Fichamento Da Aula 02
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das RI
Texto: HALLIDAY, Fred. Introdução: A importância do internacional, In:
HALLIDAY, Fred. Repensando as relações internacionais, Porto Alegre:
UFRGS, p. 15-36.
- Pág.15: “A diversidade teórica é uma força, não uma fraqueza, das relações
internacionais. As dificuldades experimentadas residem (...) em bases
metodológicas e históricas.”
“Nas relações internacionais, como evidenciado pelo âmbito comum dos cursos
oferecidos, estas preocupações possuem dois aspectos distintos: um é
amplamente analítico e se refere ao papel do Estado nas relações
interacionais, ao problema da ordem na ausência de uma autoridade suprema,
ao relacionamento entre o poder e a segurança, à interação da economia coma
força militar, às causas do conflito e às bases da cooperação. O outro é
normativo e diz respeito à questão de quando e como é legítimo usar a força,
às obrigações devidas ou não ao nosso Estado, ao lugar da moralidade nas
relações internacionais e aos erros e acertos da intervenção.”
-Pág.20: “As nações e Estados podem ou não coincidir, mas, mesmo quando
coincidem, as relações convencionalmente chamadas “internacionais” dizem
respeito ao que se passa entre os governos e não entre as populações.”
-Pág.24: “Com a crise dos anos 30, o “idealismo” deu lugar ao “realismo”,
inicialmente com o trabalho de E.H Carr e, depois, com o de vários escritores
nos Estados Unidos, incluindo Hans Morgenthau, Henry Kissinger e Kenneth
Waltz. Eles tomam como ponto de partida a busca do poder dos Estados, a
centralidade da força militar dentro deste poder e a inevitabilidade duradoura
do conflito em um mundo de múltipla soberania. Mesmo não negando
inteiramente o papel da moralidade, do direito e da diplomacia, os realistas dão
maior peso à força militar como instrumento de manutenção da paz. Eles
acreditavam que o mecanismo central para regular o conflito era o equilíbrio de
poder através do qual a força maior de um Estado seria compensada pelo
aumento da força ou pela expansão das alianças dos outros (...).”
“(...) houve uma aplicação dos conceitos marxistas para analisar as causas e
as consequências de um mercado cada vez mais internacionalizado e das
novas formas que ele estava assumindo. Dentro da análise de política externa,
tornou-se possível não somente examinar como os fatores burocráticos e
constitucionais afetam resultados políticos, mas também como eles mesmos
eram moldados pelos fatores históricos e sociais mais amplos.”
-Pág.32: “(...). Quase todo o debate entre o realismo e o marxismo tem girado
em torno do problema do Estado, mas raramente se reconhece que isto
envolve duas concepções bastantes distintas de “Estado” que levam a
conjuntos diferentes de questões: uma das concepções é a legal-territorial,
emprestada do direito e da ciência política tradicional; a outra é o conceito
alternativo, emprestado do marxismo e da sociologia weberiana, segundo o
qual o Estrado é percebido como uma entidade administrativa-coercitiva, um
aparato dentro dos países e das sociedades, ao invés do país como um todo.”
“(...). Até a metade dos anos 1980, as RI pareciam ser mais indiferentes às
questões de gênero do que qualquer outra área das ciências sociais, uma
situação gerada pela aceitação generalizada da distinção entre uma área
convencionalmente “masculina” da alta política, da segurança internacional e
do statecraft, e uma “feminina” de domesticidade, de relações interpessoais e
de localidade.”