Revisao Over
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Motivados por uma série de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais, alguns
artistas brasileiros se reuniram para repensar a função da arte e de sua possibilidade de
provocação, de criação de sentidos. É nesse contexto que nasce a Semana de Arte Moderna
de 1922 que envolveu, direta e/ou indiretamente, artistas e intelectuais. Embora, à época, não
tenha tido recepção positiva pelos intelectuais conservadores de São Paulo, a Semana de 22
deu origem a um novo marco artístico-literário nacional.
Um dos meus passos e avanços mais substanciais parece-me ser este: aprendi a diferenciar a
causa do agir da causa do agir de tal e tal modo, do agir numa particular direção, com um
objetivo particular. A primeira espécie de causa é uma quantidade de energia represada,
esperando ser utilizada de alguma forma, com algum fim; já a segunda espécie é algo
insignificante comparado com essa energia, geralmente um simples acaso, segundo o qual
aquela quantidade se “desencadeia” de uma maneira ou de outra: o fósforo em relação ao
barril de pólvora. Entre esses pequenos acasos e fósforos, incluo todos os pretensos “fins” e
também as ainda mais pretensas “vocações”: são relativamente fortuitos, arbitrários, quase
indiferentes, em relação à enorme quantidade de energia que urge, como disse, para ser de
alguma forma consumida.
(NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A gaia ciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p.
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passado.
IV. O processo que emerge na ação pode se desenvolver sem que haja a atuação da
consciência.
3. (Ufu 2023) A genealogia da moral de Friedrich Nietzsche faz uma análise filológica de
termos e conceitos intrinsecamente relacionados ao contexto e ao conteúdo moral em que se
teriam constituído historicamente. O filósofo distingue uma moral nobre, que recusa ideais
ascéticos, contraposta a uma outra, ressentida, que seria “de escravos”.
Sobre essa distinção, assinale a alternativa correta.
a) O ressentimento está relacionado a um movimento de dirigir-se para fora; nomeia “mau” o
outro, em um sentido reativo e vingativo; já a moral nobre é fruto de autoafirmação.
b) O juízo “bom” tem sua origem, para Nietzsche, nas ações consideradas pelos homens como
não egoístas e tornadas boas pelo reconhecimento e pelo costume.
c) A oposição entre nobres e escravos assemelha-se à relação entre aves de rapina e ovelhas
que, ameaçadas por aquelas, agem de maneira nobre, expressando fraqueza como força.
d) O modo de valoração nobre considera negativo o que intensifica a vida, pois ameaça o
modo de existência aristocrático, movido pelo ressentimento e pela compaixão.
Cada vez mais quer me parecer que o filósofo, sendo por necessidade um homem do amanhã
e do depois de amanhã, sempre se achou e teve de se achar em contradição com o seu hoje:
seu inimigo sempre foi o ideal de hoje. Até agora todos esses extraordinários promovedores do
homem, a que se denominam filósofos, e que raramente viram a si mesmos como amigos da
sabedoria, antes como desagradáveis tolos e perigosos pontos de interrogação – encontraram
sua tarefa, sua dura, indesejada, inescapável tarefa, mas afinal também a grandeza de sua
tarefa, em ser a má consciência do seu tempo. Colocando a faca no peito das virtudes do
tempo, para vivisseccioná-lo, delataram o seu próprio segredo: saber de uma nova grandeza
do homem, de um caminho não trilhado para seu engrandecimento.
(NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 106.)
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VIEIRA, Louise Cristina. Para onde conduz o Martelo de Nietzsche?. Revista do NESEF/UFPR,
v. 3, n. 3, 2013. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/nesef/article/view/54669. Acesso em: 8
set. 2022.
MÜLLER, Marcos Lutz. A dialética como método de exposição em O capital. Belo Horizonte:
Boletim da SEAF, 1982 (mimeo). (Texto adaptado).
A partir da citação anterior, é correto concluir que, para a dialética, o esforço do pensamento
conceitual em acessar e conhecer a realidade, deve resultar em um
a) conhecimento parcial dessa mesma realidade.
b) saber intuitivo e imediato da unidade do real.
c) conhecimento em totalidade dessa realidade.
d) fracasso, pois o real se move progressivamente.
“O homem é um animal, mas não é um animal como os outros porque, além das necessidades,
ele tem desejos, isto é, necessidades que ele mesmo formou e que não lhe foram dadas pela
natureza. É essa negatividade que impulsiona o agir humano para satisfazer não só as
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necessidades, mas também os desejos. Dito de outro modo, o ser humano age porque é
insatisfeito, porque, mesmo quando não sabe o que quer, sabe muito bem o que não quer.”
PERINE, M. Violência e niilismo: o segredo e a tarefa da filosofia. Kriterion, 43 (106). Dez 2002.
<Acessado em 07/04/2023>.
10. (Ufgd 2022) No curta-metragem Meu Amigo Nietzsche, dirigido por Fáuston da Silva, o
estudante Lucas, personagem principal da trama, experimenta o dilema de não ter um bom
desempenho em leitura. De acordo com sua professora, caso não se esforce o suficiente,
poderá “repetir o ano”. Sua trajetória de “fracasso” é interrompida após encontrar por acaso em
um lixão um dos livros do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche, Assim falou Zaratustra
(1883). Do mesmo modo que o personagem central da obra nietzscheana, Lucas vive a
desconfiança daqueles que estão em seu entorno. Levando em consideração o curta, bem
como os pressupostos da filosofia de Nietzsche e o título do livro, assinale a alternativa que
expressa o sentido da principal descoberta de Lucas.
a) O reconhecimento do valor da leitura.
b) O questionamento dos valores socialmente instituídos.
c) A escola e os problemas de ensino-aprendizagem.
d) A importância dos valores familiares.
e) A relevância de ser reconhecido por seus professores e colegas de escola.
Teremos ganho muito a favor da ciência estética se chegarmos não apenas à intelecção lógica
mas à certeza imediata da introvisão [Anschauung] de que o contínuo desenvolvimento da arte
está ligado à duplicidade do apolíneo e do dionisíaco, da mesma maneira como a procriação
depende da dualidade dos sexos, em que a luta é incessante e onde intervêm periódicas
reconciliações.
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12. (Uece 2022) Nietzsche diz que “o mundo só se justifica como fenômeno estético”, sensível, e
apresenta isso em uma teoria da tragédia (particularmente, a grega) como encontro e
rivalidade entre duas potências sensíveis da natureza, os impulsos dionisíaco e apolíneo.
Então, é correto dizer que, para Nietzsche,
a) o mundo é sensível, fenomênico, e a arte é uma aparências sensível que confirma uma
realidade igualmente sensível, fenomênica.
b) os impulsos dionisíaco e apolíneo são forças espirituais que se manifestam na arte, que é a
aparência sensível do suprassensível.
c) a tragédia, a arte, é a percepção sensível dos corpos animados e inanimados, como se
encontram, nas ciências, a biologia e a física.
d) ao mostrar o destino dos heróis, a tragédia mostra que eles, ao se submeterem às forças da
natureza, pecam, têm culpa e pagam por ela.
13. (Uece 2022) “A tarefa da bela aparência artística, segundo Hegel, é libertar-nos da
aparência sensorial impura e grosseira. No quadro de um mestre holandês, não é a exata
reprodução dos objetos que nos agrada: é que a ‘magia da cor e da iluminação’ transfigura as
pobres coisas naturais que são representadas; é que as cenas prosaicas de quermesses e
bebedeiras são metamorfoseadas num ‘domingo da vida’; é que a ‘bela aparência’ torna
fascinante o que, na vida, nos deixava indiferentes. Assim, a representação artística é uma
negação sorrateira do sensível: ante os nossos olhos, o sensível se torna o que ele não é. Mas,
é claro, é sempre ante nossos olhos que se efetua essa transmutação; é sempre no sensível
que a arte critica o sensível. E porque a obra de arte se apresenta necessariamente numa
matéria sensível, ela não pode ser ‘o modo de expressão mais elevado da verdade’. O fato de
a obra de arte se dirigir à aísthesis (sensibilidade) constitui, para Hegel, tanto a sua essência
como a sua limitação.”
LEBRUN, G. A mutação da obra de arte. In: A filosofia e sua história. São Paulo: Cosac Naify,
2006, p. 332-333 – Adaptado.
Conforme o texto acima, é correto afirmar que, para Hegel, a arte não pode ser o modo de
expressão mais elevado da verdade, porque
a) ultrapassa o sensível, tornando-se conceitual.
b) não abrange toda a realidade por ser sensível.
c) se limita à pura e grosseira realidade sensível.
d) modifica o sensível, produzindo uma ilusão.
14. (Uece 2022) “Para Hegel, a arte apresenta a realidade e a liberdade do espírito na forma
sensível. Ela apresenta imediatamente, na forma sensível, toda a gama de relações humanas,
com seus sentimentos, ações, paixões, conflitos, estados etc. Diferentemente, a filosofia
apreende toda essa mesma realidade e liberdade das relações humanas no pensamento, a
partir do pensamento, no conceito.”
SILVA FILHO, A. V. Poesia e prosa: Arte e filosofia na Estética de Hegel. Campinas, SP:
Pontes, 2008. - Adaptado.
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16. (Uece 2021) “A seus dois deuses da arte, Apolo e Dioniso, vincula-se a nossa cognição de
que no mundo helênico existe uma enorme contraposição, quanto a origens e objetivos, entre a
arte do figurador plástico, a apolínea, e a arte não-figurada da música, a de Dioniso: ambos os
impulsos caminham lado a lado (...) incitando-se mutuamente a produções sempre novas, para
perpetuar nelas a luta daquela contraposição sobre a qual a palavra comum ‘arte’ lançava
apenas a ponta; até que, por fim, através de um miraculoso ato metafísico da ‘vontade’
helênica, apareceram emparelhados um com o outro, e nesse emparelhamento tanto a obra de
arte dionisíaca quanto a apolínea geraram a arte trágica.”
A citação acima se refere à tese nietzscheana sobre a origem da arte trágica. Considerando
essa citação, e o que se conhece a respeito do tema, assinale a afirmação FALSA.
a) Há uma correlação entre arte e pessimismo que explica a força e a capacidade de
superação dos gregos.
b) Da medida apolínea e da desmedida dionisíaca revela-se a conversão, na cultura grega, do
sofrimento em arte.
c) O otimismo teórico de base racional está na base do fortalecimento e do desenvolvimento da
arte trágica.
d) Para Nietzsche, a vontade helênica é a capacidade dos gregos de fundir o apolíneo e o
dionisíaco na arte trágica.
17. (Uece 2021) Em maio de 2021, o Brasil perdeu um de seus principais filósofos
contemporâneos, o Professor Roberto Machado (UFRJ). Além de um dos mais importantes
intérpretes do pensamento de Friedrich Nietzsche, também foi tradutor e responsável pela
introdução, no Brasil, das filosofias de Michel Foucault e Gilles Deleuze.
Considerando os filósofos por ele estudados, assinale com V ou F, conforme seja verdadeiro
ou falso, o que se afirma a seguir:
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18. (Enem 2021) Minha fórmula para o que há de grande no indivíduo é amor fati: nada
desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos.
Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimulá-lo, mas amá-lo.
NIETZSCHE apud FERRY L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio da Janeiro:
Objetiva, 2010 (adaptado).
Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma crítica à tradição cristã que
a) combate as práticas sociais de cunho afetivo.
b) impede o avanço científico no contexto moderno.
c) associa os cultos pagãos à sacralização da natureza.
d) condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica.
e) consagra a realização humana ao campo transcendental.
19. (Unesp 2021) Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro filósofo, seja preciso
que ele percorra todas as gradações nas quais os “trabalhadores da filosofia” estão instalados
e devem permanecer firmes: ele deve ter sido crítico, cético, dogmático e histórico e, ademais,
poeta, viajante, moralista e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer o círculo
dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e poder lançar um olhar de múltiplos olhos e
múltiplas consciências, da mais sublime altitude aos abismos, dos baixios para o alto. Mas tudo
isso é apenas uma condição preliminar da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a
criação de valores.
20. (Uea 2021) Na contemplação do belo o conhecer puro ganhou a preponderância sem luta:
a beleza do objeto facilita o conhecimento de sua Ideia. O sentimento do sublime nasce
exatamente do fato de um objeto que tem relações desfavoráveis, hostis, com a vontade
tornar-se objeto de contemplação.
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21. (Uece 2021) “Não existe, para Hegel, o momento em que a arte morre, ou deixa de ser
arte. O que ele concebe é apenas o movimento da perda de uma espécie de ‘tarefa’ originária
da intuição estética enquanto lugar de plenitude ou de satisfação plena do espírito.”
Gonçalves, Márcia C. F. A morte e a vida da arte. In: Kriterion, vol. 45, nº 109, Jan./Jun. 2004.
Segundo a interpretação acima apresentada, o tema da “morte da arte”, em Hegel, pode ser
corretamente entendido da seguinte forma:
a) A arte permanece empiricamente, realmente, mas deixa de dar a conhecer a realidade do
espírito.
b) Somente algumas obras de arte, que imitam as originárias, ainda permitem conhecer o
espírito.
c) A arte permanece como representação sensível do espírito, mas há formas mais elevadas
de conhecimento dele.
d) Face à complexidade da presente vida social, espiritual, esta não pode mais ser
representada artisticamente.
22. (Uece 2020) Leia com atenção a passagem a seguir que expõe parte da crítica feita por
Friedrich Nietzsche ao edifício moral construído no ocidente:
"Mas que quer ainda você com ideais mais nobres! Sujeitemo-nos aos fatos: o povo venceu –
ou 'os escravos', ou 'a plebe', ou 'o rebanho', ou como quiser chamá-lo se isto aconteceu
graças aos judeus, muito bem! Jamais um povo teve missão maior na história universal. 'Os
senhores' foram abolidos; a moral do homem comum venceu. A 'redenção' do gênero humano
(do jugo dos 'senhores') está bem encaminhada; tudo se judaíza, cristianiza, plebeíza
visivelmente (que importam as palavras!)”.
23. (Ufu 2020) Leia a descrição dos dois conjuntos de valores morais do filósofo Friedrich
Nietzsche (1844-1900).
Uma moral é caracterizada por valorizar a saúde, a vida e não acreditar em qualquer valoração
no além da vida ou ideal ascético. A outra moral tem como principal característica a valoração
da bondade e da virtude.
Assinale a alternativa que apresenta os conceitos que são definidos por esses dois conjuntos
de valores morais.
a) Moral dos padres e moral protestante.
b) Moral do senhor e moral dos nobres.
c) Moral dos escravos e moral religiosa.
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A refilmagem, deste ano, do clássico personagem “Coringa” provocou discussões sobre seus
significados no plano sociopolítico. Analisando as várias versões inspiradas no HQ da DC
Comics,
Fabrício Moraes descreve o Coringa como o id, o impulso destrutivo e caótico, mas também
criativo e artístico. Batman seria o superego, o juiz punitivo e ordenador da cidade, o arquétipo
do guardião que afronta e interpõe limites a um território. O Coringa seria a face da comédia,
Batman não se livra da face da tragédia. Neste sentido, o filme Coringa nos mostraria que o
aspecto lúdico só tem pleno sentido se coexiste com a vida da sobriedade. Coringa e Batman
são indissociáveis.
Ver: MORAES, Fabrício. ‘Coringa’: A raiva de Caliban por se ver no espelho. In Revista
Amálgama. Disponível em: https://www.revistaamalgama.com.br/10/2019/resenha-coringa/.
2019.
25. (Ueg 2020) Karl Marx é considerado um dos grandes filósofos da época moderna. Em sua
trajetória intelectual, ele teve grande influência de outro grande filósofo, Hegel. Existe uma
polêmica sobre a posição de Marx em relação a Hegel a partir do momento em que ele fundou
sua concepção materialista da história. A esse respeito, verifica-se que Marx:
a) abandonou toda discussão sobre Hegel e o hegelianismo, pois ao se tornar materialista não
realizou mais discussões filosóficas, mas apenas científicas.
b) retomou o pensamento de Hegel em sua totalidade e apenas acrescentou, a partir da
dialética hegeliana, uma análise do modo de produção capitalista.
c) aderiu ao neohegelianismo dos irmãos Bauer e Feuerbach, tornando-se um materialista
dualista, unindo ideia e matéria na análise da realidade.
d) rompeu totalmente com seu passado hegeliano e não só criticou os hegelianos como
afirmou que Hegel havia se tornado um “cachorro morto”.
e) resgatou elementos da dialética hegeliana, sendo que uma parte, o seu invólucro místico,
ele descartou, mas manteve seu “núcleo racional”.
26. (Pucgo 2020) O mundo contemporâneo continua tentando refletir a relação do homem com
o mundo. No entanto, há muito essa relação é objeto de reflexão. Prova disso é o mito de
Sísifo.
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[...] A mitologia grega conta que Sísifo, por amar a vida e menosprezar os deuses e a morte, foi
condenado a realizar um trabalho inútil e sem esperança por toda a eternidade. Devia
empurrar, sem descanso, enorme pedra na direção do alto de uma montanha, ciente de que
não alcançaria o objetivo. Ela rolaria abaixo novamente para que o absurdo herói mitológico
descesse, em seguida, até a planície e empurrasse mais uma vez a enorme pedra para o alto
e, assim, continuasse numa repetição monótona e interminável através dos tempos. O inferno
de Sísifo era a trágica condenação de estar realizando algo, sem esperança, e que a nada
levaria.
b) Para Hegel, o trabalho é positivo, pois, por meio dele, constitui-se a identidade do indivíduo.
Coisa que acontece com Sísifo.
c) Para Marx, o trabalho é negativo, pois, por meio dele, não se consegue realizar enquanto
indivíduo. Coisa que acontece com Sísifo.
d) Para Marx, o trabalho é positivo, pois, por meio dele, constitui-se a identidade do indivíduo.
Coisa que acontece com Sísifo.
“A consciência-de-si é em-si e para-si quando e porque é em si e para uma Outra, quer dizer,
só é como algo reconhecido. Inicialmente uma consciência visa submeter a outra, ao
apreendê-la como objeto. Porém precisa ser reconhecida pela outra como sujeito. Mas o outro
é também uma consciência-em-si. Um indivíduo se confronta com outro indivíduo. Uma, a
consciência independente, outra a consciência dependente. Uma é o senhor, outra é o
escravo”.
28. (Uece 2020) Relacione, corretamente, os pensadores com seus respectivos pensamentos
acerca da forma como o conhecimento da realidade se verifica, numerando os parênteses
abaixo, de acordo com a seguinte indicação:
1. Immanuel Kant
2. Karl Marx
3. Renè Descartes
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4. G.W.F Hegel
29. (Uece 2019) A dialética não é um mero método que organiza, mentalmente, na cabeça do
filósofo, a realidade que lhe é exterior. Ao contrário, a dialética é, para autores como Hegel e
Marx, a única forma de ler a realidade sem traí-la ou distorcê-la, pois é na própria realidade que
se situam as contradições dialéticas.
Ciente dessa compreensão, assinale a opção que exprime corretamente essa identificação da
contradição do real com a forma de pensar.
a) O filósofo, ao olhar para o real, identifica-o como um mundo ausente de negações, fixo e
imóvel, como o ser no poema de Parmênides.
b) Como pensou Platão, o devir dos entes finitos lhes permite participar de ideias
contraditórias, mas estas próprias ideias não devêm.
c) Como pensou Heráclito, a própria realidade é repleta de mudanças e conflitualidades, o que
faz com que o filósofo a pense mutável e contraditória.
d) A realidade, como pensou Demócrito, é um turbilhão de átomos agregando-se e
desagregando-se em uma queda perpétua no vazio.
30. (Uece 2019) “[N]ão existe contraposição maior à exegese e justificação puramente estética
do mundo [...] do que a doutrina cristã, a qual é e quer ser somente moral, e com seus padrões
absolutos, já com sua veracidade de Deus, por exemplo, desterra a arte, toda arte, ao reino da
mentira – isto é, nega-a, reprova-a, condena-a.”
31. (Uece 2019) A filósofa brasileira Rosa Dias diz o seguinte sobre a filosofia da arte de
Nietzsche:
“[O] ponto mais importante da estética nietzschiana do seu primeiro livro [O nascimento da
tragédia] é o desenvolvimento dos aspectos apolíneo e dionisíaco na arte grega, considerados
como impulsos antagônicos, como duas faculdades fundamentais do homem: a imaginação
figurativa, que produz as artes da imagem (a escultura, a pintura e parte da poesia), e a
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potência emocional, que encontra sua voz na linguagem musical. Cada um desses impulsos
manifesta-se na vida humana por meio de dois estados fisiológicos, o sonho e a embriaguez,
que se opõem como o apolíneo e o dionisíaco. O sonho e a embriaguez são condições
necessárias para que a arte se produza; por isso, o artista, sem entrar em um desses estados,
não pode criar”.
DIAS, Rosa Maria. Arte e vida no pensamento de Nietzsche. In: Cadernos Nietzsche, São
Paulo, v. 36 nº 1, p. 228, 2015.
32. (Enem PPL 2019) Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a ter de desejar
reviver – é o dever –, pois, em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes de tudo se
submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e
não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo!”.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2010 (adaptado).
O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta
critérios radicais de avaliação da
a) qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
b) conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.
c) legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.
d) veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
e) validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.
33. (Ufu 2019) [...] a palavra “bom”, de antemão, não se prende necessariamente a ações
“não-egoístas”; como é a superstição daqueles genealogistas da moral. Em vez disso, somente
com um declínio de juízos de valor aristocráticos acontece que essa oposição “egoísta” – “não-
egoísta” se imponha mais e mais à consciência humana – é, para me servir de minha
linguagem, o instinto de rebanho que, com ela, afinal, toma a palavra (e também as palavras).
De acordo com o conteúdo da citação, assinale a alternativa que nomeia um dos conceitos
mais importantes da filosofia nietzschiana.
a) Impulso apolíneo.
b) Impulso dionisíaco.
c) Vontade de potência.
d) Transvaloração dos valores.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
Resposta da questão 2:
[B]
A alternativa correta é a [B], pois, as afirmativas corretas são as [I] e [IV]. A afirmativa [I] está
correta, pois, no pensamento de Nietzsche, em relação às causas, há uma relação de forças
que faculta ao ser humano a ação. A afirmativa [IV], por sua vez, também está correta, pois, na
concepção de Nietzsche e de acordo com o texto de apoio, o processo que emerge na ação
pode se desenvolver sem que haja mediação da consciência, abrindo espaço para a
compreensão da existência de outros fatores em uma determinada ação. Desse modo, a
alternativa que responde corretamente o que é pedido no enunciado, é a alternativa [B].
Resposta da questão 3:
[A]
Resposta da questão 4:
[A]
A alternativa correta é a [A], pois, a concepção nietzscheana do papel do filósofo passa pela
ideia de que o filósofo é um visionário, uma má consciência do seu tempo, alguém em
desacordo com o ideal do hoje. Dessa forma, cabe ao pensador apresentar e anunciar sua
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concepção de mundo em seu próprio pensamento. A alternativa que aponta esse sentido no
texto, é a alternativa [A].
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6:
[B]
A alternativa correta é a [B], pois, em Nietzsche, existe uma crítica profundamente cáustica e
radical aos valores da cultura ocidental, que ele considera decadentes. Toda forma de vida que
se coloca contrária à vida humana e sua criatividade era criticada por Nietzsche. A filosofia de
Nietzsche, dessa forma, é pensada por ele como uma filosofia do martelo, que busca martelar
e destruir todos os ídolos que aprisionam e escravizam a vida. Dessa maneira, a alternativa
que aponta corretamente os sentidos da filosofia de Nietzsche, é a alternativa [B].
Resposta da questão 7:
[C]
Resposta da questão 8:
[B]
Resposta da questão 9:
[D]
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Gabarito Oficial:
[A] Incorreta. O dionisíaco, elogiado por Nietzsche, não é aquele caracterizado pela completa
dissolução do humano, chamado por ele dionisíaco bárbaro, e sim, o grego, já resultante da
incorporação aos elementos artísticos da cultura apolínea, cujo signo máximo é a tragédia
grega.
[B] Incorreta. O apolíneo se refere à dimensão fisiológica do sonho, ao mundo artístico das
imagens; já o dionisíaco, à dimensão fisiológica da embriaguez, ao mundo artístico do
informe.
[C] Incorreta. Nietzsche é enfático em atribuir ao otimismo socrático a causa da morte da
tragédia, justamente pela destruição da tensão inerente ao espetáculo trágico. Isso se dá
pelo total sacrifício do informe (natureza, sensível) à forma.
[D] Incorreta. “Moderna cultura da ópera” é a expressão cunhada por Nietzsche para nomear o
modo como na modernidade, justamente pela sobrevalorização do recitativo, do textual, da
palavra, sobre o musical, é destruído o elemento propriamente trágico da arte. Ou seja, a
ópera é não apenas uma forma de arte anti-trágica, mas também uma forma de arte que
expressa uma dinâmica social e cultural que destrói a tensão trágica.
[E] Correta. Apesar de algumas exceções notáveis, a história da filosofia é marcada por uma
atribuição pejorativa, negativa a tudo o que se vincula à sensibilidade, ao corpo, às pulsões,
à procriação. Apolíneo e dionisíaco são os termos por meio dos quais Nietzsche, em seu
primeiro livro, O nascimento da tragédia, vincula o problema da criação artística ao
problema da procriação, do corpo, das pulsões.
Gabarito SuperPro®:
A Alternativa correta é a [E]. Nietzsche vai inovar em seu estudo estético por sinalizar e
considerar a importância dos sentidos, do corpo, das pulsões e da procriação, afastando-se de
boa parte da tradição filosófica ocidental sobre a criação estética, que se pautava na negação
da importância desses elementos.
A alternativa correta é a [B], pois, em Hegel, a arte não abrange toda a realidade possível por
ser matéria sensível que se critica e questiona a partir do próprio sensível. Desse modo, para
Hegel, a arte não pode abranger toda a realidade possível, justamente por ser sensível. Ela é
uma espécie de negação sorrateira do sensível: o sensível que se torna o que ele não é. A
alternativa que responde corretamente essa proposição é a [B].
A alternativa correta é a [B], pois, Hegel ao afirmar a morte da arte, assim o faz por
compreender que, dado o imediatismo da arte, ao invés de apreender a verdade, ela acabava
sendo o véu que a encobria. Para o referido filósofo, a apresentação conceitual supera a
apresentação sensível, pelo fato de apreender a partir do conceito, do pensamento. Dessa
forma, a alternativa que associa corretamente o enunciado da questão com a metáfora de
“morte da arte” é a [B].
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Nietzsche chamou de apolíneo (relativo ao deus Apolo) o princípio que representa a razão
como beleza harmoniosa e comedida, organizada e, denominou dionísiaco (relativo ao deus
Dionísio) o princípio que representa a embriaguez, o caos, a falta de medida, a paixão. Do
encontro desses princípios contrapostos é que nasce a tragédia grega. Portanto, a afirmativa
falsa é a que define que o otimismo teórico de base racional é o que impulsiona a arte trágica.
[V] Entre os principais conceitos trabalhos por Michel Foucault em relação ao poder, está o de
poder disciplinador, onde, a invés de punir ou proibir determinada ação, procura educar,
moldar o indivíduo, docilizando-o, adestrando-o com a finalidade de torná-lo eficiente, útil.
[V] Inserido no contexto denominado “Crise da Razão”, Nietzsche é um dos principais filósofos
que questiona a razão instrumental iluminista, bem como a construção de sujeito,
consciência e moral que compõe o arcabouço do final do cientificismo do século XIX.
Nietzsche contrapõe essa perspectiva e desenvolve seu pensamento niilista na crítica às
bases do pensamento consolidado até então.
[V] Apesar de terem concepções distintas de poder, a característica de que o poder não se
manifesta em um único centro e, que as diferentes formas de poder se relacionam e se
chocam, opondo-se entre si, presente tanto em Foucault quanto em Nietzsche. Foucault
com o conceito de Biopoder e Nietzsche com o de “Vontade de Poder”.
[F] Tanto o pensamento de Nietzsche quando a filosofia de Foucault se colocam como
contrárias ao pensamento dialético hegeliano.
Em Nietzsche, o “amor fati” (ou amor ao destino, ao inevitável, à fatalidade) desempenha uma
crítica à tradição crista, uma vez que nela o amor ideal (portanto divino) não é aquele que se
realiza no mundo, mas sim na transcendência, em Deus. O amor fati, em oposição, traz na sua
própria definição uma afirmação da vida “daquilo que é”, sem ilusões ligadas aos “séculos dos
séculos”, comprometida com viver plenamente, aceitando o real e afirmando-se nele.
A partir do texto, o aluno deve identificar os elementos que, para Nietzsche, são necessários
para a formação do filósofo, que são citados e refletidos pelo autor. A leitura atenta do excerto
apresentado pela questão, dessa forma, permite identificar que, para Nietzsche, o filósofo deve
conhecer as mais diversas experiências humanas, compreendendo os valores, as práticas e os
sentimentos que compõe as experiências da vida em sociedade, chegando a extrapolar esses
valores e criar novos valores. A única alternativa que reflete essa visão é a letra [B].
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[A]
A alternativa correta é a [A], pois, a partir do fragmento utilizado para a proposição da questão,
é possível concluir que, segundo Schopenhauer, o belo distingue-se do sublime por ajustar-se
de imediato às dimensões humanas da observação. Já o sentimento do sublime, por sua vez,
nasce do fato de um objeto que tem relações desfavoráveis, até mesmo hostis, venha a se
tornar objeto de contemplação e admiração. Dessa forma, a alternativa que descreve
corretamente a questão proposta é a [A].
Segundo a análise de Márcia C.F. Gonçalves, a partir da perspectiva hegeliana a arte se insere
no movimento do espírito, ou seja, na dialética hegeliana e no processo histórico como um
elemento de transformação e de conhecimento para alcançar o estágio absoluto, porém, para
Hegel, a arte não é o estágio mais elevado do espírito (entendido como conhecimento) e, o
homem moderno, não mais apenas contempla a arte e sim, superou este estágio de
contemplação para um movimento de reflexão e interpretação das manifestações artísticas. A
arte, permanece em constante transformação dentro do processo dialético hegeliano, no
entanto, a contemplação da beleza da arte, ao invés de marcar o seu fim, traz uma nova
perspectiva para arte que é, não mais a contemplação e admiração “divina” da arte mas, a
reflexão sobre a arte.
O trecho deixa claro que o pensamento de Nietzsche não defende os princípios morais da
elaborados pela filosofia grega, não elogia a moralidade cristã, nem afirma que prevaleceu a
moral dos senhores e da aristocracia. Na verdade, ele afirma que a moral do homem comum
venceu. Para o filósofo, a perspectiva clássica privilegiando o racionalismo puro e a perspectiva
cristã, ambas afastam da vida, enfraquecem a ideia de “homem” e devem ser superadas.
Na Genealogia da moral, Nietzsche se refere a dois tipos de moral, a moral dos nobres, dos
senhores e a moral do escravo, também chamada de moral do rebanho. A moral dos nobres se
baseia nos instintos vitais, no que Nietzsche chama de vontade de potência, seus valores são
baseados na força vital, no bem-viver, nas paixões, desejos e vontades. Em oposição, a moral
do escravo é ressentida, teme a vida, o corpo o desejo e tenta limitá-la pela razão. Nietzsche
chega a afirmar que a moral dos escravos é a moral dos fracos, com a finalidade de dominar os
fortes, os que possuem vontade de potência.
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A filosofia hegeliana influenciou vários pensadores importantes, entre eles, Karl Marx,
fornecendo elementos importantes para a interpretação filosófica marxista, de modo que é
incorreto afirmar que Marx teria rejeitado por completo o pensamento de Hegel, tal como se
observa nas alternativas [A] e [D].
O método dialético, pensado por Hegel, foi retomado por Marx que, entretanto, recusa o
idealismo hegeliano para propor uma dialética materialista, de modo que as alternativas [B] e
[C] também devem ser identificadas como incorretas.
O pensamento hegeliano afirma que toda realidade é histórica e que a filosofia deve começar
sem suposições, mas fundada em pensamentos e objetos que, para o autor, são aspectos da
realidade. O trecho apresentado na questão expõe estudantes à dialética hegeliana,
especificamente, à relação de oposição entre senhor e escravo. Para o autor, a consciência
existe numa tentativa de submeter a consciência do outro, fazer dela seu objeto, mas ao
mesmo tempo, precisa que o outro o reconheça como sujeito.
Renè Descartes, em sua filosofia epistemológica, tem como base o princípio da “dúvida
metódica” como “caminho” para a obtenção de um conhecimento verdadeiramente seguro.
Para esse pensador, tal princípio implica o questionamento sistemático de todos os
pressupostos até então tidos como verdadeiros, pois só o processo que coloca em dúvida todo
o conhecimento construído até então poderia produzir uma verdade segura.
A filosofia epistemológica kantiana diferencia o conhecimento das “coisas em si” do das “coisas
para nós” ao introduzir o pressuposto de que a razão humana encontra limites para o conhecer,
de modo que o conhecimento humano se relaciona com os conceitos a priori acerca dos
objetos. Kant também considera que o processo de conhecimento está ligado à autonomia do
sujeito no uso da razão e se dá devido a estruturas cognoscentes que existem anteriormente à
qualquer experiência empírica.
Hegel faz uma crítica à concepção kantiana do sujeito transcendental, uma vez que esta parte
do pressuposto de uma consciência já considerada como posta, originária. A partir dessa
crítica, Hegel levanta o problema filosófico da formação da consciência. Ao analisar esse
processo, Hegel considera central a percepção de que se trata de um processo essencialmente
histórico. A partir de uma consciência crítica acerca da história, portanto, seria possível
entender o sentido e a direção da história, identificando as “leis da história”
Marx, por sua vez, entende a consciência como produto das condições materiais de existência,
considerando sua construção e reprodução, de modo que seria a vida que determina as formas
de consciência, e não o contrário. Nessa perspectiva, Marx também entende a ideologia como
uma forma de interpretação da realidade que a dissocia das condições materiais históricas da
sua formação, resultando, portanto, em uma interpretação distorcida e produtora de alienação.
A partir desses conhecimento, o aluno deve identificar a alternativa [C] como a única que
apresenta a sequência correta.
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A alternativa correta é a [C], pois, a dialética busca compreender a realidade em sua totalidade,
buscando apreender as mudanças, as contradições, os conflitos, o seu caráter mutável. Dessa
forma, é correto pensar que a dialética é um método que busca apreender a realidade em suas
contradições, não apenas uma forma de organizar a mentalmente a realidade exterior. Nesse
sentido, a alternativa que responde corretamente a proposição do enunciado é a [C].
O Eterno Retorno é uma formulação com repercussões éticas para as condutas humanas e
que se distancia de doutrinas gerais sobre o ser e sobre a vida.
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