Aula 11 Grupos No Sistema Único de Saúde

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

GRUPOS NO SISTEMA

ÚNICO DE SAÚDE
POR QUE FORMAR GRUPOS NO SUS?
▪ Conceito de coletivo e as políticas públicas de saúde

▪ Possibilidades de fazer escolha saudáveis.

▪ “Mas nem tudo saiu conforme o planejado. Criamos o ESF, mas não mudamos o jeito
de trabalhar. Ainda esperamos os pacientes procurarem a unidade de saúde com um
problema em busca de uma consulta médica. Não temos o “costume” de avaliar a
situação de saúde da nossa comunidade, e sem isso, não existe planejamento de
qualquer tipo de ação que não seja as que tradicionalmente oferecemos nas
unidades, como a já mencionada consulta médica e outras atividades que
historicamente foram sendo “colocadas” de forma mecânica (sem reflexão) como
função da equipe. “ (p.13)
Níveis
de Primária
atenção
à saúde
Secundária
Terciária
▪ Os grupos na Atenção Básica têm o objetivo de atingir a parcela populacional que
necessita de intervenções que contemplem ações educativas, de aprendizagem de
como conviver com a doença ou situação atual e mudanças de hábitos.

▪ Eles possuem uma característica muito importante de troca de experiências, tornando-se


um espaço onde as pessoas possam falar sobre a vivência do adoecimento ou condição
de vida e das maneiras que encontraram de agir no cotidiano, criando novas formas de
superação dos seus problemas

O trabalho em grupo pode ser importante


instrumento para auxiliar na abordagem
integral do processo saúde-doença. O grupo
favorece uma escuta ampliada dos
problemas de saúde, o que nem sempre
ocorre no atendimento individual.
IDENTIFICANDO NECESSIDADES E
DEMANDAS NO TERRITÓRIO PARA A
FORMAÇÃO DE GRUPOS
▪ É preciso realizar um diagnóstico da comunidade para identificarmos quais são as
necessidades.

“Não basta realizar um grupo. É preciso


mais do que isso. É necessário pensar o
que queremos com a formação de
determinado grupo, e a partir disso
planejarmos o seu funcionamento. “
▪ A formação de grupos na comunidade com participação da equipe de saúde, propicia um maior
vínculo com a população. O vínculo, mais que um estreitamento de relações, favorece a adesão da
população tanto no âmbito individual quanto coletivo das ações e planos terapêuticos propostos
pela equipe.

▪ O grupo favorece ainda uma escuta mais qualificada dos problemas de saúde, o que nem sempre
ocorre no atendimento individual.

▪ No grupo, as pessoas apresentam uma identificação entre si, pois estão com seus pares, o que
favorece a participação mais efetiva.

▪ Estes espaços ainda permitem a troca de experiências e a construção de saberes a partir da


visão das próprias pessoas da comunidade, com formas de enfrentamento dos problemas que a
equipe muitas vezes desconhece.

▪ Outro ponto bastante importante para a equipe, é que a formação de grupos tem o potencial de
diminuir a procura pela demanda espontânea na unidade de saúde, uma vez que, se efetivos, os
grupos podem melhorar o acompanhamento das pessoas com problemas crônicos, podem
prevenir doenças e ainda fortalecer a comunidade para o enfrentamento dos problemas (Soares e
Ferraz, 2007).
▪ O horário de funcionamento dos grupos pode interferir na não adesão, pois pode
não ser o horário mais adequado para a participação das pessoas, e ainda, a
própria forma de condução e o que é abordado pode não ser o interesse da
comunidade.

▪ Compreensão da demanda

▪ Formato do grupo
QUAIS TIPOS DE GRUPOS PODEMOS
FORMAR NA ATENÇÃO BÁSICA?
▪ Grupos de Prevenção de Doenças e de Promoção da Saúde
O importante na formação
destes grupos é que a prática Esta escuta deve ser
seja dialógica, fugindo das os grupos devem ser qualificada, o que significa
práticas prescritivas do tipo concebidos como valorizar as opiniões da
palestras. Ainda que o objetivo instrumentos a serviço da comunidade. É muito comum
seja a prevenção de problemas autonomia e do que profissionais de saúde
ou mesmo decontrole da desenvolvimento contínuo do tentem fazer prevalecer seu
doença, as atividades devem nível de saúde e condições de ponto de vista, a partir do
buscar a autonomia dos sujeitos, vida da população. E isso só conhecimento técnico, pois
logo, o mais importante depois pode acontecer se forem significa estar na sua zona de
de se saber o que se deseja (o criados junto com a população, conforto, mas que não
que fazer e por que fazer), é e não apesar dela. necessariamente atendem as
discutir formas de como realizar necessidades da população.
o cuidado (como fazer).
ASPECTOS DA DEFINIÇÃO,
PLANEJAMENTO E FUNCIONAMENTO
DE UM GRUPO NA ATENÇÃO BÁSICA
1. Definindo qual é o problema principal e o objetivo sanitário

2. Analisando os fatos preliminares

▪ A história do problema,
▪ Os fatos que determinam o problema e, destes, quais são os mais importantes e que tem
relação mais direta com o problema, e
▪ Quais são as condições envolvidas e como isso afeta a vida das pessoas.

3. Traçando objetivos intermediários

4. Identificando possíveis soluções e criando um grupo


1. Definindo as atividades com o grupo
▪ O que fazer?
Discutir com os participantes o que se pretende com a formação do grupo e discutir quais
atividades e ações podem ser realizadas para atingir os objetivos e que sejam de interesse
de todos.

▪ O que é preciso para fazer?


Uma vez definidas as atividades pelo grupo, devemos pensar nos recursos necessários
para a realização destas atividades. Os recursos incluem tanto os humanos quanto os
materiais

Lembre-se que devemos preservar a autonomia do grupo.


A intenção é que os participantes possam compartilhar
conhecimentos e técnicas, a fim de gerar um
empoderamento dos mesmos. (CORREIA, 2009)
▪ Quando fazer?
Logo no início é importante estabelecer um cronograma (calendário) das atividades. O horário
de funcionamento do grupo que deve ser pré-estabelecido (início, término, periodicidade e
frequência). Essa definição deve considerar os objetivos que queremos atingir e a
disponibilidade das pessoas.

▪ Quantas pessoas devem participar?


O tamanho do grupo também deve ser decidido conforme os recursos disponíveis e o objetivo
do grupo.

▪ Utilizando Dinâmicas de grupo


▪ A atividade que eu escolhi tem relação com o conteúdo que quero trabalhar?
• O tempo que tenho vai dar para aplicar todas as etapas do desenvolvimento dessa atividade?
• A atividade não explorará as pessoas sem a autorização delas?
• A atividade que eu escolhi facilitará o processo de aprendizagem do grupo?
• Com essa atividade chegarei no objetivo que quero?
• Consigo dimensionar algumas reações que podem aparecer e o que vou fazer com elas?
• Estou preparado ou tenho a quem pedir ajuda se necessitar de apoio emocional no grupo?
• Essas e outras perguntas podem servir para preparar o mediador/facilitador.

▪ Avaliação do grupo

Você também pode gostar