Anatomia de Plantas Vasculares
Anatomia de Plantas Vasculares
Anatomia de Plantas Vasculares
ANATOMIA DE
PLANTAS VASCULARES
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quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo
Branco - UCB.
ISBN 85-86912-08-5
Reitor
Prof. Paulo Alcantara Gomes
Conteudista
Sonia Cristina de S. Pantoja
Apresentação
Prezado(a) Aluno(a):
É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação,
na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando
oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente
esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma
estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.
Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu
conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.
Seja bem-vindo(a)!
Paulo Alcantara Gomes
Reitor
Orientações para o Auto-Estudo
O presente instrucional está dividido em três unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e
conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam
atingidos com êxito.
Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades
complementares.
Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todos os
conteúdos das Unidades Programáticas 1, 2 e 3.
A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com os
horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você
administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros
presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.
Bons Estudos!
Dicas para o Auto-Estudo
1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja
disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.
7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento
da disciplina.
UNIDADE I
CITOLOGIA
1 - Célula vegetal........................................................................................................................................................... 15
2 - Parede celular e membranas................................................................................................................................. 16
3 - Componentes protoplasmáticos........................................................................................................................... 20
4 - Componentes não-protoplasmáticos................................................................................................................... 22
U NIDADE II
UNIDADE
TECIDOS VEGETAIS
1 - Maristemas............................................................................................................................................................... 27
2 - Tecidos permanentes: estrutura e funcionamento............................................................................................ 27
U NIDADE III
ÓRGÃOS VEGETAIS
1 - Raiz............................................................................................................................................................................. 34
2 - Caule.......................................................................................................................................................................... 36
3 - Folha.......................................................................................................................................................................... 38
4 - Flor, fruto e semente.............................................................................................................................................. 39
Glossário...................................................................................................................................................................... 43
Gabarito....................................................................................................................................................................... 44
Referências bibliográficas.......................................................................................................................................... 46
Quadro-síntese do conteúdo
programático 11
Da curiosidade brotaram as ciências, diz Aristóteles. Os povos primitivos não estranhavam a multiplicidade
dos seres e das coisas do mundo, por isso nunca chegaram a desenvolver uma verdadeira ciência. Muitas vezes
eram ótimos observadores da natureza, mas tomaram os fatos como dados, sem pensar em suas causas nem as
prováveis relações que pudessem existir entre eles. Ora, a comparação e a pesquisa das relações são a base
indispensável de toda e qualquer ciência.
Já nas primeiras épocas da história européia, o espírito filosófico dos gregos tentou resolver os problemas do
mundo e da vida, formando sistemas científicos construídos sobre observações da natureza e postulados
admiráveis. Com esses trabalhos, acumularam-se os fatos conhecidos e descritos e, desse aumento do conteúdo
das ciências, surgiu a necessidade de achar uma ordem clara e compreensível, que permitisse comparar com
maior facilidade todos os fatos, uns com os outros.
Na obra de Aristóteles encontramos o mais antigo conjunto de Botânica. A própria palavra Botânica origina-
se da língua grega: botané = pasto. As célebres obras de Aristóteles perduraram durante a maior parte da Idade
Média, quase sem alteração nem progresso.
As grandes descobertas, nos séculos XV e XVI, despertaram na alma dos povos europeus o espírito da
pesquisa. De cada viagem, as frotas exploradoras traziam para o continente novos e estranhos conhecimentos.
Tornou-se, pois, indispensável a revisão e modernização de todas as ciências. Esta influência afetou também a
Botânica, surgiram então, grandes obras, que distribuíram o conhecimento sobre as plantas. Desde então, a
busca incessante por novos conhecimentos sobre a estrutura, morfologia, adaptação e organização dos vegetais
que se distribuem pelos mais longínquos lugares do planeta, tornaram a Botânica uma das mais importantes
ciências naturais.
A Botânica, de um modo geral, ocupa-se dos estudos inerentes a todos os vegetais, desde os unicelulares até
os grandes jatobás, independente da sua beleza, forma, cor, tamanho ou utilidade.
Mas a Botânica não é uma disciplina independente, se relaciona com diversas outras como a Química, quando
trata da fitoquímica, na qual sabemos quais os componentes existentes nos vegetais. Graças a esse tipo de
estudo uma infinidade de vegetais são utilizados hoje na indústria farmacêutica com excelentes resultados.
Mas a Botânica se relaciona também com a Física, Genética, Paleontologia, Ecologia, além de inúmeras outras
disciplinas.
O planeta em que vivemos possui uma flora riquíssima, com uma impressionante diversidade de formas e
utilidades, cabe a nós conhecê-la e estudá-la.
14
UNIDADE I 15
CITOLOGIA
1 - Célula Vegetal
A célula é a unidade estrutural elementar do forma da célula vegetal é igualmente variável. Quando
organismo vegetal. Apresenta tamanho variável isolada, tende a ser esférica. Nos tecidos tem, a forma
desde um mícron de diâmetro até vários centímetros poliédrica e isodiamétrica. Em tecidos de crescimento
como as fibras do algodão, com cerca de 5 cm. Outras (meristemas) predomina a forma cúbica.
fibras podem alcançar dezenas de centímetros. A
A presença de uma parede celular, não- ergásticos, sendo definida como componente não-vivo
protoplasmática, porosa, relativamente rígida, é uma da célula vegetal. Ela está presente na maioria dos
das mais importantes características da célula vegetais, faltando apenas nos esporos móveis de muitas
vegetal.A parede celular é o resultado da atividade algas e fungos e em células reprodutoras sexuadas de
secretora do protoplasma e formada por materiais vegetais inferiores.
A parede celular pode ser constituída de três camadas, cada uma com propriedades distintas
FONTE: http://www.inea.uva.es/servicios/histologia/inicio_real.htm
a) Lamela média (ou lamela central) - é a primeira pécticos e por celulose. Outros polisacarídeos não
parede a ser fomada na conclusão da divisão celular.É celulósicos poderão integrar a parede primária. Ela
formada por substâncias pécticas (que são complexos também pode sofrer lignificação.
hidratos de carbono de alto peso molecular que
contém ácido galacturônico, metanol xilose, c) Parede secundária - essa parede deposita-se sobre
galactose, ácido acético e arabinose). Protopectina, a parede primária ocasionando acentuado aumento da
ácido péctico e pectina são os principais espessura dos envoltórios celulares. A parede
componentes desse grupo. secundária é formada por hemicelulose, polisacarídeos
não-celulósicos e celulose.
A lamela média pode sofrer lignificação nos tecidos
lenhosos. Pode sofrer modificações secundárias por aposição
de lignina ou outras substâncias.
b) Parede primária - ela é o primeiro resultado da
atividade secretora do protoplasma após a divisão Em alguns tecidos podemos distinguir as paredes
pela lamela média, podendo vir a ser, em muitos casos, secundárias estratificadas em camadas distintas.
a parede definitiva. É formada por componentes
17
...
Pontuações
2.2 - Membranas
A membrana plasmática constitui uma diferenciação Essa semipermeabilidade pode ser comprovada pela
superficial do citoplasma nas áreas de contato com plasmólise. Em solução com concentração maior que a
os demais componentes da célula vegetal. do suco celular, haverá o desprendimento da menbrana
plasmática em diversos pontos da parede celular e
A membrana plasmática entre o citoplasma e a parede simultâneamente a retração dos vapores.
celular chama-se ectoplasto ou plasmalema.
Pode-se desplasmolisar uma célula plasmolisada
A membrana plasmática que envolve os vacúolos removendo a solução concentrada e substituindo-a
chama-se tonoplastos ou membrana vacuolar. por água, devolvendo-lhe assim a turgescência
original.
A principal característica das membranas é a sua
semipermeabilidade, que lhe permite o controle das
substâncias que entram ou saem da célula.
3 - Componentes Protoplasmáticos
20
3.1 - Citoplasma
3.2 - Núcleo
O núcleo apresenta-se geralmente com membrana, que se encontra o ácido desoxirribonucléico (DNA),
suco, retículo de cromatina (forma cromossomos na que é considerado material genético, e ácido
divisão celular) e um ou mais nucléolos. É no núcleo ribonucléico (RNA).
FONTE: www.ines.uva.es/servicos/histologia/inicio_real.htm
Os plastídeos (ou plastos) estão presentes na maioria Encontramos entre os cromoplastídios (ou
dos superiores; porém,cada célula apresenta cromatóforos), os cloroplastos que possuem como
numerosos plastídeos. A esse conjunto de plastídeos pigmento a clorofila (de cor verde). Além deste,
chamamos plastidoma. encontramos os cromoplastos cujo pigmento é o
caroteno (com colorações amarelo, alaranjado,
A forma dos plastídeos pode sofrer mudanças do vermelho, etc.).
tipo amabóide.
No microscópio óptico, os cloroplastos aparecem
Delimitados pela membrana, podem conter em seu homogêneos, sendo reconhecida no microscópio
interior pigmentos (cromoplastídios) ou não eletrônico (M.E.) sua estrutura heterogênea, com um
(leucoplastídios). estroma incolor e os grana ( singular = o granum).
Entre os leucoplastídios temos os amiloplastos, que
sintetizam amido e os elaioplastos que sintetizam 21
gorduras e óleos.
FASE CLARA :
- A energia luminosa é usada para formar ATP a partir
de ADP;
- A energia luminosa é usada para reduzir moléculas
transportadoras de elétrons, especialmente a coenzima
NADP+.
FASE ESCURA:
- A energia do ATP é utilizada para ligar o dióxido de
carbono a uma molécula orgânica;
- O poder redutor do NADPH é utilizado para reduzir
os átomos de carbono.
FONTE: html.rincondelvago.com/ celulas_3.html
Nessa etapa a energia química do ATP e do NADPH
é convertida em formas de energia adequadas ao
transporte e armazenamento, gerando o esqueleto do
carbono que sintetizará as outras moléculas
orgânicas. Chamamos esta converção do CO2 de
composto orgânico de fixação do carbono.
3.4 - Mitocôndrios
4.1 - Vacúolos
O vacúolo é uma vesícula delimitada pelo tonoplasmo Eles variam de forma e tamanho. Em células mais
(membrana), com suco vacuolar, cujo principal jovens os vacúolos são numerosos, e nas adultas,
componente é água com diversas substâncias geralmente, só encontramos um único vacúolo.
dissolvidas como: sais, açúcares, ácidos orgânicos,
proteínas, etc. Ao conjunto de vacúolos chamamos de vacuoma.
Ráfides Drusas
FONTE: milcores.naturlink.pt/.../microphoto.htm
SÍNTESE
24
1- Célula Vegetal
citoplasma,
Elementos núcleo,
protoplasmátcos plastídios, etc.
PROTOPLASTO
vacúolos,
Elementos não- cristais,
protoplasmátcos grãos de amido, etc.
2- Parede Celular
Exercícios de Auto-Avaliação
2- Faça uma caminhada e observe os vegetais a sua volta, veja se ele não apresenta algum tipo de transformação
da parede que seja visível, como a cera em algumas hortaliças, ou gomas em troncos de algumas árvores, vá e
observe.
Complemente o seu estudo com o capítulo 4 (Parênquima) de Esau, 1983 (observar título completo nas referências
bibliográficas).
Quando for responder às questões dos exercícios de auto-avaliação, é importante que você só olhe as respostas
do gabarito depois de terminar, pois só então você, realmente, irá aprender. Por isso, o seu gabarito está no fim
do último capítulo.
3- Faça uma experiência que evidenciará a presença de grão de amido. Primeiro, pegue uma batata-inglesa e
corte-a ao meio, depois pingue uma gota de solução de iodo. Você observará que ela torna-se bem escura, pois
o iodo reage com o amido existente na batata.
UNIDADE II 27
Introdução
Podemos definir tecido vegetal como um conjunto Nos vegetais superiores há tecidos embrionários que
de células com a mesma organização e origem, e se destinam à formação dos demais (meristemas).
destinadas ao desempenho de uma ou mais funções
em comum.
1 - Meristemas
São tecidos que originam os demais. São São chamados meristemas secundários quando são
encontrados no embrião (que está no interior da produtos de desdiferenciação dos tecidos adultos, isto
semente) e nas partes em crescimento de um vegetal, é, células já diferenciadas que readiquirem capacidade
como no ápice de caules e raízes e outras partes do de multiplicação, como por exemplo em locais feridos
vegetal onde há divisão celular intensa, provocando para a cicatrização (tecido de cicatrização).
crescimento.
O tecido meristemático apresenta células pequenas, Os meristemas existentes nas extremidades de caules
isodiamétricas, com paredes delgadas, sem espaço e raízes são chamados de meristemas apicais. E os
intercelular, sem vacúolos e plastídios, os núcleos existentes na base de entrenós dos caules de
são grandes, e estão sempre em divisão.O meristema monocotiledôneas são chamados meristemas
que deriva do embrião, responsável pelo crescimento intercalares.
longitudinal da ponta de caules e raízes é chamado de
meristema primário ou promeristema. Meristemóides são pequenos meristemas formados
por poucas células, e que produzem diferenciações
secundárias, como por exemplo crescimento de pêlos.
São tecidos que revestem e protegem contra agentes muito, algumas vezes são hexagonais, onduladas,
nocivos e regulam o intercâmbio de substâncias. retangulares, etc.
Entre eles podemos citar a epiderme, que é a capa de
revestimento mais externo, apresenta-se incolor e A epiderme pode estar revestida por cutícula, cêra,
freqüentemente são descritas como tabulares, pois ou ainda apresentar pêlos simples ou ramificados,
são de pequena profundidade, porém sua forma varia glandulares ou não e ter outros minerais incrustados.
Na epiderme podemos observar uma diferenciação As células de revestimento em muitos órgãos sofrem
28 da maior importância, especialmente na epiderme das suberificação, essas células morrem em seguida
folhas da maioria das plantas superiores: os porque não há trocas gasosas. Quando há súber em
estômatos. São importantes pois são responsáveis abundância, as trocas gasosas são efetuadas por
pela troca gasosa entre a planta e o meio. lenticelas, que substituem os estômatos.
O tecido fundamental é constituído por parênquimas os paliçádicos, quando suas células são longas e estão
e é composto por células vivas de formas, geralmente, dispostas lado a lado, e os lacunosos quando são
poliédricas. Ligado às atividades vegetativas da formados por células irregulares com espaço entre
planta, o parênquima preenche os espaços deixados elas.
pelos outros tecidos. - Parênquima de reserva: armazena substâncias como
os grãos de amido encontrados na batata inglesa.
As principais funções do tecido fundamental são: - Parênquimas aquíferos: são reservatórios de água,
fotossíntese, respiração, armazenagem, secreção e observados em plantas de lugares secos, como os
excreção. Todas as atividades que dependem do cactos, que necessitam de uma reserva de água.
protoplasma, têm como sede as células - Parênquima aerífero ou aerênquima: apresenta
parenquimatosas. poucas células e muitos espaços cheios de ar. Muito
comum em plantas aquáticas ou de brejos.
Podemos distinguir os seguintes parênquimas:
O colênquima e esclerênquima estão ligados à camadas de celulose, que o torna altamente resistente
sustentação mecânica do vegetal. à ruptura. É encontrado em diversos vegetais, em
caules de ervas, por exemplo.
São tecidos ligados à sustentação mecânica do
vegetal. Ele apresenta as células reforçadas pelo Podemos observar três tipos de colênquima: o
espessamento das paredes com celulose e lignina, colênquima angular, no qual o reforço celulósico se
criando a rigidez dos troncos, dando a elasticidade concentra nos ângulos das células; o colênquima
das fibras, flexibilidade de caules, etc. anelar, em que a celulose é depositada em anéis
concêntricos que reduzem o lúmen celular; e o
O colênquima, sempre um tecido vivo, ocorre em colênquima laminar, no qual a celulose é depositada
áreas do vegetal que ainda estão em crescimento. A nos pólos da célula, dando o aspecto, no conjunto de
parede primária das suas células é engrossada com barras que atravessam todo o tecido vegetal.
O esclerênquima é formado, geralmente, por células acumulam lignina, reduzindo o lúmen celular a um
30 mortas, ocorrendo em tecidos adultos, já totalmente sistema de canais e fibras. Estas últimas são usadas
diferenciados. As unidades que formam esse tecido, pelo homem com fins econômicos, como o linho, rami,
são células pétreas, rígidas como a casca de nozes, e cânhamo, etc.
FONTE: http://www.euita.upv.es/varios/biologia/images/Figuras_tema3/tema3_figura18.jpg
São os responsáveis pelo transporte de água e das por elementos traqueais com traqueídios e elementos
soluções nutritivas, e são formados por células de vaso que têm a função de conduzir a água.
altamente especializadas, de formas alongada e
cilíndrica, que são fusionadas; e têm suas paredes O xilema primário deriva do meristema apical. Se a planta
transversais perfuradas, criando um sistema tubular crescer em espessura, então surgirá o xilema secundário.
contínuo, percorrendo longas distâncias dentro do
corpo vegetal. São compostos por Xilema ou lenho e - Floema - Formado por parênquima, fibras, tem as
Floema ou líber. mesmas funções do anterior. Apresenta também
elementos de vaso, como células crivadas e elementos
- Xilema - apresenta parênquimas que armazenam e de tubo crivado, que conduzem o alimento.
conduzem as substâncias ergásticas, fibras, e tem a
função de sustentação do tubo. Também é formado
Xilema Floema
FONTE: http://www.inea.uva.es/servicios/histologia/inicio_real.htm
Nos órgãos vegetais, freqüentemente encontramos fica situado mais externamente que o xilema no órgão
o xilema e floema associados, formando o que vegetal; feixe condutor bicolateral (c), semelhante ao 31
chamamos de feixes condutores. Os tipos mais comuns anterior, porém o xilema é envolvido interna e
são: feixe condutor concêntrico (a), no qual o floema externamente pelo floema, comum em cucurbitáceas
circunda o xilema, ou vice versa, muito comum nas como abóbora, melão, pepino, além de outras; e feixe
pteridófitas (ex.: samambaias); feixe condutor colateral condutor radial (d) que, como o nome indica, comum
(b), que é o tipo mais comum encontrado em nas raízes dos vegetais, é o único no qual os feixes se
monocotiledôneas e dicotiledôneas, no qual o floema alternam ( floema lado a lado com o xilema, alternados).
Floema
.
FONTE: http://www.euita.upv.es/varios/biologia
2.5 - Tecidos Secretores
32
Estão ligados à eliminação de produtos finais do tem seu crescimento limitado e é chamado de tubo
metabolismo vegetal. laticífero não-articulado. E será conhecido como
articulado quando for formado por várias células que
Podemos encontrar dois tipos de tecidos: no primeiro se unem, pela desintegração de parte (ou toda) da sua
a substância secretável permanece dentro da célula e parede.
é chamado de células ou tecidos excretores. O
segundo tipo é chamado de células ou tecidos Essências aromáticas encontradas em plantas cítricas
glandulares, e se diferenciam do anterior porque as como a laranja, estão em cavidades lisígenas, resultante
substâncias são eliminadas. de destruição das paredes e conteúdo protoplasmático
das células glandulares.
Células ou tecidos excretores - acumulam
mucilagens, gomas, resinas, essências aromáticas, Células ou tecidos glandulares - são as que secretam
taninos, alcalóides e sais orgânicos. Como exemplo seu conteúdo para fora ou para espaços intercelulares
temos o látex que é branco e leitoso e se acumula no de origem esquizógena, como os pêlos glandulares e
interior de tubos laticíferos das euforbiáceas, como a nectários florais.
“coroa-de-cristo”, e outros grupos vegetais.
Nas margens das folhas de muitas plantas
Os tubos laticíferos são formados por células ou um encontramos os hidatódios, que têm relação com a
conjunto delas soldadas, por onde circula o látex. gutação (eliminação de água por meio de gotículas)
Quando o tubo laticífero é formado de células únicas, do vegetal.
Exercícios de Auto-Avaliação
Atividades Complementares
Faça uma caminhada e observe os vegetais à sua volta, veja se encontra a “coroa-de-cristo”, por exemplo, e
retire uma folha, você poderá observar que este vegetal apresenta látex (no tubo laticífero); vá e observe.
Depois que você ler toda a unidade, procure complementar sua leitura com os capítulos de 5 a 7 de Esau, 1983,
indicado nas referências bibliográficas.
34 UNIDADE III
ÓRGÃOS VEGET
TAAIS
1 - Raiz
A raiz faz parte do eixo da planta, e é geralmente estudando, e posteriormente os analisássemos em
subterrânea, exerce a função de fixar o vegetal no microscópio.
substrato e absorver água e sais minerais. Muitas
raízes não vivem subterrâneamente, mas na água A anatomia da raiz varia em diferentes casos, a mais
(plantas aquáticas), ou expostas ao ar (epífitas ou comum é a estrutura primária, depois a secundária. As
parasitas). monocotiledôneas apresentam raízes com estrutura
primária durante toda a sua vida. As gimnospermas
Para estudarmos a anatomia de qualquer órgão (pinheiros e ciprestes) e dicotiledôneas substituem a
vegetal faz-se necessário realizar diversos cortes, estrutura primária pela secundária. Vejamos então estas
como se fatiássemos o órgão que estamos estruturas:
A raiz pode ser dividida anatomicamente em duas caracterizam-se por apresentarem uma faixa de lignina e/
partes: a casca, que é mais desenvolvida e situada ou suberina chamada de estria de Caspary.
exteriormente, e o cilindro central, de menor
desenvolvimento e situado no interior, delimitado O caráter impermeabilizante desse revestimento da
por uma camada uniestratificada, chamada de endoderme parece ter a função de impedir o refluxo da
periciclo. seiva no cilindro central, o qual seleciona o que passar
e em que quantidade.
A casca é formada por várias camadas, a mais
externa é a epiderme, depois segue com a O cilindro central é a parte central da raiz e é composto
parênquima, chegando até a endoderme, que é o principalmente por elementos condutores, fibras e
limite do cilindro central. parênquimas. O cilindro central da raíz primária é limitado
na periferia por um periciclo, com células de paredes
A endoderme diferencia-se das outras por delgadas e parenquimatosas, unisseriadas.
apresentar reforços de lignina e/ou suberina nas
paredes internas, dificultando as trocas metabólicas O xilema e o floema estão inteiramente contidos no
entre a casca e o cilindro central, assim, de espaços cilindro central. Alternando-se a posição, permanecem
em espaços, surgem células sem reforço, chamadas lado a lado como os raios de uma roda.
células de passagem, por onde passam as
substâncias nutritivas. Este tipo é muito comum em De acordo com o número de feixes lenhosos presentes,
monocotiledôneas, que, geralmente, não apresen- podemos classificar as raízes em monarcas (com um feixe
tam crescimento secundário. lenhoso), diarca (com dois feixes), triarca (com três
feixes), tetrarca (com quatro feixes), todas caracterizam
Já os vegetais que apresentam crescimento as dicotiledôneas e poliarca (com mais de quatro feixes
secundário não têm esse reforço na endoderme, mas lenhosos) que caracterizam as monocotiledôneas.
35
A estrutura secundária da raiz ocorre tanto na casca Com o novo floema para fora, o já existente é
quanto no cilindro central. Substitui a estrutura empurrado para a periferia. E com a produção do novo
primária das raízes das gimnospermas e das xilema, o existente é empurrado para o centro. Com a
dicotiledôneas após o primeiro ou segundo ano de produção dos novos elementos, o câmbio toma a
vida. Com o aparecimento de meristemas secundários forma de um cilindro, onde dentro encontramos os
(câmbio e felogênio), tem início o crescimento em elementos xilemáticos e fora os floemáticos. E assim
espessura. cresce o cilindro central.
1.4 - Velame
Essa estrutura é uma epiderme multisseriada que a exoderme. Essas células tem numerosos poros, pelos
ocorre em raízes aéreas de Orquídeas e Aráceas. O quais passa água quando chove.
velame consiste em várias camadas de células mortas
com paredes espessadas e no seu limite encontramos
2 - Caule
O caule é geralmente a parte aérea do eixo da planta. morfológica interna chamada de estrutura primária. Nas
As pteridófitas e quase a totalidade das gimnospermas e dicotiledôneas, geralmente, essa
monocotiledôneas apresentam uma organização estrutura é substituída pela estrutura secundária.
2.1 - Estrutura Primária
37
Nas monocotiledôneas o corte transversal do caule Nas dicotiledôneas e nas gimnopermas encontramos
mostra os feixes libero-lenhosos (floema e xilema) um cilindro central nitidamente diferenciado, no qual
dispersos pelo parênquima, recebendo o nome de ocorre um só ciclo de feixes libero-lenhosos, ficando
atactostele. O floema está sempre voltado para fora e o floema para fora e o xilema para o interior do caule.
o xilema para o interior. Os feixes mais desenvolvidos Entre eles existem arcos de meristema primário
ficam mais no centro. Se observarmos apenas um chamados de câmbios fasciculares.
feixe do caule de uma monocotiledônea, veremos que
ele apresenta xilema com elementos de calibre variável Pode-se diferenciar caule de raiz em crescimento
e freqüentemente ocorre uma lacuna com anéis soltos, primário, principalmente pelo xilema e floema, que na
o protoxilema, enquanto que no floema apresentam- raiz se alternam, e no caule formam feixes com floema
se tubos crivados e células companheiras. Na maioria para fora e xilema para dentro.
das vezes o feixe é circundado por uma bainha de
esclerênquima. Pode-se diferenciar o caule das dicotiledôneas do
caule das monocotiledôneas, principalmente por
Nesses não há meristema, pois não ocorre o apresentar câmbio fascicular e um só ciclo de feixes,
crescimento em espessura e não há surgimento de enquanto que nas monocotiledôneas os feixes estão
novos tecidos. espalhados pelo parênquima.
Com a formação de novos tecidos, ocorre então o Estes, câmbio fascicular e interfascicular, unem-se
crescimento secundário do caule, tanto na casca formando um anel meristemático que se divide,
quanto no cilindro central. originando para o interior xilema secundário e para
fora, floema secundário. Assim se dá o crescimento do
Surge na casca o felogênio, que produz, para periferia, ciclindro central.
súber e para o interior, feloderme (parênquima).
Lembrando que os mais novos estão próximos ao
Enquanto isso no cilindro central, entre os câmbios câmbio e os mais velhos (primeiros a serem formados)
fasciculares, surge o câmbio interfascicular por são chamados de primários.
desdiferenciação das células situadas entre os feixes.
38
Legenda: cv- câmbio vascular; cvi-f – Câmbio fascicular; cv-if - câmbio inter-fascicular; lbr- líber; ctx- zona cortical.
3 - Folha
Introdução
A folha é um órgão lateral nascido sobre o caule. Ela apresenta funções importantes para o organismo vegetal.
3.1 - Limbo
A parte principal da folha a ser estudada epiderme, a camada mais externa apresenta
anatomicamente é a sua lâmina, chamada de limbo, cloroplastos, já que tem a água para protegê-la dos
que fica sobre um eixo chamado pecíolo, que prende a raios do sol e lacunas para reserva de gases, além de
folha ao caule diretamente ou por meio de uma bainha. poucos tecidos para sustentação, já que não é
interessante para o vegetal aquático resistir à força da
A epiderme superior é conhecida como adaxial e a água, assim ele acompanha o movimento da água.
inferior como abaxial. Entre essas epidermes ficam os
parênquimas e os tecidos condutores. Em ambientes xéricos (secos), as folhas apresentam
sua epiderme multisseriada, estômatos em depressões
Os parênquimas apresentam plastos com clorofila, ou covas, pêlos abundantes, além da escleromorfia
(ou clorênquima) responsáveis pela fotossíntese. Eles (folhas duras), tudo isso para evitar a perda de água.
podem ser do tipo paliçádico em ambas as faces ou
lacunoso em ambas, ou paliçádico na adaxial e As folhas aéreas apresentam geralmente estômatos
lacunoso na abaxial, este último conhecido como na epiderme abaxial, sendo conhecidas como
padrão dorsiventral. hipostomáticas, outras têm seus estômatos em ambas
as faces, são as anfistomáticas. Em folhas de plantas
O tecido condutor imerso no parênquima é composto flutuantes, por exemplo, os estômatos podem estar
pelo xilema, voltado para a face adaxial e floema, para presentes na face adaxial, já que a outra face está
abaxial. Eles podem estar acompanhados de fibras ou obstruída pela água, sem possibilidade de haver troca
bainha esclerenquimática. gasosa, estas são conhecidas por epistomáticas, mas
são as menos freqüentes.
O ambiente influencia a estrutura das plantas. As
folhas submersas são delicadas, destituídas de
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Legenda: epd-pi- epiderme página interna; epd-pe- epiderme página externa; mes- mesófilo; fxv-df- feixes duplos fechados;
p-pal- parênquima paliçádico; p-lac- parênquima lacunoso; col- colênquima; epd-sup- epiderme superior; epd-inf- epiderme
inferior.
3.2 - Pecíolo
O pecíolo, em corte transversal, tem a forma côncava face abaxial e xilema para a adaxial. Possui uma medula
ou plana na face adaxial e convexa, abaxialmente. Os no interior formada de parênquimas ou oca.
feixes estão formam um semicírculo, com floema para
Anatomicamente, a flor apresenta sua natureza foliar, camada mecânica responsável pela abertura da antera.
com epiderme, alguns estômatos, parênquima e feixes Os grãos de pólen, em corte, mostram externamente a
libero-lenhosos. As anteras dos estames (aparelho exina, depois a intina e, internamente, dois núcleos,
masculino) apresentam externamente uma epiderme, um vegetativo que originará o tubo polínico, e outro
células-mãe que originarão os grãos de pólen, uma reprodutivo.
camada de tecido nutritivo chamado tapete e uma
O fruto também tem origem foliar, mas à medida que epiderme interna originará o endocarpo, e o que está
amadurece, fica mais difícil reconhecer essa natureza. entre as duas será o mesocarpo, o seu conjunto é
A epiderme externa se transforma no epicarpo, a chamado de pericarpo (ou fruto).
Os óvulos fecundados originam as sementes e no pelas primeiras folhas). A esse conjunto chamamos de
seu interior observam-se cotiledones (um no caso da embrião.
monocotiledôneas ou dois nas dicotiledôneas - daí o
seu nome), radícula (originará a raiz), caulículo (que Além do embrião, também podemos encontrar
formará o caule) e gêmula ou plúmula, (reponsável substâncias nutritivas.
SÍNTESE - O floema é voltado para fora e o xilema, para dentro;
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- O feixe do caule de uma monocotiledônea apresenta
1- Raiz xilema com protoxilema, e no floema tubos crivados e
células companheiras;
- A raiz pode ser dividida anatomicamente em: casca
e o cilindro central delimitado pelo periciclo; - O feixe é circundado por uma bainha de
esclerênquima;
- A casca é formada por epiderme, parênquima e
endoderme, que é limite do cilindro central; - Nas dicotiledôneas e nas gimnopermas ocorre um só
ciclo de feixes libero-lenhosos e entre eles existe um
- A endoderme se diferencia das outras por câmbio fascicular;
apresentar reforços de lignina e/ou suberina. De
espaços em espaços surgem células de passagem, - Pode-se diferenciar caule de raiz em crescimento
comum em monocotiledôneas. Já as dicotiledôneas primário pois, na raiz, xilema e floema se alternam, e no
apresentam estria de Caspary; caule formam feixes;
- O cilindro central é composto por elementos - O caule das dicotiledôneas apresentam câmbio
condutores, fibras e parênquimas. O cilindro central fascicular e um só ciclo de feixes, enquanto que nas
da raíz primária é limitado por um periciclo; monocotiledôneas os feixes estão espalhados pelo
parênquima;
- O xilema e o floema estão no cilindro central, e
permanecem lado a lado; - No crescimento secundário do caule surge o felogênio
na casca e produz, para periferia, súber e para o interior,
- De acordo com o número de feixes lenhosos feloderme (parênquima). E no cilindro central surge o
podemos classificar as raízes em monarcas, diarcas, câmbio interfascicular, originando xilema e floema
triarcas, tetrarcas (em dicotiledôneas) e poliarcas secundários.
(nas monocotiledôneas);
3- Folha
- A estrutura secundária da raiz ocorre tanto na
casca quanto no cilindro central, e se inicia com o
- A folha apresenta limbo e pecíolo, e uma bainha;
aparecimento do câmbio e felogênio;
- A epiderme superior é conhecida como adaxial e a
- A epiderme é substituida pelo súber, felogênio e
inferior como abaxial. Entre essas epidermes ficam os
feloderma;
parênquimas e os tecidos condutores;
- O crescimento do cilindro central se faz pelo
- Os parênquimas apresentam clorofila;
câmbio;
- Eles podem ser do tipo paliçádico em ambas as faces
- As células do câmbio se dividem e formam para
ou lacunoso em ambas, ou paliçádico na adaxial e
fora o floema secundário, o existente anteriormente,
lacunoso na abaxial, este último conhecido como padrão
passa a se chamar floema primário, e formam para
dorsiventral;
dentro xilema secundário e, igualmente, o anterior
passa a ser chamado de xilema primário;
- O xilema está voltado para a face adaxial e floema
para abaxial. Eles podem estar acompanhados de fibras
- As raízes laterais são formadas no periciclo da
ou bainha esclerenquimática;
raiz;
- As folhas submersas são delicadas, destituídas de
- O velame é uma epiderme multisseriada ocorrendo
epiderme, a camada mais externa apresenta cloroplastos
em raízes aéreas.
e poucos tecidos para sustentação;
Exercícios de Auto-Avaliação
Atividades Complementares
1- É importantíssimo para a compreensão desta unidade que se acompanhe atentamente o texto e as figuras,
analisando cada item.
2- Faça uma caminhada e observe as diferenças entre os caules de monocotiledôneas e dicotiledôneas
(especialmente as árvores), e você poderá perceber que as diferenças anatômicas se refletem na aparência
externa do vegetal. O crescimento secundário traz um porte maior e mais forte ao vegetal. Observe.
3- Observe as diferenças das folhas das plantas de ambientes secos (como os cactos) e aquáticas (como as de
um aquário), você irá perceber, a olhos vistos, que as diferenças anatômicas se refletem na estrutura externa.
4- Antes de comer um fruto, observe e tente encontrar o pericarpo, diferenciando o epicarpo, mesocarpo e o
endocarpo. Vai ser muito instrutivo.
Quando for responder às questões, é importante que você só olhe as respostas do gabarito depois de
terminá-las, pois só então você realmente irá aprender. Por isso, o gabarito está no final do instrucional.
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Se você:
1) concluiu o estudo deste guia;
2) participou dos encontros;
3) fez contato com seu tutor;
4) realizou as atividades previstas;
Então, você está preparado para as
avaliações.
Parabéns!
Glossário
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AMIDO - carboidrato insolúvel
ANATOMIA- área da morfologia que estuda a estrutura interna dos organismos
ATACTOSTELO- estelo no qual os feixes estão espalhados no tecido fundamental
CÂMBIO- meristema secundário
CISTÓLITO- concreção de carbonato de cálcio
CORTIÇA - o mesmo que felema
CUTINA - substância graxa complexa, semelhante a cera
DESDIFERENCIAÇÃO- o inverso de diferenciação
DICOTILEDÔNEA - vegetal superior (angiosperma) com dois cotilédones na semente
DIFERENCIAÇÃO- alterações fisiológicas e morfológicas que ocorre quando uma célula ou tecido se torna
adulto
ESCUTELO- cotilédone das gramíneas
EUSTELO - estelo típico das dicotiledôneas e gimnospermas, caracterizado porapresentar um sistema
vascular cilíndrico
FELEMA- tecido protetor formados por células não vivas, de paredes suberizadas
FLOEMA- tecido condutor de alimentos das plantas vasculares
GOMA- resultado da desintegração de células vegetais
ISODIAMÉTRICO- formato regular, diâmetros de igual comprimento
LACUNA- espaço, geralmente contendo ar
MEDULA- tecido fundamental localizado no centro do caule ou raiz
MONOCOTILEDÔNEA - vegetal superior (angiosperma) com um cotilédone na semente
MUCILAGEM- inclusão viscosa, geralmente composta por proteína
NÓ- parte do caule onde se inserem as folhas
PAPILA- tipo de tricoma
PROTOFLOEMA- os primeiros floemas a serem formados
TANINO- grupo heterogêneo de derivados fenólicos. Substância amorfa adstringente
TRICOMA- protuberância da epiderme, incluindo pêlos e escamas
XILEMA- principal condutor de água do organismo vegetal
Se você não encontrou a resposta para sua dúvida neste glossário, então procure nos livros indicados nas
referências bibliográficas.
Gabarito dos Exercícios de Auto-Avaliação
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ATENÇÃO !
UNIDADE I - CITOLOGIA
1. Tecido vegetal é o conjunto de células com a mesma organização e origem, com funções em comum.
2. As principais características do meristema são: apresentar células pequenas, isodiamétricas, com paredes
delgadas, sem espaço intercelular, sem vacúolos e sem plastídios; são formados por núcleos grandes; e estão
sempre em divisão.
3. É quando as células meristemáticas se transformam em células adultas, de outro tecido.
4. Os tecidos permanentes são: tegumentário, fundamental, de sustentação, condutor, secretor.
5. O parênquima paliçadico tem células longas e organizadas lado a lado e as células do lacunoso são
irregulares, com espaços entre elas.
6. O colênquima é um tecido vivo que ocorre em áreas de crescimento e o esclerênquima é formado por
células mortas e ocorre em tecidos adultos.
UNIDADE III – ÓRGÃOS VEGETAIS
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1. Anatomicamente a raiz está dividida em casca e ciclindro central.
2. A raiz em crescimento secundário se diferencia da raiz em crescimento primário pois surge o felogênio na
casca e produz, para periferia, súber e para o interior, feloderme (parênquima). E no cilindro central surge o
câmbio, originando xilema e floema secundários.
3. Monocotiledônea tem um número superior a 4 feixes xilemáticos, é poliarca, e em dicotiledônea encontramos
diarca, triarca até tetrarca.
4. Velame é uma epiderme multisseriada que ocorre em raízes aéreas de orquídeas e aráceas.
5. O caule das monocotiledôneas mostra floema e xilema dispersos pelo parênquima, recebendo o nome de
atactostele e nas dicotiledôneas ocorre um só ciclo de feixes libero-lenhosos e entre eles existe um câmbio
fascicular.
6. No crescimento secundário do caule surge o felogênio na casca, o qual produz, para periferia súber e, para
o interior, feloderme (parênquima). E no cilindro central surge o câmbio interfascicular, originando xilema e
floema secundário.
7. Floema e xilema dispersos pelo parênquima.
8. A folha apresenta limbo, pecíolo, bainha, ou pode faltar qualquer um destes. A epiderme superior da lâmina
foliar é conhecida como adaxial e a inferior, como abaxial, e entre elas ficam os parênquimas e os tecidos
condutores.
9. As folhas submersas são delicadas, destituídas de epiderme, a camada mais externa apresenta cloroplastos
e poucos tecidos para sustentação.
10. Padrão dorsiventral.
11 Para evitar a perda de água.
12. As folhas epistomáticas ocorrem geralmente em plantas flutuantes, seus estômatos estão presentes na
face adaxial, o que é importantíssimo para o vegetal, já que a outra face está obstruída pela água, sem
possibilidade de haver troca gasosa.
13. Fruto é o ovário desenvolvido após a fecundação.
14. Semente é o óvulo fecundado.
Referências Bibliográficas
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CUTTER, E. G. Anatomia Vegetal: Parte I - células e tecidos. 2 ed. São Paulo: Roca, 1986.
ESAU, K. Anatomia das plantas com sementes. 4 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1983.
FERRI, M. G. Botânica: Morfologia interna das plantas (Anatomia). 9ed. São Paulo: Nobel, 1988.
___. Glossário de termos Botânicos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Depto de Botânica,
1969.
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