria adotar como diferencial para
reter seus funcionários?
13. Se você tivesse que considerar de 0 a 10, qual seria o grau em que você se vê retido a
esta instituição?
148
APÊNDICE B
Encaminhamos a V.Sa. o questionário referente à pesquisa que vem sendo realizada visando à
elaboração de uma dissertação de mestrado e cujo objetivo é a obtenção do título de Mestre
em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG.
Sua participação e cooperação são de muita importância para a concretização deste estudo.
Respondendo corretamente e atentamente a todos os itens do questionário, você estará
contribuindo para maior conhecimento acerca dos aspectos relacionados à retenção de pessoal
nessa empresa.
Questionário Empregados
1 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
2 DESENVOLVIMENTO CONTINUADO
2.1 Como avalio o incentivo voltado para a aprendizagem continuada através do Programa de Pós-
Graduação oferecido pela instituição
3 OPORTUNIDADE DE TREINAMENTOS
5 CARGA HORÁRIA
5.1 Como avalio o equilíbrio entre minha carga horária diária de trabalho em relação ao volume de
serviço que tenho
6 RITMO DE TRABALHO
6.1 Como avalio o ritmo exigido para a realização do meu trabalho na instituição
7 VARIEDADE DE TAREFAS
7.1 Como avalio as possibilidades que tenho em meu cargo para executar diversas tarefas, usando
muitas de minhas habilidades
8 CRIATIVIDADE
151
8.1 Como avalio as possibilidades que tenho em meu cargo para usar minha criatividade e para
buscar novas ideias acerca de meu serviço
9 SALÁRIO
10 REMUNERAÇÃO JUSTA
10.1 Como avalio a minha remuneração em relação à minha contribuição efetiva para a instituição
11 SEGURO DE VIDA
12 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
13 PREVIDÊNCIA PRIVADA
14 ASSISTÊNCIA MÉDICA
16 CRITÉRIOS DE ASCENSÃO
16.1 Como avalio a definição de critérios da instituição para a ascensão dos seus profissionais
17 CLIMA ORGANIZACIONAL
18 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
19.1 Como avalio a minha satisfação pelo trabalho que desenvolvo na instituição
20 RECONHECIMENTO PROFISSIONAL
21 COMUNICAÇÃO INTERNA
22.1 Como avalio a abertura oferecida pela instituição para propor sugestões e críticas no que diz
respeito ao meu trabalho
23 FEEDBACK
23.1 Como avalio a quantidade de informações dadas por meus superiores sobre o meu desempenho
no trabalho
25 AUTONOMIA
25.1 Como avalio minha autonomia para exercer meu trabalho na instituição
26 NÍVEL DE DESAFIO
26.1 Como avalio o nível de desafio existente no meu trabalho, em termos de esse ser desafiante e
estimulante
27.1 Como avalio o meu nível de envolvimento e participação nos processos de tomada de decisões
relacionados ao meu trabalho
28 CONDIÇÕES FÍSICAS
28.1 Como avalio as condições físicas do meu ambiente de trabalho (ventilação, espaço físico,
iluminação, barulho, calor, umidade, etc.)
29 RECURSOS MATERIAIS
29.1 Como avalio as minhas condições de trabalho em relação aos equipamentos e materiais que tenho
para executar minhas tarefas
30 IMAGEM DA EMPRESA
31 RETENÇÃO DE PESSOAL
31.1 Como avalio as políticas e práticas de gestão de pessoas da instituição voltadas para a retenção de
seu pessoal
157
1. Sexo:
2. Faixa etária:
3. Estado civil:
4. Filhos:
1. ( ) Sim 2. ( ) Não
5. Escolaridade:
1. ( ) Sim 2. ( ) Não
1. ( ) Sim 2. ( ) Não
159
APÊNDICE C
Questionário Ex-Empregados
1 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
1.1 Como avalio as possibilidades de desenvolvimento profissional que a instituição oferecia quando
eu era seu empregado
2 DESENVOLVIMENTO CONTINUADO
2.1 Como avalio o incentivo voltado para a aprendizagem continuada mediante o Programa de Pós-
Graduação que a instituição oferecia quando eu era seu empregado
3 OPORTUNIDADE DE TREINAMENTOS
3.1 Como avalio as oportunidades de treinamentos e cursos que a instituição oferecia quando eu era
seu empregado
4.1 Como avalio a flexibilidade do horário de trabalho que a instituição oferecia quando eu era seu
empregado
5 CARGA HORÁRIA
5.1 Como avalio o equilíbrio entre minha carga horária diária de trabalho em relação ao volume de
serviço que tinha na instituição
6 RITMO DE TRABALHO
6.1 Como avalio o ritmo exigido para a realização do meu trabalho na instituição quando era seu
empregado
7 VARIEDADE DE TAREFAS
7.1 Como avalio as possibilidades que tinha em meu cargo para executar diversas tarefas, usando
muitas de minhas habilidades quando era empregado da instituição
8 CRIATIVIDADE
8.1 Como avalio as possibilidades que tinha em meu cargo para usar minha criatividade e para
buscar novas ideias acerca de meu serviço quando era empregado da instituição
9 SALÁRIO
9.1 Como avalio o salário (em relação ao mercado) que a instituição oferecia quando eu era seu
empregado
10 REMUNERAÇÃO JUSTA
10.1 Como avalio a minha remuneração em relação à minha contribuição efetiva para a instituição
quando eu era seu empregado
11 SEGURO DE VIDA
11.1 Como avalio o seguro de vida individual que a instituição oferecia quando eu era seu
empregado
12 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
12.1 Como avalio o auxílio-alimentação que a instituição oferecia quando eu era seu empregado
13 PREVIDÊNCIA PRIVADA
13.1 Como avalio o plano de complementação à aposentadoria que a instituição oferecia quando eu
era seu empregado
14 ASSISTÊNCIA MÉDICA
14.1 Como avalio o plano de assistência médica que a instituição oferecia quando eu era seu
empregado
15.1 Como avalio o Plano de Cargos e Salários que a instituição oferecia quando eu era seu
163
empregado
16 CRITÉRIOS DE ASCENSÃO
16.1 Como avalio a definição de critérios da instituição para a ascensão dos seus profissionais
quando eu era seu empregado
17 CLIMA ORGANIZACIONAL
17.1 Como avalio o clima organizacional que a instituição oferecia quando eu era seu empregado
18 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
18.1 Como avalio o relacionamento que tinha com os colegas de trabalho quando era empregado da
instituição
19.1 Como avalio a minha satisfação pelo trabalho que desenvolvia na instituição quando era seu
empregado
20 RECONHECIMENTO PROFISSIONAL
20.1 Como avalio o reconhecimento profissional que tinha na instituição quando era seu empregado
21 COMUNICAÇÃO INTERNA
22.1 Como avalio a abertura para propor sugestões e críticas no que dizia respeito ao meu trabalho
que a instituição oferecia quando eu era seu empregado
23 FEEDBACK
23.1 Como avalio a quantidade de informações dadas por meus superiores sobre o meu desempenho
no trabalho quando eu era seu empregado
24.1 Como avalio o tratamento que recebia do meu chefe imediato quando era seu empregado
25 AUTONOMIA
25.1 Como avalio a autonomia para exercer meu trabalho que a instituição oferecia quando eu era
seu empregado
26 NÍVEL DE DESAFIO
26.1 Como avalio o nível de desafio existente no meu trabalho, em termos de esse ser desafiante e
estimulante quando eu era seu empregado
27.1 Como avalio o meu nível de envolvimento e participação nos processos de tomada de decisões
relacionados ao meu trabalho quando era seu empregado
28 CONDIÇÕES FÍSICAS
28.1 Como avalio as condições físicas do meu ambiente de trabalho (ventilação, espaço físico,
iluminação, barulho, calor, umidade, etc.) quando era seu empregado
29 RECURSOS MATERIAIS
29.1 Como avalio as minhas condições de trabalho em relação aos equipamentos e materiais que
tinha para executar minhas tarefas quando era empregado da instituição
30 IMAGEM DA EMPRESA
167
30.1 Como avalio a imagem e o conceito da instituição quando era seu empregado
31 RETENÇÃO DE PESSOAL
31.1 Como avalio as políticas e práticas de gestão de pessoas da instituição voltadas para a retenção
de seu pessoal quando era seu empregado
1. Sexo:
2. Faixa etária:
3. Estado civil:
4. Filhos:
2. ( ) Sim 2. ( ) Não
5. Escolaridade:
168
1. ( ) Sim 2. ( ) Não
1 ( ) Sim 2. ( ) Não