9e3193 Compressed-3
9e3193 Compressed-3
9e3193 Compressed-3
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5637-504-5.
1. Educação. 370
2. Formação de professores – Estágios. 370.71
3. Didática - Métodos de ensino instrução e estudo – Pedagogia. 371.3
4. Língua portuguesa. 469
Copyright © 2022 - Dos organizadores representantes dos colaboradores
Coordenação Editorial: Pontes Editores
Editoração: Eckel Wayne
Capa: Acessa Design
Revisão: Yumi T. Melo
Conselho Editorial:
Angela B. Kleiman
(Unicamp – Campinas)
Clarissa Menezes Jordão
(UFPR – Curitiba)
Edleise Mendes
(UFBA – Salvador)
Eliana Merlin Deganutti de Barros
(UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Eni Puccinelli Orlandi
(Unicamp – Campinas)
Glaís Sales Cordeiro
(Université de Genève - Suisse)
José Carlos Paes de Almeida Filho
(UnB – Brasília)
Maria Luisa Ortiz Alvarez
(UnB – Brasília)
Rogério Tilio
(UFRJ – Rio de Janeiro)
Suzete Silva
(UEL – Londrina)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
(UFMG – Belo Horizonte)
PONTES EDITORES
Rua Dr. Miguel Penteado, 1038 - Jd. Chapadão
Campinas - SP - 13070-118
Fone 19 3252.6011
ponteseditores@ponteseditores.com.br
www.ponteseditores.com.br
APRESENTAÇÃO
7
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
8
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
9
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
10
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
11
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
12
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Boa leitura!
13
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações iniciais
14
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
15
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Após essa breve reflexão, vamos falar sobre a BNCC (Base Nacio-
nal Comum Curricular). Esse documento oficial normatiza a educação
brasileira em todas as etapas da Educação Básica. Logo, é importante
conhecer como o ensino de Língua Portuguesa é proposto nesse referen-
cial, a partir de suas muitas competências e habilidades.
Por fim, antes das considerações finais e das referências bibliográ-
ficas, oferecemos algumas sugestões concretas sobre como a teoria pode
iluminar a prática. A partir de dados reais extraídos de língua em uso,
procuramos demonstrar como o estudo da sintaxe pode ser produtivo,
profícuo e coerente à luz de uma abordagem funcionalmente orientada,
em uma perspectiva enunciativo-discursiva.
Você, professor, é nosso convidado. Vamos juntos percorrer as
próximas páginas e refletir um pouco mais sobre essa proposta? Então
vamos em frente.
16
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
17
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
18
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
19
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
que esse contingente de alunos e alunas não consegue ler nem compre-
ender o que lê. Esses índices são replicados, de modo muito semelhante,
pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) e por
outros exames externos.
Sabemos o quanto esses dados podem ser problematizados. Sabemos
também que há uma infinidade de fatores que ajudam a explicar esse
baixo rendimento, cujas causas não estão apenas sob responsabilidade
do professor ou da escola. Contudo, parece razoável deduzirmos que há
necessidade de ações plausíveis no campo teórico-metodológico, capazes
de mitigar esse quadro tão negativo. Em outras palavras, podemos fazer
a nossa parte.
Diante desse quadro, que traça um breve diagnóstico do ensino de
língua, propomos que a conjugação de duas perspectivas teóricas pode
lançar novas luzes sobre as práticas pedagógicas docentes, no campo de
ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa. Devemos ressaltar, mais
uma vez, que não temos a “fórmula mágica” para nossas dificuldades e
nem certamente ofereceremos a solução para todos os males, contudo,
cremos que a construção de um novo caminho é possível. Então, vamos
conhecer que proposta é essa.
Funcionalismo e Sociointeracionismo
20
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
21
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
22
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
23
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
C H A V E
conhecimento habilidade atitude valores emoções
24
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
25
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
das fake news, por exemplo, é um desafio a ser enfrentado. Mais uma
vez, estamos diante de uma perspectiva funcionalmente orientada, visto
que argumentar supõe negociação e defesa de pontos de vista, o que só
pode ocorrer dentro de um enquadre de interação, de especial atenção
ao interlocutor e aos contextos.
Vale destacar que essa visão de língua está perfeitamente afinada
com o Referencial Curricular Municipal de Niterói, que preconiza o
seguinte:
26
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
27
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
28
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
29
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
30
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
31
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
32
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
33
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
34
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
35
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
deve estar sempre associado aos efeitos de sentido despertados pelo seu
uso no plano discursivo.
Compreendemos que o trabalho com dados extraídos do uso (a
partir de textos reais), voltado para a reflexão sobre os valores semântico-
pragmáticos dos conectivos, ilustra um trabalho pertinente e produtivo
com essas habilidades. Assim, abordar conectivos e conexão de orações já
não consiste em classificar frases desconexas e inventadas, mas perceber
seus usos em textos reais. Essa é, na prática, uma visão sociointeracionista
e funcionalista da linguagem aplicada ao ensino de língua.
A habilidade EM13LP09, por sua vez, é de fundamental importância
para esta discussão que nos propomos a fazer. Trata-se de uma habilidade
destinada ao trabalho no Ensino Médio. Lemos claramente que se requer
uma comparação entre o tratamento oferecido pela gramática tradicional
e pelas gramáticas de uso em relação a diferentes tópicos gramaticais.
Naturalmente, a análise linguística aí está também contemplada.
Essa habilidade é especial, pois diz respeito ao papel da gramática
tradicional no ensino de Língua Portuguesa. De maneira inadequada e
até exacerbada, alguns críticos vêm sistematicamente desprestigiando
esse tipo de conhecimento. É como se fosse algo totalmente inútil e
incoerente. Pensamos diferente.
A gramática tradicional deve ter seu lugar também nas aulas de
Língua Portuguesa. Isso não significa mantê-la em lugar de proeminência
nos processos de ensino-aprendizagem de língua materna. A centralidade
do processo pedagógico é o texto, e não a gramática tradicional. Contu-
do, a gramática tradicional também tem seu valor, como defendido em
Rosário (2016, p. 48, grifo do autor):
36
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
37
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
38
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna,
1999.
BEZERRA, Maria Auxiliadora. Ensino de língua portuguesa e contextos teórico-
metodológicos. In: DIONÍSIO, Angela Paiva et al. (org.) Gêneros textuais e ensino.
Rio de Janeiro: Lucerna, 2003, p. 37-46.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília:
MEC, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA - Política
Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. – Brasília: MEC, SEALF,
2019. 54 p. Disponível em: https://alfabetizacao.mec.gov.br/politica-nacional-de-
alfabetizacao-2/publicacoes Acesso em: 01 abr. 2022.
CUNHA, Maria Angélica Furtado; OLIVEIRA, Mariangela Rios; MARTELOTTA,
Mário Eduardo. (org.) Linguística Funcional – teoria e prática. Rio de Janeiro:
DP&A/Faperj, 2003.
39
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
40
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações iniciais
41
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
42
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
43
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
44
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
45
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
46
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
47
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
48
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
49
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
50
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
51
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
52
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
53
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
54
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
55
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
56
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
57
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
58
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Mais uma vez, fica evidenciado que se deve pensar o quanto é im-
portante ressignificar práticas no ensino de língua na Educação Básica.
De maneira semelhante, ao admitir que, com a propagação do uso das
tecnologias digitais, novos gêneros têm sido criados, o referido docu-
mento assevera que:
59
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
60
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
61
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
62
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
63
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
64
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Nadja Pattresi1
(UFF)
Considerações iniciais
65
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
66
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
67
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
68
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
69
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
6 De acordo com Cardoso e Xavier (2021, p. 375), as tiras são textos que se abrigam sob o
hipergênero quadrinhos, “[...] uma espécie de ‘guarda-chuva’ que engloba uma diversidade
de outros gêneros, cada qual com suas particularidades [...]”.
70
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
7 Este gênero servirá de base para a proposta central de aplicação didática deste capítulo.
71
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
72
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Fonte:https://www.amazon.com.br/dp/8520006582/ref=cm_sw_r_apan_i_
T2THPB24VJWFGS3K420Q. Acesso em: 15 abr. 2022.
73
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
74
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
75
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Fonte: elaborado pela autora com base em Cavalcante (2013); Santos, Riche e Teixeira
(2012) e Teixeira et al. (2018).
76
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
77
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
78
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
79
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Fonte: GOMES, Clara. Bichinhos de Jardim. O Globo, 28 mar. 2014. Segundo Caderno,
p. 7. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/?navegacaoPor
Data=201020140328. Acesso em: 28 ago. 2021.
80
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
D) Em dupla ou trio, discuta com seus colegas as seguintes Neste caso, o objetivo central se voltaria para aspectos do
questões: conteúdo temático em foco, já que os/as estudantes descreve-
D.1) Para que serve cada um dos itens em foco nos pri- riam as palavras que se sucedem nos três primeiros quadros
meiros quadros da tira: portais, sites, blogs, textos, vídeos, em termos de suas funções sociais e também revelariam
enquetes etc.? sua própria experiência com essas formas de comunicação
D.2) Em seu cotidiano, você costuma ler, consultar ou ou veiculação de textos, compartilhando suas impressões
escrever algum ou alguns deles? Em caso afirmativo, diga e avaliações sobre cada uma delas. Assim, haveria um
qual(is) e se gosta dessa experiência. trabalho direcionado para uma abordagem crítica desses
D.3) Com base no que respondeu acima, observe se a ava- elementos do mundo contemporâneo, já que a forma como
liação geral de vocês foi positiva ou negativa. os concebemos se estrutura em conhecimentos partilhados
Se desejarem, para responder a D1 e D2, desenhem um socialmente e lhes atribui sentidos por meio da linguagem.
diagrama, um esquema, um quadro ou outra forma de Também estimulamos a interação entre os estudantes, com-
representar as informações visualmente. preendendo que devem assumir protagonismo na situação de
comunicação que se desenvolve em sala de aula. Além disso,
ao sugerirmos a representação visual de algumas respostas,
incentivamos a produção de gêneros mais esquemáticos que
fazem parte do que a BNCC (BRASIL, 2018) chama de campo
de estudo e pesquisa, o que pode potencializar a construção
e organização do conhecimento.
E) Ao longo das séries escolares anteriores, você estudou Por meio destes itens, chamaríamos a atenção da turma
que as palavras tendem a formar grupos ou classes de acor- para os elementos estilísticos subjacentes à construção
do com suas características e funções no uso. Entre esses da tira, destacando a seleção lexical e o uso da série de
grupos, há o conjunto formado por substantivos. substantivos e explorando seu papel na organização des-
E.1) Em dupla ou trio, faça uma rápida pesquisa em seus critiva e narrativa do texto. Também levaríamos a turma
materiais escolares e/ou na internet e construa um quadro a refletir sobre o emprego da vírgula e das reticências na
com algumas características e funções relacionadas com tira e sobre os efeitos de sentido de acúmulo e excesso que
os substantivos. a pontuação reforça, o que culmina no evento do último
E.2) Depois, releia o texto e reflita com seus colegas: pode- quadro: a “obesidade de informação”.
se dizer que a sequência de palavras do primeiro ao terceiro Essa expressão seria examinada a partir de sua configu-
quadro são substantivos? Por quê? ração linguística (um sintagma nominal) e dos conteúdos
E.3) Na tira, é possível dizer que esse conjunto de palavras implícitos que evoca, o que teria relação com a imagem do
ajuda a contar uma história, uma narrativa? Explique. último quadro e também com os sentidos de “obesidade” de
F) Agora observe a pontuação usada no texto. forma geral e a ideia de “consumir informação”, promo-
F.1) Que sinais aparecem nos três primeiros quadros? vendo uma articulação, especialmente nos últimos itens da
F.2) Com base nos conhecimentos que tem sobre o assunto, atividade, entre a função social da tira, o tema de que trata,
compare os diferentes efeitos dos usos em (i) e (ii). Se for e as sequências tipológicas que a constituem em associação
necessário, pesquise e revise um pouco o uso dos sinais de com os interlocutores que interagem com o texto.
pontuação para pensar melhor a respeito:
(i) Opiniões, fofocas, notícias, colunas, comentários...
(ii) Opiniões, fofocas, notícias, colunas e comentários.
Agora, escreva, de forma breve, os efeitos possíveis que o
uso da vírgula e das reticências provoca na leitura da tira.
F.3) Você acha que o uso dessa pontuação ajuda a indicar
a causa do que Joaninha vive no último quadro? Por quê?
G) A personagem Joaninha diz sofrer de “obesidade de
informação”.
G.1) O que significa sofrer de obesidade de forma geral?
G.2) Pense na expressão usada pela personagem e tente
explicar seu sentido. A lista de palavras que Joaninha
construiu pode ser relacionada com isso?
H) Agora pense na sua própria rotina no contexto do ensino
remoto durante a pandemia de covid-19*. Você passou pela
mesma experiência da personagem? Converse com seus * O item tem como pano de fundo a vivência do ensino
colegas sobre isso. remoto decorrente da necessidade de se manter o distan-
I) Com base em suas respostas anteriores, é possível identi- ciamento social e reduzir a contaminação pelo coronavírus
ficar alguma crítica nesta tirinha? Discuta com seus colegas que deflagrou a pandemia de covid-19 a partir de 2019.
e anote suas conclusões.
81
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
82
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
83
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
84
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
85
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
86
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
87
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
88
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
89
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
E Chapeuzinho Amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz
2 Chapeuzinho Amarelo (1998), de Chico Buarque, teve sua primeira edição em 1970, mas a
versão mais difundida é a da editora José Olympio, ilustrada por Ziraldo. Na intertextualidade
com o conto tradicional Chapeuzinho Vermelho, de Charles Perrault, a menina protagonista
enfrenta o lobo que, na versão de Buarque, é a própria materialização do medo. A linguagem
poética da verbo-visualidade – que não deixa de contar com o humor – oferece uma oportu-
nidade de excelente e agradável exercício de interpretação no campo artístico-literário, como
indica a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2018).
90
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
91
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
92
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
93
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
94
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
95
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Fonte: https://museudememes.com.br/collection/barbie-e-ken-cidadaos-de-bem.
Acesso em: 10 jan. 2022.
96
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
97
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
98
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
99
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Exemplos de aplicação
100
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Fonte: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos
/a.488361671209144/3820743271304284/. Acesso em: 10 jan. 2022.
101
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
102
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
103
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Emediato (2007) e em Charaudeau (2019).
104
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
principal ser veículo de uma crítica social. Que crítica está sendo feita
por meio desse texto?
Como parece ser possível perceber, essas perguntas direcionam a
atenção dos estudantes, “coleitores”, para marcas textuais (elementos
visuais, palavras, ações das personagens, gênero discursivo) passíveis
de evocar conhecimentos textuais e extratextuais relevantes para a
realização de inferências no processo de interpretação. As compe-
tências leitoras são acionadas por meio dessas provocações, a fim de
levar os leitores em formação a deduzir fatos, julgamentos, ideias e
a perceber a relação do texto com a vida “real” que nos cerca. Dessa
maneira, o mediador leva o aluno à compreensão global do texto, além
de propiciar um momento de reflexão acerca de um tema caro para a
vida em sociedade.
Na mediação leitora, também se deve relacionar um texto a outro,
com o objetivo de oferecer um repertório variado de gêneros e, por des-
dobramento, de abordagens diante de um mesmo tema, com suas devidas
estratégias comunicativas. Desse modo, vale mencionar que a tirinha de
Alexandre Beck selecionada foi publicada na página do Facebook do
Armandinho no dia 20 de novembro de 2020, quando se comemorava
o Dia da Consciência Negra. Na véspera, um homem negro havia sido
espancado e morto por seguranças de um supermercado em Porto Alegre.
Dizia a manchete14 de um jornal de grande circulação: “Homem negro
é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto
Alegre”. No subtítulo, lia-se: “Dois homens brancos, incluindo um PM,
foram presos por agredir e matar João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos.
Em nota, Carrefour chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento
do contrato com empresa que ‘responde pelos seguranças que cometeram
a agressão’”. A manchete e seu subtítulo resumem o teor de uma notícia
e estão, como a tirinha apresentada, no campo jornalístico-midiático – no
caso, em dispositivo digital, de franco acesso. A leitura desses gêneros
que circulam rotineiramente entre os indivíduos deve ser sempre pautada
14 Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/11/20/homem-negro-e-espan-
cado-ate-a-morte-em-supermercado-do-grupo-carrefour-em-porto-alegre.ghtml. Acesso em:
12 jan. 2022.
105
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
15 Não foram sugeridas aqui perguntas sobre o texto, conforme feito em relação à tirinha, por
causa das limitações de espaço para o capítulo.
106
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Externas, relacionadas
Praxeológica Gênero manchete e sua (apenas) aparente impar-
ao conhecimento sobre
cialidade no relato de fatos.
as trocas comunicativas.
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Emediato (2007) e em Charaudeau (2019).
16 Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/06/14/rapaz-negro-registra-bole-
tim-de-ocorrencia-em-que-diz-ter-sido-acusado-de-roubar-bicicleta-por-casal-em-frente-a-
shopping-no-rio.ghtml. Acesso em: 12 jan. 2022.
107
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
108
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
109
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
110
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
111
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
ANTONIO, Luiz. Uma princesa nada boba. Ilustr. Biel Carpentier. São Paulo:
Cosac Naify, 2011.
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho amarelo. Ilustr. Ziraldo. 4. ed. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,
2018.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2006.
CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Os sentidos do texto. São Paulo: Contexto,
2012.
CHARAUDEAU, Patrick. Compreensão e interpretação: interrogações em
torno de dois modos de apreensão do sentido nas ciências da linguagem. 2019.
Disponível em https://ciadrj.letras.ufrj.br/wp-content/uploads/2019/11/ARTIGO-
CHARAUDEAU-20193.pdf. Acesso em: 06 jan. 2022.
EMEDIATO, Wander. Contrato de leitura, parâmetros e figuras do leitor. In: MARI,
Hugo; WALTY, Ivete; FONSECA, Maria Nazareth (orgs.). Ensaios sobre leitura
2. Belo Horizonte, MG: Editora PUC Minas, 2007.
FERES, Beatriz dos Santos. O ato de ler numa perspectiva interativa: os níveis de
construção de sentido dos textos. In: DIAS, André; FERES, Beatriz dos Santos;
ROSÁRIO, Ivo da Costa do (orgs.). Leitura e formação do leitor: cinco estudos e
um relato de experiência. Rio de Janeiro; 7Letras, 2016. p. 29-42.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos
do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006.
LESSA, Orígenes. As cores. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores contos
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 224-229.
MELLO, Roger; MASSARANI, Mariana. Inês. São Paulo: Companhia das Letrinhas,
2015.
ROCHA, Ruth. De repente dá certo. Ilustr. Graça Lima. 14. ed. Rio de Janeiro:
Salamandra, 1986.
ROCHA, Ruth. Procurando firme. Ilustr. Walter Ono. Ed. Reform. São Paulo:
Moderna, 2009.
112
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações iniciais
113
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
114
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
115
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
5 Remetemos o leitor aos capítulos 3 e 4 deste livro, que também abordam o conceito de
multiletramentos.
116
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
117
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
118
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
119
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
120
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
121
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
122
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
123
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
124
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
125
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
126
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
127
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
128
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
129
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
130
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
131
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
132
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Analisar junto com os alunos uma notícia em vídeo para que eles em
seguida também produzam uma é uma das propostas do RC (NITERÓI,
2020, p. 184) para turmas de 7º ano, por exemplo: “Planejar notícia ou
crônica impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo),
tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/es-
pectadores, veículos e mídia de circulação etc.”. Também nas orientações
dedicadas ao 9º ano, o RC (NITERÓI, 2020, p. 228) sugere a produção de
133
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
134
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
135
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
136
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
137
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
138
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
139
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
140
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
141
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
visto que, ainda que não sejam mais apresentados novos argumentos, o
autor deve se manter firme na defesa do seu ponto de vista, buscando
garantir a adesão do leitor.
Boff, Köche e Marinello (2009) lembram que, no artigo de opinião,
o autor poderá optar por linguagem mais ou menos formal, explicitando
ou não aspectos mais subjetivos. Para Rodrigues (2005), nesse gênero, o
autor seleciona um tema posicionando-se em relação a diversas opiniões,
assumindo discursivamente a posição de autor, sempre considerando os
interlocutores e o contexto institucional e social em que sua produção
está inserida.
Portanto, para que a turma produza um texto argumentativo na mo-
dalidade escrita, é essencial a compreensão do gênero e das tipologias
textuais, e um dos textos a ser lido e analisado em sala pode ser “Sobre
o poder de barrar os crimes ambientais a partir das nossas escolhas de
consumo”, de Augusto Lima da Silveira e Rodrigo Berté, apresentado
anteriormente. Adequado para turmas de 9º ano, o texto trata de tema
relevante, pelo qual normalmente os alunos se interessam, e serve à
análise ilustrativa que propomos a seguir.
O professor pode começar pelos autores, destacando o papel que
ocupam na sociedade, chamando a atenção para o site em que o artigo
foi publicado, “EcoDebate”, estimulando a turma a navegar pela página
para obter mais informações sobre temas ecológicos. Na sequência, pode
abordar o gênero propriamente, reconhecendo a estrutura do artigo de
opinião, identificando, sempre com a participação da turma:
142
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
143
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
144
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
145
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
146
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Tarefa árdua, mas essencial. Com este capítulo, esperamos ter colaborado
com colegas professores para repensar as atividades de produção textual
que podem ser implementadas em sala de aula.
Referências
ANTUNES, I. Aula de Português: Encontro & Interação. São Paulo: Parábola, 2003.
ANTUNES, I. Muito além da gramática. São Paulo: Parábola, 2007.
BOFF, O. M. B.; KÖCHE, V. S.; MARINELLO, A. F. O gênero textual artigo de
opinião: um meio de interação. ReVEL, v. 7, n. 13, p. 1-12, 2009.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - língua portuguesa – 5ª à 8ª série.
Brasília: SEF/MEC, 1998.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: SEF/MEC, 2018.
BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de
texto no ensino médio. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M. (org.). Português no
ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006. p. 139-161.
CAMPOS, M. I. B. Dissertação nos manuais escolares do ensino médio: entre
mudanças e permanências. Conexão Letras, v. 13, n. 19, p. 101-113, 2018.
CASSEB-GALVÃO, V. C; DUARTE, M. da C. Artigo de opinião: sequência
didática funcionalista. São Paulo: Parábola, 2018.
CASTANHEIRA, D.; SANTOS, L. W. dos. Ensino de adverbiais modalizadores em
perspectiva discursivo-textual. A cor das letras, v. 19, n. 3, p. 78-96, 2018.
COSCARELLI, C. Gêneros textuais na escola. Veredas, v. 11, n. 2, p. 78-86, 2007.
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org. Roxane
Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
DOLZ, J; SCHNEUWLY, B; HALLER, S. O oral como texto: como construir um
objeto de ensino. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na
escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de
Letras, 2004. p. 125-155.
FERRAREZI JÚNIOR, C.; CARVALHO, R. S. Produzir textos na Educação
Básica: o que saber, como fazer. São Paulo: Parábola, 2015.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
1998.
147
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
148
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
149
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações iniciais
150
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
151
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
152
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
153
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
154
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
atividade normativa, entretanto, faz com que ela receba atenção especial
não só da escola (por suposto dever de oferecer orientações sobretudo
para a escrita de alguns gêneros de circulação social), mas também da
ciência, especialmente da Sociolinguística, área que toma as questões
relativas à padronização linguística (norma-padrão) como um de seus
objetos de observação e interesse.
Sem dúvida, as diversas correntes da Linguística, além de ofe-
recerem descrições que resolvem ao menos em parte inconsistências
da abordagem tradicional, porque baseadas em princípios e métodos
sistemáticos de observação, dispõem de concepções fundamentais que
permitem avançar no conhecimento linguístico e podem contribuir com
o ensino de Língua Portuguesa.
Em primeiro lugar, ganha destaque e relevância o movimento
que ficou conhecido, na segunda metade do século XX, como a virada
pragmática do ensino de Língua Portuguesa, configurada claramente
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Essa proposta – que
constitui uma espécie de reação a um modelo de ensino em que a língua
seria tratada sem contextualização – colocou em cena, em linhas gerais,
a necessidade de a escola priorizar a língua em uso. Esse direcionamento
acarretou importante adesão aos pressupostos sobretudo da Linguística
Textual, da Análise do Discurso e áreas afins, hoje ainda se ampliando
para a Semiótica Discursiva.
O lugar da gramática nesse contexto recebeu, ao longo dos anos,
diversas interpretações, variando, a nosso ver, de uma posição pura-
mente instrumental a diversas e importantes experiências e práticas
funcionalistas-discursivas. Nessas práticas, vincula-se o conhecimento
gramatical ao desenvolvimento de habilidades nos planos da leitura e
da escrita, de modo a promover o reconhecimento dos efeitos de sentido
instaurados pelos recursos formais sobretudo no plano da macroestrutura
textual, no que se refere à composição estilística dos gêneros, dos tipos e
modos de organização discursiva e à progressão temática interna a cada
estruturação textual.
155
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
156
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
157
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
158
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
4 Não está em debate a relação entre ensino de gramática e melhora/desenvolvimento das com-
petências de leitura e produção textual. De todo modo, entendemos haver relevantes evidências
cientificas – advindas de experiências nos campos da Psicolinguística, da Linguística Cognitiva,
da Aprendizagem Linguística Ativa (GERHARDT, 2016; GOMBERT, 2003; MAIA, 2019;
PILATI, 2017; ROEPER; MAIA; PILATI, 2020;) e de diversas pesquisas aplicadas em sala
de aula – para sustentar essa relação.
159
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
160
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
161
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
162
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
163
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
164
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
165
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
166
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
167
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
168
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Entrevistas impressas
Entrevistas sociolinguísticas Teses/dissertações
Cartas de leitor
Anúncios Artigos científicos
Notícias
Tirinhas Editoriais
Crônicas
169
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
170
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
171
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
172
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
173
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
174
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
175
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
176
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
177
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
178
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações iniciais
179
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
180
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
O que é gramática?
181
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
182
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
183
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Ensino de gramática
184
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
185
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
186
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
11 Embora os efeitos de sentido não estejam tão explícitos na definição de Travaglia (2003a),
eles são inferíveis na menção à gramática implícita, já que, para o próprio autor (2003a, p.
33), ela compreende todos os níveis de constituição e funcionamento da língua: fonológico,
morfológico, sintático, semântico, pragmática e textual-discursivo.
187
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
188
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
189
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
190
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Exemplos de aplicação
191
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
192
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
194
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
195
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
16 Recorremos a um exemplo elaborado porque não havia expressões dessa natureza nas sequ-
ências descritivas da narrativa de experiência pessoal.
196
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
197
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
198
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
199
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
200
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
201
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
202
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
203
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
204
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
TÓPICOS EM GRAMÁTICA:
A MODALIDADE ORAL E A ESCRITA
Considerações iniciais
205
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
206
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
207
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
208
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
209
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
210
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
211
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
ORAL:
bom... vou contar uma história que aconteceu... nesse fim de semana... (né)
é? que eu tenho uma amiga... muito amiga minha... e nós::/ nós inclusive
4 São utilizados os seguintes critérios: a) ... qualquer pausa; b) ( ) incompreensão de palavra ou
segmento; c) / truncamento; d) :: alongamento; e) (( )) - comentários descritivos do transcritor;
f) eh - fático; g) “ “ discurso direto. É importante observar que na transcrição de falas adota-se
o uso de minúsculas.
212
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
moramos juntos assim... um:: determinado tempo... mas como amigos... nós
dividimos apartamento... e ela teve filho... acabou de ter filho essa semana...
aí/ e... ela trabalha em:: Itaquatiara... ela tem um trailler em Itaquatiara... e
estava o marido dela no trailler... quando eu soube que ela tinha tido filho dois
dias antes... aí eu falei::/ aí eu... “ah... que legal...” não sei quê... “vou... vou
lá visitar... é pertinho do::/ da/ do trailler...” quando eu fu/ cheguei lá... estava
o marido dela saindo... da... da casa... nem me:: recebeu no portão assim...
eu falei “ah:: podia ver a Rosana...” não sei o quê... “eu vim/” “não...” nem
podia ver... “eu vou/ vim ver a Rosana...” e tal... “e o bebê...” aí ele falou...
“ah... não... agora não é um bom momento pra você ver o be/ ah:: pra você
visitar porque... realmente agora tá::/ tem algum problema” tinha tido algum
problema... ele saiu um pouco::... zangado... e aí ele falou... eh ... que amigo/
não... como é que é? visita de ami/ eh... visita de amigo pode atrapalhar... e
eu fiquei assim com aquilo na garganta assim::... quase xingando... falei...
“um amigo não::/ amigo não atrapalha... amigo só ajuda...” né? Esse negócio
de::... amiga da gente casar com gente chata... né? ((riso de E)) aí eu fiquei
meio assim... e ainda não voltei... a visitar o:: ((riso)) o bebê...
ESCRITA:
ORAL:
o lugar que eu mais gosto... é uma vila... o nome dela é Vila Pereira Carneiro...
ela fica ali perto/ bem antes da rodoviária... né? eu gosto muito de lá porque::
meus amigos... a maioria mora lá... né? então:: assim... fica .../ sei lá... fica até
legal pra mim... ficar saindo de casa todo dia mesmo olhá/ mesmo horário pra
se encontrar com o pessoal no mesmo lugar... porque o pessoal daqui... sei
lá... eles são muito estranhos... fofoqueiros... então:: não é boa influência...
aí... eu vou pra lá... o pessoal de lá é legal à beça... e:: lá... sei lá... é um lugar
assim mais arejado... mais fresco... tem uma pracinha lá dentro também boa à
beça... aí todo dia a gente marca no mesmo horário com o pessoal (pra) ficar
lá... diferente daqui... aqui também não tem espaço... o pessoal gosta muito
de correr... ( ) tem gente que:: nessa idade não leva a sério esse negócio de
213
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
brincadeira... diz que já está velho demais... mas... lá a gente se torna criança
novamente... né? (aí) o pessoal gosta de correr... lá tem espaço... tem tudo que
a gente precisa pra se divertir... e eu passo o dia todo lá... eu e a minha irmã...
ESCRITA:
O lugar que eu mais gosto de ficar é na Vila Pereira Carneiro, isso porque
os meus amigos moram lá e lá é um lugar fresco, espaçoso e calmo para se
brincar e conversar. Aqui onde eu moro, o pessoal é bastante fofoqueiro então
eu prefiro passar meus horários vagos, lá na vila.
214
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
215
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
216
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
• Repetições vocabulares
Se, na tradição do ensino de produção escrita, é comum a indicação
de que sejam evitados termos repetidos em trechos muitos próximos, uma
das características do oral é justamente a repetição. Segundo Marcuschi
(2015b), trata-se de um dos processos de formulação textual mais pre-
sentes nessa modalidade. Para fundamentar tal constatação, o autor lista
uma série de funções assumidas pela repetição:
217
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
218
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
219
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
220
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
• Marcadores discursivos
Conforme destacado por Risso, Silva e Urbano (2015), a análise do
oral precisa levar em conta um grupo de termos muito diversificados,
os marcadores discursivos, que constituem uma categoria pragmática e
que são muito característicos dessa modalidade, atuantes fora do nível
sintático e voltados para a negociação interacional e a elaboração textual-
discursiva. Tais termos são motivados, por exemplo, por momentos de
hesitação e de reformulação, próprios do processamento on-line do oral.
De acordo com Teixeira (2015, p. 45), esses elementos atuam como “cons-
tituintes não referenciais que fazem relações entre componentes/partes/
itens do discurso. Ao analisarmos contextos de interação, observamos
que esses elementos facilitam o processamento do discurso”.
Por se tratar de termos que funcionam no nível pragmático-dis-
cursivo, estabelecendo relações textuais mais amplas, não são referidos
nem registrados pelas gramáticas tradicionais, cujo foco privilegia a
escrita e se estende somente até o chamado período composto. Assim,
o tratamento dos marcadores discursivos na sala de aula da Educação
Básica ganha maior destaque, uma vez que essa categoria linguística
acaba se constituindo em novidade para os alunos do ponto de vista da
categorização do português, como mais uma classe gramatical da língua,
voltada para a articulação discursiva. Nos textos falados de Aydano e
Mariana, há ocorrência significativa de marcadores discursivos, como
apresentamos a seguir. É importante destacar que, para essa função prag-
mática, são aproveitados e reelaborados elementos pertencentes a outras
categorias da língua, como adjetivos, advérbios e arranjos sintáticos já
convencionalizados.
Ao iniciar seu relato, Aydano declara: bom... vou contar uma his-
tória que aconteceu... nesse fim de semana... (né) é? Destacamos nesse
fragmento dois marcadores: um que sinaliza o início do texto (bom) e
outro que ratifica para o interlocutor a seleção da história que vai contar
(né? é?). Mais à frente, Aydano utiliza, por duas vezes, dois marcadores
distintos: um inicial, formalmente mais simples (ah), evidenciando a he-
sitação dele, e outro final, mais complexo (não sei (o) quê), que funciona
221
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
222
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
223
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
224
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
“ah... não... agora não é um bom momento pra você ver o be/ ah:: pra
você visitar; ele saiu um pouco::... zangado; aí eu fiquei meio assim...
e ainda não voltei. Em relação ao relato escrito, praticamente todo ele
integra a figura narrativa, à exceção da declaração inferencial Acredito
que tenha ocorrido algum problema entre eles. Portanto, podemos dizer
que, em ambas as modalidades, o traço comum é a figura narrativa, sendo
o fundo (comentários avaliativos, explicativos, descritivos, reformulado-
res, digressivos, entre outros) mais produtivo e articulado no texto oral.
Com relação à descrição de Mariana, observamos, no texto oral e no
escrito, a presença da figura, tanto na indicação do local preferido quanto
nas justificativas apresentadas para sua escolha. Assim, na modalidade
oral, temos como declarações centrais: o lugar que eu mais gosto... é
uma vila... o nome dela é Vila Pereira Carneiro; eu gosto muito de lá
porque:: meus amigos... a maioria mora lá; é um lugar assim mais are-
jado... mais fresco; lá tem espaço... tem tudo que a gente precisa pra se
divertir. A descrição escrita de Mariana apresenta-se articulada em dois
períodos. No primeiro, temos a figura, com a indicação do local preferido
e a justificativa desta escolha; no segundo período, o trecho Aqui onde
eu moro, o pessoal é bastante fofoqueiro então eu prefiro passar meus
horários vagos, lá na vila funciona como informação de fundo, uma vez
que é um comentário, explicativo e subsidiário, sobre a não escolha do
local onde Mariana mora.
Outro ponto de correspondência em ambas as modalidades nos
textos aqui analisados reside nas conexões coesivas articuladas. Na fala,
como destacamos e exemplificamos anteriormente, essas conexões são
feitas, entre outros recursos, por intermédio dos marcadores discursivos,
como grupo de elementos próprios do modo de produção pragmático;
assim, Aydano e Mariana recorrem a termos como bom, né? ah, sei lá
para elaborarem, destacarem ou reformularem seu texto. Na escrita, os
alunos se valem de constituintes gramaticais mais convencionalizados,
como a expressão isso porque, usada por Mariana para justificar a escolha
do seu local preferido.
225
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
226
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
227
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
228
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
229
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações iniciais
230
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
231
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
232
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
233
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
234
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
235
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
236
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
237
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
238
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
239
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
240
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
241
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
242
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
243
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
244
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
245
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
246
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
5 Para um estudo mais apurado do gênero em tela, recomenda-se a leitura da tese de Guimarães,
defendida em 2020 na Universidade Federal Fluminense e intitulada Estratégias de captação
em capas-cartazes do Jornal Popular Meia Hora.
247
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
248
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
249
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
7 Para um estudo mais apurado da fala reportada em domínio jornalístico, recomenda-se a leitura
do artigo de Ribeiro (2018) intitulado Vozes espelhadas na mídia impressa: reflexões em torno
do dito relatado.
250
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
8 Para um estudo mais apurado das escolhas linguísticas no âmbito da referenciação, recomenda-
se a leitura do artigo de Pauliukonis (2005) intitulado Escolha do léxico: adequação ao contexto.
251
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Quadro 5 – SD: A notícia jornalística nos anos finais do Ensino Fundamental/Módulo 3.9
9 Para um estudo mais apurado da fotografia na relação com a palavra, recomenda-se consulta
aos estudos de Gomes (2008).
10 Para um estudo mais apurado das cores e da angulação, recomenda-se consulta aos trabalhos
de Guimarães (2003) e de Sousa (2002).
252
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Considerações finais
253
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
254
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
255
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
Referências
256
ensino de língua portuguesa no século xxi - pesquisa, teoria e prática
257