Mayarafa, 22473
Mayarafa, 22473
Mayarafa, 22473
https://doi.org/10.5585/41.2022.22473
Recebido em: 30 jun. 2022 – Aprovado em: 19 ago. 2022
Dossiê “Gênero e sexualidade na Educação Escolar”
Gender and sexuality in the school environment: the teaching role and some
pedagogical notes
Resumo: O presente artigo, de caráter teórico, apresenta reflexões sobre o papel docente nas discussões de gênero e sexualidades
no ambiente escolar, partindo da compreensão que, para se construir um espaço-tempo seguro para todas e todos as/os
envolvidas/os no contexto escolar, é necessário que haja uma estruturação pedagógica que possibilite o desenvolvimento pleno
de todas as subjetividades e experiências, não deixando espaços para as violências. Ainda, são oferecidos alguns apontamentos
didático-metodológicos que possibilitem encaminhamentos iniciais e pedagógicos para o debate da temática na sala de aula. Em
conclusão, defende-se que tanto a escola quanto a/o docente, ao adotar um posicionamento crítico diante das práticas
LGBTfóbicas, contribui amplamente para uma trajetória escolar segura e saudável de todas/os as/os sujeitas/os envolvidas/os
no espaço escolar.
Abstract: This article, of a theoretical character, presents reflections on the teaching role in discussions of gender and sexualities
in the school environment, based on the understanding that, in order to build a safe space-time for all those involved in the school
context, it's necessary to have a pedagogical structure that allows the full development of all subjectivities and experiences, leaving
no spaces for violence. Some didactic-methodological notes are offered that allow initial and pedagogical referrals for the debate
of the theme in the classroom. In conclusion, it's argued that both the school and the teacher by adopting a critical position in
the face of LGBTphobic practices, largely contributes to a safe and healthy school trajectory for all subjects involved in the school
environment.
Cite como
LOPES, Bruna Gabrielle; MORESCO, Marcielly Cristina. Gênero e sexualidade no ambiente escolar: o papel docente e alguns apontamentos
pedagógicos. Dialogia, São Paulo, n. 41, p. 1-17, e22473, maio/ago. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.5585/41.2022.22473.
Lopes, B. G., & Moresco, M. C. (2022, maio/ago.). Gênero e sexualidade no ambiente escolar: o papel docente e alguns apontamentos
pedagógicos. Dialogia, São Paulo, 41, p. 1-17, e22473. https://doi.org/10.5585/41.2022.22473.
Introdução
1 O conceito de heterocisnorma, junção de heteronormatividade e cisnormatividade, se refere às normas de gênero e sexualidades as quais
instituem como normal e como normalidade as práticas heterossexuais e o corpo não trans e, portanto, cisgênero, dentro de um recorte de
sociedade ocidental (SANTOS, 2017). A heteronormatividade se refere a um conjunto de valores e práticas discursivas que insti tui a
heterossexualidade como a única expressão natural e legítima na sociedade (JUNQUEIRA, 2013).
documento da UNESCO, é necessária uma compreensão ampla das violências que se estabelecem
no ambiente escolar para que seja possível a formulação de políticas e intervenções de
enfrentamento que intentem atingir múltiplos tipos de violências. Os sistemas que constituem a
educação precisam se atentar às diferentes necessidades do corpo discente, considerando o papel
das/dos docentes frente às situações que ocorrem no ambiente escolar e impactam de maneira
significativa a vida das/dos alunas/os inseridas/os neste contexto.
A escola, enquanto uma instituição com regulamentos e rotinas, comumente reforça as
concepções e lógicas LGBTfóbicas2 sobre todas/os as/os sujeitas/os que se inserem nessa
instituição (JUNQUEIRA, 2009). Essa colocação corresponde com o que é apresentado no estudo
“Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas”, publicado no
ano de 2009, que se baseou em uma amostra de dez mil estudantes e 1.500 professoras e
professores do Distrito Federal, relatando que 63,1% das/dos entrevistadas/os já haviam
presenciado homofobia; mais da metade das/dos docentes afirmaram já ter presenciado
homofobia nas escolas; 44,4% dos meninos e 15% das meninas pontuaram que não gostariam de
ter algum colega homossexual dentro da sala de aula (ABRAMOVAY; CUNHA; CALAF, 2009).
Apesar desses dados apresentarem uma realidade de 13 anos atrás, compreender o quanto se está
avançando dentro dos espaços escolares em relação às violências vividas por aqueles que são
considerados desviantes da norma (considerando a norma enquanto cisgênera e heterossexual) é
um fator de extrema importância para a Educação.
As questões de gênero e de sexualidades na Educação têm ganhado força e maiores debates
no universo acadêmico, sendo encontrados diferentes trabalhos que questionam as práticas
docentes em relação ao gênero e às sexualidades (MORAES, 2017; SOUZA; SILVA; SANTOS,
2017; BORGES, 2018). Esse achado na literatura aponta a importância da educação nos processos
de socialização das/dos sujeitas/os nas diferentes idades e do papel das/dos docentes nas
aprendizagens que ultrapassam o currículo formal. Ainda, cabe destacar a primazia da discussão
em relação a essa temática em meio a um contexto político que se apresenta de forma desafiante,
marcado por retrocessos no campo das políticas públicas, ameaças a direitos fundamentais e já
institucionalizados, incertezas, forte pressão política de grupos religiosos fundamentalistas e da
crescente censura em órgãos governamentais federais, estaduais e municipais como resposta a tais
pressões.
2 Conceito para se referir às diversas formas de aversão e/ou agressão a pessoas Lésbicas, Gays e Bissexuais, Transexuais/Travestis (LGBT),
seja verbal, física ou psicologicamente, isto é, ofensas individuais e coletivas, ameaças, agressões e discriminações motivadas pela orientação
sexual e/ou identidade de gênero da vítima. A LGBTfobia (também chamada de homotransfobia) foi considerada crime nos termos da Lei
7.716/1989 (Lei Antirracismo) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019.
práticas, dentro de uma estrutura que define as relações de poder entre homem e mulher,
apresentando margens para a socialização e subjetivação (LINS; MACHADO; ESCOURA, 2016;
CECCARELLI, 2010).
Desde a infância, tem-se a ideia de que o mundo é dividido somente em dois polos: o
feminino e o masculino (LINS; MACHADO; ESCOURA, 2016). Diversas atividades corroboram
com essa ideia e supõem as diferenças conforme o gênero, como na aula de educação física, onde
as atividades são divididas em esportes para meninos e esportes para meninas (LINS; MACHADO;
ESCOURA, 2016). Além disso, brinquedos, livros didáticos, vestimentas, uniformes, o nome
social, piadas, bilhetinhos, as filas divididas em meninos e meninas, dificuldade e/ou proibição de
ter acesso ao banheiro conforme seu gênero (como no caso de pessoas travestis e transexuais) –
todos esses elementos são construídos com fronteiras generificadas, orientando as práticas
curriculares e as relações pedagógicas com o intuito de fixar uma identidade binária, masculina ou
feminina, “normal”, dentro dos padrões já construídos (MORESCO, 2021).
Essa organização conforme o gênero tem grande peso durante toda a vida das/dos
sujeitas/os, criando expectativas sobre como deve-se agir, pensar e do que se deve gostar,
generalizando comportamentos conforme a dicotomia mulher ou homem (LINS; MACHADO;
ESCOURA, 2016). As autoras e o autor ainda pontuam:
Quando generalizações como essas são repetidas em casa, na igreja, na televisão, na escola
ou nas diversas situações do dia a dia, reafirmam-se normas de gênero. Toda vez que
uma pessoa diz “isso é coisa de menina”, “mulher é assim” ou “homem não faz isso”,
não está apenas justificando comportamentos a partir da diferença entre os sexos, mas
também está ensinando como ela e toda a sociedade esperam que homens, mulheres,
meninas e meninos se comportem e limitando suas possibilidades de existir no mundo
(LINS; MACHADO; ESCOURA, 2016, p. 16).
os meninos e o capricho com os materiais próprios das meninas. Quando isso ocorre, geram
limitações na aprendizagem e nas experiências de vida das crianças e das/dos adolescentes que
encaram um único jeito de fazer e de ser próprio ao seu gênero enquadrado (LINS; MACHADO;
ESCOURA, 2016). Indubitavelmente, a escola é atravessada pelas questões de gênero e pelas
sexualidades, sendo impossível pensar a instituição e seus processos ignorando as reflexões acerca
das construções existentes diante dos polos masculinos e femininos (LOURO, 1997). As violências
de gênero relacionadas com a escola impede a realização de uma educação de qualidade para
todas/os e, consequentemente, viola o direito universal à educação, sendo um fenômeno que afeta
a aprendizagem, a conclusão do ensino das/dos estudantes, apresentam repercussões negativas
diante de toda a sociedade, não se restringindo ao ambiente escolar (UNESCO, 2015).
Mais recentemente, se observou censuras legislativas em torno do assunto. Um exemplo
são as relatorias do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), as quais declararam
inconstitucionalidade formal e material de trechos de diversas leis municipais e estaduais inspiradas
nas ideias do movimento Escola Sem Partido e de movimentos ultraconservadores similares. Tais
projetos e leis censuravam e vedavam qualquer menção a gênero, orientação sexual e a chamada
“ideologia de gênero” em atividades pedagógicas; proibiam a divulgação de materiais com
referência à “ideologia de gênero” e estabeleciam diretamente a censura desses materiais, mesmo
aqueles que as escolas receberam como doação.
Pode-se prever que tal movimento de censura sobre a Educação é uma continuação dos
deslocamentos a partir de 2014/2015, com a votação nas câmaras legislativas dos Planos
Municipais e Estaduais de Educação, os quais também tiveram retiradas quaisquer menções a
gênero, orientação sexual e identidade de gênero. Tem-se, assim, uma tentativa de imposição do
silêncio, da censura e, de modo mais abrangente, do obscurantismo como estratégias discursivas
dominantes, com efeito de enfraquecer ainda mais a fronteira entre a heterocisnormatividade e a
LGBTfobia (LIONÇO; DINIZ, 2009).
Contudo, vale ressaltar, que o PNE (Lei n.º 13.005/2014) não veda o ensino e o debate das
questões de gênero e sexualidade nas escolas. As diretrizes do PNE são amplas, mas não excluem
nenhuma perspectiva de enfrentamento às desigualdades e discriminações por razão de gênero,
raça, orientação sexual, identidade de gênero etc., ainda que se tenha excluído as adjetivações e
nomeações para as discriminações e desigualdades previstas no PNE. Portanto, qualquer restrição
ou tentativa de censura no Planos Municipais e Estaduais de Educação é considerada
inconstitucional e ilegal.
Para que a escola seja capaz de acolher a todas/os com segurança e respeito, é necessário
que ela se constitua enquanto um ambiente que reconhece a temática de gênero e das sexualidades
como de extrema relevância, tendo uma equipe de profissionais da Educação que assuma um papel
ativo no fazer pedagógico crítico e transformador (MORAES, 2017). Refletir sobre o que é
encarado enquanto desejável dentro do ambiente escolar é imprescindível para se pensar nas
diferentes práticas pedagógicas, principalmente naquelas que consideram a linearidade entre sexo,
gênero e desejo, partindo do pressuposto universal da heterossexualidade (BRITZMAN, 1996). O
currículo escolar ou o Projeto Político Pedagógico (PPP), por exemplo, devem ser pensados
enquanto instrumentos importantes de libertação (ou opressão, dependendo do posicionamento
escolhido), que se desenvolverá de acordo com as escolhas docentes; escolhas, essas, que não
podem passar sem reflexões sobre a sociedade que se deseja ter e sobre as/os sujeitas/os que se
pretende produzir nas escolas (MORAES, 2017).
Os campos críticos de conhecimentos não podem ser pautados exclusivamente nos livros
didáticos e nos currículos oficiais que se apresentam como ideal, visto que a escola se constrói
diariamente entre as relações estabelecidas pelos sujeitos que dela fazem parte (MORAES, 2017).
Para que seja possível uma prática docente que rompa com os estereótipos de gênero e com a
LGBTfobia é preciso um exercício diário de reflexão sobre a linguagem utilizada no campo escolar,
sobre a divisão dos espaços, a democratização dos assuntos nos planos pedagógicos e a
desnaturalização dos dados que salientam a evasão de pessoas LGBT+ nas escolas, sem naturalizar
e focar na/no sujeita/o aquilo que deveria ser considerado enquanto de cunho social (MORAES,
2017). Ao escolher como atuar na escola, todas/os as/os profissionais, consequentemente,
escolhem para quem irão trabalhar, levando em consideração que todos os seus atos enquanto
uma/um profissional da educação implicará nos mais diferentes indivíduos (GALLO, 2007).
Os discursos presentes no ambiente escolar difundem e ditam as definições do que se tem
como ideal, sendo esses fundamentais para condicionar as/os indivíduas/os às normas regulatórias.
Sem essa reflexão-ação a escola submete-se às normas sociais vigentes e dominantes, e colabora
com a exclusão de diferentes grupos (MORAES, 2017). Dito isso, é substancial uma leitura crítica
sobre o ambiente escolar que inclua as questões curriculares, os usos dos espaços, as relações de
poder e quais as/os sujeitas/os marginalizadas/os quando se pensa em uma Educação por e como
direito.
"A professora chega à sala para sua aula de biologia. Estamos num Colégio Agrícola, em
regime de internato para os 220 alunos e semi-internato para as 13 alunas. Esta é uma
turma do primeiro ano do ensino médio e o assunto de hoje é citologia. O professor
anterior deixou o quadro completamente escrito e a professora resolve apagá-lo antes de
iniciar a chamada – é um bom pretexto para que todos/as se 'acalmem' e voltem às suas
carteiras. De costas para a classe, a professora ouve dois garotos discutindo, seriamente,
sobre certo assunto... Ela não interfere. Espera que eles resolvam o impasse antes do
quadro estar limpo e não dá muita importância aos dois. Mas, de repente, um dos alunos
a coloca, sem direito de escolha, como participante da discussão: – Professora, a senhora
não vai fazer nada? O 'fulano' acaba de me chamar de heterossexual! Diante dessa
solicitação de intervenção urgente, a limpeza do quadro já não era mais tão necessária.
Aos ouvidos da professora alguma coisa soa estranha e ela pede para que o aluno repita
o que disse e confirme sua necessidade de ajuda. – A senhora não vai fazer nada? Ele me
chamou de 'bicha'! Enquanto a classe se entreolhava e concluía um generalizado riso
nervoso, a professora, em segundos, decidia o que fazer diante do impasse" (Trecho
retirado de Furlani, 2009, p. 38).
Considerações Finais
A escola como parte basilar dos processos de socialização dos indivíduos demanda de
docentes preparadas/os para lidar com as mais diferentes questões, incluindo as de gênero e
sexualidade, para que seja possível ações por parte dos sujeitos envolvidos na educação que gerem
reflexões acerca das discriminações produzidas e reproduzidas no contexto escolar. Para que haja
mediação dos conflitos e uma resposta assertiva diante das violências enfrentadas pelas/os
alunas/os que fogem à norma heterossexual, branca e cisgênera é substancial que a formação e
atuação docente seja repensada e foque, também, em propostas pedagógicas eficazes para essas/es
estudantes (MORAES, 2017).
Não concordando e difundindo uma postura reducionista e ingênua, a partir do olhar de
que as relações de poder podem acabar em todas as instâncias e toda a sociedade pode ser
transformada a partir da escola, é substancial manter-se crítica/o e em atividade, problematizando
todas as conformidades do que se entende por natural (LOURO, 1997). Todos os processos e
procedimentos presentes no contexto escolar – desde materiais didáticos, currículos etc. até formas
de ensino – atuam como importantes marcadores nas diferenças de gênero, sexualidade, etnia,
raça, classe etc. Assim, ressalta-se a imprescindibilidade de questionar os processos ocorridos nesse
contexto e como as/os docentes reagem para que as violências não sejam ainda mais perpetuadas
e capazes de produzir a evasão escolar daquelas/es que distanciam-se das normas.
Além da (re)produção e compartilhamento de conhecimentos, no ambiente escolar
também produz-se sujeitos com diferentes marcadores sociais através de relações não lineares, o
que demonstra o compromisso da Educação na manutenção de uma sociedade desigual e dividida
(LOURO, 1997). As exclusões e violências não irrompem inadvertidamente nas escolas, mas essa
as utilizam para a (re)produção de lógicas normativas, sendo de extrema relevância considerar a
escola enquanto um campo que fabrica sujeitos, subjetividades e identidades, reproduzindo e
perpetuando a legitimação das relações de poder, tomando como norma uma referência pautada
no homem, branco, heterossexual, cisgênero, pertencente a classe média ou alta (JUNQUEIRA,
2009).
Reconhecer que as práticas escolares também são práticas políticas abre possibilidades para
que haja transformações nessas condutas, que seguem sendo repassadas e moldadas de acordo com
a norma vigente. É necessário que haja um compromisso ético da equipe pedagógica pautado na
defesa dos direitos humanos, além de uma atuação que apresente um posicionamento crítico, tanto
por parte da escola como instituição quanto por parte da/do docente como agente fundamental
nas transformações sociais. Assim, diante das práticas LGBTfóbicas nas escolas, o enfrentamento
às opressões de qualquer tipo e a discussão crítica sobre elas podem contribuir amplamente para
uma trajetória escolar segura e saudável para todas e todos.
Para tanto, são fundamentais e urgentes os investimentos em formação inicial e continuada
de professoras/es e demais profissionais que atuam na Educação. A lacuna de formação e
compartilhamento de conhecimento dificulta a compreensão de conceitos, da pluralidade, das
diferenças e também da crítica à produção de desigualdades e violências. Além disso, defende-se
uma periódica e permanente revisão dos currículos e dos materiais didáticos, de modo que sejam
promotores de conteúdos e metodologias pedagogicamente pertinentes e inclusivas.
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