Monumentos - Antimonumentos No Nordeste Do Brasil
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Monumentos - Antimonumentos No Nordeste Do Brasil
Considerações iniciais
the politics of memory (2003), Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da
memória (2014), Políticas de memória em nosso tempo (2014), En busca del futuro perdido: cultura y
memoria en tiempos de globalización (2001).
Acontecimentos como o fim das ditaduras latino-americanas (Brasil, Argentina,
Uruguai, Paraguai, Bolívia, na década de 1980; Chile, em1990), a queda do Muro de
Berlim (1989), o fim do apartheid na África do Sul (1994), são indicativos, para Huyssen,
que as memórias traumáticas e o imaginário urbano exerceram fundamental importância
na transformação da experiência de espaço e tempo e sinalizam para o nascimento de uma
cultura e de uma política da memória e sua expansão global. Assim, uma “cultura da
memória”,3 bem como políticas de memória e os direitos humanos (enquanto movimento
social transnacional) emergiram pela primeira vez na década de 1970, ganharam corpo na
década de 1980, e juntos alcançaram proporções inflacionadas na década de 1990 numa
espécie de boom da memória (HUYSSEN, 2014a, p. 9-28; WINTER, 2006, p. 67-90).
A memória decorrente de traumas históricos públicos durante o século XX,
sobretudo após a II Guerra Mundial, impôs uma reconfiguração ao status memorativo e
rememorativo dos marcos simbólicos, considerando o papel da vítima fundamental na
atribuição do que seja relevante recordar e representar, como resposta ao sofrido. Essa
maneira de compreender e responder a essas demandas influenciou diretamente a
produção de representações simbólicas e locais de recordação, os quais aspiram legitimar
instituições e valores de grupos atingidos pelo arbítrio.
A história ainda recente da ditadura militar brasileira (1964-1985) revela aspecto
catastrófico, uma vez que produziu um trauma social para uma parcela considerável da
população, configurado na perda da democracia e em graves violações de direitos
humanos e garantias individuais dos opositores do governo. A ressaltar, dentre as
violações, o emprego da tortura enquanto “política de Estado” - especialmente entre os
anos 1969 e 1974 - e instrumento de controle ideológico, social e político no intuito de
consolidar o governo ditatorial.
Como forma de lidar com o legado do período ressaltado, foram empreendidas, e
continuam sendo, alternativas diversas por vários segmentos da sociedade. Entre as quais,
aquelas promovidas pelas artes de modo geral e, em particular, as artes visuais (mais
3 O que Huyssen declina como “cultura da memória” é a obsessão com a memória e com o passado - que
se desenvolveu em torno do Holocausto e de diversos procedimentos (p. ex., restauros de centros urbanos
abandonados, ênfase em musealização, comercialização em massa da nostalgia, incentivo à moda retrô,
etc.) -, difundida nas sociedades do Atlântico Norte desde o fim dos anos 1970 como marketing da memória
pela indústria cultural. Posteriormente, expandiu-se para muitos outros lugares como a América Latina,
inclusive ao Brasil, nos anos 1980, com o fim das ditaduras e a ascensão das memórias traumáticas no
transcurso daquele período, e aos países pós-comunistas do leste europeu e da antiga União Soviética.
especificamente na manifestação de tipo escultura), que são os memorias de tipo
monumento4 (neste artigo, considerados também como “antimonumentos”, por
argumento mais adiante declinado). Erigidos em favor das vítimas, em diversos locais
públicos do país, revelam uma espécie de “estética da catástrofe” (OLIVEIRA, 2008), e
coadunam-se à advertência: “A memória da barbárie instalada em nosso solo durante o
período da ditadura militar precisa ser frequentemente reativada e, para tal, a arte é potente
e reveladora testemunha.” (BREGATINI, 2014, p. 5).
Este artigo, no que segue, repercutirá – com base em particular pesquisa
exploratória de seu autor sobre os monumentos/antimonumentos no Brasil - as
considerações delineadas anteriormente no sentido de apresentar e analisar a contribuição
que esses artefatos escultóricos públicos - a um só tempo material, simbólico e narrativo
-, prestam para a formação de uma “cultura da memória” no país: tanto necessária quanto
imprescindível para obstar o retorno de período e fatos semelhantes aos que eles
denunciam.
4
“Los memoriales pueden ser libros, poemas, placas, estatuas, edifícios, fotografias, nombres,
representaciones artísticas, películas, calendários o cualquer otra forma de conmemoración; mientras que
los monumentos son un tipo de memorial específico que compreende elementos del ambiente construído,
como por exemplo edifícios, pabellones, esculturas o placas. [...] Lo que comparten todos los monumentos
y memoriales es la tentativa de consolidar la memoria” (MEMORIAL. In: VINYES (Dir.), 2018, p. 305-
307, destaque nosso).
Elio Gaspari, em livros fundamentados sobre o período ditatorial em geral e, em
particular, sobre o tipo de violência ressaltado, 5 expôs:
5 Autor de cinco volumes: A ditadura envergonhada (v. 1), A ditadura escancarada (v. 2), A ditadura
derrotada (v. 3), A ditadura encurralada (v. 4) e, finalmente, A ditadura acabada (v. 5). O volume 2 é o
que trata da tortura com minúcia, embora o tema perpasse toda a obra.
6
Do Nunca Mais ao Eterno Retorno: uma reflexão sobre a tortura e Imagens da Democracia: os Direitos
Humanos e o Pensamento Político de Esquerda no Brasil são duas obras do autor que abordam a tortura.
7
“São dois cavaletes de madeira, com cerca de 1,5 metro de altura e uma ranhura na parte superior, onde
se encaixa um cano de ferro. A vítima, geralmente nua, tem os pulsos e tornozelos envoltos em tiras de
cobertores ou pano grosso e amarrados com cordas. Em seguida, o interrogado é obrigado a sentar-se no
chão, de tal forma que os joelhos dobrados sejam abraçados. No espaço sob os joelhos – e entre os cotovelos
rudimentar, já fazia parte do arsenal de castigos de senhores de
escravos, e que, de forma aperfeiçoada, já era utilizada pela polícia bem
antes de 1964. (OLIVEIRA, 1995, p. 40).
– introduz-se a barra de ferro, por onde se levanta o prisioneiro para pendurá-lo entre os dois cavaletes.”
(FON, 1979, p. 78) (Figura 1 - nº 6)
8 Tipos de tortura exemplificados no infográfico: 1 Choque; 2 Cadeira do dragão; 3 Crucificação; 4
10
Ver Mathias (1995) e Gaspari (2014, v. 4).
11
Ver Gaspari (2016, vol. 5).
12
São exemplos: a) o documento (“abaixo-assinado”) denominado “Bagulhão”, -elaborado por 35 presos
políticos em São Paulo, em 1975 - “primeira denúncia pública contra os agentes da ditadura militar”; b) o
projetos originários de organizações diversas da sociedade civil - constituídas por
familiares das vítimas, sobreviventes, ativistas dos direitos humanos - continuaram o
processo de “aproximação” do país à “cultura da memória”. E, de igual modo, pela
“literatura de testemunho” ou ficcional, filmes e documentários, programa televisivo
(minissérie e telenovela), músicas, peças de teatro, pinturas, esculturas, e outras
manifestações materiais e simbólicas do mesmo âmbito. O que resulta na possibilidade
de relação entre política de memória e no que foi chamado de memória cultural por Jan
Assmann (1995, pp. 125-134, apud HUYSSEN, 2014a, p. 159): “a memória encarnada
em artefatos como a ficção, o teatro, o cinema, mas também em monumentos, na
escultura, na pintura e na arquitetura”.
Todavia, somente entre o final do século XX e primeiras duas décadas do século
XXI é que as memórias da ditadura (ou da violência da ditadura) passaram a ser mais
exploradas pela arte visual no Brasil. Do primeiro monumento/antimonumento,
inaugurado em 1993, até os dias presentes, quase duas dezenas foram construídos em
diversos locais públicos, espalhados por diversos Estados e regiões (SOUZA, 2016).
A escolha dos monumentos/antimonumentos da região Nordeste, para esta
abordagem, deveu-se, primeiramente, pelo critério antiguidade: os escolhidos são os
primeiros erigidos no país. Depois, por eles resultarem de iniciativa e obstinação de
grupos sociais que não esmoreceram diante das dificuldades interpostas à concretização
de construí-los. Uma terceira razão é as suas localizações. Por estarem em região onde o
autor deste texto reside (ainda que em cidade diferente dos seus respectivos locais),
facilitou o acesso aos mesmos. Por último, devido às suas conformações: apesar de terem
sido nomeados de monumento, apresentam características de antimonumento, isto é,
contrário ao monumento tradicional, é construído com outra finalidade, outra estética.
Enquanto o monumento tradicional, desde a Antiguidade, esteve ligado mais a celebrar
(heróis, feitos heroicos), a comemorar (vitórias bélicas), do que a ideia de advertir, o
antimonumento pertence a outra orientação política e ideológica, ou seja, é erigido para
lamentar a dor e o sofrimento das vítimas de uma tragédia; pertence à tradição da “história
dos vencidos”, uma história a contrapelo (BENJAMIN, 2020).
projeto Brasil: Nunca Mais desenvolvido clandestinamente por Dom Paulo Evaristo Arns, Rabino Henry
Sobel, Pastor presbiteriano Jaime Wright e equipe, entre 1979 e 1985, entre outros.
Conforme Márcio Seligmann-Silva (2013), o antimonumento serve como
instrumento de contestação à violência do Estado, perpetrada durante os regimes de
exceção e em genocídios. Houve, também, segundo ele, uma mudança na representação
dos monumentos e uma nova postura estética na apresentação da arte pública.
Abandonou-se o uso de materiais pesados como pedra, granito, bronze ou mármore e
optou-se por outros mais leves e menos nobres. Desse modo, o antimonumento aposta
muito mais na força das palavras e dos gestos do que no poder das representações bélicas
e monumentais, tais como estátuas equestres (geralmente militares e chefes de estado
empunhando espadas ou ao lado de armas), arcos do triunfo, obeliscos, altar da pátria, e
outras representações nesse sentido. Em suas palavras:
13 O Padre Antônio Henrique Pereira Neto era auxiliar de D. Hélder Câmara (então Arcebispo das cidades
de Recife e Olinda, que denunciava, principalmente no exterior, o emprego de violência pela ditadura
brasileira contra os opositores). Foi sequestrado, torturado e assassinado na madrugada do dia 27 de maio
de 1969, no Recife, por um grupo do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) e por agentes da polícia
civil de Pernambuco, sendo seu corpo encontrado em lugar ermo da cidade universitária da UFPE com
marcas de sevicias. Cf. http://memoriasdaditadura.org.br/memorial/antonio-henrique-pereira-neto-padre-
henrique/
14
A afirmativa está na reportagem “O pau-de-arara na praça” (PIMENTA, 1993, p. 111), escrita por ocasião
de sua inauguração.
A instalação se constitui de moldura de concreto (7,0 m x 7,0 m), apoiada sobre
uma base. Duas placas retangulares de aço inoxidável estão fixadas na metade superior,
superpostas. No centro da quadratura está a escultura de um homem, feita em concreto
(1,80 m x 1,60 m x 0,80 cm), em posição fetal (reproduzindo a posição dos presos no pau-
de-arara), sustentado por uma haste de aço, que desce da parte superior, a qual ele segura
com a mão esquerda, com o rosto voltado para o lado do rio. (Figura 2)
A sua edificação resultou da soma de esforços do Movimento Tortura Nunca Mais
de Pernambuco e da Prefeitura da Cidade do Recife, cujo prefeito recém-eleito (Jarbas de
Vasconcelos, ano de 1986) o fora com o apoio de “forças políticas de esquerda”. O
momento era propício, no sentido político, para a concretizar o intento. Após um ano e
quatro meses (em 5 de fevereiro de 1988), designada pela prefeitura, a Empresa de
Urbanização do Recife-URB lançou o edital de concurso público para construção do
memorial. Inscritos 20 projetos, logra êxito o apresentado por uma equipe de quatro
arquitetos recém-formados, residentes no Recife, composta por Eric Perman, Albérico
Barreto, Luiz Rangel e Demétrio Albuquerque (este último o responsável específico pela
criação e execução da escultura disposta no centro da moldura de concreto).
15
Declaraciones de Eric Perman, arquitecto del monumento, Jornal do Comércio, 28 de abril de 1988.
16
Paulo Fernando Craveiro, Caderno de Política, 26 de agosto de 1993.
da Bahia. Inaugurado em 9 de julho de 1998, sob a gestão do prefeito Guilherme Menezes,
a sua confecção foi iniciativa do Grupo Labor – Assessoria, Documentação e Pesquisa,
“entidade informal que realizava cursos de formação política, passando depois a ser
‘Oposição Operária’” (OLIVEIRA, 2014, p. 308), e que tinha como um dos seus
integrantes o prof. e advogado Ruy Hermann Araújo Medeiros – ele mesmo ex-preso
político, torturado, no período ditatorial militar.
A obra escultórica deve sua concepção artístico/ideológica aos artistas plásticos
conquistenses Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro e Romeu Ferreira Filho (a arte
deste, com supervisão daquela), conjuntamente com o prof. Ruy Medeiros. Sua
construção contou com recursos públicos através de subscrições populares. O memorial
presta homenagem aos baianos vitimados pela ditadura.
Sua estrutura compósita é feita por duas placas de metal. Em uma delas está
sobrestada uma placa (menor) na parte externa, na qual estão inscritos os nomes dos 27
baianos vitimados, de diversas localidades do Estado da Bahia, e outra placa (dividida em
duas parte) no lado interno, onde está inscrito, na primeira parte, um cabeçalho com a
designação do monumento/antimonumento, local e data; na segunda parte, um
pensamento de José Saramago e os devidos créditos aos responsáveis pela confecção e
execução da obra. Na outra placa, além de uma figura vazada no centro, no formato de
um ser humano a cair, ou já caído (denunciando simbolicamente a dualidade
presença/ausência dos vários mortos e desaparecidos pela violência da ditadura), é
possível perceber também, nos contornos da placa, a representação de uma foice e de um
martelo (símbolos da Revolução Russa).
Rui Medeiros afirma que a ideia do memorial é “mais lembrar os que resistiram,
e menos a ditadura propriamente; é preservar a memória, conscientizando as pessoas; o
monumento é muito aceito pela população”.17
Os dois memoriais apresentados/descritos, as suas existências no contexto de suas
localizações, valorizam o sentido de suas finalidades.
Considerações finais
Por certo que construção de uma “cultura da memória” no Brasil sofreu o descaso
de governos imediatamente pós-ditatoriais ao não implementarem uma política de
memória acerca do tema da violência de Estado. Isso inclui a instauração muito tardia de
uma Comissão Nacional da verdade e o seu caráter não punitivo. O que resultou em
prejuízo, diferente do que ocorreu em alguns países da América Latina como Argentina,
Chile, Uruguai, que sofreram do mesmo agravante.
A preservação das memórias desse acontecimento surgiu na maioria das vezes por
iniciativa da sociedade civil através do trabalho de organizações pelos direitos humanos,
grupos de familiares das vítimas da violência, algumas personalidades públicas
individualmente; só mais recentemente tais atitudes foram apoiadas pelas organizações
públicas de poder ou mesmo pelo próprio Estado.
No tempo presente, em nosso país, em meio aos discursos de negacionismo
histórico por parte do atual governo federal, os monumentos/antimonumentos se revestem
de uma importância singular. Servem para mostrar e denunciar que houve um período de
17
Entrevista concedida ao canal História Recente (vídeo no YouTube). Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=Htbv5wCNpUc&t=67s. Acesso em: 14 jan. 2019.
nossa história, marcado pela censura, repressão, tortura, mortes e desaparecimentos
políticos. Ao molde de narrativa visual de “passados sensíveis” e “memórias
traumáticas”, os monumentos/antimonumentos correspondem. Além de serem “lugares
de memória”, na célebre acepção de Pierre Nora, eles expressam o desejo de recordar de
modo ativo o passado doloroso e possuem aspecto pedagógico, que pode ser sintetizado
nas palavras emblemáticas: “Lembrar para não esquecer!” “Para que nunca mais
aconteça!” Posto que “O passado não é livre. Nenhuma sociedade o deixa à mercê da
própria sorte. Ele é regido, gerido, preservado, explicado, contado, comemorado ou
odiado. Quer seja celebrado ou ocultado, permanece uma questão fundamental do
presente” (ROBIN, 2016, p. 31).
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